1895 - Morre Friedrich Engels, filósofo e revolucionário

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Disciplina - Filosofia -
1895 - Morre Friedrich Engels, filósofo e revolucionário alemão
Filosofia & Ciências
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Postado em:06/08/2012
Falece em Londres o filósofo alemão Friedrich Engels em 5 de agosto de 1895
Max Altman | Opera Mundi Engels nasceu em 1820 em Barmen, que pertencia à Prússia. Oriundo
de uma família da burguesia industrial, Engels observa e conhece desde jovem as penosas
condições de vida dos trabalhadores, tanto na Alemanha como na Inglaterra. Aos 18 anos optou por
abandonar o liceu para empregar-se no comércio de Bremen. Como fruto de sua experiência, chega
a posições teóricas e políticas revolucionárias. Engels foi o primeiro a declarar que o proletariado
não é só uma classe que sofre, mas que a miserável situação em que se encontra obriga-o a lutar
pela sua emancipação. Segundo ele, o movimento político da classe operária levaria os operários à
consciência de que não há para eles outra saída senão o socialismo. Estas ideias novas foram
expostas na obra de enorme repercussão, escrita em estilo cativante onde abundam os quadros
mais impressionantes da miséria do proletariado inglês e consistia numa terrível acusação ao
capitalismo e à burguesia . Ele escreveu, em 1845, A Situação da Classe Trabalhadora na
Inglaterra. Este livro é sua primeira análise de uma situação histórica, cujas formas de existência e
de luta social são explicáveis em virtude das condições econômicas dominantes. A obra de Engels
postula a necessidade de uma transformação radical. E sua atitude intelectual diferencia-se daquela
adotada por Karl Marx: enquanto Engels se centra no caráter concreto dos fenômenos, Marx o fará
com alto nível de abstração. Porém, da dedicação de ambos à luta política surge o Manifesto do
Partido Comunista, de 1848, e A Constituição, dois anos mais tarde, de uma Associação
Internacional de Trabalhadores. Seus estudos de filosofia levaram-no a se aproximar do filósofo
Georg W. F. Hegel. A fé de Hegel na razão humana e o princípio fundamental da filosofia hegeliana
segundo o qual o mundo é teatro de um processo dialético permanente de mudança e
desenvolvimento conduziram os discípulos do filósofo berlinense à ideia de que a luta contra a
iniquidade existente e o mal reinante também procede da lei universal do desenvolvimento
permanente. A filosofia de Hegel tratava do desenvolvimento do espírito e das ideias, era idealista.
Retomando a ideia hegeliana do processo dialético, Karl Marx e Engels rejeitaram a concepção
idealista. Analisando a vida real, viram que não é o desenvolvimento do espírito que explica o da
natureza, mas, ao contrário, é necessário explicar o espírito a partir da natureza, da matéria.
Partindo de uma concepção materialista do mundo e da humanidade, verificaram que, tal como
todos os fenômenos da natureza têm causas materiais, igualmente o desenvolvimento da sociedade
é condicionado pelas forças materiais, as forças produtivas. Destas dependem as relações que se
estabelecem entre os homens no processo de produção dos bens necessários à satisfação humana
e são estas relações que explicam todos os fenômenos da vida social, as aspirações, as ideias e as
leis. Marx e Engels A aproximação entre Marx e Engels se deu em 1844, quando Engels passava
por Paris. Lá conheceu Marx, com quem já se correspondia. Foi aí que os dois escreveram em
conjunto A Sagrada Família. O livro continha as bases do socialismo materialista revolucionário. Ao
publicar seu Estudo Crítico sobre a Economia Política contribuiu para que Marx decidisse ocupar-se
do estudo da economia política, ciência em que os seus trabalhos iriam operar uma verdadeira
revolução. A revolução de 1848, que rebentou primeiro em França e se propagou aos outros países
da Europa ocidental, permitiu a Marx e Engels regressarem à sua pátria. Aí tomaram a direção da
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Nova Gazeta Renana, folha que se publicava em Colônia. O jornal foi mais tarde proibido. Marx,
privado da nacionalidade prussiana, expulso. Quanto a Engels, tomou parte na insurreição popular
e, após a derrota dos insurretos, fugiu para Londres. Marx foi se fixar em Londres e Engels passou a
ser sócio da empresa do pai em Manchester. Em 1870, Engels veio morar em Londres, e a vida
intelectual conjunta prosseguiu até 1883, data da morte de Marx. Marx morreu sem ver publicada a
totalidade de O Capital. Baseado nos rascunhos deixados por seu amigo, Engels assumiu a pesada
tarefa de redigir e publicar os tomos II em 1885 e III em 1894 - não teve tempo de redigir o tomo IV.
Estes dois tomos são, com efeito, obra de ambos. Apesar disso, Engels escreveu a um velho
amigo: “Ao lado de Marx, fui sempre o segundo violino.” Seu carinho por Marx e a veneração à
memória do amigo foram irrestritos. Após a morte de Marx, Engels, sozinho, continuou a ser o
conselheiro e o dirigente dos socialistas da Europa. Todos eles queriam recorrer ao rico tesouro dos
conhecimentos e experiência de Engels. Esta notícia foi publicada no site Opera Mundi em 05 de
Agosto de 2012. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor
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