canção de coimbra (rev

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Anais do VII Fórum de Pesquisa Científica em Arte. Curitiba, Embap, 2011 .
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A ARTE DE MANUEL MARQUES E A GUITARRA PORTUGUESA
Maria do Amparo Carvas Monteiro1
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Resumo
A prática da guitarra portuguesa aparece sobretudo ligada ao fado de Lisboa e à canção de
Coimbra. Neste contexto, Manuel Marques é um dos mais representativos compositores e
intérpretes deste instrumento, acção que reforça com a sua docência em actividade que, no
Brasil, vem mantendo há mais de cinquenta anos, desempenhando papel de relevo em prol
da interculturalidade luso-brasileira.
Palavras-chave: Guitarra; Fado; Canção.
Abstract
The practice of the Portuguese guitar appears mainly linked to the fate of Lisbon and the
Coimbra song. In this context, Manuel Marques is one of the most representative composers
and performers of this instrument. He reinforces this with his teaching activity in Brazil, which
he has maintained for over fifty years, playing major role in support of luso-brazilian
interculturallity.
Keywords: Guitar; Fado; Song.
O rico e expressivo património musical português, seja na sua tradição de música
erudita através dos séculos, ou nas suas múltiplas expressões de músicas de tradição oral,
teve uma trajectória dinâmica cuja fisionomia se deve tanto ao génio criador do seu povo,
como à capacidade e facilidade com que o português soube influenciar e também assimilar
outras culturas em todos os continentes (BÉHAGUE, 1997, p. 61).
Não cabe no âmbito restrito desta comunicação, abordar de forma exaustiva a
generalidade das questões relacionadas com este tema. Pretendo, apenas, concentrar estas
linhas num aspecto particular da construção de uma especificidade musical, neste caso, a
arte de Manuel Marques e a guitarra portuguesa.
A prática deste instrumento aparece sobretudo ligada ao fado de Lisboa e à canção de
Coimbra e só esporadicamente foi utilizada por compositores portugueses de formação
erudita. A guitarra de Lisboa, por exemplo, está em plena expansão no século XX,
―protegida ao mais alto nível pelo próprio rei D. Carlos que terá tido aulas deste instrumento
com J. M. dos Anjos e que promove na corte numerosas apresentações de guitarristas
destacados, por vezes mesmo no contexto de visitas oficiais de soberanos estrangeiros,
1
Doutora em Ciências Musicais pela Universidade de Coimbra. Professora Adjunta de nomeação definitiva na
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra. Directora da Licenciatura em Música e
Coordenadora do Mestrado em Ensino de Educação Musical. Membro e investigadora do Centro
Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra (CIEC).
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como Eduardo VII de Inglaterra‖, enquanto que, em Coimbra, se impõem gradualmente Artur
Paredes e os seus contemporâneos Flávio Rodrigues2 e Afonso de Sousa3 (MORAIS;
NERY, 2010, p. 599-600).
É de extrema importância realçar o contributo de Artur Paredes para a canção de
Coimbra, que se reparte em quatro vertentes: «criação de um novo repertório solista, a
inovação das técnicas de execução do instrumento, a colaboração para a modificação da
morfologia do instrumento e o reforço da importância da guitarra enquanto instrumento de
acompanhamento», tendo a sua influência sido decisiva para a diferenciação entre a guitarra
de Coimbra e o instrumento lisboeta. (CARVAS; CASEIRO, 2010, p. 967)
Neste contexto, Manuel Marques é um dos seus mais representativos compositores e
intérpretes, acção que reforça com a sua docência em actividade que, no Brasil, mantém há
mais de cinquenta anos, desempenhando papel de relevo em prol da interculturalidade lusobrasileira.
Manuel Marques Pereira d’Oliveira (*Milheirós-Maia, 11 jan. 1926), para além de
guitarrista é também violista, pianista, acordeonista, compositor, maestro, poeta e professor.
É diplomado em Violão (1966) pelo Conservatório Musical de Santana, e em Piano (1976)
pelo Conservatório José Maurício, ambos em São Paulo, Brasil.
Descendente de uma família de músicos (neto, filho e sobrinho), iniciou a
aprendizagem da guitarra com seu pai, António Joaquim Pereira d’Oliveira, aos 7 anos de
idade e aos 10 passou a estudar com Alexandre de Oliveira Brandão. Após a morte do pai,
então com 13 anos, Manuel Marques continuou os seus estudos de guitarra e realizou os
primeiros espectáculos na cidade do Porto. Dois anos depois, iniciou os estudos de
harmonia, contraponto e composição e em 1945, já leccionava guitarra e acordeão em
Milheirós – Maia e constituiu o seu primeiro grupo (uma pequena orquestra de sopro), de
que foi regente. Aos 20 anos, compôs as suas primeiras obras, tendo-se estreado em
programas radiofónicos (Rádio Club do Norte e na Rádio Renascença), no Porto.
Em 1947, quando cumpria o serviço militar no Exército (no antigo Regimento de
Cavalaria 4), em Santarém, colaborou com o Orfeão Scalabitano como primeiro guitarrista
da respectiva Orquestra Típica, efectuando digressões e espectáculos no sul de Portugal.
2
Guitarrista e compositor, Flávio Rodrigues da Silva (*Coimbra, 29 out. 1902 - +Coimbra, 23 ago. 1950), ensinou
guitarra a várias gerações de guitarristas, entre c. 1935 e 1945, alguns deles estudantes da academia de
Coimbra, de que se destacam Fernando Neto, Albano de Noronha, António Pinho Brojo e António Portugal —
seu segundo guitarra até ao ano em que Flávio Rodrigues faleceu —, tendo influenciado as técnicas de
execução da guitarra de Coimbra nas décadas de 30 e 40 (CARVAS, 2010, p. 1138-1139).
3
Guitarrista, autor de letras e compositor, Afonso de Sousa (*Maceira, Leiria, 24 jun. 1906 - +Leiria, 18 dez.
1993), foi um dos guitarristas mais solicitados para actuar em festividades académicas coimbrãs nas décadas de
1920 e 30, tendo tido um papel preponderante como solista, mas principalmente como segundo guitarra de Artur
Paredes, tendo com este gravado todos os seus discos editados, pela His Master’s Voice. Acompanhou cantores
célebres, entre os quais Edmundo Bettencourt, António Menano, Paradela de Oliveira e o brasileiro Lucas Junot,
entre outros (CARVAS; CASEIRO, 2010, p. 1232).
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Nesse período, recebeu um louvor do Coronel Comandante daquela unidade, pela
composição de uma Marcha Militar destinada a ser tocada pela respectiva Banda.
Após o seu regresso ao Norte, integrou em 1954 a Orquestra de Tangos do Orfeão
Universitário do Porto (OUP), da qual foi ensaiador, arranjador e guitarrista solista. Em abril
de 1955, participou na digressão do OUP às cidades espanholas de Vigo e Orense, onde
fez a sua estreia internacional.
Em outubro desse ano, emigrou para o Brasil (com sua esposa e filho que completou
o primeiro ano de idade durante a viagem), país em que se radicou e ainda hoje reside, na
cidade de São Paulo, onde iria desenvolver a sua carreira como guitarrista, compositor e
pedagogo.
Logo após a sua chegada, encetou contactos com pessoas inseridas nos circuitos de
sociabilidade das práticas musicais naquela cidade para participação em espectáculos. Com
o patrocínio da Casa de Portugal, realizou centenas de concertos em diversos auditórios
brasileiros e da América Latina, assim como gravações e programas de televisão.
Estreou a sua Orquestra de Guitarras na Rádio Record de São Paulo, em 1957. Em
1960, apresentou-se na TV Tupi integrando um trio de guitarras portuguesas, com sua
mulher Ana Marques e seu filho Nelito Marques. O ano de 1963 foi de decisiva importância
para a sua acção pedagógica, tendo fundado nesse ano a Academia Musical Manuel
Marques, na cidade de São Paulo, na qual, desde então, se lecciona canto, viola, guitarra
portuguesa, bandolim, acordeão e piano, entre outros instrumentos.
Entre os programas de televisão que marcaram a sua carreira, destacam-se Adega de
Cidália, de Cidália Meireles4 e Portugal no Mundo, de Santos Mendes.
A qualidade artística e a renovação estética patentes na sua obra, permitiu ao poeta
das 12 cordas e mestre da guitarra portuguesa5, como por vezes é designado, levar a sua
arte aos palcos, à rádio, às telas do cinema e à televisão, no Brasil e outros países, tais
como, Portugal, Espanha, Estados Unidos e África do Sul, contribuindo para a divulgação do
seu extenso e variado repertório.
Em 1986, a TV Cultura - Canal 2 de São Paulo apresentou um Recital de Guitarras
Portuguesas, programa inédito na televisão brasileira, onde Manuel Marques deu uma volta
ao mundo nas asas da guitarra portuguesa, acompanhado por Bonfim ao violão. É autor das
bandas sonoras das telenovelas brasileiras António Maria (TV Tupi), Dez vidas, As Pupilas
do Senhor Reitor (TV Record), Os Imigrantes (TV Bandeirantes), bem como de filmes como
Sertão em Festa e Cortiço, entre outros. Com todo o virtuosismo e a sensibilidade que o
4
5
Cantora e apresentadora.
Sobre este cordofone, sua construção e afinações, processos de reconstextualização social, métodos,
repertório e técnicas, oficinas e construtores, vide, Morais e Nery. Guitarra. Enciclopédia de Música em Portugal
no Século XX, Coord.: Salwa Castelo-Branco, v. 3. Lisboa: Círculo de Leitores, 2010, p. 591-602, e também
CABRAL, A Guitarra Portuguesa. Amadora: Ediclube, 1999.
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caracterizam, compôs um repertório copioso (c. de 700 obras registadas no ECAD –
Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, Brasil), sendo que as suas obras para
guitarra se enquadram nos estilos da canção de Coimbra e no fado de Lisboa.
Compôs igualmente, para coro e banda militar, entre outras formações.
As suas composições para guitarra solo constituem referência para muitos guitarristas.
São obras de grande exigência técnica que exploram as potencialidades melódicas e
tímbricas do instrumento em diversas afinações, criando texturas sonoras densas, sem
prejuízo da limpidez e clareza da estrutura formal, melódica, harmónica e rítmica.
Enquanto solista, Manuel Marques interpretou guitarradas de Coimbra e de Lisboa,
repertório de música popular brasileira e portuguesa, bem como música erudita do século
XVIII ao século XX, tendo gravado 28 LP (o primeiro dos quais há 45 anos) e 6 CD (um
deles com 23 números, gravado em França). À guitarra acompanhou diversos cantores
brasileiros: Ângela Maria, Daniel, Roberto Leal,6 Aguinaldo Raiol, Gal Costa, Caetano
Veloso e outros.
De entre os LP’s, destacamos, Trio Manuel Marques e as Guitarras Portuguesas (onde
entre outros temas são interpretados Balada de Coimbra, Coimbra, Menina e Moça, Canoa
do Tejo e Lisboa, Menina e Moça), Portugal e seus fados (com onze temas de fado de
Lisboa e um tema de Coimbra), Clássicos - Manuel Marques e a sua Guitarra Portuguesa
(com temas de Villa-Lobos, Gounod, António Rovira, Nelito Marques e Manuel Marques) e
24 Melodias Imortais (entre elas, Malagueña, Danúbio Azul, Hava Nagila e Granada).
Nos CDs realçamos Musical (com Ave Maria de Gounod e temas de Coimbra e de
Lisboa, alguns de sua autoria) e Cabra de Coimbra (com 13 temas de sua autoria, de
inspiração e estilo que podemos designar coimbrãos, particularmente, Academia, Início de
Férias, Guitarra Plangente e Quinta das Lágrimas, para além do tema que dá o nome ao
trabalho – Cabra de Coimbra –, lembrando o som das badaladas do mais famoso sino da
Torre da Universidade de Coimbra).
Para além de temas de guitarra de Coimbra e de Lisboa, música popular portuguesa e
brasileira, Manuel Marques integra no seu repertório música de Bach, Gounod, Beethoven,
Mozart, Schubert, Chopin, V. Monti, António Silva Leite (do qual executa todo o repertório
que lhe é conhecido), Villa Lobos e outros.
Manuel Marques preocupou-se com a transmissão dos seus conhecimentos e
concede particular importância ao ensino da guitarra portuguesa, através de cursos de
formação com nível científico, teórico e prático, enquadrados na sua Academia e ao nível de
Conservatórios. Este ensino é ministrado presencialmente e à distância (e-learning), através
6
De seu nome António Joaquim Fernandes, português de nascimento (Vale da Porca, Macedo de Cavaleiros, 27
jan. 1951). Roberto Leal destacado cantor, autor de letras e compositor, emigrou para o Brasil, em 1962, tendo
estudado viola e canto na Academia Musical Manuel Marques, em São Paulo, onde se radicou.
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das novas tecnologias, para alunos no Brasil e noutros países, tais como, o Canadá e África
do Sul. Contrariando a tradição da transmissão oral de conhecimentos, Manuel Marques
aconselha a aprendizagem baseada em sólidos conhecimentos musicais. Para além de
professor de instrumentos (guitarra portuguesa, violão, acordeão, piano e outros) é também
docente de Educação Musical e de Composição.
Perfeccionista e grande virtuoso da guitarra portuguesa, desenvolveu para esta uma
técnica de dedilhação própria (assente na utilização versátil e precisa da mão direita e na
distribuição flexível e eficiente dos dedos da mão esquerda, com destaque para o anelar e o
mínimo). Para a qualidade das suas interpretações muito contribui também o talento e a
precisão rítmica e imaginação harmónica dos seus acompanhadores Bonfim, Nelito e Alex
Marques. A estes dois últimos, seu filho e neto, respectivamente, Manuel Marques transmitiu
a herança familiar, aspecto para o qual igualmente contribuiu o desempenho de sua esposa
(que também foi executante de guitarra portuguesa e colaboradora da Academia Musical
Manuel Marques).
Outro aspecto que caracteriza as suas actuações é a diversidade dos temas que
executa e a utilização de afinações distintas (seis), consoante o estilo, a época ou a
natureza da obra. Este facto obriga-o a ter constantemente preparadas várias guitarras
(possui vinte) que permitem a versatilidade e a fluidez dos espectáculos, sem as perdas de
tempo e outros inconvenientes da mudança de afinação em palco.
Utiliza, habitualmente, guitarras construídas por membros da família Grácio –
particularmente Gilberto Grácio (*Lisboa, 12 mai. 1936, com oficina no Cacém, Lisboa),
Domingos Cerqueira da Silva (*3 out. 1901 - +Porto, 1980), Manuel Cardoso (*Montão,
Cinfães do Douro, 8 abr. 1933 - +Lisboa, 17 jul. 1991) e António Maria Mendes da Silva,
luthier português radicado em São Paulo. Com este último, Manuel Marques modificou
ligeiramente as características da escala, através da alteração da sua largura, da colocação
de um primeiro ponto metálico junto ao travessão de osso e da modificação do apoio da
terceira corda no cavalete, tendo em vista garantir o rigor da afinação, a segurança da
colocação da mão esquerda e a limpidez sonora.
Admirador de Artur Paredes e Carlos Paredes7 com quem contactou durante algumas
das suas deslocações a Portugal, estudou exaustivamente a obra de ambos, bem como de
outros guitarristas e compositores de Coimbra e de Lisboa.
7
Guitarrista e compositor (*Coimbra, 16 fev. 1925 - +Lisboa, 23 jul. 2004), apesar da sua iniciação precoce ao
instrumento, começou a sua carreira profissional como guitarrista tardiamente. Como refere Nery (2010, p. 968)
―logo à partida, ser-lhe-ia difícil conquistar um lugar no panorama da guitarra de Coimbra sendo filho do
paradigma absoluto da execução deste instrumento‖, para além de residir em Lisboa desde 1931. Relativamente
ao seu estilo e obra, Carlos Paredes ―é o mais carismático guitarrista português da segunda metade do séc. XX‖,
enquadrando-se a sua música numa ―gramática essencialmente tonal, com um ritmo harmónico por vezes rápido
mas com um recurso restrito da modulação às tonalidades próximas‖.
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O seu estilo interpretativo associado a uma técnica de execução pessoal, caracterizase por um lirismo intenso na abordagem de melodias cujo contorno realça através do rubato,
do vibrato, do glissando, das suspensões e das mudanças de dinâmica. O domínio técnico
do instrumento é subordinado à expressividade musical, mesmo em passagens rápidas que
executa com virtuosismo, sem deixar de realçar as notas e acordes-chave do percurso
melódico, harmónico e rítmico e o carácter percurssivo do instrumento. A originalidade da
sua obra também se deve à sua diversificada trajectória musical. O seu mérito como
musicista inspirado e inovador merece reconhecimento acrescido pela sua excepcional
condição de pedagogo, maestro e grande comunicador.
As suas mais recentes apresentações públicas em Portugal ocorreram na cidade da
Maia, no Verão de 2010, integrando a formação do Trio Manuel Marques em Portugal em
que é acompanhado por Nelito e Alex Marques. Ao longo da sua carreira foi distinguido com
diversas condecorações. Entre outras, contam-se a de 26 de Abril 2003, em São Paulo, na
comemoração do Dia da Comunidade Portuguesa. Em 6 de Agosto 2007, foi agraciado com
o título de Cidadão Paulistano, pela Prefeitura da cidade de São Paulo, em cuja cerimónia
tocou duas obras em guitarra portuguesa, a pedido do público.
Conheci o Professor Manuel Marques há alguns anos, durante uma das suas estadias
em Portugal, em casa de sua irmã, em Vila-Nova de Gaia, cidade situada junto à foz do rio
Douro, em frente à cidade do Porto, onde também o entrevistei. Nesta moradia e na minha
casa em Coimbra, onde recebi a sua visita, tive, por diversas vezes – e espero continuar a
ter – o privilégio de com a minha família e amigos, ver e ouvir tocar este grande mestre e
com ele conviver. Através deste convívio, é seguro afirmar que o mesmo tem presente no
seu coração de compositor e intérprete o Brasil, Amada Terra8, como ele próprio se lhe
refere, país que carinhosamente o acolheu e lhe permitiu desenvolver e projectar a sua obra
e a sua arte.
ENTREVISTAS
Por Amparo Carvas (acompanhada pelos guitarristas Fernando Monteiro e Rui Lopes), a
Manuel Marques e Nelito Marques (Manuel Marques d’Oliveira Pereira), nos dias 1 e 4 de
julho de 2007, em Vila Nova de Gaia, com gravações e fotografias.
Entrevistas telefónicas: dias 10 e 12 de agosto de 2007, por Amparo Carvas, a Nelito
Marques e Manuel Marques, respectivamente.
8
Título de composição de sua autoria, inserido no LP Navegando através da música, de 1962.
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do Choupal / Capas Negras / Madrigal / A Muralha / Festa em Lagoa Serena quando vem a
noite / No fim da tarde uma lágrima caída. RODA.FERMATA-ST - SRTL 2OOO [LP], 19--.
_____. A Viola no Cinema. As mais belas músicas do filme Sertão em Festa (da trilha
sonora do filme “Sertão em Festa”)-da Servicine Ser. Gerais de Cinema Lda. FERMATA FB-273 [LP], 1969.
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Maria” e “A Muralha‖. FERMATA - FB-238 [LP], 1969.
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_____. Manuel Marques. A trilha sonora da novela “António Maria‖, FERMATA - FB-238
[LP], s.d.
_____. Portugal e seu Folclore. FERMATA – F- 12.660 [LP], s.d.
_____. Orquestra Típica Portuguesa. Casa de Portugal de São Paulo. FERMATA - F 13.017
[LP], ?.
Grupo Folclórico Minhoto: “Festa Portuguesa” e “Portugal da Gente” (com 24 melodias
inéditas de Manuel Marques). R.C.A.
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