Resumo Teórico – Vascularização Cabeça e Pescoço Larissa Miranda 1. Vascularização da Face: A maioria das artérias da face são ramos da a. carótida externa, que, por sua vez, é ramo do tronco braquiocefálico (lado direito) e arco da aorta (lado esquerdo). As veias da face acompanham as artérias. Esse retorno venoso é superficial. Artéria Facial: Principal suprimento arterial da face. É ramo da a. carótida externa e segue seu trajeto onde cruza na margem inferior da mandíbula, anterior ao m. masseter. Sobe em direção ao ângulo medial do olho, cruzando a mandíbula, m. bucinador e maxila e passando próximo ao ângulo da boca. Distribui ramos para os mm. da mímica. Entre seus ramos: aa. labiais superior e inferior, a. nasal lateral e a. angular. Artéria Temporal Superficial: É ramo terminal da a. carótida externa. Emerge na face entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha. Distribui ramos no escalpo, entre eles: frontal e parietal. Artéria Facial Transversa: Origina-se da a. temporal superficial dentro da glândula parótida. Cruza a face estando anterior ao m. masseter (próximo ao arco zigomático). Supre a glândula parótida, o m. masseter e a pele facial. Veia Supratroclear: provém de veias da fronte e do escalpo. Comunica-se com a veia temporal superficial, veia supra-orbital e veia supratroclear contralateral. Drena para veia angular. Veia Supra-orbital: começa da fronte e comunica-se com a veia supratroclear e tributaria frontal da veia temporal superficial. Drena para veia angular. Veia Angular: Inicia seu trajeto na raiz do nariz. É formada pelas tributárias supratroclear e supra-orbital. Drena as pálpebras inferior e superior, além das conjuntivas. Drena para a veia facial. Veia Facial: principal drenagem venosa da face. Inicia seu trajeto próximo a margem inferior da orbital. Tem como tributárias as veias nasais externas, palpebrais inferiores, facial profunda, labiais superior e inferior. Drena para a veia jugular interna. Próximo ao ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica, que, por sua vez, drena para o seio cavernoso. Veia Temporal Superficial: é formada a partir de um arco de veias do escalpo e do arco zigomático. Drena o escalpo e a fronte. Próxima à orelha, entra na glândula parótida. Veia Retromandibular: formada pela drenagem das veias temporal superficial e maxilar. Junto com a veia auricular posterior, drena para a veia jugular externa. 2. Vascularização do Escalpo: O suprimento arterial é dado principalmente pela a. carótida externa (ramos: a. occipital, a. auricular posterior e a. temporal superficial) e da a. carótida interna (ramos: a. supratroclear e a. supra-orbital). Essas artérias são envolvidas por tecido conectivo denso. Quando seccionadas, tendem a se manter abertas. Logo, ferimentos no escalpos tendem a ter sangramentos profusos. Drenagem venosa: veia supratroclear, veia supra-orbital, veia temporal superficial, veia auricular posterior e veia occipital. 3. Artéria carótida externa: Possui diversos ramos no pescoço que suprem as estruturas externas do crânio (exceto a a. meníngea média). Estes são: Artéria faríngea ascendente: supre a faringe, mm. pré-vertebrais, orelha média, meninges e outros. Artéria tireóidea superior: corre antero-inferiormente, profunda aos mm. infra-hióideos para alcançar a glândula tireóide. Dá ramos para esses mm. e também para o ECOM. Artéria lingual: curva-se supero-anteriormente e passa profunda ao nervo hipoglosso, mm. estilo-hioideo e ventre posterior do digástrico. Dá os ramos: a. profunda da língua e a. sublingual. Artéria facial Artéria maxilar: origina-se posteriormente ao colo da mandíbula e desaparece na fissura pterigomaxilar, entrando na fossa infratemporal. É dividida em 3 partes pelo m. pterigóideo lateral. Ramos da primeira parte (parte mandibular): a. auricular profunda, a. timpânica anterior, a. meníngea média, aa. meníngeas médias acessórias e a. alveolar inferior. Ramos da segunda parte (parte pterigóidea): aa. temporais profundas (anterior e posterior), aa. pteriogóideas, a. massetérica, a. da bochecha (m. bucinador). Ramos da terceira parte (parte pterigopalatina): a. alveolar superior posterior, a. infra-orbital, a. palatina descendente, a. do canal pterigóideo, a. faríngea e a. esfenopalatina. Artéria occipital: passa posterior, profunda e paralela ao ventre posterior do m. digástrico, formando um sulco na base do crâncio. Artéria auricular posterior: sobe posteriormente entre o meato acústico externo e o processo mastóide adjacente para suprir os mm. adjacentes, glândula parótida, nervo facial, orelha e escalpo. Resumo Teórico – Laringe Larissa Miranda A laringe contribui para a função respiratória do corpo. É um órgão complexo, responsável pela fonação (contém as pregas vocais) e é composta de 9 cartilagens conectadas por membranas e ligamentos. Localiza-se na parte anterior do pescoço, ao nível de C3 até C6 e conecta a parte inferior da faringe com a traqueia. Protege as passagens de ar, principalmente durante a deglutição, pois possui um mecanismo que possibilita fechá-la. Esqueleto da Laringe Cartilagens da Laringe: três delas são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). A cartilagem tireóidea é a maior das cartilagens. A fusão das suas duas placas forma medialmente a proeminência laríngea. Acima dessa proeminência essas laminas se separam formando a incisura tireóidea superior. A margem posterior de cada lâmina se projeta superior e inferiormente, formando, respectivamente, corno superior e corno inferior. A margem superior da cartilagem e os cornos superiores fixam-se no osso hióide pela membrana tireohióidea (formada pelo ligamento tireo-hióideo mediano e ligamentos tireo-hióideos laterais). Os cornos inferiores articulam-se com a cartilagem cricóidea pelas articulações cricotireóideas. Essa articulação promove a rotação e o deslizamento da cartilagem tireóidea, possibilitando uma mudança no comprimento das pregas vocais. A cartilagem cricóidea tem formato de anel, onde seu aro é localizado anteriormente. A porção posterior da cartilagem é denominada lâmina e a anterior arco. É bastante espessa e resistente, sendo o único anel completo de cartilagem que reveste a laringe. Fixa-se a cartilagem tireóidea pelo ligamento critotireóideo mediano e ao primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal. As cartilagens aritenóideas se articulam com a margem superior da cartilagem cricóidea. Cada cartilagem possui um ápice, um processo vocal (anteriormente) e um processo muscular (lateralmente). Seu ápice sustenta a cartilagem corniculada e se fixa a prega ariepiglótica. O processo vocal promove fixação do ligamento vocal e o processo muscular promove fixação aos músculos cricoaritenóideos posterior e lateral. Articulações cricoaritenóideas: estão entre a base das cartilagens aritenóideas e a margem superior da cartilagem cricóidea. Permitem as cartilagens aritenóideas deslizarem, aproximando-se ou afastando-se uma da outra, inclinarem para frente ou para trás. Esses movimentos são importantes para as pregas vocais (estas controlam a produção de som). O ligamento vocal (esqueleto da prega vocal) se estende desde a cartilagem tireóidea (anteriormente) até o processo vocal da cartilagem aritenóidea (posteriormente). A cartilagem epiglótica (fibrocartilagínea) promove flexibilidade à epiglote. Situa-se atrás da raiz da língua e do osso hióide e na frente do ádito da laringe. Sua extremidade superior é livre a inferior é fixada no ângulo formado entre as laminas da cartilagem tireóidea, pelo ligamento tireoepiglótico. Também se fixa ao osso hióide pelo ligamento hioepiglótico. A membrana quadrangular se estende desde a face lateral da cartilagem aritenóidea até a face lateral da cartilagem epiglótica, formando em sua margem inferior o ligamento vestibular que é recoberto frouxamente pela prega vestibular. Abaixo desta prega localiza-se a prega vocal, que se estende da cartilagem tireóidea até a cartilagem aritenóidea. A margem inferior da membrana quadrangular é revestida frouxamente formando a prega ariepiglótica. Interior da Laringe: A cavidade laringe se estende desde o ádito da laringe (que se comunica com a porção laríngea da faringe) até a margem inferior da cartilagem cricóidea. Essa cavidade é dividida em três partes: vestíbulo da laringe (acima das pregas vestibulares), ventrículo da laringe (entre as pregas vestibular e vocal), e cavidade infraglótica (após a prega vocal até a margem inferior da cartilagem cricóidea). A prega vocal é responsável pela produção do som. Toda prega vocal possui um ligamento vocal (margem livre medial do ligamento cricotireóideo lateral) e um músculo vocal. PARA NÃO FICAR DÚVIDA: Ligamento vocal é o espessamento da margem livre do ligamento cricotirecóideo lateral. Ele faz a união da cartilagem tireóidea (medialmente) a cartilagem ariteóidea (processo vocal). A glote (aparelho vocal da laringe) compreende as pregas e processos vocais, junto com a rima da glote (abertura entre as pregas vocais). Durante a fonação a rima da glote se assemelha a uma fenda. Durante uma respiração normal, as pregas vocais apresentam-se próximas, entretanto, em uma respiração forçada, estas se apresentam bastante separadas. As pregas vestibulares que se estendem da cartilagem tireóidea a cartilagem aritenóidea quase não possui importância na produção de som, mas sim na proteção das pregas vocais. Consiste em duas grossas camadas de túnicas mucosas que revestem o ligamento vestibular. O espaço encontrado entre as pregas vestibulares é denominado rima do vestíbulo. Os espaços entre as pregas vocais e pregas vestibulares são denominados ventrículos da laringe. MM. da Laringe São divididos em: Extrínsecos – movem a laringe como um todo. Os mm. infra-hióideos são abaixadores do osso hióideo e da laringe e os mm. supra-hióideos e o m. estilofaríngeo são levantadores do osso hióide e da laringe. Intrínsecos – movem as partes laríngeas, fazendo mudanças no comprimento e tensão nas pregas vocais e no tamanho e no formato da rima da glote. Esses mm. são: M. cricotireóideo – origem: parte ântero-lateral da cartilagem cricóidea / inserção: corno inferior da cartilagem tireóidea / função: estica e tensiona a prega vocal; M. cricoaritenóideo posterior – origem: face posterior da cartilagem tireóidea / inserção: processo muscular da cartilagem aritenóidea / função: abduz a prega vocal; M. cricoaritenóideo lateral – origem: arco da cartilagem cricóidea / inserção: processo muscular da cartilagem aritenóidea / função: aduz as pregas vocais; M. tireoaritenóideo – origem: face posterior da lâmina da cartilagem tireóide e ligamento cricotireóideo / inserção: face ântero-lateral da cartilagem aritenóidea / função: relaxa o ligamento vocal; M. aritenóideos transverso e oblíquo – origem: uma cartilagem aritenóidea / inserção: cartilagem aritenóidea contralateral (a outra) / função: aduzem as cartilagens aritenóideas; M. vocal – origem: processo vocal da cartilagem aritenóidea / inserção: ligamento vocal ipsilateral (homolateral) / função: relaxa o ligamento vocal posterior, enquanto tensiona a parte anterior. Vascularização da Laringe As artérias da laringe normalmente são ramos das artérias tireóideas superior e inferior. As artérias são: laríngea superior (passa pela membrana tireohióidea e emite ramos que suprem a face interna da tireóide), cricotireóidea (supre o m. cricotireóideo), laríngea inferior (supre a mucosa e os mm. da parte inferior da laringe). As veias laríngeas acompanham as artérias laríngeas. A veia laríngea superior drena para a veia tireóidea superior, que, por sua vez, drena para a veia jugular interna. A veia laríngea inferior drena para a veia tireóidea inferior, que, por sua vez, drena para a veia braquicefálica esquerda. IMPORTANTE: Saber desenhar a laringe! Caiu ano passado e no ano retrasado! Roteiro de Monitoria – Laringe Larissa Miranda Ádito da laringe Osso hióide Cartilagem tireóidea Proeminência laríngea Linha oblíqua Incisura tireóidea superior Cornos superiores Cornos inferiores Membrana tireo-hióidea Articulação cricotireóidea (corno inferior da cart. tireóidea + cart. cricóidea) Cartilagem cricóidea (face articular aritenóidea, lâmina e arco) Ligamento cricotireóideo (mediano e lateral) Ligamento cricotraqueal Cartilagens aritenóideas Processo muscular Processo vocal Cartilagens corniculadas Cartilagens cuneiformes (ainda não achei nas peças) Cartilagem epiglótica Pecíolo da epiglote Ligamento hioepiglótico Ligamento tireoepiglótico Tubérculo corniculado Tubérculo cuneiforme Prega ariepiglótica Prega vestibular Vestíbulo da laringe Prega vocal Ventrículo da laringe M. cricoaritenóideo posterior M. aritenóideo transverso M. aritenóideo oblíquo M. cricotireóideo M. constrictor inferior da faringe Roteiro de Monitoria – Vascularização da Cabeça e do Pescoço Larissa Miranda Arco da aorta Tronco braquiocefálico A. carótida comum direita A. subclávia direita A. carótida comum esquerda A. subclávia esquerda A. carótida interna A. carótida externa A. laríngea ascendente A. tireóidea superior A. lingual A. facial A. labial superior A. labial inferior A. nasal lateral A. angular Obs: Importância da artéria angular -> anastomosa-se com a artéria oftálmica, ramo da artéria carótida interna. A. maxilar A. alveolar inferior (ramo da parte mandibular da a. maxilar) A. meníngea média (ramo da parte mandibular da a. maxilar) A. esfenopalatina (ramo da parte pterigopalarina da a. maxilar) A. infra-orbital (ramo da parte pterigopalarina da a. maxilar) A. alveolar superior posterior (ramo da parte pterigopalarina da a. maxilar) Obs: A a. meningea média passa embaixo do ptério, ela irriga a dura-máter. Por isso, que acidentes na região do ptério são muito graves. A. temporal superficial (ramo frontal e parietal) A. occipital A. auricular posterior (ainda não achei peça com essa artéria) Tronco tireocervical A. tireóidea inferior A. cervical ascendente Tronco costocervical A. cervical profunda A. intercostal suprema A. subescapular Veia jugular externa V. auricular posterior V. retromandibular V. temporal superficial V. maxilar V. jugular interna V. facial V. angular V. tireóidea superior V. occipital Obs: Parte da veia retromandibular drena para a veia jugular externa e parte drena para a veia jugular interna V. jugular anterior