Capítulo 7 - Gimnospermas e Angiospermas - pág. 106 Duas árvores muito brasileiras – p. 106 O nome do nosso país deve-se à árvore (uma angiosperma) conhecida como pau-brasil (Caesalpinia echinata). Curitiba, capital do Pr., deve seu nome à mata de Araucárias (Curi em tupi = pinheiro). O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) pertence ao grupo gimnosperma. Além de madeira, é famosa por sua se-mente, o pinhão. Seu uso indiscriminado já destruiu a maior parte da mata. 1. GIMNOSPERMAS • Plantas vasculares, c/raiz, caule, folhas. NOVIDADES: – Fanerógamas (órgãos reprodutores visíveis): presença de ramos c/ folhas especializadas na produção de esporos, que germinam própria planta e originam gametófitos. – Espermatófitas: presença de sementes. – Grande Porte. – Esporófito (raiz, caule, folhas). – Possuem sementes ‘nuas’ (não abrigadas no interior de frutos). – Coníferas: formam grandes florestas no hemisfério norte e no sul da Brasil há a mata das Araucárias. O pinheiro é muito explorado p/ extração da madeira e de resinas (solventes e verniz). A semente do pinheiro-do-paraná “o pinhão”, é aproveitada como alimento. – – • • • • A planta possui folhas aciculadas, isto é, longas em forma de agulha ou espessas e curtas como escama. Além das folhas destinadas à fotossíntese, existem as reprodutoras, chamadas esporófilas, q possuem esporângios. Em geral, elas estão reunidas em estróbilos ou cones (daí o nome coníferas). Na superfície dessas folhas se formam as sementes. CICLO REPRODUTIVO - formação do grão de pólen • A planta propriamente dita é o esporófito (2n). • As folhas produzem 2 tipos de estróbilos: micróstróbilo ♂ e megastróbilo♀. • Nos estróbilos ♂ são formados os micrósporos que sofrem meiose e formam os grãos de pólen. • Uma vez eliminados, os grãos de pólen são levados pelo vento (anemofilia), apenas alguns atingem o cone feminino, polinizando-o. • Os estróbilos ♀, tb chamados pinhas, são formados por folhas modificadas que contém megasporângios. Este forma o óvulo. • ≠ dos animais, nos vegetais o óvulo não é o gameta ♀, ele é uma cápsula que contém o gameta ♀ (a oosfera) e outras cés. • • CICLO DE VIDA DE UMA GIMNOSPERMA: Polinização: os grãos de pólen são transportados pelo vento até o cone ♀. Fecundação: os grãos de pólen atingem o óvulo e qdo. germinam, forma o tubo polínico, que cresce em direção à oosfera. No interior desse tubo há duas células espermáticas (gametas ♂). • • A fecundação ocorre qdo. uma cél. espermática se une à oosfera e origina o zigoto que dá origem a um embrião. Após a fecundação, o óvulo transforma-se na semente, que contém o embrião, o tecido nutritivo e uma casca. Nas araucárias a semente é conhecida como pinhão e o estróbilo feminino é a pinha. Da germinação da semente formam-se novos esporófitos (plantas), fechando o ciclo. • • • • CLASSIFICAÇÃO No grupo das gimnospermas estão os filos: Coniferophyta (Coníferas): araucária, pinus, ciprestes, abetos, sequóias, etc. Cycadophyta (Cicadófitas): Cycas (palmerinha). Gnetophyta (Gnetófitas): Ephedra Ginkgophyta (Gincófitas): Ginkgo biloba. • VÍDEO: Gimnospermas – 2:17 2. ANGIOSPERMAS – Forma o filo Anthophyta que se diversificou pelo planeta graças a seu eficiente sistema de vasos condutores e à presença de flores e frutos (exclusiva), que ajudam na dispersão da planta. – Hoje, constituem + de 70% do no total de ssp de plantas conhecidas. – Tamanho variável (desde pequenas ervas até grandes árvores). – Plantas vasculares + abundantes: terrestres, aquáticas, marinhas e em ambientes áridos. Nos da flora + rica do mundo Brasil Mais de 50.000 espécies, em torno de 19% da flora mundial: – 55.000 a 60.000 - ANGIOSPERMAS – 3.100 - BRIÓFITAS – 1.200 a 1.300 - PTERIDÓFITAS – 16 - GIMNOSPERMAS • • • • • Apresentam semente protegida por fruto. Possuem flores típicas, cujo interior há folhas reprodutoras, os carpelos, que se fecham formando um vaso, no qual se desenvolvem as sementes. Após a fecundação, parte do carpelo transforma-se em fruto. A planta propriamente dita é o esporófito. O gametófito, extremamente reduzido, fica dentro dos tecidos do esporófito. FLOR • Uma flor completa é formada por: – Pedúnculo (haste de sustentação que prende a flor ao caule); – Receptáculo (extremidade do pedúnculo, geralmente dilatada, na qual se prendem os verticilos florais). – Verticilos florais (cálice, corola, androceu e gineceu). • • • • Cálice: Conjunto das folhas protetoras, geralmente verdes, chamadas sépalas. Corola: formada por esporófilas chamadas pétalas, de colorido vivo, embora às vezes sejam pálidas ou brancas, que servem, indiretamente, p/ reprodução por atraírem animais polinizadores c/ suas cores, aromas ou secreções adocicadas. Androceu (♂): formado por estames. Os estames possuem um pedúnculo (filete), com uma dilatação na extremidade (antera). Gineceu (♀): Formado por folhas modificadas, os carpelos, que se enrolam e se soldam formando os pistilos. Os pistilos têm o aspecto de uma garrafa ou vaso. • A base dilatada é o ovário. • Na extremidade oposta há uma dilatação, o estigma, que se liga ao ovário pelo estilete. VÍDEO: Angiospermas (Estrutura Floral) – 3:00 ATIVIDADES PRÁTICAS - Trazer na próxima aula: • Musgo • Folha de samambaia c/ soro • Folha de pinheiro • Estróbilo masculino e feminino • Pinhão • 2 flores de azaléia ou hibisco. • Durex • • • Algumas plantas são dioicas (estames em um pé e carpelos em outro); Outras são monoicas (flores c/ estames e carpelos “flores hermafroditas”, ou flores c/ estames e flores c/ carpelos no mesmo pé). Flores agrupadas em um mesmo pedúnculo, constituindo uma inflorescência é uma vantagem evolutiva, pois são + facilmente percebidas pelo polinizador. TIPOS DE INFLORESCÊNCIA POLINIZAÇÃO • Embora muitas flores sejam hermafroditas, existem mecanismos que impedem a autofecundação: – Dicogamia: amadurecimento do estame e do pistilo em épocas ≠s; – Hercogamia: barreira física que impede o grão de pólen de cair no estigma da mesma flor. OBS.: Tais mecanismos favorecem a fecundação cruzada, mais vantajosa em termos de variabilidade genética. • • Polinização é o transporte do grão de pólen da antera ao estigma da flor. Uma das razões do sucesso das angiospermas é a presença de mecanismos de transporte dos grãos de pólen de uma planta à outra. Isso torna a fecundação independente da água. • As gimnospermas dependem do vento para a polinização (só é eficiente se as plantas estiverem próximas). • Nas angiospermas o pólen é levado de uma planta à outra por insetos e outros animais. C/ isso as chances de polinização são maiores. • Algumas angiospermas como as gramíneas (capim, arroz, trigo, etc.) são polinizadas pelo vento. Tipos de polinização • Vento: anemofilia • Insetos: entomofilia • Aves: ornitofilia • Morcegos: quiropterofilia OBS.: Além do néctar, as angiospermas polizinizadas por animais possuem colorido brilhante nas pétalas ou aroma que atrai polinizadores. FECUNDAÇÃO • Quando entra em contato com o estigma, o grão de pólen desenvolve o tubo polínico. • Este cresce p/ dentro do estilete, em direção ao ovário. Dentro do tubo, origina-se duas cés. espermáticas (n), os gametas ♂. • Chegando no ovário, o tubo penetra no óvulo e promove uma dupla fecundação. • Uma célula espermática funde-se c/ a oosfera e origina o zigoto, que dará origem ao embrião (2n). • A outra célula espermática funde-se c/ os núcleos polares e origina o albúmem ou endorperma (reserva nutritiva p/ o embrião). • Fecundação é a união de uma célula espermática com a oosfera formando o zigoto que dará origem ao embrião. Formação do fruto e da semente • Após a fecundação, o ovário transforma-se em fruto e os óvulos, no seu interior, em sementes. • O fruto apresenta uma parede, o pericarpo, formada por 3 regiões: – Epicarpo – Mesocarpo (em geral, parte comestível) – Endocarpo. Formação da semente • A semente é formada pelo tegumento, proveniente das paredes do óvulo, e pela amêndoa, constituída de embrião e endorperma. • Além deste, o embrião possui folhas especiais, os cotilédones, c/ função de armazenar nutrientes ou transferir do endosperma ao embrião. • A dispersão da semente diminui a competição e promove a conquista de novos ambientes pela planta. • O fruto colabora na dispersão da semente quando: – Atrai animais pela reserva nutritiva. – Alguns frutos, como o carrapicho se prendem nos pelos do animais; – Outros são tão leves que podem ser carregados pelo vento; – Outros flutuam na água. • A dispersão do fruto por: – Animais (zoocoria) – Vento (anemocoria) – Água (hidrocoria VÍDEO: O QUE A FLOR TEM A VER COM O FRUTO Aula 25 - Partes 1 e 2 - Duração: 6:35 DESENVOLVIMENTO • Em condições adequadas, a semente germina e origina um novo esporófito. • O embrião é formado por radícula, caulículo, gêmula e cotilédone. • De início, a semente absorve água do ambiente (embebição), fazendo c/que seu volume aumente e a casca se rompa. • À medida que o embrião se desenvolve, a reserva dos cotilédones ou do endosperma é consumida pela planta. • Quando as reservas se esgotam, já existe uma pequena raiz p/ absorver água e um tecido clorofilado p/ realizar a fotossíntese. REPRODUÇÃO ASSEXUADA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA: • Os caules e as folhas das angiospermas, geralmente, são capazes de originar novos indivíduos a partir de suas gemas ou botões vegetativos. • Isso acontece de forma natural em caules subterrâneos e rasteiros chamados de estolhos (morangueiro e grama). Eles formam raízes que originam novos pés da planta. • Se cortarmos pedaços do caule da cana-de-açúcar cada parte com gema, origina uma nova planta. • O caule subterrâneo da batata forma tubérculos com gemas. Depois que o caule morre as gemas origina nova planta. • Nos bordos da folha da fortuna e da begônia, forma-se gemas, que origina novas plantas qdo. a folha cai no solo. • A bananeira tb se repro-duz de forma assexuada, por brotos que surgem na base do falso caule, o verdadeiro é subterrâneo. VANTAGENS e DESVANTAGENS DA REPRODUÇÃO ASSEXUADA • Rapidez na reprodução (enterrar gomos de cana-de-açúcar). • Produção de indivíduos geneticamente idênticos ao original. Desse modo preser-vam-se determinadas características que seriam perdidas na reprodução sexuada. • Como produz indivíduos idênticos, todos podem ser igualmente suscetíveis aoa ataque de determinada praga. TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSEXUADA – Estaquia: consiste em remover uma porção do ramo da planta que contenha gemas, a estaca, e introduzi-la no solo úmido. – Mergulhia: enterra-se uma muda sem destacá-la da origina até que nasçam raízes. Ao formar raízes separa-se o ramo da planta-mãe e planta separadamente. – Alporquia: consiste em fazer um corte parcial no ramo e envolver a região cortada com terra úmida envolta por um saco preso ao ramo para enraizar. Daí destaca-se o ramo enraizado e planta. – Enxertia: consiste em implantar uma parte viva da planta que se quer propagar o “cavaleiro” em uma porção enraizada de uma outra planta o “cavalo”. CLASSIFICAÇÃO DAS ANGIOSPERMAS • Monocotiledôneas e Dicotiledôneas levando-se em conta o no de coltilédones na semente. • Atualmente essa classificação passa por modificações (Monocotiledôneas, Eudicotiledôneas e Angiospermas basais). MONOCOTILEDÔNEAS • A maioria são plantas herbáceas. Há poucas árvores nesse grupo. Exemplos de arbóreas: – Palmeiras (coqueiro-da-baía, palmiteiros e carnaubeira); Exemplos de herbáceas: – Arroz, milho, aveia, cevada, trigo e centeio (base alimentação). – Bambu, capim, abacaxi, cebola, alho, orquídeas, aspargo, íris, gengibre, cana. EUDICOTILEDÔNEAS • Mais de 70% das sp de angiospermas. • Inclui a maioria das árvores, arbustos e ervas. Exemplos de eudicotiledôneas: – feijão, ervilha, soja, amemdoim, lentilha, grão-de-bico (leguminosas), fumo, batata, tomate, pimentão, beringela, algodão, couve, nabo, agrião, couve-flor, repolho, rosa, morango, maça, pera, café, cenoura, mandioca, cacto, etc. COMPREENDENDO O TEXTO Pág. 123 e 124 - 1 a 9 Refletindo e concluindo - Pág. 124 a 126- TODOS ENEM – p. 127