VISÕES DE CIÊNCIA EM REPORTAGENS DA REVISTA

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VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES
CEFET/RJ, 2012
VISÕES DE CIÊNCIA EM REPORTAGENS DA REVISTA VEJA
Fernanda de Moura Borges 1
1- Discente do Curso de Especialização em Educação Básica - Modalidade Biologia da Faculdade de
Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
([email protected])
Taciana Novello Gatto 1
1- Discente do Curso de Especialização em Educação Básica - Modalidade Biologia da Faculdade de
Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. ([email protected])
Rodrigo Pereira da Cunha 1
1- Discente do Curso de Especialização em Educação Básica - Modalidade Biologia da Faculdade de
Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
([email protected])
Luís Fernando Marques Dorvillé1
1-Docente do Departamento de Ciências da Faculdade de Formação de Professores, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro.
([email protected])
INTRODUÇÃO
O mundo contemporâneo se insere em um contexto no qual ciência e tecnologia
se afirmam nas estruturas política, econômica e cultural, configurando-se em uma
posição de poder. Este se traduz na aceitação pela sociedade dos benefícios da ciência e
de suas aplicações no cotidiano, uma vez que recebe as informações pela divulgação
científica de forma passiva e acrítica (ALBAGLI, 1996).
Apesar do papel da imprensa de manter a indústria cultural, de noticiar as mais
recentes descobertas científicas e, de acordo com Silva (2001), de levar a informação
mais próxima da pesquisa científica para as diversas camadas sociais, Benetti (2007)
explica que muitas vezes a informação não chega clara aos olhos do leitor, gerando
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diversas
possibilidades
de
interpretação.
Portanto,
a
mídia
busca
adequar
comportamentos e maneiras de pensar, seguindo os interesses do capitalismo, que
constantemente cria novos desejos na população, de acordo com a dinâmica em que a
sociedade se encontra.
Desse modo, na construção do pensamento científico a sociedade sofre
influência da cultura na qual está inserida e da escola, mas também do discurso utilizado
pelos meios de divulgação científica. Portanto, fazem-se necessárias análises destes
discursos produzidos pela mídia em notícias relacionadas às ciências, de forma a
sistematizar que visões de ciência predominam no discurso midiático. Pesquisas neste
sentido podem fomentar discussões acerca da prática pedagógica dos professores de
disciplinas relativas às Ciências, que podem funcionar como instrumento de
desmistificação das “verdades” veiculadas na mídia. Portanto, este trabalho visa gerar
subsídios às discussões relativas à prática pedagógica de educadores e seu papel na
transmissão de visões críticas da atividade científica.
O homem sempre procurou ao longo da história encontrar respostas a
questionamentos a respeito do mundo que o cerca, da natureza e de seus fenômenos.
Estas visões de mundo estão inseridas em um contexto histórico, sendo resultado do
pensamento vigente de cada época, ou paradigma, constituído de crenças e percepções
sobre a sociedade, a educação e a ciência. Estas interpretações não são apenas de cunho
científico, mas originam-se também no senso comum, nos saberes populares, na
filosofia ou na religião, sofrendo transformações e reinterpretações com o passar do
tempo (HENNING, 2007).
No Ocidente, as principais fontes interpretativas usadas pelos grupos hegemônicos
para explicar o mundo à sua volta mudaram através dos tempos: o mito e a magia na
Pré-história, a filosofia na Grécia Antiga e a fé na Idade Média. Já na Idade Moderna a
visão teocêntrica própria da Idade Média é superada pela visão antropocêntrica. Como
uma dessas vertentes, sobretudo a partir dos séculos XVI e XVII, o homem passou a ter
autonomia e controle sobre o processo do conhecimento, através de uma abordagem
empírica e do uso da matemática, produzindo verdades supostamente inquestionáveis
(BEHRENS, 2007), adquirindo a pretensão de dominar a natureza (SANTOS, 1988).
Assim, o conhecimento científico, que nasce muitas vezes a partir de outros saberes,
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como por exemplo, dos saberes tradicionais locais, ao utilizar-se de metodologias e
princípios próprios de sua lógica, legitima-se enquanto nova modalidade de
conhecimento (FRANCELIN, 2004). Uma modalidade que desfruta, desde a
Modernidade, de uma posição de destaque, em especial nos grandes centros urbanos.
Contudo, especialmente a partir do século XX, a conjunção entre os
desenvolvimento da filosofia da ciência e um certo desencanto pela atividade científica
(devido as consequências associadas à sua aplicação) têm registrado grandes críticas a
ciência como um conhecimento seguro e definitivo, adquirido através da observação e
do experimento (OLIVA, 2003). Tais críticas se estendem por um amplo espectro de
pontos de vista, indo desde os posicionamentos críticos de filósofos como Popper e
Bachelard até posições inteiramente relativistas como a de Feyerabend, este abdica
inteiramente da defesa da ciência como uma atividade racional, que opera de acordo
com metodologias específicas (CHALMERS, 1993).
Em algumas dessas interpretações observa-se a substituição da visão de objetividade
e neutralidade do trabalho científico, própria do paradigma moderno, por uma visão de
ciência a qual leva em conta a subjetividade do cientista, que trabalha de acordo com
interesses próprios e da comunidade científica e social em que se insere (DOREA &
SEGURADO, 2000). Deste modo, sobretudo depois da segunda metade do século XX,
a rígida distinção entre o contexto da descoberta e o da justificação, passa a ser
questionada, sendo defendida a ideia de que reconstruções da atividade científica menos
idealizadas só podem ocorrer caso a sua racionalidade seja encarada como um processo
no qual a forma, o conteúdo e o contexto se encontrem intimamente associados
(OLIVA, 2003). Silva (2000) defende, deste modo, que não cabe mais uma dicotomia
entre o que é ciência e o que é cultura, uma vez que a ciência se constrói dentro do
campo cultural e social, com todas as suas relações de poder e dominação ao longo da
história e no nosso cotidiano.
Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo investigar as visões de ciência
difundidas pela revista Veja, procurando identificar as diferentes representações dessa
atividade e se as mesmas incorporam uma interpretação crítica, ou seja, se a ciência é
entendida também como uma produção social.
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METODOLOGIA
A revista Veja segundo Benetti (2007) foi lançada em 1968 e atingiu estabilidade
em meados de 1970, sendo a maior revista semanal de informação do Brasil em termos
de circulação. Tem recebido a atenção de vários pesquisadores tais como Augusti
(2005), Hernandes (2004) e Nascimento (2002) dentre outros, que ressaltam sua
capacidade de produção de sentidos, inserida em um contexto formador de opinião,
construído por meio de adjetivos, advérbios e figuras de linguagem como ironia e
sarcasmo. Seus leitores possuem em sua maioria um nível de escolaridade alto, em
relação à média nacional, sendo responsáveis por formar opiniões e tomar decisões.
Sendo assim, a Veja se estrutura como um veículo formador de opinião dos formadores
de opinião, o que sugere sua função explicativa dos fatos da atualidade, legitimada pelo
seu status e por seu próprio discurso (AUGUSTI, 2005).
A Veja tornou-se uma revista que influencia as formas de pensar e agir de leitores
pertencentes à parcela mais escolarizada do Brasil e, como consequência, interfere nas
decisões educacionais, econômicas e políticas destes detentores do poder intelectual e
econômico do país. Esta influência contribui para a construção dos juízos de valor da
sociedade brasileira, bem como para o modo como a educação familiar e escolar se
constitui, através de valores e princípios que as famílias e a escola transmitem aos
jovens.
Para a análise das representações de ciência embutidos no discurso da revista, foram
selecionadas as reportagens de capa, com temas relativos à ciência, das edições do
período de janeiro de 2009 até junho de 2011. Após a seleção, foram identificadas as
visões da atividade científica presentes no discurso de cada reportagem, para assim
revelar um padrão próprio da revista.
O critério de seleção das reportagens de capa relativas à ciência deve ser delimitado
e para isso, o trabalho apoia-se em Santos (1988). O autor distingue os termos “ciências
naturais” de “ciências sociais”, ambos munidos de racionalidade, ao denominar
“ciências naturais”, quando se refere à ciência própria da Revolução Científica, limitada
às áreas da física, biologia, química e astronomia, por exemplo. Em contrapartida, ao
denominar “ciências sociais”, as quais emergem a partir do século XIX, refere-se ao
estudo da sociedade, diferindo-se de conhecimentos considerados não científicos como
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os literários, teológicos ou filosóficos. Portanto no presente trabalho optamos por
selecionar reportagens predominantemente relativas às ciências naturais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as 226 edições, apenas 20 foram selecionadas, correspondendo um total
(aproximado) de 9% de reportagens de capa que abordam a ciência como tema
principal.
As reportagens foram classificadas em áreas gerais de conhecimento científico e,
cada uma delas, em áreas específicas do conhecimento. As áreas gerais do
conhecimento científico são: Biologia, Química, Física, Astronomia, Geociências e
Psicologia, sendo as reportagens classificadas em uma ou duas áreas. Já as específicas
são: Saúde, Evolução, Neurociência, Fim do Mundo, Medicina, Eletricidade, Genética,
Clima e Relevo e Planetas. Embora a categoria Fim do Mundo não se refira a uma área
de investigação da Ciência, foi apresentada pela revista como se o fosse, sendo por isso
incluída como categoria.
A partir da análise da Fig. 1, destacam-se seis áreas gerais de conhecimento
científico, no qual o tema Biologia aparece 16 vezes (70%), Astronomia e Física (duas
vezes cada, 9%), Geociências, Química e Psicologia (uma vez cada, 4%).
Já na Fig. 2, destaca-se como área específica de conhecimentos científicos, a Saúde,
tema desenvolvido em 50% das reportagens, seguida pelo tema Neurociência, com
10%, e os outros temas (Evolução, Fim do Mundo, Medicina, Eletricidade, Genética,
Clima e Relevo, Planetas e Longevidade) com 5% cada.
Todas as representações de ciência encontradas nas reportagens foram analisadas e
classificadas em 17 categorias distintas, apresentadas na Tabela I. Como fica
evidenciado, mais de uma categoria pode ser atribuída a cada uma das reportagens.
Toda a análise subsequente dos dados foi feita a partir dessa classificação prévia.
A revista apresentou em todas as reportagens analisadas, a visão de ciência como
descobridora da verdade de forma linear, como fonte de legitimação do poder (por um
método único), sendo o conhecimento atual definitivo. Deste modo, o desenvolvimento
da ciência no passado culminou no único conjunto possível de conhecimentos atuais
(Fig.3). Em segundo lugar (com 65 % das reportagens) foi mais frequente a
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representação da ciência como atividade que possui aplicação prática no dia-a-dia das
pessoas, reduzindo-a à dimensão tecnológica, seguida pela matematização e
experimentação, com respectivamente 60% e 35% das reportagens. Essas quatro
primeiras categorias constituem a principal representação de ciência encontrada nessa
publicação, a qual se caracteriza por encará-la como uma atividade linear e cumulativa,
que tem como sua principal dimensão seu caráter pragmático de resolução de impasses
técnicos e que aufere sua credibilidade a partir de atributos tais como neutralidade e
precisão. A Ciência não é vista, na maior parte dos exemplos, como um processo
dinâmico, em constante mudança e sim como uma atividade que requer somente lógica
e método. A transitoriedade do conhecimento científico foi destacada em apenas uma
reportagem e seu caráter especulativo em apenas duas.
Não há espaço, na maioria das visões apresentadas, para uma concepção da ciência
que sofre influência das condições sociais em que ocorre, sendo na verdade movida
apenas por questões internas à atividade científica. Além disso, a ciência é mostrada
como ocupando uma posição hierárquica superior em relação a outras fontes de saber
em 25% das reportagens. Esta representação vai de encontro à visão linear e absoluta da
ciência, própria do paradigma positivista, porém mostra-se insuficiente para contribuir
na construção de um pensamento científico crítico nos leitores, que serão influenciados
pela visão predominante.
Dentre as reportagens de capa analisadas, destacam-se duas que melhor
exemplificam as visões de ciência: “O cérebro do gênio” e “Guerra nas estrelas”. A
primeira evidencia o cientista de duas formas, como um gênio (descobridor da verdade)
e ao mesmo tempo como um ser falível. Outra visão encontrada é a ciência como
descobridora da verdade de forma linear, dentro de um pensamento positivista; vista no
seguinte fragmento da reportagem: “O plano era descobrir a verdade analisando o DNA
contido no cérebro”.
Já na reportagem “Guerra nas estrelas”, encontra-se a visão de matematização e um
diálogo entre múltiplas fontes de saber, as convergências e complementaridades de
diferentes áreas do conhecimento científico (astronomia, física, psiquiatria, arqueologia
e antropologia) que se sobrepõem aos conhecimentos não científicos (astrologia e senso
comum). Porém a supremacia da ciência como descobridora da verdade de forma linear,
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também é observada, como na passagem a seguir: “A Ciência mostrou que as órbitas
dos planetas são elípticas e que o eixo da Terra tem uma inclinação de cerca de 23
graus”.
CONCLUSÃO
A revista Veja tem um padrão de visões de ciência baseado em uma visão
positivista, valorizando a Ciência como um saber supremo, racional, aplicável, linear,
cumulativo e verdadeiro. Sendo considerada um veículo que influencia a construção do
pensamento científico da sociedade, devido ao seu status, e que não contribui para a
construção do pensamento crítico dos leitores, mas para a manutenção do paradigma
positivista da ciência. Nele a atividade científica ocupa uma posição hierárquica de
absoluto destaque, sobrepujando as demais fontes de conhecimento e contribuindo para
a legitimação da atividade científica como único critério produtor de verdades, o que
pode vir a justificar qualquer decisão a ser tomada no espaço social a partir da chancela
científica que a mesma possa receber.
A História da Ciência pode ser utilizada como um mecanismo para tornar a
aprendizagem no ensino de ciências mais interessante e auxiliar na formação de um
pensamento crítico dos alunos. A visão de ciência deve ser passível de questionamentos
e mudanças, baseada em modelos científicos que buscam explicar tanto o que é
diretamente observável como aquilo que é inferido, sendo estas construções mentais
humanas e não um reflexo direto e inteiramente objetivo da própria natureza, tendo na
realidade observada criticamente o instrumento para legitimação provisória de tais
modelos explicativos (BRASIL, 2002).
As reportagens da Veja devem ser utilizadas pelo (a) educador (a) de forma crítica,
o que ocorre quando as “verdades” transmitidas são questionadas e as visões de ciência
próprias do paradigma positivista são desmistificadas, a partir do esclarecimento das
fragilidades do fazer ciência, tendo apoio em fatos da história. Além disso, deve-se
estimular o entendimento da ciência como um processo não linear, assinalando a
existência de divergências dentro da comunidade científica, bem como a presença de
rupturas e descontinuidades presentes na construção do conhecimento científico. Por
fim, deve-se buscar defender o real valor da ciência como produtora de conhecimento, o
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que não deve implicar nem na sua idealização nem no tratamento da mesma de forma
depreciativa, promovendo a aceitação de diversas fontes de conhecimentos, que juntas
buscam a explicação do mundo em diferentes contextos.
Fig. 1: Frequência de áreas gerais de conhecimento científico presentes em 20
reportagens de capa com temas científicos da revista Veja, do período de 2009 até junho
de 2011.
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Fig.2: Áreas específicas de conhecimento científico presentes em 20 reportagens de
capa com temas científicos da revista Veja, do período de 2009 até junho de 2011.
Tabela I: Título das reportagens de capa com temas científicos veiculadas na revista
Veja, no período de janeiro de 2009 até junho de 2011 e as representações de ciência
encontradas em cada uma de forma detalhada.
Visões de Ciência
Título da reportagem de capa
encontradas
Uma guerra de 150 anos.
1,2,3
Transplantes.
2,4,6
Genética não é destino.
2,6
Alcoolismo. É possível prevenir a doença.
2,4,6,7
Açúcar, acharam o culpado.
2,4,6,8
Enfim, alguém me entende.
2,6,9
O cérebro do gênio
2,5,7,10
O fim do mundo
2,11,12
A força do lazer
2,6
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Os segredos da memória
2,4,6,7
Por que chove tanto?
2,4,6
O fim do efeito sanfona
2,4,6,7
A nova ciência da pele
2,4,6,7
DNA
2,4,13
As regras boas da nutrição sadia
2,4,6
Os mortos de Janeiro
2,4, 5,14,15
Guerra nas estrelas
2,4,16
Remédios para emagrecer: Por que é ruim proibir
a venda?
1,2,17
A nova medicina do coração da mulher
2,4,6,7
Os donos do tempo
2,4,6,7
1- Universalismo; 2 - Ciência descobridora da verdade de forma linear; 3 Supremacia da ciência em relação à religião; 4 – Matematização; 5 - Especulação no
trabalho científico; 6 - Aplicabilidade da ciência; 7 – Experimentação; 8 - Ciência
como instrumento de legitimação dos problemas sociais; 9 - Supremacia da ciência
em detrimento do conhecimento popular; 10 - O cientista é visto como gênio e ao
mesmo tempo como um ser falível; 11 - Ciência produzida apenas pelas áreas
naturais; 12 - Construção da verdade a partir de conhecimentos de áreas distintas, em
detrimento do senso comum; 13 - Produção de um conhecimento integrado: relação
do comportamento e cultura da sociedade brasileira com os conhecimentos genéticos
e conceitos históricos; 14-Transitoriedade do conhecimento científico; 15 Conhecimentos científicos de cunho social e natural juntam-se e convergem na busca
pela verdade; 16 - Diálogo, convergência e complementaridade de diferentes áreas do
conhecimento científico que se sobrepõem aos conhecimentos não científicos supremacia da ciência; 17 - Posição única da ciência contra decisões políticas,
supremacia da ciência em detrimento das demais fontes de decisão relacionadas à
saúde.
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Fig.3: Frequência das visões de ciência veiculadas em um total de 20 reportagens de
capa com temas científicos da revista Veja, do período de janeiro de 2009 até junho de
2011.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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