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Trabalho FBV
Os Seres Vivos e o Meio Ambiente
Eras Geológicas
A Era Pré-Cambriana
Já se definiu a era pré-cambriana como aquela anterior ao surgimento da vida na Terra,
ocorrido no período cambriano. Atualmente, porém, se sabe que a vida no planeta surgiu no
início do arqueano e que, ao longo da era pré-cambriana, os organismos fossilizados se
tornaram cada vez mais abundantes.
Era pré-cambriana é o intervalo de tempo geológico que se iniciou há cerca de quatro bilhões
de anos, idade das rochas mais antigas que se conhecem, e se encerrou há 570 milhões de
anos, quando teve início o período cambriano da era paleozóica. É o intervalo mais antigo e
mais longo da história geológica do planeta e representa oitenta por cento de todo o tempo
geológico.
Devido às violentas transformações que a Terra sofreu durante o pré-cambriano, bem como à
lentidão dos processos geológicos e biológicos que então se registraram, são poucos os restos
fósseis que se conhecem e escassa a informação sobre as condições vigentes nessa era, que
se divide em duas fases. O arqueano é a fase mais antiga, e o proterozóico começou há 2,5
bilhões de anos.
A definição precisa da história geológica da era pré-cambriana constitui um dos maiores
problemas da geologia moderna em face da complexidade estrutural, grau de metamorfismo,
falta de fósseis-guia, descontinuidade de afloramentos etc. Nas últimas décadas do século XX,
graças ao maior desenvolvimento dos métodos geocronológicos e geotectônicos, o estudo da
era pré-cambriana avançou de forma considerável, embora ainda não houvesse consenso
sobre a subdivisão cronoestratigráfica dessa era geológica.
A inexistência de critérios objetivos para a correlação de seções pré-cambrianas distantes
umas das outras deu origem à convicção generalizada de que não seria possível estabelecer
uma escala única de subdivisão estratigráfica dessa era para todas as regiões do mundo. Um
reflexo desse ponto de vista foi a divisão da história da Terra em dois grandes eons:
criptozóico, correspondente à era pré-cambriana, e fanerozóico, que compreende as eras
paleozóica, mesozóica e cenozóica.
As rochas pré-cambrianas aparecem tipicamente em vastas áreas de várias centenas ou até
milhares de quilômetros de extensão. Alguns exemplos são os escudos canadense, báltico,
indiano, australiano ocidental, ucraniano e brasileiro. Devido à falta de fósseis que permitam
assegurar a idade de rochas da era pré-cambriana, a datação é feita pela análise isotópica de
pares de elementos radioativos.
A transição entre o arqueano e o proterozóico representou uma mudança significativa na
história geológica da Terra. No arqueano, a crosta terrestre estava em processo de
crescimento e não havia grandes continentes estáveis, enquanto a partir do proterozóico,
quando emergiram os continentes, cinturões orogênicos puderam se formar à margem e entre
os blocos continentais, da mesma forma que nos tempos fanerozóicos. Esses eventos foram
fundamentais na evolução dos continentes e tais processos tiveram continuidade ao longo da
história da Terra.
No fim do proterozóico, alguns cinturões orogênicos continuaram a se desenvolver, como no
caso dos cinturões pan-africanos da Arábia Saudita e da África oriental. O intenso crescimento
da crosta e os muitos cinturões orogênicos que se formaram ao longo do proterozóico, no
entanto, resultaram no surgimento de grandes blocos continentais, que se amalgamaram para
formar um novo supercontinente no fim da era pré-cambriana.
Durante o longo intervalo de tempo da era pré-cambriana as condições climáticas da Terra
devem ter se modificado consideravelmente. Registros sedimentares sugerem grandes
alterações na composição da atmosfera e dos oceanos. Os mais importantes entre esses
sedimentos são os tilitos (sedimentos glaciais), especialmente aqueles depositados na América
do Norte e na África do Sul, indicadores de numerosas e longas glaciações durante a era précambriana. A última das longas glaciações ocorreu há 2,3 bilhões de anos, e a mais longa da
história da Terra data do fim do proterozóico, entre um bilhão e 600 milhões de anos atrás.
O surgimento da vida na Terra data do início do arqueano. Registram-se ocorrências de
estromatólitos (sedimentos depositados por algas) de alguns centímetros e de esferóides
carbonáceos milimétricos e microscópicos em sedimentos bem preservados, de até 3,5 bilhões
de anos de idade. Os organismos arqueanos eram procariotes capazes de sobreviver aos altos
níveis de radiação solar na atmosfera sem oxigênio do período, que não dispunha de camada
de ozônio. A eles se sucederam, no proterozóico, os eucariotes que, para seu crescimento,
usavam oxigênio existente cada vez em maior quantidade na atmosfera. Formas de vida
invertebrada começaram a aparecer no fim do pré-cambriano e foram os precursores dos
metazoários (organismos multicelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos) que
proliferaram ao longo do fanerozóico e posteriormente deram lugar aos primatas.
rsas Cum suas cerimônias religiosas, várias culturas
Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha
aproximadamente 4 bilhões de anos, durante todo esse período ela passou por grandes
transformações, processo classificado como eras geológicas. As diferentes eras geológicas
correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras
geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo,
portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica,
Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que
surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais
antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos
atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se
há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que
promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os
grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na
era geológica do Proterozoico ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também
ficou caracterizada pelo surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.
Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície
terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos
montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se
caracteriza pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes
florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.
Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo
intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou
caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte
das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são:
divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o
dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.
Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de
anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os
dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes
(América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves,
várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias
atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos
continentes e oceanos; surgimento do homem.
Origem dos Seres Vivos
O caos reinante na Terra Primitiva.
A origem dos seres vivos em nosso planeta ainda é uma questão polêmica que envolve desde
a hipótese criacionista às teorias evolucionistas propostas pelas diferentes linhas de
pensamento no campo científico.
No entanto, fundamentada na teoria da evolução molecular, acredita-se que a vida tenha
surgido a partir da complexidade das combinações entre os elementos químicos, que
constituíam o cenário da Terra Primitiva, conforme sugerido pelo biólogo Thomas Huxley (1825
– 1895), retomada posteriormente por John Haldane (1892 – 1964) e aperfeiçoado pelo
bioquímico Aleksander Oparin (1894 – 1980).
Há mais ou menos 4,6 bilhões de anos, suposta época que o planeta Terra se formou em
consequência da condensação (fusão) de partículas oriundas de uma grande explosão no
cosmo (Big Bang), estaria a Terra sob fortes condições de pressão e temperatura.
Nesse período não existia uma camada de ozônio (O3) retentora de radiações. Além da
radiação ultravioleta, o planeta também era frequentemente bombardeado por asteroides.
Segundo eles, ocorriam constantes erupções vulcânicas, emitindo grande quantidade de gases
(moléculas): metano – CH4, amônia – NH3, gás hidrogênio – H2 e água H2O, suspensos na
atmosfera primitiva.
O ambiente era extremamente redutor, consequente da inexistência ou baixa concentração do
gás oxigênio (O2).
Contudo, os gases formados, submetidos a fortes descargas elétricas, tiveram seus arranjos
inorgânicos reordenados. Tais substâncias colaboraram com a gradativa alteração da situação
atmosférica e “climática”. A temperatura global foi amenizando a ponto de ocasionar chuvas
que precipitavam as substâncias, se concentrando nos mares que se formavam.
Nos mares, as moléculas aumentavam em grau de complexidade, surgindo então as
substâncias orgânicas, transformando os mares em um imenso caldeirão nutritivo.
Eventualmente, as condições da sopa nutritiva que se formou nos mares, deram origem aos
coacervados (junção de moléculas complexas circundadas por uma película de água).
Evolutivamente, com o abrandamento da turbulenta situação do planeta, os coacervados
(sistemas semi-isolados), tiveram suas reações químicas complementadas, efetivando trocas
com o meio externo. Cada vez mais elaborados, os coacervados, provavelmente foram se
aperfeiçoando a ponto de adquirir composição lipídica, proteica e até ácido nucleico.
Em 1953, através de uma simulação realizada pelo cientista Stanley Miller, experimentalmente
reproduzindo em laboratório o ambiente atmosférico da Terra primitiva, obteve como resultado
a formação de diversas substâncias orgânicas, entre elas os aminoácidos alanina e glicina.
Reconhecendo um ser vivo
Organismos vivos
São organismos vivos todos os seres vivos eucariontes, pluricelulares, animais ou vegetais
complexos que possuem tecidos vivos diferentes e associados na constituição de órgãos
funcionais vivos e distintos, cada qual desempenhando determinada função no organismo.
Assim o organismo humano é estudado na anatomia humana os organismos de outros
animais são estudados na anatomia animal e os organismos dos vegetais são estudados na
anatomia vegetal.
Envelhecimento dos organismos: Alguns seres vivos têm vidas curtas como por exemplo os
insetos efemerópteros, esses insetos que ficam voando em torno das lâmpadas no verão e que
vivem apenas uns dois ou três dias, enquanto que existem algumas plantas que podem viver
milhares de anos, como por exemplo as árvores sequóias, algumas com até 4.650 anos de
idade. A vida dos organismos humanos é estimada em 73 anos em média, os animais com
maior tempo de vida são as tartarugas que podem viver até mais de dois séculos. Organismos
mortos são chamados de cadávesres..

Em biologia e ecologia um organismo é um ser vivo. Uma extensão polêmica deste
conceito afirma que a própria Terra é um organismo vivo. Chama-se a esta hipótese a
Hipótese de Gaia.
A origem da vida e as relações entre as suas maiores linhagens são controversas. Dois
grandes grupos podem ser identificados, os procariontes - que não apresentam um
verdadeiro núcleo celular - e os eucariontes, em que o ADN se encontra organizado em
cromossomos dentro do núcleo celular.
Os procariontes são geralmente agrupados em dois domínios, chamados Bacteria e
Archaea.
De acordo com a teoria endosimbiótica as plantas teriam adquirido dois organelos das
suas células, nomeadamente a mitocôndria e os cloroplastos, de bactérias
endosimbióticas.
Características comuns a muitos organismos incluem:
* Movimento
* Alimentação
* Respiração
* Crescimento
* Reprodução
* Sensação (sensibilidade a estímulos externos)
No entanto, estes não são universais. Muitos organismos são incapazes de movimento
independente, e não respondem diretamente ao seu ambiente. Os microrganismos,
como as bactérias, podem não ter respiração, usando, em vez disso, caminhos
químicos alternativos.
Classificação dos seres vivos
Podemos dividir a Biota em micróbios, micro-organismos e organismos:



Super reino: Acytota
o Reino: Vírus
 Vírus, Agentes sub-virais e viróides, que são os menores micróbios
que existem e não podem ser considerados micro-organismos porque
não possuem organelas internas.
Super reino: Prokaryota
o Reino: Monera
 Bactérias, cianobactérias e nanobactérias, que são micro-organismos
de tamanho médio.
Super reino: Eukaryota
o Reino: Fungi
 Fungos que podem ser micro-organismos unicelulares como também
podem ser organismos pluricelulares pouco complexos.
o Reino: Metaphyta
 Plantas, que são organismos pluricelulares complexos.
 algas que podem ser micro-organismos unicelulares ou
organismos pluricelulares simples.
o Reino: Metazoa
 Animais que são organismos pluricelulares muito complexos.
o Reino: Protista
 Protozoários e algas unicelulares que são micro-organismos bastante
complexos.
CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
O termo “meio ambiente” é considerado pelo pensamento geral como sinônimo de natureza,
local a ser apreciado, respeitado e preservado. Porém é necessário um ponto de vista mais
profundo no termo, estabelecer a noção no ser humano de pertencimento ao meio ambiente,
no qual possui vínculos naturais para a sua sobrevivência.
Por meio da natureza, reencontramos nossas origens e identidade cultural e biológica, uma
espécie de diversidade “biocultural”. Outra definição sobre o termo “meio ambiente” o coloca no
significado de recursos, de gerador de matéria-prima e energia.
Nesta segunda definição, a educação ambiental trabalha a noção de consumo responsável e
solidária, na defesa do acesso às matérias-primas do meio ambiente de forma comum para
todos. Na terceira concepção da palavra, quando falamos em “meio ambiente” no seu curso de
problemáticas e questões, surgem as pesquisas e as ações em prol das soluções sobre as
perdas e destruições que desfavorecem o equilíbrio natural de um determinado meio.
“Meio ambiente” no sentido de ecossistema é um conjunto de realidades ambientais,
considerando a diversidade do lugar e a sua complexidade. O “meio ambiente” como lugar
onde se vive é referente à vida cotidiana : casa, escola, e trabalho. O “meio ambiente” como
biosfera surge para explicar a interdependência das realidades sócio - ambientais em todo
mundo, a Terra é a matriz de toda vida.
O termo “meio ambiente” também pode designar um território de uso humano e de demais
espécies. Toda pesquisa e educação ambiental deve considerar todos os significados sobre o
termo “meio ambiente”.
BIODIVERSIDADE
Biodiversidade nada mais é do que a diversidade, ou a variedade, de formas de vida no
planeta. Ou seja, biodiversidade é a diversidade de espécies, genes,
variedades,ecossistemas, gêneros e famílias, enfim, a variedade da natureza viva.
Na “Convenção da Diversidade Biológica” apresentada na Eco 92, biodiversidade é definida
como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros,
os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e ecossistemas”.
A biodiversidade da natureza.
A idéia da diversidade das espécies surgiu com a junção da taxanomia e da biogeografia. A
segunda é uma ciência que se ocupa da localização geográfica da ocorrência das espécies, e
a primeira, do estudo, descrição e classificação de novas espécies, a Taxonomia. Na verdade,
antes da taxonomia surgir como ciência, haviam os estudiosos que eram chamados de
“naturalistas”. Dentre eles estavam, inclusive, alguns filósofos como Aristóteles e Plínio. Mas,
foi só à partir do século XVIII, quando Lineu criou um sistema de classificação de espécies que
formaria a base do sistema atual, que o estudo das espécies começou a se tornar um ramo
distinto das outras ciências trazendo a idéia da “diversidade da vida” no planeta. Ou,
biodiversidade.
Entretanto, o termo biodiversidade só ganharia mais importância à partir de 1988 quando o
ecólogo de Harvard, Edward Wilson publicou um livro onde trazia o termo utilizado em uma
convenção nos EUA.
A biodiversidade é o que garante o equilíbrio dos ecossistemas e, por tabela, do mundo todo.
Os danos causados à biodiversidade não afetam somente as espécies que habitam
determinado local, mas, todas as outras e o próprio ambiente uma vez que afeta a fina rede de
relações entre as espécies e entre estas e o meio em que vivem.
Para tentar preservar toda a riqueza de vida do planeta é necessário conhecer os diversos
mecanismos ligados à sua preservação e, principalmente, não interferir. A principal ameaça à
biodiversidade do planeta é justamente a ação humana através de desmatamentos, queimadas
e alterações antrópicas no clima e nos ecossistemas. Podemos citar como exemplo, a
intervenção humana nas Ilhas de Fernando de Noronha, onde foi introduzida uma espécie de
lagarto, o teju, para que se alimentasse dos roedores que infestaram a ilha por causa dos
navios que ali aportavam. Entretanto, o teju preferiu se alimentar de ovos das aves e tartarugas
que se reproduzem no local pondo em risco a biodiversidade do arquipélago e se tornando
uma praga.
Mas o pior é que por causa dos desmatamentos e queimadas diversas espécies são extintas
antes mesmo de poderem ser estudadas ou de que alguma ação seja tomada para se tentar
preservá-las.
Por ano são descobertas em média cerca de 13.000 novas espécies e estima-se que existam
cerca de 1,7 milhões de espécies conhecidas no planeta. Mas, esses números são ainda muito
distantes do que pode existir na realidade, pois não existe nenhuma lista geral de espécies e
mesmo com todos os esforços, a classificação e estudo das diversas espécies do planeta é
quase uma corrida contra o tempo, antes que o homem termine por destruir o que ainda nem
foi conhecido.
Os principais refúgios da biodiversidade brasileira são a Floresta Amazônica e Mata
Atlântica.
Meio Ambiente e a biologia
x
O reconhecimento da importância dos recursos ambientais brasileiros remonta ao período do
descobrimento, quando em carta datada de 1º de maio de 1500, enviada ao Rei de Portugal,
Pero Vaz de Caminha relata as belezas naturais e o patrimônio existentes neste país.
O conceito de meio ambiente é, contudo, bem novo, assim como a gestão do meio ambiente
constitui uma atividade também recente. Até há pouco tempo, os recursos ambientais eram
tratados de forma isolada no Brasil, razão pela qual os instrumentos e os mecanismos
necessários à gestão do meio ambiente ainda não estavam desenvolvidos e aperfeiçoados em
sua plenitude.
Por outro lado, as estruturas de Governo que foram sendo desenvolvidas ao longo do tempo
para atender às demandas da sociedade, no que se refere à conservação e a preservação dos
recursos naturais, estavam mais voltadas para o incentivo do desenvolvimento econômico, no
qual a exploração desses recursos era apenas mais um elemento.
A Carta Régia de 27 de abril de 1442 é a primeira disposição governamental conhecida de
proteção à árvore no direito português, à exceção dos casos de incêndio. Seguia-se ao período
de notáveis vitórias portuguesas, no reinado de D. João I, em que a conquista de Ceuta, a
descoberta da ilha da Madeira, da ilha de Santa Maria incorporaram à Coroa territórios nos
quais a riqueza mais visível eram matas frondosas.
Simultaneamente, a nação se encontrava empenhada em aumentar, cada vez, mais a sua já
respeitável esquadra, sem o que seria impossível conservar a soberania sobre as novas terras.
Ora, para isto não havia madeiras que bastassem. As disponibilidades européias eram
reduzidas e tornava-se, pois, imprescindível estabelecer normas para o corte e punir todo
desperdício.
Com a vinda da Família Real para o Brasil foi criado o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em
13 de junho de 1808. Atualmente, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é uma fundação
vinculada ao Ministério do Meio Ambiente
Até a década de 50, não havia no Brasil uma preocupação precípua com os aspectos
ambientais; as normas existentes limitavam-se aos aspectos relacionados com o saneamento,
a conservação e a preservação do patrimônio natural, histórico e artístico, e à solução de
problemas provocados por secas e enchentes.
O período compreendido entre 1930 a 1950 caracterizou-se pela industrialização com base na
substituição de importações. Nesse período o país foi dotado de instrumentos legais e de
órgãos públicos que refletiam as áreas de interesse da época e que, de alguma forma, estavam
relacionados à área do meio ambiente, tais como: o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de
10 de julho de 1934; o Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS); o
Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS); a Patrulha Costeira e o Serviço
Especial de Saúde Pública (SESP).
As medidas de conservação e preservação do patrimônio natural, histórico e artístico mais
significativas, no período acima referido, foram: a criação de parques nacionais e de florestas
protegidas nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste; o estabelecimento de normas de proteção dos
animais; a promulgação dos códigos de floresta, de águas e de minas; a organização do
patrimônio histórico e artístico; a disposição sobre a proteção de depósitos fossilíferos, e a
criação, em 1948, da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza.
Na década de 60, o Governo brasileiro se compromete com a conservação e a preservação do
meio ambiente, efetivadas por meio de sua participação em convenções e reuniões
internacionais, como por exemplo, a Conferência Internacional promovida pela UNESCO, em
1968, sobre a Utilização Racional e a Conservação dos Recursos da Biosfera.
Nessa ocasião foram definidas as bases para a criação de um programa internacional dedicado
ao Homem e à Biosfera (MAB - Man and Biosphere), que foi efetivamente criado em 1970. O
Brasil, como membro das Nações Unidas, também assinou acordos, pactos e termos de
responsabilidade entre países, no âmbito da Declaração de Soberania dos Recursos Naturais.
A década de 70 foi marcada pelo agravamento dos problemas ambientais, e,
conseqüentemente, pela maior conscientização desses problemas em todo o mundo.
No período de 21 a 27 de agosto de 1971, foi realizado, em Brasília, o I Simpósio sobre
Poluição Ambiental, por iniciativa da Comissão Especial sobre Poluição Ambiental da Câmara
dos Deputados. Deste Simpósio participaram pesquisadores e técnicos do País e do exterior,
com o objetivo de colher subsídios para um estudo global do problema da poluição ambiental
no Brasil.
No entanto, somente após a participação da delegação brasileira na Conferência das Nações
Unidas para o Ambiente Humano, realizada em 1972, em Estocolmo, Suécia, é que medidas
efetivas foram tomadas com relação ao meio ambiente no Brasil. Participaram do evento
representantes de aproximadamente 113 nações, 90% dos quais pertenciam ao grupo dos
países em desenvolvimento. Nessa época, apenas 16 deles possuíam entidades de proteção
ambiental.
Os delegados dos países em desenvolvimento, liderados pela delegação brasileira, defendiam
seu direito às oportunidades de crescimento econômico a qualquer custo. Ao final, foi
proclamada, como forma ideal de planejamento ambiental, aquela que associasse a prudência
ecológica às ações pró-desenvolvimento, isto é, o ecodesenvolvimento.
Esses países conseguiram ainda aprovar a declaração de que o subdesenvolvimento é uma
das mais freqüentes causas da poluição no mundo atual, devendo, portanto, o controle da
poluição ambiental ser considerado um subprograma de desenvolvimento, e a ação conjunta
de todos os governos e organismos supranacionais convergir para a erradicação da miséria no
mundo.
Nessa Conferência foram aprovados 25 princípios fundamentais que orientam as ações
internacionais na área ambiental, tais como: a valorização do homem dentro do ambiente como
ser que o transforma, mas que depende dele para sobreviver, e que o homem é o ser mais
importante do mundo, pois promove o progresso social, cria riquezas e desenvolve a ciência e
a tecnologia.
Ainda na década de 70, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA, pelo
Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973, que se propôs a discutir junto à opinião pública a
questão ambiental, fazendo com que as pessoas se preocupassem mais com o meio ambiente
e evitassem atitudes predatórias. No entanto, a SEMA não contava com nenhum poder policial
para atuar na defesa do meio ambiente.
Várias medidas legais foram tomadas posteriormente com o objetivo de preservar e conservar
os recursos ambientais e de controlar as diversas formas de poluição. A SEMA dedicou-se a
defender dois grandes objetivos: estar atenta à poluição, principalmente a de caráter industrial,
mais visível, e proteger a natureza.
Em 1968, tem início na Europa um movimento que se preocupava com os problemas
ambientais nos seus países e no mundo, denominado Clube de Roma. Seus participantes –
especialistas de várias áreas do conhecimento humano – reuniram-se em Roma para discutir a
crise daquele momento e as crises futuras da humanidade.
Em 1972, o Clube de Roma publicou o seu relatório The Limits of Growth (Os limites do
Crescimento), que alertava para o fato de que a humanidade teria, obrigatoriamente, um limite
de crescimento com o modelo econômico então praticado, baseado no consumo exacerbado e
altamente concentrado em poucas nações.
Poucos meses depois realizou-se em Estocolmo, Suécia, a Conferência da ONU sobre o
Ambiente Humano, de onde saiu um documento intitulado "Declaração sobre o Ambiente
Humano". A Declaração reconhece a importância da Educação Ambiental como o elemento
crítico para o combate à crise ambiental no mundo, enfatizando a premência de o homem
reordenar.
Em 1977, a UNESCO-PNUMA promoveu a Conferência Intergovernamental sobre Educação
Ambiental, que influenciou a adoção dessa disciplina nas universidades brasileiras.
O Governo Federal, por intermédio da SEMA, instituiu em 1981 a Política Nacional do Meio
Ambiente, pela qual foi criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e instituído o
Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental. Por esse
Cadastro foram definidos os instrumentos para a implementação da Política Nacional, dentre
os quais o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (SINIMA). Foi criado,
também, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que tem poderes
regulamentadores e estabelece padrões de meio ambiente.
A SEMA propôs o que seria de fato a primeira lei ambiental, no País, destinada à proteção da
natureza: a Lei nº 6.902, de 1981 – ano-chave em relação ao meio ambiente brasileiro.
Destaca-se a criação das seguintes unidades de conservação pelo governo federal: parques
nacionais, reservas biológicas, reservas ecológicas, estações ecológicas, áreas de proteção
ambiental e áreas de relevante interesse ecológico. Nos estados e municípios a preocupação
centrou-se na proteção de mananciais e cinturões verdes em torno de zonas industriais.
Em 1985, apenas 1,49% da área total do País é ocupada por unidades de conservação.
A Constituição de 5 de outubro de 1988 foi um passo decisivo para a formulação da nossa
política ambiental. Pela primeira vez na história de uma nação, uma constituição dedicou um
capítulo inteiro ao meio ambiente, dividindo entre o governo e a sociedade a responsabilidade
pela sua preservação e conservação.
A partir daí, foi criado o programa Nossa Natureza, que estabeleceu diretrizes para a execução
de uma política ampla de proteção ambiental.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, foi
criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. O IBAMA foi formado pela fusão de quatro
entidades brasileiras que trabalhavam na área ambiental: Secretaria do Meio Ambiente SEMA; Superintendência da Borracha - SUDHEVEA; Superintendência da Pesca – SUDEPE, e
o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF.
Em 1990, foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República – SEMAM,
ligada à Presidência da República, que tinha no IBAMA seu órgão gerenciador da questão
ambiental, responsável por formular, coordenar, executar e fazer executar a Política Nacional
do Meio Ambiente e da preservação, conservação e uso racional, fiscalização, controle e
fomento dos recursos naturais renováveis.
Realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, a Conferência da ONU sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92, da qual participaram 170 nações.
A Rio-92 teve como principais objetivos:
• identificar estratégias regionais e globais para ações referentes às principais questões
ambientais;
• examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas depois da Conferência de
Estocolmo;
• examinar estratégias de promoção de desenvolvimento sustentado e de eliminação da
pobreza nos países em desenvolvimento.
Contudo, a sociedade que vinha se organizando nas últimas décadas pressionava as
autoridades brasileiras pela proteção ao meio ambiente.
Essas, preocupadas com a repercussão internacional das teses discutidas na Conferência
Mundial sobre o Meio Ambiente, determinaram, em 16 outubro de 1992, a criação do Ministério
do Meio Ambiente - MMA, órgão de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a política
do meio ambiente no Brasil.
A distribuição da vida na biosfera
A fina camada de solo, água e ar que abriga a vida em nosso planeta é chamada biosfera.
Na biosfera encontramos ambientes muito diferentes, que vão desde os oceanos com
profundidades que atingem nove mil metros até as montanhas com mais de oito mil metros de
altitude. Em todos esses locais existem formas de vida.
É claro que cada tipo de ambiente da biosfera apresenta condições abióticas específicas,
propiciando a vida de comunidades diferentes e formando, assim, ecossistemas diferenciados.
A salinidade, a temperatura e a luminosidade são fatores importantes para a distribuição da
vida no ambiente marinho.
Nas águas dos mares, que cobrem mais de 70% da superfície do globo terrestre, encontramos
várias substâncias químicas dissolvidas. A principal delas é o cloreto de sódio ou sal comum.
O conteúdo de sais dissolvidos na água do mar determina sua salinidade, que pode variar
muito, dependendo da quantidade de água doce proveniente dos rios que ali desembocam e
do grau de evaporação da água.
As radiações solares que chegam até o planeta produzem efeitos de luz e calor sobre os
mares. Esses efeitos variam com a profundidade: quanto mais profundas forem as regiões do
mar, menos luz e calor elas recebem. Por causa disso, surgem regiões muito diferentes, que
tornam possível a existência de uma grande variedade de seres vivos. Podemos assim
observar três regiões distintas: eufótica, disfótica e afótica.
Zona eufótica
Região de grande luminosidade, que vai até aproximadamente oitenta metros de profundidade.
Aí a luz penetra com grande intensidade, possibilitando um ambiente favorável à vida de
organismos fotossintetizantes, como as algas, e muitos animais que se alimentam delas .
Zona disfótica
Região em que a luz apresenta dificuldade de penetrar, tornando-se difusa. Esta região vai até
cerca de duzentos metros de profundidade e também abriga organismos fotossintetizantes,
embora em proporção menor que a da zona eufótica.
Zona afótica
Região totalmente escura, que vai além dos duzentos metros de profundidade. Aí não é
possível a existência de animais herbívoros.
As comunidades dos seres vivos marinhos
Dependendo do modo como se locomovem, os seres vivos marinhos são classificados em três
grupos distintos: plâncton, nécton e bentos.
Plâncton
O plâncton representa o conjunto de todos os seres vivos flutuantes que são levados pelas
correntezas marinhas. Eles não possuem órgãos de locomoção e, quando os têm, são
rudimentares. Existem duas categorias de seres planctônicos: o fitoplâncton e o zooplâncton.
Fitoplâncton
É constituído pelos produtores, ou seja, os seres autotróficos, que desempenham um grande
papel nas cadeias alimentares marinhas. As algas são os principais representantes dessa
categoria.
Zooplâncton
É constituído por organismos heterotróficos, como microcrustáceos, larvas de peixes,
protozoários, insetos, pequenos anelídeos e até caravelas .
Nécton
Compreende o conjunto dos seres que nadam livremente, deslocando-se por atividade própria,
vencendo a correnteza. O nécton abrange peixes (tubarões, robalos, tainhas, sardinhas, etc.),
répteis, como a tartaruga, e inúmeros mamíferos (baleia, focas, golfinhos, etc.), entre outros
animais.
Bentos
São o conjunto de seres que vivem fixos ou se arrastam no fundo do mar. Enfim, são os seres
que pouco se afastam do fundo. Muitas algas, esponjas, ouriços-do-mar, estrelas-do-amor são
exemplos de representantes de seres bentônicos.
Vírus
O que são vírus, estrutura, vida, classificação, ciclo reprodutivo, doenças
causadas por vírus, as vacinas e informações importantes.
A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno. O vírus é um organismo
biológico com grande capacidade de automultiplicação, utilizando para isso sua estrutura
celular. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais.
Estrutura de um vírus
Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico,
que pode ser RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico).
Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com
diversos tipos de proteínas.
Vida
Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material
genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande
capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para
seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais,
fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias).
Classificação
A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que
possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células
que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem
aproximadamente, trinta grupos de vírus.
Ciclo Reprodutivo
São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus:
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na
superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana
celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não
mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das
proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se
desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células
sadias.
- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo,
caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.
- Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios
servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são
utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico
das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.
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