III Workshop de Iniciação Científica em Sistemas de Informação, Florianópolis, SC, 17 a 20 de Maio de 2016 RNA Aplicada a Modelagem Hidrológica Alternative Title: Applied ANN to Hydrologic Model Marcos Rodrigo Momo Pedro Sidnei Zanchet Cristian Zimmermann de Araújo Centro Universitário de Brusque [email protected] Centro Universitário de Brusque [email protected] Centro Universitário de Brusque [email protected] Wagner Correia Christian R. C. de Abreu Centro Universitário de Brusque [email protected] Prefeitura Municipal de Blumenau [email protected] bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açú, o histórico das enchentes é bastante extenso devido principalmente ao relevo natural da área e ao processo de ocupação ao longo dos rios deste vale. Os primeiros registros de cheias datam de 1852. Na bacia do rio do Itajaí-Mirim, as enchentes ocorrem periodicamente até os dias atuais, sendo a mais recente ocorrida em 2011 quando o nível do rio alcançou a marca de 13,03 metros no Município de Brusque. RESUMO As inundações são fenômenos naturais que vem ocorrendo em várias partes do mundo. Na região do Vale do Itajaí, na bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim, o histórico das enchentes é extenso. Para minimizar os danos causados por estes eventos, medidas estruturais de prevenção vêm sendo realizados, tais como, a construção de uma barragem. Entretanto, entender a evolução hidrológica destes eventos é de fundamental importância para apoiar as atividades de monitoramento. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo desenvolver um modelo hidrológico chuva-vazão, utilizando técnicas de Redes Neurais Artificiais (RNAs) para simular o sistema hidrológico no rio Itajaí-Mirim no Município de Brusque. As inundações situam-se entre os principais tipos de desastres naturais na nossa região. São comumente deflagradas por chuvas rápidas e fortes, chuvas intensas e de longa duração. Estes fenômenos podem acontecer em regiões naturais, trazendo alterações ambientais. Entretanto, também atingem locais ocupados pelos seres humanos. Assim, as áreas urbanas, são as mais delicadas, pois apresentam mais superfícies impermeáveis, maior adensamento das construções. Além disso, a conservação do calor e a poluição atmosférica propicia a aceleração dos escoamentos, redução do tempo de pico e aumento das vazões das máximas, causando danos cada vez maiores e sendo tratado como desastres. O maior destes desastres nesta região foi de deslizamentos acompanhados de enxurradas e enchentes, que ocorreu em novembro de 2008 com o registro de 24 mortes, 6 pessoas desaparecidas, mais de 30.000 pessoas desalojadas ou desabrigadas [3]. ABSTRACT Floods are natural phenomena that have occurred in various parts of the world. In the region of Itajaí Vale, in the basin of the Itajaí-Mirim River the history of flooding is extensive. To minimize the damage caused by these events, structural prevention measures have been carried out, such as the construction of a dam. However, understanding the hydrological evolution of these events is crucial to support the monitoring activities. In this sense, his work aims to develop a hydrological rainfall-runoff model, using techniques of the artificial neural network to simulate the hydrological system in Itajaí-Mirim River in the city of Brusque/SC. Na tentativa de monitorar e diminuir os danos causados por estes desastres, alguns esforços estão sendo realizado em toda a bacia do rio Itajaí. Na bacia do rio Itajaí-Mirim, área de estudo deste trabalho, está em andamento o projeto para a construção de uma barragem a montante do Município de Brusque, localizada em Botuverá. Esta barragem terá a capacidade de armazenamento do volume de 15.700.000 m³. Desta forma, a expectativa é que a vazão máxima do rio Itajaí Mirim, em Brusque seja reduzida de 720 m³/s para 570m³/s. Isso significa dizer que se em 2011, durante o evento de cheias em Brusque, o pico de 10,03 metros, baixaria para 8,75 metros. Além disso, a barragem oferecerá potencial de abastecimento de água aos municípios de Botuverá, Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú. Em 2012 a Prefeitura Municipal de Brusque mapeou toda a área do Município e as cotas de inundação por ruas, denominadas de Carta-Enchente e a Cota-Enchente, respectivamente. Este mapeamento de áreas suscetíveis de inundação representa um grande avanço para gestão e controle de cheias, possibilitando o monitoramento em uma situação de possível ocorrência de enchente. Recentemente a Defesa Civil de Brusque implantou um sistema telemétrico para coleta de dados hidrológicos e meteorológicos em vários pontos da bacia do rio Itajaí-Mirim, possibilitando realizar o monitoramento hidrometeorológico em tempo real. O sistema de telemetria instalado no Município de Categories and Subject Descriptor I. [Computing Methodologies]: I.2. Artificial Intelligence: I.2.6.Learning: Connectionism and neural nets. General Terms Experimentation, Measurement, Verification. Keywords Modelo Chuva-Vazão; Simulação Hidrológica; Redes Neurais Artificiais; Hidrometeorologia. 1. INTRODUÇÃO As enchentes são fenômenos naturais que têm sido registrados nas diversas partes do mundo e que muitas vezes geram expressivos prejuízos ao homem e à natureza. Na região da Permission to make digital or hard copies of all or part of this work for personal or classroom use is granted without fee provided that copies are not made or distributed for profit or commercial advantage and that copies bear this notice and the full citation on the first page. To copy otherwise, or republish, to post on servers or to redistribute to lists, requires prior specific permission and/or a fee. SBSI 2016, May 17–20, 2016, Florianópolis, Santa Catarina, Brazil. Copyright SBC 2016. 5 III Workshop de Iniciação Científica em Sistemas de Informação, Florianópolis, SC, 17 a 20 de Maio de 2016 Brusque é de vital importância, pois por um lado permite realizar o monitoramento hidrometeorológico da bacia em tempo real, e por outro, viabiliza dados que subsidiam as pesquisas científicas nas áreas de hidrologia e meteorologia. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é realizar a modelagem hidrológica baseada em redes neurais artificiais (RNAs), visando simular o comportamento hidrológico do rio Itajaí-Mirins, durante as ocorrências de cheias pretéritas. Estas informações poderão integrar ao conjunto de medidas preventivas que vem sendo realizadas na bacia ao longo do tempo. Estas medidas têm o objetivo de minimizar os danos causados pelos eventos de cheias. longo prazo são para tempo de retorno de um evento de cheias, relacionados às mudanças climáticas ou eventos cíclicos do tipo El Niño e La Niña. A previsão de curto prazo é realizada com horizontes pequenos de tempo, variando de minutos até horas (ou dias). Estas previsões são realizadas postos de medições a montante e dados de precipitação ocorrida. São as mais utilizadas para controle de inundações em regiões ribeirinhas [4]. 2.4 Redes Neurais Artificiais (RNA) A RNA é um paradigma de aprendizado e processamento automático inspirado na forma que funciona o sistema cerebral humano. Através de interconexões de neurônios artificiais colabora para produzir estímulos de saída. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Modelos hidrológicos Neurônios artificiais são funções matemáticas capazes de receber uma série de entradas e emitir uma saída. Basicamente um neurônio artificial da RNA é dado por três funções, são elas: 1) função de propagação, responsável por realizar a somatória de cada entrada multicamada; 2) função de ativação, que modifica a função anterior, caso a saída seja a mesma função disponibilizada dada na função anterior, neste caso a função de ativação não existe e 3) função de transferência que relaciona o sinal de entrada com o sinal de saída da rede neural [5]. O modelo hidrológico é uma representação simplificada de um sistema com o objetivo de entendê-lo e encontrar respostas para distintas circunstâncias [10]. Através dos modelos hidrológicos é possível encontrar respostas (saídas) de uma bacia hidrográfica a partir de informações (entradas). A Figura 1 apresenta a representação esquemática de um modelo hidrológico As Soluções baseadas em RNA iniciam de um conjunto de dados de entrada suficientemente significativo com o objetivo de que a rede aprenda automaticamente as propriedades desejadas. O processo de adequação dos parâmetros da rede não é obtido através de programação genérica e sim através do treinamento neural. Neste sentido, para alcançar a solução aceitável para um dado problema, é necessário previamente adequar um tipo de modelo RNA e realizar a tarefa de préprocessamento dos dados, os quais que formarão o conjunto de treinamentos. Estas características permitem a RNA oferecer diversas vantagens, tais como, capacidade de aprendizagem, auto-organização, tolerância a falhas, flexibilidade e a obtenção de resultados em tempo real. Redes neurais têm sido utilizadas com sucesso em vários campos da ciência. Na hidrologia sua aplicabilidade tem feito evoluir a modelagem de sistemas não lineares[4]. As principais vantagens na utilização da metodologia de RNA na modelagem de bacias hidrográficas são: a) possibilitam a resolução de problemas complexos e não bem definidos; b) podem ser aplicados em sistemas sem soluções específicas; c) não requerem conhecimento detalhado dos processos físicos; d) não potencializam erros de medição; e) permitem otimizar os dados de entrada e dados de saída; f) possibilitam treinamento contínuo da rede; g) baseado em dados históricos, permite extrair informação e generalizar respostas adequadas para cenários diferentes daqueles já ocorridos. Figura 1: Representação esquemática de um modelo hidrológico [8]. Na modelagem hidrológica são utilizadas ferramentas matemáticas para representar o comportamento dos principais elementos que compõe o ciclo hidrológico. Desta forma, o objetivo é reproduzir os resultados mais próximos possíveis aos resultados encontrados na natureza. Devida à grande complexidade de se representar todos os fenômenos naturais, a modelagem hidrológica trabalha com simplificações desses fenômenos [8]. 2.2 Modelo Chuva-Vazão Na literatura há uma grande quantidade de modelos chuvavazão, desde os mais simples, com métodos matemáticos, até os mais complexos envolvendo modelos conceituais distribuídos que consideram a variabilidade espacial e tempo de um evento chuvoso, assim como as características da bacia [1]. Com a evolução tecnológica, a modelagem chuva-vazão está sendo aplicada para resolver situações específicas de como fazer previsões de cheias, melhorando o ajuste dos parâmetros e avaliando a interligação entre os parâmetros e as características físicas da bacia [8]. 2.4.1 Arquitetura da RNA A rede neural é formada pelas camadas de entrada, processamento e saída. Na camada de entrada, são apresentados os dados de entradas da rede, que produzem sinais de saída, estas por sua vez, estimularão os neurônios da camada subsequente. Este processo segue até atingir a última camada, chamada de camada de saída. Vale salientar que as camadas de uma rede neural podem ter um ou vários neurônios por camadas. Na Figura 2 se ilustra a arquitetura de uma rede neural [5]. Os principais usos destes modelos estão voltados para estudos de comportamento de fenômenos hidrológicos, previsão de nível, previsão de cenários de planejamento entre outros [10]. 2.3 Previsão de nível do rio A previsão de nível do rio é a estimativa das condições em um determinado tempo específico futuro [1]. A previsão pode ser classificada em função do intervalo de tempo, como sendo de curto prazo ou de longo prazo. Alguns exemplos de previsão de Para resolver um dado problema, não existe, todavia, uma solução bem definida para a escolha do número de camadas e de 6 III Workshop de Iniciação Científica em Sistemas de Informação, Florianópolis, SC, 17 a 20 de Maio de 2016 neurônios a serem criados na rede. Se por um lado uma rede muito complexa pode causar um superajustamento (overfiting). Por outro lado, a simplicidade excessiva da rede pode não conseguir reproduzir o comportamento desejado, mais conhecido como mínimos locais [5]. Para alcançar a melhor arquitetura da rede neural, para cada configuração devem-se realizar simulações e análises de resultados, através das etapas de treinamento e testes da rede. 3.3 Área de estudo A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim está localizada na região do Vale do Itajaí entre as latitudes -27°6’2 e longitudes 48°55’0. O rio Itajaí-Mirim faz parte da bacia do rio Itajaí-Açú, que por sua vez, faz parte do sistema de drenagem da vertente Atlântico. O rio Itajaí-Mirim com a área de drenagem de 1.700km² é a maior sub-bacia da bacia de drenagem do rio Itajaí-Açú, fazendo parte da região hidrográfica do Vale do Itajaí [6]. Esta bacia engloba um total de nove municípios: Vidal Ramos, Presidente Nereu, Botuverá, Guabiruba, Brusque, Gaspar, Ilhota, Camboriú e Itajaí. Suas nascentes encontram-se na Serra dos Faxinais, a cerca de 1.000 metros de altitude, e deságua na região estuarina do Itajaí-Açú, tendo o leito principal, uma extensão aproximada de 170 km. A figura 3 ilustra a área de estudo. Figura 2: Arquitetura da rede neural artificial [5]. 3. METODOLOGIA DE PESQUISA 3.1 Atividades desenvolvidas Para atender aos objetivos deste trabalho foram realizadas as seguintes atividades: 1–Criação das séries dados: consistiu na identificação dos eventos de cheias pretéritas, ocorridos na bacia do rio Itajaí Mirim e na obtenção dos dados dos níveis do rio registrados nos pontos de Brusque e Vidal Ramos; 2–Criação, treinamento e teste da RNA: nesta etapa foi utilizando o software MatLab e o Toolbox Neural Network Tool [9]. Foram criadas as RNAs, seguindo as seguintes etapas: a) divisão das séries de dados para o treinamento e para os testes das RNAs; b) treinamento da rede, que consistiu no ajuste dos pesos, no qual se apresenta o conjunto de dados de entradas, para se obter a saída desejada, c) testes das RNAs, com base das diversas opções de configuração dos parâmetros de ajustes da rede (número de neurônios, número de camadas, algoritmos de treinamento etc.), foram realizados baterias de simulações para encontrar o melhor resultado da RNA; 3-Análise de resultados: com o objetivo de eleger a melhor configuração da RNA, para cada simulação a análise de rendimento da rede, foi baseada no coeficiente de determinação R². Este coeficiente permite obter o ajuste entre o modelo de simulação e os dados observados que variam entre 0 e 1. Desta forma, indica em percentagem o quanto o modelo consegue explicar os valores observados, quanto maior o valor de R² (mais próximo à 1), maior é o rendimento do modelo, ou seja, melhor ele se ajusta à amostra. Figura 3: Bacia hidrográfica Vale do Itajaí e sub-bacias [7]. 4. RESULTADOS No total foram criadas 10 RNAs utilizando as mesmas séries de dados para as fases de treinamento e teste. Nas simulações foram alterados os parâmetros de configuração para cada rede testada. Com base no coeficiente de determinação R², verificou-se que o melhor rendimento do modelo foi com a seguinte configuração da RNA: rede Feed_Forward BackPropagation, com 50 neurônios, 2 camadas, algoritmo de treinamento TRAINLN, camada escondida função TANSIG e de saída função PURELIN. Nesta configuração da RNA obteve um índice de R² = 0,3686. A figura 4 ilustra o nível observado e o nível simulado pela RNA. 3.2 Dados utilizados Para a realização deste trabalho, foram utilizados os dados do nível do rio nos pontos de Brusque e Vidal Ramos, registrados nas ocorrências de cheias dos seguintes eventos: 09/08/2011, 30/08/2011, 14/01/2012, 08/06/2014, 29/09/2014 e 01/10/2014. Estes dados são provenientes da rede telemétrica de coleta de dados hidrometeorológicos mantida pelo CEOPS/FURB [2]. O ponto de Brusque é o local desejado da previsão de nível, ou seja, na ponte Estaiada localizada centro da cidade. Vale salientar que neste trabalho foram simuladas também as redes neurais recorrentes Elman. Redes recorrentes são adequadas para sistemas dinâmicos, entretanto, os resultados obtidos para as mesmas séries de dados foram inadequados para o estudo proposto. Estudos similares ao apresentado aqui, utilizando RNA para simulação hidrológica, nos quais mostraram uma eficiência na utilização desta técnica. Em [11] utilizou técnicas de redes 7 III Workshop de Iniciação Científica em Sistemas de Informação, Florianópolis, SC, 17 a 20 de Maio de 2016 neurais para realizar a previsão de cheias no rio Itajaí-Açú no de Rio do Sul. O melhor desempenho foi com a RNA dom tipo MLP com 9 neurônios na camada oculta. Para analisar a performance do modelo, foram utilizados três coeficientes estatísticos: Coeficiente de Eficiência de NS (Nash e Sutcliffe), RMSE (Root Mean Square Error) e MAPE (Mean Absolute Percentage Error), alcançando os valores de 0.9779, 0.0201 e 5.625, respectivamente. Finalmente, vale destacar que a aplicabilidade das RNAs para estudos hidrometeorológicos são promissoras, uma vez que necessitam uma quantidade de dados relativamente pequena, quando comparados aos modelos hidrológicos mais sofisticados do tipo distribuídos, que consideram a variabilidade espacial nas diversas variáveis do modelo, sendo necessário a discretização da área, representando um conjunto elevado de parâmetros. 6. AGRADECIMENTOS No trabalho de [8] apresenta os resultados do modelo de previsão hidrológica de curto prazo utilizando RNA. Para verificar o rendimento do modelo, foi aplicado como estatística de qualidade o coeficiente de NS e apresentou como o menor resultado 0,91 e o maior resultado 0,97. Este trabalho de Iniciação Científica teve o apoio da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, através da concessão de bolsas com recursos do Artigo 170 da Constituição Estadual, para os alunos de graduação regularmente matriculados na UNIFEBE. Em [12] apresenta um trabalho utilizando RNA de múltiplas camadas para realizar a previsão de vazão mensal da bacia hidrográfica do rio Piancó no Estado da Paraíba. A RNA configurada com 15 neurônios na camada intermediária, utilizando o coeficiente de NS, apresentou um resultado de 0,77. 7. REFERENCIAS [1] CORDERO, Ademar; MOMO, Marcos Rodrigo; SEVERO, Dirceu Luis. Prevenção de Cheias em Tempo Atual, com um modelo ARMAX, para a Cidade de Rio do Sul-SC. In: Simp. Brasileiro de Rec. Hídricos XIX, 2011, Maceió. [2] CEOPS. Sistema de Alerta da Bacia do Rio Itajaí. 2016. Disponível em: <www.ceops.furb.br>, Último acesso: 15/03/2016. [3] Defesa Civil de Brusque. Estações de monitoramento hidrometeorológico. 2016. Disponível em: < http://defesacivil.brusque.sc.gov.br/monitoramento.php>, Último acesso: 15/04/2016. [4] DORNELLES, Fernando. Previsão contínua de níveis fluviais com redes neurais utilizando previsão de precipitação: investigação metodológica da técnica. 2007. 97 p. Dissertação-IPH, UFRGS, Porto Alegre, 2007. [5] HAYKIN, S. Redes neurais: princípios e prática. 2ª edição, São Paulo, Bookman, 2001, 900 p. Figura 4: Simulação hidrológica Observado/Simulado com RNA. [6] HOMECHIN, M. Jr & A.C. BEAUMOR. Caracterização da qualidade das águas do trecho médio do Rio ItajaíMirim, S/C. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 2007. Este trabalho permitiu obter informações relacionadas à simulação do processo hidrológico na bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim durante um evento de cheias. Estas informações são de vital importância para entender o clico hidrológico, objetivando prever com antecedência a subida do nível do rio e apoiar no monitoramento hidrológico em situações de eventos de cheias. O serviço de monitoramento hidrometeorológico do Município de Brusque atende de forma direta ou indiretamente, uma população de cerca de 100 mil habitantes. Desta forma, estas informações poderão ser integrados ao Sistema de Informação da Defesa Civil de Brusque para apoiar na tomada de decisão em situações iminentes às enchentes. Por outro lado, a continuidade destes estudos viabilizará a geração de novos conhecimentos hidrológicos da bacia e o fortalecimento da parceria entre a Defesa Civil municipal, UNIFEBE e a comunidade acadêmica em geral. [7] BACIAS. Bacias Hidrográficas do Brasil. GEO-Conceição. Disponível em: <http://geoconceicao.blogspot.com.br/2011/08/baciashidrograficas-do-brasil.html.>, Último acesso: 15/04/2016. [8] MATOS, Alex Bortolon de. Efeito do controle de montante na previsão hidrológica de curto prazo com redes neurais: aplicação à bacia do Ijuí. 2012.75 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) – PPRHSA, UFRGS, 2012. [9] TOOLBOX S. I., The MathWorks - MatLab and Simulation, T. MathWorks, Editor. 2016. Disponível em: www.mathworks.com. Último acesso: 15/03/2016. [10] TUCCI, C.E.M., Modelos hidrológicos, Porto Alegre, UFRS/ABRH, 1998, 668 p. 5. CONCLUSÃO Com base nestes resultados, verifica-se a necessidade de realizar um levantamento de uma maior quantidade de dados hidrometeorológicos da bacia, assim como a inserção de novos pontos de medição do nível do rio. Intui-se que uma quantidade maior de dados, viabilizará uma melhor qualidade na fase de treinamento da RNA, melhorando o rendimento do modelo de simulação hidrológica na bacia do rio Itajaí-Mirim. [11] SOARES, D. G.; TEIVE, R.. C. G. Previsão de Cheias do Rio Itajaí-Açu Utilizando Redes Neurais Artificiais. Anais do Computer on the Beach, p. 308-317, 2015. [12] SOUZA, W. S.; SOUZA, F. A. S. Rede neural artificial aplicada à previsão de vazão da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó. Rev. Bras. Eng. Agr. Amb., v.14, p.173-180. 2010. 8