ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL NOTICIAS EM DESTAQUE Mercado vê Selic a 10,75% País precisa formar 1 milhão de pessoas para atender a indústria até o ano que vem, diz CNI Indústria começa o ano com ligeiro viés otimista Projeção da inflação anual medida pelo IPCA fica em 6,01% Economia brasileira deve crescer 2% em 2014, aponta Focus Indústria brasileira de alumínio confirma liderança em reciclagem Montadoras chinesas planejam fábricas no País Distribuição vê alta de 4% nas vendas de aço plano no Brasil em 2014 Fiat conclui aquisição da Chrysler NOTICIAS ANTERIORES Indústria vai ao BNDES para fugir do corte Honda inicia construção de sua segunda fábrica de automóveis no Brasil Economistas veem aperto monetário maior em 2014 com Selic a 10,50% QUALIDADE Grupo VW aprova investimento de € 84,2 bilhões até 2018 Investimento em infraestrutura traz expectativas positivas ao setor Gerdau investirá R$5,8 bi em MG para expansão de atividades Venda de produtos siderúrgicos no Brasil deve crescer 4,4% em 2014 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL Mercado vê Selic a 10,75% Fonte: Correio Braziliense - 21/01/2014 A escalada dos juros básicos — que já dura nove meses, desde abril de 2013 — não será suficiente para colocar a inflação em ritmo de queda. A avaliação do mercado financeiro é de que a Selic, hoje em 10,5% ao ano, deverá subir pelo menos mais 0,25 ponto percentual até o fim do governo de Dilma Rousseff, chegando a 10,75% ao ano. Com isso, a presidente entregaria a mesma taxa deixada pelo seu antecessor e mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, mas com uma fundamental diferença: em 2010, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), parâmetro oficial da inflação, acumulou alta de 5,91%. A previsão em 2014, por sua vez, é de uma elevação bem maior: 6,01%. As estimativas do ano divulgadas em 20/01, no levantamento semanal feito pelo Banco Central (BC), sinalizam que, para o mercado financeiro, as promessas do governo de mais rigor com a inflação ainda não convenceram. Para os analistas, a lógica é de que, mesmo com uma dose maior de juros, os preços continuarão em alta, em função de uma série de reajustes que devem acontecer ao longo de 2014, sobretudo nos valores administrados pelo setor público, como água, luz e tarifas de transportes. No último ano, essas despesas ficaram, em média, 1,3% mais caras para o consumidor. Ao mesmo tempo, os preços livres, que não sofrem qualquer interferência do governo, subiram até 7%. Como um grupo compensou o outro, a inflação média do país encerrou o ano com elevação de 5,91% — patamar acima do registrado em 2012, de 5,84%. Como o mercado espera uma correção maior dos preços administrados em 2014, as projeções para a inflação também acabaram sendo elevadas, mesmo com a alta dos juros. “A única chance de o IPCA não explodir é se os preços livres caírem bem abaixo do que vimos nos últimos anos, o que, infelizmente, não deve ocorrer”, disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Ele projeta que o aumento do custo de vida chegará a 6,20%. Commodities O que pode salvar a carestia neste ano, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, é o menor crescimento econômico da China. Segunda maior locomotiva do mundo, o país asiático teve desempenho modesto para os seus parâmetros em 2013. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulou alta de 7,7%, igualando o resultado de 2012 e ficando apenas ligeiramente acima dos 7,6% esperados pelo mercado. “Para este ano, o PIB chinês deve desacelerar ainda mais, talvez para uma alta de 7,2% ou de apenas 7%”, projetou Castro. A desaceleração da China significa menos encomendas de produtos básicos com cotação internacional — as chamadas commodities. Já sob o impacto da menor demanda chinesa, o preço do minério de ferro despencou nos últimos dias: em duas semanas, recuo 4%. “Mais importante que o número em si é a tendência para os próximos meses, que é de queda. Hoje, os analistas divergem apenas quanto à intensidade, mas todos apostam em uma redução brusca nos preços das commodities nos próximos meses”, mencionou o presidente da AEB. Por Deco Bancillon/ Correio Braziliense 1 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL País precisa formar 1 milhão de pessoas para atender a indústria até o ano que vem, diz CNI Fonte: O Globo - 20/01/2014 O Brasil precisará formar cerca de 570 mil profissionais por ano para atender à demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015, o que corresponde a mais de um milhão de trabalhadores no período, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desse total, 80% são profissionais com cursos de até 200 horas; 14% de nível técnico; e 6%, de nível superior. O levantamento revela que os cinco setores que concentram a demanda por formação para novos empregos são: construção; indústria alimentícia e de bebidas; montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias; máquinas e equipamentos; e fabricação de produtos minerais não metálicos. Segundo a projeção, juntos, esses setores devem responder por 53% da demanda por formação para atender a novos empregos industriais nesses dois anos. O gerente de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra, explica que esses trabalhadores deverão ser contratados não apenas na indústria, mas também em outros segmentos da economia, como serviços, que também exigem profissionais com formação industrial. "É o caso de um técnico têxtil que atua no controle de qualidade de aquisições de grandes magazines", diz. Guerra observa que, hoje, as empresas precisam principalmente de profissionais de baixa qualificação, com cursos de menos de 200 horas. Entre os cargos estão os de ajudante de obras civis, motorista, aplicador de revestimento cerâmico, soldador, eletricista, pintor, auxiliar de padaria e costureiro industrial. Devido à falta de trabalhadores com essas formações, as empresas contratam técnicos ou graduados, mais um fator de pressão sobre os salários. "É uma fuga para a frente. Por não encontrar profissionais, as empresas são forçadas a pagar melhores salários e a contratar pessoas mais qualificadas", afirma Guerra. De acordo com o estudo da CNI, apenas no setor de construção deverão ser abertas 214,8 mil vagas em dois anos. Para a fabricação de produtos alimentícios e bebidas, o número chegará a 154,9 mil até 2015. No caso da fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias, a 96,5 mil no mesmo período. Indústria começa o ano com ligeiro viés otimista Fonte: Valor Econômico - 20/01/2014 Janeiro trouxe um pouco mais de otimismo à indústria. Empresas relatam encomendas maiores que as do início do ano passado, em um movimento ainda ancorado no mercado interno, embora o câmbio seja um dos elementos da melhora do humor na indústria. Enquanto as empresas Democrata, de calçados, e Saccaro, de móveis, receberam pedidos até 20% superiores aos de janeiro do ano passado, os pedidos feitos à Marcopolo garantem produção até o fim de março. Em 2013, eles iam até fevereiro. O tom mais otimista não é unanimidade, mas também aparece nas projeções dos representantes de revestimentos cerâmicos e papelão ondulado, que preveem crescimento de produção e vendas neste ano, porque acreditam na continuidade do aumento do consumo. Entre os pessimistas estão setores como os de 2 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL eletroeletrônicos, máquinas e têxteis. Eles destacam a preocupação com a condução macroeconômica e o risco de a inflação afetar a renda dos consumidores. Outras empresas colocaram em suas projeções a ajuda extra que virá das exportações, já que as exportadoras contam, neste início de ano, com uma melhora na rentabilidade perdida ao longo dos últimos anos. Auxiliados pelo câmbio e pelo aumento de preços, em alguns casos, 13 de 23 setores da indústria de transformação estão com operações mais rentáveis, o que lhes permite concorrer em melhor situação no exterior e mesmo internamente em relação aos importados. Apesar de estimarem desempenhos diferentes, há algo em comum entre os empresários otimistas e pessimistas: todos ecoam a ideia de que o governo precisa gastar melhor, com prioridade ao investimento, e de que o atual patamar do câmbio - estimado pela maioria em até R$ 2,45 no fim do ano - não é o ideal para uma forte recuperação da indústria. Para os empresários, a taxa que poderia alavancar mais a competitividade, segundo estimativas feitas por eles, variou entre R$ 2,80 e R$ 3,50. Economia brasileira deve crescer 2% em 2014, aponta Focus Fonte: Valor Econômico - 20/01/2014 Os analistas de mercado elevaram suas estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 de 1,99% para 2%, como consta do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central (BC). Foi a segunda alta consecutiva na projeção, que há um mês estava justamente em 2%. Os analistas também ajustaram as apostas para a economia no ano que vem, de 2,48% para 2,50% de expansão. No tocante à produção industrial, a estimativa para 2014 seguiu em 2,20% de aumento. Para 2015, contudo, a previsão é de um avanço mais moderado, indo de 3% para 2,89%. No caso do câmbio, os agentes consultados pelo BC mantiveram sua estimativa para a cotação do dólar no fim de 2014 em R$ 2,45, enquanto elevaram a projeção para o fim do próximo ano, de R$ 2,47 para R$ 2,50. Para o saldo da balança comercial deste ano, o superávit previsto passou de US$ 8,25 bilhões para US$ 9,10 bilhões. Para 2015, a estimativa permaneceu em US$ 12 bilhões. A projeção para a dívida líquida do setor público em 2014 partiu de 34,95% para 34,80% do PIB. Para 2015, seguiu em 35% do PIB. Por Ana Conceição/ Valor Econômico 3 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL Indústria brasileira de alumínio confirma liderança em reciclagem Fonte: Assessoria de imprensa - 20/01/2014 A 5ª ExpoAlumínio – Exposição Internacional do Alumínio, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e realizada pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) - representa uma indústria que possui um grande trunfo ambiental: a reciclagem. Em 2012, o Brasil reciclou 97,9% das latinhas de alumínio para bebidas consumidas. A feira, que nesta edição está maior e deve receber 15 mil visitantes e 170 marcas nacionais e internacionais, também atua como um estimulador para o setor de Alumínio que este ano projeta crescimento de 5,3%, contra uma projeção de 2,2% para o PIB nacional. Segundo a Abal, em 2012, a coleta de latas de alumínio para bebidas injetou R$ 630 milhões na economia nacional. Além disso, por consumir apenas 5% de energia elétrica, quando comparado ao processo de produção de metal primário, a reciclagem de 267 mil toneladas de latas gerou economia de 4 mil GWh ao país, número equivalente ao consumo de energia residencial de 6,6 milhões de pessoas, em dois milhões de residências. A indústria do alumínio também possui uma das mais eficientes cadeias de reciclagem entre todos os materiais e setores produtivos. No Brasil, 35% do alumínio utilizado na fabricação de novos produtos provêm de sucata. Como a oferta de sucata está relacionada ao consumo, as empresas de reciclagem investem continuamente em pontos de coleta, capacidade e eficácia para absorver toda a sucata disponível. “Estamos preparados para atender à crescente disposição de sucata. A cadeia de reciclagem tem esse mérito. Temos estrutura para absorver e processar volumes cada vez maiores”, explica o coordenador da Comissão de Reciclagem da Abal, Carlos Roberto Morais. A ExpoAlumínio não se resume em lançamentos de produtos e geração de negócios. A diretora da feira, Liliane Bortoluci, explica que, paralelo ao evento, acontecem também o 6º Congresso e 12º Seminário Internacional do Alumínio. “Também proporcionamos aos profissionais do setor, a oportunidade de se atualizarem sobre as recentes inovações tecnológicas da produção do alumínio e sobre suas novas aplicações”. A ExpoAlumínio acontece de 1º a 3 de abril de 2014, no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo. Entre as marcas confirmadas estão Alcast, Alumpar, CDA Metais, Fixadores Douglas, Giansun, Latasa, Miroglio-Sublitex, Norsk Hydro, Novelis, Shockmetais, Tecbelt Feltros, Vesuvius e Votorantim Metais-CBA. A última edição, em 2012, recebeu 150 marcas e 12,5 mil visitantes. 4 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL Montadoras chinesas planejam fábricas no País Fonte: Estadão - 22/01/2014 Depois de registrar em 2013 a primeira queda de vendas de veículos em uma década e de perspectivas pouco animadoras para este ano, o Brasil segue atraindo novas montadoras. Dois grupos chineses, a Geely e a BYD têm intenção de abrir fábricas locais, a primeira para a produção de automóveis e a segunda para fazer ônibus elétricos. O presidente da Geely International, Lin Zhang, disse na terça-feira (21), que definirá o projeto da fábrica até o fim do ano. "Estamos avaliando que tipo de veículo produzir", explicou. As opções são uma unidade com capacidade para 20 mil utilitários esportivos (SUVs) ao ano ou uma fábrica maior, para 150 mil carros, incluindo compactos. O valor a ser investido vai depender dessa decisão. Executivos do grupo, que é dono da sueca Volvo, já visitaram Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Bahia e São Paulo - que tem a preferência do parceiro brasileiro no projeto, o Grupo Gandini, também representante da coreana Kia Motors no País. Entre este ano e 2016, oito fabricantes inauguram unidades no Brasil, num total de quase R$ 5 bilhões em investimentos. Segundo fonte do governo de São Paulo que negocia a instalação da unidade, a BYD reserva pouco mais de R$ 200 milhões (US$ 100 milhões) para um projeto local, ainda embrionário. As marcas que vão abrir fábricas de automóveis são Audi, BMW, Chery, Foton, JAC, Land Rover, Mercedes-Benz e Sinotruk. Além disso, três grupos já presentes no mercado brasileiro - Fiat, Honda e Nissan - vão inaugurar novas filiais. Mesmo com a baixa de 0,9% nas vendas no ano passado em relação a 2012, para 3,8 milhões de veículos, incluindo caminhões e ônibus, o Brasil manteve-se como quarto maior mercado mundial. A previsão para este ano é de quase estabilidade, com no máximo 1,1% de recuperação, segundo projetam as fabricantes. "O mercado brasileiro acendeu uma luz amarela, mas ainda é muito relevante", afirma Marcelo Cioffi, da PricewaterhouseCoopers (PwC). "O desempenho brasileiro não pode ser comparado ao da China, mas o País tem espaço para continuar crescendo, especialmente quando verificamos a relação de habitantes por veículo, ainda baixa se comparada a outros países." O Brasil tem 5,5 habitantes por veículo. Na Argentina, a relação é de 4,5 habitantes por veículo, na Europa de 1,9 e nos Estados Unidos, de 1,6. Enquanto o Brasil patina, a China segue absoluta na liderança mundial do mercado automotivo. Com quase 22 milhões de veículos vendidos em 2013, registrou alta de 13,9% sobre 2012. Analistas projetam novo crescimento de 8% a 10% neste ano. Recuperação O mercado de veículos nos EUA, segundo no ranking mundial, cresceu 7,5% em 2013, para 15,6 milhões de unidades, número próximo ao do período pré-crise de 2008, quando montadoras receberam ajuda do governo para não falir. "Neste ano os EUA também terão um mercado forte", prevê Stephan Keese, da Roland Berger. Segundo ele, a economia americana seguirá em ritmo de recuperação. Há um alto índice de confiança dos consumidores, inclusive entre os que deixaram de comprar carros novos durante a crise, e houve muitos lançamentos. "As fabricantes estão colocando no mercado modelos atrativos, de melhor qualidade e bastante equipados." 5 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL O Japão, terceiro no ranking mundial, cresceu 0,13% em 2013, para 5,38 milhões de veículos e tende a se manter estagnado. Na Europa, as vendas caíram 2%, para 12,3 milhões de veículos, o menor volume desde 1995, mas analistas veem sinais de recuperação neste ano. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo) Por Cleide Silva/ Agencia Estado Distribuição vê alta de 4% nas vendas de aço plano no Brasil em 2014 Fonte: Reuters Brasil - 22/01/2014 Os distribuidores de aços planos no Brasil esperam um crescimento de 4% nas vendas este ano, em um desempenho praticamente estável em relação ao fraco ano de 2013, informou a entidade que representa o setor, Inda, em 21/01/14. O setor, responsável por mais de 30% das vendas das usinas siderúrgicas do país, encerrou 2013 com alta de 4,3% nas vendas, para 4,54 milhões de toneladas, dentro da expectativa de crescimento de 3,7 a 4,5% no ano passado. A previsão para este ano ocorre apesar de expectativas de redução das importações por conta do cenário de valorização do dólar contra o real e amparada em estimativas de baixo crescimento da economia, o que deve conter o consumo de aço no mercado interno. Os distribuidores começaram o ano recebendo comunicados de reajustes das usinas siderúrgicas do país, na sequência de outros aumentos de preços ocorridos em 2013. Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, os reajustes anunciados pelas usinas - Usiminas, CSN e ArcelorMittal ficaram entre 6 a 7%. "Elas (usinas) anunciaram no início de janeiro e já implementaram. A rede (de distribuidores) conseguiu repassar aos clientes", disse ele a jornalistas. Após o reajuste, a diferença nos preços entre o aço importado e o produzido no país continuou pequena. Chamada de "prêmio" pela indústria, esta diferença ficou entre 3 e 4 por cento, disse Loureiro, o que desestimula pedidos por material produzido no exterior. O presidente do Inda comentou ainda que não espera novos reajustes para este trimestre, porém, ressalvou que se o dólar ampliar valorização contra o real, isso criará oportunidade para as usinas. "Se o dólar descolar mais, definitivamente terá outro aumento (...) O setor está com estoque ajustado, o que dificulta" negociações com as usinas, disse. Os distribuidores de aço encerraram dezembro com estoque de 1,05 milhão de toneladas, o suficiente para cerca de três meses de vendas. O volume representa um crescimento de 11,3% sobre o volume do final de 2012. Loureiro afirmou que espera que o setor termine este mês com inventário para 2,5 meses, número dentro da média histórica. Além dos reajustes para os distribuidores, o presidente do Inda comentou que as usinas promoveram aumentos, também entre 6 e 7%, nos preços de aços vendidos a grandes clientes da indústria e que alguns acordos com montadoras de veículos já foram acertados, com reajustes de 12%. Ele não pôde dar mais detalhes. Sobre as eleições deste ano, Loureiro afirmou que reformas econômicas necessárias estão sendo postergadas, o que pode dificultar o desempenho do país em 2015, ano em que ajustes terão de ser feitos. 6 ANO III 01 a 15 de FEVEREIRO 2014 1ª EDIÇÃO QUINZENAL "Se usou demais o dólar como ferramenta contra inflação e isso destroçou a capacidade produtiva da indústria, que vai levar anos para se recuperar", afirmou. Por Alberto Alerigi Jr./ Reuters Fiat conclui aquisição da Chrysler Fonte: Quatro Rodas - 22/01/2014 A Fiat oficializou em 21/01/14, a conclusão da compra das ações da Chrysler. No dia 1º de janeiro, a empresa havia anunciado um acordo de 4,35 bilhões de dólares para assumir o controle total da Chrysler, mas só agora é que a Fiat voltou a se pronunciar. O anúncio põe fim a uma negociação que se arrastou por mais de um ano, no qual o CEO das duas empresas, Sergio Marchionne, participou de várias reuniões com os norteamericanos. A marca italiana adquiriu 41,46% das ações restantes da Chrysler de um fundo de assistência médica para funcionários aposentados do Sindicato dos Metalúrgicos. Pelas ações o fundo recebeu 3,65 bilhões de dólares, sendo 1,9 bilhões vindos da Chrysler e 1,75 bilhões da Fiat. A Chrysler se comprometeu a pagar outras quatro parcelas de 700 milhões de dólares aos metalúrgicos, sendo que a primeira delas foi paga no ato da conclusão da compra. Com o fim das negociações, foi definido que Marchionne permanecerá no comando das empresas pelo menos até 2016. Sua função principal será garantir o sucesso da fusão entre Chrysler e Fiatm como parte da estratégia de manter os resultados positivos do grupo, segundo o presidente da Fiat, John Elkann. Marchionne estima que as duas empresas formem a sétima maior fabricante de automóveis do mundo. Ambas as montadoras venderam aproximadamente 4,4 milhões de unidades no ano passado, menos da metade dos números anuais de Toyota, GM e Volkswagen, hoje as três primeiras empresas do ranking de vendas global. Por Vitor Matsubara/ Quatro Rodas 7