m5,0 K.m8. 2897 T. µ = λ - PUC-Rio

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A luz é uma forma de energia eletromagnética que se propaga em linha reta partir
de uma fonte luminosa. Quando um desses raios luminosos incide sobre um objeto, que
possui superfície irregular ou opaca, é refletido de um modo difuso, isto é, em todas as
direções. O filme fotográfico por sua vez funciona como uma espécie de “receptor”
desses raios luminosos.
Ele consiste normalmente de uma base ou suporte mecânico, a base de triacetato de
poliester - chamado normalmente de acetato, no qual é depositada minúsculos cristais,
denominados halogenetos de prata, geralmente sais de brometo, cloreto, iodeto, ou de
uma combinação destes - chamados normalmente de sais de prata. Hoje em dia estes
filmes são produzidos com diferentes características, visando assim proporcionar certas
vantagens e benefícios específicos.
A luz se compõe de radiações eletromagnéticas de diversos comprimentos de onda, que a
experiência da decomposição por prisma (feita inicialmente por Newton) ou o arco-íris
comprovam na prática. A repartição destas zonas no estudo do espectro ou, mais
simplesmente, a proporção das radiações das diversas cores varia de acordo com a
natureza da iluminação.
A luz natural, por exemplo, varia em função do clima, da hora do dia, da estação
(inverno, verão,...) etc. A luz artificial se apresenta sob múltiplas formas: lâmpadas
incandescentes, lâmpadas de quartzo.iodo, lâmpadas de magnésio e mercúrio (de rua),
lâmpadas fluorescentes entre outras. Estas lâmpadas apresentam variações internas como
tensão de alimentação, envelhecimento, etc, que resultam em emissões de radiação em
diferentes frequências.
Estas emissões, supondo que a lei de Planck seja verdadeira, são de tal natureza - corpos
negros - que o produto da frequência da máxima emissão monocromática pela
temperatura absoluta da fonte é uma constante (lei do deslocamento de Wien). Assim,
podemos associar uma temperatura à radiação proveniente de uma fonte. Chamamos esta
temperatura de temperatura aparente. Quanto mais alta for esta temperatura, menor será
a frequência (ou o comprimento de onda) da máxima emissão.
Se um filme fotográfico for produzido para ser utilizado na luz solar, cujo espectro
é tal que a radiação monocromática emitida pelo sol atinge o máximo para
λ = 0,5µm , ele está balanceado para este comprimento de onda, sem nuvens, ao meio
dia possuindo propriedades com certas vantagens e benefícios se usados corretamente.
Se
λ max .T = 2897.8µm.K
então obtemos T = 5800 K (embora o valor 5500 K seja também utilizado). A reprodução
correta das cores por meio de uma emulsão fotográfica colorida põe em evidência fatores
distintos mas de igual importância: quantidade e qualidade de luz que ilumina e a
qualidade espectral desta luz.
O que acontece quando você entra dentro de casa e utiliza este filme com uma lâmpada
incandescente (3200K):
A radiação emitida por esta lâmpada é tal que o comprimento de máxima emissão está a
0,90 µm . Assim, ela está mais carregada de cores amareladas e avermelhadas que a luz
solar. No laboratório de revelação, o técnico não sabe disto e processa o filme
naturalmente (na verdade, não sei se alguma coisa poderia ser feita aqui, não acredito) e
como resultado, a fotografia sai amarelada ou avermelhada.
Para corrigir isto,
precisamos bloquear as radiações eletromagnéticas próximas à faixa vermelha e a solução
é usar um filtro oposto. A radiação visível é:
Violeta à
0,4 microns
Azul
à
Verde
à
à
Amarela
à Vermelha
0,7 microns
Portanto, para bloquear luz vermelha, devemos usar filtro violeta ou azul.
Se for utilizado uma lâmpada fluorescente Luz do Dia (6300K) acontecera um
fenômeno semelhante. Para esta emissão, o máximo de radiação se dá para 0,46 µm .
Neste caso, a radiação é "cheia" de cores azuis e violetas. Para corrigir, basta usar um
filtro amarelo, como indicado na lista acima.
Filtros - os filtros de conversão, que corrigem os efeitos de radiações "erradas", ajustam
a radiação entrando no filme para aquela para qual o filme está preparado, ou seja, a
radiação solar. Foram concebidos especialmente para permitir a utilização dos filmes a
cores fora de suas especificações, isto é, das condições de uso para as quais foi previsto.
Os filtros são lâminas de vidro ou gelatina coloridas colocados adiante ou por trás
das objetivas, com a finalidade de modificar a luz que chega até a superfície sensível
(filme). Conforme a cor que apresentam, os filtros detêm uma parte da luz que chega ao
filme mudando a sua cor.
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