18 – Conferências promovidas pela Comissão Côrte-Real “A importância dos Cortes Reais na Descoberta do Continente Americano”, pelo Prof. Doutor José Ferreira Coelho, e “Algumas considerações sobre a heráldica dos Corte Reais”, pelo Arq. Segismundo Pinto. 18 – Lançamento do livro “O Olho de Hertzog”, da autoria do escritor João Paulo Borges Coelho, da Editora Leya. 19 – Conferência “A Evolução do Território da Galiza ao longo dos Séculos”, promovida pela Secção de História. Foi orador o Prof. José Manuel Barbosa Álvares. 23 – Conferência “Das raízes do mapa Cor-de-rosa ao Ultimato”, integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Mestre Rui da Costa Pinto. 24 – Conferência “Invasões Francesas: Uma Visão Digital”, promovida pela Secção de Geografia Matemática e Cartografia. Foi orador o Cor. Eng. Geógrafo Luís Nunes. 24 – Lançamento do Livro “Os dias da Febre” da autoria do Dr. João Pedro Marques , da Porto Editora. 25 – Conferência “Arte Médica e Imagem do Corpo”, promovida pela Secção de História da Medicina. Foram oradores os Profs. Adelino Cardoso e Manuel Silvério Marques e o Dr. António Brás de Oliveira. Abril 7 – Conferência “As Origens Cristãs da Maçonaria”, promovida pela Secção de Instrução Pública. Foi orador o Prof. Jub. António Ferrer Benimeli. 9 – Conferência “Eduardo Noronha historiador, analista de política internacional e romancista – O caso dos romances relacionados com a guerra dos Boers, com Pina Manique e com José do Telhado em África”, promovida pela Secção de Arte e Literatura. Foi orador do Prof. Cat. João Pereira Neto. 14 – Ciclo de Conferências “A Força Militar no Período de Transição do Regime Político (1910) ”, promovido pela Secção de Ciências Militares. Foi orador o Prof. Doutor António Pedro Vicente com o tema “Os Historiadores Portugueses na Transição do séc. XIX para o séc. XX”. 15 – Almoço-Debate “A Indústria Têxtil e Vestuário Portuguesa e os Desafios da Globalização”, promovido pela Secção da Indústria. Foi orador o Dr. Paulo Vaz. 15 a 17 - Geographies of the Self – XXXI Encontro Nacional da APEAA, promovido pela Universidade Aberta, pela Sociedade de Geografia de Lisboa e pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. 21 – Conferência “O Naufrágio Português da Namíbia – Um Valioso e Bem Guardado Espólio Náutico Subaquático” promovida pela Secção de Geografia Matemática e Cartografia. Foi orador o Cte. Malhão Pereira. 21 – Lançamento do livro “Maldição de Deus dos Israelitas” da autoria do Coronel João Santos Fernandes 22 – Ciclo de Conferências “A Força Militar no Período de Transição do Regime Político (1910) ”, promovido pela Secção de Ciências Militares. Foi orador o Ten.Gen.Pilav António de Jesus Bispo com o tema “Uma caracterização das Forças Armadas Portuguesas na Transição do séc. XIX para o séc. XX”. 26 – Encontro/Debate sobre a Catástrofe da Ilha da Madeira “Uma Visão do Ordenamento Biofísico”, promovido pela Secção de Ordenamento do Território e Ecologia e pela Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas. 26 – 2ª Reunião Portuguesa de Ciências Polares promovido pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. 26 – Lançamento do livro da autoria de Cal Gonçalves da Editora Ver o Verso. 27 – Conferência “As negociações entre a Inglaterra e a Alemanha para a partilha das colónias portuguesas” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Marques dos Santos. 27 a 30 – Semana zen “O gesto delicado e o espírito tranquilo”, promovida pela Comissão Asiática. 3 3 29 - Ciclo de Conferências “A Força Militar no Período de Transição do Regime Político (1910) ”, promovido pela Secção de Ciências Militares. Foi orador o Ten. Cor. Abílio Augusto Lousada com o tema “O Exército Português no Período de Transição”. 29 – Conferência “ «Malandrices» em Medicina” promovida pela Secção de História da Medicina. Foi orador o Prof. Armando Moreno. 30 – Assembleia do Cofre de Previdência do Ministério das Finanças. Maio 2 – Concerto da Orquestra de Câmara de Cascais. 3 – Conferência “A Paisagem Rural na Zona de Montanha. Valor Patrimonial, Cultural e Ambiental. Que futuro?” promovida pela Secção de Agricultura. Foi orador o Eng. Agro. João Caldeira Cabral. 4 – Seminário Comemorativo dos 150 anos do Tratado de Paz, Comércio e Amizade entre Portugal e o Japão 1860-2010”, promovido pela Comissão Asiática. 5 – Conferência “O Sistema Nacional de Informação Territorial”, promovido pela Secção de Ordenamento do Território e Ecologia. Foi orador o Arq. Vítor Campos. 6 - Ciclo de Conferências “A Força Militar no Período de Transição do Regime Político (1910) ”, promovido pela Secção de Ciências Militares. Foi orador o Cte. Batista Valentim com o tema “A Marinha de Guerra Portuguesa no Período de Transição”. 7 – Lançamento do livro da autoria do Dr. Miguel Sousa Tavares pela Editora Oficina do Livro. 14 – Conferência “Lourenço Pires de Távora, militar, diplomata e conselheiro de Estado, na Índia e em Marrocos” promovida pela Secção de História. Foi oradora a Profa. Doutora Maria Leonor Garcia da Cruz. 17 – Conferência “Os 490 anos da Descoberta da Passagem do Sudoeste por Fernão de Magalhães” promovida pelas Secções de Antropologia e de História. Foram oradores os Engs. José Mattos e Silva e António Mattos e Silva. 20 – Dia Europeu do Mar promovido pelas Comissões Europeia e de Relações Internacionais e da Secção de Geografia dos Oceanos. 20 – Congresso “Os Médicos e a República” promovido pela Secção de História da Medicina. 21 – Almoço/Debate “Rostos de Malaca” promovido pela Comissão Asiática. Foi oradora a Cátia Barbara Candeias. 24 – Lançamento da Revista “Negócios Estrangeiros” que agrega as comunicações do ciclo de conferências “Trinta Anos de Relações Diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China”, promovido pela Comissão Asiática, pelo Instituto Diplomático e pelo Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa. 25 - Lançamento do livro “Cavalo Encilhado não passa duas vezes” da autoria do Sócio Dr. António Carrelhas. O livro foi apresentado pelo Prof. Doutor Jorge Couto, Director da Biblioteca Nacional. 25 – Apresentação da Associação Tagus Universalis Portugal com o propósito de promover a candidatura do Tejo Ibérico a Património Mundial da Humanidade. 27 – Encontro/Debate “Os Aeroportos da região de Lisboa”, promovido pela Secção de Transportes. Vários intervenientes. 31 – Conferência “A campanha dos chocolateiros ingleses contra o cacau de S. Tomé” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Dr. João Pedro Xavier de Brito. Junho 5 – Concerto Sinfónico de Musica Clássica pela Associação “Zè dos Bois”. 8 – Dia Mundial dos Oceanos sob o tema “Os nossos Oceanos, Oportunidades e Desafios”, promovido pela Secção de Geografia dos Oceanos. 17 – Conferência “Os Despojos da Crise Global: Impacto sobre a (des)União Europeia”, promovidas pelas Secção de Economia e pela Comissão Europeia. Foi oradora a Profa. Doutora Carla Guapo Costa. 4 4 18 – Conferência Sistemas de Indicadores de Sustentabilidad Turística. El caso argentino”, promovida pela Comissão Americana e pela Secção de Turismo. Foi orador o Prof. Doutor Dário César Sanchez. 21 – Conferência “A moeda corrente em Lisboa à data do cerco e da conquista por D. Afonso Henriques”, promovida pelas Secções de Arqueologia e de Estudos Luso-Árabes. Foi orador o Sr. José Rodrigues Marinho. 23 – Apresentação dos volumes 43 e 44 do “Povoa de Varzim Boletim Cultural”, do Tomo de Actas do Colóquio dedicados a Rocha Peixoto e da Exposição documental sobre o mesmo autor. Promovida pela Secção de Etnografia e pelo Município da Povoa de Varzim. 24 – Conferência “Teoria da Evolução: A Ciência e o poder de sedução em Charles Darwin versus Alfred Russel Wallace”, promovida pelas Secções de História e de História da Medicina. Foi orador o Dr. João-Maria Nabais. 28 – Conferência “It’s a journey through space, even if I end up in the same place I started: viagens por mediapaisagens de literatura com outras artes”, promovida pela Secção de Arte e Literatura. Foi oradora a Profa. Doutora Clara Magalhães Marta. 29 – Conferência “Os governos de Norton de Matos em Angola” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Doutor João Pereira Neto. 30 – Conferência “Tradição e futuro da Agronomia”, promovida pela Secção de Agricultura. Foi orador o Prof. Cat. Pedro Aguiar Pinto. Julho 5 – Conferência “D. Nuno Freire de Andrade sexto Mestre da Ordem de Cristo”, promovida pela Secção da Ordem de Cristo e a Expansão. Foi orador o Prof. Doutor Fernando Larcher. 7 – Conferência “A Imagem do Algarve no Ceará no início do séc. XXI – O ponto de vista de um Antropólogo”, promovida pela Comissão Americana e pelas Secções de Antropologia, Arte e Literatura e Instrução Pública. Foi orador o Prof. Doutor João Pereira Neto. 7 – Gravações da RTP sobre Memórias de Carlos Pinto Coelho. 8, 9, 15 e 16 – Conferências “Conjuntura Marítima 2010 – Oportunidade” promovidas pela Secção de Geografia dos Oceanos. 13 – Conferência “A diáspora brasileira. Os seus problemas e os seus méritos. A situação dos brasileiros em Portugal”, promovida pela Comissão Americana. Foi orador o Embaixador Renan Paes Barreto. 20 – Conferência sobre Sá Carneiro, promovido pelo Instituto Sá Carneiro. 20 – Conferência “Moçambique e os territórios vizinhos” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Doutor Borges Graça. 21 – Colóquio “A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana”, promovido pela Comissão Côrte-Real. Vários intervenientes. 21 – Assembleia Geral dos Sócios do Socorros Mútuos. 22 – Colóquio/Debate sobre Fernão de Magalhães, promovido pelas Secções de Antropologia, História, Genealogia e Heráldica e pela Comissão de Relações Internacionais. Vários intervenientes. 29 – Conferência “Escola do Serviço de Saúde Militar”, promovida pela Secção de História da Medicina. Foi oradora a Dra. Sandra Queiroz. Setembro 9 – Colóquio “O Portugal Militar no Século XV – As conquistas no Norte de África nas Tapeçarias de Pastrana”, promovido pela Secção de Ciências Militares e pela Comissão Côrte-Real. Vários intervenientes. 21 – Conferência “A República e a actividade missionária” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Doutor Matos Ferreira. 22 – Recepção da Câmara Municipal do Seixal. 5 64 5 24 – Sessão/Debate “Património do Tejo”, promovida pela Administração da Região Hidrográfica do Tejo. Vários intervenientes. 28 – Conferência “Alexandre Herculano Dramaturgo, Historiador e Homem de Teatro”, promovida pela Secção de Arte e Literatura e pela Comissão Americana. Foi orador o Dr. Duarte Ivo Cruz. 30 – Conferência “O Novo Conceito Estratégico da NATO”, promovida pela Comissão de Relações Internacionais e pela Secção de Ciências Militares. Foram oradores os Gen. Gabriel Espírito Santo e TenCor. Emmanuel Charpy. 30 – Conferência “Prof. Elísio de Moura – Médico e Cientista”, promovida pela Secção de História da Medicina. Foi orador o Dr. António Marques Matias. Outubro 1 – Concerto Sinfónico de Musica Clássica pela Associação “Zé dos Bois”. 11 – Conferência “A Esposa de Colombo – Comendadora de Santiago”, promovida pela Secção de História. Foi orador o Sr. Manuel da Silva Rosa. 11 – Sessão Comemorativa Dia Internacional para a Redução das Catástrofes Naturais, promovido pela Secção de Geografia dos Oceanos. Foram vários os intervenientes. 13 – Lançamento da Memória nº 12, sobre “Comemorações do 90º Aniversário da Expedição Científica de Eddington à Ilha do Príncipe”. A obra foi apresentada pelo Prof. Doutor João Caraça. 14 – Seminário “A Cooperação Empresarial no Espaço de Língua Portuguesa”, promovido pela Secção da Industria. Vários intervenientes. 18 – Lançamento do livro do autor Prof. Doutor Morais Martins sobre Castelo-Branco. 19 – Conferência “A Grande Guerra em África” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Cor. Alves de Fraga. 20 – Conferência “A República e a Arqueologia Portuguesa. Mudança e continuidade no contexto europeu das primeiras décadas do século XX”, promovida pela Secção de Arqueologia. Foi orador o Doutor Francisco Sande Lemos. 21 – Conferência “Diversidade Biológica e Condicionalismos Sociais e Culturais”, promovida pelas Secções de Antropologia e Etnografia. Foram oradores os Profs. Doutores Maria Manuela Machado da Silva e António Piedade. 21 – Conferência “A Influência da República na Pesquisa Etnográfica”, promovida pela Secção de Etnografia. Vários intervenientes. 22 – Conferência “Herculano: o Teórico do Romantismo”, promovida pela Secção de Arte e Literatura. Foi orador o Dr. António Cortez. 23 – Lançamento do livro “O Anjo Branco” da autoria do Dr. José Rodrigues dos Santos, pela Editora Gradiva. 28 – Conferência e Lançamento de livro “A Otorrinolaringologia em Portugal”, promovida pela Secção de História da Medicina. Foi orador o Dr. João Clode. Novembro 4 – Reunião com a Liga Portuguesa contra o Cancro. 9 – Conferência “A pretexto de ‘A Dama Pé de Cabra’, algumas reflexões em torno do pensamento de Alexandre Herculano”, promovida pela Secção de Arte e Literatura. Foi oradora a Profa. Doutora Ana Ramalhete. 11 – Sessão Comemorativa “25 anos da Secção de Transportes”, em que foi prestada homenagem ao jornalista Mário Bettencourt Resendes. Foram oradores o Eng. Gonçalves Viana e o jornalista João Céu Silva. 15 – Conferência “Os Arquivos da Comissão de Cartografia e a Costa de Moçambique no final do século XIX”, promovida pela Secção de Geografia Matemática e Cartografia. Foi oradora a Doutora Ana Cristina Roque. 16 – Dia Nacional do Mar, sobre o tema “O Oceano e as Instituições”, promovido pela Secção de Geografia dos Oceanos. Vários oradores. 6 6 SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA Rua Portas Sto Antão 100 - 1169-208 Lisboa Contribuinte 500 788 928 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RUBRICAS NOTAS PERÍODOS Dez-10 2009 RENDIMENTOS E GASTOS Vendas .................................................................................................. 19 19.824,77 Subsídios e Donativos............................................................................................................ 12 114.496,50 73.805,94 (6.054,09) (4.614,10) Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas................................................. 15.109,38 Fornecimentos e serviços externos......................................................................................... 16 (187.290,74) (128.622,17) Gastos com o pessoal.............................................................................................................. 17 (188.673,80) (180.516,03) Aumentos/reduções de justo valor........................................................................................... 5 54.083,12 Outros rendimentos e ganhos................................................................................................... 9 45.492,02 52.094,43 Sócios - Quotas e Diplomas (2010) 8 83.580,00 85.327,12 Sócios - Quotas e Diplomas (anos anteriores) 8 (19.477,49) 18 62.470,40 Centro de Apoio a Investigadores (convívio) Outros gastos e perdas............................................................................................................ Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos/reversões de depreciação e de amortização............................................................. 4 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos...................................................................................... Juros e gastos similares suportados........................................................................................ Resultado antes de impostos 62.527,20 (4.208,88) 10 (21.549,31) (29.097,11) (18.442,12) (16.533,57) (39.991,43) (45.630,68) 44.979,30 49.515,04 (900,04) (1.439,85) 4.087,83 2.444,51 4.087,83 2.444,51 Imposto sobre o rendimento do período.................................................................................... Resultado líquido do período O Director-Tesoureiro - Profº. Carlos Lopes Bento O Técnico Responsável - Ana Cortez SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA Rua Portas Sto Antão 100 - 1169-208 Lisboa Contribuinte 500 788 928 BALANÇO RUBRICAS NOTAS EXERCÍCIOS 31-12-2010 2009 ACTIVO Activo não corrente: Activos fixos tangíveis…………………………………………… Mobiliário e Material 4 14.405,82 11.164,11 Museu 4 20.311,05 20.311,05 Bibloteca 4 64.440,44 64.440,44 Outros- Obras no Convívio 4 71.670,81 82.210,97 Participações financeiras - outros métodos…………………………… 29.297,18 29.297,18 200.125,30 207.423,75 106.090,55 95.081,30 2.000,00 2.000,00 Activo corrente: Inventários………………………………………………………………… 15 Livros, Medalhas, Publicações e outros Centro de Apoio a Investigadores (convívio) Estado e outros entes públicos…………………………………………. Accionistas/sócios - Quotas e Diplomas………………………… Outras contas a receber………………………………………………… 0,00 0,00 8 32.185,68 54.486,78 13 11.827,49 13.555,63 Diferimentos………………………………………………………………. 2.280,37 20.942,51 Activos financeiros detidos para negociação………………………… 5 155.509,75 101.426,63 Caixa e depósitos bancários……………………………………………. 7 1.108.123,52 1.137.121,63 1.418.017,36 1.424.614,48 1.618.142,66 1.632.038,23 1.103.000,00 1.103.000,00 480.017,98 493.054,84 1.583.017,98 1.596.054,84 4.087,83 2.444,51 1.587.105,81 1.598.499,35 Total do Activo FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO Fundos Patrimoniais Fundos ……………………………………………………………….. Reservas …….………………………………………………………….. Resultados transitados………………………………………………….. 11 Resultado líquido do período…………………………………………….. Total do capital próprio Passivo Passivo corrente: Estado e outros entes públicos…………………………………………. 6 6.986,57 6.319,91 Outras contas a pagar…………………………………………………... 14 21.051,58 20.394,22 Diferimentos………………………………………………………………. Total do passivo Total dos Fundos patrimoniais e do Passivo O Director-Tesoureiro - Profº. Carlos Lopes Bento O Técnico Responsável - Ana Cortez 2.998,70 6.824,75 31.036,85 33.538,88 31.036,85 33.538,88 1.618.142,66 1.632.038,23 17 – Conferência “O tratado de Versalhes, a SDN e os reflexos sobre a política ultramarina” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Doutor Canas Mendes. 22 – Conferência “A cortiça: evolução do conhecimento e utilizações durante o séc. XX e prospectivas para o séc. XXI”, promovida pela Secção de Agricultura. Foi orador a Profa. Cat. Helena Pereira. 25 – Conferência “Ex-votos – Medicina e Fé”, promovida pela Secção de História da Medicina. Foi orador o Dr. José Reis de Oliveira. 26 – Conferência “Salvar a Palanca Negra Gigante: projecto de conservação em Angola”, promovido pela Comissão Africana. Foi orador o Dr. Pedro Vaz Pinto. 26 – Conferência “A regulação dos produtos derivados nos EUA e na Europa: a resposta do G20 à crise financeira”, promovida pela Secção de Economia. Foi orador o Dr. Frederico Alcântara de Melo. 26 – Conferência da Associação Protectora dos Animais comemorando os 135 anos da sua fundação. 29 – Conferência de apresentação do livro “Cristóvam Colón uma biografia critica”, promovida pela Secção de História. Foi orador o autor do livro Eng. Fernando Abecassis. 29 – Concerto da Associação Musical Ricercar. Dezembro 2 – Conferência “Portugal e as Nações Unidas”, promovida pela Comissão de Relações Internacionais. Foi orador o Prof. Doutor Manuel de Almeida Ribeiro. 2 – Conferência “Ciber-guerra: um desafio para as Forças Armadas do século XXI”, promovida pela Secção de Ciências Militares. Vários intervenientes. 7 – Conferência “Causas e Impactos dos Êxodos Rurais na África Subsaariana: alguns apontamentos”, promovida pela Comissão Africana. Foi oradora a Profa. Doutora Sónia Frias. 11 – Concerto da Fundação Musical dos Amigos das Crianças. 13 – Conferência “Em torno de Alexandre Herculano e dos seus opúsculos sobre historiadores portugueses”, promovida pela Secção de Arte e Literatura. Foi oradora a Profa. Doutora Ana Paula Avelar. 14 – Conferência “A evolução política na região Ásia-Pacífico e os interesses portugueses” integrada no Ciclo de Conferências das Comemorações do Centenário da Implantação da República. Foi orador o Prof. Doutor Óscar Soares Barata. 15 – Conferência “A Missão Hidro-oceanográfica às Ilhas Selvagens”, promovida pela Secção de Geografia Matemática e Cartografia. Foram oradores os Cte. Bessa Pacheco e Primeiro-Tenente Alexandre Carvalho. 15 – Assembleia geral da Associação dos Socorros Mútuos dos Funcionários do Estado. 3 – BOLETIM Director: Prof. Doutor Óscar Soares Barata. Foi editado e distribuído aos sócios o Boletim de 2009, dedicado a Gago Coutinho. 4 – COMISSÕES GERAIS E SECÇÕES PROFISSIONAIS Regista-se a actividade destes órgãos institucionais com base nos relatórios apresentados pelos respectivos presidentes. 4.1 - Comissão Africana: Presidente: Prof. Doutora Sónia Infante Girão Frias Piepoli Em reunião realizada no dia 27 de Fevereiro na sala de convívio da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL), tiveram lugar as eleições da Comissão, tendo sido reeleitos: Presidente: Prof. Doutora Sónia Frias Vice-Presidente: Dr. José Manuel de Braga Dias Secretário: Doutor José Carlos Oliveira Secretário: Mestre António de Oliveira Andrade 7 7 Vice-Secretário: Dr. António Henrique Figueiredo Sampaio A Presidente apresentou o relatório de actividades do ano transacto que foi lido e aprovado. Actividades realizadas em 2010 no âmbito da Comissão Africana x Reunião no mesmo dia 28 de Fevereiro onde, no seguimento do êxito dos trabalhos de 2009, a presidente propôs que os elementos presentes propusessem outras iniciativas a realizar no âmbito da Comissão. x Recolha e organização dos textos dos conferencistas com vista à preparação da Memória sobre as Comemorações do 90º Aniversário da Expedição Científica de Eddington à Ilha do Príncipe para comprovação da Teoria da Relatividade pela Observação do Eclipse Total do Sol em 29 de Maio de 1919. Memória posteriormente editada pela Sociedade de Geografia de Lisboa. x Organização do documentário fotográfico sobre a Missão a inserir na referida Memória.Os membros da Comissão que participaram na Missão produziram os textos que lhes competiam para publicação na Memória. x Organização da sessão de lançamento da Memória, que foi apresentada pelo Prof. Doutor João Caraça, Director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian. x A presidente da Comissão Africana, representou a SGL na conferência Exploração Científica em África na Época de Serpa Pinto, realizada em Cinfães (pela Associação Serpa Pinto, em conjunto com o Centro de Estudos Africanos da Universidade de Porto), nos dias 14 e 15 de Outubro. Naquela conferência apresentou uma comunicação com o seguinte título: A Missão da Sociedade de Geografia de Lisboa e a Acção de Serpa Pinto. x Com o apoio da Dra. Helena Grego e do Dr. José Carlos Silva da biblioteca da SGL e do Sr. Carlos Ladeira (responsável pela Fototeca) – foi organizada uma exposição com base em material da SGL sobre Serpa Pinto que foi depois apresentada em Cinfães, por altura da Conferência. Foram ainda realizadas no âmbito desta Comissão as seguintes conferências: Dia 26 Novembro 2010 x “Salvar a Palanca Negra Gigante: Projecto de conservação em Angola" Orador: Mestre Pedro Vaz Pinto. Dia 7 de Dezembro 2010 x Causas e Impactos dos Êxodos Rurais na África Subsariana: alguns apontamentos. Oradora: Prof. Doutora Sónia Frias Agradece-se ao Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Prof. Doutor Aires-Barros e a todos os outros colaboradores da SGL a generosa cooperação para a realização dos trabalhos da Comissão Africana. 4.2 - COMISSÃO AMERICANA: Presidente: Prof. Dr. José Dantas Saraiva 1. Relatório sobre a actividade desenvolvida em 2010 A Comissão Americana procurou levar a efeito em 2010 um conjunto de iniciativas baseadas em conferências proferidas por especialistas reconhecidos, em temas que esta Comissão considerou serem do maior interesse. A Comissão Americana contou com a colaboração de outras comissões e secções para a concretização das suas iniciativas, alargando desta forma o âmbito de abrangência e de interdisciplinaridade dos temas desenvolvidos. Foram as seguintes as actividades desenvolvidas por esta Comissão: 7 de Julho Conferência sobre “A imagem do Algarve no Ceará, no início do século XXI – o ponto de vista de um antropólogo”, proferida pelo Professor Doutor João Pereira Neto. Esta conferência foi promovida, em conjunto, pela Comissão Americana e pelas Secções de Antropologia, Arte e Literatura e de Instrução Pública. 8 8 CONTAS Sociedade de Geografia de Lisboa Comissão Revisora de Contas Efectivos Isaías Gomes dos Santos Advogado José António Aguiar Cardoso Almirante Patrícia Moreno Sanches da Gama Licenciada em História Suplentes José Ulisses Ribeiro Braga Advogado Rogério Fernandes Ferreira Doutor em Gestão, Advogado-Economista Durante a conferência, o orador afirmou que procurara ir ao encontro do interesse detectado pelo Algarve, em Maio de 2000, na cidade de Sobral, no Ceará, ao saberem que era natural do Algarve, onde lhe perguntaram: “Cadê do Reino perdido?”. Por essa razão, começou por mencionar a Lei de 16 de Dezembro de 1815, que formou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e legislação complementar. Desenvolveu, depois, outros temas, tendo dado especial relevo à apresentação da Economia do Algarve aos cearenses, numa perspectiva de Antropologia do Desenvolvimento. Terminou com considerações sobre a imagem do Algarve no Brasil e no Ceará em particular, concluindo pela necessidade da respectiva afirmação. 13 de Julho Conferência sobre “A diáspora brasileira. Os seus problemas e os seus méritos. A situação dos brasileiros em Portugal”, proferida pelo Embaixador Renan Paes Barreto, Cônsul-Geral do Brasil em Lisboa. Nesta conferência, o orador identificou os principais problemas com que se depara na actualidade a comunidade brasileira em Portugal, assim como as oportunidades que se lhe apresentam, na actual conjuntura, designadamente o seu contributo para o crescimento da economia portuguesa, nos sctores onde essa comunidade está inserida. O orador traçou, também, uma panorâmica sobre a evolução recente da economia brasileira no contexto internacional, com destaque para a capacidade que tem revelado de evitar os problemas derivados da crise internacional. 18 de Julho Conferência sobre “O sistema de indicadores de sustentabilidade turística. O caso argentino”, proferida pelo Professor Doutor Dario Cesar Sanchez, presidente da Sociedade Argentina de Estudos Geográficos. Nesta conferência, o orador explicou a lógica de funcionamento de um modelo de análise regional sobre a sustentabilidade da oferta turística aplicado à Argentina. Detalhou, igualmente, os parâmetros de cada variável considerada nesse modelo. Outras iniciativas: A Comissão Americana continuou a manter em 2010 diversos contactos com líderes americanos, na sequência dos quais foram analisadas as respectivas conjunturas regionais, com destaque para Argentina, Brasil, EUA, Canadá e México. Foram renovados, também, contactos com o Embaixador de Portugal no Canadá, tendo sido analisada, designadamente, a problemática relacionada com a comunidade lusa naquele país. 2. Constituição da Mesa em 2011 Na reunião efectuada em 12 de Janeiro de 2011 procedeu-se è eleição da Mesa da Comissão Americana para o ano em curso, tendo sido aprovada a seguinte composição: Presidente – Dr. José Braga Dias Vice-Presidentes – Professora Doutora Maria Helena Carvalho dos Santos - Professor Doutor Mário Avelar Secretários – Dr. António Henrique Sampaio - Mestre Mónica Ferro Tendo ocorrido recentemente o falecimento de D. Maria Angélica Ávila de Abreu, Secretária da Mesa da Comissão Americana, e do Dr. Fernando Arrobas da Silva, vogal desta Comissão, a Comissão Americana presta homenagem sentida a estes seus membros, pela sua dedicação e pelo empenho que sempre demonstraram pelos trabalhos da Comissão Americana e da Sociedade de Geografia de Lisboa. 3. Actividade prevista para 2011 Para 2011 esta Comissão mantém as principais linhas de orientação expressas no ano anterior, as quais dão destaque aos seguintes pontos: a) a língua portuguesa e a sua importância global. b) a comunidade luso - descendente no continente americano. c) As relações económicas transatlânticas; 9 9 Neste sentido, será dada prioridade à análise da relação de Portugal com outros países, nomeadamente com a Venezuela, com o Brasil e com o Mercosul no seu conjunto. Juntamente com outras comissões, designadamente com a Comissão Europeia, concretizar-se-ão iniciativas no sentido de analisar a relação de Portugal e Espanha, no contexto da União Europeia, com a América Latina. 4.3 - COMISSAO ASIATICA: Presidente em exercício Dr. Vítor Serra de Almeida. No ano de 2010, a Mesa desta Comissão sofreu algumas alterações, devido à saída, em Fevereiro, do seu Presidente, Embaixador José Manuel Duarte Jesus e, em Junho, do Arqtº. Eduardo Kol de Carvalho, Vice-Presidente que o tinha substituído. Nessa conformidade, a partir desse mês, o outro Vice-Presidente Dr. Vítor Serra de Almeida assumiu a responsabilidade da condução da Comissão, até às próximas eleições, apoiado pela Dr.ª. Lurdes Assunção que se manteve, durante todo o período, como Secretária da Mesa. Não obstante essas vicissitudes que, naturalmente, afectaram a actividade da Comissão, dado o grande dinamismo e empenho que os referidos Presidentes dedicaram à Comissão, cumpriram-se vários pontos do Plano de Actividades para o ano, a saber: -Realização da “ Semana Zen “ ( 27/30, Abril ), ao abrigo do protocolo de colaboração com a “ Associação de Amizade Portugal-Japão “ e em colaboração com a Dogo Zen ; -Realização duma Conferência, em 3 de Maio, a cargo do Prof. José Júlio Rodrigues, no Centro de Estudos Asiáticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, subordinada ao tema “A Linguagem das Senhoras no Vocabulário da Língua do Japão” ; -Realização dum Seminário subordinado ao tema “ A língua Portuguesa no Japão “, inserido nas comemorações dos 150 anos do “ Tratado de Paz, Comércio e Amizade entre Portugal e o Japão “, o qual teve lugar na Sociedade de Geografia, em 4/Maio/2010, com a presença do Sr. Embaixador do Japão, Dr. Akira Miwa e que contou com o seguinte programa: Painel I Moderador – Embaixador Duarte de Jesus, SGL/CA “História da Língua Portuguesa no Japão”, Arq. Eduardo Kol de Carvalho, SGL/CA “A Projecção da Língua Portuguesa no Japão como Refexo do Fluxo Migratório Nipo-Brasileiro”, Representante da Missão do Brasil junto à CPLP “Um Desafio e uma Experiência de uma Japonesa”, Doutora Kioko Koiso, Universidade de Lisboa, SGL/CA Painel 2 Moderador – Dr. Pedro Canavarro, AAPJ “Os Exames de Certificação de PLE no Japão”, Prof. Dra. Maria José Grosso, Drª Milena Santos e Dr. Tiago Caliço, CAPLE da UL “O Ensino do Português a Japoneses”, Prof. Doutor Carlos Ascenso André, Director da Faculdade de Letras de Coimbra “Ensinar Português no Japão”, Prof. José Júlio Rodrigues, Universidade de Estudos Estrangeiros de Quioto. Painel 3 Moderador – Arq. Eduardo Kol de Carvalho, SGL/CA “O Futebol e a Língua Portuguesa no Japão”, Dr. Carlos Queiroz. “A Língua Portuguesa como Instrumento de Trabalho no Mundo Empresarial”, Dra. Yuko Kase, Daikin Arcon., Portugal “Perspectivas para o Português no Japão”, Prof. Doutora Ana Paula Laborinho, Presidente do Instituto Camões. O Seminário, que contou com o patrocínio da Missão para as Comemorações da Ásia, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e o apoio da Embaixada do Japão, da Associação de Amizade PortugalJapão e da Associação Wenceslau de Moraes , teve um inegável sucesso, com vasta assistência e interessantes debates sobre os temas nele constantes, e culminou com a apresentação do livro O 10 10 Sociedade de Geografia de Lisboa Direcção Presidente: Luis António Aires-Barros Prof. Catedrático Jubilado do Instituto Superior Técnico Secretários Gerais: João Baptista Nunes Pereira Neto Professor Catedrático Jubilado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas António Diogo Pinto Professor Catedrático Jubilado do Instituto Superior Técnico Vogais: António Eduardo Queiroz Martins Barrento General do Exército António Miguel Forjaz Pacheco Trigueiros Engenheiro Químico Carlos Lopes Bento Professor Catedrático Convidado da Universidade Internacional Fernando José de Oliveira Castelo-Branco Chaves Licenciado em Histórico-Filosóficas Filipe Mendes Quinto Oficial da Armada, Licenciado pelo ISCPU com o curso complementar de Estudos Ultramarinos Francisco José Laço Treichler Knopfli Embaixador João Pedro Xavier de Brito Médico José Carlos Gonçalves Viana Engenheiro, Administrador de Empresas Justino Mendes de Almeida Doutor em Letras pela Universidade de Lisboa Nuno Gonçalo Vieira Matias Almirante Óscar Soares Barata Professor Catedrático Jubilado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Rui Agonia Pereira Professor Universitário Império da Imagens - Luzes e Sombras do Japão, de Eduardo Kol de Carvalho, editado pela Editorial Tágide. - Celebração, também em 4/Maio, dum Protocolo de Colaboração entre a Sociedade de Geografia e o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ao abrigo do qual investigadores daquele Centro estão a desenvolver investigação na nossa Sociedade; - Efectivação de contactos com empresa portuguesas com interesses na China, com vista à realização, em Xangai, por ocasião da Expo.2010, dum Seminário abordando o tema “ Cross Roads of China and the Portuguese Speaking Countries- the Business Network, the Services Platform “ a ter lugar no Pavilhão de Portugal naquela Exposição. Infelizmente, dada a nula adesão das empresas contactadas, o Seminário teve de ser cancelado, apesar do apoio prestado, desde a primeira hora, pelas autoridades da Região Administrativa Especial de Macau e de várias instituições daquela Região. De salientar, nesta acção, a excelente colaboração recebida da Profª. Drª. Fernanda Ilhéu que, embora não sendo nossa associada, dedicou grande parte do seu tempo e trabalho a este projecto; - Encetados contactos com a Embaixada do Japão com vista à recuperação de algumas peças japonesas, património da Sociedade de Geografia, estando a Doutora Manuela Cantinho, Curadora do Museu da Sociedade, a coordenar essas acções; Paralelamente a estas acções, outras houve que contaram com a intervenção desta Comissão: - Visita do Sr. Embaixador do Japão, Dr Akira Miwa, à nossa Sociedade, o qual foi recebido pelo Sr. Presidente Prof. Cat. Luís Aires-Barros e elementos da Mesa desta Comissão; - Lançamento do número monográfico do Boletim do IDI/MNE, sobre o Seminário “ A China e os Países de Língua Portuguesa “, realizado, por iniciativa desta Comissão, em 24/Nov/2009; - Oferta, dentro do espírito desta instituição de aprofundar os laços de amizade com as várias Comunidades de luso -descendentes na Ásia, de um almoço de confraternização que teve a presença do Sr. Presidente da nossa Sociedade, a uma delegação de Malaca, composta pela Drª.Cátia Barbara Candeias, Professora de Português naquela Comunidade e Coordenadora do Projecto “Povos Cruzados Futuros Possíveis “ e pelo luso-descendente “Papa Joe”que, no fim do almoço, cantou várias canções em “papiaçam “ de Malaca, ou seja, no português daquela comunidade. Constava do Plano de Actividades da Comissão, a realização dum ciclo de conferências sobre “ A vida quotidiana da comunidade macaense – anos 1940 a 2000” a qual teve de ser adiada para 2011, por impossibilidade de encontrar datas que se adequassem às disponibilidades dos seis oradores convidados. Aproveitando a presença, em Macau, durante o período Novembro/Dezembro, do Dr. Vítor Serra de Almeida, foram efectuados contactos com o Museu Marítimo de Macau, visando a concretização dum protocolo de cooperação já proposto em 2008 e que não teve seguimento, esperando-se resultados positivos desse encontro. Durante o período em análise, foram feitas diligências para angariar novos sócios visando a sua integração na Comissão, resultando dessa acção a entrada de: Dr.ª. Ana Paula Laborinho Dr.ª. Celina Veiga de Oliveira Dr. Mário Matos dos Santos Dr.ª Kioko Koiso General Tiago de Vasconcelos os quais irão trazer , certamente , uma mais-valia ao nosso grupo. 4.4. COMISSÃO DE EMIGRAÇÃO: Presidente: Dr. Isaías Gomes dos Santos A Comissão de Emigração prosseguiu, durante o ano, na recolha de elementos sobre a diáspora portuguesa, anotando os mais significativos publicados na imprensa diária sobre os emigrantes portugueses de sucesso. Devido a precárias condições de saúde de alguns dos seus elementos reuniu menos vezes durante o ano. Tem a lamentar a morte de dois dos seus destacados vogais, Professor Doutor Rogério Fernandes Ferreira e Dr. Avelar Soeiro expressando um sentido de profundo pesar à suas famílias. 11 58 11 4.5. COMISSÃO DE ESTUDOS CÔRTE-REAL: Presidente: Dra. Patrícia Moreno A Comissão reuniu-se com regularidade no decurso de 2010. Foi aceite como membro o Prof. Doutor José Ferreira Coelho. A 18 de Março 2010, a Comissão organizou uma conferência na qual foram oradores os Prof. Doutor José Ferreira Coelho, ““A importância dos Cortes Reais na Descoberta do Continente Norte Americano” e o Arq. Segismundo Ramires Pinto:” Algumas considerações sobre a heráldica dos Corte Reais”. A 21 de Julho e 9 de Setembro, a Comissão organizou um colóquio por ocasião da exposição “A Invenção da Gloria. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana” que decorreu no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa. Foi orador por parte da Comissão o Prof. Doutor José Ferreira Coelho: “As Tapeçarias de Pastrana no contexto histórico português” e a Dra. Patrícia Moreno proferiu umas breves palavras sobre o português Ruy Gomes da Silva, Duque de Pastrana. O Dr. João Campos Moniz prosseguiu na História da Família Côrte-Real. Tendo havido eleições, foi a Dra. Patrícia Moreno reeleita Presidente, e o Eng. João Carlos Martins e o Prof. Doutor José Ferreira Coelho eleitos Vice-Presidentes. Excelentíssimos Consócios 4.7. COMISSÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Presidente V/Alm Henrique Alexandre Machado da Silva da Fonseca 1. No decurso do ano de 2010, tiveram lugar diversas actividades organizadas, ou co-organizadas, pela “Comissão de Relações Internacionais”- adiante designada por CRI- nomeadamente, um jantardebate, duas conferências e ainda, a deslocação a Bruxelas de um grupo dos seus membros. a. Em 11 de Março, realizou-se na “Sala de Convívio” , com início às 20h00, um jantar-debate subordinado ao tema “Petróleo e Relações Internacionais : baralhar e dar de novo”, sendo oradorconvidado, o Dr. Agostinho Pereira de Miranda. Estiveram presentes muitos sócios e seus convidados, tendo a conferência suscitado muito interesse, patente no animado período de perguntas e respostas que se seguiu. 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS Mais uma vez tivemos um ano cheio de actividades culturais o que é de assinalar, principalmente no que traduz de ânimo e rejuvenescimento da nossa Sociedade. Para além da habitual apresentação pormenorizada dessas actividades é justo enfatizar algumas delas pelo seu significado e projecção, inclusivamente extra-muros. Em primeiro lugar recorda-se que a Sociedade de Geografia se associou às Comemorações do Centenário da Proclamação da República, em 1910, organizando um Ciclo de Conferências subordinado ao tema geral: “A República e o Ultramar português: 1910-1926”. Este ciclo teve dez conferências que se realizaram mensalmente entre Fevereiro e Dezembro. Está programada a publicação dos textos dos intervenientes havidos na Colecção de “Memórias da SGL”. A propósito menciona-se a publicação do nº12 das “Memórias da SGL” dedicada às “Comemorações do 90º aniversário da Expedição Científica de Eddington à Ilha do Príncipe”, onde se reúnem as intervenções havidas na Conferência Internacional sobre este tema, quer em Lisboa quer na Ilha do Príncipe em Maio de 2009. É de realçar que, no decurso de 2010, ficou operacional o site da SGL que, a despeito de melhorias susceptíveis de serem introduzidas, tem merecido a aprovação generalizada dos utilizadores, sócios ou não sócios. A 26 de Abril realizou-se a 2ª Reunião portuguesa de Ciências Polares que contou com a presença do Senhor Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação e ainda do Presidente da FCT. Foi uma reunião sobre um tema actual e que envolveu jovens investigadores nacionais e estrangeiros. Teve particular relevância o Seminário Comemorativo dos 150 anos do Tratado de Paz, Comércio e Amizade entre Portugal e o Japão, realizada a 4 de Maio com a presença do Senhor Embaixador do Japão. A Secção de História da Medicina organizou, no âmbito das Comemorações do centenário da República um Congresso sobre “Os Médicos e a República”, rica de intervenções quer de sócios, quer da comunidade cultural e cientifica, em geral. Em Outubro realizou-se um importante e concorrido Seminário sobre “A Cooperação empresarial no espaço de língua portuguesa”. Contou-se com o apoio financeiro do IPAD e da Galp Energia para a publicação dos textos das comunicações apresentadas. Está em organização um volume “Memórias da SGL” dedicada a este acontecimento. As comemorações do bicentenário do nascimento de Alexandre Herculano foram devidamente assinaladas por uma série de quatro conferências organizadas pela Secção de Arte e Literatura. O Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro, foi assinalado, como vem sendo tradição na Sociedade de Geografia por eventos programados pela Secção de Geografia dos Oceanos. Este ano estas manifestações contaram com a parceria do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, da Academia de Marinha e do Centro Nacional de Cultura. Foi conferencista na Sessão Solene o Presidente do Centro Nacional de Cultura Dr. Guilherme Oliveira Martins. Tem estado particularmente activa a Secção de Estudos Militares que organizou, em 2 de Dezembro, em parceria com a Revista Militar uma conferência sobre “Ciber-guerra: um desafio para as forças armadas do século XXI”. Devem salientar-se a renovação do Protocolo SGL/Câmara Municipal de Lisboa, por mais um triénio, bem como o protocolo com a Academia Galega de Língua Portuguesa que deslocou a Lisboa uma sua delegação para assinatura do mesmo. Na altura, em 19 de Fevereiro, o Professor Galego Barbosa Alvares proferiu interessante conferência. Igualmente foi assinado um protocolo com o Ministério da Cultura pela sua Direcção-Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Foi editado e distribuído aos sócios o Boletim de 2009, dedicado a Gago Coutinho, que se reputa uma condigna homenagem a este nosso sócio e benemérito e herói nacional. Houve que resolver o problema das obras, de relativa monta, no telhado do edifício da nossa Sociedade, bem como na Sala Portugal. Custaram estas obras cerca de 48.000€, conseguiram-se obter 12 1 4.6. COMISSÃO EUROPEIA: Presidente Prof. Doutor José Fausto Amaro Durante o ano de 2010 a Comissão Europeia teve reuniões conjuntas com a Comissão Americana. Em 17 de Junho promoveu conjuntamente com a Secção de Economia a conferência “Os Despojos da Crise Global: Impacto sobre a (des)União Europeia” em que foi oradora a Profa. Doutora Carla Guapo Costa. Para além disso os seus membros participaram nas actividades desenvolvidas pela mesma Comissão. Realizadas as eleições para a Mesa, manteve-se a mesma composição: Presidente: Prof. Doutor Fausto Amaro Vice-Presidentes – Profa. Doutora Maria Helena Carvalho dos Santos - Dr. José Braga Dias Secretários – Dr. Fernando Arrobas da Silva - Dr. António Henrique Sampaio Tendo ocorrido, em 2010, o falecimento de D. Maria Angélica Ávila de Abreu, membro da Mesa da Comissão Americana e vogal da Comissão Europeia, os membros das duas comissões registam a homenagem sentida que lhe prestam, pela sua dedicação e pela colaboração e apoio que sempre prestou para a concretização dos seus trabalhos. Já depois desta reunião, ocorreu o falecimento do Dr. Fernando Arrobas da Silva, vogal da Comissão Americana e Secretário da Comissão Europeia. Registamos com profundo pesar o falecimento deste nosso colega e amigo, e sublinhamos o empenho e o entusiasmo que sempre demonstrou na concretização dos trabalhos em que participou. No que se refere ao planeamento das actividades para 2011 manteve-se o critério de estreita cooperação com as iniciativas da Comissão Americana. 12 57 Excelentíssimos Consócios 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS Mais uma vez tivemos um ano cheio de actividades culturais o que é de assinalar, principalmente no que traduz de ânimo e rejuvenescimento da nossa Sociedade. Para além da habitual apresentação pormenorizada dessas actividades é justo enfatizar algumas delas pelo seu significado e projecção, inclusivamente extra-muros. Em primeiro lugar recorda-se que a Sociedade de Geografia se associou às Comemorações do Centenário da Proclamação da República, em 1910, organizando um Ciclo de Conferências subordinado ao tema geral: “A República e o Ultramar português: 1910-1926”. Este ciclo teve dez conferências que se realizaram mensalmente entre Fevereiro e Dezembro. Está programada a publicação dos textos dos intervenientes havidos na Colecção de “Memórias da SGL”. A propósito menciona-se a publicação do nº12 das “Memórias da SGL” dedicada às “Comemorações do 90º aniversário da Expedição Científica de Eddington à Ilha do Príncipe”, onde se reúnem as intervenções havidas na Conferência Internacional sobre este tema, quer em Lisboa quer na Ilha do Príncipe em Maio de 2009. É de realçar que, no decurso de 2010, ficou operacional o site da SGL que, a despeito de melhorias susceptíveis de serem introduzidas, tem merecido a aprovação generalizada dos utilizadores, sócios ou não sócios. A 26 de Abril realizou-se a 2ª Reunião portuguesa de Ciências Polares que contou com a presença do Senhor Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação e ainda do Presidente da FCT. Foi uma reunião sobre um tema actual e que envolveu jovens investigadores nacionais e estrangeiros. Teve particular relevância o Seminário Comemorativo dos 150 anos do Tratado de Paz, Comércio e Amizade entre Portugal e o Japão, realizada a 4 de Maio com a presença do Senhor Embaixador do Japão. A Secção de História da Medicina organizou, no âmbito das Comemorações do centenário da República um Congresso sobre “Os Médicos e a República”, rica de intervenções quer de sócios, quer da comunidade cultural e cientifica, em geral. Em Outubro realizou-se um importante e concorrido Seminário sobre “A Cooperação empresarial no espaço de língua portuguesa”. Contou-se com o apoio financeiro do IPAD e da Galp Energia para a publicação dos textos das comunicações apresentadas. Está em organização um volume “Memórias da SGL” dedicada a este acontecimento. As comemorações do bicentenário do nascimento de Alexandre Herculano foram devidamente assinaladas por uma série de quatro conferências organizadas pela Secção de Arte e Literatura. O Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro, foi assinalado, como vem sendo tradição na Sociedade de Geografia por eventos programados pela Secção de Geografia dos Oceanos. Este ano estas manifestações contaram com a parceria do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, da Academia de Marinha e do Centro Nacional de Cultura. Foi conferencista na Sessão Solene o Presidente do Centro Nacional de Cultura Dr. Guilherme Oliveira Martins. Tem estado particularmente activa a Secção de Estudos Militares que organizou, em 2 de Dezembro, em parceria com a Revista Militar uma conferência sobre “Ciber-guerra: um desafio para as forças armadas do século XXI”. Devem salientar-se a renovação do Protocolo SGL/Câmara Municipal de Lisboa, por mais um triénio, bem como o protocolo com a Academia Galega de Língua Portuguesa que deslocou a Lisboa uma sua delegação para assinatura do mesmo. Na altura, em 19 de Fevereiro, o Professor Galego Barbosa Alvares proferiu interessante conferência. Igualmente foi assinado um protocolo com o Ministério da Cultura pela sua Direcção-Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Foi editado e distribuído aos sócios o Boletim de 2009, dedicado a Gago Coutinho, que se reputa uma condigna homenagem a este nosso sócio e benemérito e herói nacional. Houve que resolver o problema das obras, de relativa monta, no telhado do edifício da nossa Sociedade, bem como na Sala Portugal. Custaram estas obras cerca de 48.000€, conseguiram-se obter b. A convite do Serviço de Informação da NATO, deslocaram-se a Bruxelas, no período de 13 a 14 de Setembro, os Consócios Freire Nogueira, Mª Francisca Gil Saraiva, Alexandra Amolly e Orlando Themes de Oliveira. Estes consócios integraram um grupo de portugueses que incluía também alguns membros da Academia das Ciências, que no dia 14 de Setembro receberam diversos briefings e palestras acerca das várias facetas do novo “Conceito Estratégico da NATO”. Assinala-se que o convite para a deslocação foi formulado a título pessoal, embora tenha sido de certo modo intermediado pelo Consócio Proença Garcia, actualmente a prestar serviço em Bruxelas, no QuartelGeneral da NATO. c. No dia 30 de Setembro realizou-se no Auditório Prof. Dr. Adriano Moreira, às 18h00, uma conferência no formato painel, subordinada ao tema “O Novo Conceito Estratégico da NATO”, tendo como oradores o Senhor General Gabriel do Espírito Santo e o Coronel Emmanuel Charpy (Ex. Francês) e como moderador, o Consócio Armando Marques Guedes. Esta iniciativa atraíu numerosa assistência, provavelmente devido à realização em fins de Novembro, em Lisboa, da Cimeira da NATO, onde aquele tema iria ser objecto de deliberação. Esta conferência foi co-organizada com a Secção de Ciências Militares e registou a presença de vários militares estrangeiros a prestarem serviço no comando NATO de Oeiras, designadamente do seu 2º Comandante, e ainda do Embaixador do Iraque. Seguiu-se um jantar no-host no Clube Militar Naval que permitiu a continuação da troca informal de impressões a respeito deste tema entre o Cor. Charpy e os diversos Consócios que haviam assistido à conferencia. De assinalar que a deslocação a Lisboa do Cor. Charpy se efectuou a expensas da NATO e foi objecto de diversas diligências, só coroadas de êxito devido ao papel de facilitador assumido pelo já atrás mencionado Consócio Proença Garcia. d. No dia 2 de Dezembro realizou-se no Auditório Prof. Dr. Adriano Moreira, às 18h30, uma palestra proferida pelo Consócio Almeida Ribeiro, Vice-Presidente da CRI, subordinada ao tema “Portugal e as Nações Unidas”. A palestra foi unanimemente considerada como do maior interesse e foi seguida de um jantar no-host no Clube Militar Naval, o que permitiu aos presentes continuar a abordar o tema de modo informal. 2. A CRI reuniu em sessão ordinária, para planeamento das suas actividades, por quatro vezes. Estas reuniões tiveram sempre lugar na “Sala de Convívio”, à hora do almoço, sendo precedidas por troca de e-mails e por uma convocatória formal, estabelecendo a “ordem de trabalhos”. De todas estas reuniões foram elaboradas actas, enviadas posteriormente à Secretaria da SGL para arquivo, aos participantes, para aprovação, e aos restantes membros da Comissão, para conhecimento e informação. a. Na reunião ordinária de 27 de Janeiro, que registou 6 presenças, foi decidido tratar o tema “Energia e Relações Internacionais”, convidando para o efeito o Dr. Agostinho Pereira de Miranda. Foi ainda decidido que se deixaria de contar com os membros da Comissão que, sem razão plausível, não participassem em nenhuma actividade da Comissão durante um ano. Foi ainda abordada a questão do site da Sociedade de Geografia, para o qual a CRI deverá contribuir, tornando-se necessária a nomeação de um responsável. b. Na reunião ordinária de 10 de Maio, que registou 5 presenças, foi avaliado o jantar-debate de 11 de Março, cuja palestra foi considerada muito interessante e oportuna. Foi decidido programar para os fins de Setembro uma conferência, do tipo painel, para abordar o tema “A NATO e o seu novo Conceito Estratégico”, que teria como moderador o Consócio Marques Guedes. c. A reunião ordinária de 18 de Outubro registou 11 presenças. Foi avaliada a sessão de 30 de Setembro, que foi considerada um êxito, bem como o excelente relacionamento com a Secção de Ciências Militares, com a qual se colaborou na organização da actividade atrás mencionada. Foi acordado realizar dentro de um mês uma palestra subordinada ao tema “Portugal e as Nações Unidas”, tendo sido convidado para orador o Consócio Almeida Ribeiro. Foram admitidos como novos vogais da Comissão, por unanimidade dos presentes, a Professora Doutora Helena Pereira de Melo, o Cap-Frag Sardinha Monteiro, o Embaixador Eurico Paes, o Professor Doutor Luis Tomé e o Major Bernardino, ressalvando-se contudo a efectivação desta admissão à necessidade de antes se tornarem membros da SGL, caso o não sejam já. 1 13 56 13 d. A reunião ordinária de 13 de Dezembro registou 10 presenças. Foi avaliada a palestra “Portugal e as Nações Unidas”, unanimemente considerada de muito interesse. Procedeu-se em seguida a eleições para a Mesa da Comissão de Relações Internacionais, tendo sido eleitos, por unamidade, como Presidente, o Consócio Freire Nogueira, Vice-Presidentes os Consócios Almeida Ribeiro, Marques Guedes e Eurico Paes, e como Secretária a Consócia Maria Francisca Gil Saraiva. 3. Em 31 de Dezembro de 2010, a CRI era composta pelos seguintes membros, abaixo listados por ordem de antiguidade como sócios da SGL: 17580 Embaixador Francisco José Laço Treichler Knopfli 18625 Vice-Almirante Henrique Alexandre Machado S. da Fonseca 18533 Cap. mar e guerra Orlando Luis Saavedra Themes de Oliveira 19419 Professor Doutor Nuno Gonçalo de Carvalho Canas Mendes 19561 Tenente-Coronel Francisco Miguel G. Pinto Proença Garcia ( a ) 19614 Professor Doutor Manuel Jorge Mayer de Almeida Ribeiro 19627 Embaixador (GB) Adelino Mano Queta ( a ) 19685 Contra-Almirante Antonio Manuel Fernandes da Silva Ribeiro 19686 Coronel António Martins Pereira 19696 Coronel João Jorge Botelho Vieira Borges 19866 Professor Doutor Heitor Alberto Coelho Barras Romana ( a ) 19925 Professora Doutora Maria Francisca Alves Ramos de Gil Saraiva 19938 Professor Doutor Armando Manuel B. S. Marques Guedes 19942 Mestre Alexandra von Böhm-Amolly 20020 Cap-Frag Luis Nuno da Cunha Sardinha Monteiro 20191 Major-General Carlos Manuel Martins Branco ( a ) 20264 Mestre Mónica Sofia do Amaral Pinto Ferro 20330 Embaixador (CV) Luis de Matos Monteiro da Fonseca ( a ) 20358 Dr. Fernando Manuel Machado de Menezes ( b ) 20363 Embaixador Eugénio Maria Nunes Anacoreta Correia 20391 Major-General José Manuel Freire Nogueira 20448 Engenheiro Carlos Manuel Teixeira de Moraes Rocha 20476 Vice-Almirante Fernando Manuel Oliveira Vargas de Matos 20505 Professor Doutor António do Pranto Nogueira Leite 20577 Embaixador Eurico Paes 20587 Professor Doutor Luis José Rodrigues Leitão Tomé ( c ) a - a residir no estrangeiro b - a residir nos Açores c - em processo de admissão como sócio da SGL 9 – QUADRO DE HONRA Nos termos do § 2º do artigo 18º do Estatuto foram inscritos no Quadro de Honra, os seguintes sócios por terem completado 25 anos de efectividade, sem interrupções: 4.8. COMISSÃO DE PROTECÇÃO DA NATUREZA: Presidente Eng. João Caldeira Cabral 1. Por informação do sócio da SGL, Prof. João Pereira Neto, datada de 2 de Março de 2.010, foi solicitado ao Sr. Presidente, Prof. Aires de Barros, a reactivação da Comissão de Protecção da Natureza, inactiva há mais de 40 anos. Esta Informação mereceu despacho favorável na mesma data, tendo sido solicitado ao sócio João Caldeira Cabral que, com mais pelo menos 3 Sócios, constituísse uma Comissão Instaladora, responsabilizando-se pela realização de eleições, nos termos estatutários, até ao fim do corrente ano. 2. Em 18 de Maio realizou-se uma reunião na SGL, estando presentes 5 sócios, em que se deliberou constituir uma Comissão Instaladora da Comissão de Protecção da Natureza e marcada nova reunião para Eleição de uma Mesa Provisória. 3. Em 27 de Maio foi realizada uma reunião, tendo sido eleita a Comissão Instaladora, composta por: - Presidente – Eng. João Caldeira Cabral - Vice-Presidente – Eng. Eugénio Sequeira - Secretário - Eng. Ernesto Alves Rafael 11 – MOVIMENTO DA SECRETARIA Durante o ano foram recebidos e registados 360 ofícios e cartas. No mesmo período foram expedidas as seguintes espécies: Cartas................................................... 227 Circulares.............................................. 589 Convocatórias para reuniões................ 2268 Convites Conf. e Actos Públicos........ 391 3475 É de salientar que durante o ano foram recebidos e enviados muitos e-mails de difícil contabilização. 18638 18640 18641 18642 18651 18652 18658 18660 18663 18666 18673 18675 18677 18679 18680 18684 18685 18687 18688 18689 18691 18695 18698 18701 18705 18711 18713 18715 18717 18720 18724 18725 Dr. António dos Santos Boavida Ribeiro Dr. Ernesto Alexandre Ferreira Jordão Dr. Fernando Júlio Veloso Feijó Dr. Fernando Manuel Sousa Ferreira Prof. Cat. José Carlos Gaspar Venâncio Dr. José Feliciano Quaresma Neto Dr. Manuel dos Santos Lopes Eng.ª. Maria Teresa Monteiro Grillo Gomes Ribeiro Dr. Paulo Maria Guedes da Costa Dr. Rui Pedro Fontes Represas Dr. António José da Silva e Sousa de Oliveira Pedro António dos Santos Ramos Dr. Carlos Agostinho Garcia da Silva Sr. Carlos Manuel de Melo Santos Prof. Eng. Carlos Guedes Soares Cte. Henrique Eugénio Bartolomeu Guimarães Dr. João Manuel Antunes da Silva Cruzeiro Cap. João Nuno Cid Larcher Ovidio Prof. Dr. João José Alves Dias Dr. João Pedro Simões Marques Dr. José Guilherme Reis Leite Cap. Manuel Casimiro Soares de Sousa Dra. Maria Manuela Ribeiro Cruzeiro Dr. Olegário Alberto Vieira Ferreira Dr. Rui Alberto do Amaral Leitão Dr. Arnaldo Monteiro Madureira Prof. Doutor Eduardo da Conceição Medeiros Dr. Fernando Manuel Soares da Silva Eng. Frederico Alberto Monteiro da Silva D. Maria Antónia Oliveira Martins de Mesquita Eng.ª. Maria Teresa Rossi Ruano Pera Cor. Mário Stoffel Martins 14 14 55 55 Registam-se os seus nomes: Foi deliberado dirigir convites a 20 personalidades, abrangendo diversas áreas do conhecimento representativas das actividades a desenvolver pela Comissão. Foi ainda deliberada a elaboração de uma proposta de Regulamento Interno a apresentar em próxima reunião. 4. Em 29 de Junho realizou-se a 1ª reunião Geral da C.P.N. tendo-se analisado a proposta de Regulamento Interno apresentada pela Mesa. O documento foi objecto de algumas sugestões de alteração, tendo-se deliberado que a redacção final ficaria a cargo da Mesa e seria apresentada em próxima reunião. 5. Na Reunião Geral da CPN realizada em 15 de Dezembro foi apresentada uma versão final da proposta de Regulamento Interno que, após algumas alterações, foi aprovada por unanimidade. A Mesa apresentou os objectivos para a elaboração do Plano de Actividades para 2.011, lembrando que se vai entrar no Ano Internacional das Florestas e sugerindo os seguintes temas de debate: - Florestas e Biodiversidade; - Agro-ecossistemas de alto valor de conservação e os serviços prestados à comunidade; - Reforma da PAC, a Biodiversidade e a Floresta Autóctone; A Mesa solicitou aos presentes a indicação de actividades alternativas ou complementares e a designação de individualidades a convidar para desenvolvimento dos temas, sugerindo o debate na próxima reunião, a realizar em 14 de Janeiro próximo. Sobre o tema “Agro-ecossistemas de alto valor de conservação” foram propostas duas deslocações a Moura/Barrancos e a Castro Verde, a realizar na Primavera e Outono próximos. Foram ainda apresentados as novas personalidades que aceitaram integrar a CPN esperando-se que no ano 2011 possam estar a colaborar 20 Sócios. 6. Para o bom andamento dos trabalhos realizaram-se ainda reuniões da Mesa da Comissão Instaladora da CPN em 16/7, 24/11 e 10/12/2.010. Dr. Joaquim Duarte Carvalho Sr. José Lourenço Gomes de Sousa Prof. Doutor Rogério Fernandes Ferreira Prof. Doutor Ernani Rodrigues Lopes Eng. José Cabral Marques de Beja Neves Padre João Pires de Campos Dr. Augusto Taborda de Vasconcelos Eng. Fernando Faria Almiro do Vale D. Maria Angélica Ávila de Abreu Dr. Henrique Carlos Sequeira Prof. Doutor José Vitorino de Pina Martins Dr. Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca Dr. Juiz Fernando Carlos do Cais Fernandes D. Maria de Lourdes Alves Baptista Nery Cap. Jaime Reys Leça da Veiga Cte. Jaime Túlio Saldanha da Cruz Embaixador Dário Moreira de Castro Alves Prof. Doutor Ramiro Ladeiro Monteiro Dr. José Duarte Correia Arez Sr. Miguel Maria Cordeiro de Sousa Prof. Doutor Harold Victor Livermore Cte. António Jorge Silva Soares Cte. José Alberto Sousa Monteiro Prof. Doutor Manuel Alves Marques Abel Fontoura da Costa Leopoldo Corrêa Profa. Doutora Paula Ventura de Carvalho Escarameia Mestre Joaquim Caetano da Silva Correia 4.9. SECÇÃO DA AGRICULTURA: Presidente Prof. Doutor Raul Filipe Xisto Bruno de Sousa 1. Introdução Desde o reinício da sua actividade, o desafio que se colocou à Secção de Agricultura (SGAgro) não tem sido de fácil concretização. Mobilizadas que foram algumas vontades, temos a noção de ter feito o possível para dar corpo e concretizar as propostas de actividades aprovadas pela Secção com uma selecção, que se quis criteriosa, contando com a participação de especialistas e colegas. 2. Eleição da Mesa da Secção de Agricultura Na reunião da Secção, realizada em 12 de Janeiro de 2010, foi discutida e aprovada por unanimidade a Proposta de Relatório de Actividades referente a 2009. Na ocasião o Presidente da Secção fez breves comentários relativos às actividades desenvolvidas e também às preocupações relativas ao desenvolvimento de actividades futuras, Por proposta do vogal Prof. Doutor João Pereira Neto e face à actividade desenvolvida, a Mesa da Secção de Agricultura foi reeleita por unanimidade, entrando imediatamente em funções: Presidente – Professor Catedrático Raul Filipe Xisto Bruno de Sousa Vice - Presidente – Engenheiro Agrónomo Manuel Dias Nogueira Secretário – Dr. Armando Lourenço Rodrigues Vice-Secretário – Engenheiro Agrónomo Ernesto Alves Rafael 3. Actividades Desenvolvidas 3.1 Reuniões da Mesa da SGAgro A primeira Reunião da Mesa, verificou-se no dia 1 de Fevereiro, com a presença de todos os seus membros, tendo desde então reunido com regularidade, cumprindo um total de 19 reuniões. 3.2 Espólio Bibliográfico da SGL na Área das Ciências Agrárias No âmbito das nossas preocupações, já anteriormente manifestadas, promovemos diligências no sentido de preencher algumas dessas lacunas para enriquecer o espólio da nossa Biblioteca. Desta nossa iniciativa, conseguimos obter, até à data, um conjunto importante de bibliografia cedido graciosamente por duas entidades: Centre Technique de Coopération Agricole et Rurale (CTA) com Movimento de Sócios durante o ano 2010 foi: Sócios existentes em 31.12.2009......................... 1465 Efectivo (reentraram)........................................... + 2 Eleição de sócios em 4 de Maio de 2010 ........... + 36 Eleição de sócios em 2 de Dezembro de 2010 + 25 + 1528 Sócios Falecidos.................................................... - 27 Eliminados de sócio……………........................... - 80 Declinação da Qualidade de sócio………………..- 49________ Sócios existentes em 31.12.2010 -156 + 1372 54 54 15 15 112 referências e Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) com 69 referências, cujas listas constam de um DVD que se anexa a este relatório. 3.3. Conferências. De acordo com o nosso plano de actividades um dos principais objectivos que nos propusemos atingir seria a realização de actividades sociais. Promovemos então a realização de três conferências. 3.3.1 - No dia 3 de Maio de 2010, pelas 17h00, proferida pela Engenheiro Agrónomo João da Fonseca Caldeira Cabral, subordinada ao tema: "A Paisagem Rural na Zona de Montanha. Valor Patrimonial, Cultural e Ambiental. Que Futuro?" Resumo Com recurso a imagens e comentários, pretende-se chamar a atenção dos participantes para a génese da paisagem humanizada actual, para os marcos históricos principais da sua transformação e para os efeitos e potencialidades económico-sociais e ambientais da sua correcta conservação. De modo sucinto, discutem-se as consequências das três posições mais frequentemente adoptadas no presente – O abandono, o esgotamento e a tentativa de modernização da sistematização da paisagem de modo sustentável. Apontam-se ainda alguns exemplos de estudos realizados de modernização de Paisagens, com reorganização das "Unidades de Base" de intervenção – As aldeias e as explorações agrícolas. As dificuldades e custos da sua viabilidade sócio-económica e a necessidade de valorização dos serviços prestados à Comunidade. 3.3.2 - No dia 30 de Junho de 2010, pelas 17 horas, proferida pelo Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, Pedro Aguiar Pinto, sob o tema: “Tradição e futuro da Agronomia” Resumo No passado, a Agronomia amadureceu como ciência agregadora de um conjunto de matérias científicas que suportam, explicam e tornam mais eficiente a actividade agrícola. A Agronomia nasce e cresce como resultado da interacção entre uma prática de base empírica, uma tecnologia que é instrumental para a resolução dos problemas que aparecem e é necessário ultrapassar e a necessidade de um ensino dividido permanentemente entre a teoria e a prática. Hoje continuamos a reconhecer estes três pilares: a ciência, a tecnologia e o ensino e somos confrontados com inúmeras possibilidades criadas por avanços tecnológicos extraordinários, por um progresso nunca visto no conhecimento do funcionamento dos seres vivos e das suas relações com o ambiente e um ensino que se debate entre uma especialização cada vez maior, uma formação orientada para a aquisição de competências e uma internacionalização crescente. 3.3.3 - No dia 22 de Novembro de 2010 pelas 17 horas, proferida pela Professora Catedrática do Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, Helena Pereira sob o tema: “A cortiça: evolução do conhecimento e utilizações durante o séc. XX e prospectivas para o séc. XXI”. Resumo A produção, a transformação e a comercialização da cortiça constituem actividades de uma fileira com uma enorme importância económica para Portugal, tanto a nível agrário como do sector industrial, com os correspondentes reflexos sociais. Acresce que a produção de cortiça é determinante para a manutenção dos seus ecossistemas produtivos e do seu papel na conservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e do solo. A fileira tem por base principalmente duas componentes. Por um lado, as características muito singulares do sobreiro, que permitem uma produção sustentada de cortiça com qualidade para transformação industrial. Por outro, as propriedades do próprio material cortiça, resultantes da sua estrutura celular e composição química, que constituem um conjunto muito interessante e pouco usual no âmbito dos materiais que permitem utilizações em vários campos. Durante o séc. XX verificou-se uma grande evolução na fileira de cortiça em Portugal. Por exemplo, em termos de produção, uma crescente especialização na produção de cortiça e o reforço da sua importância económica para os proprietários. Em termos da indústria, um aumento da capacidade e IV – Laboratório Digital /Estúdio de Fotografia / Design Gráfico Deu-se continuidade à cobertura fotográfica de vários acontecimentos realizados na SGL, bem como aos pedidos solicitados à Biblioteca e ao Museu, a considerar: 1 – Imagens de algumas actividades organizadas pelas Secções, Comissões e a direcção da SGL. 2 – Cerca de 350 reproduções fotográficas e digitais, nomeadamente de cartografia, livros e reservados: Estas tarefas contribuíram para obter bons resultados financeiros, bem como, o enriquecimento do arquivo documental. 3 – Cobertura e acompanhamento fotográfico de toda a obra de levantamento, reconstrução do telhado (lado Este) e reconstrução da sanca (Sala Portugal). 4 - Execução e reprodução de imagens de diversos objectos do museu, tendo em vista dar resposta a pedidos nacionais e estrangeiros: publicação em catálogos livros e teses. Destas destacam-se as cerca de 300 fotografias (interiores e exteriores) feitas aos sarcófagos egípcios do Museu da SGL. 5 - Concepção gráfica e acompanhamento editorial das várias publicações da SGL, na paginação, edição electrónica e tratamento de imagem. 6 - Acompanhamento e orientação das diversas realizações efectuadas nas salas da SGL, nomeadamente gravações de vários acontecimentos (filmes, discos, programas de estações de TV, reportagens, etc). 7 - Manutenção gráfica e fotográfica do site da SGL. 8 – A Fototeca tem dado continuidade ao levantamento dos conteúdos fotográficos, limpeza, digitalização e acondicionamento das espécies. Destaca-se a organização e acondicionamento da colecção realizada em Moçambique pelo fotografo M. Romão Pereira, 16 53 16 7. DEPÓSITO DE PUBLICAÇÕES E ÍNSIGNIAS Das edições existentes na Sociedade em depósito foram vendidas 55 publicações, 10 Memórias, 11 CD-ROM, 16 “Tesouros cartográficos da SGL”, 18 medalhas e 6 pratos comemorativos dos 130 anos da SGL. Como é costume, foram cedidas gratuitamente algumas publicações, por razões de prestígio, a entidades cujas características justificaram essa cedência. No decorrer do ano 2010 venderam-se 9 colares e 4 alfinetes de lapela da Sociedade de Geografia de Lisboa 8. MOVIMENTO DE SÓCIOS Durante o ano 2010 continuou a ser desenvolvido um esforço especial no sentido de recuperar a quotização em atraso. Para facilitar o processamento do pagamento de quotas e evitar os eventuais incómodos ou esquecimentos, sugere-se que ele seja feito por intermédio de uma ordem de transferência bancária, solicitando à Secretaria o formulário adequado. A Direcção manifesta o seu pesar pelos 27 Sócios que faleceram no decorrer do ano 2010. Muitos deles foram figuras de relevo na vida pública portuguesa. 53 O grupo vai de seguida para a Sala Portugal, cuja apresentação fica a cargo da Doutora Manuela Cantinho ou Sr. Carlos Ladeira, podendo o Director do Museu fazer o enquadramento sócio-politico das cerimónias que aí se realizam. Os visitantes, dirigem-se depois para a Sala Algarve, onde os comentários ao Mapa Iluminado dos Descobrimentos Portugueses ficam, em princípio, a cargo do Director do Museu, que acrescentará algumas informações sobre as cerimonias que se realizam nesta Sala. Terminada a visita à Sala Algarve, inicia-se a visita ao Museu Etnográfico, que é guiada e comentada pela Doutora Manuela Cantinho ou pelo Sr. Carlos Ladeira. Em princípio o Director do Museu acompanha os visitantes, fazendo normalmente alguns comentários relativos à observação directa, por si efectuada em relação à funcionalidade de alguns objectos expostos. Terminada a visita, o Director do Museu despede-se dos visitantes à saída da Sala Portugal, podendo nalguns casos, acompanhá-los até à porta da SGL. Nos casos em que, eventualmente, não seja possível assegurar a presença da Doutora Manuela Cantinho ou do Sr. Carlos Ladeira, o Director, assume ele próprio o acompanhamento de toda a visita ao Museu. No decurso do ano de 2010, realizaram-se as visitas mensais, iniciadas no ano anterior, nas seguintes datas: 2 de Março, 6 de Abril, 4 de Maio, 1 de Junho, 6 de Julho, 14 de Setembro, 12 de Outubro, 9 de Novembro e 6 de Dezembro. Registou-se, uma média de 15 visitantes em cada visita. Efectuaram-se também visitas de grupos com uma média 25 visitantes, nos dias 28 de Janeiro, 4 de Fevereiro, 18 de Fevereiro, 24 de Fevereiro, 9 de Março, 10 de Março, 16 de Março, 23 de Março, 14 de Maio, 14 de Abril, 22 de Abril, 24 de Abril, 30 de Abril, 10 de Maio, 14 de Maio, 13 de Julho, 23 de Julho, 15 de Setembro, 8 de Outubro, 12 de Outubro, 22 de Outubro, 28 de Outubro, 4 de Novembro, 8 de Novembro, 11 de Novembro, 17 de Novembro, 22 de Novembro, 7 de Dezembro, 12 de Dezembro, 17 de Dezembro e 28 de Dezembro. Dois dos grupos visitantes eram constituídos unicamente por franceses, num dos casos geógrafos, no outro, residentes em Portugal; outro grupo era constituído por turistas alemães e suecos. Quanto às escolas secundárias, salientem-se a Escola D. Dinis, a Escola Marquês de Pombal e a Escola Padre António Vieira. No que se refere aos estabelecimentos de ensino superior, referem-se os grupos do ISLA, da UAL, do ISCSP, da UL e do ISCTE. É de mencionar também cerca de duas dezenas de visitas individuais de investigadores estrangeiros e de embaixadores ou outros diplomatas, do Japão, das Filipinas e do Irão. Em dois fins-de-semana as instalações da Sociedade abriram para acolher dois grupos de visitantes, cada um deles com cerca de 50 pessoas, constituído por antigos funcionários de uma instituição bancária. Devido às suas características, convêm ainda salientar, os seguintes grupos e individualidades: Amigos do Museu de Marinha, Universidade da Terceira Idade de Queluz, um dirigente da Galeria Hervé de Paris, a Bibliotecária da National Library of Korea, um grupo de participantes na Exposição Mundial de Filatelia, a Associação de Dirigentes de Instituições Europeias em matéria de Transportes e um grupo da Ordem dos Advogados. A Sociedade de Geografia foi contactada por uma agência de turismo para a realização de visitas regulares por parte de grupos de turistas italianos. Para além dos comentários dos líderes dos grupos, no fim das visitas os visitantes foram convidados a exprimirem as suas opiniões. Alguns testemunhos são reveladores do impacto na sensibilidade dos jovens, que, com frequência, declaram terem fortificado o seu orgulho em serem portugueses. Mesmo por parte de pessoas com idade mais avançada registam-se comentários deste tipo. No que se refere aos estrangeiros os comentários mais frequentes relacionam-se com o espanto e admiração pela qualidade dos elementos museológicos que observaram e para o que eles constituem em matéria de enriquecimento do património científico mundial. uma inovação apreciável em termos de equipamentos e processos, acompanhada de alterações estruturais do sector. Como enquadramento determinante esteve o mercado internacional que foi motor de transformações de produtos e processos. Globalmente o país reconheceu a importância do sector da cortiça e considerou-o estratégico. Neste séc. XXI continuam os desafios à cortiça, tais como a inovação em produtos e utilizações nobres, a melhoria da produção ou o reconhecimento da sua importância nos ecossistemas. E reafirma-se que a evolução tem de se fundamentar em conhecimento baseado em investigação fundamental e aplicada, e que a informação e disseminação são pilares de sustentação do sector. 3.4 Sítio da SGL Continua em preparação a elaboração da página da SGAgro e oportunamente serão apresentados à Direcção da Sociedade, elementos considerados relevantes, designadamente os Objectivos da Secção e formas para a sua concretização, a constituição da Mesa e as respectivas funções, uma lista dos vogais e respectivos curriculum vitae, com referência aos títulos e formações académicas e actividades profissionais mais significativas, para além, evidentemente, das iniciativas desenvolvidas pela Secção. 3.5 Visitas de estudo No Plano de Actividades da Secção de Agricultura para 2009/2010, estava prevista a organização de visitas de estudo, de curta duração, a Instituições, empresas ou outras estruturas ligadas ao ramo agrário, para actualização de conhecimentos, acompanhamento da evolução tecnológica e estreitamento de relações e convívio entre os vogais da Secção de Agricultura e os sócios da Sociedade de Geografia. Neste âmbito, a Secção de Agricultura preparou uma visita de estudo á Herdade dos Esquerdos e á Empresa Fertiprado (Monforte, Portalegre), localizadas nas proximidades de Vaiamonte, para o dia 14 de Dezembro. No entanto, por não se ter verificado um número mínimo de inscrições, que permitisse a concretização desta iniciativa, dirigida a todos os sócios da SGL, foi decidido adiá-la para a Primavera do próximo ano. 3.6 Outras actividades Oportunamente foi presente à Direcção da SGL uma proposta de realização de um evento de natureza sócio-técnica-científica, com envolvimento das várias Secções especializadas, apontando como "chapéu" - Demografia e Desenvolvimento. A sua realização é considerada por nós relevante e de grande actualidade e sem dúvida enquadra-se nos objectivos da Sociedade de Geografia de Lisboa, Por último constituiu preocupação dos membros da Mesa a angariação de novos sócios, embora se reconheça a dificuldade em conseguir este objectivo. Tal facto limita bastante a possibilidade de se poderem vir a desenvolver iniciativas de outro âmbito. Anexos (disponíveis na Secretaria da SGL para consulta): 1 - Lista bibliográfica dos títulos cedidos pelo CTA 2 - Lista bibliográfica dos títulos cedidos pelo IICT 3 - Apresentações das sessões sociais e respectivos resumos (DVD) 52 17 52 4.10. SECÇÃO DE ANTROPOLOGIA: Presidente: Prof. António Vermelho do Corral A secção procurou, através do seu Presidente, acompanhar a generalidade das realizações levadas a efeito pela Direcção da SGL, e esteve atenta às acções empreendidas pela instituição. Primando pela interdisciplinaridade, levou a efeito os seguintes eventos. Em 29 de Janeiro. Numa programação conjunta das Secções de Antropologia e Ordenamento Territorial e Ecologia o Dr. João Gomes Oliveira apresentou uma conferência sob o título Eu dei a volta ao Mundo. Uma experiência humana em diferentes culturas, que enriqueceu com a exibição de fotografias e textos recolhidos junto de pessoas e grupos que contactou. Dissertou sobre a viagem que efectuou com partida e regresso a Lisboa e passagem por diversos países, povos e culturas com que conviveu, desde a Europa, passando pela Ásia, Austrália e Américas, das suas vivências, resignações e aspirações, dos contrastes que verificou, do espaço que percorreu, dos aspectos geográficos, incluindo vulcões, e monumentos que visitou e, sobretudo, dos traços da cultura portuguesa que os nossos antepassados foram deixando como marcas indeléveis da nossa presença no mundo. 17 O acto teve lugar na Sala Algarve, completamente cheia, que apresentava uma agradável e simpática imagem humana, onde primava a gente nova. O mapa iluminado existente na sala veio enriquecer a exposição do conferencista. Em 17 de Maio. Com programação da Secção de Antropologia e colaboração da Secção de História pelos Engenheiros José Mattos e Silva e António Mattos e Silva foi apresentada uma conferência titulada Os 490 anos da Descoberta da Passagem do Sudoeste por Fernão de Magalhães. Teve lugar na Sala Algarve perante uma assistência especializada e muito interessada a justificar uma sala repleta. Discursando sobre a genealogia do navegador, referenciaram a preparação da armada, a descrição da viagem e dos motins que ocorreram a bordo, concluindo que Fernão de Magalhães seria um agente secreto de D. Manuel I, que teria como missão dar a conhecer, aos espanhóis, as ilhas Molucas, através de uma rota marítima que passasse, maioritariamente, pelo hemisfério que o Tratado de Tordesilhas havia atribuído a Espanha. A existência do planisfério iluminado existente na sala permitiu acompanhar a viagem do navegador. Os oradores fizeram ofertas do livro de que são autores com o título Casos da História. Fernão de Magalhães: um agente secreto ao serviço de D. Manuel I ?, com data de Maio/2010. Em 07 de Julho. Conferência proferida pelo Professor Catedrático João Pereira Neto, com o título A Imagem do Algarve no Ceará no início do séc. XXI – O ponto de vista de um Antropólogo. Decorreu no Auditório Adriano Moreira e resultou da colaboração e organização conjunta da Comissão Americana e das Secções de Antropologia, Arte e Literatura e Instrução Pública. No decurso da conferência, e fazendo parte da mesma, a pedido do orador, foram lidos pelo Comandante Filipe Mendes Quinto poemas de Catulo da Paixão Cearense, incluídos no texto. Resumo da conferência: Procurando ir ao encontro do interesse detectado em Maio de 2000, na cidade do Sobral do Estado de Ceará onde – ao saberem que era natural do Algarve – lhe perguntaram “Cadê do Reino Perdido?” o orador começou por mencionar a Lei de 16 de Dezembro de 1815 que formou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e legislação complementar; após o que fez uma breve comparação nos domínios geográfico, económico e cultural entre o Ceará e o Algarve. Depois, debruçou-se sobre a influência da África e do Brasil no seu processo de enculturação e socialização, apresentando de seguida uma visão da Economia do Algarve aos cearenses, numa perspectiva da Antropologia do Desenvolvimento. Referiu ainda episódios reveladores do conhecimento dos cearenses sobre o Algarve e terminou com considerações sobre a imagem do Algarve no Brasil, e no Ceará em particular, concluindo pela necessidade da sua afirmação. Em 22 de Julho. Colóquio/Debate sobre Fernão de Magalhães, promovido pelas Secções se Antropologia, História, Genealogia e Heráldica e pela Comissão de Relações Internacionais. Face ao interesse que a temática em questão levantou, levou à deslocação de pessoas especializadas de diversos pontos do País que encheram a Sala Algarve. Dignou-se estar presente o Senhor Embaixador do Chile, Fernando Ayala, que em conversa informal não se poupou em fazer as mais elogiosas referências ao navegador português, que também o é do Chile, país que lhe dispensa muito especial valoração. Seguiu-se a apresentação das comunicações por parte dos conferencistas conforme segue. --- Engenheiros José Mattos e Silva e António Mattos e Silva Fernão de Magalhães: Um agente secreto de D. Manuel I? --- Almirante Henrique Alexandre M. da Silva da Fonseca A viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, aspectos náuticos. --- Comandante Filipe Mendes Quinto As dúvidas e as certezas da vida e feitos do grande Fernão de Magalhães. ---Prof. Dr. João Abel da Fonseca As ferramentas do historiador no estudo de conhecidos espiões. Da inconsistência histórica da presunção, no caso de Fernão de Magalhães. --- Arquitecto Segismundo Ramires Pinto Fernão de Magalhães e a heráldica: certezas e hipóteses. 4. Visitas: Em 2010 deu-se continuidade ao esquema de visitas iniciado no ano anterior. O conceito adoptado para o acompanhamento das mesmas é o de que a Sociedade de Geografia de Lisboa, no seu todo, tendo em conta o passado e o presente – é um museu não só no que diz respeito ao Museu Etnográfico, à Biblioteca/Cartoteca e à Fototeca, mas também no que se refere às suas características institucionais, que vêm desde a fundação no último quartel do Século XIX. O modelo de acompanhamento das visitas tem sofrido algumas alterações, em função dos meios humanos disponíveis, tendo havido, inicialmente, casos em que esteve essencialmente a cargo do Director do Museu que nestas circunstâncias teve que falar ininterruptamente durante cerca de duas horas. No fim de 2010 foi possível adoptar uma forma de actuação cujas linhas gerais passam a ser seguidamente enunciadas. Com uma antecedência de cerca de dois dias, em relação a cada visita programada, o Director do Museu informa os técnicos responsáveis pela Biblioteca/Cartoteca sobre as características do próximo grupo de visitantes, dando-lhes a possibilidade de prepararem uma pequena mostra de livros, cartas e fotografias inseridas em reservas, que, de algum modo possam oferecer interesse para o grupo. No dia e hora marcados para visita, os visitantes, são recebidos pelo Director do Museu, na Sala do Convívio, onde lhes faz uma breve resenha do que é, fez e faz, hoje em dia a Sociedade de Geografia de Lisboa como Instituição da Sociedade Civil. A propósito, procura evidenciar que ela própria pode ser considerada como um museu institucional, funcionando de acordo com regras definidas no último quartel do século XIX. Terminada aquela primeira fase da visita, o Director do Museu convida os visitantes a acompanharem-no à Biblioteca, fazendo durante o percurso breves referências à obra do Arquitecto Luís Monteiro e ao seu relacionamento com Luciano Cordeiro, fundador da SGL e que foi o seu primeiro Secretário Perpétuo. Antes da entrada na Biblioteca/Cartoteca tem lugar uma breve passagem pela antiga Sala da Direcção onde se fazem referencias não só à obra desenvolvida pelas personalidades, cujos retratos aí se encontram, mas, também ao mobiliário e aos padrões relativos à utilização deste, tanto na passado como no presente. Os visitantes passam, de seguida, à Biblioteca/Cartoteca, onde o acolhimento – embora o Director do Museu continue presente – fica a cargo dos Técnicos Dra. Helena Grego e Dr. José Carlos Silva. A Dra. Helena Grego, na sua qualidade de Técnica mais antiga, faz uma curta menção ao património que aí se encontra, após o que ambos comentam os livros, mapas e documentos expostos propositadamente para a visita. Depois da resposta aos esclarecimentos que possam ser solicitados, faz-se uma breve visita à Biblioteca, com os cuidados essenciais, para que os leitores não sejam incomodados. O Director do Museu, no decurso desta visita, solicita a atenção dos visitantes para a potencialidade actual do antigo ficheiro, com fichas manuscritas e dactilografadas, que garantiu a eficácia do funcionamento da Biblioteca durante cerca de nove décadas. Terminada esta parte da visita, o Director conduz os visitantes ao Museu, iniciando-se a visita pela Sala da Índia. Em princípio, já aí se encontra, a sócia da SGL, Doutora Maria Manuela Cantinho, que é a Curadora do Museu; ou, na sua falta, o também sócio da SGL, Senhor Carlos Ladeira, que além de ser o responsável pela Fototeca é também um perfeito conhecedor das peças existentes no Museu. Eles fazem uma breve apresentação técnica das peças presentes, prestando especial atenção aos Globos Coronelli, e respondem a quaisquer dúvidas que lhes possam ser apresentadas. No decurso da presença do grupo nesta Sala, o respectivo líder é convidado a assinar o Livro de Honra. Passa-se em seguida à Sala dos Padrões, onde a Doutora Manuela Cantinho ou o Sr. Carlos Ladeira apresentam as peças aí existentes. O Director do Museu poderá fazer breves considerações relativas a testemunhos de visitantes estrangeiros, sobre o valor de algumas das peças aí expostas, nos contextos Europeu e Ocidental, no domínio do contacto de culturas. 18 51 18 51 mensalmente. De igual forma, foram expostos alguns documentos, por ocasião do XXXIº Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos, durante o Ciclo de Conferências sobre os Médicos da República, ou ainda as conferências sobre Eduardo Noronha e Alexandre Herculano. Organizaram-se também mostras cartográficas e/ou bibliográficas, por ocasião das visitas à S.G.L.. Destaquem-se o Grupo de Amigos do Museu da Marinha, o Embaixador do Japão, Embaixadora das Filipinas, Bibliotecária da Biblioteca Nacional da Coreia do Sul, de um grupo que acompanhou a Exposição Mundial de Filatelia, entre muitos outros, onde se incluem grupos universitários. Quanto à cedência por empréstimo de documentação para exposições, organizadas por outras instituições, uma vez mais a B.S.G.L. colaborou com a Câmara Municipal de Tavira. Desta feita, no âmbito de duas exposições: Cidade e Mundos Rurais e A 1ª República em Tavira: transformações e continuidades. Para esta última, toda a documentação seleccionada e, posteriormente exposta, faz parte do Espólio Cabreira. Um dos portulanos do acervo da Cartoteca foi seleccionado para a exposição Mappa Mundi, que estará patente ao público no Museu Berardo de 31 de Janeiro a 25 de Abril de 2011. Todo este conjunto de acções, revela o cada vez maior dinamismo da nossa Biblioteca tornando-a um agente cultural relevante, apesar das vicissitudes pouco favoráveis, nos contextos nacional e internacional. 6. MUSEU ETNOGRÁFICO: Director: Prof. Doutor João Pereira Neto Curadora: Doutora Manuela Cantinho O Museu tem vindo a desempenhar a sua actividade nas diversas vertentes com regularidade. I – Investigação 1.O investigador e sócio da SGL, Rogério Sousa (PhD) deu continuidade ao estudo dos sarcófagos egípcios do Museu da SGL. 2. Após a conclusão do Projecto EXPLORA (FCT/PPCDT/HEC/60706/2004): A SGL, em Novembro de 2010, recebeu do Painel de Avaliação Final, do referido projecto, nos seguintes termos: "Os objectivos científicos previstos foram plenamente atingidos. Os resultados evidenciam grande qualidade científica, nomeadamente ao nível das publicações em revistas internacionais com referee. O projecto contribuiu para a formação de jovens investigadores e para a projecção internacional da equipa envolvida.". 3. Tendo em vista a sua divulgação junto do grande público procedeu-se: Elaboração de textos para o Catálogo “Memórias de um Explorador: A Colecção Henrique de Carvalho da Sociedade de Geografia de Lisboa”, Elaboração do Guião da exposição “Memórias de um Explorador,” Organização do Encontro a realizar no âmbito da referida Exposição. II – Conservação das colecções Deu-se continuidade às tarefas de conservação curativa das colecções. III - Divulgação 1. Exposições: O Museu participou nos seguintes eventos expositivos: Angola: Figures de Pouvoir, (Musée Dapper, Paris); Encomendas Namban: Os Portugueses no Japão da Idade Moderna, (Museu do Oriente, Lisboa); 100 Anos de Património: Memória e Identidade, 1910-2010, (Plácio Nac.da Ajuda, Lisboa) 2. Comunicações: CANTINHO, Manuela, “As colecções etnográficas extra-ocidentais em Portugal: passado, presente e futuro” no âmbito do 7º Congresso Ibérico de Estudos Africanos (CIEA7), realizado no ISCTE/IUL (Lisboa) em Setembro de 2010. 3. Publicações: CANTINHO, Manuela, 2010. "Acervos extra-ocidentais e a sua musealização: ciclos e contraciclos", in Caminhos Cruzados em História e Antropologia: Ensaios de homenagem a Jill Dias, Lisboa, ICS, pp. 203-212. Engenheiro António Carlos Borges Taveira A Naturalidade de Fernão de Magalhães. O entusiasmo colocado pelos oradores nas suas comunicações e o valor científico do conteúdo das mesmas, conduziu a que se dispensasse o Debate, devido ao adiantado da hora. Esta sessão teve a particularidade de carrear factos novos sobre a figura de Fernão de Magalhães. A repercussão das duas sessões sobre Fernão de Magalhães fez-se sentir não só a nível nacional como além-fronteiras e provocou algumas correcções conceptuais sobre tão discutida personagem de renome internacional. Os Engenheiros José Mattos e Silva e António Mattos e Silva ofereceram edição revista e melhorada do seu livro anteriormente referido com data de Julho/2010. Em Outubro/2010 fizeram edição do I volume cujo texto consta do site da SGL na extensão Secções Profissionais Antropologia onde consta a verdadeira filiação do navegador. Em 21 de Outubro. Seminário subordinado ao tema Diversidade Biológica e Condicionalismos Sociais e Culturais, em colaboração conjunta das Secções de Antropologia e Etnografia. Foram apresentadas as seguintes comunicações: Professora Doutora Maria Manuela Machado da Silva Condicionalismos Sociais e Culturais da Sociedade Contemporânea na mobilidade social. Professor Doutor António Piedade, Professor do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Investigador do Centro de Investigação de Antropologia e Saúde da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra A Diversidade Biológica das Populações Humanas/Factores Sociais e Culturais. Eleições. Apresentada uma única lista, posta à votação, mereceu aceitação por unanimidade, ficando assim constituída a mesa da secção para o ano 2011: Presidente: António Vermelho do Corral Vice-Presidente: António José da Piedade Secretária: Ana Cristina Mendonça Pereira Neto Vice-Secretário: Manuel Santos Lopes. Foi consignado em acta um voto de profundo pesar pelo falecimento da sócia desta Instituição e vogal da Secção, D. Maria Angélica Ávila de Abreu, que deixou vago um espaço que soube ocupar com elevada dignidade, grande probidade e singular distinção. 4.11. SECÇÃO DE ARQUEOLOGIA: Presidente: Prof. Doutor João Luís Cardoso. 1 - Comunicações em sessões promovidas pela Secção No decurso de 2010 a Secção de Arqueologia, sob iniciativa da mesa eleita em Dezembro do ano transacto, constituída pelo Prof. Doutor João Luís Cardoso (Presidente); Prof. Mestra Maria Graciana Dias Marques e Doutora Ana Cristina Martins reuniu oito vezes, tendo sido apresentadas as comunicações a seguir indicadas: 1 – 13 de Janeiro: “A exploração do sílex: recolhendo, armazenando e talhando o sílex em Casal Barril (Mafra)”. Foram oradores a Doutora Ana Catarina Sousa e o Prof. Doutor Victor S. Gonçalves. 2 – 24 de Fevereiro: “A torre da nascente de Alcabideque, regadios e aquedutos de Conímbriga. Apontamento museológico de desenho e fotografia (1887-2010). Foram oradores os Drs. Miguel Pessoa e Lino Rodrigo. 3 – 31 de Março: “Novos elementos para uma síntese sobre o Neolítico Antigo da Baia Estremadura”. Foi orador o Presidente da Secção. 4 – 28 de Abril: “Chãos Salgados (Mirobriga ?): génese, evolução e abandono. Foi orador o Doutor José Carlos Quaresma. 5 – 26 de Maio: “Um poço seiscentista no Vale de Alcântara (Lisboa). Foram oradores a Dr.ª. Luísa Batalha e o Mestre Guilherme Cardoso. 6 - 21 de Junho: “A moeda corrente em Lisboa à data do cerco e da conquista por D. Afonso Henriques”. Foi orador o Senhor José Rodrigues Marinho. 7 – 20 de Outubro: “A República e a Arqueologia portuguesa. Mudança e continuidade no contexto europeu das primeiras décadas do século XX. Foi orador o Doutor Francisco Sande Lemos. 50 50 19 19 8 – 16 de Dezembro: “Povoado de Monte dos Castelinhos – Vila Franca de Xira – uma leitura inesperada sobre a romanização do vale do Tejo”.Foram oradores o Mestre João Pimenta e o Dr. Henrique Mendes. Regista-se, como aspecto que importa ter em atenção, a assiduidade em alguns casos inesperadamente baixa – dado o inegável interesse científico de todas as comunicações – de alguns vogais às actividades da Secção, a qual que importa ver futuramente reforçada. Com efeito, à semelhança do verificado em anos anteriores, é de destacar a qualidade dos conferencistas, que, na maioria dos casos, apresentaram dados ainda inéditos de trabalhos em curso ou recentemente publicados, o que proporcionou momentos de franca discussão dos assuntos tratados. Outro aspecto positivo que importa deixar registado foi a presença de convidados externos à S.G.L., na maioria estudantes universitários, que acorreram por via da divulgação das actividades na internet, no site archport. De referir, ainda, que a comunicação do Senhor José Rodrigues Marinho foi promovida conjuntamente com a Secção de Estudos Luso-Árabes, presidida pelo Prof. Doutor António Dias Farinha, configurando uma desejável colaboração interna entre as diversas secções da SGL, que importa consolidar e desenvolver. De igual modo, a comunicação do Doutor Francisco Sande Lemos constituiu o contributo da Secção de Arqueologia às comemorações da República, constituindo sessão especial, presidida pelo Senhor Presidente da SGL, Sr. Prof. Eng. Luís Aires-Barros, acompanhado pelo Senhor Secretário-Geral, Prof. Doutor João Pereira Neto. 2 – Comunicações apresentadas em outras reuniões científicas promovidas ou apoiadas pela S.G.L. Neste âmbito, destaca-se a palestra que o Presidente da Secção, Prof. Doutor João Luís Cardoso, apresentou na sessão realizada no âmbito da Candidatura o rio Tejo a Património da Humanidade, promovida pela ARH/Tejo e apoiada pela SGL, no auditório Municipal de Vila Velha de Ródão, no dia 1 de Julho, intitulada “Aspectos da ocupação humana do vale do Tejo, do Mesolítico à época romana”. 3 – Eleições da Mesa da Secção No dia 16 de Dezembro de 2010 foi eleita a Mesa da Secção para 2010, a qual tem a seguinte constituição: Presidente: Prof. Doutor João Luís Cardoso Vice-Presidente: Prof. Mestre Maria Graciana Dias Marques Secretária: Doutora Ana Cristina Martins 4.12. SECÇÃO DE ARTE E LITERATURA: Presidente: Prof. Doutor Mário Avelar De acordo com os objectivos traçados na primeira reunião da secção realizada em Janeiro de 2010, a secção de arte e literatura envolveu-se no Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos, organizou um ciclo de conferências sobre a vida e obra de Alexandre Herculano, e promoveu outras conferências, nomeadamente em colaboração com comissões ou secções da SGL. O Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos decorreu ao longo de três dias, em Abril, e contou com a participação de cerca de 150 conferencistas nacionais e internacionais, integrados em cinco secções – Cultura Visual, Estudos Americanos, Estudos Medievais e Renascentistas, Estudos de Cultura, Língua e Linguística - tendo o Sr. Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa sido um dos keynote speakers. O presidente da secção foi coordenador da organização do Congresso. Para além das instituições referidas, Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos e Sociedade de Geografia de Lisboa, colaboraram ainda na organização do Congresso a Universidade Aberta e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, tendo a Embaixada dos Estados Unidos da América apoiado a participação de uma keynote speaker de nacionalidade americana, a Professor Doutora Carole Shafer-Koros. cartográficos, assim como da sua reprodução. Neste sentido, optou-se pela catalogação da colecção de atlas. Só em 2010 foram catalogados 263 atlas. Para além dos campos mais imediatos como título, autor, data de publicação, etc., procurou-se fazer, sempre que possível, a história do documento e a história do mesmo na S.G.L.. Esta catalogação deverá concluir-se em 2011. A pedido da Biblioteca Nacional de Portugal, a Sociedade de Geografia de Lisboa, faz agora parte do Directório de Cartotecas e de Colecções Cartográficas em Instituições Portuguesas, à semelhança do que acontece com outras instituições como o Arquivo Histórico da Marinha, Arquivo Histórico Militar, Instituto Hidrográfico, diversas bibliotecas e universidades. Este directório divulga a nossa Cartoteca, caracterizando a colecção e referindo as condições de acesso a um público que se vislumbra cada vez mais vasto. Quanto à reprodução de documentos, este foi um dos anos mais dinâmicos. Não só foi realizado um grande número de fotocópias, como também o número de documentos reproduzidos fotograficamente foi o maior de sempre. Foram reproduzidos 92 documentos, inseridos em 39 pedidos. As reproduções fotográficas foram, maioritariamente de documentos cartográficos, mas também de documentos reservados. Após a sua consulta na Biblioteca, as reproduções destinaram-se a teses, catálogos e outras publicações. Quanto aos leitores deste ano, a B.S.G.L. contabilizou 2324. Manteve-se assim uma média de 11 leitores diários. Os meses com maior afluência foram Janeiro (248), Novembro (229) e Março (225). Destaquem-se, este ano, as visitas de 3 investigadores de renome, no âmbito da Historiografia actual: René Pélissier, Malyn Newitt e Linda Heywood. Os novos leitores de 2010 foram 122 (número ligeiramente superior ao do ano transacto – 117). Destes, 82 tinham nacionalidade portuguesa. Dos outros países da CPLP contabilizaram-se 20 (11 do Brasil, 5 de Cabo Verde, 2 de Angola 1 de Moçambique e 1 da Guiné Bissau); 13 vieram de outros países europeus (Espanha, Alemanha, França, Itália, Bélgica, Suíça, Letónia, Reino Unido) e 7 de outras origens como África do Sul, Austrália, Taiwan e Índia. Destes leitores, 35 realizavam trabalhos universitários, no âmbito de Licenciaturas. Todavia, um número bastante elevado, 28, realizava teses de Doutoramento, 9, teses de Mestrado, 24 preparavam publicações e, os restantes, conferências, projectos de arquitectura, ou ainda relacionados com a protecção ambiental, entre outros. Quanto às Universidades que estes leitores frequentavam, a diversidade é enorme. No que concerne às Universidades Portuguesas, o número mais significativo de leitores, pertencia à Universidade de Lisboa, maioritariamente da Faculdade de Letras, logo seguido pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Da Universidade Técnica de Lisboa, alguns alunos pertenciam à Faculdade de Arquitectura, Instituto Superior de Agronomia ou Instituto Superior Técnico. Da Universidade de Coimbra tivemos leitores da Faculdade de Letras, Economia e Arquitectura. Registaram-se ainda alunos das Universidades da Madeira, Évora e Aveiro. As instituições de ensino superior estrangeiras foram também diversas. Mencionem-se a Universidade de São Paulo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal de Tocantins (Brasil), Instituto Max Planck de Antropologia Social e Ruprechts-Karls-Universitat Heidelberg (Alemanha), École des Hautes Études en Sciences Sociales (França), King’s College (Reino Unido), University of Witwatersrand e University of Pretoria (África do Sul), University of Minnesota e University of Denver (E.U.A.), Australian National University, entre outras. Verificou-se uma vez mais, que a Biblioteca é um espaço de encontro entre investigadores de diferentes origens e faixas etárias, que aproveitam este mesmo espaço para partilhar as suas vivências. À semelhança do que já aconteceu no ano anterior, sempre que é solicitado ou considerado oportuno, têm sido preparadas algumas mostras bibliográficas. Após a pesquisa, de acordo com os temas propostos, procede-se à catalogação dos espécimes bibliográficos e faz-se uma selecção de acordo com as limitações do espaço expositivo. Acompanhando o ciclo de conferências que assinalaram o Centenário da República, foram expostos documentos bibliográficos e por vezes cartográficos, de acordo com os vários assuntos tratados 20 20 49 49 Actuações no País 4-Workshops 5-Encontros científicos no País 6-Comunicação Social Televisão, rádio e imprensa 8-Publicações Edições em papel e electrónicas 9-Redes de Centros de Investigação 10 -Portugal e Lusofonia 11- O Turismo e as Escolas - ensino público, privado e cooperativo. 12 -Portugal Turístico 13-Recursos digitais on-line 14 -Viagens A secção, infortunadamente perdeu dois vogais no ano de 2010.Faleceram o Mestre Joaquim Correia e a Sr.ª D.ª Maria Angélica Abreu. Em Dezembro de 2010 foi eleita a mesa da assembleia para 2011com a seguinte composição: Presidente – Professor Doutor João Martins Vieira Vice - Presidente – Professora Mestre Ana Pereira Neto Secretária – Professora Doutora Maria João Pereira Neto Vice - Secretário - Professor Doutor Manuel Rosado Caldeira Pais Igualmente em Abril, no âmbito da actividade da secção, foi proferida pelo Professor Doutor João Pereira Neto a conferência intitulada: “Eduardo Noronha historiador, analista de politica internacional e romancista – O caso dos romances relacionados com a guerra dos Boers, com Pina Manique e com José do Telhado em África” A conferência intitulada “Na companhia da Literatura Portuguesa: a Velha Aliança para o século XXI”, da Professora Doutora Teresa Pinto Coelho, que esteve prevista para Maio, não se realizou devido a problemas de ordem familiar da conferencista. Em Junho, a Professor Doutora Clara Magalhães Marta proferiu a conferência intitulada: “It's a journey through space, even if I end up in the same place I started": viagens por mediapaisagens de literatura com outras artes”. Em Julho, em colaboração com a Comissão Americana e com as Secções de Antropologia e Instrução Pública, o Professor Doutor João Pereira Neto realizou a conferência intitulada: “A Imagem do Algarve no Ceará no início do séc. XXI – 0o ponto de vista de um Antropólogo .” No decurso da conferência foram lidos alguns poemas de Catulo da Paixão Cearense, incluídos no texto. Entre Setembro e Dezembro decorreu o ciclo de conferências em torno da vida e obra de Alexandre Herculano. Realizaram-se as seguintes conferências: Setembro, “Alexandre Herculano Dramaturgo, Historiador e Homem de Teatro”, conferência proferida pelo Dr. Duarte Ivo Cruz. Outubro, ”Herculano, o teórico do Romantismo”, conferência proferida por Mestre António Carlos Cortez. Novembro, “A pretexto de ‘A Dama Pé de Cabra’, algumas reflexões em torno do pensamento de Alexandre Herculano”, conferência proferida pela Professora Doutora Ana Ramalhete. Dezembro, “Em torno de Alexandre Herculano e dos seus opúsculos sobre historiadores portugueses," conferência proferida pela Professora Doutora Ana Paula Avelar. 5. BIBLIOTECA. Director: Prof. Dr. Fernando Castelo-Branco Chaves. Os indicadores habitualmente usados, no final de cada ano, para a avaliação do funcionamento da nossa Biblioteca, revelaram resultados bastante positivos em 2010. Deram entrada na B.S.G.L. 603 novas monografias, alcançando-se assim, o total de 67 684 títulos: 53 foram provenientes de relações de permuta com outras instituições, 8 foram compradas e as restantes 542 foram oferecidas. Entre as principais instituições ofertantes, destacaram-se o Centre Technique de Coopération Agricole et Rurale, sediado em Wageningen (Holanda), oferta possível através das diligências do Presidente da Secção de Agricultura, Professor Doutor Bruno de Sousa; a Comissão Portuguesa de História Militar; o Centro de Estudos de História do Atlântico; a Fundação Oriente; a Câmara Municipal de Palmela e ainda a Escola Secundária D. Luísa de Gusmão. Relativamente às ofertas de particulares, há a salientar as efectuadas pelo Dr. João Martins Vieira, Doutor Jorge Mangorrinha, Embaixador Fernando de Castro Brandão e Professor Doutor Ilídio do Amaral. O Professor Doutor João Pereira Neto financiou a compra de 3 publicações e o Professor Doutor Carlos Bento, ofereceu alguns documentos sobre Moçambique, que foram incorporados na secção de Reservados. Assinaram-se 7 publicações em série, maioritariamente estrangeiras. Em finais de 2010, eram 178 as permutas activas (77 nacionais e 101 estrangeiras). Desta forma, as revistas actuais disponibilizadas aos nossos leitores, continuam a ser pela sua qualidade, quantidade e diversidade, uma das maisvalias desta Biblioteca e um dos factores que a distingue das restantes. Ainda em relação às publicações em série, acrescente-se que 20 permutas com o nosso Boletim foram extintas. Destas, 5 a pedido das instituições parceiras, que maioritariamente alegaram a necessidade de contenção de despesas, enquanto as restantes foram canceladas por nós (interrupção prolongada de publicação, extinção da instituição editora, ou de pouca relevância para os leitores). A base de dados informática, lamentavelmente ainda não está disponível on-line. Todavia, conta já com um total de 35 878 registos, tendo sido realizados este ano 3726 (2052 analíticos, 1650 monografias e 24 publicações em série). Acrescente-se que o vasto acervo cartográfico, tem vindo também a ser catalogado informaticamente. Esta necessidade foi suscitada pela cada vez maior solicitação de consulta de documentos 4.13. SECÇÃO DE CIÊNCIAS MILITARES: Presidente: General João Carlos Geraldes Através do aprofundamento de questões estruturantes que enformam o conhecimento militar, manteve-se, como finalidade geral, o estudo da Instituição Militar no nosso País, na sua relação com: - A História de que é parte integrante e que a informa. - A Geografia, enquanto condição de possibilidade do potencial e campo de aplicação do poder. - A sociedade organizada de que é braço armado e perante a qual responde. As actividades desenvolvidas foram muito marcadas, no Ano em apreço, por todo um ambiente envolvente que acabou por balizar as áreas de interesse sobre as quais a Secção veio a debruçar-se – no essencial, as comemorações da alteração, em 1910, do regime político em Portugal, a oportunidade gerada pela exposição dos panos de Pastrana no Museu Nacional de Arte Antiga, a Cimeira da OTAN, em Lisboa, e, as crescentes preocupações levantadas pela magnitude da utilização do ciberespaço, questão esta que acabou por ser dominante nos trabalhos da Secção. Será, pois, oportuno sublinhar, aqui, três questões que emergem como nucleares para justificar este esforço que a Secção de Ciências Militares tem vindo a fazer para descodificar o significado da Cibernética no Mundo dos nossos dias. A primeira questão prende-se com o paradigma da designada sociedade da informação e do conhecimento. Em anteriores Seminários ficou bem patente que as democracias avançadas do mundo desenvolvido dispõem, hoje, por virtude da utilização intensiva das tecnologias da informação, de um vasto leque de possibilidades, e, de um, não menos significativo, conjunto de vulnerabilidades. De facto, o reforço da contracção do espaço, resultante da comunicação quase instantânea, e, a omnipresença dos sistemas de informação é, a um tempo, capacidade e limitação. O imediatismo na resposta tornou-se avassalador e a excessiva vulnerabilidade das estruturas que sustentam os recursos essenciais ao bem-estar e à segurança é aterrorizadora. Na ponderação para as tomadas de decisão relativas à exploração das possibilidades avulta o balanceamento entre os inegáveis benefícios e os efeitos perversos que, por serem de difícil regulação e controlo, podem afectar, negativamente, os direitos, liberdades e garantias, valores singulares e colectivos que, nos diversos patamares, importa 48 21 48 21 salvaguardar. No levantamento, caracterização e minimização das vulnerabilidades é decisiva a cultura de segurança e o conhecimento disponível. A segunda questão tem a ver com a amplitude da responsabilidade nas decisões. Na análise das relações de cooperação e de oposição num mundo dividido, globalizado e muito competitivo, afirmou-se a dimensão estratégica da conflituologia emergente no ciberespaço, onde poderá ser decidida a vantagem com características quase definitivas. O conflito de vontades neste renovado e ampliado espaço de confronto trouxe consigo a exigência da integração de cooperações diversas que viabilizem e potenciem situações de superioridade ou, mesmo, a supremacia na rede global. Este facto reforçou a multidisciplinaridade na estruturação do potencial e envolveu, comprometendo, todos os âmbitos e níveis de decisão na expressão de poder resultante. Logo, a responsabilidade é de natureza política e estratégica, envolvendo, directamente, a sociedade como um todo. A terceira questão decorre do impacto das tecnologias da informação nas condições de Segurança. Na definição do ambiente de Segurança, típico do mundo desenvolvido, prisioneiro que é da utilização intensiva dos sistemas de informação, emergiu uma específica e complexa tipologia de ameaças que exige uma apropriada gestão de riscos, onde intervêm conceitos de custo-eficácia e de avaliação contingencial das capacidades, para concluir sobre critérios de admissibilidade, ou não, de acções hostis e sobre a oportunidade, o âmbito e o tipo das respostas a desencadear. Na conceptualização das vertentes genética, estrutural e operacional da estratégia da informação, nos contextos dos estados, das associações de estados ou das alianças, ressalta o imperativo de desenvolver, organizar e aprontar capacidades de guerra da informação e a imprescindibilidade de assegurar protecção às estruturas de informação, enquanto factor decisivo do potencial estratégico. Pelas mesmas razões, as capacidades, defensivas e ofensivas, no âmbito da Ciberguerra tornaram-se, nas estratégias e nas tácticas militares, elementos essenciais de combate, decisivos na preparação e conduta de operações Guerra. Opiniões menos avisadas poderão argumentar que a complexidade e os custos implícitos nesta dimensão de confronto excedem as possibilidades de uma média potência como Portugal. Importa, porém, não esquecer que a actual matriz dos sistemas de defesa colectiva impõe ao nosso País uma participação responsável, cooperativa, disponível e empenhada na partilha dos riscos e no combate às ameaças. De facto, importa salientar, em reforço da constatação teórica, historicamente comprovável, que, no concerto dos actores do sistema de relações internacionais não tem sido permitido, sem pesada sanção, que países soberanos possam eximir-se ao dever de solidariedade exigido pela manifestação violenta de ameaças que possam colocar em risco o equilíbrio do sistema a que pertencem. Este postulado é tão mais verificável quanto a natureza das ameaças possa de alguma forma afectar os interesses de estados dominantes no sistema considerado. Quer isto dizer que nenhum país poderá dar-se ao luxo de ser, mesmo que por mero vazio de poder, disfuncional. A aplicação deste princípio ao nosso País conduz, inevitavelmente, ao dever de, no domínio em apreço – a infra-estrutura de informação nacional, designadamente na sua componente de defesa militar –, conduzir, em permanência, uma vigilância pró-activa de cujo dinamismo resulte, no mínimo, porque compatível com as disponibilidades financeiras, uma capacidade de intervenção eficaz, de modo a evitar disrupções e quebras de segurança que possam afectar, negativamente, a confidencialidade a integridade, a disponibilidade, o não repúdio e a oportunidade da informação. Em conclusão, Portugal como membro fronteiro da UE e fundador da NATO, com fortes relações com outros continentes e significativos contingentes emigrados e imigrados, deve manter em boa conta, neste domínio, duas áreas de responsabilidade complementares: - A protecção da sua infra-estrutura de informação contra as ameaças mais perigosas que sobre ela, directa ou indirectamente, impendam ou que, através dela, possam ser direccionadas. - O desenvolvimento de uma ajustada capacidade de Ciberguerra que, no mínimo, impeça a negação do imprescindível controlo sobre os nossos sistemas de comunicações e informáticos e sobre a informação neles residente ou por eles veiculada. Com esta moldura, nas sete reuniões plenárias, intercaladas com diversas reuniões da Mesa, foi sendo, no Ano em apreço, dialogada, debatida, delineada e estruturada a programação dos trabalhos da Secção, numa constante procura de olhar o País, através da evolução dos principais vectores da mudança nas condições da Segurança Colectiva e da avaliação do potencial nacional disponível para 22 22 11 de Novembro Sessão comemorativa dos 25 anos da Secção de Transportes em que foi prestada homenagem à figura do eminente jornalista Mário Bettencourt Resendes. Abriu a sessão o Presidente da SGL Prof. Eng. Luis Aires-Barros que evocou as históricas relações pessoais e institucionais da SGL com o Diário de Notícias. Seguiram-se as intervenções do Eng. Gonçalves Viana, primeiro presidente da Secção e do Eng. Balcão Reis, actual presidente, que trataram respectivamente os Transportes em Portugal nos últimos 25 anos e o Historial da Secção. O jornalista João Céu Silva encerrou a sessão com uma evocação muito pessoal e sentida ao homenageado, o eminente jornalista Mário Bettencourt Resendes. A sessão decorreu na sala Prof. Adriano Moreira, totalmente cheia, com a presença de familiares e colegas do homenageado e muitos membros da Secção. 4.28. SECÇÃO DE TURISMO: Presidente Mestre Ana Cristina Pereira Neto No ano de 2010, a Secção de Turismo da Sociedade de Geografia de Lisboa, participou activamente em reuniões promovidas no âmbito do Centenário da institucionalização do Turismo em Portugal tendo como marco a criação da Repartição de Turismo. Para a organização desta celebração foi instituída uma Comissão da qual faz parte a Sociedade de Geografia de Lisboa. Fazem parte desta Comissão Organizadora a comunidade científica e empresarial, alargada em termos colaborativos a outros centros de estudos do país. Conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, com o apoio das diversas instâncias de soberania do Governo Central e das Regiões Autónomas e das autarquias locais. Estão, também, criadas condições para a mobilização e participação da sociedade portuguesa. Esta Comissão Organizadora1 tem por missão preparar, organizar e coordenar as comemorações do Centenário. Nesse sentido, além da presença da comunidade científica e empresarial alargada em termos colaborativos a outros centros de estudos do país, e do apoio das diversas instâncias de soberania do Governo Central e das Regiões Autónomas e das autarquias locais, importa criar condições para a mobilização e participação da sociedade portuguesa. Com as celebrações do Centenário do Turismo pretende-se evocar historicamente o IV Congresso Internacional de Turismo que ocorreu na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 1911, tendo como primeiro dia de trabalhos o 12 de Maio. Para além deste, visa-se também a promoção da reflexão colectiva sobre os marcos históricos do Turismo em Portugal, como, também a promoção do aprofundamento e divulgação do conhecimento sobre o fenómeno turístico em Portugal, nos seus diversos contextos. É, também, objectivo desta Comissão relevar a importância do turismo como actividade cultural para a sociedade actual, bem como dinamizar e coordenar o Programa do Centenário, durante o ano de 2011. Este programa tem os seguintes eixos de acção estratégica: 1-Congresso do Centenário2 12 a 16 de Maio, Sociedade de Geografia de Lisboa 2 Exposições do Centenário Exposições polinucleadas no País 3-Mostra Etno - Gastronómica 12 a 15 de Maio em Lisboa 4--Concertos do Centenário 1 Cuja Comissão Executiva é composta por: Professor Doutor Jorge Mangorrinha, como Presidente, e como Vogais o Professor José Manuel Simões – Universidade de Lisboa representando o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território - a Dr.ª Carla Cachola – representante da Associação de Hotelaria Restauração e Similares de Portugal -, a Professora Mestre Cândida Cadavez da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril -, o Dr. Carlos Mamede – representante da Fundação INATEL-, a Professora Mestre Ana Pereira Neto - representante da Sociedade de Geografia de Lisboa -, o Professor Doutor Adão Flores – representante da Universidade do Algarve. Todas as entidades entretanto aderentes a esta celebração, até à data superiores a duas dezenas – sem contar com as entidades e direcções regionais de turismo que também se encontram envolvidas - fazem parte da Comissão Nacional e estão naturalmente empenhadas nas diversas acções locais e regionais. 2 No qual se conta com a colaboração de outras secções da Sociedade de Geografia de Lisboa, nomeadamente nas sessões paralelas do programa do Congresso, ainda em construção até à data da apresentação deste relatório. 47 47 Mensagem de Sua Excelência o Chefe de Estado. O Prof. Doutor Humberto Baquero Moreno por motivos de doença não pode estar presente mas enviou o respectivo texto. Alusivo a esta data, foi feito durante a sessão o lançamento o carimbo comemorativo da Fundação do Castelo Templário de Tomar, pelos CTT. Na Assembleia Geral da SGL de 31 de Março de 2010, foi aprovada a secção “A Ordem de Cristo e a Expansão”. No dia 31 de Maio sob a presidência do Senhor Prof. Doutor João Pereira Neto, secretário-geral da SGL, foi realizada a primeira reunião da secção onde foram eleitos os seus corpos sociais: Presidente: Prof. Doutor Augusto Pereira Brandão; Vice-Presidente: Prof. Doutor Fernando Larcher; Secretária: Profª Dra. Alexandra Campos; e vice-Secretário: Prof. Doutor Fernando Campos. No dia 05 de Julho, o Prof. Doutor Larcher proferiu uma conferência sobre “D. Nuno Rodrigues Freire de Andrade, 6º Mestre da Ordem de Cristo (1353-1357) ”. 4.27. SECÇÃO DE TRANSPORTES: Presidente Alm. Eng. António Balcão Reis No ano de 2010 a Secção, que completou 25 anos de existência, concebeu no início do ano um interessante programa de realizações, só parcialmente concretizado, do que resultou alguma quebra do nível de actividade. Manteve ao longo de todo o ano a sua habitual reunião mensal, verificando-se um aumento do número médio de presenças, fruto do regresso de alguns membros mais afastados e o ingresso na Secção de alguns novos membros, uns já pertencentes à Sociedade de Geografia e outros agora propostos e admitidos. A Secção levou a cabo as seguintes realizações: 27 de Maio Encontro/Debate sobre “Os aeroportos da região de Lisboa” em que foram intervenientes os Senhores General Lemos Ferreira da SGL, Prof. L. Manuel Braga Campos do IST, Eng. Miguel Anacoreta Correia da AR e Prof. António Brotas da SGL, sendo moderador o Eng. J. Gonçalves Viana da SGL dar resposta militar às exigências de Defesa e à satisfação dos compromissos internacionais que para elas concorrem. A expressão exterior desta actividade que envolveu, de uma forma ou de outra, todos os Vogais da Secção, objectivou-se em sete sessões públicas, onde foram desenvolvidos treze temas por outros tantos conferencistas e na elaboração de seis textos temáticos e de síntese que espelham o tratamento dos centros de interesse trabalhados. Em síntese: Períodos conturbados em que a Instituição Militar interage com ideologias que a agitam e com impulsos que, do exterior, ora a constrangem, ora a provocam são ricos em ensinamentos sobre a ciência-arte da guerra. Espartilhada, dividida ou esgaçada pelo pulsar da população de que emana e por interesses que imprimem coro a razões que a interpelam, a Instituição, numa constante procura de resposta à sua multissecular percepção sobre o interesse nacional, resiste a corporativismos que a distorcem e enfraquecem e à instrumentalização que a perverte. No interior da sociedade de que é parte integrante, causa e efeito, não única, mas importante, do movimento da ciência e das tecnologias emergentes, a Instituição reafirma-se, interrogando-se na reformulação dos valores que alicerçam a sua força e evolui, questionando a doutrina que a enforma e conduz, adaptando-se, assim, à melhor forma de cumprir a função, única, que lhe está reservada na sociedade que serve. Esta a razão de ser do alforge de conhecimentos implícito, no nosso País, em períodos como, o interregno e a reafirmação da independência no Século XIV, a restauração da independência no Século XVII e a resistência às ambições europeias e as mudanças de regimes políticos nos Séculos XIX e XX. Como contributo para os Centros de Interesse “A Direcção Estratégica”, “ O Pensamento Estratégico e a Geografia” e “Formação e Desenvolvimento da Doutrina Militar” - Ciclo de Conferências “A Força Militar no Período de Transição do Regime Político em Portugal (1910) ” nos dias 14, 22 e 29 de Abril, e, 06 de Maio. “Os Historiadores Militares Portugueses na Transição do Século XIX para o Século XX”, pelo Professor Doutor António Pedro Vicente. “Uma Caracterização das Forças Armadas Portuguesas na Transição do Século XIX para o Século XX”, pelo Ten General António de Jesus Bispo. “O Exército Português no Período de Transição”, pelo Ten Coronel Abílio Pires Lousada. “A Marinha de Guerra Portuguesa no Período de Transição”, pelo Comandante Baptista Valentim. Resultaram daqui três textos da autoria de conferencistas e um texto síntese da Secção integrado pelo Director do Projecto (Ten General António Bispo). Com suporte no importante conteúdo no domínio da arte da guerra que nos é transmitido pelo magnífico rigor da imagem tecida, como contributo para os Centros de Interesse “A Aplicação do Poder Militar”, “A Experimentação e a Ciência-Arte da Guerra” e “A Evolução Tecnológica e a Doutrina Militar em Portugal” - Colóquio “Portugal Militar no Século XV – As Conquistas no Norte de África nas Tapeçarias de Pastrana” – em cooperação com a Comissão Corte Real, no dia 09 de Setembro. “Rui Gomes da Silva – Um Português na Corte de Filipe II”, pela Dr.ª Patrícia Moreno. “A Política de Conquistas no Norte de África”, pelo General António Martins Barrento. “As Tapeçarias de Pastrana – Análise sob o Ponto de Vista Militar”, pelo Coronel Nuno Varela Rubin. Resultou daqui um texto do General António Barrento que foi, também Director deste Projecto. Com enfoque no restabelecimento do Conceito Estratégico da Aliança, num ambiente onde era detectável o impacto de factores como a emergência de novas potências, a proliferação da capacidade nuclear, a possibilidade de um diferente relacionamento com a Rússia, as novas ameaças e o confronto no ciberespaço, como contributo para os Centros de Interesse “A Direcção Estratégica”, “Constantes e Variáveis da Estratégia” e “A Ciência Militar e as Novas Dimensões do Campo de Batalha” - Conferência “O Novo Conceito Estratégico da OTAN” – em cooperação com a Comissão de Relações Internacionais, no dia 30 de Setembro. Abertura pelo Professor Doutor Armando Marques Guedes. Enquadramento, pelo General Gabriel Espírito Santo. 46 23 4.26. SECÇÃO DO ORDENAMENTO TERRITORIAL E ECOLOGIA: Presidente: Prof. Doutor Sérgio Claudino. Em 29 de Janeiro de 2010, e em colaboração com a Secção de Antropologia, a Secção de Ordenamento do Território e Ecologia organizou uma Conferência do Dr. João Gomes de Oliveira, que decorreu na Sala Algarve, intitulada Eu dei a volta ao Mundo. Uma experiência humana em diferentes culturas. O viajante deu conta de uma longa e rica viagem em que percorreu todo o planeta, no contacto com uma assinalável diversidade de territórios, povos e culturas que nos remetem para a sempre entusiasmante aventura da expedição geográfica e da observação directa das mais diversas regiões do planeta. Um grande evento foi, entretanto, o Encontro/Debate sobre a Catástrofe da Madeira. Uma Visão do Ordenamento Biofísico, organizado em pareceria com a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas. Realizou-se no dia 26 de Abril, a partir das 14 horas, e contou com as intervenções de conceituados especialistas, alguns deles madeirenses que se deslocaram propositadamente a Lisboa: Doutor Raimundo Quintal (CEG/UL); Arquitecto Fernando Pessoa; Professor Delgado Domingos (IST/UTL); Professor Rodrigo Oliveira (IST/UTL) e Professor Domingos Rodrigues (UMA). As conclusões deste evento foram, depois, compiladas e divulgadas. Este Encontro/Debate teve uma afluência extraordinária de público (mais de cem pessoas) e um assinalável impacto mediático, pretendendo contribuir para a definição de uma política de ordenamento do território que evite a repetição de situações idênticas às observadas na Madeira, a 22 de Fevereiro de 2010. A Secção preparou ainda um ciclo de Conferências sobre os 25 Anos de Portugal na União Europeia, que decorreu no começo de Janeiro de 2011, bem como uma outra conferência, a realizar em Fevereiro do mesmo ano. 46 23 Uma perspectiva, pelo Ten Coronel (Exército Francês) Emmanuel Chapy. Resultaram daqui dois textos da autoria dos conferencistas e um texto síntese da Secção a apresentar pelo Director do Projecto Vice-Almirante Henrique da Fonseca. Por último, como contributo para os Centros de Interesse “A Evolução Tecnológica e a Doutrina Militar em Portugal”, “A Ciência Militar e as Novas Dimensões do Campo de Batalha” e “A Sociedade da Informação e do Conhecimento e o Poder Militar” - Ciclo de Conferências “Ciberguerra, um Desafio para as Forças Armadas do Século XXI”, em cooperação com a Revista Militar, na manhã e na tarde do dia 02 de Dezembro. Conferência inicial “O Novo Conceito Estratégico da OTAN, as Novas Formas de Ameaça e a Ciberguerra”, pelo General Gabriel do Espírito Santo. Painel “ Informações e Segurança” “Aquisição de Dados num Contexto de Ciberguerra: Sensores”, pelo Coronel Fernando Marques Soares. “Organização Nacional para a Protecção das Infra-estruturas Críticas: a Segurança da Informação”, pelo Ten Coronel Eng.º José Carlos Martins. Painel “Capacidades em Operações de Informações”. “A Integração das Operações de Informação no Conjunto das Operações Clássicas”, pelo Capitão Eng.º Alfredo da Costa Silva. “A Configuração das Forças para actuação em ambiente de Guerra da Informação: que Capacidades Novas? que Métricas de Prontidão?”, pelo Ten Cor Eng.º Carlos Manuel Grilo. Resultaram daqui, para além de textos dos conferencistas, um texto síntese da Secção estruturado pelo Director do Projecto (Ten General António Bispo). Para além destes textos, o Ten General António Bispo assinou ainda um trabalho sob o título “O Emprego do Poder Aéreo; a Doutrina e o Ambiente Operacional”. Todos os textos referidos estarão disponíveis no sítio da Secção. Em 2010, a Secção era constituída pelos seguintes Vogais, por ordem de admissão na Sociedade de Geografia de Lisboa: General General Vice-Almirante General General General Vice-Almirante General Ten. Coronel Ten General Ten General Ten.Coronel Ten General CMG Ten General Ten General Doutor General Vice-Almirante General Maj General Ten General Ten General Manuel Amorim de Sousa Meneses Silvino Silvério Marques António José Fonseca Cavaleiro Ferreira Narciso Mendes Dias Gabriel Augusto do Espírito Santo José Alberto Loureiro dos Santos Henrique Alexandre Silva da Fonseca António da Silva Osório Soares Carneiro João José Brandão Ferreira Altino Amadeu Pinto Magalhães José Krus Abecasis Francisco Miguel Gouveia Pinto Proença Garcia José Lopes Alves Adriano Manuel de Sousa Beça Gil João Goulão de Melo Silvino da Cruz Curado Augusto José Moutinho Borges José Lemos Ferreira António Maria de Sá Alves Sameiro António Eduardo Queiroz Martins Barrento Fernando Pereira Santos Aguda João Carlos de Azevedo de Araújo Geraldes José Eduardo Carvalho de Paiva Morão Também em 7 de Julho se realizou uma sessão especial, com uma conferência promovida pela Comissão Americana e pelas Secções de Antropologia, de Arte e Literatura e de Instrução Pública sobre o tema: “A Imagem do Algarve no Ceará no início do Século XXI. O ponto de vista de um Antropólogo”, tendo sido orador o Prof. Doutor João Pereira Neto. No decurso da sessão o orador elogiou a acção desenvolvida pela Presidente da Secção de Instrução Pública no Ceará no decurso da última década, particularmente no que diz respeito à organização de Cursos de Pós-Graduação na Universidade Estadual Vale do Acaraú, Universidade que lhe conferiu o título de Professora Emérita. Na reunião realizada a 6 de Dezembro, a Ordem de Trabalhos fixava a cooptação de novos membros para a Secção; foi feito o balanço das actividades do ano e foram preparadas as eleições para o próximo ano. Na dificuldade de estarem presentes alguns dos elementos que assumirão essas funções, foi marcada uma reunião para o dia 10 de Janeiro de 2011, apenas com essa intenção. Assim, espero que este seja o último Relatório de minha responsabilidade e dos elementos da mesa, aos quais aproveito para agradecer a presença e o apoio. Ao Sr. Presidente Aires Barros e ao Secretário Geral, Prof. Doutor João Pereira Neto, quero agradecer todas as gentilezas que tiveram para comigo e assegurar-lhes que para mim foi um prazer e uma honra trabalhar com ambos. A minha presença na Sociedade de Geografia continuará a ser tão assídua quanto me for possível. 4.24. SECÇÃO LUÍS DE CAMÕES: Presidente Doutor Arnaldo Mariz Rozeira Em 2010 foram realizadas as seguintes reuniões e apresentadas as comunicações adiante referidas, cujos autores se mencionam: 22 de Janeiro - Conselheiro Júlio Carlos Lacerda de Castro Lopo: Os Piratas nos Lusíadas; 19 de Fevereiro – Doutor Arnaldo de Mariz Rozeira: O Tempo nos Lusíadas; 19 de Março – Eng. Eurico Brandão de Ataíde Malafaia: Jean François de la Harpe, tradutor de Os Lusíadas; 30 de Abril - Embaixador Lacerda Botelho: Luís de Camões e as Terras do Preste João; 18 de Junho – Doutor Arnaldo de Mariz Rozeira: O Preto e o Branco nOs Lusíadas 10 de Dezembro - Reeleição da Mesa 4.25. SECÇÃO DA ORDEM DE CRISTO E A EXPANSÃO: Presidente Prof. Arquitecto Augusto Pereira Brandão No presente ano de 2010 a actividade da secção pode ser sistematizada em duas fases: - durante o período de constituição; - após a sua criação. Durante o período de constituição da secção realizou-se o Ciclo de Conferências e Sessão Solene Comemorativa dos 850 Anos da Fundação do Castelo Templário em Tomar, no dia 1 de Março, dia em que se completavam precisamente os 850 anos do lançamento da primeira pedra. A sessão foi presidida pelo Prof. Doutor Luís Aires de Barros, presidente de SGL. Sua Excelência o Presidente da República fez-se representar pelo Chefe da sua Casa Civil, e enviou uma mensagem que foi oportunamente lida. Usou também da palavra o Presidente da Câmara Municipal de Tomar. O programa foi o seguinte: 16h00 – Abertura pelo Presidente da SGL, Prof. Doutor Luís Aires-Barros Conferências: Prof. Doutor Fernando Larcher, Da Fundação Templária de Tomar Prof. Doutor Arq. Augusto Pereira Brandão, O Templo e a Formação da Nacionalidade Prof. Doutor Humberto Baquero Moreno, Portugal e a Ordem dos Templários 18h00 – Intervalo 18h30 – Sessão de Encerramento Intervenção do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Tomar, Dr. Fernando Rui Corvelo de Sousa. Atribuição do Diploma de Presidente Honorário do Grupo de Amigos do Convento de Cristo a Sua Excelência o Chefe de Estado, pelo Presidente do Grupo de Amigos do Convento de Cristo. 24 24 45 45 -Dr. Rómulo Alexandre Soares, Presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil. -Eng. Domingos Simões Pereira, Secretário Executivo da “Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa” A sessão de encerramento foi presidida pelo Prof. Doutor Augusto Manuel Correia, Presidente da Direcção do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento em representação Sua Excelência o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que proferiu o discurso de encerramento. 4. No decurso do ano de 2009 a Secção da Indústria reuniu regularmente tendo havido por parte dos integrantes desta uma boa participação e apoio às acções realizadas. Na última reunião de Dezembro foi reconduzida a Mesa e admitido como vogal da secção o sócio nº.20467. - Dr. Domingos Manuel Fonseca de Almeida Machado. 4.22. SECÇÃO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA: Coordenador da Comissão de Reactivação: Prof. Doutor João Pereira Neto Em 3 de Dezembro de 2010 os sócios: 16684 – João Pereira Neto; 18046 – Fausto Robalo Amaro; 18061 – António José Piedade; 18367 – António Vermelho do Corral; 19517 – Álvaro Correia Nóbrega; 20274 – João Carlos Geraldes e 20743 – José Caleia Rodrigues, considerando que a situação em que se encontra a Secção de Informação Cientifica tornava necessária a respectiva reactivação, dirigiram uma carta ao Senhor Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, em que diziam que o primeiro passo da mesma reactivação deveria consistir na elaboração de um Regulamento Provisório. Este deveria assentar nos seguintes princípios: 1) Embora mantendo a sua actual designação, a Secção em causa debruçar-se-ia essencialmente sobre a Metodologia da Investigação Científica, na perspectiva das “Duas Culturas” de que fala Snow. 2) Nos convites a endereçar para novos vogais e na apreciação de candidaturas, o principal critério deveria residir na experiência dos Sócios da SGL em matéria de Investigação Cientifica. 3) Todos os actuais vogais da Secção de Informação Científica manteriam esta qualidade. Tendo em vista a situação mencionada e os princípios enunciados, os sócios acima referenciados solicitavam ao Senhor Presidente a reactivação da Secção de Informação Científica. Os mesmos sócios acrescentavam que se a sua solicitação merecesse o acordo do Senhor Presidente, passariam a funcionar como Comissão de Reactivação da Secção de Informação Cientifica, assegurando o respectivo funcionamento até à realização das eleições previstas no Estatuto da Sociedade de Geografia de Lisboa. No mesmo dia 30 de Dezembro de 2010, o Senhor Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, exarou, na carta em causa, o seguinte despacho «Concordo. Peço ao Prof. Pereira Neto que conduza esta reactivação». 4.23. SECÇÃO DE INSTRUÇÃO PÚBLICA: Presidente: Profa. Doutora Maria Helena Carvalho dos Santos Como já se dizia no Relatório de 2008, “o tema Instrução e Educação suscita muitas dificuldades metodológicas”, pelo que as reuniões da Secção se debruçaram essencialmente sobre essa questão. As reuniões da Secção realizaram-se ao ritmo de uma por mês, com pouca assistência, mas de animada reflexão. Foram sempre gratificantes as trocas de impressões e a preocupação de sistematizar conceitos e propostas. Devemos destacar a reunião de Fevereiro, organizada pela Secção em parceria com a Sociedade Portuguesa de Estudos do Século XVIII e presidida pelo Presidente da Sociedade de Geografia, que teve como convidado especial o Prof. Doutor José António Benimeli, Prof. Jubilado da Universidade da Zaragoza, P. Jesuíta, e estudioso de temas como o Século XVIII e a História da Maçonaria, tendo ao longo do tempo fundado e presidido a Institutos Universitários de investigação nessas áreas, com uma enorme bibliografia editada. A Conferência sobre o tema: “As Origens Cristãs da Maçonaria” suscitou grande interesse, com a sala completamente cheia. Algumas obras deste autor serão entregues em breve à Biblioteca da Sociedade de Geografia. Ten General Ten General Coronel Ten General Almirante Maj General António Gonçalves Ribeiro António de Jesus Bispo José Maria de Melo Parente António Luciano Fontes Ramos José Manuel Castanho Paes José Ribeirinha Diniz da Costa Na última reunião plenária do Ano, procedeu-se, nos termos estatutários, à eleição da Mesa para o exercício de 2011, tendo sido reeleitos os Vogais que, do anterior, integravam a Mesa: Presidente Ten General João Carlos de Azevedo de Araújo Geraldes Vice-Presidente Ten General António de Jesus Bispo Vice-Presidente Vice-Almirante Henrique Alexandre Silva da Fonseca Director Ten General João Goulão de Melo Director Ten General José Eduardo carvalho de Paiva Morão Secretário Ten Cor João José Brandão Ferreira 4.14. SECÇÃO DE ECONOMIA: Presidente Prof. Dr. José Dantas Saraiva A Secção de Economia reiniciou os seus trabalhos em 2010, tendo procurado focar o seu campo de análise em quatro problemáticas complementares: análise regional, desenvolvimento económico, crise conjuntural e estrutural internacional e mercados financeiros. Para o cumprimento deste objectivo foram organizadas quatro conferências, que contaram com a participação de membros desta Secção e de especialistas externos, com os seguintes conteúdos: 28 de Janeiro Conferência sobre “As estruturas económicas do Algarve e os desafios da mudança (1910-2010)”, proferida pelo Professor Doutor João Pereira Neto. Esta conferência foi promovida, em conjunto, pela Secção de Economia e pela Secção de Indústria. Na sua exposição, o orador caracterizou os principais pilares em que assentava a estrutura económica do Algarve no princípio do século XX e as mudanças que, desde então ocorreram. Salientou igualmente as repercussões que tais mudanças tiveram para aquela região, designadamente económicas, sociais e demográficas. Por fim, desenhou um cenário prospectivo de evolução a curto e a médio prazos, e o seu impacte ao nível nacional. 4 de Março Conferência sobre “A fiscalidade como factor de desenvolvimento económico”, proferida pelo Dr. Paulo Núncio. Nesta conferência, o orador salientou a importância da adequação da política fiscal aos objectivos de crescimento da economia, tanto numa perspectiva macro como micro. Referiu também o efeito multiplicador dos impostos e dos gastos públicos na delineação de uma política de crescimento económico. 17 de Junho Conferência sobre “Os despojos da crise global: impacto sobre a (des) união europeia”, proferida pela Professora Doutora Carla Guapo Costa, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Nesta conferência, a oradora traçou um quadro global de diagnóstico sobre a actual crise económica e financeira internacional, tendo-se debruçado sobre os seus efeitos na estabilidade da economia europeia, designadamente da zona euro. Abordou ainda a problemática da capacidade da economia europeia para enfrentar com sucesso as diversas ondas de choque dessa crise. 26 de Novembro Conferência sobre “A regulação dos produtos derivados nos EUA e na Europa; a resposta do G20 à crise financeira”, proferida pelo Dr. Frederico Alcântara de Melo. 44 44 25 25 Na sua exposição, o orador explicou as principais medidas que o G 20 acordou no que respeita ao combate da actual crise, assim como as medidas de execução aprovadas pela Comissão Europeia e pelos Estados Unidos da América. Sublinhou, também, as consequências mais importantes que estas medidas poderão ter para a economia portuguesa. Actividade prevista para 2011 Para 2011, esta Secção tem agendadas conferências que permitam explicar e compreender os contornos da actual crise, tanto ao nível conjuntural como estrutural. Juntamente com outras secções e comissões, procurará reflectir em conjunto sobre as perspectivas de crescimento e de desenvolvimento macroeconómico que se colocam a Portugal. 4.15. SECÇÃO DE ESTUDOS LUSO-ÁRABES: Presidente Prof. Doutor António Dias Farinha No ano 2010, o Presidente da Secção, Prof. Doutor António Dias Farinha, convocou algumas sessões informais, para estudar a criação de uma base de dados relativa às palavras portuguesas de origem árabe. 4.16. SECÇÃO DE ETNOGRAFIA: Presidente Mestre Dra. Maria Helena Correia Samouco A actividade da Secção procurou seguir o calendário traçado para o ano de 2010 com excepção de uma sessão prevista em homenagem a Claude Lévi-Strauss, por ocasião do 1º aniversário da sua morte a qual foi adiada para Janeiro de 2011. Assim é de destacar a sessão de 20 de Maio em que teve lugar a comunicação do Dr. Manuel Caçoilo Fidalgo, intitulada “A escrita Oio”. -Em 23 de Junho, na sequência das comemorações do centenário da morte de Rocha Peixoto a Secção de Etnografia promoveu uma cerimónia de apresentação dos volumes 43 e 44, do Póvoa de Varzim Boletim Cultural e do Tomo de Actas do Colóquio dedicado a Rocha Peixoto, bem como uma exposição documental sobre o mesmo autor. A cerimónia foi presidida pelos Presidentes da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Município da Póvoa de Varzim e das Comemorações do Centenário da morte de Rocha Peixoto. A exposição, muito visitada, esteve patente ao público, no átrio da SGL até finais do mês de Julho de 2010. -Em 21 de Outubro de 2010 teve lugar uma sessão sobre o tema “A influência da República na pesquisa etnográfica”. Os oradores e títulos das comunicações foram os seguintes: Prof. Doutor João Pereira Neto: - O incentivo à pesquisa etnográfica em Angola (1912-1915) –O contributo de Norton de Matos e Ferreira Diniz” Profª Doutora Ana Cristina Martins: -A pré – história no território português (inter) influências arqueológicas nos primórdios da implantação da República em Portugal. Mestre Dr.ª Maria Helena Correia Samouco: - A Etnografia e outros contributos Etno-sociológicos nos primórdios da implantação da República em Portugal. -Em 21 de Outubro, também em colaboração com a Secção de Antropologia, pelas 17 horas, realizou-se outra sessão intitulada: “Diversidade biológica e condicionalismos sociais e culturais”. Foram oradores a Profª Doutora Maria Manuela Machado da Silva e o Prof. Doutor António Piedade. -Em 16 de Dezembro teve lugar um almoço de convívio a que se seguiu uma sessão para a eleição da mesa para o ano de 2011. A Mesa da Secção foi reeleita ficando com a mesma composição: Presidente: Mestre Dr.ª Maria Helena Correia Samouco Vice-Presidente: Dr. António Vermelho do Corral Secretário: Mestre Dr.ª Ana Cristina Pereira Neto Vice-secretário Dr. Manuel Santos Lopes Foi lavrado um voto de pesar pelo falecimento da vogal da Secção Sr. D. Maria Angélica Ávila Abreu. A Secção congratula-se por, desde o início do ano, contar com mais um destacado vogal o Sr. Prof. Doutor António Rendas. 4.17. SECÇÃO DE GEOGRAFIA MATEMÁTICA E CARTOGRAFIA: Presidente: Prof. Doutor João Manuel Casaca. Dr. Paulo Vaz, Director Geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal abordou o tema “ A Indústria Têxtil e Vestuário Portuguesa e os Desafios da Globalização”. O orador transmitiu a evolução que este sector dinâmico e importante para o emprego e exportação portuguesa apresentou nos últimos anos, nomeadamente na formação, qualidade, inovação tecnológica, meios adequados de promoção externa e escolha dos melhores canais de distribuição. No debate vivo e participativo que se seguiu, foi salientado que a posição forte da indústria têxtil portuguesa no contexto europeu só foi possível pelas novas respostas dadas aos novos desafios, principalmente os lançados pelos países asiáticos. 3. Seminário “ Cooperação Empresarial no Espaço de Língua Portuguesa. Este Seminário que se realizou no dia 14 de Outubro contou com o apoio de do IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) e da GALPENERGIA SA e teve como finalidade reunir vários intervenientes, nacionais e estrangeiros, de forma a debater a cooperação empresarial com os países de expressão oficial portuguesa O seminário mobilizou os diversos intervenientes no processo de cooperação, nomeadamente serviços da Administração Pública responsáveis pela cooperação empresarial, empresas, associações empresariais, bem como meios académicos, instituições financeiras e organizações de âmbito nacional e internacional com a finalidade de reflectir sobre a evolução recente da cooperação empresarial portuguesa, em particular com os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) e propor estratégias de internacionalização empresarial. Na reflexão realizada, ao longo dum dia, que contou com uma assistência interessada e participativa, foi importante o destacar como evoluiu a colaboração da parceria público-privado, nomeadamente, no apoio político no desenvolvimento de negócios nos processos de internacionalização das grandes empresas e na importância do apoio também técnico e financeiro para possibilitar às pequenas e médias empresas portuguesas para lançarem e concretizarem projectos de internacionalização competitivos. Esta questão assume grande relevância se atendermos que na maior parte dos países em causa, o peso empresarial estatal é muito forte e o sector privado está a dar os primeiros passos, sendo que a concretização de um número significativo de projectos passa pelo apoio do poder político. Foram ainda debatidos e ponderados a existência de interesses cruzados a nível empresarial entre os países de expressão oficial portuguesa e sugeriram-se medidas para dinamizar a cooperação empresarial em que Portugal poderá vir a assumir-se como parceiro estratégico. O seminário teve o seu início às 10h00 sendo a sua abertura feita pelo Prof. Doutor Luís AiresBarros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Durante o período da manhã foi moderador dos trabalhos o senhor Dr. Carlos Bayan Ferreira, Presidente da Direcção da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola e Director-Geral da Área Internacional da GALP Energia. Seguisse a intervenção dos seguintes oradores: -Dra. Maria José Melo, coordenadora da Direcção Internacional da COSEC – Companhia de Seguros de Créditos -Dr. Sérgio Martins, Administrador da Empresa SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S. A. -Eng. José de Oliveira Guia, Presidente da Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas -Dr. Luís Sousa de Macedo, Administrador da Empresa PT Comunicações, SA -Dr. João Real Pereira, Administrador Executivo da SOFID Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, Instituição de Crédito SA -Dr. Basílio Horta, Presidente da AICEP- Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal EPE. Na parte da tarde foi moderador o senhor Dr. José Poças Esteves, Vice-Presidente da SAERSociedade de Avaliação Estratégica e Risco Lda. - que também apresentou uma comunicação. Seguiram-se as intervenções dos seguintes oradores: -Dr. Carlos Bayan Ferreira Presidente da Direcção da Câmara do Comércio e Indústria PortugalAngola 26 26 43 43 Almirante Luíz Gonzaga Ribeiro (Membro SHM-SGL). - Doutor José Alberto Faria: Director-Geral da Saúde Prof. Doutor Pereira Miguel (INSDRJ). - Adelaide Cabete: uma alma notável da I República Dr. João-Maria Nabais (Membro SHM-SGL). - Os Médicos da Sociedade de Geografia de Lisboa: 1910-1926 Maria Luísa Vilarinho Pereira (Membro SHM-SGL). - Carolina: por entre os itinerários da Memória e da Ciência Doutora Isabel Lousada (Investigadora CES-Nova). - Fernando Matos Chaves: o percurso de um médico Prof. Doutora Madalena Esperança Pina (Membro SHM-SGL). - D. Tomás de Mello Breyner: entre a Monarquia e a República Dr. António Meyrelles do Souto (Membro SHM-SGL). - Dr. António Mendes Lages: ciência e devoção na República Doutor Augusto Moutinho Borges (Membro SHM-SGL). 4 – Em 6 de Novembro foi realizada uma visita de estudo à Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, e à exposição Coleccionar para a Res publica – Dr. Anastácio Gonçalves (1888-1965), reunindo cerca de 27 Membros e acompanhantes. 5 – Em 28 de Outubro foi apresentado, pela Secção, o livro do Membro Dr. João Clode, com a chancela do Laboratório BIAL, “História da Otorrinolaringologia em Portugal”. 6 – Foi constituída uma Comissão para análise e alteração do Regulamento Interno da Secção de História da Medicina da Sociedade de Geografia de Lisboa, o qual vai ser aprovado na reunião de 16 de Dezembro de 2010. 7 – Foram propostos novos Sócios para entrarem para a Sociedade de Geografia de Lisboa para futuramente integrarem a Secção de História da Medicina da Sociedade de Geografia de Lisboa. 8 – Foram escritas duas cartas circulares a todos os Membros, dando informação das actividades a desenvolver pela Direcção. Na sequência de eleições realizadas na última reunião de 2009, a mesa da Secção durante o ano de 2010 foi constituída por: i) Prof. João Casaca – Presidente; ii) Eng.º Rogério Ferreira de Almeida – Vice-presidente; iii) Eng.º José Nuno Lima – Primeiro Secretário; iv) Eng.ª Ana Maria Fonseca – Segundo Secretário. Em 2010 realizaram-se oito reuniões plenárias da Secção, onde foram discutidos diversos assuntos do âmbito geral da Secção e, em particular, a programação da actividade cultural. Seguindo o costume de, nalgumas reuniões plenárias, serem apresentadas, por membros da Secção, curtas palestras sobre temas de interesse comum, é de assinalar a palestra, realizada na reunião plenária de 30 de Março, pelo Eng.º José Nuno Lima, Primeiro Secretário da Secção. Na reunião plenária de 30 de Março, o Eng.º José Nuno Lima, apresentou diversas “Cartas Figurativas” da autoria de Joseph Minard (1812-1870), engenheiro da École Nationale des Ponts et Chaussées, entre as quais, a famosa carta figurativa da campanha da Rússia, onde se representam graficamente as baixas do exército de Napoleão, ao longo do espaço e do tempo. Minard é considerado um pioneiro na representação gráfica da estatística e da Geografia Quantitativa. Com destino aos sócios e ao público em geral, foram promovidas pela Secção, durante o ano de 2010, cinco conferências, que foram realizadas no anfiteatro Prof. Adriano Moreira e tiveram uma assistência satisfatória, sendo seguidas de animado debate que comprovou o interesse manifestado pela assistência: i) Conferência sobre “Os Instrumentos de Sombras de Pedro Nunes”, no dia 17 de Março, às 17h30, pelo Sr. Comandante António Costa Canas. ii) Conferência sobre “As Invasões Francesas: Uma Visão Digital”, no dia 24 de Março, às 17h30, pelo Sr. Coronel Luís Nunes. iii) Conferência sobre “O Naufrágio Português da Namíbia – Um Valioso e Bem Guardado Espólio Subaquático”, no dia 21 de Abril, às 17h30, pelo Sr. Comandante José Manuel Malhão Pereira. iv) Conferência sobre “Os Arquivos da Comissão de Cartografia e a Costa de Moçambique no final do séc. XIX”, no dia 15 de Novembro, às 18h00, pela Sr.ª Doutora Ana Cristina Roque. v) Conferência sobre “A Missão Hidro-Oceanográfica e Geodésica às Ilhas Selvagens do NRP Almirante Gago Coutinho”, no dia 15 de Dezembro, às 17h30, pelo Sr. Comandante Miguel Bessa Pacheco e pelo Sr. Primeiro-tenente Alexandre de Carvalho. Em Novembro de 2010, a Secção admitiu um novo vogal: a Doutora. Ana Cristina Roque, Investigadora do IICT, sócia da SGL. Na oitava e última reunião de 2010, foi eleita a mesa para o ano de 2011, com a seguinte constituição: i) Prof. João Casaca – Presidente; ii) Eng.º Rogério Ferreira de Almeida – Vice-presidente; iii) Eng.º José Nuno Lima – Primeiro Secretário; iv) Eng.ª Ana Maria Fonseca – Segundo Secretário. 4.21. SECÇÃO DA INDÚSTRIA: Presidente: Dr. José Manuel Braga Dias A actividade desenvolvida pela Secção de Indústria no ano de 2010 foi norteada no sentido de estreitar o relacionamento com as outras comissões e secções da Sociedade de Geografia, envolver a sociedade civil e em particular as associações representativas da área empresarial nas suas acções, dar sequência às desenvolvidas no ano anterior e reflectir sobre a situação da indústria portuguesa num contexto altamente desfavorável a nível interno e externo. 1. Das acções realizadas com outras comissões ou secções destacam-se: A)Com a Secção de Economia. Conferência pelo Senhor Prof. Doutor João Pereira Neto em 28 de Janeiro intitulada “As Estruturas Económicas do Algarve e os Desafios da Mudança (1910-2010” Esta conferência teve, entre outros méritos, dar a conhecer como a indústria algarvia evoluiu durante um século e as respostas dadas no período abordado. B) Com a Comissão de Relações Internacionais A 11 de Março, um jantar debate em que o orador, Senhor Dr. Agostinho Miranda abordou o tema” Petróleo e Relações Internacionais: Baralhar e Dar de Novo”. O tema energia vem na sequência natural do trabalho que a Secção da Indústria desenvolveu nos anos anteriores através de palestras e reflexões internas sobre as vantagens e desvantagens vários tipos de energia para o nosso País. Esta palestra veio reforçar a ideia da necessidade de se encontrar a nível nacional de soluções capazes de colocarem a indústria portuguesa menos dependentes das fontes tradicionais de energia. 2. À semelhança do que fora feito para o sector do calçado em 2009, este ano também se optou por escolher um sector tradicional com um peso grande nas exportações nacionais para ser objecto de reflexão. Assim, foi escolhido o sector têxtil e no almoço debate, realizado em 15 de Abril, o Senhor 4.18. SECÇÃO DE GEOGRAFIA DOS OCEANOS: Presidente: Contra-Almirante José Bastos Saldanha. Mesa da Secção Presidente: Contra-Almirante José Bastos Saldanha (sócio nº 19591) Vice-Presidente: Professor Doutor Carlos Duarte (19769) Secretário: Comandante Jorge Manuel Novo Palma (19566) Vice-Secretário: Cte. Joaquim Rocha Afonso (20312). Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” Durante o exercício de 2010, a Secção de Geografia dos Oceanos (doravante SGO ou Secção) deu continuidade às Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” com a finalidade de contribuir para a consciencialização pública relativamente à importância dos oceanos e das zonas costeiras, em termos dos valores que representam e dos riscos que enfrentam. As acções desenvolvidas agruparam-se em três grandes áreas: a) Comemoração do Dia Nacional do Mar que, além de manter viva a data em que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar entrou em vigor em 16 de Novembro 1994, é uma oportunidade para reflectir sobre a temática dos oceanos e das zonas costeiras e prestar 42 27 42 27 reconhecimento público a uma individualidade ou instituição que, pela actualidade da sua obra, se tenha distinguido no desenvolvimento e divulgação da cultura do mar. b) Agenda do Oceano atende às questões relativas ao oceano e às suas margens que foram abordadas nos âmbitos internacional, europeu e nacional, mediante a divulgação, a discussão e o acompanhamento do seu implemento. c) Divulgação da Nossa Cultura do Mar nas suas diversas expressões, incluindo a vulgarização do conhecimento oceanográfico, de modo a contribuir para uma renovada assunção do mar, desígnio permanente de Portugal. Importa realçar que em 2010 o Programa de Actividades para 2010, designado Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar”, foi aprovado na sessão ordinária de 8 de Outubro de 2009, desenvolvendose sob o tema “O Oceano e as Instituições”, adotado na sessão ordinária seguinte de 10 de Dezembro. Deste modo, as Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” associaram-se às Comemorações do Centenário da República, as quais decorreram entre 31 de Janeiro e 5 de Outubro de 2010, elegendo de entre os objectivos e linhas programáticas do Programa do Centenário o de “Projectar para o futuro os ideais republicanos”, mediante a identificação de desafios que se colocam à sociedade portuguesa e o reforço da identidade nacional. Este propósito esteve presente, tanto na comemoração do Dia Nacional do Mar e na abordagem actualizada da Agenda do Oceano, como na divulgação da Nossa Cultura do Mar, mediante uma escolha criteriosa e coerente de eventos significativos e tendo em atenção a sua oportunidade, abrangência e relevância: a) 13 de Março, sessão “Memórias de Fragateiros”. b) 20 de Maio, sessão comemorativa do Dia Europeu do Mar. c) 8 de Junho, sessão evocativa do Dia Mundial dos Oceanos. d) 8, 9, 15 e 16 de Julho, conferência “Conjuntura Marítima 2010: Oportunidades e Desafios”. f) 11 de Outubro, sessão evocativa do Dia Internacional para a Redução das Catástrofes Naturais. g) 16 de Novembro, jornada comemorativa do Dia Nacional do Mar. No planeamento e execução destas acções, procurou-se privilegiar o trabalho em cooperação por intermédio de objectivos comuns, o que permitiu caminhar em parceria com diversas instituições, adiante referidas, a quem se agradece o patrocínio e apoio prestados, sem os quais não seria possível conferir a dignidade e a visibilidade indispensáveis. Uma palavra final de reconhecimento para todos os participantes nas Jornadas. Dia Nacional do Mar de 2010 1) Por sua iniciativa, a Sociedade de Geografia de Lisboa associou-se à celebração do Dia Nacional do Mar, em 16 de Novembro de 2010, promovendo em parceria com o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, a Academia de Marinha e o Centro Nacional de Cultura uma jornada comemorativa sob o tema “O Oceano e as Instituições”, com o programa seguinte: a) Os CTT – Correios de Portugal, S.A. associou-se à celebração do Dia Nacional do Mar emitindo um carimbo comemorativo, o qual reproduz a silhueta do iate “Sirius” com a legenda “CTT LISBOA, 2010.11.16”. No dia 16 de Novembro funcionou no Pavilhão das Galeotas do Museu de Marinha, junto ao casco do iate “Sirius”, um posto de correio para aposição do carimbo comemorativo nas correspondências apresentadas entre as 10h30 e as 17h00. O iate “Sirius” foi considerado a embarcação de recreio mais portuguesa de todas, uma vez que, desde o risco, às madeiras e aos materiais empregues, tudo era de origem nacional. Mandado construir pelo Rei D. Luís para ser oferecido à Rainha D. Maria Pia, foi lançado à água em 14 de Abril de 1876. O sucesso que obteve em competições internacionais granjeou-lhe visibilidade europeia com evidência para a sua elegância e qualidades náuticas e concitou o interesse de construtores navais: uma imagem de marca do Portugal Náutico de finais do Século XIX. Para aposição do carimbo comemorativo foram graciosamente disponibilizados bilhetes-postais, cuja edição foi patrocinada pelo Instituto Hidrográfico b) Em Lisboa, no auditório da Sociedade de Geografia de Lisboa tiveram lugar: (i) 14h00 – Abertura da Exposição “Celebração da Cultura Costeira”, cuja apresentação foi feita pelo Doutor Luís Martins, que mencionou ser um projeto cultural promovido pela Mútua dos 19695 Professor Doutor João Luís Serrão da Cunha Cardoso 20507 Cte. Carlos Manuel Valentim 4.20. SECÇÃO DE HISTÓRIA DA MEDICINA: Presidente Alm. Luís Gonzaga Ribeiro 1 – A eleição da nova Mesa Administrativa (2009-2012) decorreu no dia 28 de mês de Janeiro, tendo a nova Direcção sido aprovada com 7 votos a favor e 1 contra. 2 – Durante os meses de Janeiro a Novembro foram realizadas as seguintes Conferências mensais, com a excepção do mês de Agosto. - Janeiro, 28 (vinte e oito) “A Universidade de Évora e a assistência aos seus estudantes”, apresentação do Membro da Secção Doutor Augusto Moutinho Borges. - Fevereiro, 25 (vinte e cinco) “Estância Terapêutica do Caramulo”, proferida pelo Dr. António Jose Barros Veloso - Março, 25 (vinte e cinco) “Arte Médica e Imagem do Corpo”, da autoria do Prof. Adelino Cardoso, Prof. Manuel Silvério Marques e o Dr. António Brás de Oliveira, conferência que antecede a exposição do tema supra e que vai estar patente na Biblioteca Nacional de Lisboa entre os dia 7 de Abril a 15 de Julho de 2010. - Abril, 29 (vinte nove) “Malandrices em Medicina”, apresentação do Prof. Doutor Armando Moreno - Maio, 20 e 21 (vinte e vinte e um) Realização o Congresso “Os Médicos e a República”. - Junho, 24 (vinte e quatro) “Teoria da Evolução: A Ciência e o poder de sedução em Charles Darwin versus Alfred Russel Wallace”, apresentação do Membro da Secção Dr. João-Maria Nabais. - Julho, 29 (vinte nove) “Escola de Serviço de Saúde Militar”, apresentação da Doutora Sandra Queiroz. - Setembro, 30 (trinta) “Prof. Elísio de Moura: Médico e Cientista”, apresentação do Membro da Secção Dr. António Matias. - Outubro, 28 (vinte e oito) “A Otorrinolaringologia em Portugal” e apresentação do livro do Membro Dr. João Clode, com a chancela do Laboratório BIAL “História da Otorrinolaringologia em Portugal”. - Novembro, 25 (vinte e cinco) “Ex-votos: Medicina e Fé”, apresentação do Dr. Reis de Oliveira. 3 – Em 20 e 21 de Maio foi realizado o Congresso “Os Médicos e a República”, em parceria com o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. Do programa constou: - O Dr. Anastácio Gonçalves e o coleccionismo em Portugal Dr. José Alberto Ribeiro (Director Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves. - A Casa das Memórias. A memória de um médico humanista Dr.ª Assunção Júdice (Directora Casa-Memória Prof. Reynaldo dos Santos e Irene Quilhó). - Miguel Bombarda: morte na Revolução Dr. Vítor Freire (Administrador do Hospital Miguel Bombarda). - Ricardo Jorge e a Saúde Pública em Portugal na 1.ª República Doutora Rita Garnel (Investigadora, CES-UNL). - Prof. Reynaldo dos Santos Coronel Médico Carlos Vieira Reis (Membro SHM-SGL). - Egas Moniz: o político na sombra do cientista Mestre Manuel Correia (Investigador, CEIS20-UC). - Luíz Cebola: a República e o Estado Novo Pe. Doutor Aires Gameiro (Membro SHM-SGL). - Jaime Cortesão Médico 28 28 41 41 contribuam para uma consciencialização crescente da população portuguesa sobre a Agenda do Oceano e das zonas costeiras e para o prestígio institucional da Sociedade de Geografia de Lisboa: – Presidente: C/Alm. José Manuel Pinto Bastos Saldanha (19591), – Vice-Presidente: Prof. doutor Carlos Alberto Miranda Duarte (19769), – Secretário: Cte. Jorge Manuel Novo Palma (19566), – Vice-Secretário: Cte. Joaquim Rocha Afonso (20312). 8) Assim, as Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” procuraram em 2010, tal como sucedera em anos anteriores, corresponder com agrado e eficiência às expetativas inadiáveis da Sociedade Civil em redor da temática do Oceano e das zonas costeiras, contribuindo para a assunção plena por parte da Sociedade de Geografia de Lisboa do seu Legado Patrimonial e da Responsabilidade Cívica inerente ao seu estatuto de utilidade pública. 4.19. SECÇÃO DE HISTÓRIA: Presidente: Dr. Rui Miguel da Costa Pinto Durante o ano de 2010, a Secção de História reuniu-se de acordo com o seguinte calendário: Comunicação dia 4 de Fevereiro - “Dª Luísa Clara de Portugal a Flor da Murta” pelo Doutor Francisco Santana. Conferência promovida pela Secção de História, dia 19 de Março - “A Evolução do Território da Galiza ao longo dos Séculos” pelo Doutor José Manuel Barbosa Álvares. Conferência promovida pelas Secções de Antropologia e de História, dia 17 de Maio de 2010 - “Os 490 anos da Descoberta da Passagem do Sudoeste por Fernão de Magalhães” pelos Eng. José Mattos e Silva e Eng. António Mattos e Silva. Conferência promovida pela Secção de História, dia 14 de Maio - “Lourenço Pires de Távora, militar, diplomata e conselheiro de Estado, na Índia e em Marrocos” pela Professora Doutora Maria Leonor García da Cruz. Conferência promovida pelas Secções de História e de História da Medicina, dia 24 de Junho “Teoria da Evolução: A Ciência e o poder de sedução em Charles Darwin versus Alfred Russel Wallace” pelo Dr. João-Maria Nabais. Colóquio dia 21 de Julho pelas 16h00 promovido pela Comissão Côrte-Real por ocasião da exposição “A Invenção da Gloria. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana” a decorrer no Museu Nacional de Arte Antiga e com a colaboração da Secção de História com o tema “As Tapeçarias de Pastrana no contexto histórico português” pelo Dr. João Abel da Fonseca Conferência dia 11 de Outubro de 2010 promovida pela Secção de História - “A Esposa de Colombo – Comendadora de Santiago” pelo Sr. Manuel da Silva Rosa. Introdução a cargo do Mestre Rui Pinto, Presidente da Secção de História. Conferência dia 29 de Novembro de 2010 promovida pela Secção de História - “Cristóvam Colón uma biografia critica” pelo Prof. Eng. Fernando Abecassis. Contextualização do tema a cargo do Mestre Rui Pinto, Presidente da Secção de História. Comunicação dia 23 de Novembro – "Os Cristãos Novos de Lisboa", pelo Doutor Francisco Santana Comunicação dia 7 de Dezembro – “Apontamentos sobre a Vida de Dom Francisco Garcia, S. J. 1580-1659”, pelo Mestre Rui Pinto e eleições. Constituição da nova mesa da Secção de História para o ano 2011 Presidente 19333 - Mestre Rui Miguel da Costa Pinto V/Presidente 19954 - Dr. Fernando Correia Secretária - Dr. João Abel Baptista da Fonseca Entraram os seguintes sócios como Vogais da Secção H.54 Professor Doutor Adriano Moreira 16684 Professor Doutor João Baptista Pereira Neto 16767 Professor Engenheiro Luís Aires-Barros 18074 Dr. João Pedro Xavier de Brito 18127 Prof. Doutor Carlos Lopes Bento 19194 Prof. Engenheiro Fernando Maria Abecassis Manzanares 19591 C/Alm. José Manuel Pinto Bastos Saldanha Pescadores, desenvolvido por diversos agentes políticos, culturais e sociais ligados às comunidades ribeirinhas, como associações de desenvolvimento local e museus, autarquias e universidades, que visou a formação de “inventariantes locais” – guardiães do património marítimo das comunidades costeiras envolvidas – e a criação de um banco de dados com a herança cultural marítimo-fluvial portuguesa. Esteve patente no átrio da Sociedade de Geografia de Lisboa entre 9 e 23 de Novembro. (ii) 14h30 – Apresentação da medalha comemorativa do Dia Nacional do Mar (16 de Novembro de 2010) mandada pela Sociedade de Geografia de Lisboa, cujo anverso procura simbolizar o tema “O Oceano e as Instituições” e associá-lo às Comemorações do Centenário da República de Portugal (1910-2010) evidenciando o Nosso Mar Interterritorial, uma imensidão de espaço oceânico, cujo conhecimento simbolizado por um navio oceanográfico (caravela do Século XXI) é essencial à exploração sustentável dos seus recursos e à apropriação pela Sociedade Portuguesa. No reverso, apresenta-se o símbolo do Dia Nacional do Mar (alevino sobre uma concha) de um desenho do Professor Luiz Saldanha e menciona-se o dia 16 de Novembro de 1994, data de entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A concepção da medalha é do Comandante Herlander Valente Zambujo. Agradecimentos são devidos ao Governo Regional dos Açores, ao Gabinete do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e à Administração do Arsenal do Alfeite, S.A., que patrocinaram a cunhagem deste ano, tornando possível manter ininterrupta, desde 1999, a edição anual da medalha comemorativa. Dos 160 exemplares cunhados e numerados, apenas 9 sobraram da subscrição pública, podendo ser adquiridos na secretaria da Sociedade de Geografia ao custo unitário de € 20,00, a partir de 16 de Novembro. (iii) 15h00 – Mesa-redonda “O Oceano e as Instituições”, moderada pelo Prof. Mário Ruivo, com apresentação de perspetivas breves sobre: – “A evolução histórica da condição de pescador”, Prof.ª doutora Inês Amorim (historiadora, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto); – “O Oceano: elemento estruturante da Sociedade Portuguesa”, Prof. doutor Francisco Oneto (antropólogo, docente do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa); – “O papel decisivo das instituições para uma governação responsável do Oceano”, Prof. doutor Emanuel Gonçalves, (docente e Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Superior de Psicologia Aplicada). Seguiu-se um participado debate, que evidenciou o interesse da audiência pelas perspetivas apresentadas, as quais indagaram em formas mais eficientes o sentido de governação do Oceano e das zonas costeiras. (iv) 17h30 – Sessão solene evocativa do Dia Nacional do Mar, presidida pelo Presidente da Sociedade de Geografia que se encontrava ladeado pelo Dr. Guilherme d’Oliveira Martins (Presidente do Centro Nacional de Cultura) e pelo VAlm. Agostinho Ramos da Silva (Diretor-Geral do Instituto Hidrográfico). No decurso da sessão: – a abrir, o CAlm. José Bastos Saldanha, Presidente da Secção de Geografia dos Oceanos, abordou o “Significado da celebração do Dia Nacional do Mar”, deu conta da evolução das Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” desde 1999, aludiu ao tema “O Oceano e as Instituições” para mais uma vez evidenciar o Oceano como “um dos desafios que se colocam à Sociedade Portuguesa” e “ao reforço da identidade nacional” relevou ter sido a primeira vez que esta Jornada comemorativa foi promovida em parceria pela Sociedade de Geografia de Lisboa e pelo Fórum Permanente para o Assuntos do Mar, a Academia de Marinha e o Centro Nacional de Cultura, iniciativa que pode augurar outras formas de cooperação no futuro. Agradeceu, depois, os patrocínios e apoios que, em geral, as Jornadas mereceram de entidades, públicas e privadas, e de expressões da Sociedade Civil. Em seguida, a partir da noção de sistema de governação sustentável clarificou o que fundamenta e move as Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar”por intermédio do papel da sociedade civil, cujo pluralismo cívico e a confiança (trust) que gera, é essencial ao bom funcionamento da democracia, porque induz na sociedade a capacidade de mudança estratégica, isto é, a aptidão para responder a situações novas com soluções inovadoras. E, a terminar, reiterou a preserverança na caminhada encetada em 1998 para a qual vem contribuindo uma rede informal de cumplicidades que ao longo 40 40 29 29 destes anos tem sido possível tecer em favor da nobre causa do mar que paulatinamente se vai alargando ao ritmo empático das relações pessoais e com a disponibilidade para trabalho voluntário; – O Dr. Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Centro Nacional de Cultura, começou por manifestar o seu apoio a acções que visem enfatizar a importância dos oceanos e do Mar na Economia, na Sociedade e na Cultura, mobilizando a opinião pública para a fundamental relação que se deve estabelecer entre “O Oceano e as Instituições”, tema da sua brilhante conferência. Referiu depois o exemplo da Sociedade de Geografia de Lisboa na mobilização da sociedade civil em torno de grandes desígnios, mormente de pôr a Ciência ao serviço da Humanidade. Portugal tem indelevelmente a sua existência ligada ao Mar, não de uma forma abstrata, mas na perceção que o Mar é depositário de riquezas importantes e de fatores fundamentais para o progresso da Ciência e da Cultura, concedendo-lhe maior importância, mediante a mobilização da Sociedade Civil por via de ações concretas, sistemáticas, no envolvimento da Cultura, da Ciência e da Educação, as quais exigem sobretudo estudo, entusiasmo, empenhamento e diálogo institucional e, acima de tudo, compreensão da perspetiva científica. Realçou depois a relação identitária de Portugal com o Mar, ligada ao sentido etimológico de porto, de chegada e de partida, e ao evocar o velho do Restelo enalteceu a importância da compreensão do Mar para as nossas escolhas estratégicas e enfatizou que nenhuma decisão estratégica sobre Portugal pode ser tomada esquecendo o Mar; há momentos da nossa História que evidenciam a necessidade de tais escolhas. Essa Memória, que não pode ser esquecida e tem de ser mantida, obriga-nos hoje, ao comemorar o Dia Nacional do Mar, a refletir em três domínios essenciais: a Educação, a Ciência e a Cultura. E prosseguiu mencionando ser indispensável que o Mar tenha um lugar mais claro e evidente na Educação para que a sua identidade com os jovens seja uma referência, não retrospetiva com a imagem das caravelas de Quinhentos, antes projetiva de futuro e progresso, atravessando todas as disciplinas do saber. Apontou depois o domínio científico e o respetivo contexto de abertura, em que é indispensável o reconhecimento da importância das Ciência do Mar e do espírito e rigor científicos para um melhor conhecimento do Oceano e da compreensão das pessoas e da dignidade humana. E passou ao terceiro domínio, da Cultura e da sua importância como criação e como capacidade transformadora da Natureza, sendo para tal necessário o seu conhecimento e entendimento. Em síntese, importa entender que o triângulo Educação, Ciência e Cultura é essencial quando hoje se celebra o Dia Nacional do Mar e se aborda o tema “O Oceano e as Instituições”. E, a terminar, referiu a cidadania ativa mediante uma valorização daquele triângulo na mobilização de cidadãos livres e iguais, que está no cerne de uma sociedade melhor que se pretende construir com conhecimento, compreensão e respeito mútuo e se afirme no dia a dia por intermédio de um valor universal que é o da dignidade. Falar do Oceano não é, pois, falar de uma abstração, de uma utopia, mas sim da realidade da Humanidade, de uma metáfora dessa Humanidade diversa, cujo objetivo comum é garantir que todos possam ser mais educados, mais respeitadores, mais compreensivos, mais conhecedores, em suma mais dignos; em seguida, o Prof. Mário Ruivo, Presidente do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, na qualidade de moderador da mesa-redonda “O Oceano e as Instituições”, começou por referir que o tema se enquadrava no debate em curso nos últimos anos sobre a importância de uma governação responsável do Oceano, na afirmação de uma cultura do mar e numa avaliação crítica das capacidades institucionais com vista a ajustá-las aos requisitos de envolvimento das Partes interessadas que no caso de Portugal reveste particular relevância por tornar o Mar num projecto nacional. E prosseguiu afirmando que, no contexto da presente crise, o Mar reveste um projeto de grande oportunidade de desenvolvimento para o nosso País, que se pretende sustentável; no entanto, esse processo requer uma adesão efetiva por parte dos cidadãos e da Sociedade Civil, além do valor atribuído à cultura do mar como fator determinante a uma participação consciente e ativa. Historiou depois a evolução encetada com a Expo 98 e o relatório “O Oceano: Nosso Futuro” da Comissão Mundial Independente para os Oceanos que permitiram criar um clima social e, ao mesmo tempo, articular a nossa posição e contribuir para estimular uma reflexão á escala global aproveitando o reconhecimento que adveio do Ano Internacional dos Oceanos em 1998. Neste quadro evidenciou a cultura do mar, com exemplos como o Oceanário de Lisboa, o Museu Marítimo de Ílhavo e o Projeto “Celebração da Cultura Costeira”, e no aspeto institucional a Comissão Interministerial para os b) A reedição dos Prémios do Mar Rei D. Carlos, Científico de Sesimbra e Almirante Sarmento Rodrigues. c) O interessante movimento editorial sobre assuntos marítimos, em que se destaca a obra "Políticas Públicas do Mar. Para um Novo Conceito Estratégico Nacional", publicada por iniciativa da Academia das Ciências de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian (Programa Gulbenkian Ambiente) e Oceanário de Lisboa, pela abordagem inédita da temática da Cultura do Mar d) A realização do Salão NAUTICAMPO, da EXPOMAR – Feira do Mar e das Actividades Náuticas de Olhão, do Festival dos Sabores do Mar de Peniche, da Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente em Olhão e do INTERPESCAS – Salão Internacional do Mar, Pescas e Aquicultura em Aveiro. e) Os Encontros de Embarcações Tradicionais na Baía do Seixal, em Vila do Conde, no Montijo e em Alcochete e as Festas do Mar em Cascais e do Cais Vivo (Festas da Moita). f) As agendas culturais da Academia de Marinha, do Museu Marítimo de Ílhavo, do Ecomuseu Municipal do Seixal e da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto da Póvoa de Varzim, as conversas mensais no Museu de Marinha animadas pelo seu Grupo de Amigos e o ciclo de seminários da Unidade de Geologia Marinha do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, IP, entre outros. g) A jornada comemorativa do Dia do Pescador realizada em Olhão em 31 de Maio. h) O 7.º Congresso do European Maritime Heritage sob o tema “Somos capazes de transmitir o património marítimo às gerações futuras?”, organizado pelo Ecomuseu Municipal do Seixal entre 23 e 25 de Setembro. Vida interna 1) A Secção de Geografia dos Oceanos realizou sessões ordinárias em 7 de Janeiro, 4 de Março, 6 de Maio, 8 de Julho, 7 de Outubro e 9 de Dezembro de 2009, mediante convocação por e-mail e por via postal para os vogais que não dispunham de correio electrónico. É encorajador indicar que o número de membros presentes e representados em cada sessão foi superior ou igual ao quórum. 2) No plano interno da Sociedade de Geografia de Lisboa, a SGO privilegiou o trabalho em parceria com outras Comissões e Secções, designadamente na organização do Dia Europeu do Mar, e apoiou a iniciativa da Secção de Antropologia de homenagear a memória de Rocha Peixoto, associando-se às comemorações do 1.º centenário da sua morte promovidas pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. 3) No plano externo, a Secção prosseguiu o trabalho de ampliação e consolidação da rede informal de Cultura do Mar – com o propósito de a tornar mais abrangente e solidária –, para o que muito vem contribuindo a compilação periódica de eventos divulgada pela Agenda do Oceano acima citada. 4) Considera-se que o ambicioso Programa de Actividades de 2010 foi plenamente cumprido, envolvendo o planeamento e execução da comemoração do Dia Nacional do Mar e de outros eventos a participação activa de membros da Secção, sem contudo incentivar a actividade dos Núcleos Temporários, cuja descontinuidade deve ser ponderada no próximo ano. 5) Espera-se, no início do próximo ano, incluir a Agenda do Oceano do sítio oficial da Sociedade de Geografia de Lisboa, além de outras actividades da Secção de Geografia dos Oceanos concedendo-lhe uma maior visibilidade e facilidade de acesso por via da Internet aos conteúdos que forem gerados, além de manter em arquivo acessível as actividades passadas. 6) O Programa de Actividades para 2011 foi aprovado na sessão de 7 de Outubro e, na sessão seguinte, de 9 de Dezembro, mereceu aprovação o tema “O Oceano e os Jovens” para as Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” em 2011. 7) Correspondendo ao requisito estatutário estipulado no artigo 13º do Regulamento Privativo, na sessão de 9 de Dezembro foram eleitos por unanimidade para os cargos da Mesa da Secção de Geografia dos Oceanos em 2011 os vogais seguintes, que se apresentaram numa lista de candidatura com a pretensão de prosseguir de modo inovador e harmonioso o trabalho que a Secção vem realizando, mormente o planeamento e execução do Programa de Actividades em 2011, a partir da proposta do tema “O Oceano e os Jovens” para as Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar”, que 30 39 30 39 (v) O lançamento oficial do Fórum Empresarial da Economia do Mar pela ACL – Associação Comercial de Lisboa em 29 de Abril. (vi) A 3.ª Sessão Plenária do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar em 5 de Maio. (vii) A chegada inaugural à Base Naval de Lisboa (Alfeite) do Navio da República Portuguesa “Tridente”, a mais moderna unidade naval da nossa Armada, em 2 de Agosto. (viii) O 50.º aniversário do Instituto Hidrográfico em 22 de Setembro. (ix) A comemoração oficial do Dia Mundial do Mar de 2010 em 23 de Setembro. (x) A apresentação do primeiro Censo da Vida Marinha (passado, presente e futuro), de âmbito mundial, em Londres, em 4 de Outubro. (xi) As II Jornadas “D. Carlos – Os Mares da Lusofonia", organizado pela Fundação D. Manuel II e outras Instituições em 21 e 22 de Outubro. (xii) Os encontros públicos promovidos pela PASC – Plataforma Ativa da Sociedade Civil, com abordagem de temáticas marítimas, tais como, “A Governança do Mar Alargado: É Preciso Mudar Já”, em 27 de Setembro, e “A Extensão da Plataforma Continental – Alargar Portugal”, em 25 de Novembro. (xiii) As reuniões da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar. (xiv) As iniciativas académicas “MARGov – Governância Colaborativa de Áreas Marinhas Protegidas” e “SUSTAINAMICS – Modelação Participada para a Avaliação Integrada da Sustentabilidade”. Divulgação da Nossa Cultura do Mar 1) No âmbito da Secção a) O 2.º Encontro da Rede Nacional de Cultura do Mar, aprazado para 30 de Outubro, foi adiado para o próximo ano por não ter sido possível angariar uma instituição que o patrocinasse fora de Lisboa conforme intenção manifestada no 1.º Encontro realizado em 16 de Novembro de 2004. 2) Parcerias internas e externas a) A Jornada de divulgação da Marinha do Tejo, organizada conjuntamente pela Sociedade de Geografia de Lisboa e pela Associação Marinha do Tejo, iniciou-se no dia 12 de Março com a abertura de uma “Exposição sobre a Marinha do Tejo”, no átrio da Sociedade que suscitou muito interesse e se manteve patente até ao dia 26 de Março. No dia 13 de Março realizou-se na Sala Portugal uma concorrida sessão (mais de cem pessoas) sobre “Memórias de Fragateiros”, que foi aberta cerca das 10h00 pelo Prof. cat. Luís Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Seguiu-se um inolvidável “Desfiar Memórias” pelos Arrais António Cardoso (Montijo), Cipriano Rodrigues (Sarilhos Pequenos), Fernando Silva (Moita), Joaquim Pessoa Gonçalves (Moita), José António Aranha (Montijo), José Simões (Moita), Manuel Amador de Matos (Vila Franca de Xira), Marcolino Cardoso Fernandes (Sarilhos Pequenos), Mário José Marques (Alcochete) e Tomás Emídio (Sarilhos Pequenos) que foi sabiamente conduzido pelos senhores João Gregório (Presidente do Centro Náutico Moitense), José Oliveira Fernandes (Presidente da Associação Naval Sarilhense) e Manuel Joaquim Gouveia da Costa (Presidente da Associação Desportiva Náutica Alhosvedrense Amigos do Mar). Terminada a sessão, foi servido um almoço de confraternização no convívio da Sociedade de Geografia de Lisboa. Esta Jornada serviu para divulgar a realidade patrimonial viva que é a Marinha do Tejo, mas calou fundo a impressão que a Sociedade de Geografia de Lisboa deixou em todos os fragateiros e suas famílias. b) Iniciou-se a preparação de um protocolo de cooperação a celebrar entre a Sociedade de Geografia de Lisboa, o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, a Academia de Marinha e o Centro Nacional de Cultura sobre o desenvolvimento de linhas de ação concertadas, visando abordar com maior eficiência o tema abrangente de “A Cidadania e o Oceano”. 3) Outras acções com incidência na consolidação da rede informal da Cultura do Mar: a) O intenso calendário anual da Marinha do Tejo, envolvendo 57 embarcações típicas (canoas e catraios) inscritas em 2010/2011 no respectivo Livro de Registos, patente no Núcleo Museológico da Marinha do Tejo existente no Museu de Marinha. Assuntos do Mar, saudando a assunção da sua presidência pelo Primeiro-Ministro, a criação do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar e, mais recentemente, o Fórum Empresarial da Economia do Mar; a proposta de extensão da plataforma continental releva a necessidade de integrar o espaço marítimo no desenvolvimento do País, por intermédio do seu conhecimento indiciador de formas de pensar e de agir. A seguir, elencou conclusões da mesa-redonda decorrentes do importante contributo oferecido pelos comunicadores e enriquecido pelo debate: (1) a concretização mediante protocolo da parceria que se estabeleceu entre a Sociedade de Geografia de Lisboa, a Academia de Marinha, o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar e o Centro Nacional de Cultura para a promoção desta jornada comemorativa que possa alargar-se a outras instituições; (2) a partir da evolução histórica da condição de pescador e da clarificação indispensável do que é a categoria real e não mítica de pescador (associada consoante as conjunturas ao perfil de marinheiro, piloto, etc.), a necessidade consequente de alargar a investigação multidisciplinar da fileira das pescas ao contributo consistente das Ciências Sociais e Humanas, mormente na melhor aferição das estatísticas da pesca, no papel do Estado e das iniciativas particulares no progresso do setor, no estudo aprofundado das comunidades piscatórias, tão só económico mas valorizador da dimensão sociocultural e, finalmente, na construção de uma imagem que não seja de secundarização do setor mas de afirmação patrimonial, identitária e cultural das comunidades piscatórias, num processo que deve envolver a generalidade das comunidades ribeirinhas; (3) a lógica de exploração dos recursos provenientes do nosso Mar, a que acresce um potencial imenso decorrente da eventual extensão da plataforma continental, não deve obedecer a uma lógica ditada pelos requisitos de um modelo assente no crescimento ilimitado utilizador de recursos finitos, mas ao invés respeitar os ecossistemas marinhos, assegurar a justiça social e o ordenamento do litoral e das grandes bacias oceânicas e estimular uma nova aventura na resposta aos problemas e a uma crise impostos por uma visão economicista de desenvolvimento insensível à dimensão humana e social; para corresponder aos novos desafios do Oceano, importa assegurar que no futuro se proceda (1) ao ajustamento institucional sensível a uma maior participação das partes interessadas, (2) ao reforço em recursos humanos e competência técnica das instituições públicas para melhor corresponderem ao desafio de coordenação horizontal e transversal e de assunção do dever de solidariedade, (3) à adoção de uma gestão adaptativa numa dimensão plurianual, (4) à incorporação de meios e dispositivos financeiros adequados propiciadores de uma harmoniosa evolução processual e (5) ao implemento de um processo de escolhas por prioridades que permita às sociedades humanas olhar e compreender o Oceano não como um santuário mas como uma oportunidade para reencontrar uma convivência justa e equitativa com o Planeta. A finalizar, o Prof. Mário Ruivo considerou como conclusão geral da mesa-redonda a necessidade de se prosseguir o esforço de consolidação de uma cultura do Mar e do Oceano – a ligação do passado ao presente sob a designação de Mar Oceano –, que simultaneamente seja um fator importante de cidadania e, na sequência de uma proposta à última International Parliamentary Union, alvitrou que a Assembleia da República fosse encorajada a criar uma comissão dos assuntos do mar, sem qualquer interferência com as competências setoriais de outras comissões parlamentares, mas em reforço institucional do papel integrador do Oceano. ao encerrar a sessão, o Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa procedeu à entrega de medalhas comemorativas e agradeceu às individualidades que participaram na mesa-redonda e nesta sessão solene e bem assim à interessada audiência numa bela jornada comemorativa que uma vez mais associou à celebração do Dia Nacional do Mar o interesse na abordagem de temas de candente actualidade da agenda do Oceano e das zonas costeiras. c) Outras iniciativas da SGL (i) O cartaz do Dia Nacional do Mar de 2010 procura, a partir do estudo de Herlander Valente Zambujo para a medalha comemorativa, evidenciar o Nosso Mar Interterritorial, uma imensidão de espaço oceânico, cujo conhecimento simbolizado por um navio oceanográfico (caravela do Século XXI) é essencial à exploração sustentável dos seus recursos e à apropriação pela Sociedade Portuguesa. A tiragem de 500 exemplares em formato de bilhete-postal teve o patrocínio do Instituto Hidrográfico e a concepção artística é de Laura Saldanha, mestranda de Design. 38 31 38 31 (ii) A edição de um folheto sobre a comemoração pública do Dia Nacional do Mar – Inclui o programa do dia 16 de Novembro na Sociedade de Geografia de Lisboa, podendo servir de memória da jornada comemorativa. 2) Realce-se o conjunto de outros eventos associado à comemoração do Dia Nacional do Mar: a) Em 6 de Novembro, o V Encontro Anual da Mútua dos Pescadores, dedicado ao tema “Segurança no Mar: a sua Bóia de Salvação”, que se inseriu nas comemorações do Dia Nacional do Mar, organizado pela Mútua dos Pescadores, CRL, no auditório do Teatro Municipal de Portimão. b) Em 13 de Novembro, o seminário “A Pesca Artesanal em Portugal: Reflexões e Desafios”, integrado nas comemorações do Dia Nacional do Mar 2010, organizado pela Câmara Municipal de Sesimbra em parceria com outras instituições, no Cine-teatro Municipal João Mota (em Sesimbra). c) Em 14 e 16 de Novembro, demonstração do ROV LUSO, um veículo de operação remota, promovida pelas Estruturas de Missão para Extensão da Plataforma Continental e para os Assuntos do Mar para assinalar o Dia Nacional do Mar, no novo cais da sardinha do Porto de Peniche. d) Em 15 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar pela Liga para a Protecção da Natureza com o lançamento de uma petição na Internet, a solicitar ao Governo português para implementar áreas marinhas protegidas, visando uma melhor gestão e uso dos recursos. e) Em 15 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar na Costa da Caparica com uma acção de limpeza selectiva das suas praias promovida pela Nave – Associação Nova Aventura. f) De 15 a 29 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Univ. do Porto (CIIMAR) que, em conjunto com os Centros de Monitorização e Interpretação Ambiental de Matosinhos e de Vila do Conde, proporcionou um conjunto de atividades de descoberta do mundo aquático, incluindo um workshop sobre "Aquariofilia Marítima". g) Em 16 de Novembro, sessão de apresentação aos Municípios do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo, por ocasião do Dia Nacional do Mar, organizada pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses e Instituto da Água, IP, no Museu Marítimo, em Ílhavo. h) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar na Nazaré pelo Museu Etnográfico Joaquim Manso com uma sessão de projecção de fotografia subaquática “Nudibrânquios da Costa Portuguesa”, no auditório da Biblioteca Municipal da Nazaré. i) Em 16 de Novembro, apresentação do livro “Políticas Públicas do Mar: Para um Novo Conceito Estratégico Nacional”, editado pela Esfera do Caos, na Academia das Ciências de Lisboa. j) Em 16 de Novembro, inauguração da exposição “Celebração da Cultura Costeira”, um projeto em parceria da Mútua dos Pescadores, CRL, e da Câmara Municipal de Peniche, entre outros, no Edifício Cultural em Peniche. A exposição esteve patente até 23 de Novembro. k) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar pela Marinha com um conjunto de atividades que pretende destacar a importância do mar para o desenvolvimento nacional, mediante a abertura ao público de vários faróis e dos órgãos de natureza cultural da Marinha. l) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar em Porto Santo com uma campanha de limpeza de praia por alunos de Escolas Básicas, promovida pela Porto Santo Verde, EEM e Câmara Municipal do Porto Santo. m) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar em Olhão com inauguração da exposição “Artes de Pesca. As Pescas na Arte”, no Museu da Cidade de Olhão, onde esteve patente até a 31 de Dezembro de 2010. n) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar na ilha do Faial pelo Observatório do Mar dos Açores e o Departamento de Oceanografia e Pescas, com exibição do filme “The End of The Line – O Fim da Linha”, seguido de debate sobre os temas abordados e a sua relação com a realidade Açoriana e Europeia. o) Em 16 de Novembro, comemoração do Dia Nacional do Mar na Póvoa de Varzim pela Biblioteca Municipal Rocha Peixoto com uma iniciativa original de poesia e música dedicada a alunos da Escola Básica 2/3 Flávio Gonçalves. Agenda do Oceano 1) No âmbito da Secção: cientistas portugueses em projetos de investigação polar, esteve representada no Comité Português para o Ano Polar Internacional pelo seu presidente e esse Comité foi presidido pelo Prof. cat. Luis Mendes Victor e nela participaram outros distintos vogais da Secção como o Prof. doutor Gonçalo Vieira e Doutor José Xavier. b) No dia 20 de Maio realizou-se na Sociedade de Geografia de Lisboa uma sessão comemorativa do Dia Europeu do Mar, organizada pelas Comissões Europeia (SGL) e de Relações Internacionais e Secção de Geografia dos Oceanos. Deste modo, a Sociedade de Geografia de Lisboa associou-se à celebração do Dia Europeu do Mar promovendo uma reflexão sobre “A Política Marítima Integrada na actual conjuntura”, tendo em conta que no presente contexto de crise económica, a execução daquela Política Marítima deverá recentrar-se no crescimento económico, no emprego e na inovação sustentáveis. No início da sessão, o presidente da Secção de Geografia dos Oceanos fez uma introdução sobre o Relatório de Progresso de 15 de Outubro de 2010 da Comissão Europeia que faz o balanço da política marítima integrada e traça o rumo para a próxima fase da mesma Política; além disso, nele é destacada, a forma como a articulação das políticas relativas aos mares, sectores marítimos e zonas costeiras pode contribuir para a resolução dos problemas colocados pela crise económica global atual e pela necessidade de adotar medidas decisivas de luta contra as alterações climáticas e a degradação do ambiente. A terminar, deixou um comentário: qual o impacte deste Relatório de Progresso na Estratégia Nacional para o Mar e na sua eventual adaptação face à conjuntura marítima. Esta introdução foi depois comentada pelos presidentes da Comissão de Relações Internacionais, VAlm Henrique da Fonseca, e Prof. cat. Fausto Amaro da Comissão Europeia (SGL), a que se seguiu um interessante período de debate. 3) Outras acções externas com incidência na percepção portuguesa da Agenda do Oceano a) No âmbito internacional (i) Em 13 de Abril, a apresentação pelo Governo Português à Comissão de Limites das Nações Unidas, sedeada em Nova Iorque, de uma proposta de extensão da sua plataforma continental em 2,150 milhões de quilómetros quadrados. (ii) A aprovação unânime, em 27 de Abril, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas da Resolução S/RES/1918 (2010) que compromete (calls on/engage) todos os Estados a consagrarem a penalização da pirataria em direito interno. (iii) A 5.ª Conferência Global sobre Oceanos, Costas e Ilhas sob o lema “Assegurar a sobrevivência, preservar a Vida e aperfeiçoar a Governância”, realizada de 3 a 7 de Maio, na sede da UNESCO, em Paris. (iv) Uma nova Política Nacional para o Oceano, Costas e Grandes Lagos dos Estados Unidos da América estabelecida em 19 de Julho. b) No âmbito europeu (i) A nomeação formal em 10 de Fevereiro da Comissão Europeia para o período de 10 de Fevereiro de 2010 a 31 de Outubro de 2014 após aprovação pelos Parlamento e Conselho Europeus, sendo Comissária das Pescas e dos Assuntos Marítimos (2010-2014) a deputada grega ao Parlamento Europeu mestre Maria Damanaki. c) No âmbito nacional e dos PALOP (i) A terceira viagem de circum-navegação do Navio-Escola “Sagres” iniciada em 19 de Janeiro e terminada a 24 de Dezembro. (ii) O workshop “Aqui, é o nosso lugar: Conflito e consenso em Áreas Marinhas Protegidas” realizado em 4 de Fevereiro na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/UNL, sob organização do E-Geo – Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional (FCSH/UNL) e a participação do Projecto MARGov – Governância Colaborativa em Áreas Marinhas Protegidas (FCT/UNL) e do Grupo de Ambiente (FCSH/UNL) com o patrocínio da Mútua dos Pescadores, CRL. (iii) A aprovação da “Estratégia da CPLP para os Oceanos” pelos responsáveis pelos Assuntos do Mar de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste reunidos em Lisboa em 21 de Março. (iv) O discurso proferido pelo Presidente da República na 36ª Sessão Comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República. 32 37 32 37 (v) O lançamento oficial do Fórum Empresarial da Economia do Mar pela ACL – Associação Comercial de Lisboa em 29 de Abril. (vi) A 3.ª Sessão Plenária do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar em 5 de Maio. (vii) A chegada inaugural à Base Naval de Lisboa (Alfeite) do Navio da República Portuguesa “Tridente”, a mais moderna unidade naval da nossa Armada, em 2 de Agosto. (viii) O 50.º aniversário do Instituto Hidrográfico em 22 de Setembro. (ix) A comemoração oficial do Dia Mundial do Mar de 2010 em 23 de Setembro. (x) A apresentação do primeiro Censo da Vida Marinha (passado, presente e futuro), de âmbito mundial, em Londres, em 4 de Outubro. (xi) As II Jornadas “D. Carlos – Os Mares da Lusofonia", organizado pela Fundação D. Manuel II e outras Instituições em 21 e 22 de Outubro. (xii) Os encontros públicos promovidos pela PASC – Plataforma Ativa da Sociedade Civil, com abordagem de temáticas marítimas, tais como, “A Governança do Mar Alargado: É Preciso Mudar Já”, em 27 de Setembro, e “A Extensão da Plataforma Continental – Alargar Portugal”, em 25 de Novembro. (xiii) As reuniões da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar. (xiv) As iniciativas académicas “MARGov – Governância Colaborativa de Áreas Marinhas Protegidas” e “SUSTAINAMICS – Modelação Participada para a Avaliação Integrada da Sustentabilidade”. Divulgação da Nossa Cultura do Mar 1) No âmbito da Secção a) O 2.º Encontro da Rede Nacional de Cultura do Mar, aprazado para 30 de Outubro, foi adiado para o próximo ano por não ter sido possível angariar uma instituição que o patrocinasse fora de Lisboa conforme intenção manifestada no 1.º Encontro realizado em 16 de Novembro de 2004. 2) Parcerias internas e externas a) A Jornada de divulgação da Marinha do Tejo, organizada conjuntamente pela Sociedade de Geografia de Lisboa e pela Associação Marinha do Tejo, iniciou-se no dia 12 de Março com a abertura de uma “Exposição sobre a Marinha do Tejo”, no átrio da Sociedade que suscitou muito interesse e se manteve patente até ao dia 26 de Março. No dia 13 de Março realizou-se na Sala Portugal uma concorrida sessão (mais de cem pessoas) sobre “Memórias de Fragateiros”, que foi aberta cerca das 10h00 pelo Prof. cat. Luís Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Seguiu-se um inolvidável “Desfiar Memórias” pelos Arrais António Cardoso (Montijo), Cipriano Rodrigues (Sarilhos Pequenos), Fernando Silva (Moita), Joaquim Pessoa Gonçalves (Moita), José António Aranha (Montijo), José Simões (Moita), Manuel Amador de Matos (Vila Franca de Xira), Marcolino Cardoso Fernandes (Sarilhos Pequenos), Mário José Marques (Alcochete) e Tomás Emídio (Sarilhos Pequenos) que foi sabiamente conduzido pelos senhores João Gregório (Presidente do Centro Náutico Moitense), José Oliveira Fernandes (Presidente da Associação Naval Sarilhense) e Manuel Joaquim Gouveia da Costa (Presidente da Associação Desportiva Náutica Alhosvedrense Amigos do Mar). Terminada a sessão, foi servido um almoço de confraternização no convívio da Sociedade de Geografia de Lisboa. Esta Jornada serviu para divulgar a realidade patrimonial viva que é a Marinha do Tejo, mas calou fundo a impressão que a Sociedade de Geografia de Lisboa deixou em todos os fragateiros e suas famílias. b) Iniciou-se a preparação de um protocolo de cooperação a celebrar entre a Sociedade de Geografia de Lisboa, o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, a Academia de Marinha e o Centro Nacional de Cultura sobre o desenvolvimento de linhas de ação concertadas, visando abordar com maior eficiência o tema abrangente de “A Cidadania e o Oceano”. 3) Outras acções com incidência na consolidação da rede informal da Cultura do Mar: a) O intenso calendário anual da Marinha do Tejo, envolvendo 57 embarcações típicas (canoas e catraios) inscritas em 2010/2011 no respectivo Livro de Registos, patente no Núcleo Museológico da Marinha do Tejo existente no Museu de Marinha. a) Durante o ano, a Secção manteve a divulgação periódica da Agenda do Oceano, compilando cerca de 400 eventos relativos ao mar, o que se considera ser uma amostragem significativa do universo nacional, referindo-se a surpreendente diversidade e intensidade de eventos e bem assim uma indesejável sobreposição, que interessa paulatinamente atenuar por intermédio de uma atitude de articulação mútua. b) Em 8 de Junho, a Secção de Geografia dos Oceanos organizou uma sessão evocativa do Dia Mundial dos Oceanos na Sociedade de Geografia de Lisboa que assim se associou à efeméride. Sob a presidência do Prof. cat. Luís Aires-Barros, que abriu a sessão, intervieram: (i) O presidente da Secção começou por mencionar a instituição do Dia Mundial dos Oceanos por intermédio da Resolução A/RES/63/111, 2008.12.05, e depois abordou o tema escolhido para este ano, “Os Nossos Oceanos: oportunidades e desafios”, com a leitura da mensagem do Secretáriogeral das Nações Unidas. Prosseguindo, realçou a oportunidade que era oferecida por esta celebração para conhecer alguns problemas sobre os Oceanos e o Direito do Mar referidos no relatório do mesmo Secretário-Geral a submeter à 65.ª sessão da Assembleia (A/65/69, 29March2010), o qual demonstra que, apesar dos esforços dos Estados e de organizações internacionais, continuam a persistir limitações ao desenvolvimento de uma eficaz criação de capacidade de intervenção em assuntos oceânicos e do Direito do Mar. Tais limitações e desafios podem restringir as potencialidades dos Estados, em especial daqueles em via de desenvolvimento, para retirar benefícios dos oceanos e mares e dos seus recursos em conformidade com as disposições da CNUDM. Aproveitou ainda para evocar o 50º aniversário da Comissão Oceanográfica Intergovernamental que se celebra neste dia, relembrando o papel desta agência da UNESCO no desenvolvimento da cooperação intergovernamental em assuntos oceânicos de âmbito global. (ii) Em seguida, a Dr.ª Alexandra von Bohm-Amolly doutoranda em Direito do Mar falou sobre a reduzida eficácia das Nações Unidas e dos Estados no combate à pirataria, em particular no Corno de África, elaborando sobre a discrepância entre legislação internacional e a sua inexistência no direito interno, a dificuldade na sua aplicação, as soluções ad hoc de encaminhar os processos para um tribunal de Nairobi e bem assim a proposta de adequabilidade duvidosa de constituição de tribunais em países da região sem sistema judiciário, além do favorável estatuto social do pirata. (iii) O Cte. Joaquim Rocha Afonso apresentou o caso da ONG “Seas at Risk”, uma federação europeia de organizações de defesa do ambiente marinho” e do trabalho que vem desenvolvendo em prol da protecção meio marinho relativamente à sua biodiversidade, à alteração climática e à subida do nível médio do mar, designadamente o contributo dado ao Livro Verde para revisão da Política Comum das Pescas cuja discussão pública terminou em 31 de Dezembro de 2009. Assinalou como esforço primordial, o lobbying que o “Seas at Risk vem exercendo em Bruxelas e Estrasburgo procurando influenciar a tomada de decisão no domínio das políticas comunitárias com impacte ambiental e nos oceanos. (iv) A terminar o conjunto de breves comunicações, o Doutor Ricardo Lemos, que pertence à Secção dos Oceanos da Liga da Proteção da Natureza, apresentou uma visão crítica da Política Comum de Pescas com salvaguarda do interesse nacional, mormente um melhor conhecimento do manancial piscícola, uma gestão equilibrada dos recursos vivos com a aquicultura desligada do esforço de pesca e que revista uma feição adaptativa fortalecedora do tecido social e da necessidade imperiosa de estabilizar a cadeia de produção. Seguiu-se um animado debate com uma participação muito interessada da audiência que se focalizou em temas da actualidade marítima, designadamente a pirataria, a catástrofe ecológica do Golfo do México e a importância económica e social da pequena pesca. c) Conferência “Conjuntura Marítima 2010: Oportunidades e Desafios”, que decorreu como fora programada nos dias 8, 9, 15 e 16 de Julho, reunindo um conjunto diverso de dezanove comunicações apresentadas por individualidades de reconhecido mérito – de que apenas uma foi lida devido a impedimento de presença da sua autora, a doutoranda Isabel Torres de Noronha –, em cinco painéis que moderados com eficácia por prestigiadas figuras públicas permitiram o debate a uma audiência interessada. Apesar das sessões terem ocorrido nas tardes de 5.ª e 6.ª feiras com o intervalo de uma semana, registou-se em qualquer uma delas uma significativa presença média de cerca de quarenta 38 33 36 33 pessoas. No dia 16 de Julho, S. Ex.ª o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar dignou-se participar na sessão de encerramento, o que sobremaneira honrou esta Conferência. As conclusões da sessão “Qual a importância eleitoral do Mar?” promovida pela Secção de Geografia dos Oceanos de 23 de Julho de 2009, acima reproduzidas, conduziram à preparação e convocatória desta Conferência. Considerou-se então ser oportuno propor uma análise de conjuntura para melhor percecionar a realidade marítima nacional no contexto da última legislatura (2005-2009) e o início da actual (2010-2013). A escolha das cinco áreas temáticas dos painéis, se bem que discutível, espelha inquietações sobre o Oceano como o principal activo físico e sócio-cultural de Portugal, cuja evolução estrutural e institucional de longo prazo deve ser integrada na análise da conjuntura. Em seguida, apresenta-se o contributo de cada painel. (i) Painel 1 – “A Conjuntura Marítima” Moderador, Alm Nuno Vieira Matias (Presidente da Academia de Marinha). _“Os assuntos oceânicos e o Direito do Mar no âmbito multilateral”, Doutoranda Alexandra von Bohm-Amolly (SGL). _“Progresso na Política Marítima Integrada da União Europeia?”, Dr. Tiago Pitta e Cunha. _“Estratégia Nacional para o Mar: que rumo?”, Doutoranda Isabel Torres de Noronha (SGL). Debate e comentários conclusivos. (ii) Painel 2 – “Conjuntura da Economia Marítima” Moderador, Dr. José Almeida Serra (Montepio). _“Condicionantes estruturais”, Prof. doutor João Confraria e Silva (Diretor do Centro de Estudos Aplicados da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa). _”O Mar na Economia Portuguesa”, Prof. cat. Nuno Valério (Instituto Superior de Economia e Gestão). _”Fórum Empresarial da Economia do Mar: que desafios?”, Eng. Fernando Ribeiro e Castro (Secretário-geral do Fórum Empresarial da Economia do Mar). Debate e comentários conclusivos. (iii) Painel 3 – “Actividades marítimas em Portugal: que contributo a curto prazo para o aumento da produtividade nacional?” Moderador, Dr. Bruno Carlos Pinto Basto Bobone (Presidente da Direção da Associação Comercial de Lisboa). _“Pescas e aquicultura”, Prof.ª doutora Margarida Castro (docente e investigadora do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve). _”Portos e transporte marítimo”, Eng. Miguel Sequeira (Presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos – IPTM). _”Indústrias navais”, Eng. José Ventura de Sousa (Secretário-geral da Associação das Indústrias Navais). _”Turismo do mar”, Prof. doutor João Figueira de Sousa (docente e investigador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova). Debate e comentários conclusivos. (iv) Painel 4 – “Governância marítima e costeira” Moderador, Prof. Mário Ruivo (Presidente da Comissão Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável). _”A realidade arquipelágica portuguesa: centralidade atlântica versus periferia europeia?”, Dr. Rodrigo de Oliveira (Subsecretário Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa – Açores). _“Ordenamento costeiro e dos espaços marítimos: que articulação?”, Arq.ª Maria Margarida Almodôvar (Diretora do Departamento de Ordenamento e Regulação do Domínio Hídrico – Instituto da Água). _”Governância colaborativa: uma abordagem aos usos conflituantes do mar”, Prof.ª doutora Lia Vasconcelos (docente e investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova). _”A multiplicidade de competências de intervenção do Estado no mar: que eficiência?”, Cte. João Fonseca Ribeiro. Debate e comentários conclusivos. (v) Painel 5 – “O Nosso Mar: desafio de uma geração” Moderador, Eng. António Duarte Silva. _“As potencialidades do mar profundo: um novo brasil?”, Prof. cat. Fernando Barriga, (Faculdade de Ciências de Lisboa). _”Prospeção e exploração do mar profundo: oportunidades de investigação e de desenvolvimento tecnológico”, Prof. doutor Luís Menezes Pinheiro (Departamento de Geociências – Universidade de Aveiro). _”As energias renováveis offshore”, Doutora Ana Brito e Melo (coordenadora da área de investigação e prestação de serviços do Centro de Energia das Ondas). _”O Nosso Mar: da descoberta geográfica e do conhecimento à sua apropriação”, Prof. doutor Henrique Souto (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova). Debate e comentários conclusivos. (vi) Encerramento _“Conferência Conjuntura Marítima 2010: comentários conclusivos”, VAlm Henrique da Fonseca (Presidente da Comissão de Relações Internacionais da SGL). _”Conferência anual Conjuntura Marítima: a singradura”, CAlm José Bastos Saldanha (Presidente da Secção de Geografia dos Oceanos da SGL). _Intervenção de S. Ex.ª o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Dr. Marcos Perestrello. _Palavras de encerramento, Prof. cat. Luís Aires-Barros (Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa). Os resultados da Conferência serão divulgados em documento próprio a publicar no primeiro semestre de 2011, cujo resumo será inserido no Relatório Anual das Atividades de Secção de Geografia dos Oceanos, referido a 31 de Dezembro de 2011. d) Em 11 de Outubro, a Secção de Geografia dos Oceanos organizou uma sessão evocativa do Dia Internacional para a Redução das Catástrofes Naturais na Sociedade de Geografia de Lisboa que assim se associou à efeméride e a que se dignou assistir S. Ex.ª o Secretário de Estado da Proteção Civil, Dr. Vasco Franco. Sob a presidência do Prof. cat. Luís Aires-Barros, que abriu a sessão, intervieram: _ “Significado da evocação do Dia Internacional para a Redução das Catástrofes Naturais”, Luís Mendes Victor. (1.ª parte) _ ”Riscos em Meteorologia e Clima?”, António Pedro Viterbo. _ ”Vigilância Sísmica: Situação Actual e Novos Desafios”, Fernando Carrilho. _ “Desenvolvimento do Sistema de Alerta contra Tsunamis em Portugal”, Luís Marques Matias. _ “Vulnerabilidades e Desenvolvimento Social, Breve Reflexão”, Manuel João Ribeiro. (2.ª parte) _ “O Ordenamento do Território e a Redução dos Riscos”, Eugénio Sequeira. _ “Desenvolvimento sem Destruição – Papel da Geologia na Protecção contra os Desastres Naturais na Zona Costeira”, José Hipólito Monteiro No termo de cada das partes foi aberto um curto período de debate, que serviu para evidenciar a importância temática e o interesse que suscitou na audiência. No encerramento: _ O Prof. Mendes Victor enfatizou o seguinte: (i) Em resposta aos desafios postos pela ocorrência dos riscos naturais, os cientistas e engenheiros, de inúmeras especialidades, devem prioritariamente: – Promover a avaliação quantitativa dos processos físicos, biológicos e de ordenamento que provocam os desastres naturais, com o objectivo de acelerar a previsão a curto prazo dos impactes nas Sociedades e, em particular, nos setores da construção e nos ecossistemas. Por outro lado, os 34 35 34 35