Artigo original Mapeamento dos diversos tipos de neoplasia analisados no serviço de patologia do Hospital Regional da Asa Norte, Distrito Federal, Brasil Paulo Gustavo Bergerot e Marcelo Jorge Carneiro de Freitas RESUMO Introdução. O perfil epidemiológico tem grande importância no direcionamento das ações de saúde. Como centro de atenção secundária à saúde, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), tem significante papel no diagnóstico de câncer no Distrito Federal. Objetivo. Determinar o perfil epidemiológico dos diagnósticos histopatológicos de câncer realizados no HRAN em período de dois anos. Método. Foram analisados laudos histopatológicos realizados no HRAN de janeiro de 2010 a dezembro de 2011. Para isso consideraram-se o tipo histológico da neoplasia; tipo de material enviado para análise (órgão acometido); sexo e idade do paciente identificado; número do arquivo, mês e ano do diagnóstico. Resultados. Foram revistos 15.311 laudos, realizados em 2010 (n = 8.490) e 2011 (n = 6.821), dos quais 2.234 cumpriram os critérios de inclusão. A idade em média foi 62,5 anos, com 1.249 (55,8%) pacientes do sexo masculino e 985 (44%) do feminino. Os principais diagnósticos encontrados foram: neoplasias de pele (68%), próstata (7%), intestino (4%), cavidade oral (3%), mama (3%), pulmão (3%), estômago (2%), esôfago e fígado (1%). Conclusão. De acordo com a amostra estudada, notou-se desproporção nos valores encontrados de alguns tipos de câncer, confrontados com os dados epidemiológicos disponíveis na literatura para essa mesma região. Este estudo ressalta a importância desse tipo de avaliação para a instituição e para a gestão em saúde pública, podendo ser estendida Paulo Gustavo Bergerot – médico residente em Clínica Médica, Hospital Regional da Asa Norte, Brasília, DF Marcelo Jorge Carneiro de Freitas – hematologista, preceptor do programa de residência em Clínica Médica, Hospital Regional da Asa Norte, Brasília, DF. Especialista em Hematologia pela Sociedade Brasileira de Hematologia Correspondência: Paulo Gustavo Bergerot. SQN 107, bloco E, apartamento 122, Asa Norte, CEP 70743-050 Brasília – DF Internet: [email protected] Conflito de interesses: declaramos a inexistência de conflito de interesses. Recebido em 12-12-2012. Aceito em 20-6-2013. aos demais centros de saúde da rede pública e ser realizada de maneira contínua. Palavras-chave. Câncer; epidemiologia; Distrito Federal. Abstract Mapping of the various types of cancer analyzed in the Pathology Service of Hospital Regional da Asa Norte, Federal District of Brazil Background. The epidemiological profile of cancer is strongly associated with changes based on different Brasília Med 2013;50(2):99-104 • 99 artigo original regions and cultures. It is a condition with a great social and economic impact. For this reason, there is a great interest in the early detection of cancer. In the context of public health, it is known that diagnostic investigations are initiated in primary care and then referred to specialized services, such as Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), located in the Federal District of Brazil. Objective. To determine the epidemiological profile of the histopathological diagnoses of cancer established at HRAN in the period of two years. Method. The histopathological reports done at HRAN between January 2010 and December 2011 were evaluated. The histological type of cancer, type of material sent for analysis (organ involved), gender and age of the patients identified, file number, month and year of diagnosis were considered. Results. 15,311 medical reports, all done between 2010 (n = 8,490) and 2011 (n = 6,821), were reviewed, and 2,234 met the inclusion criteria; of these, 1,249 (55.8%) were male and 985 (44%) were female. The mean age was 62.51 years. Conclusion. According to the sample analyzed, a disparity was observed in the values found for some types of cancer, as compared with epidemiological data available in the literature for the same region. This study highlights the importance of this type of evaluation for the institution and public health management. This evaluation can be extended to other public health centers and be carried out continuously. Key words. Cancer; epidemiology; Federal District. INTRODUÇÃO O número de novos casos de câncer tem crescido de maneira significativa em todo o mundo. Notase esse fato, principalmente a partir do meado para o fim do século passado, período em que se observa crescente interesse e incremento nas pesquisas epidemiológicas para essa doença, levando grande desenvolvimento técnico à área da oncologia.1 Atualmente o câncer é considerado um dos maiores agravos à saúde pública mundial 100 • Brasília Med 2013;50(2):99-104 e, no Brasil, desde o ano 2000, as neoplasias são a segunda causa de morte, após as doenças cardiovasculares, superando inclusive mortes por causas externas.1 Segundo estimativas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2004, do total de 7,4 milhões de óbitos por câncer mais de 70% ocorreram em países de média ou baixa renda; estimativas para 2020 apontam que 60% dos quinze milhões de casos previstos ocorrerão em países em desenvolvimento.2 No Brasil, os problemas relacionados ao câncer ganham marcada relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando. Sabe-se que, em países desenvolvidos, predominam os cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon. Essa realidade é significativamente diferente em países em desenvolvimento, onde os cânceres predominantes são os de estômago, fígado, cavidade oral e colo do útero.3 Esse padrão tem mudado rapidamente, com aumento progressivo nos cânceres de pulmão, mama e cólon e reto, os quais, historicamente, não apresentavam essa importância e magnitude. Para o ano de 2010, no Brasil, segundo dados estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e válidos também para o ano de 2011, há a ocorrência de aproximadamente 489.270 casos novos de câncer, sendo o total de 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para o sexo feminino.3 São relatados diferentes padrões de distribuição dos diversos tipos de câncer em razão das características de cada região, o que enfatiza a necessidade do estudo das variações geográficas nos padrões dessa doença uma vez que esse conhecimento permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira.4 Especificamente para o Distrito Federal, dados apontam 5.930 casos em 2010, cuja distribuição por sexo se diferencia. Os mesmos dados são válidos para 2011.3 Assim, no sexo masculino, os tumores mais incidentes são: próstata (560), cólon e reto (160), traqueia, brônquio e pulmão (190), estômago (150), cavidade oral (110), leucemias (60), esôfago (60), pele melanoma (30) e pele não Paulo Gustavo Bergerot e col. • Mapeamento dos diversos tipos de neoplasia melanoma (440). No sexo feminino, predominam: mama (670), colo do útero (230), cólon e reto (210), traqueia, brônquio e pulmão (110), estômago (90), leucemias (60), cavidade oral, (40), pele melanoma (30) e esôfago (30).3 É de grande interesse a detecção precoce do câncer na rede pública de saúde. Nesse contexto, sabe-se que muitas das investigações diagnósticas são iniciadas na rede básica, sendo então encaminhadas aos serviços especializados,5 situação esta presente no Distrito Federal que tem o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), hospital secundário da rede pública do governo do Distrito Federal (GDF) como importante centro diagnóstico desse tipo de doença. Trata-se de hospital público considerado como um centro de referência na região do Distrito Federal em Clínica Médica e que conta com estrutura para as principais especialidades clínicas e, em algumas especialidades preponderantemente cirúrgicas, já oferecem suporte e estrutura de alta complexidade, portanto de nível terciário. É, assim, de capital importância o conhecimento do volume de casos que são diagnosticados como algum tipo de neoplasia neste serviço para melhor manejo e controle clínicos e melhor entendimento e celeridade nos processos de gestão. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos diagnósticos de câncer feitos no HRAN no período de dois anos. Para isso, realizou-se uma análise quantitativa dos diagnósticos histopatológicos efetuados no HRAN com mapeamento dos diversos tipos de neoplasia, analiando-se as faixas etárias, os tipos de câncer, bem como se analisando a relação existente entre sexo e diagnóstico de câncer. MÉTODO Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e epidemiológico em que foram analisados os registros de laudos histopatológicos realizados no serviço de patologia do HRAN, relativos ao período compreendido desde 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Secretária de Saúde do Distrito Federal, parecer 206/2012. Os laudos foram resgatados dos arquivos do serviço de anatomia patológica do HRAN e coletados os seguintes dados: tipo histológico da neoplasia; tipo de material enviado para análise (órgão acometido); sexo e idade do paciente identificado; número do arquivo, mês e ano do diagnóstico. Como critério de inclusão estabeleceu-se: laudos histopatológicos positivos para neoplasias malignas; laudos preenchidos corretamente e que contenham todos os dados a serem coletados; laudos realizados no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011. Como critérios de exclusão têm-se: laudos histopatológicos positivos para neoplasias benignas; laudos mal preenchidos ou com falta de um dos dados a serem coletados, laudos positivos para neoplasias malignas ou benignas ginecológicos. Para análise estatística, descritiva, dos dados utilizaram-se os programas Microsoft Excel versão 2007 e SPSS versão 17.0 para Mac. RESULTADOS Foram avaliados 15.311 laudos, que somam o total de exames realizados pelo serviço de anatomia patológica do HRAN nos anos de 2010 (n = 8.490) e 2011 (n = 6.821). Desse total, 2.239 laudos corresponderam aos critérios de inclusão, sendo cinco excluídos da amostra, como visto na tabela 1. Tabela 1. Total de laudos avaliados e total de laudos positivos para neoplasia maligna Laudos 2010 2011 Total Avaliados 8.490 6.821 15.311 Com neoplasia 1.110 1.129 2.239 Brasília Med 2013;50(2):99-104 • 101 artigo original Tabela 2. Total de casos, frequência por sexo e média de idade dos pacientes envolvidos n (%) Masculino Feminino Totais 1.249 (55,8) 985 (44) 2.234 (100) Idade (anos) Mínimo 15 9 9 Máximo 99 103 103 63 60,9 62,5 14,6 17,5 16 Média Desvio-Padrão Tabela 3. Frequência e localização das neoplasias malignas diagnosticadas Localizações e órgãos Pele Frequências Percentuais 1512 67,5 Próstata 153 6,8 Intestino grosso 88 3,9 Linfonodo 81 3,6 Cavidade oral 70 3,1 Mama 64 2,8 Pulmão 63 2,8 Estômago 39 1,7 20 0,8 20 0,8 19 0,8 16 0,7 14 0,6 14 0,6 12 0,5 11 0,4 10 0,4 9 0,4 5 0,2 4 0,1 Mediastino 3 0,1 Ânus 3 0,1 Pericárdio 2 0,08 Faringe 2 0,08 Pênis 2 0,08 Vias biliares 2 0,08 1 0,04 2.238 100 Esôfago Fígado Cavidade abdominal Rim Intestino delgado Medula óssea Osteomuscular/partes moles Bexiga Tireoide Vesicular biliar Pâncreas Laringe Testículo Totais 102 • Brasília Med 2013;50(2):99-104 Na tabela 2, encontra-se o perfil demográfico da amostra, e o sexo masculino foi o mais frequente. A média etária foi 62,5 anos com variação de 9 a 103 anos e com desvio-padrão de 16 anos. Na tabela 3, observa-se a localização e os órgãos acometidos, que somam 27 sítios distintos de neoplasia maligna primária ou metastática com as respectivas frequências em números absolutos e em valores percentuais. Cabe destacar alguns valores como os casos das neoplasias de pele (68%), próstata (7%), intestino (4%), linfonodos (4%), cavidade oral (3%), mama (3%), pulmão (3%), estômago (2%), esôfago e fígado (1%). Do total de casos agruparam-se os tipos de neoplasia pertencentes ao mesmo sistema, o que permitiu aproximar a frequência relativa a diferentes tipos de neoplasia, como mostra a tabela 4. Em números absolutos e em números percentuais, teremos laudos positivos para neoplasias malignas primárias ou metastáticas em sistema cutâneo: 1.512 (67,5%), gastrointestinal 200 (8,9%), genitourinário 183 (8,2%), hematológico 95 (4,3%), em cavidade oral 70 (3,1%), respiratório 69 (3,1%) e de mama 64 casos (2,9%). As tabelas 5 e 6 apresentam a prevalência dos diagnósticos por sexo nos períodos de 2010 e 2011 bem como a estabelecida para o Distrito Federal, publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), seguida da relação encontrada entre as amostras para o período total estudado, para o período de 2010 a 2011, no que concerne ao diagnóstico histopatológico de neoplasias malignas. Tabela 4. Agrupamento das diferentes neoplasias por sistemas comuns Localização e órgão Cutâneo Gastrointestinal Genitourinário Hematológico Cavidade oral Respiratório Mama Partes moles Endócrino Osteomuscular Total Frequência Percentual 1.512 200 183 95 70 69 64 26 10 9 2.338 67,5 8,9 8,2 4,3 3,1 3,1 2,9 1,2 0,4 0,4 100 Paulo Gustavo Bergerot e col. • Mapeamento dos diversos tipos de neoplasia Na figura 1, observa-se a representação gráfica com o somatório dos dados para o período total estudado, estabelecendo-se dessa forma uma comparação entre a incidência obtida no HRAN e a estimada pelo INCA para o Distrito Federal. Tabela 5. Dados do presente estudo confrontados com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o mesmo período para o sexo masculino Homens Próstata Traqueia, brônquios e pulmões Estômago Cólon e reto Cavidade oral Esôfago Linfomas Pele melanoma Pele não melanoma 2010 2011 Distrito Federal* (por ano) Relação HRAN/DF (período 2010+2011) (%) 81 12 8 24 20 14 8 8 396 72 26 13 22 32 4 7 9 389 560 190 150 160 110 60 30 440 13,6 10,0 7,0 14,3 23,6 15,0 28,0 89,2 * Fonte: estimativa 2010 e 2011: incidência de câncer no Brasil.3 Tabela 6. Dados do presente estudo confrontados com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o mesmo período quanto ao sexo feminino Mulheres Mama Cólon e reto Traqueia, brônquios e pulmões Estômago Linfomas Cavidade oral Pele melanoma Esôfago Pele não melanoma 2010 2011 Distrito Federal* (por ano) Relação HRAN/DF (período 20102011)(%) 38 19 11 11 5 5 8 2 352 28 23 14 6 10 13 4 0 341 670 210 110 90 40 30 30 560 4,9 10,0 11,3 9,4 22,5 20,0 3,3 61,8 * Fonte: estimativa 2010 e 2011: incidência de câncer no Brasil.3 HRAN HRAN DF 1200 1400 1000 1200 DF 1000 800 800 600 600 400 Pele não Melanoma Esôfago Melanoma Boca Estômago Pulmão Cólon e Reto Pele não melanoma Melanoma Esôfago Boca Cólon e Reto Estômago Pulmão 0 Próstata 200 0 Mama 400 200 Figura 1. Frequência de câncer do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) constatada pelo presente estudo confrontada com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o mesmo período analisados por sexo.3 Observa-se uma significativa aproximação dos valores para câncer de pele não melanoma em ambos os sexos. Brasília Med 2013;50(2):99-104 • 103 artigo original DISCUSSÃO Este estudo apresentou as características epidemiológicas de diagnóstico de câncer no Hospital Regional da Asa Norte. Na maioria, os diagnósticos histopatológicos de câncer no hospital são realizados no serviço de patologia do próprio HRAN, sendo, em uma minoria não quantificada neste estudo, realizados em laboratórios privados. Pode-se observar predominância de diagnósticos de câncer de pele, quando comparados com os demais tipos. Observou-se que as neoplasias de pele não melanoma foram as mais diagnosticadas e as que mais se aproximaram dos dados encontrados na literatura (89,2% em homens e 61,8% em mulheres).3 Essa predominância mostra-se desproporcional, quando comparados os dados obtidos aos dados encontrados na literatura.3 Uma possível razão para essa ocorrência, talvez seja o fato de o serviço de dermatologia do HRAN desenvolver campanhas e mutirões junto à população local, bem como à estruturação do serviço, que conta com ambulatórios e rotinas, direcionado especificamente para a realização deste tipo de diagnóstico. O baixo índice de diagnósticos de câncer de mama também se encontra desproporcional se tomarmos como base as previsões epidemiológicas para o mesmo período estudado para a região.3 Este fato poderia ser explicado pela a existência de outros centros na rede pública, também localizados no Distrito Federal, que são estruturados e direcionados para a ginecologia-obstetrícia e, mais especificamente, às doenças da mama. Isso evidencia a necessidade de estudos nos principais centros de diagnósticos da região como forma de melhor avaliação da realidade do Distrito Federal. Em relação aos diagnósticos de neoplasias de estômago, esôfago e pulmão, esperávamos haver maior representatividade em relação às outras especialidades, baseados nos dados epidemiológicos, considerando-se a boa estruturação desses serviços no hospital. Contudo, há de se ressaltar que o serviço de endoscopia digestiva do HRAN foi reestruturado, 104 • Brasília Med 2013;50(2):99-104 tanto no que diz respeito às instalações quanto ao corpo clínico, no mesmo período de tempo em que este estudo foi realizado. Houve também a criação do serviço de cirurgia torácica com inicio de atividades junto ao serviço de pneumologia a partir do início de 2011, o que propicia maior número de diagnósticos de vias aéreas inferiores por meio de procedimentos específicos. Relativamente às demais especialidades médicas há um número consideravelmente alto nos diagnósticos de neoplasias de cavidade oral, com laudos enviados pela equipe de odontologia do HRAN com boa aproximação aos índices epidemiológicos para o Distrito Federal. Em conclusão, o presente estudo traz uma imagem acerca da representatividade do HRAN no cenário do Distrito Federal em relação ao diagnóstico de diversos tipos de neoplasias. Evidencia também a importância da realização de estudos epidemiológicos, ainda escassos na região, que permitem melhor conhecimento e reconhecimento das necessidades. Possibilita, dessa forma, uma otimização da gestão em saúde, maior rapidez e assertividade no processo diagnóstico-tratamento. Naturalmente traz também benefícios para o funcionamento de todo o sistema de saúde, incluindo-se o próprio hospital, os profissionais e, principalmente, os pacientes. REFERÊNCIAS 1. Boing FA, Vargas SAL, Boing AC. A carga das neoplasias no Brasil: mortalidade e morbidade hospitalar entre 2002-2004. Rev Assoc Méd Bras. 2007;53(4):317-22. 2. World Health Organization. Cancer. Fact sheet nº 297, February 2009. Retirado em 2 jan 2012: http://www.who.int/mediacentre/ factsheets/fs297/en/print.html. 3. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Previdência e Vigilância. 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