O ciclo alimentar da vida

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Nº 86
Outubro/2009
O ciclo alimentar da vida
Da fase de bebê à infância, adolescência,
maturidade e velhice, o ser humano atravessa ciclos
de aprendizado e desenvolvimento alimentar com
um desafio constante: aliar o prazer da comida
à necessidade de uma nutrição saudável e da
qualidade de vida.
A chegada do bebê é um momento de alegria para a mãe,
advindo da grande espera, associado ao prazer do contato físico e à descoberta desse novo
morador. Contudo, traz consigo
também a angústia materna do
cuidado contínuo, da dedicação
exclusiva e de, muitas vezes,
ter sua vida em segundo plano,
não por obrigação, mas pela
extrema preocupação de “dar
conta” de tudo e não falhar em
absolutamente nada.
Preocupação inicial – Será
que tenho leite suficiente? O
bebê está engordando? Essas
são as dúvidas mais comuns e
levam, infelizmente, a uma ansiedade progressiva que acaba
prejudicando o aleitamento.
De que forma isso ocorre?
A prolactina, hormônio que
estimula a produção de leite,
é gerada num local do cérebro
próximo ao nosso sistema
límbico (responsável pelas
emoções). O resultado dessa
equação é simples: mãe estressada (por qualquer motivo) é
sinônimo de “leite ausente”, o
que provoca o choro do bebê
e angustia ainda mais a mãe.
O circulo se fecha quando,
por medo de deixar a criança
com fome, aparece “aquela
mamadeira” que já ganhamos
no chá de bebê e pronto: lá vai
o chazinho que a vizinha indicou e depois o leite, que com
certeza calará o pequeno, mas
trará ainda mais desconforto à
mãe – ela se sente incapaz e
abandona a amamentação.
Amamentar é uma arte,
exige paciência e resignação,
pois, a qualquer momento,
devemos estar prontas para
oferecer o alimento que já está
quentinho e pronto e ... tão
saudável, agregando, além de
nutrientes necessários, fatores
de proteção contra doenças. O
aleitamento materno é acompanhado pelo amor, repassado
continuamente pelo toque e
entrega da mãe.
Fim da licença – Outro
momento difícil para a mãe é o
término da licença-maternidade. Aí surgem novas dúvidas e
ansiedades: quem cuidará do
meu pequenino? O que comerá? Posso colher o leite?
Na prática, notamos que,
se a mãe tiver tranquilidade,
SAIBA MAIS:
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poderá colher leite e suprir
as necessidades do lactente. Porém, com a atividade
diária, ansiedade e acúmulo
de tarefas, isso não ocorre
de forma satisfatória. Aflitas,
elas recorrem aos conselhos
das mães e avós, como: muito
líquido, leite e cerveja preta;
começam a apelar para medicamentos, bombinhas e, vendo o
volume de leite reduzir, chega o
momento em que, aos prantos
(da mãe e do bebê), rende-se
e oferece a tão famigerada
mamadeira.
A partir desse momento, os
pequenos são introduzidos no
mundo dos alimentos industrializados, e começa a empreitada
de fazê-los adaptar-se a sabores
e consistências totalmente
inexploradas, que poderão ser o
prazer ou o horror para ambos.
(Leia mais sobre “O ciclo alimentar da vida” nas páginas 2 e 3)
O poder dos alimentos funcionais
Despesas hospitalares requerem atenção
AVC: aprenda a prevenir-se
Eventos Cabesp na Afabesp e Afubesp
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Hábito alimentar
O desafio da dieta s
Será que o alimento está salgado, doce, duro, mole? Será que vai engasgar? É
suficiente? E assim, mês a mês, vamos moldando o hábito alimentar da criança
com uma dieta que, nem sempre, é a preconizada por uma nutricionista, mas a
que cabe no bolso e no paladar dos pais. Por isso, vigiai vossas escolhas: alimentos saudáveis e necessários ao cardápio dos pequenos podem não ser do agrado
dos pais.
A todo o momento, olhos
atentos e curiosos recaem
sobre nós, observando nossas
reações: aquele nariz torto
para o fígado acebolado pode
marcar para sempre a memória daquele que nem conhece ou experimentou esse
alimento. Sem falar daquelas
situações em que, a despeito
dos pais, a criança inicia uma
recusa infundada a alimentos
recém apresentados.
Quando ocorre essa recusa,
os pais se deparam com a
maior prova de fogo: deixamos passar e oferecemos algo
aceito por ele (biscoitos, por
exemplo)? Ou somos firmes e
deixamos que a criança espere até a próxima refeição? É
uma primeira prova de limites
(também para os pais) que
faz surgir velhas indagações:
meu bebê pode ficar doentinho? E se ele não crescer?
Será tudo minha culpa...
É nessa hora que a criança
(naturalmente esperta e
pronta para aprender),
percebendo a fragilidade
da mãe, pode fazer “cenas”
para conseguir satisfazer
seus desejos. É um período
de “tormento materno” pois,
além dos doces, ela se desdobra na realização de pratos
mirabolantes e algumas vezes
bem interessantes, ricos em
calorias e poucos nutrientes,
sem falar da ida ao pediatra
em que, após muita insistên-
cia, consegue-se a receita do
estimulante de apetite. Na
ânsia de encontrar soluções,
a busca de ajuda prossegue
em locais e pessoas nem
sempre adequadas: internet,
avós, mães, vizinhas e amigos
– o que deixa a mãe cada vez
mais confusa.
Devemos entender as necessidades de cada criança e
não criarmos hábitos que não
fazem parte de sua natureza.
Se a criança tem acompanhamento pediátrico em que a
curva de seu crescimento seja
respeitada e o peso mantido
(mesmo que em níveis inferiores), se está saudável, sem
doenças graves que levem a
internações e com controles
laboratoriais adequados, sem
anemia, verminoses, etc, devemos apenas monitorá-las.
Lembre-se:
somente o médico
da criança pode
avaliar seu
desenvolvimento
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a saudável e nutritiva
A evolução nutricional, fase a fase
Incluir a criança na rotina
familiar com horário regular
de alimentação, promover as
refeições à mesa e não em
lugares especiais (nunca em
frente à TV) e muito menos
com atitudes mirabolantes e de
suborno que levem a pequenos
“circos diários” trazem paz e
equilíbrio a todos.
Devemos respeitar os ciclos
de evolução da criança, pois
existem as fases: na de dois a
seis anos é comum certa birra
e aparência de magro; após os
seis anos inicia-se fase de repleção (engorda) que culminará
na adolescência com o estirão
(crescimento), responsável pelo
corpo esbelto e tão esperado.
Nessa fase, tudo muda. Mas,
se não tivermos tido a compreensão e o manejo adequa-
do na infância, podemos criar
os gordos compulsivos, que já
trazem em suas consciências
a necessidade de alimentação
constante.
A autoimagem do adolescente é fundamental para sua
entrada agora na sociedade,
no grupo de amigos, que adota
padrões e discrimina os que a
ele não pertencem, advindo
revolta, depressão e, consequentemente, mais comida...
Alguns, no entanto, vão na
contramão da destruição: para
serem aceitos na comunidade
(que idolatra o “magro”), eles
passam, conscientemente,
a não comer absolutamente
nada, tornando-se anoréticos.
A vida passa e somos
“forçados” a dietas restritivas
ou especiais, para controle da
obesidade, colesterol elevado,
triglicérides, diabetes: doenças
modernas decorrentes da má
alimentação, irregularidade nas
atividades físicas, enfim, indisciplina em hábitos que agora só
dependem de nós.
Envelhecemos e retornamos
ao começo da vida: cuidados
por familiares preocupados
com nossa saúde, temos nossa
alimentação controlada (sem
sal, sem açúcar, sem gordura...
que horror!).
“Doutor, minha mãe (pai)
não come!”
Como disse Dr. Drauzio
Varella “Parece vingança da
roda do tempo, que insiste em
dar voltas completas e inverter
papéis”.
Dra. Elizabeth F.G. Esperante,
médica pediatra, gerente de
Auditoria Médica e Regulação
da Cabesp
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nutrição
O poder dos alimentos funcionais
Com o aumento da expectativa de vida da população, surge no mundo nutricional a alegação da propriedade funcional de um alimento – aquela que sugere ou
implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doenças ou
condições relacionadas à saúde.
Os alimentos funcionais podem
promover benefícios fisiológicos
ou reduzir o risco de doença
crônica. Foi demonstrado
grande impacto da dieta em
doenças como: aterosclerose,
diabetes do tipo 2 e neoplasias menos frequentes nas
populações que têm hábitos
mais saudáveis. Os principais
componentes desses alimentos
que contribuem na prevenção
das doenças cardiovasculares
são as isoflavonas (contidos na
soja), as lignanas e o ômega-3
(contidos na semente de linhaça), as beta-glucanas (aveia),
a gordura monoinsaturada e os
agentes fenólicos (do azeite de
oliva) e o resveratol (oleaginosas, uvas e vinho tinto). Nessa
edição, apresentaremos as
características funcionais da
linhaça.
A semente de linhaça contém
35% de sua composição na for-
ma de óleo, da qual 55% são
compostas de ácido alfalinolênico (ômega 3) e 15% a 18%
de ácido linoléico (ômega 6).
Na composição da semente de
linhaça também estão presentes
proteínas, fibras, vitamina E e
minerais, propriedades extraídas de suas sementes por
compressão a frio, fato que preserva sua atividade funcional. A
propriedade funcional da linhaça está relacionada por auxiliar
na prevenção de alguns tipos
de câncer, melhorar o funcionamento intestinal, contribuir para
a estabilidade da glicemia em
diabéticos e possuir propriedades antioxidantes que retardam
o envelhecimento celular.
A linhaça tem influências favoráveis à resposta ao sistema
imunológico devido à presença
do ácido alfalinolênico (ômega 3),
que vem sendo extensivamente
pesquisado e seus benefícios
comprovados.
Como melhorar a imunidade pela alimentação
•Gorduras “boas” – Alguns ácidos graxos insaturados têm o poder de melhorar a resposta
imunológica quando associados a uma alimentação balanceada. Destaque aos Ômega 3 e 6, que
têm como principal função a regulação de algumas células imunológicas. Esses nutrientes estão em
peixes e castanhas, como as nozes, castanha do Pará e caju.
•Carotenóides – Encontrados principalmente em vegetais e frutas de cores amarela, laranja e
vermelhas. Ativam o sistema imunológico, logo melhoram a defesa do organismo.
•Vitamina E – Encontrada em alguns óleos vegetais como óleo de milho, soja e no azeite de oliva.
Quando ingerida, melhora a resposta imunológica e também é considerada um antioxidante.
•Vitamina C – Tem ação antioxidante e melhora os efeitos da vitamina E, regenerando suas
fórmulas de ação quando ocorrem formações de radicais livres. Tem efeitos benéficos principalmente
em infecções respiratórias e nas gripes. Fontes: laranja, acerola, limão, abacaxi, mexerica, entre
outras frutas ácidas.
•Carboidrato – Tem sido frequentemente associado à melhora do sistema imune, especialmente
se suplementado durante treinos longos e/ou intensos. Deve ser consumido na alimentação de
forma fracionada, e durante os treinos, sendo as melhores formas de suplementação os géis e as
bebidas esportivas.
•Probióticos: são bactérias benéficas contidas no iogurte, leite fermentado ou vendidas na forma
de suplementos, que reforçam o sistema imunológico.
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Inteira ou moída,
o jeito de ingerir
A linhaça pode ser encontrada
sob as formas de semente, farinha, óleo ou pasta. Pensando
em aproveitar ao máximo todos
os seus nutrientes, seria melhor
evitar comprá-la sob a forma de
farinha, devido à alta suscetibilidade de oxidação dos ácidos
graxos. O ideal é comprar as
sementes e triturá-las antes do
consumo, já que alguns estudos
apontam que os efeitos dos
grãos potencializam-se quando
moídos ou, preferencialmente,
recém-triturados.
A consultora nutricional
Luciana Coppini lembra que
a semente de linhaça moída
traz mais benefícios nutricionais
que a semente inteira, que
possui uma casca resistente,
difícil de digerir. “Uma forma
fácil de quebrar as sementes é
passá-las em um processador
ou liquidificador usando apenas
a tecla pulsar para que não vire
pó e perca as funções de fibra”,
explica Luciana. Depois, completa, guarde-as em refrigerador, fora da luz. Desta forma, a
utilização será ainda melhor.
Para favorecer a ingestão aos
que não apreciam o gosto da
semente, a nutricionista recomenda a utilização do grão processado em iogurtes, saladas,
sucos, vitaminas, misturada a
cereais, massas de pães e bolos
e em todos os outros alimentos.
As sementes também podem
substituir o óleo ou gordura
utilizada em uma receita. Por
exemplo, se uma receita pedir
1/3 xícara (chá) de óleo, use
1 colher (sopa) de semente de
linhaça moída, em substituição.
A quantia necessária, de
acordo com Luciana, é de duas
colheres de sopa ao dia que
podem ser diluídas ao longo do
período.
Fonte: nutricionista Luciana Coppini
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ESPAÇO PUBLICITÁRIO
Fique por dentro
Despesa hospitalar
requer atenção
Não são raros os casos de beneficiários com dúvida no momento do fechamento da conta hospitalar, após internação. É
preciso ficar atento tanto para a cobrança de despesas que são
de responsabilidade do convênio como para aquelas não relacionadas à internação, como telefonemas, compra de revistas,
jornais, lanches, etc. Itens como estes não são cobertos pelo
plano de saúde e, portanto, as despesas devem ser acertadas
diretamente com a instituição hospitalar.
Se tiver dúvidas na hora de fechar a conta hospitalar, contate
o Disque Cabesp (0800-722 2636) para verificar a procedência da cobrança antes de qualquer quitação. Assim, o acerto
e regularização de possíveis cobranças indevidas ficam muito
mais fáceis de serem resolvidos e não ficarão na dependência
de reembolsos futuros.
PAP E PAFE
Acompanhe, abaixo, os resultados operacionais dos planos da assistência Direta, PAP e
PAFE, relativos aos valores médios acumulados de janeiro a setembro de 2009.
Resultado Operacional Médio* - JANEIRO/2009 a SETEMBRO/2009
Receita Operacional ASSISTÊNCIA
DIRETA
Médias mensais*
PAFE
PAP
8.211.348,75
470.227,35
1.742.336,77
Receita com Contribuições
6.491.348,54
399.411,97
1.741.136,71
Copar., Ressarcim. e Util. Indev. Méd. e Odont.
1.048.463,47
70.815,38
1.200,06
671.536,74
0,00
0,00
Receitas com Admin. de Planos + Oper. AMH
Despesa Operacional
(19.464.986,14) (578.940,70) (2.009.702,71)
Despesa Assistencial (Médico + Odonto)
(17.304.295,17)
(499.188,29)
(1.973.915,28)
Despesa Administrativa
(2.160.690,98)
(79.752,41)
(35.787,43)
(11.253.637,40) (108.713,35)
(267.365,94)
Resultado Operacional
credenciamentos
A Cabesp efetivou, nos meses de julho, agosto e setembro, 139 novos credenciamentos em diversas localidades, ampliando a oferta de serviços/especialidades (acompanhe alguns na tabela abaixo). Você também pode
conferir a lista completa dos credenciados Cabesp no www.cabesp.com.br.
Nome / Razão Social
Município / UF
Especialidades Credenciadas
Takahashi e Kariya S/C Ltda
Araras/SP
Dermatologia e Oftalmologia
HO - Hospital do Olho Ltda
Assis/SP
Hospital Oftalmológico
Ana Paula Ghedini Lopes
Batatais/SP
Reumatologia
Ana Paula Aguiar Ferraudo
Botucatu/SP
Pediatria
Policlínica Peruíbe S/C Ltda
Peruíbe/SP
Dermatologia e Oftalmologia
Hospital de Olhos Redentora Ltda
S. José do Rio Preto/SP Hospital Oftalmológico
Uniplan Vida Assistência Medica Ltda ME
S. José dos Campos/SP Pediatria e Cirurgia Geral
Rogério Rodrigues NogueiraTatuí/SPOrtopedia e Traumatologia
Marcelo Henrique Borges
Uberaba/MG
Cardiologia
IOT Instituto de Ortopedia e Traumatologia Ltda
Uberlândia/MG
Medicina Física e Reabilitação (Fisioterapia)
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neurologia
Prevenção de fatores
de risco pode evitar AVC
Terceira maior causa de morte em adultos nos Estados Unidos e a principal de incapacidade, o Acidente
Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata no Brasil, mas nem por isso é conhecida dos brasileiros.
Segundo revelou pesquisa recente da Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo (USP), apenas 15,6%
das pessoas, de uma amostra de 801 moradores de São Paulo, Ribeirão Preto, Salvador (BA) e Fortaleza (CE),
conheciam os sintomas da doença e os cuidados para evitá-la.
O AVC, explica o doutor
Manoel Jacobsen Teixeira,
neurologista, pode ser definido
como qualquer lesão vascular
que reduza o fluxo sanguíneo
de uma determinada região
do cérebro, causando comprometimento neurológico.
Os sintomas podem ter início
súbito, acarretando perda
temporária ou permanente da
função neurológica.
Jacobsen Teixeira lembra,
ainda, que aproximadamente
80% dos AVCs são de natureza isquêmica (causados por
obstrução de vaso cerebral).
Os demais são hemorrágicos
e podem ser consequência de
defeitos arteriais congênitos
(como aneurismas e másformações artériovenosas) ou
devidos a rompimento de vaso
no interior do tecido cerebral.
“Há, ainda, a possibilidade
da transformação de um AVC
isquêmico em hemorrágico”,
explica o neurologista. Em qualquer caso, a rapidez no atendimento médico é essencial para
melhor adequação da conduta,
evitando maiores sequelas.
Acompanhe a entrevista com
Dr. Manoel:
Cabesp +Vida – As pessoas de
forma geral conseguem reconhecer um quadro de AVC?
Dr. Manoel Jacobsen Teixeira – É importante divulgar
o assunto para que as pessoas
se informem. O reconhecimento
do quadro é simples, pois o
paciente pode apresentar, por
exemplo, súbita paralisia ou
adormecimento de um lado do
corpo ou, ainda, dificuldade
para falar.
Cabesp +Vida – Qual é considerado o maior grupo de risco
de AVC?
Dr. Teixeira – São considerados
como grupo de risco os pacientes que apresentem hipertensão
arterial não controlada, diabetes, cardiopatias, dislipidemias,
obesidade, sedentarismo, fumo
(presente em 30% dos casos),
uso de contraceptivos orais,
além de predisposições hereditárias e raciais.
Cabesp +Vida – É possível
evitar um AVC? Como?
Dr. Teixeira – Sim, é possível,
desde que se possa atuar com
medidas preventivas aos fatores
de risco: verificação e tratamento adequado da hipertensão arterial, redução dos níveis
de colesterol e triglicérides
que estejam anormalmente
elevados; controle do diabetes,
tratamento de enfermidades
cardíacas (principalmente
infartes e arritmias); controle
da obesidade, adoção de programas de incentivo à atividade
física orientada e cessação
do tabagismo. Essas medidas
devem ser redobradas quando
houver fatores hereditários bem
caracterizados.
Cabesp +Vida – O que um
socorrista leigo deve fazer
quando presencia uma situação
de AVC?
Dr. Teixeira – Ao suspeitar do
quadro deve-se posicionar o
paciente de modo a facilitar sua
respiração, procurar tranquilizálo enquanto se providencia sua
imediata remoção (resgate ou
outro atendimento de urgência), visto que, de acordo com
o diagnóstico (por exemplo:
no acidente vascular cerebral
isquêmico), as melhores chances de recuperação dependem
de tratamento especializado a
ser aplicado dentro das três
primeiras horas da instalação
do quadro.
Cabesp +Vida – De que
depende a recuperação de um
paciente pós AVC? Quais são
as sequelas? E os tratamentos
mais eficazes?
Dr. Teixeira – A recuperação
vai depender das áreas do cérebro afetadas, da sua extensão,
da sua função, da capacidade
do fluxo sanguíneo colateral
compensatório e, ainda, das
condições clínicas prévias do
paciente. Lesões num hemisfério cerebral acarretam manifestações clínicas do lado oposto
do corpo. No caso do hemisfério esquerdo, por exemplo,
além da deficiência motora,
poderá se somar alteração da
fala (afasia). No caso do AVC
isquêmico, a avaliação em serviços especialmente treinados
para esta finalidade permitirá a
utilização do tratamento trombolítico (antes das três horas do
início do quadro). Nestes serviços, conhecidos como Unidades
de AVC, os pacientes poderão
ser submetidos, inicialmente,
a exames que avaliem sua
condição clínica: bioquímica
completa de sangue, radiogra-
fia de tórax, eletrocardiograma,
ecocardiograma (para avaliação
de patologia cardíaca presente ou subjacente), além de
exames relacionados ao quadro
neurológico como tomografia
computadorizada do crânio
(esta pode sugerir ou identificar
a região cerebral comprometida
e também diagnosticar a ocorrência de hemorragia). Outros
exames relacionados são a ressonância nuclear magnética de
crânio e os estudos angiográficos. Com relação às sequelas
motoras, a reabilitação é orientada por fisiatras e aplicada por
fisioterapeutas, assim como as
alterações da fala, da deglutição, por fonoaudiólogos. Há,
ainda, aspectos ligados à parte
emocional para se considerar,
pois são frequentes os quadros
de depressão em pacientes
pós-AVC.
Cabesp +Vida – Há alguma
faixa etária mais propensa a
AVCs? Por quê?
Dr. Teixeira – Sim. A partir da
sexta década de vida, pois é
a época em que os fatores de
risco mencionados passam a
predominar. Vale ressaltar que
apenas 3% a 4% do total dos
AVCs ocorrem na faixa de 15 a
45 anos.
Cabesp +Vida – Que recomendação o senhor daria a pessoas
com mais de 60 anos para a
prevenção do mal?
Dr. Teixeira – O ideal é poder
atuar de forma preventiva.
Para isso, o controle regular da
pressão arterial, do diabetes,
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da dislipidemia, o tratamento
de enfermidades cardíacas, a
realização de atividade física
regular (sob orientação do
clínico geral ou cardiologista)
e a cessação do tabagismo são
itens importantes quando se
pensa em prevenção do AVC.
Fontes:
•Dr. Manoel Jacobsen Teixeira,
Neurologista credenciado da Cabesp
•http://www.sbh.org.br/
Sintomas comuns
Tratamento
Prevenção
Os sintomas do AVC dependem
da região afetada do cérebro.
Os mais comuns são:
• perda repentina da força
muscular e da memória;
• redução ou perda da visão;
• formigamento em um lado
do corpo, e
• dificuldades para falar.
O tratamento também varia
conforme a área afetada.
De forma geral, deve-se:
• levar a vítima imediatamente
ao hospital;
• quanto antes ela for socorrida,
maior será a chance de se
recuperar sem que restem
sequelas.
Para prevenir o derrame é
fundamental:
• tratar adequadamente a
hipertensão, o diabetes e as
doenças cardíacas;
• manter o nível de colesterol
sob controle;
• fazer exercícios físicos
regularmente;
• não fumar;
• não beber exageradamente.
eventos cabesp
Campanha de
prevenção entra na
reta final
Associados Afubesp
no “Espaço Saúde”
A Campanha de Prevenção
ao Câncer de Mama da Cabesp
convocou mais de oito mil
mulheres de São Paulo, Grande
São Paulo, Interior de São
Paulo e Rio de Janeiro. Desse
total, 13,5% foram excluídas
da campanha por diversos motivos, como já terem realizado
a mamografia antes. Das cerca
de 6900 restantes, aproximadamente 35% já fizeram o exame,
de acordo com levantamento
parcial da equipe responsável.
“É um número expressivo –
afirma Dra. Márcia Brandão,
médica coordenadora do
setor de Promoção à Saúde
da Cabesp –, mas nos preocupamos com as mulheres que
ainda não fizeram o exame.”
Por isso, a Cabesp fará mais
uma convocação a essas beneficiárias. “É importante que
elas se conscientizem de que
mudanças de hábitos incluem
a realização da mamografia
anualmente”, afirma a médica.
Este exame permite a detecção
precoce do câncer, por ser
capaz de mostrar lesões em
fase inicial, muito pequenas (de
milímetros), aumentando em
90% as chances de tratamento
e cura do câncer.
Se você ainda não fez a
mamografia, não perca
mais tempo! Você é
a grande responsável
pela sua saúde.
Cuide-se!
No dia 26 de agosto foi
realizado na Cabesp o “Espaço
Saúde”, evento que contou com
a participação dos beneficiários associados da Afubesp.
Na ocasião, foram realizados
controles clínicos (medidas
de pressão arterial, glicose,
peso, altura e cálculo do IMC)
e uma instrutiva palestra sobre
Alimentação Saudável, proferida pela nutricionista Luciana
Coppini. O evento foi mais uma
ação da Equipe de Promoção à
Saúde da Cabesp, com o intuito
de levar informação e estimular
o autocuidado e a adoção de
hábitos saudáveis.
fotos: Cris Hass
câncer de mama
A nutricionista Luciana Coppini (acima),
o diretor de Operações e equipe de
Promoção à Saúde da Cabesp
falam aos beneficiários (à dir):
controles e informação
Se o fumo fosse proibido e
banido do planeta, o número
de casos de câncer sofreria
uma queda de 35%, segundo
o Hospital AC Camargo
Inscreva-se no Programa
InspirAção. Informe-se no
site www.cabesp.com.br
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EVENTOs cabesp
fotos: Arquivo Promoção à Saúde
Palestras e controles agitam
associados da Afabesp no Guarujá
Os médicos
Dr. Cid Gusmão (detalhe, à esq.)
e Dra. Paula Diniz (abaixo, à dir.)
somaram esforços no evento com
técnicos e executivos da Cabesp
Nos dias 25 de setembro e 7 de
outubro, a Equipe de Promoção
à Saúde novamente marcou presença na Semana da Primavera,
evento que ocorre todos os anos
na Colônia de Férias da Afabesp,
no Guarujá/SP, com o IV Espaço
Saúde Cabesp.
Nesses dias, foram realizados
controles clínicos (medidas
de pressão arterial, glicose,
peso, altura e cálculo do IMC),
orientação nutricional e de saúde
bucal. Contou, também, com
um animado Espaço Movimento
onde, de forma divertida, fisioterapeutas fizeram os participantes
brincar com bolas, bambolês e
cordas, treinando equilíbrio,
coordenação motora e favorecendo a socialização.
Duas palestras trouxeram
descontração e informação.
“Depressão e hábitos de vida”
foi o primeiro tema, destacando
a importância do lazer, das
relações sociais, do riso e estimulando a atividade física como
um preventivo da depressão ou
um coadjuvante no tratamento
quando a doença já está instalada. Uma divertida música colocou em prática esses conceitos e
fez os participantes dançarem e
rirem descontraidamente.
“A saúde do homem” foi
destaque nas palestras do Dr.
Cid Gusmão (dia 25) e da Dra.
Paula Diaz (dia 7), oncologistas
credenciados Cabesp, que encerraram o evento com brilhantismo. Para um público atento e
interessado, eles falaram sobre
os diversos tipos de câncer, os
fatores de riscos associados a
eles e os tratamentos disponíveis. Ressaltaram, ainda, a
importância da prevenção com
a realização de exames e com
a adoção de hábitos saudáveis
(atividade física regular e alimentação equilibrada).
Publicação da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo, dirigida aos seus associados. Sede: Rua Boa Vista, 293 Centro - São Paulo/SP CEP 01014-915. - Diretor
Presidente: Eduardo José Prupest - Diretor de Operações: Jorge Angelo Lawand - Diretor Administrativo: Dorival Jesuíno Faustino - Diretor Financeiro: Julio Higashino - Disque
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