Revisional 2ºano filosofia

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REVISIONAL – 3º BIMESTRE – 2ª Série
Disciplina: FILOSOFIA – Prof.: Gilmar
1)
“Embora o cientista não se esforce normalmente por inventar novos tipos de teorias
fundamentais, tais teorias com frequência têm surgido da prática continuada da investigação.
Mas nenhuma inovação desse gênero apareceria se a atividade a que chamei de ciência
normal tivesse sempre êxito. De fato com muita frequência o indivíduo envolvido na solução de
quebra-cabeças oferece resistência às novidades que se apresentam, e o faz por razões muito
aceitáveis. Para ele trata-se de alterar as regras do jogo e qualquer alteração de regras é
intrinsecamente subversiva. Esse elemento subversivo torna-se, claro está, mais aparente em
inovações teóricas de grande importância como as associadas aos nomes de Copérnico,
Lavoisier ou Einstein. Mas a descoberta de um fenômeno não antevisto pode ter o mesmo
efeito destrutivo, embora geralmente em um grupo mais reduzido e por um período de tempo
mais curto. (...) O que se segue é que, se a atividade normal de solucionar quebra-cabeças
tivesse sempre êxito, o desenvolvimento da ciência não poderia conduzir a qualquer tipo de
inovação fundamental”.
(Kuhn, “A Função do Dogma na Investigação Científica”, p. 51)
A filosofia da ciência de Kuhn contesta ou confirma a concepção segundo a qual a ciência é
“uma atividade cujos praticantes são pessoas de espírito especialmente aberto”? Por quê?
2)(UFPR – 2015) “Embora o acolher de um paradigma pareça historicamente uma precondição
para investigação científica mais eficaz, os paradigmas que aumentam a eficácia da
investigação não necessitam ser, e geralmente não são, permanentes. Pelo contrário, no
esquema de desenvolvimento das ciências maduras vai-se passando, em regra, de um
paradigma para outro. [...] [O] praticante de uma ciência madura sabe com precisão razoável a
que tipo de resultado pode chegar com a sua investigação. Em consequência disso, está em
posição especialmente favorável para detectar um problema de investigação que saia do
esperado. Por exemplo, [...] como Copérnico, [...] pode concluir que os fracassos repetidos dos
seus antecessores, ao ajustar o paradigma à natureza, é evidência inescapável da
necessidade de mudar as regras com que se tenta fazer esse ajustamento. [...] Como se vê por
esses exemplos e por muitos outros, a prática científica normal de solucionar quebra-cabeças
pode levar, e leva de fato, ao reconhecimento e isolamento de uma anomalia. Um
reconhecimento dessa natureza é, penso eu, precondição para quase todas as descobertas de
novos tipos de fenômenos e para todas as inovações fundamentais da teoria científica. Depois
que um primeiro paradigma foi alcançado, uma quebra nas regras do jogo preestabelecido é o
prelúdio habitual para uma inovação científica importante.”
KUHN, Thomas, “A Função do Dogma na Investigação Científica”, p. 48-49. http://hdl.handle.net/1884/29751.
As imagens acima representam duas concepções científicas que se sucederam. Como Kuhn
denomina esses tipos de acontecimentos e o que os caracteriza?
3)Explique a concepção de Thomas Hobbes acerca do homem.
4)(UFU)"Entendo por leis civis aquelas que os homens são obrigados a respeitar, não por
serem membros deste ou daquele Estado em particular, mas por serem membros de um
Estado".
(Hobbes Leviatã Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)
Segundo Hobbes, a quem pertence a soberania e quais suas atribuições enquanto soberano?
5) Explique a ideia de liberdade presente em John Locke.
6)O que é metafísica no contexto da filosofia.
7)O que é epistemologia no contexto científico.
8)Leia o texto.
NO RIO, HOMEM É ACORRENTADO NU EM POSTE APÓS SER AGREDIDO.
Mulher que socorreu o homem divulgou o caso na internet e foi criticada
03 de fevereiro de 2014 | 20h 21
FÁBIO GRELLET - Agência Estado
Um rapaz foi agredido, deixado nu e preso com uma trava de bicicleta a um poste, no
Flamengo (zona sul do Rio), na noite da última sexta-feira, 31. Os bombeiros foram chamados
e precisaram usar um maçarico para libertar o rapaz, encaminhado ao Hospital Municipal
Souza Aguiar, no centro. A mulher que socorreu o rapaz divulgou o caso na internet e foi
criticada porque ele, negro, seria integrante de uma gangue que pratica assaltos na zona sul. O
rapaz estava sem documentos, segundo os bombeiros, e o caso não chegou a ser registrado
na polícia.
"Fizemos uma reunião, para discutir justamente a segurança na região, que terminou por volta
das 22h30 da sexta. Um amigo estava indo embora quando me ligou e contou ter encontrado
esse rapaz preso no poste, ferido e nu. Eu fui até lá, chamei os bombeiros e aguardei o
atendimento. O rapaz estava nervoso e mal conseguia falar, mas contou ter sido agredido por
um grupo que estava de moto e fugiu", narra a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que
socorreu o rapaz.
"Os bombeiros chegaram e socorreram o rapaz, mas eu não acompanhei mais o caso. Quando
divulguei as fotos na internet, muita gente veio dizer que ele é ladrão, que tinha que ser punido
mesmo. Os furtos na região (do Flamengo) aumentaram muito, eu sei disso, mas não sei quem
é o rapaz. Se houver cometido algum crime, quem deve prender é a polícia. Não é possível
que as pessoas queiram fazer justiça com as próprias mãos", diz Yvonne, fundadora de uma
ONG que atende crianças e adolescentes moradores de áreas de risco. "Não importa quem é a
pessoa, não tem cabimento deixar preso num poste. Eu faria a mesma coisa ainda que fosse
um cachorro, um gato, qualquer bicho", afirma.
Quais seriam as opiniões de Thomas Hobbes e JJ Rousseau acerca do evento acima ?
9)Explique a ideia do Leviatã em Thomas Hobbes.
10)O que é empirismo?
11)O que é racionalismo?
12)Explique o que é um paradigma científico. Dê um exemplo.
13)Em que a ciência moderna se diferencia da filosofia natural?
14)Qual é a opinião de John Locke acerca do direito de rebelião do povo em relação aos
governantes? Explique.
15)(Uel-2015) Leia os fragmentos a seguir.
A monarquia absoluta é incompatível com a sociedade civil, não podendo ser uma forma de
governo civil, porque o objetivo da sociedade civil consiste em evitar e remediar os
inconvenientes do estado de natureza que resultam necessariamente de poder cada homem
ser juiz em seu próprio caso, estabelecendo-se uma autoridade conhecida para a qual todos os
membros dessa sociedade podem apelar por qualquer dano que lhe causem ou controvérsia
que possa surgir, e à qual todos os membros dessa sociedade terão que obedecer.
[...]
Quem julgará se o príncipe ou o legislativo agem contrariamente ao encargo recebido? A isto
respondo: O povo será o juiz; porque quem poderá julgar se o depositário ou o deputado age
bem e de acordo com o encargo a ele confiado senão aquele que o nomeia, devendo, por tê-lo
nomeado, ter ainda o poder para
afastá-lo quando não agir conforme seu dever?
(Adaptado de: LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o Governo (ou Ensaio sobre o Governo Civil). 5.ed. São Paulo: Nova
Cultural, 1991.
p.250 e p.312.)
Com base nos fragmentos e nos conhecimentos sobre a filosofia política de John Locke,
descreva o modelo de governo civil proposto pelo filósofo.
16)No contexto da filosofia moderna, o que é inatismo?
17)Contextualize a Revolução Francesa de 1789 em relação ao Iluminismo.
(UEL) Leia o texto a seguir para responder ás questões 18 e 19.
Hume considerou não haver nenhuma razão para supor que, dado o que se chama um “efeito”,
deva haver uma causa invariavelmente unida a ele. Observamos sucessões de fenômenos: à
noite sucede o dia, ao dia, a noite etc.; sempre que se solta um objeto, ele cai no chão etc.
Diante da regularidade observada, concluímos que certos fenômenos são causas e outros,
efeitos. Entretanto, podemos afirmar somente que um acontecimento sucede a outro - não
podemos compreender que haja alguma força ou poder pelo qual opera a chamada “causa”, e
não podemos compreender que haja alguma conexão necessária entre semelhante “causa” e
seu suposto “efeito”.
(FERRATER-MORA, J. Dicionário de Filosofia, Tomo I, São Paulo: Loyola, 2000, p.427.)
18)Com base na filosofia de Hume, explique a importância do conceito de causalidade para o
conhecimento dos fenômenos naturais.
19)Explicite a leitura que Hume faz do empirismo.
20)Explique o iluminismo no seu contexto político, econômico, social e religioso.
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