Saiba como diferenciar, diagnosticar e tratar nevos, cistos, verrugas

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Saiba como diferenciar, diagnosticar e tratar
nevos, cistos, verrugas e xantelasma
A médica catarinense Gabriela Blatt, membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD), esclarece estas e outras
questões.
03/04/2013 21:43:49
Qual a diferença entre nevos, cistos, verrugas e xantelasma? Como reconhecê-los? De que maneira
tratá-los? Estes questionamentos são comuns para a maioria das pessoas quando o assunto é pele
e seus cuidados. E, é claro, devem ser bem esclarecidos para prevenção e tratamento de doenças e
lesões cutâneas.
A médica catarinense Gabriela Blatt, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),
esclarece estas questões. De acordo com a especialista, nevo é uma lesão na pele que se origina
das células pigmentares (melanocíticas). São conhecidos popularmente como sinais, pintas. A
exposição ao sol aumenta o número de nevos na pele. “Em geral, as mulheres têm mais nevos, com
uma maior concentração nas pernas. Já os homens têm mais ocorrência no tronco. As pessoas
negras têm mais nas palmas das mãos, solas dos pés, conjuntiva e leito ungueal (parte abaixo das
unhas)”, afirma a Gabriela.
QUANDO UM SINAL PODE SER CÂNCER
Existem nevos com potencial para se transformar em câncer de pele, caso não seja feito o
acompanhamento cuidadoso. “Como tratamento dos nevos, caso as lesões apresentem mudança na
estrutura ou por razões estéticas, elas podem ser retiradas mediante cirurgia dermatológica ou
também pode ser realizada uma biópsia para avaliação minuciosa da lesão”, explica a médica, que é
especialista em cirurgia dermatológica.
Os nevos podem ser benignos ou malignos. As características dos benignos incluem um diâmetro de
até 6mm, pigmentação uniforme, epiderme flácida, superfície lisa, borda uniforme, sem alteração de
cor ou tamanho. Eles tendem a ser redondos ou ovais, e seguem um curso de amadurecimento
previsível. “Os sintomas de transformação maligna dos nevos pigmentados incluem aumento recente
do diâmetro, borda irregular ou recortada, assimetria, alterações ou variedades de cores
(especialmente vermelha, branca ou azul), alterações na superfície (como formação de crosta e
sangramento), sinais de inflamação”, alerta Gabriela. Os sintomas podem incluir também
desenvolvimento de dor ou aumento na sensibilidade.
CISTOS
O cisto epidérmico é um dos tumores cutâneos benignos mais comuns. Apresentam-se como massa
cística, com a superfície lisa. Podem ser encontrados em qualquer lugar, mas aparecem com mais
frequência na face, pescoço e tronco. Eles resultam da obstrução do orifício folicular e estão
relacionados frequentemente com acne. A inflamação do cisto, devido à ruptura ou infecção, pode
ser razão que leve o paciente a procurar o médico. “O tratamento pode ser feito com antibióticos e,
posteriormente, retirando-se toda a lesão para que não volte mais”, explica.
VERRUGAS VULGARES E PLANTARES
As verrugas são causadas pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), sendo que existem mais de
100 variações desse vírus. A infecção pelo HPV pode ser clínica, subclínica ou latente, e é muito
frequente entre os 5 e 20 anos de idade. “A imersão frequente das mãos na água é um fator de risco
para as verrugas comuns. Os que lidam com carne (açougueiros), peixe e outros trabalhadores de
abatedouro têm uma alta incidência de verrugas comuns nas mãos”, afirma Gabriela.
O tratamento das verrugas vulgares, que são as mais comuns, pode ser mediante crioterapia
(técnica que faz uso de baixas temperaturas), com ácidos ou extração. “Hoje existem opções como
laser de CO2 e Cimetidina oral, no caso de verrugas disseminadas em crianças, além de outros
tratamentos descritos como a imunoterapia”, explica a médica.
As verrugas plantares muitas vezes são confundidas com calos plantares, popularmente chamados
de olho de peixe. “As verrugas são causadas por um vírus (HPV) e os calos são uma hiperceratose,
ocasionada como uma proteção do corpo a alguma agressão no local, como sapatos apertados ou
mesmo erro de postura”, diferencia a dermatologista. Os tratamentos para essas lesões se
assemelham, podendo ser feito uso de ácidos e desbastamento da lesão no local.
O QUE É XANTELASMA?
Já o xantelasma é o acúmulo de gordura que ocorre nas pálpebras. É caracterizado por placas
amarelo-alaranjadas alongadas e macias, geralmente próximas ao canto interno dos olhos. Variam
de 2 a 30 mm de comprimento. “Este distúrbio é encontrado frequentemente em pacientes de meiaidade. Ocorre frequentemente em mulheres que apresentam distúrbios hepáticos ou biliares. O
melhor tratamento é a excisão cirúrgica das lesões”, conclui a médica.
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