R e n z o P i a n o J Marcos Cunha Jorge

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Universidade Fernando Pessoa
Renzo Piano
J Marcos Cunha Jorge
História da Arquitectura
Faculdade de Ciências e Tecnologia
J. Marcos C. Jorge
biografia
- Nasceu em Génova em 14 Setembro de 1937;
- Graduou-se em 1964 na escola de arquitectura
do politécnico de Milão;
- Entre 1965 e 1970 completou a sua formação
com viagens de estudo por Inglaterra e EUA;
- Em 1971 fundou “Piano & Rogers”;
- Em 1977 fundou “L’ Atelier Piano & Rice”;
- Em 1993 fundou “Renzo Piano Building
Workshop” com escritórios em Paris e Génova.
A minha arquitectura
“ Se o espírito da aventura for uma das forças
condutoras do meu trabalho, outro era
certamente a obstinação. A obstinação e a
tenacidade são qualidades muito importantes,
não só no plano profissional, mas também no
cultural. Talvez o segredo é não manter os seus
sonhos na gaveta. Têm que ser usados. Têm
que ser arriscados. Eu não gosto de ouvir as
pessoas dizer: Eu tive uma ideia bonita mas o
cliente não quer saber dela, assim permaneceu
sonho…”
Renzo Piano
“ Costumo dizer que um arquitecto deveria viver
200 anos. Precisa dos primeiros 100 anos para
aprender. E precisa da outra metade para
aplicar o que aprendeu. É uma disciplina difícil.
Obriga a ser um pouco de construtor, um bom
artista, um bom sociólogo e um bom historiador.
Muitas coisas boas ao mesmo tempo !!! ”
Renzo Piano
principais projectos
Auditório “Parco della Musica”,
Roma – Itália
1994-2002
Auditório “Parco della
Musica”, Roma – Itália
1994-2002
Auditório “Niccolò Paganini”,
Parma – Italia
1997-2001
Auditório “Niccolò Paganini”,
Parma – Italia
1997-2001
Aurora Place, Austrália
Auditório “Parco della
Musica”, Roma – Itália
1994-2002
Exposição Internacional
“Columbus”
Genova - Italia
Exposição
Internacional
“Columbus”
Genova - Italia
Pavilhão IBM – Europa
1983 - 86
Pavilhão IBM – Europa
1983 - 86
Maison Hermès, Tokyo - Japan
Maison Hermès,
Tokyo - Japan
Museu “Menil Collection”
Houston - USA
Museu “Menil
Collection”
Houston - USA
Igreja “Padre Pio Pilgrimage”,
Foggia – Italia
Igreja
“Padre Pio
Pilgrimage
”,
Foggia –
Italia
Espaço Musical PROMETEO
Veneza e Milão - Itália
Espaço Musical
PROMETEO
Veneza e Milão - Itália
Gabinete do Renzo Piano
Genova - Itália
Gabinete do Renzo Piano
Genova - Itália
Casas da “Rue de Meaux”
Paris – França
1987-91
Casas da “Rue de
Meaux”
Paris – França
1987-91
Estádio “San Nicola”,
Bari - Italy
Estádio “San
Nicola”,
Bari - Italy
Edifício “The New York Times”,
Nova Iorque - USA
Edifício “The New York Times”,
Nova Iorque - USA
Centre Georges Pompidou
Paris – France
Studio Piano & Rogers
(1971-1977);
Renzo Piano Building
Workshop,
architects (1996-2000,
Renovation of the Centre
Georges Pompidou)
Centre Georges
Pompidou
Paris – France
Centro Cultural “Jean-Marie Tjibaou” Nouméa –
Nova Caledónea
Centro Cultural “Jean-Marie
Tjibaou” Nouméa – Nova
Caledónea
The London Bridge Tower
London – U.K.
The London Bridge
Tower
London – U.K.
Bercy 2 Shopping Center
Charenton le Pont (Paris) - France
Bercy 2 Shopping
Center
Charenton le Pont
(Paris) - France
Braço de Prata Housing Complex
Lisboa - Portugal
Braço de Prata Housing Complex
Lisboa - Portugal
Kansai International
Airport Terminal
Osaka, Japan
1988-94
Cliente: Kansai International Airport Co. Ltd.
Renzo Piano Building Workshop, architects
associados com Nikken Sekkei Ltd., Aéroports de Paris, Japan Airport
Consultants Inc.
Esquisso
A sua localização, foi devidamente estudada, surgindo
por primeira hipótese um prolongamento de uma
estrutura em terra, que se prolongava para o mar, no
entanto e por questões relacionadas com a falta de
espaço, ruído causado pelo trafego aéreo, questões
relacionadas com a aerodinâmica do local, pois a
zona é muito montanhosa, implicando condições de
turbulências e falta de visibilidade, optou-se pela sua
concepção no mar e ligeiramente retirado da
população.
A estrutura teria de muito resistente, aos sismos e ás
acções climatéricas, tufões, etc., pois a zona era
bastante propícia a estas acções da natureza
O complexo do aeroporto, escritórios e acessos,
encontram-se localizados numa ilha artificial, com
1.7 km de comprido, com uma capacidade de
100,000 passageiros por dia.
A sua construção foi efectuada por sucessivos
aterros, oriundos de uma montanha completa que
foi destruída para o efeito, tendo sido construídos
barcos específicos para a execução dos referidos
aterros, visíveis na fotografia. Salienta-se que
devido à existência de solo argiloso no fundo do
oceano a estrutura do aeroporto, assenta sob
macacos hidráulicos, ligados a sensores, que
permitem a compensação para nivelamentos da
estrutura em caso de afundamento.
A cobertura foi feita com mais de 82,000 painéis
idênticos de aço inox.
A sua forma ondulada, sugere um grande
círculo, que se pressupõe, quase todo
submerso, com esta pequena parte do
circulo à superfície.
Superfície
Submerso
A zona de embarque/chegada, foi
cuidadosamente elaborada, simulando quase
uma asa, foi objecto de concurso internacional
Shopping, vista do
interior, onde se
destacam, as
passagens
múltiplas e
desniveladas, com
zonas de pé direito
muito elevadas,
conferindo
amplitude/grandez
a/espaço
Vista da fachada/estrutura/forma no seu interior,
denotando-se a rigidez da estrutura, excesso de
contraventamentos, com a forma de um arco imperfeito.
A construção do aeroporto Internacional de
Kansai, foi no seu todo um grande desafio, pois
teria de ser executado numa ilha artificial,
totalmente executada pelo homem, localizada na
baía de OsaKa, com intenção de receber o tráfico
aéreo de uma das mais comerciais rotas aéreas do
Japão, assim como servir as maiores cidades da
região de Kansai, Osaka, Kobe e Kyoto.
O aeroporto Internacional de Kansai, terá que
funcionar como um extraordinário e preciso
instrumento, e contemplar três elementos muito
importantes: Do ponto de vista técnico, os
aspectos técnicos, relacionados com as leis locais
e os sismos, assim como as medidas de protecção
contra as intempéries, conferidas pelo mar ali tão
perto.
Do ponto de vista da operacionalidade, o aeroporto
tinha de acomodar 100,000 viajantes por dia.
1.7 km de comprido (cerca de dois terços do
comprimento dos Champs Elysées em París, como
ponto de comparação), tem 42 portas de
embarque, das quais o seu design, foi objecto de
um concurso internacional, foi construído em 38
meses, por cerca de 6000 trabalhadores.
A principal inovação que o projecto do
aeroporto de Kansai possui é a sua concepção. A
partir do seu corte é possível visualizar que a
cobertura é um arco imperfeito ondulante, seguido
de uma série de arcos de diferentes tamanhos.
A sua forma imerge de estudos aerodinâmicos
intensivos, das correntes de ar que percorrem o
edifício. A gola de acesso, foi concebida com
grelhas de ventilação, que serão muito importantes,
para a ventilação global de todo o conjunto. De
facto as grelhas de ar foram orientadas da entrada
para a saída dos passageiros, sem elementos de
oclusão para a circulação do ar. As condutas de ar
são reguladas e conduzidas seguindo a ondulação
da cobertura. Esculturas móveis (concebidas pelo
escultor Shingu) são fixadas às saídas das condutas,
e os seus movimentos estão directamente ligados
com as grelhas de saída de ar.
A estrutura geral do edifício, assemelha-se a uma
onda.De uma certa forma, as suas curvas
representam a glider que veio para ficar na ilha.
Pela sua forma, o aeroporto de Kansai, relaciona-se
na perfeição com o meio onde se envolve, o seja, a
água e as ondas, o ar e a brisa marinha, para não
falar da luz.
A estrutura é mais fluida e leve, que a de um edifício
em terra, no entanto é ainda mais resistente.
O aeroporto é como se tratasse de uma
extraordinária nave espacial.
A título de curiosidade, e após investigação,
soube-se que a construção do aeroporto coincidiu
com um grande sismo que abalou o Japão e
também aquela zona, salientando-se que a obra
encontrava-se praticamente concluída, tendo a
mesma sido submetida ao sismo e que gerou
uma grande preocupação para a equipa técnica,
que imediatamente após o acontecimento se
deslocou ao aeroporto, verificando-se que a obra
não só resistiu muito bem, como depararam que
a mesma ficou intacta, não tendo nem um único
vidro partido. O que demonstra o grande rigor
técnico na sua concepção/execução, de uma das
grandes obras do nosso tempo, tendo o objectivo
sido cumprido face às difíceis condições do local.
Bibliografia
• Buchman, Peter, «Renzo Piano Building
Workshop», Phaiton
• Wigginton, Michael, «Glass in arquitecture»,
Phaiton
• Lampugnani, Vitorio, Magnano, «Museus»,
Prestel
• Revista Domus, nov. 97
• Revista Arquitectura e Construção, n.º26 de
06/2004
• www.renzo.piano.com
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