Departamento de Fisiologia e Farmacologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO BIOMÉDICO
Departamento de Fisiologia e Farmacologia
MICA I - Módulo: FARMACOLOGIA
ESTUDO DIRIGIDO: Colinérgicos, Anticolinérgicos e Anticolinesterásicos.
Caso clínico 1. Durante uma reunião de família, seu tio de 65 anos, tabagista de 2
maços/dia há 40 anos pede a sua ajuda para esclarecer algumas dúvidas sobre
medicamentos prescritos por um pneumologista consultado há uma semana. Informou que
o médico havia dito que ele era portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e que,
entre outras drogas, este prescreveu o Brometo de Tiotrópio. Seu parente afirmou estar
sentindo-se melhor, com diminuição do cansaço ao exercício do qual se queixava.
a) Qual a classe deste fármaco?
b) Qual o seu mecanismo de ação farmacológica?
c) Qual efeito colateral principal desta droga? Por quê?
Caso clínico 2. Homem pardo, 57 anos, foi levado por familiar ao PS do HUAP com
quadro de sialorréia, miose puntiforme, dor abdominal intensa, vômitos freqüentes, diarréia
aquosa, miofasciculações em hemiface direita e MIE, agitação psicomotora, esforço
respiratório com roncos audíveis sem o estetoscóspio. Acompanhante afirmou ter achado
nota suicida ao lado do paciente e uma metade de um frasco cheio de “chumbinho”.
Baseado nessas informações, responda às questões:
a) O que é o “chumbinho”? A qual classe de drogas essa substância pertence?
b) Como você explica o quadro clínico apresentado pelo paciente?
c) Qual tratamento você instituiria?
Após duas horas da administração da droga escolhida por você, o paciente começou a
apresentar quadro de alucinações visuais, rubor facial, taquicardia, hipertensão e midríase.
d) Como você explica esse quadro?
e) O que você faria para reverte-lo?
Caso clínico 3. E.M.S., 28 anos, feminino, branca, solteira, datilógrafa, residente em
Niterói. Há 2 meses, a paciente vem sentindo progressivo cansaço, manifesto
principalmente pela incapacidade de manter seu ritmo atual de datilografia. Notara também,
certa dificuldade em manter as pálpebras abertas no final do dia. O exame físico confirmou
a fraqueza relatada. Os demais dados clínicos subjetivos e objetivos foram irrelevantes. A
hipótese diagnóstica foi de miastenia grave. Para confirmar o diagnóstico, administraram-se
2mg de edrofônio por via endovenosa. Quarenta segundos após, a paciente já referia
recuperação marcante da força muscular, o que perdurou por 4 minutos. Não houve
fasciculação lingual. O tratamento de manutenção foi feito com neostigmina. Passadas duas
semanas, a paciente procurou atendimento queixando-se de salivação abundante, diarréia e
cólicas abdominais. Para controle destas manifestações, optou-se pelo uso de atropina.
a) Justifique a indicação do edrofônio para o diagnóstico.
b) Explique o uso de neostigmina e esquematize sua administração.
c) Quais são as alternativas de tratamento na miastenia
d) Por que foi utilizada atropina no controle dos efeitos dos efeitos adversos Ela
interfere na eficácia do tratamento
Caso clínico 4. R.R., 48 anos, masculino mulato, casado, corretor de imóveis, residente em
Niterói. O paciente foi hospitalizado por infarto do miocárdio que atingiu a parede inferior
do coração (diagnóstico clínico e eletrocardiográfico). Como pode ocorrer em infarto nesta
localização, o quadro se acompanhava de excessivo tono vagal, manifesto por bradicardia
(48 bpm), hipotensão, náuseas e vômitos. Frente a esta situação, foi indicad, além da
analgesia com opióides, atropina intravenosa, na dose de 0,25 mg. A freqüência cardíaca
diminuiu mais ainda, chegando a 40 bpm. Com a suplementação da dose em mais 0,75 mg,
obteve-se uma resposta adequada, com aumento da freqüência cardíaca e restabelecimento
da pressão arterial.
a) Justifique a indicação da atropina neste caso.
b) Explique a resposta observada na 1a. administração, justificando a necessidade de
suplementação da dose.
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