Classificação

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BIOLOGIA | 12º ANO
ANO LECTIVO | 2008/2009
NOME DO ALUNO
N.º _____
Classificação: ____________
PROFESSORA: Isabel Dias
Teste 3
Grupo I
Ao contrário do que muita gente pensa, o tétano não é transmitido apenas por pontas de pregos enferrujados.
Muito mais presente no ambiente do que se imagina, a bactéria Clostrídíum tetaní não sobrevive na presença de
oxigénio e, por isso mesmo, encontra-se sob a forma esporulada em locais como solo, areia, espinhos de plantas,
fezes, agulhas de injecções não esterilizadas, poeira da rua, apenas aguardando uma ferida aberta que lhe dê a
oportunidade de se manifestar. Uma vez no organismo humano, a Clostrídíum germina, assume uma forma
vegetativa e passa a produzir tetanospasmina, que ataca o sistema nervoso central, causando rigidez muscular
em diversas regiões do corpo. Entre os principais sintomas observa-se o trismo (alteração nervosa que
impossibilita a abertura da boca), riso sardónico (produzido por espasmos dos músculos faciais), dores nas costas,
rigidez abdominal e da nuca, espasmos e convulsões. O quadro pode tornar-se complicado e causar paragem
respiratória ou cardíaca.
O tratamento inclui, principalmente, sedativos, relaxantes musculares, antibióticos e o soro antitetânico,
sendo a primeira semana crucial para se evitar a morte do doente. A partir de então, restará administrar os
medicamentos e aguardar a recuperação orgânica dos tecidos comprometidos, sobretudo o nervoso. Estatísticas
apontam que as maiores vítimas de tétano são crianças até 14 anos.
Apesar do tratamento do tétano ser complicado, evitá-lo é extremamente fácil. Crianças até 5 anos devem
tomar a vacina tríplice, mas todos, sem excepção, devem ser vacinados com o toxóide tetânico com reforço a
cada dez anos. Caso ocorra algum tipo de ferimento, recomenda-se a lavagem imediata do local com água e
sabão e a aplicação de água oxigenada, já que a Clostrídíum tetaní não resiste ao contacto com o oxigénio.
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1. O sistema imunitário reage de forma diferente em função do agente invasor. A resposta inflamatória ocorre
quando os agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras de defesa primárias.
Reconstitua a sequência temporal de acontecimentos, desde o início do processo mencionado, colocando por
ordem as letras que os identificam.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(F)
Fagocitose do agente patogénico.
Vasodilatação e aumento da permeabilidade dos capilares.
Invasão microbiana.
Migração de neutrófilos para o local infectado.
Libertação de histamina.
Aumento do fluxo sanguíneo e da temperatura no local.
CEBFDA
2. Seleccione as opções que permitem preencher os espaços, de modo a obter afirmações correctas.
2.1. Em A o neutrófilo atravessa o capilar sanguíneo por ____. Em B emite ____ e por ____ elimina o Clostridium
tetani.
(A)
(B)
(C)
(D)
Fagocitose […] pseudópodes […] diapedese. ____
Fagocitose […] flagelos […] diapedese. ____
Diapedese […] pseudópodes […] fagocitose. X
Diapedese […] flagelos […] fagocitose. ____
2.2. O Clostridium tetani produz uma ____ que age sobre o sistema nervoso central. O tratamento pode incluir a
injecção de ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Histamina […] anticorpos. ____
Histamina […] antigénios. ____
Toxina […] antigénios. ____
Toxina […] anticorpos. X
3. Um adulto deve vacinar-se contra o tétano de dez em dez anos.
Explique por que razão a vacina antitetânica exige reforço periódico.
A vacina antitetânica exige reforço periódico porque o número de anticorpos vai diminuindo após a
inoculação.
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4. De acordo com os dados do quadro, estabeleça a correspondência entre as afirmações e a chave.
Afirmações
A – antes da primeira inoculação, o organismo não contém anticorpos específicos. II
B – A taxa de anticorpos no sangue aumenta sempre com o tempo após uma inoculação. II
C – A terceira inoculação é a mais eficaz. I
D – ao fim de 24 meses, após a segunda inoculação, a taxa de anticorpos é nula. III
E – A primeira inoculação não confere imunidade. I
F – Um indivíduo está imunizado quando apresenta 0,5 UL/ml. I
G – A taxa de plasmócitos é muito elevada após a terceira inoculação. III
H – A vacina conduz à produção de anticorpos. I
Chave
I – Afirmação apoiada pelos dados.
II – Afirmação contrariada pelos dados.
III – Afirmação não confirmada pelos dados.
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Grupo II
Vírus Influenza
A gripe é uma doença muito contagiosa provocada pelo vírus Influenza, que surge, geralmente, durante o
Inverno e que afecta o tracto respiratório superior de vertebrados. Este vírus é disseminado de indivíduo para
indivíduo pelo ar, pelas gotículas que se formam quando falamos, tossimos ou espirramos.
Quando o vírus ataca o hospedeiro, as defesas imunitárias deste ficam debilitadas, facilitando a ocorrência de
infecções bacterianas secundárias de foro mais grave, como as pneumonias, encefalias e miopatias.
Os vírus de Influenza apresentam uma variação significativa nas suas proteínas de superfície, dando origem aos
diferentes subtipos.
Um número de mecanismos imunitários específicos, junto com mecanismos de defesa não específicos, são
chamados para eliminar o vírus infectante. Ao mesmo tempo, o vírus, na tentativa de prolongar a sua
sobrevivência, vai actuar de modo a tentar ultrapassar um ou mais destes mecanismos.
O vírus Influenza liga-se a resíduos de ácido siálico das glicoproteínas e glicolípidos da membrana celular.
Apesar dos anticorpos desempenharem um papel importante na contenção da dispersão do vírus, eles não são
capazes de eliminar o vírus, desde que a infecção já se tenha iniciado. Uma vez instalada, os mecanismos de
resposta celular são muito importantes na defesa do hospedeiro.
1. Actualmente, teme-se uma pandemia provocada pelo vírus Influenza H5N1.
Explique por que razão o vírus Influenza tem sido responsável por algumas das piores pandemias da história
humana.
Porque o vírus Influenza é facilmente disseminado de indivíduo para indivíduo pelo ar, pelas gotículas que se
formam quando falamos, tossimos ou espirramos.
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2. Seleccione as opções que completam correctamente as afirmações seguintes:
2.1. A eliminação do vírus Influenza resulta de mecanismos de defesa específica como:
(A)
(B)
(C)
(D)
Imunidade humoral e celular. A
Imunidade celular. ____
Imunidade humoral. ____
Resposta inflamatória. ____
2.2. Os mecanismos de defesa não específica que combatem o vírus Influenza podem ser:
(A)
(B)
(C)
(D)
Anticorpos e interferões. ____
Mucosas e interferões. X
Anticorpos e mucosas. ____
Resposta inflamatória e secreções. ____
2.3. As letras A, B e C da figura 2 representam, respectivamente.
(A)
(B)
(C)
(D)
Selecção, diferenciação e multiplicação. ____
Multiplicação, selecção e diferenciação. ____
Multiplicação, diferenciação e selecção. ____
Selecção, multiplicação e diferenciação. X
3. Estabeleça a correspondência entre números da figura 2, as afirmações da coluna I e os conceitos da coluna II.
Coluna I
I – Resulta da ligação complementar antigénio-receptor.
II – Proteínas específicas que neutralizam antigénios.
III – Moléculas que reconhecem o antigénio.
IV – Célula efectora de vida curta.
V – Célula efectora de vida longa.
Coluna II
A – Anticorpo
B – Linfócito activado pelo antigénio.
C – Célula de memória.
D – Plasmócito
E – Receptor
I-B2
II - A 5
III - E 1
IV - D 3
V-C4
4. Seleccione as opções que permitem preencher os espaços, de modo a obter afirmações correctas.
4.1. As pneumonias, encefalias e miopatias são doenças ____ que podem ser combatidas com medicamentos do
tipo ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Oportunistas […] antiviral. ____
Da civilização […] antibiótico. ____
Oportunistas […] antibiótico. X
Da civilização […] antiviral. ____
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4.2. O vírus Influenza liga-se a ____ da membrana celular do linfócito B e de seguida é apresentado ao ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Antigénios […] linfócito T. ____
Antigénios […] macrófago. ____
Receptores […] linfócito T. ____
Receptores […] macrófago. X
5. A vacina da gripe nem sempre é eficaz.
Explique por que razão nem sempre a vacina da gripe proporciona imunização ao vírus Influenza.
Os vírus Influenza apresentam uma variação significativa nas suas proteínas de superfície, dando oriegm a
diferentes subtipos. Cada vacina é específica para um só subtipo.
6. Classifique em verdadeira (V) e falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas à fisiologia do sistema
imunitário.
(A) Os linfócitos T são produzidos na medula óssea. V
(B) As funções da resposta imunitária específica são reconhecimento e acção. V
(C) Os linfócitos B amadurecem na medula óssea. V
(D) Os gânglios linfáticos produzem linfócitos. F
(E) Os macrófagos têm origem em monócitos. V
(F) O interferão bloqueia a replicação do vírus. F
7. A eliminação do vírus da gripe resulta de mecanismos de defesa específica.
Explique de que modo a interacção entre fenómenos de defesa específica é essencial para a cura da gripe.
Os linfócitos B e os linfócitos T influenciam-se mutuamente por vários meios. Os anticorpos produzidos pelas
células B podem facilitar ou diminuir a capacidade de as células T atacarem e destruírem as células invasoras.
As células T podem intensificar ou suprimir a produção de anticorpos pelas células B. os linfócitos T não
produzem anticorpos, mas controlam a capacidade das células B nessa produção.
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Grupo III
Polinose
A polinose, denominada genericamente febre-dos-fenos, é uma doença alérgica estacional devido à
sensibilização por pólenes alergizantes.
A característica da polinose é a sua periodicidade anual, repetindo-se os sintomas sempre na mesma época do
ano. O factor principal é o pólen de plantas que se depositam nas mucosas, produzindo reacção alérgica
inflamatória. Em geral, estes pólenes são leves e transportados pelo vento.
A sintomatologia característica manifesta-se por: prurido ocular, olhos lacrimejantes, coriza (inflamação da
mucosa nasal), espirros, prurido nasal e ausência ou presença de obstrução nasal. Tudo parece um resfriado que
pode durar anualmente três meses. A polinose pode aparecer na forma pura ou associada a alergénios, como
poeira domiciliar e fungos. Portanto, pode haver sintomas exclusivamente estacionais, durante todo o ano,
porém exacerbados na Primavera.
1. Explique por que razão os doentes com polinose apresentam sintomas durante todo o ano, mas estes são
exarcebados na Primavera.
É durante a Primavera que ocorre a polinização das plantas.
2. Seleccione as opções que permitem preencher os espaços, de modo a obter afirmações correctas.
2.1. O pólen é o ____ que estimula os plasmócitos a produzir ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Antigénio […] IgE. ____
Alergénio […] IgA. ____
Antigénio […] IgA. ____
Alergénio […] IgE. X
2.2. Após o segundo contacto com o pólen, os ____ e ____ produzem ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Plasmócitos […] basófilos […] histamina. ____
Plasmócitos […] mastócitos […] toxinas. ____
Mastócitos […] basófilos […] histamina. X
Linfócitos […] mastócitos […] toxinas. ____
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Grupo IV
Vírus HIV
O HIV, vírus que causa a SIDA, infecta principalmente células que apresentam na sua superfície uma molécula
chamada CD4 - presente especialmente em leucócitos específicos. A molécula CD4 serve como receptor do vírus,
assemelhando-se a uma "fechadura" que ele precisa de abrir para entrar na célula.
Para infectar células humanas, porém, é preciso abrir, ao mesmo tempo, outra fechadura (uma molécula
denominada receptor de quimiocinas), que serve de co-receptor para o vírus. Quimiocinas são substâncias usadas
por células do sistema de defesa como um sistema de comunicação, e a presença dos seus receptores, como a
molécula CCR5, na superfície de células também é essencial para que a infecção ocorra.
Segundo dados já conhecidos, os indivíduos que apresentam a mutação em ambos os alelos do gene que
codifica a CCR5 (cerca de 1 % da população caucasiana) seriam menos susceptíveis à infecção pelo HIV, pois este
não conseguiria abrir essa fechadura modificada. Nos que têm apenas um alelo mutado (cerca de 15% das
pessoas com ascendência europeia), a progressão da imunodeficiência causada por esse vírus é mais lenta.
1. Seleccione as opções que permitem preencher os espaços, de modo a obter afirmações correctas.
1.1. O HIV infecta ____ e macrófagos que possuem os receptores CD4 e CCR5. O organismo reage produzindo
anticorpos anti-HIV pelos ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Linfócitos B […] linfócitos T. ____
Linfócitos T […] linfócitos T. ____
Linfócitos T […] linfócitos B. X
Linfócitos B […] linfócitos B. ____
1.2. A SIDA é uma doença do tipo imunodeficiência ____, pois é contraída por via ____.
(A)
(B)
(C)
(D)
Adquirida […] congénita. ____
Inata […] congénita. ____
Adquirida […] contagiosa. X
Inata […] contagiosa. ____
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2. Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos relativos à multiplicação do HIV.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Partes do vírus são reproduzidas.
O HIV copia o seu próprio material genético.
Forma-se um novo vírus.
Proteínas do HIV associam-se a receptores CD4 presentes em linfócitos T do sangue.
O vírus aloja a cópia dos seus genes no DNA da célula hospedeira.
DBEAC
3. De acordo com os dados do gráfico, estabeleça a correspondência entre as afirmações e a chave.
Afirmações
A – O CCR5 é um co-receptor do HIV. III
B – os pacientes podem não apresentar sintomas durante anos. I
C – o número de células com CD4 diminui sempre após a infecção. II
D – durante as primeiras doze semanas, o número de vírus varia na razão inversa da multiplicação das células
com CD4. I
E – entre o 1o e o 6o ano de infecção pelo vírus HIV, há produção de anticorpos pelos linfócitos B. III
F – Uma vez estabelecida a SIDA, as células com CD4 são completamente destruídas. I
G – O vírus HIV transmite-se por contacto sexual. III
H – Após a infecção, a multiplicação do HIV aumenta de forma constante. II
Chave
I – Afirmação apoiada pelos dados.
II – Afirmação contrariada pelos dados.
III – Afirmação não confirmada pelos dados.
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo IV
Questões 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 1.
2. 1. 2. 3.
Cotações 6 10 10 24 10 15 20 10 10 12 15 8
10 10 6 24
9
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