Geldes Ronan Passos Descobrindo O ESPÍRITO DA MAÇONARIA 1ª Edição Palmas 2008 Diagramação / capa : Wellington Silva Ilustração (sinais): Murilo Leles Magalhães Dados de catalogação: Biblotecária responsável: Neuza Maria de F. Valadares Revisão: Ana Carla Alves Passos P289 Passos, Geldes Ronan Descobrindo o espírito da maçonaria. 1ª ed. Palmas : Geldes Ronan Passos, 2008. 150 p. 14,5cm X 21cm ISBN 978-85-907957-0-4 1.Maçonaria. 2. Espiritualidade. 3.Evangelho. 4. Título CDD:129 Direitos reservados. É proibida a reprodução, total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização por escrito do autor, conforme Lei 9.610/98. Depósito Legal na Biblioteca Nacional ( Decreto nº 1.825 de 20 de Dezembro de 1907) GR Geldes Ronan Passos Fone (63) 3213 -3124 - [email protected] 108 N – Al 14 – Lt 42 – Centro - 77.006.116 – Palmas - TO ONDE ADQUIRIR: www.geldesronan.com Dedicatória Dedico este livro aos meus pais, Antônio Francisco (Nenzinho) e Nadir Andrino M. Passos a quem manifesto profunda gratidão pelo lar sadio e honrado em que eles me criaram, cercando-me de todos os bons exemplos que puderam dar, dentro de suas limitações. Lembro-me de que foi meu querido pai quem primeiro semeou a Palavra de Deus em nossas vidas. Em determinada época da minha adolescência, na cidade de Campinorte (GO), ele costumava, antes de ir dormir, reunir sua pequena família e fazer leituras bíblicas sob a luz de uma lamparina. A palavra de Deus, essa fantástica semente de vida, permaneceu em nós, adormecida por dezenas de anos. Mais tarde, em meio à severa e prolongada crise financeira pela qual passei juntamente com esposa e filhos, aquela boa semente germinou, produzindo fé em nossos corações. Colocada em prática, essa fé tem produzido vitórias e mais vitórias em nossas vidas. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pois Ele “nos amou primeiro”, antes que o desejássemos, não poupando esforços para nos alcançar. Agradeço à minha mulher Lúcia Meire e aos meus filhos Alessandra, Ana Carla e Geldes Júnior, por suportarem com paciência a grande pressão espiritual de que fomos alvo no início de nossa caminhada cristã, quando sofremos muito por não sabermos determinar a vitória em nome de Jesus. Anos preciosos foram desperdi- çados até conseguirmos entender verdadeiramente (e colocar em prática) o que Jesus quis dizer com: “tudo que pedirdes em meu Nome, crendo, recebereis” ou: “Em meu Nome, expulsarão os demônios...” APRESENTAÇÃO Quando escrevi o pequeno livro “Deus Condena a Maçonaria”, afirmei que o fazia em obediência e sob a inspiração de Deus. Por minha vontade, jamais têlo-ia feito, pois, humanamente falando, tratava-se da coisa mais antipática que já fiz em toda a minha vida. Expliquei que, pela ótica da Maçonaria, a quebra dos juramentos e a revelação dos “segredos” são atos de alta traição e, para os meus queridos amigos que lá ficaram, são motivo de grande decepção. Assim, eu e a minha família nos tornamos alvo de hostilidades por parte de alguns maçons mais exaltados, combinadas com intensa perseguição espiritual, nem sempre combatida eficazmente, devido à nossa falta de entendimento sobre fé. Entretanto, a alegria pelos resultados obtidos tem sido infinitamente maior do que todos esses dissabores experimentados no inicio. Soubemos de pessoas, e até mesmo de famílias inteiras, que foram transformadas após a leitura de algum exemplar daquele modesto (porém bendito) livro. Receberam a revelação da palavra de Deus e aceitaram a verdadeira Salvação, encontrada exclusivamente em Jesus. Agora, dez anos após a primeira das três edições de Deus Condena a Maçonaria, mais maduro na fé (e na vida), recebi de Deus o desejo de voltar a escrever sobre o tema. O resultado foi: Descobrindo o Espírito da Maçonaria. Alguns dos conceitos são basicamente os mesmos do livro anterior, porém vistos por outros ângulos e com elementos conhecidos de uma massa maior de maçons e, até mesmo, de não maçons. Além disso, o presente livro trata de algumas das intrigantes posturas e “sinais de ordem” que o maçom deve efetuar sempre que estiver em pé durante as sessões, e que são, literalmente, uma advertência sobre que tipo de morte deverá ter quem revelar os ”segredos” da Ordem. No último capítulo, encontra-se um relato resumido das nossas experiências pessoais com a Maçonaria, vida empresarial, espiritismo, magia negra, falência, aflições extremas e, finalmente o maravilhoso encontro com Deus e o resgate da dignidade em todos os sentidos. No livro anterior, alertei para a tentação de se desprezar seu conteúdo por causa das imperfeições humanas nele contidas. Gostaria de repetir o mesmo raciocínio usado na ocasião: se, ao dirigir seu carro numa auto-estrada, avistasse uma placa sinalizando “PERIGO”, eventuais erros de grafia contidos naquele alerta seriam motivo para ignorá-lo? Presumo que não, pois o correto seria reduzir a velocidade e prestar mais atenção, independentemente da condição do funcionário que confeccionou tal placa, se é um intelectual, eloqüente, convincente, simpático, carismático etc. O que importa é que a afixação daquele aviso foi determinada por uma autoridade, com o objetivo de proteger a vida de todo e qualquer cidadão que por ali trafegar. Este livro pode ser comparado a uma modesta, porém importante, placa de sinalização. O autor é o simples operário que a confeccionou, não merecendo ser levado em conta. Sua mensagem, entretanto, é fundamentada em princípios espirituais eternos, estabelecidos pelo próprio Deus e, através da Bíblia, revelados aos homens. Desse modo, seu conteúdo fluiu sob a revelação e a autoridade do próprio Deus, merecendo a máxima atenção, uma vez que levá-lo em consideração afeta a vida das pessoas, tanto no presente quanto no plano eterno (principalmente). Assim, por se tratar de uma questão espiritual, recomendo que o leitor faça, neste momento, uma oração pedindo a Deus a inspiração e o discernimento necessários. Peça que Ele, e somente Ele, em Nome de Jesus, esteja presente e lhe revele a Verdade sobre o tema aqui tratado. Boa leitura! SUMÁRIO 1. O FUNDAMENTO...........................................................................13 2. ENTENDENDO A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS....................15 2.1 - O testemunho do Espírito Santo.................................................15 2.2 - A harmonia: uma prova material...............................................16 2.3 - O cumprimento fiel das profecias...............................................17 2.4 - Profecias sobre Jesus................................................................18 2.5 - A restauração do Estado de Israel..............................................34 2.6 - O derramamento do Espírito Santo.............................................40 2.7 - A Bíblia comparada a outros livros..............................................45 3. A MAÇONARIA É UMA RELIGIÃO.................................................. 53 3.1 - Por que reuniões em templos?.................................................53 3.2 - Por que velas, incensos, purificações e consagrações?.................54 3.3 - Por que altares no interior dos templos?....................................55 3.4 - Por que orações?...................................................................57 3.5 - Por que “profano?..................................................................57 3.6 - Por que “Ceia Mística?............................................................58 3.7 - O que diz a literatura maçônica?..............................................58 3.8 - Por que negar o óbvio?...........................................................59 3.9 - Tropeço para muitos...............................................................60 3.10 - Defesa Cega........................................................................61 3.11 - Tirando a Venda...................................................................62 4. O QUE HÁ DE ERRADO COM O “ESPÍRITO” DA MAÇONARIA?....... 65 4.1 - De quantos motivos você precisaria?........................................65 5. OUTROS DEUSES......................................................................... 69 5.1 - Afronta ao principal mandamento.............................................71 6. ESTRANHO AMOR....................................................................... 79 6.1 - O amor de Deus....................................................................79 6.2 - O amor do Grande Arquiteto do Universo..................................81 6.3 - Discriminação é pecado..........................................................83 7. PACTOS ABOMINÁVEIS............................................................... 85 7.1 - Juramento de Iniciação do 1º grau do Rito Escocês Antigo...........86 7.2 - Juramento de Iniciação do 2º grau do Rito Escocês Antigo...........87 7.3 - Juramento de Iniciação do 3º grau do Rito Escocês Antigo...........88 7.4 - Juramento de Iniciação do 7º grau do Rito Adonhiramita.............89 7.5 - Juramento de Iniciação do 30º grau do Rito Adonhiramita...........92 7.6 - Ameaçadores sinais................................................................93 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 7.7 - Existe saída?.........................................................................96 7.8 - O que fazer?.........................................................................97 8. TESTEMUNHO DO AUTOR.......................................................... 103 8.1 - O assédio dos crentes...........................................................105 8.2 - Os primeiros contatos com o espíritismos................................106 8.3 - O envolvimento com o álcool, o casamento a perda do filho....... 107 8.4 - O primeiro “banho de descarrego”..........................................109 8.5 - Novos desvios de conduta, mais tragédia................................109 8.6 - Novos contatos com o espiritismo.........................................110 8.7 - Um “preto velho” em casa.....................................................111 8.8 - Banquete de iniciação na Maçonaria:o primeiro sufoco financeiro.111 8.9 - O envolvimento duradouro com a umbanda.............................112 8.10 - Demônios “receitando” imagens de santos.............................114 8.11 - Demônios atuando como “mentores” da Maçonaria.................115 8.12 - Espíritos elementais: bruxaria e “purificação” dos iniciandos na loja........................116 8.13 - Em defesa do Diabo............................................................117 8.14 - Mediunidade em beneficio do próximo?.................................119 8.15 - A vida empresarial.............................................................121 8.16 - O começo do fim................................................................122 8.17 - Sinais dados por Deus........................................................122 8.18 - O inimigo muda de estratégia..............................................124 8.19 - A hora da verdade..............................................................124 8.20 - Fecha-se o cerco, abrem-se os céus......................................125 8.21 - O refúgio e as batalhas no sul do Pará...................................130 8.22 - Outra vez, os anjos de Deus................................................133 8.23 - Curas verdadeiras..............................................................134 8.24 - Acerca das dívidas e crimes.................................................137 8.25 - A restauração moral...........................................................137 8.26 - Cadê o meu karma?...........................................................138 8.27 - Saúde e segurança dadas por Deus......................................139 8.28 - Livre da má fama..............................................................140 8.29 - O melhor conselho.............................................................141 Referências Bibliográficas........................................................ 143 Bibliografia............................................................................... 145 12 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 1 O FUNDAMENTO O autor em nenhum momento pretende desmerecer as boas intenções dos maçons, nem descaracterizar o aspecto social e filantrópico da instituição maçônica. O que se busca aqui é levar aos maçons ativos e inativos, bem como aos candidatos à “iniciação”, o devido discernimento acerca da verdadeira face da Maçonaria: sua face espiritual. Apesar de oculta, essa face pode ser vista por meio de um processo muito eficaz, como aqueles equipamentos que nos permitem ver na escuridão. Trata-se do único e infalível instrumento capaz de revelar a verdadeira natureza de um determinado espírito, se procedente de Deus ou das trevas: A Palavra de Deus. Desse modo, é sob a ótica de Deus, revelada na Bíblia (aquela se coloca sobre o altar dos juramentos, na loja), que o leitor é convidado a provar o “espírito” da Maçonaria: Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus [...]. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes 13 Descobrindo o Espírito da Maçonaria ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. (1 João 4:1 a 3). Sabendo-se que “... todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo,” basta verificar se a Maçonaria “confessa” ou “nega” a Jesus. Isso revelará se o espírito da Maçonaria provém de Deus ou é o espírito do anticristo. Como saber quando se está confessando ou negando a Jesus? Ora, o conteúdo bíblico é a revelação do próprio Jesus. Se não cremos no que está escrito na Bíblia, estamos negando o Salvador. Então, o fundamento para os argumentos usados neste livro é o Texto Sagrado. Resta a pergunta: o que nos garante que a Bíblia é a Palavra de Deus? É disso que trataremos a seguir, no próximo capítulo. 14 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 2 ENTENDENDO A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS 2.1 - O testemunho do Espírito Santo A pessoa nascida de novo, ou seja aquela que recebeu Jesus por meio da fé, tem no seu próprio espírito o selo de Deus e, pelo poder do Espírito Santo, a plena certeza de que a Bíblia é a Sua Santa Palavra. É o Espírito Santo quem dá àquela pessoa a revelação plena e a firme convicção de que foi Ele quem levou os autores bíblicos a escreverem tudo o que está escrito. Os milhões de nascidos de novo tem essa experiência real com Deus. Os que respondem positivamente ou mostram-se sensíveis à voz de Deus recebem gratuita e abundantemente a revelação desse maravilhoso mistério. Tal testemunho é dado diretamente ao espírito do homem, sem qualquer tipo de interferência. Quanto aos que não conseguem entender por meio da fé pura e simples, mesmo a esses Deus deixou “sinais” de que ele é o autor das Sagradas Escrituras. Existem inúmeras e incontestáveis evidências de que seria impossível o Livro Sagrado ter sido concebido pela vontade e pela capacidade humana. 15 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 2.2 - A harmonia : uma prova material Quanto mais se estuda a Bíblia mais se percebe a perfeita harmonia que existe entre seus 66 livros (os livros canônicos). Se estes tivessem a autoria de um único homem, suficientemente letrado, a harmonia poderia até ser natural. Ocorre que não foram escritos por uma só pessoa, de uma só vez, numa mesma época e numa única região. Foram 40 autores distintos, separados cronologicamente uns dos outros por até 16 séculos, vivendo situações diferentes, em regiões distantes umas das outras. Alguns dos escritores encontravam-se desterrados, outros vivendo como escravos, outros reinando poderosamente em palácios suntuosos, outros presos etc. Quanto à posição econômico-social, eram desde simples pastores de gado ou pescadores até médicos, advogados, militares, políticos, religiosos, estadistas e outros. Muitos deles, enquanto escreviam, desconheciam totalmente o que outros já haviam escrito a respeito ou o que viriam a escrever futuramente, e sequer sabiam da existência dos demais autores, pois não havia rádio, jornal, televisão, biblioteca pública, telefone, fax telex, telégrafo, internet e outras facilidades de comunicação e de pesquisa que temos hoje. Uma obra realizada por tantas mãos, separadas umas das outras por enormes barreiras físicas, cronológicas ou circunstanciais, não poderia resultar em 16 Descobrindo o Espírito da Maçonaria nada além de uma grande confusão, uma verdadeira Babel. Porém, os livros da Bíblia, ao contrário, se completam e se ratificam mutuamente e, juntos, formam um arcabouço doutrinário que impressiona, não só pela pujança, mas, também, pela ausência de qualquer contradição ou incoerência. Tal façanha jamais poderia ser realizada por meio da simples junção dos trabalhos individuais de cada escritor. Seria irracional aceitar que as partes (livros) pudessem formar um todo tão consistente e harmônico sem que tenham sido elaboradas sob a direção de uma única mente. Como não temos conhecimento de algum homem ou mulher que tenha durado dezesseis séculos, tempo aproximado gasto para se escreverem os sessenta e seis livros da Bíblia, podemos concluir que é impossível ser esta uma obra concebida pela mente humana. Isto posto, estamos diante de uma entre as inúmeras provas da divina inspiração das Escrituras: a impressionante harmonia entre seus livros face às adversidades sob as quais foram escritos. 2.3 - O cumprimento fiel das profecias Outra incontestável evidência da divina autoria da Bíblia é o fato de que todas as predições nela contidas sempre se cumprem na íntegra, detalhe por detalhe. As profecias bíblicas que ainda não se cumpriram são, 17 Descobrindo o Espírito da Maçonaria em si mesmas, claramente apontadas para os “últimos dias”, a exemplo daquelas encontradas no livro de Apocalipse. É fato que, de tudo o que está escrito, parte já aconteceu, parte está acontecendo e parte ainda acontecerá. Deus disse no Antigo Testamento: “[...] eu velo sobre minha palavra para a cumprir” (Jr 1.12). No Novo Testamento, Jesus (que é Deus) confirmou: “[...] passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.” (Mt 24:35). Como exemplo de promessas de Deus já cumpridas cabalmente, tomemos algumas predições do Antigo Testamento a respeito da primeira vinda de Jesus ao mundo, registradas com antecedência de muitos séculos ou, até mesmo, de milênios: 2.4 - Profecias sobre Jesus O livro de Gênesis, escrito cerca de 1500 anos a.C. dá-nos as primeiras revelações “conceituais” sobre Jesus e seu ministério. Após a desobediência do homem, influenciado pela mulher, que, por sua vez, havia sido seduzida pela Serpente (Diabo), Deus disse à última: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3:15). No caso, o “descendente” da mulher é Jesus. “Ferir 18 Descobrindo o Espírito da Maçonaria a cabeça” refere-se à terrível derrota imposta por Jesus a Satanás e seus anjos, milênios mais tarde. Esse importantíssimo evento, a vitória de Jesus sobre o inferno, encontra-se relatado nos evangelhos, e seus desdobramentos explicados em algumas das epístolas, tanto as paulinas quanto as gerais, e, ainda, em Apocalipse. O Antigo Testamento, que teve a totalidade dos livros escrita no período compreendido entre 1500 e 400 anos antes da vinda do Salvador, contém inúmeras profecias a respeito deste. A seguir transcrevemos algumas dessas previsões, confrontando-as com os relatos do Novo Testamento que comprovam o cumprimento das mesmas. Para facilitar o entendimento por parte do leitor que não possua experiência com as Sagradas Escrituras, especificamos, caso por caso, quais são as passagens do Antigo (as profecias) e as do Novo Testamento (o cumprimento). Repetimos que os fatos relativos à vida, ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus, relatados no Novo Testamento, somente ocorreram quatro séculos após ter sido escrito o último (e quinze séculos após o primeiro) livro do Antigo Testamento, ou seja, tais acontecimentos foram profetizados com antecedência de até 1.500 anos, aproximadamente. Contudo, apesar do grande espaço de tempo que os separa, os eventos citados são o cumprimento 19 Descobrindo o Espírito da Maçonaria cabal de suas respectivas profecias. Observe alguns exemplos: O NASCIMENTO POR MEIO DE UMA VIRGEM A PROFECIA (no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.” (Isaias 7:14) “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.” ( Mateus 1:18) “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:” “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1:22 e 23)” 20 Descobrindo o Espírito da Maçonaria BELÉM COMO CIDADE NATAL A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miquéias 5:2) “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.” (Mateus 2:1) A MATANÇA DOS MENINOS, NA TENTATIVA DE MATAR JESUS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Assim diz o SENHOR: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem.” (Jeremias 31:15) “Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos.” (Mateus 2:16) 21 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O RETORNO DO MENINO JESUS DO EGITO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho.” (Oséias 11:1) “Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: Dispõete, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino.” (Mateus 2:14) A REALIZAÇÃO DE CURAS MILAGROSAS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaias 53:4 e 5 ) “Chegada a tarde, trouxeramlhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.” (Mateus 8:16 e 17) 22 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O MINISTÉRIO DE JESUS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Isaias 61:1) “Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos. Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito:” “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizerlhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.” (Lucas 4:14 a 21) 23 Descobrindo o Espírito da Maçonaria A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM, MONTADO NUM JUMENTO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.” (Zacarias 9:9) “E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito: Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta.” (João 12:14e 15) A TRAIÇÃO A JESUS A PROFECIA (no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar.” (Salmos 41:9) “E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus.” (Marcos 14:10) “Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós, o que come comigo, me trairá”. (Marcos 14:18) 24 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O PREÇO DA TRAIÇÃO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata”. (Zacarias 11:12) “Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata.” (Mateus26:14 e 15) AS FALSAS TESTEMUNHAS CONTRA JESUS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Não me deixes à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantam falsas testemunhas e os que só respiram crueldade.” (Salmos 27:12 ) “ Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas,.....” (Mateus 26:59 e 60) 25 Descobrindo o Espírito da Maçonaria JESUS ESPANCADO E CUSPIDO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam.” (Isaias 50:6 ) “Puseram-se alguns a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza! E os guardas o tomaram a bofetadas.” (Marcos 14:65)) O SORTEIO DAS VESTES DE JESUS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Repartem entre si as “Então, o crucificaram e minhas vestes e sobre a repartiram entre si as vestes minha túnica deitam sortes. dele, lançando-lhes sorte, para “ (Salmo 22:18 ) ver o que levaria cada um.” (Marcos 15:24 ) 26 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O VINAGRE OFERECIDO A BEBER A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre.” (Salmo 69:21) “Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.” (João 19:29) JESUS ZOMBADO E DESAFIADO A SE LIVRAR DA CRUZ A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer.” (Salmos 22:7 e 8 ) “Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.” (Mateus 27:39 a 43) 27 Descobrindo o Espírito da Maçonaria JESUS TRASPASSADO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteálo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito. ” (Zacarias 12:10 ) “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19:34) TODOS OS OSSOS DE JESUS PRESERVADOS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.” (Salmos 34:20) “ Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. “ (João 19:33 e 33) 28 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O SEPULTAMENTO DE JESUS FEITO POR UM RICO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo testamento) “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.” (Isaias 53:9) “Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou.” (Mateus 27:57-60) 29 Descobrindo o Espírito da Maçonaria A RESSURREIÇÃO DE JESUS A PROFECIA (no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção,” (Salmo 16:10) “Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceramlhes dois varões com vestes resplandecentes. Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia” ( Lc 24:4 a 7) 30 Descobrindo o Espírito da Maçonaria OS TRES DIAS EM QUE JESUS ESTEVE MORTO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe. “ (Jonas 1:17 ) “ Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40) “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.” (João 2:19) 31 Descobrindo o Espírito da Maçonaria A ASCENSÃO DE JESUS APÓS A RESSURREIÇÃO A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) ”Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro; recebeste homens por dádivas, até mesmo rebeldes, para que o SENHOR Deus habite no meio deles.” (Salmos 68:18) “Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.” (Lucas 24:50) 32 “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (Atos 1:9 a 11) Descobrindo o Espírito da Maçonaria O SACERDÓCIO ETERNO DE JESUS A PROFECIA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (no Novo Testamento) “O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Salmos 110:4) “onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hebreus 6:20) É óbvio que muitos dos leitores não estão familiarizados com o Evangelho. Talvez alguns nem mesmo creiam que Jesus veio, em carne e osso, para levar todos os nossos pecados, doenças, fracassos e misérias, tendo vivido, agido, morrido e ressuscitado, conforme relatado nos versículos acima. Esses leitores, então, não crêem que as profecias do Antigo Testamento sobre Jesus tenham-se cumprido. Quem sabe até duvidem de que Ele tenha existido, apesar de a própria história usar a sigla A.C. (antes de Cristo) e D.C (depois de Cristo) para determinar datas. Mesmo para os que são como Tomé, ou seja, precisam ver para crer, Deus têm deixado, em cada época, suas gigantescas impressões digitais. São acontecimentos, anunciados profeticamente e registrados na Bíblia, que sempre se cumprem integralmente. A se33 Descobrindo o Espírito da Maçonaria guir, mostraremos alguns exemplos de profecias que se encontram em pleno cumprimento nos dias atuais, e que podem ser vistos e “apalpados” por todos nós, inclusive pelos céticos. 2.5 - A restauração do Estado de Israel A restauração da nação Israelita (1.948), quase dois mil anos após seu povo ter sido espalhado pelo mundo, é um testemunho vivo e atual da fidelidade de Deus com Sua Palavra. O povo hebreu, sob a liderança de Moisés e guiado por Deus, foi tirado da escravidão egípcia, conquistou a terra de Canaã e nela habitou prosperamente durante muitos séculos. Foi testemunha de incontáveis milagres realizados em seu favor, tais como o episódio das pragas e a saída do Egito, a travessia do mar vermelho, a coluna de fogo à noite e a nuvem durante o dia, alimento, água e vestes para os cerca de três milhões de pessoas durante os quarenta anos de peregrinação pelo deserto (se desejar, acompanhe nos livros de Êxodo a Josué). Enquanto obedeceu à orientação do próprio Deus, aquele povo teve sucessivas vitórias nas guerras contra habitantes das terras que seguia conquistando, bem como venceu a todos os ataques e contra-ataques das nações hostis à sua presença na região. Porém, com o passar dos anos, seus reis, e por conseqüência o próprio povo, desprezaram a Lei dada por intermédio de 34 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Moisés, bem como ignoraram os freqüentes apelos e advertências que Deus lhes fazia por meio dos profetas. Envolveram-se com a idolatria, ou seja, o culto a outros deuses, além de outras práticas pagãs, condenadas por Deus. O desprezo de Israel à orientação divina o expôs a terríveis maldições, tendo conseqüências nefastas, que culminaram com sua dispersão pelo mundo. A história registra essa dispersão, a diáspora judaica, dividindo-a em duas fases: A primeira diáspora iniciou-se em 722 a.C., quando os assírios destruíram o reino do norte (Israel) e dispersaram suas dez tribos. Essa primeira diáspora judaica completou-se quando Nabucodonosor II, imperador babilônico, invadiu Jerusalém, em 586 a.C. A segunda diáspora aconteceu em 70 d.C, quando Roma ordenou o cerco e destruição de Jerusalém. Os judeus, dispersos pelo mundo, sofreram toda a sorte de atrocidades, sendo ao longo dos séculos massacrados sob as cruzadas, a inquisição, o nazismo e tantas outras tragédias e carnificinas registradas na história. Repetimos que todos estes acontecimentos haviam sido profetizados com antecedência de séculos. Foram profecias severas, advertindo a Israel de que, se abandonasse a Deus e seguisse a “outros deuses”, ficaria exposto à ação dos seus inimigos, os quais prevaleceriam, inevitavelmente. Tendo em vista que, no presente tópico, a pro35 Descobrindo o Espírito da Maçonaria posta é tratar apenas dos fatos atuais, omitiremos as inúmeras profecias sobre a dispersão, cativeiro e sofrimento do povo Israelita, e citaremos apenas quatro, porém contundentes, exemplos de predições sobre a sua restauração, cujo cumprimento podemos ver em nossos dias, a saber: A REPATRIAÇÃO DO POVO ISRAELITA A PROMESSA DIVINA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (Na atualidade ) “eis que eu tomarei os filhos A criação do Estado de Israel de Israel de entre as nações, em 1.948, e o retorno de para onde eles foram, e os milhões de judeus dispersos. congregarei de todas as partes, e os levarei para a sua própria terra. Farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel...” (Ezequiel 37.21,22) 36 Descobrindo o Espírito da Maçonaria A REEDIFICAÇÃO DAS CIDADES ASSOLADAS A PROMESSA DIVINA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (Na atualidade) “Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão e lhes comerão o fruto.,” (Amós 9:14) As cidades reedificadas, a incrível agricultura de Israel e sua avançada tecnologia. Tudo em pleno deserto. A PROSPERIDADE E PROJEÇÃO MUNDIAL A PROMESSA DIVINA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (Na atualidade) “Dias virão em que Jacó lançará raízes e florescerá e brotará de Israel, e encherão de frutos o mundo” (Isaías 27.6); A importância políticoeconômica dos judeus, detentores de vultuosos investimentos e sua grande influência em vários paises. 37 Descobrindo o Espírito da Maçonaria A FIXAÇÃO DEFINTIVA NO SEU TERRITÓRIO A PROMESSA DIVINA ( no Antigo Testamento) O CUMPRIMENTO (Na atualidade) “Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus.” (Amós 9:15) Israel plantado na sua terra, contrariando as imensas hostilidades em volta, até mesmo sendo alvo de declarações do tipo: “o Estado de Israel tem que desaparecer”, feita por importante líder Iraniano. Para os céticos, a clareza, objetividade e especificidade dessas promessas de Deus, escritas no Antigo Testamento, poderiam até ser de nenhum valor se essas ainda se encontrassem pendentes de realização. Porém os fatos, ou seja, Israel restaurado, bem como a sua indestrutibilidade, exatamente na forma pré-determinada por Deus, são por si só um forte apelo à inteligência daqueles que se recusam a crer que a Bíblia seja a Palavra de Deus. Os incrédulos são convidados a agir com um mínimo de racionalidade, passando a, pelo menos, admitir a hipótese de que a Bíblia seja realmente o Livro de Deus. Assim, ao invés de desprezar ou contestar cegamente, a atitude mais racional seria a de se prestar 38 Descobrindo o Espírito da Maçonaria mais atenção, buscando saber que livro é esse e, até mesmo, investigar os motivos que o fazem o mais apreciado, o mais vendido, o mais lido e o mais comentado de todos os tempos. Não tenho dúvidas de que aquele que empreender uma busca sincera contará com cem por cento de chances de ter um encontro pessoal com o próprio Jesus. Pois Ele prometeu: “... todo aquele que vier a mim, de maneira nenhuma lançarei fora” (João 6:37b), e, ainda: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13) Ainda no esforço de levar o leitor a entender o quanto Deus é soberano e rigorosamente comprometido com a materialização de sua Palavra, destacamos a seguir algumas dentre inúmeras promessas que se cumprem nos dias de hoje. Convém lembrar que existem muitas profecias específicas, a serem cumpridas futuramente, tais como: o arrebatamento da Igreja (entendendo por Igreja a congregação de todos os que aceitarem a Jesus como Salvador), a conversão em massa dos judeus, o Reino milenar de Cristo, o surgimento de novos céus e nova terra etc. Entretanto, trataremos apenas das promessas que têm se cumprido em larga escala em nossos dias, as quais podem ser testemunhadas por milhões e milhões de pessoas. 39 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 2.6 - O derramamento do Espírito Santo Uma das mais claras profecias do Antigo Testamento sobre a futura manifestação do Espírito Santo, encontra-se em Joel 2 : 28 e 29: E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Esta promessa, incluindo o falar em línguas estranhas e o poder (autoridade espiritual) outorgado aos que crerem, foi reafirmada por Jesus, séculos mais tarde. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João 14:26) Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim. (João 15:26). Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles 40 Descobrindo o Espírito da Maçonaria que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. (Marcos 16:14 a 18) Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. (Atos 1:8 e 9) Feita por intermédio do profeta Joel, no Antigo Testamento e reafirmada por Jesus, séculos mais tarde, a promessa de Deus sobre a grande manifestação do Espírito Santo foi cumprida pouco depois da ressurreição de Jesus, conforme relato do Livro de Atos dos Apóstolos : Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. (Atos 2 : 1 a 4) Prosseguindo na leitura do livro de Atos, podemos observar, claramente, uma nova forma de tratamento de Deus com os homens. Isso não só foi experimentado 41 Descobrindo o Espírito da Maçonaria pelos discípulos de Jesus, logo após a Sua ressurreição, como também, em todas as épocas desde então, sempre esteve disponível a todas as pessoas que cressem no Salvador e buscassem os benefícios prometidos. Por tratar-se de algo ocorrido não só nos tempos bíblicos, mas que continua acontecendo hoje, é que incluímos essas manifestações do Espírito Santo na lista dos fatos atuais. Ou seja, das promessas que se cumprem às nossas vistas. Elas podem ser experimentadas por qualquer pessoa que desejar, basta crer. Lembremo-nos de que foi Jesus quem disse: Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. (Marcos 16 : 16 a 18). Provavelmente o prezado leitor tem pelo menos um parente, vizinho, colega de trabalho, amigo ou conhecido que dá testemunho do poder do Evangelho. Seja alguém que tenha sofrido uma transformação radical (para melhor) após o envolvimento com a Palavra de Deus, ou simplesmente uma pessoa que, sem qualquer compromisso, tenha recebido uma cura milagrosa por meio de uma simples oração feita por alguém que crê em Jesus. Somente no Brasil, o número de pessoas que testificam dos benefícios recebidos nessas manifestações 42 Descobrindo o Espírito da Maçonaria do Espírito Santo chega a dezenas de milhões. Isso mostra que as ações do Espírito são fatos corriqueiros, que podem ser comprovados por qualquer pessoa com o mínimo de interesse em fazê-lo. Aliás, são tantas testemunhas que ignorá-las chega a ser uma insanidade. Se, pelo depoimento de duas testemunhas, um juiz pode condenar alguém a passar o resto da vida na cadeia, como se poderia desprezar o testemunho de milhões de pessoas que falam da ação libertadora de Cristo? Mesmo porque a intenção dessas testemunhas é de tão somente ajudar o próximo, chamandolhe a atenção para um poder completamente eficaz, com o qual têm tido experiências reais. Por que não ouvi-las?... Quanto ao que nos propomos neste capítulo, ou seja demonstrar que a Bíblia é a Palavra de Deus, acreditamos não haver (como não há) ser humano capaz de oferecer contra-argumentação à altura dos fatos. Vimos algumas provas de que a Bíblia não é fruto de mera iniciativa humana. Começamos pela harmonia verificada entre os sessenta e seis livros canônicos. Apesar da grande quantidade (cerca de quarenta) escritores, seus diferentes níveis culturais, e dos lapsos de tempo que os separaram uns dos outros, os livros não se contradizem, mas se completam, como se fossem capítulos de um mesmo livro. 43 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Demonstrando que as profecias sempre se cumprem, citamos algumas predições do Antigo Testamento acerca da futura vinda de Jesus, as quais se cumpriram com riqueza de detalhes. Para os que não acreditam que Jesus veio ao mundo, apresentamos fatos atuais como a existência do Estado de Israel, cuja restauração fora vaticinada já no Antigo Testamento, mesmo antes da destruição de Jerusalém e da dispersão do povo judeu. Ainda, dentre as promessas de Deus que estão se realizando diante dos nossos olhos, citamos algumas profecias sobre o derramamento do Espírito Santo e do ministério deste, exercido por meio do Evangelho. A promessa do Antigo Testamento, ratificada por Jesus, cumpriu-se entre os seus discípulos logo após a sua morte e ressurreição. O Espírito Santo não deixou mais de atuar, seja convencendo, curando, batizando ou transformando as vidas das pessoas. Sua manifestação têm sido intensa no meio dos que buscam a Jesus. Todos os que se envolvem com o Evangelho confirmam isso. Podemos concluir, com base nos fatos já citados, e em muitos outros não abordados aqui, dos quais existem milhões de testemunhas, que as profecias bíblicas sempre se cumprem. Até o presente momento, Deus não deixou de cumprir nenhum de seus compromissos firmados com os homens por meio dessa gigantesca 44 Descobrindo o Espírito da Maçonaria escritura pública, a Bíblia Sagrada. As pessoas, sim, é que têm-na deixado esquecida, sem tomar conhecimento dos seus benefícios. Como alguém que, sendo herdeiro de grande fortuna, passa a vida inteira na miséria simplesmente por desconhecer a existência, o conteúdo ou a eficácia do testamento que lhe fora deixado. 2.7 - A Bíblia comparada com os outros livros Seria perfeitamente compreensível se o leitor perguntasse: diante de tantos livros de cunho espiritual existentes, tais como o Alcorão, O Evangelho segundo o espiritismo, O Livro dos Espíritos etc, que certeza poderíamos ter de que a Bíblia não é apenas mais um dentre os vários livros religiosos conhecidos? Qual é a diferença, posto que todos esses livros são frutos de revelações espirituais? A resposta completa ocuparia uma infinidade de páginas. Por simplificação, entretanto, vamos fazer apenas as seguintes comparações: 45 Descobrindo o Espírito da Maçonaria QUANTO AO TEMPO GASTO PARA SE ESCREVER OS LIVROS BÍBLICOS OS OUTROS LIVROS O conteúdo Bíblico foi sendo revelado, escrito, ratificado e colocado em prática ao longo de dezesseis séculos, sendo concluído no século I d.C. Foram “revelados” e escritos em curto espaço de tempo: O Alcorão, no século VII. O Livro dos Espíritos, no século XIX, bem como o Evangelho segundo o espiritismo. 46 Descobrindo o Espírito da Maçonaria QUANTO AO TEMPO DE EXISTÊNCIA E À CONSISTÊNCIA OS LIVROS BÍBLICOS OS OUTROS LIVROS Os princípios hoje contidos na Bíblia começaram a ser disponibilizadas por Deus ao homem desde que este foi criado, apesar de a elaboração dos livros canônicos ter se iniciado há cerca de 3.500 anos; O Alcorão surgiu há pouco mais de 1.300 anos ;O Livro dos Espíritos e o Evangelho segundo o espiritismo, há menos de 200 anos; Os ensinos de cada novo livro bíblico tinham perfeita harmonia com tudo o que já estava escrito nos anteriores, e sempre mostraram plena eficácia quando colocados em prática, propiciando grandes vitórias aos seus praticantes Estes trouxeram inúmeras “novidades” espirituais totalmente conflitantes com os preceitos bíblicos, além de não oferecerem qualquer solução prática para a desgraça humana: São apenas palavras, lindas palavras, que não têm qualquer respaldo do Deus Todo Poderoso, o qual, ao contrário, nos alerta para as “vâs filosofias”, os “espíritos enganadores” e as “doutrinas de demônios” 47 Descobrindo o Espírito da Maçonaria QUANTO AOS AUTORES OS LIVROS BÍBLICOS OS OUTROS LIVROS Foram escritos por 40 autores, todos eles comissionados publicamente por Deus, revestidos de grande autoridade espiritual e realizadores de grandes e inumeráveis milagres em nome Dele. O Alcorão foi revelado por um suposto “anjo Gabriel” a um único homem, Maomé, quando este estava revoltado e com depressão, isolado em uma caverna. Estudando sobre Maomé, vimos que ele era polígamo e que, algumas ensinos do Alcorão serviram exatamente para dar sustentação doutrinaria à poligamia. O livro dos Espíritos e o Evangelho segundo o espiritismo foram revelados a um único homem, Alan Kardec, por obscuros “mentores”, até então desconhecidos da humanidade. 48 Descobrindo o Espírito da Maçonaria QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS DOS LIVROS BÍBLICOS DOS OUTROS LIVROS A Bíblia ensina que por meio dos frutos podemos identificar a árvore que os produziu. Pode-se reconhecer a Bíblia como uma “árvore” boa quando se observa que as pessoas que aceitam os seus ensinamentos, via de regra, param de matar, de revidar, de roubar, de trair, de mentir, de fraudar, de adulterar, de idolatrar, de perseguir, de amaldiçoar, de odiar etc. Isso porque a Palavra de Deus ensina que não temos que lutar contra as pessoas mas contra as forças espirituais do mal. A luta contra esses “forças” resulta, ainda, em importantíssimas vitórias sobre as doenças, as tragédias, as separações conjugais, os acidentes, a depressão, o alcoolismo, as drogas, a miséria, a falência, o fracasso etc. Por meio da Bíblia, Deus promete (e dá) uma vida de paz a todos os que se juntarem a Ele e passarem a andar sob sua orientação e de acordo com os seus ensinamentos. Os resultados colhidos pelo mundo regido por ensinamentos extra bíblicos dispensa comentários. Basta olhar em volta e observar: jovens entregues às drogas e ao álcool, deprimidos por causa da separação dos pais; as mortes trágicas e prematuras; filhos matando pais; as filas nos hospitais e as doenças consumindo as pessoas; a miséria; a violência crescente, desafiando as autoridades. Enfim, o que se observa é o império da destruição, em todos os sentidos. Alguém pode argumentar que tudo isso se deve à falta de uma religião, qualquer que seja Entretanto, assistimos a povos extremamente religiosos sendo consumidos pelo sectarismo, atentados, ataques suicidas, homens-bombas, ditaduras sanguinárias. E, quase tudo isto, praticado em nome da religião. 49 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Em relação a qualquer tipo de “revelação” espiritual que não esteja entre aquelas entregues pelo próprio Deus, a Bíblia contém severas advertências, tais como a que foi feita pelo apóstolo Paulo: Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. (Gálatas 1:8 e 9). Anátema quer dizer maldito, amaldiçoado, réprobo. Assim, o texto bíblico deixa claro que nem mesmo “um anjo vindo do céu” está autorizado a oferecer ensinamentos espirituais alternativos aos revelados por Deus na Bíblia e, caso ouse fazê-lo, deve ser por nós amaldiçoado. Então, como devemos reagir às mais recentes “revelações” espirituais e que tratamento devemos dar aos respectivos “anjos” que as entregaram a Maomé, Kardec e a outros tantos? Ora, a Bíblia, cuja autoridade e legitimidade pudemos comprovar neste capítulo, nos ordena a, sem prejuízo do amor incondicional que devemos nutrir pelas pessoas envolvidas, amaldiçoar os seres espirituais e seus ensinos, lembrando-nos do alerta bíblico: “...o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2 Corintios 11:14) . Acerca de Satanás , Jesus disse: “não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe 50 Descobrindo o Espírito da Maçonaria é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Chegamos ao final deste capítulo, no qual procuramos apresentar algumas provas de que a Bíblia não é uma obra humana, mas que foi concebida pelo próprio Deus. Nos próximos capítulos vamos tomar uma pequena amostra das práticas maçônicas e passá-las pelo crivo das Sagradas Escrituras. Dessa forma, o leitor terá, diante de si, a oportunidade de julgar, à luz da Bíblia, o espírito que opera na Maçonaria, se provêm de Deus ou do anticristo. A leitura deve ser feita com a máxima confiança em Deus, uma vez que Ele ama a todos nós, maçons ou não, e trabalha incessantemente para que todos conheçamos a Verdade. Aos maçons, especificamente, o Senhor Deus têm estendido sua mão de diversas maneiras. Este modesto livro é uma delas. 51 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 52 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 3 A MAÇONARIA É UMA RELIGIÃO? Uma das primeiras grandes peças pregadas aos bem intencionados (e espiritualmente ingênuos) postulantes à iniciação maçônica é a assertiva de que a Maçonaria não é uma religião, mas, tão somente, uma instituição que tem por objetivo a prática da fraternidade e da filantropia. Em razão de os contatos preliminares quase sempre serem feitos com amigos bastante chegados, o candidato nada questiona. Recebe tal afirmação como a mais pura verdade. Aconteceu comigo como acontece com todos. É uma aceitação incondicional. A Maçonaria não é uma religião e pronto. Ocorre que a realidade encontrada na liturgia, na literatura e nas práticas maçônicas é outra, diametralmente oposta. Dando-se uma chance à racionalidade percebe-se isto sem a menor dificuldade. Analisemos: 3.1 - Por que reuniões em templos ? Os salões onde se realizam as reuniões maçônicas são sempre denominados templos. Ora, consultando qualquer dicionário da língua portuguesa, verificamos que templo é um edifício próprio para a realização de 53 Descobrindo o Espírito da Maçonaria cultos e celebrações religiosas. Qualquer pessoa, ainda que analfabeta, sabe disso. Temos aqui a primeira prova de que estamos diante de uma religião: o fato de possuir templos. Dizer que essas reuniões, realizadas obrigatoriamente dentro de templos, não são um culto religioso seria o mesmo que apresentar um cesto cheio de ovos e negar que o conteúdo destes seja clara e gema ou embrião. 3.2 - Por que velas, incensos, purificações e consagrações? Nas sessões realizadas sob determinados graus maçônicos são utilizados incensos e velas, bem como os iniciandos são submetidos a “purificações” (pelo fogo e pela água), tudo sob uma ritualística marcada por muita reverência. Se o meu leitor é um maçom, com certeza, sabe do que estou falando. Esse clima místico pode ser percebido pelo “neófito” desde seus primeiros contatos com a liturgia maçônica. Por exemplo, num manual (ritual) de aprendiz maçom da Grande Oriente, encontrei a seguinte advertência: “o templo não pode jamais servir de ponto de reunião, nem mesmo permanecer aberto. É um lugar de veneração e culto, porque recebeu as luzes da sagração”1. Nos graus mais elevados da ordem não é diferen1 - GRANDE ORIENTE DO BRASIL, Manual de Aprendiz Maçom Rito Brasileiro (Edição 1.992), pág 05 54 Descobrindo o Espírito da Maçonaria te, como podemos observar nas palavras de conceituado escritor maçom, grau 33: Para nós, maçons, a LOJA, como nos antigos templos, desde os egípcios, deve ser um ambiente Santo, por isso a instalação de uma Loja requer um ritual de consagração, no qual são invocadas as energias subjetivas e espirituais, purificando-a para o exercício supremo em prol da humanidade 2. Diante de tantas “purificações”, “consagrações” e “invocação de energias”, e a declaração de que a loja é um “ambiente santo” já poderíamos tirar conclusões sobre a indagação que dá título a este capítulo. Mesmo o maçom que até então defendia que a maçonaria não é uma religião, se for honesto consigo mesmo, vai ter dificuldade em continuar apoiando tão tremenda dissimulação. Mas, supondo que o leitor maçom tenha se esquecido dos contatos que já teve com aquelas evidências litúrgicas, seja pela leitura ou pelas práticas em loja, trataremos, no tópico a seguir, de algo ainda mais “palpável”, acessível a todo e qualquer maçom. 3.3 - Por que altares no interior dos templos? Durante a iniciação na Maçonaria o neófito faz algumas “viagens”, simbolizadas pela circulação dentro 2 - BARROS, Zilmar de Paula, A Maçonaria e o Livro Sagrado (Rio de Janeiro) Editora Mandarino), pág.80 55 Descobrindo o Espírito da Maçonaria da loja com os olhos vendados, ouve algumas palavras de ordem e presta juramento, como veremos mais adiante, além de passar por outros procedimentos ritualísticos. Nesse tipo de cerimônia, o neófito é levado a se posicionar diante de altares para repetir algumas palavras ditadas pelos dignitários, prestar juramento, assinar livro de presença etc. São esses os primeiros contatos que o iniciante tem (entre inúmeros que passará a ter cotidianamente) com alguns dos vários altares existentes dentro do templo maçônico, que são: Trono (altar do Venerável Mestre), Altar do Primeiro Vigilante, Altar do Segundo Vigilante, Altar do Orador, Altar do Secretário, Altar do Chanceler, Altar dos Perfumes, Altar dos Juramentos etc. Consultando o dicionário Aurélio, encontramos a seguinte definição para altar: “Mesa especial consagrada aos sacrifícios religiosos” ou “Mesa, balcão ou bloco de pedra destinado à imolação de vítimas em holocausto ou a outros tipos de sacrifícios; ara”. Se pesquisarmos, ainda, em outros dicionários, verificamos que altares sempre estão ligados a religiões. A rigor, nem precisaríamos buscar nos dicionários da língua portuguesa o significado da palavra altar, uma vez que a própria Maçonaria atribui, aos seus (altares), finalidades religiosas. Isto porque cada um deles é dedicado a uma entidade espiritual (são deuses romanos, caldeus, gregos, egípcios etc.), como veremos mais à frente, em outro capítulo. 56 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 3.4 - Por que orações? Os maçons oram, no momento da abertura e do enceramento dos trabalhos, declarando a Loja aberta ou fechada, conforme o caso, em nome do Grande Arquiteto do Universo e honra a São João, o padroeiro da instituição. A certa altura da cerimônia de iniciação, o candidato recebe do Venerável Mestre o seguinte convite: “Profano, tomai parte na oração que vamos dirigir ao senhor dos Mundos e autor de todas as coisas”. E, então, é feita uma oração conforme modelo estabelecido na liturgia. Além disto, em várias outras ocasiões, nas sessões dos diferentes graus, adotam-se orações ou súplicas religiosas. 3.5 - Por que “profano”? Como já pudemos observar, no convite à oração o Venerável Mestre se dirige ao candidato chamandoo de “profano”. É um tratamento bastante conhecido de todos os maçons, sempre atribuído ao não maçom. Os dicionários da língua portuguesa, inclusive o Aurélio, definem profano como “não pertencente à religião”, “não sagrado”, “secular” etc. Se profanos são todos aqueles “não pertencentes à religião”, entende-se que apenas os não profanos ( maçons ) pertencem à religião (Maçonaria ). Perdoe-me, mas não consigo raciocinar de outra maneira. 57 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 3.6 - Por que “Ceia Mística”? Consideremos, ainda, a “Sessão de Endoenças” que, na Maçonaria, é uma reunião realizada uma vez por ano, na quinta feira, véspera da sexta-feira da paixão, para celebração da “Ceia Mística”. Nesta cerimônia realiza-se uma espécie de santa ceia, durante a qual, cada participante deve, solenemente, repetir a frase: “daí de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede”. É uma sessão longa, exige bastante reverência e obedece a uma liturgia cuidadosamente elaborada. Da Ceia Mística podem participar todos os maçons dos graus 18 a 33. Particularmente eu, desde que alcancei o 18º até atingir o 33º, nunca faltei a uma dessas sessões. Portanto, falo de algo que vivenciei diligentemente, pois considerava tudo aquilo algo muito sagrado. Nunca tive dúvida de que, nestes momentos, me encontrava mergulhado numa profunda celebração religiosa. 3.7 - O que diz a literatura maçônica? Por fim, recorramos a dois autores maçons de grande peso, muito respeitados e lidos no meio maçônico. Um deles, Rizzardo da Camino, em seu Dicionário Maçônico, define: “A Maçonaria é uma religião, no sentido estrito do vocabulário, isto é, na harmonização da criatura com o criador. É a religião maior e Universal”. 3 - DA CAMINO, Rizzardo Dicionário Maçônico, pág 514 58 3 Descobrindo o Espírito da Maçonaria O outro, Joaquim Gervasio de Figueiredo, também autor de Dicionário Maçônico, vai além: (Maçonaria) É um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo e visível, consiste de seu cerimonial doutrinas e símbolos e outro aspecto oculto sob as cerimônias, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo.4 3.8 - Por que negar o óbvio? Vimos que a Maçonaria se reúne sempre em templos (que são “um lugar de veneração e culto”), possui altares, pratica rituais, possui liturgia, faz orações, chama de “profanos” os não adeptos, acende velas, queima incensos, “invoca energias subjetivas e espirituais”, faz purificações e consagrações, celebra ceia, define-se por intermédio de seus melhores escritores como “um sistema sacramental” e como uma “religião no sentido estrito do vocabulário” e, ainda, se diz ser a “religião maior e Universal”. Contudo, perante a sociedade em geral, ou mesmo para o grande cinturão de maçons pouco graduados, superficiais, apáticos espirituais, a ordem maçônica, estranhamente, nega que seja uma religião. O que seria, então, uma religião? Teríamos que, a 4 - FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio, Dicionário da Maçonaria (3ª Edição – Revista e Ampliada – Edirora Pensamento) 59 Descobrindo o Espírito da Maçonaria esta altura, rever tudo o que a humanidade já aprendeu sobre o tema? Estaríamos, agora, obrigados a reescrever os livros sacros, alterar os dicionários, reciclar os teólogos e sociólogos, avisar aos filósofos, comunicar às autoridades eclesiásticas e seculares e, ainda, reclassificar as instituições religiosas existentes? O que faríamos com o senso comum, deixá-lo-íamos falando sozinho? Não seria ironia do destino promover tão profunda revisão dos conceitos sobre religião para ajustálos justamente aos de uma instituição que se diz leiga? Não seria como ver um rabo, inerte, abanando freneticamente o seu respectivo corpo de cachorro? Desculpe-me pela veemência. Isso é fruto de indignação e ânsia por chamar atenção do leitor para a grande mentira que a Maçonaria prega à sociedade e, especialmente, aos próprios maçons e familiares. 3.9 - Tropeço para muitos Uma das conseqüências do aludido disfarce é que, muitas vezes, esposas cristãs consentem com a iniciação dos maridos, sem saber que, com isso, os estão entregando a uma tenebrosa seita religiosa. Outras vezes, são cristãos, até mesmo pastores, desprovidos do necessário discernimento espiritual, que movidos (quem sabe?) por um sentimento de rejeição oculto, buscam, a qualquer custo obter “aceitação” e status social, ainda que, para tal posicionamento, tenham que apresen60 Descobrindo o Espírito da Maçonaria tar as mais esfarrapadas justificativas, demonstrando, com isso, grande desprezo pela Palavra de Deus. Estes são os que causam os maiores estragos e servem de tropeço (e vão prestar contas a Deus por isso), pois graças à alegre presença deles na Maçonaria, muitas outros, cristãos ou não, enveredam pelo mesmo caminho e, na maioria das vezes, nunca mais voltam. 3.10 - Defesa cega Todas as vezes que me posicionava junto ao computador para escrever este livro, pedia a inspiração de Deus, pois não tenho dúvida de que estou a serviço dele. Reafirmo que esta é uma obra do Espírito Santo, uma vez que o homem natural (a carne) nunca teria autoridade, nem força, nem disposição, nem liberdade, nem motivo algum para confrontar as doutrinas e atacar as “potências” espirituais que atuam na Maçonaria. Sob tal perspectiva, quando escrevia este capítulo, apresentei a Deus as minhas necessidades do momento: demonstrar, com elementos extraídos da própria Maçonaria, que sua verdadeira face está encoberta, principalmente aos maçons. Então deparei-me com as palavras do eminente escritor maçom Martin L. Wagner, que são uma confissão de que os maçons não sabem com o que estão lidando: A Maçonaria esconde ciosamente seus segredos, e intencionalmente desorienta os intérpretes presunçosos. 61 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Parte dos símbolos é exposta ao iniciado, mas ele é deliberadamente enganado por interpretações falsas[...] Os segredos reais permanecem ocultos e[...] esses se encontram tão profundamente encobertos para o maçom quanto para qualquer outra pessoa, a menos que tenha estudado a ciência do simbolismo em geral, e do simbolismo maçônico em particular[...] A venda real nunca é completamente removida dos olhos de uma imensa maioria dos membros da confraria. Eles nunca são levados à verdadeira luz da Maçonaria[...] Eles enxergam as vestimentas, mas não aquilo que os trajes ocultam.5 Ora, se os reais segredos, a face espiritual da “sublime Instituição”, são deliberadamente sonegados aos próprios maçons, e estes “nunca são levados à verdadeira luz da Maçonaria”, a defesa que fazem da Instituição é uma defesa cega. Estão defendendo algo que não conhecem. Estão agindo como age um marido enfurecido contra quem procura avisá-lo sobre a infidelidade de sua linda mulher. 3.11 - Tirando a venda dos olhos Conhecedor das hostes espirituais que estão por trás desse sistema religioso sintetizado na Maçonaria, e desejando muito tirar a venda espiritual colocada nos olhos de cada maçom, sugiro que observem mais atentamente essa “mulher”. Misteriosa e cheia de segredos, 5 - WAGNER, Martin L.,Freemasonry: An Interpretation, 142-143, citado em Ankerberg, Secret Teaching,258-259. 62 Descobrindo o Espírito da Maçonaria ela esconde astutamente, dos seus filhos, do marido e dos amantes, a sua verdadeira índole. Se parar de agir como marido conformado, e passar a admitir a hipótese de se estar sendo enganado, pois “onde há fumaça há fogo”, o interessado poderá investigar, tirar suas próprias conclusões e, por fim, fazer justiça a si mesmo. Lamentavelmente, nas conversas com alguns dos muitos maçons amigos meus, tenho me deparado com uma argumentação extremamente simplista e, até mesmo, a absoluta falta de argumentos. Os maçons são condicionados a aceitar a mentira de que a Maçonaria não é uma religião. É uma aceitação incondicional (e irracional), como já afirmei neste capítulo. Isso me faz pensar o quanto é sugestiva aquela parte do ritual em que o sujeito (sob sujeição) entra, mansamente, puxado por uma corda no pescoço, como se fosse um animal extremamente dócil. A venda nos olhos produz uma cegueira tão profunda que os “filhos da viúva” não conseguem enxergar as evidências de que estão mergulhados numa densa religião. Recusam-se, até mesmo, a considerar o que notáveis autoridades maçônicas lecionam a respeito, as quais admitem que a maçonaria é realmente uma profunda religião. Quanto às palavras de Martin L. Wagner, já citadas neste capítulo: “ Os segredos reais permanecem ocultos e... esses se encontram tão profundamente encobertos 63 Descobrindo o Espírito da Maçonaria para o maçom quanto para qualquer outra pessoa...” Jesus ensina um princípio em sentindo diametralmente oposto: “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto: nem oculto, que não haja de ser sabido.” (Lucas 12:2). Com base nesta palavra, oro para que Deus abra seus olhos, querido leitor, e que a venda maldita caia por terra, neste momento, em nome de Jesus!!! 64 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 4 O QUE HÁ DE ERRADO COM O ESPÍRITO DA MAÇONARIA? Seria impossível esgotar a resposta à indagação acima em um único livro. Ocuparíamos vários volumes se quiséssemos analisar, detalhe por detalhe, todas as práticas maçônicas que são contrárias aos princípios bíblicos. Também porque, mesmo tendo atingido o grau 33 (grau máximo do Rito Escocês), não aprendi muita coisa sobre a Maçonaria, pois como já vimos, ela se esconde num labirinto de enigmas. Ninguém conhece suas profundezas, pois, para conhecê-las, seria necessário, como diz a frase grafada dentro da Câmara de Reflexões, fazer uma “visita ao interior da terra”. Pela Bíblia isso significa, literalmente, fazer uma visita ao inferno, convite este que me recuso atender, com todas as minhas forças. 4.1 - De quantos motivos você precisaria? Sejamos práticos: para ficar caracterizada a infidelidade da mulher, não seria necessária a comprovação de todas as denúncias que o marido já tenha recebido contra ela. Bastaria a confirmação de um único 65 Descobrindo o Espírito da Maçonaria caso para lhe provocar grande indignação. Da mesma forma, para ficar caracterizado que a Maçonaria é uma religião pagã, que afronta a Palavra de Deus, não é necessário um estudo aprofundado, uma investigação científica, não. Os poucos elementos que apresentamos neste pequeno trabalho bastam aos que desejam, com sinceridade, afastar-se de tudo que Deus abomina. O centurião disse a Jesus: “...Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra e meu criado sarará,..” ( Mateus 8 : 8 ). Da mesma forma, algum leitor poderá receber a revelação da verdade até mesmo por uma única palavra escrita neste livro. Essa iluminação só pode acontecer pela ação do Espírito Santo na vida de quem estiver disposto a tratar (e ter) Jesus como Senhor, a exemplo do centurião. Outros leitores, ao contrário, poderão passar o resto de suas vidas lendo livros do gênero e, ainda assim, permanecerem sem enxergar qualquer problema na Maçonaria, pois Jesus não lhes é o Senhor. Isso é obra do Diabo, “o deus deste século”, nas palavras do apóstolo Paulo: Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” ( 2 Corintios 4:3 e 4 ). 66 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Entretanto, mesmo sabendo que, lamentavelmente, grande parte dos leitores vai manter-se obstinada, seguindo em frente em seus “passos perdidos” (nome dado à anti-sala que dá acesso ao interior do templo), cumpre-nos trazer a luz a todos. Até porque, existem aqueles que querem obedecer a Deus, mas que ainda não o estão fazendo por desconhecerem a Verdade, que é a Santa Palavra. Muitos, se tiverem um pouquinho de boa vontade, concordarão que, perante a Bíblia, o espírito da Maçonaria revela-se irremediavelmente condenado. Vejamos nos próximos capítulos. 67 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 68 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 5 OUTROS DEUSES Qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento bíblico e de compromisso com único e verdadeiro Deus sabe que Ele nos manda lançar fora todos os outros deuses. Não devemos ter imagem, nem símbolo, nem nome, nem representação alguma de qualquer outro deus, ou anjo, ou qualquer outro ser, seja do céu, da terra, ou das águas. Observe a clareza: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo 20:3 e 4). A respeito dos objetos de culto, das imagens de escultura e dos altares erigidos a outros deuses, a ordem para todos os filhos de Deus é: [...] derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis as suas imagens de escultura. (Deuteronômio 7:5). Às pessoas que estão sendo “orientadas” pelos seus lideres religiosos, os quais dizem que estas ordenanças são coisas da Antiga Aliança, lembramos que 69 Descobrindo o Espírito da Maçonaria também o Novo Testamento deixa claro que a idolatria é condenada por Deus. Isto porque, tudo o que é dedicado a um ídolo (imagem, anjo, santo, padroeiro, apóstolo, entidade, personagem bíblico, ou qualquer outro nome que não o do Deus Todo Poderoso) está, na realidade, sendo oferecido a demônios: Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. (1 Corintios 10:19 e 20). Outro motivo para varrermos da nossa memória, e das nossas práticas espirituais, qualquer outro nome que não o de Jesus é: E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:12). Observe que Deus não abre a menor exceção, nem mesmo com relação a Maria, mãe de Jesus, pois apesar de tão agraciada, e de sabermos que está no céu, não existe uma única referência bíblica que a credencie como nossa mediadora. Pelo contrário, a Palavra de Deus descarta a existência de qualquer outro mediador além de Jesus: “ Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,” ( 1 Timóteo 2:5 ). 70 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Os citados versículos, além de muitos outros não mencionados, dizem a mesma coisa em todas as Bíblias, mesmo nas traduções usadas pelos católicos. O brado de Deus contra a idolatria ecoa por todos os lados. “Quem tem ouvidos para ouvir ouça,” disse Jesus. 5.1 - Afronta ao principal mandamento Respondendo a uma pergunta feita pelos escribas acerca de qual seria o mandamento mais importante, Jesus disse: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. (Marcos 12:29b e 30) Entende-se que guardar o principal mandamento é, antes de mais nada, reconhecer Jesus como único Senhor e entregar-se totalmente a Ele. Entretanto, ignorando afrontosamente a este mandamento principal, a Maçonaria adota vários outros deuses, com direito a altares dedicados aos seus nomes. A loja em si é “consagrada a São João”, que é o seu “padroeiro”, conforme é do conhecimento até mesmo dos neófitos. Estudando as instruções, aprendemos que: por cima do altar do Venerável Mestre encontrase o Delta Luminoso, tendo, ao centro, o tetragrama 71 Descobrindo o Espírito da Maçonaria IHVH (Jeová, Deus). Dos lados do Delta estão o Sol e a Lua. O Manual (ritual) do Aprendiz ensina que o Sol representa o deus grego Apolo. A Lua representa a deusa grega Ártemis, que é a mesma Diana, para os romanos. Em outro manual aprendemos que a Loja é sustentada por três colunas: Sabedoria, Força e Beleza, que, respectivamente, representam Minerva, Hércules e Vênus. Algumas Lojas chegam a ter estátuas desses três deuses romanos. Outras não possuem estátuas, mas estão representados de outras maneiras, como Apolo e Ártemis, simbolizados pela imagem do Sol e da Lua. Como já vimos. O conceituado escritor maçom, médico e jornalista, José Castellani leciona que: Os principais cargos de uma loja são associados ao misticismo religioso da Mesopotâmia, onde além dos deuses - Marduc e Shamash (correspondente ao Sol), Sin (correspondente à Lua), e Ichtar (correspondente a Vênus), existem deuses correspondentes aos demais planetas conhecidos na antiguidade: Mercúrio, deus veloz e astuto; era o senhor da sabedoria; calculista; Marte era o senhor da guerra; Júpiter era um régio senhor dos homens, embora suplantado pelo deus-sol; e Saturno era um deus frio, cruel e irascível. Da mesma maneira, os principais cargos em Loja são identificados com deuses e semi-deuses do panteão grego, habitantes do Olimpo. Assim temos: 72 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Venerável: Seria a representação de Zeus (Júpiter, para os romanos), o rei dos deuses, por sua condição de dirigente da Loja; representa também a deusa Atena (Minerva para os romanos), da sabedoria, já que o Venerável deve ter sabedoria para dirigir a Loja. Primeiro Vigilante: Representa Áries (Marte dos romanos), deus da agricultura e da guerra; é relacionado, também com Heracles (Hércules, dos romanos), o mais forte e vigoroso de todos os homens. Segundo Vigilante: Simboliza Afrodite (Vênus, dos romanos), a deusa do amor e da beleza. Orador: Representa Apolo, ou Febo, deus, do sol, criador da poesia e da música, do canto e da lira. Secretário: Simboliza Ártemis (Diana, dos romanos), deusa da Lua, da caça e das flores. Mestre de Cerimônias: Correspondente a Hermes (mercúrio, dos romanos), mensageiro dos deuses olímpicos, já que esse oficial é mensageiro dos dirigentes da Loja. 6 Temos acima uma visão muito clara de como as coisas funcionam, espiritualmente, dentro da Loja. Cada cargo é um altar a um deus. Buscando um pouco mais na sua literatura observamos que a Maçonaria vem arrastando sobre si, desde suas origens, uma nuvem de deuses pagãos. Confesso que não sei, ao todo, quantos nomes de entidades são mencionados 6 - CASTELLANI, José, Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom (A Gazeta Maçônica, 1995), págs. 63 e 64 73 Descobrindo o Espírito da Maçonaria mas, numa rápida peneirada, apurei os seguintes: Marduc, Shamash, Ichtar, Marte, Júpiter ou Zeus, Vênus ou Afrodite, Saturno, Mercúrio ou Hermes, Ártemis ou Diana, Apolo ou Febo, Atena, Minerva, Virgem ou Astréia, Heracles ou Hércules, Dumuzi, Deméter, Fênix, Ísis, Amon-Rá, Osíris, Hórus, Nephts, Anúbis, Neith, Tot, Mitra, Brahma, Visnu, Siva, Yang, Ying, Tao, Chohan, Saint-Germain, Santo Albano, Pai José, São João de Malta, São João de Jerusalém, São João. Talvez o leitor nunca tenha ouvido menção de alguns (ou de muitos) destes nomes em sua Loja, e, por isso, não se considere um adorador de tais deuses. Nem por isso, tais castas de espíritos deixaram de se fazer presentes na sua loja, pois seus respectivos altares se encontram ali plantados. As autoridades maçônicas idealizadoras dos rituais, consciente ou inconscientemente, já assim pactuaram com tais entidades. Todo maçom, quando iniciou-se, aceitou as regras, concordando, por exemplo, que, uma simples saudação ao Venerável Mestre representa uma saudação a Zeus. Um sinal feito ao Segundo Vigilante é dirigido a Afrodite. Quem se assenta na Coluna do Norte está no território do deus Marte ou Ares (Altar do Primeiro Vigilante). Sob juramento, o iniciando faz os pactos maçônicos e, assim, fica vinculado incondicionalmente a todos estes. E, por mais que algum maçom fique deslumbrado, 74 Descobrindo o Espírito da Maçonaria pensando estar diante de “celebridades” mitológicas, a realidade é outra: são demônios. E, ainda: sabendose que somente Deus pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, os famosos “deuses” babilônicos, gregos ou romanos nunca poderiam estar pessoalmente nas várias Lojas espalhadas pelo mundo. Por isto, informo (até mesmo com a experiência de médium umbandista, que já fui) que aquelas entidades diabólicas se fazem representar por outras “hierarquicamente inferiores”. Desta forma, uma saudação ao Venerável Mestre, por exemplo, é correspondida, no plano espiritual, por seres do tipo Exu Caveira, Exu do Lodo, Tranca Rua ou “coisa” parecida, mesmo que, aos olhos de algum maçom vidente, se mostrem com uma aparência mais “luminosa”. A Bíblia revela que isto (a transfiguração diabólica) é possível: “E não é maravilha, por que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” (2 Corintios 11:14). Caso alguns dos deuses maçônicos mencionados neste tópico não sejam ainda conhecidos do leitor, permita-me reconduzi-lo ao raciocínio da infidelidade conjugal, de que não é necessária a comprovação de todos os “casos” para uma tomada de decisão por parte do marido. Ou será que um único romance que a mulher mantenha com um antigo conhecido da família não é problema? Deste ponto de vista, pergunto-lhe: É verdade que 75 Descobrindo o Espírito da Maçonaria a Maçonaria possui um padroeiro e, também, que a loja é “...uma loja de São João...”? Se a resposta for afirmativa, o leitor acaba de admitir que a Maçonaria possui, pelo menos, um ídolo, ou seja um “caso” de idolatria. Para Deus, isto (a idolatria) é abominável, pois, repetindo a primeira carta aos coríntios, capítulo 10, versos 19 e 20: [...] as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Que a idolatria é condenada por Deus e, ainda, que por trás dos ídolos se escondem os demônios é fato, independentemente de alguém concordar ou discordar. A Lei de Deus, assim como as leis dos homens, não tem sua eficácia condicionada a opiniões pessoais. Enquanto não é revogada, uma lei é uma lei, independentemente de sua aceitação unânime por parte da coletividade. Desse modo, ainda que grande parte das pessoas de todo o mundo, insista na maldita prática da idolatria, a Lei de Deus, que nunca foi revogada, continua condenando todos os idólatras: Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. (1 Corintios 6:10). 76 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Espero ter ficado claro que a idolatria é condenada por Deus. Assim como espero que, mesmo fazendo vistas grossas a todos os demais “casos”, e considerando apenas o fato de a Loja ser “consagrada a São João, nosso Padroeiro”, tenha ficado provado que a Maçonaria é consagrada a um espírito de idolatria, sendo, portanto abominável aos olhos do Altíssimo. 6 77 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 78 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 6 ESTRANHO AMOR Todos sabemos que a Maçonaria prega o amor ao próximo, entretanto existe uma lista imensa de pessoas que nunca poderão ter acesso ao “amor” maçônico. Ora, quando amamos, procuramos compartilhar com as pessoas amadas tudo de bom que estiver ao nosso alcance. Quando amamos as pessoas, nos esforçamos por levar a felicidade a todas elas, sem distinção. 6.1 - O amor de Deus O Evangelho, por exemplo, é algo excelente e, por isso, nos empenhamos na pregação deste a todas as pessoas, sem exceção, conforme mandou Jesus: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15). Ao longo da Bíblia, Deus deixa bem claro que, o seu grande amor não discrimina ninguém, tanto que: Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). O próprio Jesus se declara disposto a acolher todos que o procurarem: “ ..e o que vem a mim de ma79 Descobrindo o Espírito da Maçonaria neira nenhuma o lançarei fora.” (João 6 : 37b). Por mais destruída que esteja a vida da pessoa, há sempre o convite irrevogável: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28) Na Bíblia, observamos Jesus praticando tudo isso, ou seja recebendo, perdoando, salvando e transfor- mando: prostituta, ladrão, perseguidor do evangelho, adivinho, cobrador de impostos e outros. Nos dias atuais, nada mudou. A porta da Salvação continua aberta a todos os que quiserem entrar por ela. Jesus continua recebendo, perdoando, salvando, transformando e curando pessoas advindas das mais diversas situações. Sejam negros, índios, brancos, prostitutas, homossexuais, homens, mulheres, crianças, deficientes físicos, cegos, aidéticos, cancerosos, surdos, pobres, ricos, católicos, espíritas, budistas, crentes desviados, ladrões, traficantes, homicidas, estupradores, seqüestradores e, até mesmo, a pior escória da humanidade. Perante Deus, todos têm a mesma oportunidade. Jesus morreu por todos. Todos podem se salvar, basta entrar pela única Porta, que é Jesus. Esta boa noticia, nós procuramos levar ao mundo inteiro, com a máxima boa vontade. Temos grande contentamento quando vemos as pessoas sendo restauradas e passando a ter saúde, paz , dignidade e, acima de tudo, a 80 Descobrindo o Espírito da Maçonaria alegria da Salvação. Sejam ricos ou pobres, a alegria que sentem quando entendem e recebem a mensagem salvadora é indescritível. Deus se dá a conhecer a todos de igual forma: [...] quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. ( 1 Coríntios 12 : 13b ) 6.2 - O amor do Grande Arquiteto Estranhamente, o Grande Arquiteto do Universo, Deus da Maçonaria, procede de maneira contrária, demonstrando ter uma índole bastante diferente da que tem o Criador revelado na Bíblia. Ele exclui de participar dos seus mistérios, e impede de “ver a luz”, uma multidão incontável. Ali não entra, por exemplo: mulher, criança, menor, deficiente físico, homossexual, ateu, endividado, processado judicialmente, desempregado, pobre, escravo, desajustado social e outros. Qualquer pessoa que estiver em pelo menos uma dessas situações receberá “bolas pretas”. Não será admitida e, possivelmente, nunca será informada sobre o verdadeiro motivo da recusa em recebê-la. Ironicamente, a Maçonaria se propõe a “tornar feliz a humanidade, pelo amor ...” (grifo nosso). Entretanto, fica a pergunta: que tipo de amor é esse, que exclui uma esmagadora maioria, geralmente os mais 81 Descobrindo o Espírito da Maçonaria sofredores? Estes, quando muito, podem ter acesso a esmolas ou a algum outro tipo de benefício de cunho assistencialista. As doutrinas maçônicas que supostamente “elevam” o homem, aproximando-o de Deus, não estão disponíveis aos deficientes físicos, nem aos pobres e endividados, nem às viúvas, nem aos órfãos desamparados, nem aos caídos em geral. Dessa forma, a lista dos candidatos a se tornarem “felizes” abrange tão somente os que, teoricamente, já são felizes, ou seja, os que estão com a vida em ordem, não passando por necessidades, sem defeitos físicos, chefes de uma família estável, livres de qualquer tipo de perturbação etc. A estes o Grande Arquiteto acolhe de braços abertos. Aos demais, as portas da “felicidade” estão definitivamente fechadas. Que amor é esse? que deus é esse? visto que não é próprio do Altíssimo fazer acepção de pessoas? A respeito de Deus, está escrito: Quanto menos àquele que não faz acepção da pessoa de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obra de suas mãos. (Jó 34:19 ); E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; (Atos 10:34); [...] porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” (Romanos 2:11). 82 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 6.3 - Discriminação é pecado Além de não fazer acepção de pessoas, Deus determina que, da mesma forma, não o façamos, pois é pecado: “Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores.” (Tiago 2:9). No livro de Malaquias encontramos Deus repreendendo os líderes espirituais por estarem dando, ao povo, tratamento diferenciado, de pessoa para pessoa, perante sua Lei: Por isso, também eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo o povo, visto que não guardastes os meus caminhos, mas fizestes acepção de pessoas na lei. (Malaquias 2:9). Pelo que acabamos de observar, quando se pretende que a Maçonaria possua algo que pode “tornar feliz a humanidade”, ela se mostra condenável pela Palavra de Deus ao fechar as portas dessa “felicidade” para a imensa maioria das pessoas. Exatamente as mais necessitadas. Nesse aspecto, fica patente, mais uma vez, a incompatibilidade entre o “espírito” da Maçonaria e o Espírito de Deus. 83 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 84 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 7 PACTOS ABOMINÁVEIS Todos os maçons são levados a prestar juramento pelo menos uma vez em cada reunião. Eles juram “guardar o mais absoluto silêncio sobre tudo quanto aqui se passou”, além de prestarem juramentos específicos para a iniciação em cada grau, conforme alguns exemplos que citaremos ainda neste capítulo. O que os contritos maçons não sabem é que isso é mais uma afronta à própria Bíblia Sagrada aberta sobre o Altar dos Juramentos, no centro da loja. A Palavra de Deus, com a qual estamos confrontando as práticas maçônicas, coloca sob condenação a prestação de juramentos, quaisquer que sejam. Qualquer artifício usado para reforçar o “sim” ou o “não” é de inspiração maligna, ou seja, procede do Diabo. Atentemos para o que disse Jesus a esse respeito: De modo algum jureis: Nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser a cidade do grande Rei; nem pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar, vem do maligno. (Mateus 5.3437) 85 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Em sua carta, Tiago também deixa claro que não se pode fazer qualquer tipo de juramento, sob pena de se cair em condenação: Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação. (Tiago 5:12) Não sei quais os ritos, ou que graus maçônicos, o ilustre leitor conhece, mas, se for um maçom, certamente já está familiarizado com alguns exemplos de juramentos que citarei a seguir, a começar por aquele que é feito na iniciação do primeiro grau do rito escocês. De entrada, verificamos uma batida de frente com as citadas palavras de Jesus. Atentemos para o juramento: 7.1 - Juramento de Iniciação do 1º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito: Eu, juro e prometo da minha livre vontade, pela minha honra e pela minha fé, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, perante esta Assembléia de Maçons, solene e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da Maçonaria que me vão ser confiados, senão a um bom e legítimo Irmão ou em loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgálos. Juro, mais ajudar os meus Irmãos em tudo o que 86 Descobrindo o Espírito da Maçonaria puder e for necessário, e reconhecer, como Potência Maçônica regular e legal, neste Estado, o (a) (...), a(o) qual prestarei obediência. Se violar este Juramento sejame arrancada a língua, cortado o pescoço e enterrado meu corpo nas areias do mar, onde o fluxo e o refluxo das ondas me mergulhem em perpetuo esquecimento., sendo declarado sacrílego para com DEUS e desonrado para com os homens. Amém .7 É óbvio que, quando se consente que seja “cortado o pescoço”, sujeita-se a ver rolar a própria cabeça, e demonstra-se total desprezo pelas palavras de Jesus: “...nem pela tua cabeça...”. Aliás, todo corpo do maçom fica “penhorado”, sob juramento, ao longo das sucessivas iniciações, como podemos perceber nos próximos exemplos de juramentos obrigatórios nas iniciações de outros graus: 7.2 - Juramento de Iniciação do 2º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito: Juro e prometo nunca revelar aos Aprendizes os segredos do Graus de Companheiro que me vão ser confiados, assim como prometi nunca revelar os de Aprendiz. Se eu for perjuro, seja-me arrancado o coração, para servir de pasto aos abutres. Assim, Deus me ajude.8 7 - Grande Oriente de Minas Gerais, Ritual de Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito (2ª edição, 1989) Pág. 113. 8 - Grande Oriente de Minas Gerais, Ritual de Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito (2ª edição, 1993) Pág. 92. 87 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Observe que, ao iniciar-se no segundo grau, o maçom já assume o compromisso de nunca revelar os segredos aos maçons de grau inferior. Desta forma, caracteriza-se a acepção de pessoas até mesmo dentro da Irmandade. Como isso já foi tratado no capítulo anterior, consideremos apenas a inobservância da Palavra de Deus no que tange a juramentos. Já vimos que não se deve jurar, jamais, pois isso “procede do maligno.” Entretanto, sob essa inspiração demoníaca, o postulante ao grau de companheiro compromete seu coração, preferindo tê-lo arrancado para “servir de pasto aos abutres” (demônios) a revelar os segredos. 7.3 - Juramento de Iniciação do 3° Grau Rito Escocês Antigo e Aceito: Eu, (nome) , juro de minha livre vontade e em presença do Grande Arquiteto do Universo e desta Augusta e Respeitável Loja Consagrada a São João, nunca revelar os segredos do Grau de Mestre. Se for perjuro, seja o meu corpo dividido ao meio, sendo uma parte lançada ao meio dia e outra ao setentrião, e as minhas entranhas arrancadas e reduzidas a cinzas e estas lançadas ao vento. Assim Deus me ajude. Amém. 9 Neste juramento feito pelo candidato a Mestre Maçom, além de se confirmar que a loja é “consagrada 9 - Grande Oriente do Brasil, Ritua, Ritual - Rito Escocês Antigo e Aceito, 3º Grau - Mestrre (9ªedição, 1989) 88 Descobrindo o Espírito da Maçonaria a São João”, amplia-se o grau de comprometimento do corpo, sujeitando-se, até mesmo, à redução das entranhas a cinzas e o lançamento destas cinzas ao vento. E, para mostrar que os juramentos não param por ai, citaremos mais dois exemplos dos que são prestados na iniciação em graus mais elevados. Observe que os pactos se tornam cada vez mais absurdos, à medida em que se galgam os graus da Ordem. 7.4 - Juramento de Iniciação do 7° Grau – Rito Adonhiramita: (Nome do candidato) Juro e prometo cumprir escrupulosamente as obrigações, com risco de minha própria vida, onde isto possa acontecer, de sacrificar aos manes de Adonhiram, os perjuros que poderiam revelar alguns dos nossos segredos aos profanos – Eu sustentarei meus compromissos, ou que a morte mais horrível seja a expiação do meu perjúrio; que meus olhos sejam privados da luz, pelo ferro em brasa; que meu corpo se torne presa dos abutres e que a minha memória seja amaldiçoada pelos filhos da Viúva, espalhados, por toda a superfície da terra. 10 Aqui não só é feito o juramento de não revelar os segredos mas, também, de sacrificar aos “manes” (mortos, antepassados ou deuses) de Adonhiram os perjuros. Isto mesmo, o maçom, ao participar dessa iniciação no grau 7º, jura sacrificar quaisquer outros 10 - Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, Ritual do Grau 7, (Edição 1.990) págs. 26 89 Descobrindo o Espírito da Maçonaria que venham a “revelar alguns dos nossos segredos aos profanos”. Ele jura matar, se preciso for. Como os pobres maçons não andam matando os inúmeros que se convertem ao evangelho e que, muitas vezes, passam a revelar os segredos, estão também quebrando o juramento (de matar os perjuros). A maldição a que estão expostos, segundo o juramento do grau 7º do Rito Adonhiramita é: [...] que a morte mais horrível seja a expiação do meu perjúrio; que meus olhos sejam privados da luz, pelo ferro em brasa; que meu corpo se torne presa dos abutres. Biblicamente, “a morte mais horrível” que alguém pode ter é a morte espiritual, ou seja é separação eterna de Deus. É quando a pessoa não salva em Cristo será lançada no lago de fogo, preparado para o Diabo e seus anjos. Ter “olhos privados da luz” significa ter o entendimento espiritual cegado pelo “deus deste século”. Lamentavelmente isto já acontece com os maçons, pois percebe-se neles uma terrível cegueira acerca do Evangelho. Somente uma pequena parcela deles consegue entender a mensagem salvadora e entregar-se a Cristo. A última praga dirigida aos perjuros, segundo o citado juramento, determina que o “corpo se torne presa dos abutres”. Isso significa literalmente opressão, e, até mesmo, possessão demoníaca. O infeliz sujeita-se a se tornar presa de algum ou de vários tipos de espíritos, cada qual com sua “especialidade”. 90 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Na nossa experiência com o ministério de libertação, aprendemos que os espíritos imundos possuem diversas especialidades. Por exemplo: acidente, câncer, diabetes, esclerose, labirintite, derrame, AVC, reumatismo, transtorno do pânico, bebedeira, fracasso, frustração, insegurança, medo, covardia, tristeza, isolamento, nervosismo, insônia, perturbação, miséria, falência, depressão, homosexualismo, separação conjugal, traição, graves problemas familiares, suicídio etc. Qualquer sofrimento persistente é obra dos “abutres”. Depois que acham “uma presa”, não a deixam mais, a menos que precisem alternar-se entre si. Essa alternância pode acontecer quando os espíritos opressores são pressionados pela mudança de hábitos da vítima ou quando esta é curada por métodos naturais (tratamento médico e outros). Outra situação em que pode ocorrer a troca de espíritos é a de negociação entre estes, mediante a realização de algum trabalho espírita, benzimento ou ato de devoção a algum ídolo. Libertação verdadeira e definitiva, só Jesus pode realizar. E o faz com o maior prazer, pois foi para isto que Ele veio, como está escrito: “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.“(1 João 3:8) Voltemos aos juramentos. 91 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 7.5 - Juramento de Iniciação do 30° Grau do Rito Adonhiramita Eu, (nome), juro e prometo pela minha honra e pela fé do meu grau, perante as três testemunhas que me ouvem: o Grande Arquiteto do Univiverso, Jacobus Burgundun De Molay, em espírito, e desta Augusta Assembléia de Cavaleiros Kadosch, de nada revelar do que ocorrer durante minha iniciação nos ministérios da Alta Cavalaria, nem mesmo a um perfeito e leal maçom. Juro ainda cumprir e fazer cumprir as determinações ou decisões desta Augusta Assembléia, quando justas e mesmo contra a minha pessoa. Se eu faltar a uma só das cláusulas deste meu juramento, feito de minha livre e espontânea vontade, ante a ARA SAGRADA dos Kadosch, representada por este Mausoléu, onde habita um nobre coração; de um ser DIVINO, e desta ASSEMBLÉIA DE ILUSTRES IRMÃOS, que permito seja minha cabeça cortada e, depois de descarnada e cravada na têmpora esquerda a Adaga do Vingador, exposta na Câmara das Angustias, como advertência aos novos candidatos, do que acontece aos TRAIDORES, e, ainda, minha memória seja banida dentre os homens de bem, os KADOSCH e amaldiçoada pela Humanidade, porque fui hipócrita com os meus irmãos e perjuro ante o Grande Arquiteto do Universo. 11 Analisando o conteúdo deste juramento, o qual é prestado durante a iniciação no Grau 30º, percebe-se a deplorável condição espiritual a que chegam os que ousam mergulhar um pouco mais nas “profundezas” da 11 - Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, Ritual do Grau 30, (Edição 1.990) págs. 79 e 80 92 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Maçonaria. Os que ali pensam que estão se “elevando” espiritualmente, na realidade estão afundando. Quanto mais avançam, mais perdem a noção dos maravilhosos ensinos da Palavra de Deus. Que trajetória maldita!!! Acerca deste último juramento, podemos destacar as seguintes aberrações: a primeira é o fato de ser um juramento, algo proibido por Deus, como já vimos. A Segunda é a invocação de morto ou espírito (Jacobus B. De Molay, arrolado como uma das testemunhas para o juramento), prática proibida por Deus (Deuteronômio 18:10). A terceira (de arrepiar) é o fato de a Ara Sagrada dos Kadosh ser representada por um “mausoléu” (sepulcro), “onde habita um nobre coração” (???). A quarta aberração é a permissão para que seja a “cabeça cortada e, depois de descarnada e cravada na têmpora esquerda a Adaga do Vingador, exposta na Câmara das Angústias”. Tudo isso à revelia do que ensina Jesus, ou seja, que não se deve jurar “...nem pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.” 7.6 - Ameaçadores sinais Os sinistros pactos que acabamos de descrever, não são feitos apenas na iniciação e logo esquecidos, não. Os chamados “sinais de ordem”, usados por todos os maçons em todas as reuniões estão sempre enfatizando, ameaçadoramente, o que deve acontecer com os “perjuros”. Estes sinais são feitos em momentos específicos 93 Descobrindo o Espírito da Maçonaria da sessão. Por exemplo, quando o maçom, circulando em loja, passa em frente ao Trono, obriga-se a parar diante deste e fazer o sinal do grau em que se esteja realizando aquela sessão. Além disso, durante a abertura e o encerramento dos trabalhos, o sinal é repetido por todos. Sem contar que, enquanto estiver em pé ou circulando em loja, o maçom deverá sempre fazê-lo dentro da postura apropriada para o grau em que estão se realizando os “trabalhos”. No primeiro grau, estar de pé e à ordem exige a seguinte postura: Calcanhares colados; pé esquerdo sempre apontando para a frente e formando um esquadro com o pé direito; corpo ereto, cabeça erguida; braço esquerdo esticado para baixo, rente ao corpo; mão esquerda aberta e colada à coxa do mesmo lado; a mão direta deve ter o polegar formando um esquadro com os demais dedos, que deverão estar unidos e esticados; braço e antebraço deverão estar formando um esquadro com o corpo; a mão direta formando um esquadro com o polegar deve estar colocada na garganta, como uma lâmina prestes a cortá-la . Isto é estar “de pé e à ordem” no Grau de Aprendiz (Fig. 1). Em todas as sessões, o maçom passa boa parte do tempo nessa posição. Quando é necessário fazer o sinal, a mão direita, até então rente ao pescoço, deve deslizar-se rapidamente até o ombro direito, encenando-se o ato de cortar a garganta. A liturgia maçônica ensina que isso 94 Descobrindo o Espírito da Maçonaria serve para lembrar que é preferível ter a garganta cortada a revelar os segredos. Da mesma forma, no segundo e terceiro graus e, assim, sucessivamente, até o 33º, existe a posição “de pé e à ordem” e o “sinal ” que é um desdobramento daquela postura. As figuras 2 e 3 ilustram, respectivamente, um maçom de pé e à ordem nos trabalhos dos Graus de Companheiro (2º) e Mestre ( 3º). No Grau de Companheiro (2º), faz-se o “sinal” deslocando-se, para a direita e com força, a mão direita que está como que segurando o coração. O movimento é feito como se estivesse arrancando, com a mão, o próprio coração. Isto serve para reforçar, repetidas vezes, o juramento feito quando se iniciou no segundo grau. No “sinal” do Grau de Mestre Maçom (3º), a ponta do esquadro formado pelo polegar direito com a respectiva mão direita desliza rapidamente sobre o abdômen, da esquerda para a direita, como um bisturi (ou coisa parecida) cortando o corpo ao meio. Encena-se aqui a conseqüência de se violar o juramento feito na iniciação no Grau de Mestre Maçom: “...seja o meu corpo dividido ao meio,..” Os sinais são repetidos várias vezes durante os trabalhos, representando a “vingança” prevista no juramento de iniciação do grau em que se está realizando a sessão. O destaque que esses gestos e posturas recebem 95 Descobrindo o Espírito da Maçonaria nos trabalhos maçônicos enfatiza o tipo de punição (sempre macabra) aplicável a todo aquele que não guardar os segredos. O mais cruel, em tudo isso, é fato de esses pactos não serem uma mera brincadeira. Como não têm aplicação no plano material, só lhes resta a atribuição de eficácia espiritual, pois já vimos que a Maçonaria tem o aspecto “externo e visível” e o aspecto “oculto”. Por meio dos juramentos, todo o corpo fica hipotecado espiritualmente. Ao invés de se tornar templo do Espírito Santo, nos termos da Palavra de Deus, o corpo é entregue, sob juramento, aos “abutres”, confirmando a expectativa declarada no “testamento” preenchido lá na masmorra, antes da iniciação. Ali o candidato, independentemente de ser, ou não, nascido de novo, declara que espera “morrer” para a vida profana e “nascer” para a Maçonaria: Eu, (nome), abaixo assinado, esperando morrer para a vida profana e despertar para a vida maçônica, escrevi, do próprio meu punho, as respostas ao questionário acima, os quais representam os ditames da minha consciência, e o meu Testamento Moral. 7.7 - Existe saída? Tudo pode ser revertido, basta querer. Essa conversa de “uma vez maçom, sempre maçom” não encontra a menor sustentação bíblica. Todos os pactos feitos com a Maçonaria, com o espiritismo, com a magia ne96 Descobrindo o Espírito da Maçonaria gra, com a idolatria ou com quaisquer outros espíritos, podem ser quebrados na íntegra, pelo poder que há no Nome de Jesus. A única situação irreversível é a de morte sem salvação. Daí a importância de se despertar para o que está escrito neste livro e tomar o caminho para o qual ele aponta: A Salvação através de Jesus, na forma traçada por Deus na sua Palavra. É a única maneira de se sacudir o lombo e escapar dos manes (espíritos) de Adonhiram. 7.8 - O que fazer? Para se libertar, não basta sair da Maçonaria. O Diabo irá enganá-lo de qualquer outra maneira, para mantê-lo preso. Ele tem o plano B, plano C, plano D etc. Por isso, a ruptura tem que ser radical. É com Jesus, mesmo. Cuidado com a tentação a que se busque uma saída alternativa. Não existe outro caminho, mas o único que existe serve para todas as pessoas, conforme promete a Palavra de Deus: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Atos 2:21). Por isso, feche-se no seu quarto, carro ou escritório e fale com o Jesus. Declare-se perdido, confesse-se um pecador, imundo, escravo do Diabo e do pecado, carente de misericórdia e perdão. Manifeste sua disposição de receber Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Jogue-se diante dele com todos os seus defeitos, vícios, doenças, crimes (se for o caso) e outros problemas, por mais insolúveis que pareçam. Se fizer isso 97 Descobrindo o Espírito da Maçonaria decidida e sinceramente, todos os seus males passarão a ser de responsabilidade dele. E coisas maravilhosas começarão a acontecer em sua vida, como aconteceu comigo e com milhares de outros maçons, umbandistas, idólatras, místicos, feiticeiros, esotéricos, alcoólatras, homossexuais, drogados e perdidos em geral que se renderam ao poder do Deus Vivo. O passo seguinte, indispensável e urgente, é pedir direção de Deus e procurar algum evangélico conhecido, que seja honrado e tenha bom testemunho cristão, para que ore por você. A partir daí, trate de freqüentar assiduamente uma igreja evangélica, onde, com certeza você receberá, como eu recebi, todo o socorro espiritual necessário. Duvido que alguém neste mundo tenha conselho melhor para dar a você. Que Jesus abençoe abundantemente sua vida, em todos os sentidos. Sobre o tema Maçonaria, pelo menos por enquanto, não tenho nada a acrescentar, nem a discutir; não me disponho a dar palestras e nem a satisfazer à curiosidade de quem quer que seja, pois o propósito de Deus não é este. Creio que, com o que aqui está escrito, o Espírito Santo pode fazer maravilhas na vida de muitos maçons. A estes, quero reafirmar todo o meu respeito e consideração e declarar que eu os amo com o amor de Cristo. Este pequeno livro é uma prova disto. No próximo capítulo, contarei como me envolvi com o poder das trevas, como fui resgatado por Jesus e a diferença que experimento entre viver nas trevas e viver na Verdadeira Luz. 98 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Figura 01 - Um maçom de pé e à ordem durante os trabalhos do Grau de Aprendiz. A mão direita posicionada na garganta simboliza que é preferível ter a garganta cortada a revelar os segredos. O autor sugere que, de forma alguma, esta figura seja considerada isoladamente, mas que seja lido, senão o livro todo, pelo menos o capítulo relativo aos juramentos. 99 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Figura 02 – Um maçom de pé e à ordem durante os trabalhos do Grau de Companheiro (2º). A mão direita agarrando o coração simboliza o consentimento para que seja arrancado seu coração, caso quebre o juramento do Grau. Esse juramento inclui o compromisso de nunca revelar os segredos aos maçons do grau inferior (aprendiz). O autor sugere que, de forma alguma, esta figura seja considerada isoladamente, mas que seja lido, senão o livro todo, pelo menos o capítulo relativo aos juramentos. 100 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Figura 03 – Um maçom de pé e à ordem durante os trabalhos do Grau de Mestre (3º). Para se fazer o “sinal” deste Grau, o polegar da mão direita que está colocado na região esquerda do abdômen desloca-se para a direita. Isso é a encenação de uma ferramenta cortando o corpo ao meio, como prevê o juramento prestado na iniciação do 3º Grau. O autor sugere que, de forma alguma, esta figura seja considerada isoladamente, mas que seja lido, senão o livro todo, pelo menos o capítulo relativo aos juramentos. 101 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 102 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 8 O TESTEMUNHO DO AUTOR Nasci na pequenina e centenária Bambuí-MG, aos 10 de Novembro de 1957. Sou o mais velho dos irmãos. Ao todo somos seis: quatro homens e duas mulheres, todos vivos e saudáveis, graças a Deus. Neto mais velho dos meus avós paternos, fui muito mimado pela minha avó. Superprotetora, esta muitas vezes me livrava de chineladas e castigos (legítimos) que minha mãe tencionava me administrar. Isso me levou a apegar-me muito à minha avó, o que, juntamente com a indisfarçável disputa pela minha companhia travada entre ela e minha mãe, provavelmente contribuiu para que eu crescesse inseguro, nervoso, tímido e, mais tarde, me tornasse violento, beberrão, sexualmente compulsivo, chegando a levar dois tiros por assediar a mulher de um amigo. Em 1.964, meus pais, com apenas três filhos muito pequenos, mudaram-se de Minas para uma fazenda na região médio-norte do Estado de Goiás. Dois anos mais tarde, passando por sérias dificuldades financeiras venderam a fazenda e, então, nos mudamos para um pequeno povoado perto dali. Em meio a tais dificuldades, lembro-me de ouvir meu pai, em conversas com meu tio, dizer que estava 103 Descobrindo o Espírito da Maçonaria tentando entrar na Maçonaria. Não sei se por brincadeira ou não, ele dizia algo mais ou menos como que “fazer pacto com o Diabo”, pois assim sairia das dificuldades. Citava algumas pessoas que haviam “tomado parte com o capeta” e ficaram ricas. Nessas ocasiões, ouvi eles contarem um caso de alguém que tinha uma “coisinha preta” presa em um vidro de penicilina vazio. Recordo-me, ainda, que meu pai se queixava do silêncio da Maçonaria acerca de sua admissão (nem sei se ele já havia solicitado isso). Para o meu tio e para minha mãe, ele dizia que poderia demorar até sete anos a “investigação” de sua vida, para fins de iniciação. Quando eu completei oito anos, meus avós vieram nos visitar e, com o consentimento dos meus pais, me levaram de volta para Bambuí, para que eu pudesse estudar. Muito católica, sacristã e zeladora da igreja, minha avó me levava com ela às missas, me envolvendo de tal maneira nas atividades eclesiásticas que logo tornei-me muito religioso. Fui consagrado coroinha e ajudava na igreja. Três anos e meio depois de ter retornado a Bambuí, eu concluía o quarto ano primário e a “admissão” para cursar o ginásio. Meu pai foi me buscar de volta para Goiás e encontrou, desta vez, um menino inteligente, que gostava muito de leitura e que se orgulhava de haver acompanhado, pelo televisor preto e branco do tio Ciro, cada passo do foguete Apolo XI, aquele que levou o homem 104 Descobrindo o Espírito da Maçonaria à Lua pela primeira vez. De volta a Goiás, não havendo colegial na cidade de Campinorte, para onde minha família haviam se mudado, fiquei um ano sem estudar. Aproveitei para desfrutar da companhia dos meus pais, de quem havia sentido profunda falta quando estive distante. Meu pai possuía um caminhão com o qual fazia pequenos fretes. Tornei-me seu ajudante voluntário. 8.1 - O assédio dos crentes Alguns crentes da Assembléia de Deus, muito atenciosos, começaram a freqüentar nossa casa, fazendo leituras bíblicas e pregando o evangelho. Nesses dias, meu pai adquiriu uma Bíblia e passou a lê-la em voz alta, todas as noites que podia, com a família reunida, sob a luz de uma lamparina a querosene. Naquele ano de 1.970, meu pai iniciou-se na Maçonaria. Eu não saberia dizer a que altura os cultos no lar cessaram, mas cessaram. Tampouco me lembro de quando os crentes sumiram da nossa casa, mas sumiram. Dois anos mais tarde, mudamo-nos para a longínqua Paraíso do Norte de Goiás, em busca de serviço para meu pai e seu caminhão. Dias difíceis, novamente. Por diversas vezes, tive que cortar lenha no cerrado, para vender e ajudar meu pai no sustento de todos nós. 105 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 8.2 - Os primeiros contatos com o espiritismo Um dia tive muita febre, da qual nunca soube a causa. Minha mãe, aconselhada por vizinhos, me levou a um centro espírita “mesa branca” que funcionava em frente à nossa casa. Me deram para beber uma água “energizada” e um livro, um romance espírita psicografado, cujo título era Paulo e Estevão. Passei a noite lendo, sob a luz de lamparina. Só descansei depois de terminar aquela leitura, na manhã seguinte. Fiquei deslumbrado com as “revelações” do além. Tornei-me um adepto incondicional da doutrina espírita e um devorador compulsivo de livros que versam sobre o tema. Li o Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o espiritismo, Os Exilados de Capela, Os Últimos Dias de Pompéia, Esaú e Jacó e inúmeros outros. Passei a ler sobre esoterismo, Ordem Rosacruz e ufologia. Fiz, de carona com meu pai, um curso de parapsicologia por correspondência ministrado pelo padre Quevedo, se não me falha a memória. Meu pai, depois de se tornar maçom, havia passado a comprar muitos livros dos gêneros acima, formando uma pequena biblioteca, a qual eu explorava ao máximo. Passei a viver nesse mundo virtual, pensando em viagens astrais, discos voadores, transmutação etc. Tocava violão e cantava, com toda a minha alma, a música S.O.S, um dos sucessos de Raul Seixas, muito tocado naqueles dias, que dizia: 106 Descobrindo o Espírito da Maçonaria “oh, oh seu moço do disco voador, me leve com você a onde você for. Oh, oh, seu moço... mas não me deixe aqui, enquanto eu sei que tem tanta estrela por ai” Apaixonava-me facilmente por alguma colega de escola, mas a timidez era uma barreira intransponível. Assim, os namoros conseguidos às custas de muito planejamento, estratégias complexas e ajuda de amigos, logo terminavam, pois eu era muito “certinho”, em contraposição ao imenso turbilhão que havia dentro de mim. 8.3 - O envolvimento com o álcool, o casamento e a perda do filho Mais ou menos aos 18 anos de idade, após 5 anos de aprendizado intensivo de violão começaram a aparecer amigos, quase todos mais velhos, a maioria casados, que me convidavam para tocar e cantar com eles nas rodadas de cerveja. Rapidamente aprendi a beber cachaça e cerveja. Apoiei-me no álcool para driblar o problema da timidez. Assim, na paixão seguinte, parti para o ataque, me dei bem, fiquei noivo e me casei, tudo dentro de seis meses. Minha amada e eu estamos casados há mais de trinta anos. Temos duas filhas e um filho. Devido à nossa pouca idade, eu com 19 e ela com 18 anos, e à falta de qualquer estrutura emocional, profissional e financeira, nossos pais não queriam aquele casamento. Isso gerou em nós algumas mágoas, coisa 107 Descobrindo o Espírito da Maçonaria de adolescente mimado. Por isso, fomos embora logo após a festa do casamento. Outra vez Bambuí, mais precisamente o colo da vovó, parecia ser nosso porto seguro. Por isso, não deu outra. Após experimentar Belo Horizonte, dormindo na sala do apartamento do tio por quase dois meses, fomos desembarcar na rodoviária da pacata cidade natal. Meus avós, Antonio e Ana dos Passos, receberamnos com a máxima alegria, a ponto de nos presentear com uma pequena casa no lote ao lado da casa deles. Ali moramos por quase dois anos. Começamos a acompanhar nossos avós à Igreja e logo me envolvi nos trabalhos do coral, passando a tocar violão nas missas dominicais, no Santuário São Sebastião. Arranjei um emprego em um escritório de engenharia e logo me tornei desenhista projetista, único na cidade, o que me proporcionou uma boa renda. Paralelamente a tudo isso, arranjei vários amigos na companhia dos quais bebia muito. Comprava todas as revistas de mulheres nuas que conseguia e não fazia questão de esconder da minha esposa as minhas taras. Sob ameaças (eu era muito violento) ela sofria tudo sem poder reagir. Tivemos nosso primeiro filho. Nasceu com graves problemas de saúde e não chegou a viver duas horas. Eu havia aprendido que homem não chora, mas, tamanha era a dor, que eu urrava escondido de todos. Meus avós no hospital acompanhando minha esposa 108 Descobrindo o Espírito da Maçonaria e eu, sozinho em casa, abafando os gemidos com um travesseiro. 8.4 - O primeiro banho de “descarrrego” Uma tia que morava em Itabira-MG, que era umbandista (hoje é evangélica), veio visitar meus avós e me disse que eu estava precisando tomar um banho de descarrego. Fiquei só de cueca no quintal e minha tia começou a despejar na minha cabeça um liquido verde, gosmento e fedido, que escorria até os pés enquanto ela me esfregava com as mãos, espalhando aquela coisa pelo meu corpo. Não larguei de beber nem fui curado das taras, muito menos deixei de humilhar minha esposa. Acho que continuei “carregado”. 8.5 - Novos desvios de conduta, mais tragédia Após quase dois anos em Bambuí, resolvi mudarme para Goiânia, o que deixou meus avós muito contrariados, porém nada me fez mudar de idéia. Queria subir na vida, estudar etc. Eu não tinha dificuldades em arranjar emprego, pois era muito inteligente, eficiente e disciplinado no trabalho. Assim, logo nas primeiras semanas em Goiânia, comecei a trabalhar num escritório de engenharia. Os companheiros de bebedeira surgiam de todos os lados. Nessa fase da minha vida, eu “caçava”, com todas as minhas forças, mulheres fora de casa. Parecia que 109 Descobrindo o Espírito da Maçonaria minha vida dependia disso. Mas, no inicio, nada “dava certo”. Tentando vencer a timidez que me paralisava diante de uma mulher estranha, eu procurava beber muito antes de qualquer abordagem. Embriagado e dizendo coisas sem nexo, afugentava a todas. Antes do final do ano em que nos mudamos para Goiânia, um amigo tentou me matar por assediar a sua mulher. Levei dois tiros a queima roupa e ele só não descarregou a arma em mim porque, mesmo baleado, antes de perder as forças, fui para cima, joguei ele no chão e, em seguida fui ajudado pelos garçons do bar em que bebíamos, no centro da cidade. Fui socorrido pelo dono do bar, que, providencialmente, levou-me a um excelente hospital particular onde fui operado imediatamente por uma das maiores autoridades latino americanas em gastroenterologia de então. Não fosse isso, morreria pois vários órgãos internos, inclusive intestinos foram afetados. Graças a Deus, escapei. Detalhe: minha esposa estava no sétimo mês de gestação de minha filha mais velha. As duas tiveram que suportar tudo isso. 8.6 - Novos contatos com o espiritismo Desempregado, fui instruído por um compadre, o mesmo que mais tarde me indicou para iniciar na Maçonaria, a procurar uma benzedeira sua conhecida. Esta disse-me que o meu protetor era Ogum (São Jorge) e que ele havia me livrado da morte. Emprego que 110 Descobrindo o Espírito da Maçonaria é bom, nada. Indicaram-me um centro espírita umbandista, o qual freqüentei por algumas semanas sem, contudo, ouvir alguém dizer coisa com coisa. Depois disso, fui aprovado num exame de seleção e comecei a trabalhar na Capemi Previdência, onde fui promovido rapidamente, ali permanecendo por dois anos. Comprei carro, casa financiada, passei no vestibular para cursar Administração de Empresas, mas a bebedeira, as noitadas e o envolvimento com mulheres, inclusive colegas de trabalho e de faculdade, atrapalhavam meu desempenho nas aulas. Aos poucos fui desanimando de tudo, até que abandonei os estudos. 8.7 - Um “ preto velho” em casa Na ocasião, um colega de trabalho que era pintor mostrou-me vários quadros que acabara de pintar. Escolhi um busto de um preto velho que trazia um cigarro de palha na boca e uma viola nas costas. Este quadro nos acompanhou por muitos anos. Minha filha mais velha (agora eu tinha duas), assim que começou a falar, às vezes chorando e tremendo de medo, reclamava que aquele preto velho sorria e acenava para ela. 8.8 - Banquete de iniciação na Maçonaria: meu primeiro sufoco financeiro Logo depois que fui notificado da minha aprovação para iniciação na Maçonaria, creio que em dezem111 Descobrindo o Espírito da Maçonaria bro de 1.982, tomei uma decisão que me custou caro: Pedi demissão da Capemi, pois desejava montar minha corretora de seguros, tornar-me empresário e ter um padrão de vida compatível com o da futura “irmandade”. Fiz tudo errado e, quando chegou o dia da iniciação em Abril de 1.983, estava trabalhando numa empresa que me prometera um bom salário mas que até então, quase três meses depois, não havia me pago. Conversei com o patrão acerca das despesas com o banquete a ser realizado no domingo próximo. Ele disse que eu poderia dar um cheque, pois ele faria o depósito na segunda-feira. Foi meu primeiro cheque devolvido. Devolvido duas vezes, sem qualquer solução. Nunca imaginei passar por um vexame daqueles perante os “irmãos”. O próprio Venerável Mestre me cobrando uma solução foi, para mim, uma terrível tortura moral. Acabou em agressão física (e quase morte, pois eu estava armado e muito nervoso) entre mim e o patrão. Fiquei desempregado e, desta vez, não possuía qualquer reserva, mas somente dívidas. Comecei a perambular de agiota em agiota. Para arranjar dinheiro emprestado com um destes, dei o meu carro, uma Brasília 76, em garantia. Um mês depois tive que entregar o veículo. 8.9 - O envolvimento duradouro com a Umbanda 112 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Com dificuldades em arranjar emprego, fui conduzido por um maçom a um centro espírita umbandista, onde me deparei com vários outros maçons. Ali os espíritos me contaram aquela velha história: “você é médium, tem que se desenvolver, senão vai sofrer muito”. Disseram-me que eu tinha mediunidade de cura e uma missão muito nobre na terra. Para o ego, nada poderia soar melhor do que aquilo: ser especial para Deus. Naquele centro, permaneci até 1.993, tendo, no ano anterior, recebido a “coroa” de Pai de Terreiro de Umbanda (e, na Maçonaria, o grau 33º), bem como feito todos os preparativos para ser o sucessor do homem que comandara aquele centro por quase 30 anos (salvo engano). Durante dez anos freqüentando aquele centro, fiz incontáveis despachos. Oferecia cachaça, velas de todas as cores e tamanhos, uísque 17 anos, coco, farofa, cerveja, refrigerante, pólvora, charutos, cigarrilhas etc. Comia carne de porco crua na companhia do Exu Caveira; assistia outro demônio rasgando um frango preto com os dentes e chupando, instantaneamente, todo o sangue da vítima, além de vê-lo beber várias garrafas de cachaça sem deixar cheiro de álcool no médium. Participei, juntamente com a esposa, de inúmeros trabalhos em cachoeiras, matas, encruzilhadas, fundos de capelas, campinas, formigueiros, cupinzeiros, águas paradas, águas correntes, pedreiras, cemi113 Descobrindo o Espírito da Maçonaria térios, até mesmo em cemitérios abandonados, com matagal acima das nossas cabeças. Certa vez participei do sacrifício de um bode preto para “ajudar” a inocentar uma autoridade goiana que estava sendo acusada de ser mandante de um crime. 8.10 - Demônios “receitando” imagens de santos A mando dos pretos velhos, comprei duas imagens de São Jorge: uma foi instalada acima da minha cabeça, no escritório, a outra foi para o apartamento onde morávamos, em cuja entrada foi colocada, também, uma grande imagem da Senhora da Conceição. Após comprarmos as imagens, o preto velho orien- tou-nos de que faltava benzê-las. “Pode trazê pro Véio benzê ou pode levá pro Saia Preta” (padre) e concluiu, após algumas baforadas no cachimbo: “tanto faz, fio, é a mesma coisa. Os fio é qui sabe, ou o Véio ou o Saia Preta.” ( Deus é testemunha e sabe o quanto este meu relato é verdadeiro. Eu seria louco se estivesse acrescentando, torcendo ou fazendo sensacionalismo com coisa tão séria. Portanto, ai daquele que ousar atribuir, a este meu depoimento, qualquer conotação que não seja espiritual. Estará saindo em defesa e a serviço do próprio Satanás, batendo de frente com Deus e estando, portanto, sem a menor chance de se dar bem) 114 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 8.11 - Demônios atuando como “mentores” da Maçonaria Para todas as atividades desenvolvidas no centro espírita havia a cobertura e a autorização prévia dos “pretos velhos de luz”. Um grupo específico de pessoas, do qual eu fazia parte, era comandado pelos espíritos “orientais”, que se auto classificavam como “médicos do espaço” e mentores da Maçonaria. Isso mesmo. Lá do centro, eles decidiram , até, em que ocasião eu deveria me candidatar ao cargo de Venerável Mestre da loja. Uma vez autorizado por eles, fui eleito. Houve um episódio que eliminou qualquer dúvida que eu pudesse ter sobre o acesso e autoridade que esses espíritos têm sobre a Maçonaria. Certa noite fui o primeiro a chegar ao salão onde se realizaria mais uma sessão espírita rotineira. Como de costume, percorri saudando todos os “pontos”, ou seja, os diferentes locais designados para cada entidade. Ao passar diante do ponto dos espíritos “Orientais”, ao invés de fazer uma saudação estalando os dedos, resolvi cumprimentá-los com o sinal de aprendiz maçom. Repito que eu estava sozinho naquele lugar. Mais tarde, os médiuns, que não eram maçons, mas pessoas muito simples, chegaram e se posicionaram para os trabalhos. Quando um dos médiuns recebeu um espírito “Oriental,” este dirigiu-se a mim e, em tom solene, advertiu: “O sinal não pode, em hipótese alguma, ser feito senão em loja, durante os trabalhos”. Cruzou os braços e continuou 115 Descobrindo o Espírito da Maçonaria atendendo aos demais. Detalhe: câmeras escondidas não eram comuns naquela época. Ademais, o médium não era maçom e, por isso, nunca reconheceria o “sinal de aprendiz.” 8.12 - Elementais: da bruxaria à “purificação” dos iniciandos na loja Em determinadas ocasiões, eu era orientado pelos pretos velhos a fazer contato com espíritos da natureza, chamados elementais. Os trabalhos eram realizados à noite, em alguma mata fechada, onde eu “arriava” as oferendas e recebia passes, orientação e energia daqueles espíritos, incorporados em seus respectivos médiuns. Aquilo serviria, segundo os pretos velhos, para que os elementais fizessem “alta magia” em meu favor, pois eram bruxos poderosíssimos. Eu sabia que, na umbanda e candomblé, os principais espíritos elementais são: fogo), os silfos (do ar), as Salamandras (do as ondinas (da água) e os gnomos (da terra). Sabia, também, como todos os maçons sabem, que, na cerimônia de iniciação, o candidato recebe “purificação” por meio dos quatro elementos: terra, fogo, água e ar. Só não sabia (apesar de, na ocasião, ser indiferente saber ou não) que as ditas “purificações” recebidas pelo neófito são feitas diretamente por estes espíritos elementais. Tal revelação encontra-se na literatura maçônica. Por exemplo, Joaquim Gervásio de Figueiredo, em seu Dicionário de 116 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Maçonaria, 3ª edição (revista e ampliada), Editora Pensamento, define Ondinas como: Ninfas e espíritos das águas. Uma das quatro principais classes de espíritos elementais, que são Salamandras (do fogo), Silfos (do ar), Ondinas (da água) e Gnomos (da terra) ritualisticamente invocadas durante cerimônia iniciatória do candidato. Note que esses espíritos são realmente invocados na iniciação. Caso o leitor queira pesquisar sobre isso, faça uma busca no Google. Basta digitar “ maçonaria ondinas” ou “maçonaria salamandras” ou “ maçonaria silfos” ou, ainda, “maçonaria gnomos”. Leia os artigos publicados pelas mais ilustres autoridades maçônicas e verifique se é verdade, ou não, que esses espíritos são os responsáveis pelas “purificações” dos neófitos, apesar de não haver qualquer tipo de incorporação dentro da loja. 8.13 - Em defesa do Diabo Outra coisa que eu não sabia e que, se soubesse antes, teria feito muita diferença na minha vida, é que todos aqueles espíritos, sejam pretos velhos, exus, orientais ou elementais, são demônios, anjos caídos, integrantes do exército de Satanás, já sentenciados, na Bíblia, a serem lançados no Lago de Fogo, no final dos tempos. Ignorando tudo o que a Bíblia diz, principalmente as palavras do próprio Jesus, acerca desse 117 Descobrindo o Espírito da Maçonaria ser tresloucado, a Maçonaria o trata com a maior complacência possível, a julgar pelo que encontramos no dicionário maçônico acima citado, definindo Satanás: [...] Assim, pois, Satã é apenas uma grotesca personificação das tendências, forças ou polaridades opostas da natureza, macrocósmicas e microcósmicas, existentes desde o início do Universo e todavia necessárias ao seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Penso que, defender quem Deus já condenou é como defender o mais sanguinário dos traficantes já condenado pela justiça, sob a alegação de que ele “é apenas uma grotesca personificação das tendências, forças ou polaridades opostas” da sociedade desde início do mundo “todavia necessário ao seu desenvolvimento e ao aperfeiçoamento”. Pode??? Mais tarde, aprendi que a Bíblia proporciona, a qualquer pessoa, a plena “segurança jurídica espiritual” e nos permite julgar e amaldiçoar qualquer tipo de espírito, não só a Satanás, mas até mesmo algum “anjo vindo do céu”, se este aparecer anunciando qualquer outro evangelho: Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. (Gálatas 1:8 e 9). É imperativo que chequemos com que tipo de es118 Descobrindo o Espírito da Maçonaria pírito estamos lidando. Por isso, Deus nos manda “provar” os espíritos: Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus,[...]. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.(1 João 4:1 a 3). Como eu ainda não gozava das maravilhosas prerrogativas das pessoas que optam por obedecer a Deus, continuava sendo enganado. Era, literalmente, “cavalo do Diabo”. 8.14 - Mediunidade em benefício do próximo? Durante os dez anos que permaneci servindo aos espíritos, com exceção do caso de uma funcionária da minha empresa que supostamente foi “curada” de palpitações no coração, não me lembro de ter visto minha “mediunidade de cura” funcionar, nem tampouco alguém ser beneficiando por intermédio dos meus dons. Muito pelo contrário, os resultados foram desoladores. Como veremos a seguir. Levei aos “guias” um casal de compadres meus que estavam precisando de ajuda no casamento. O tranca-ruas pediu alguns materiais, foi atendido e pro119 Descobrindo o Espírito da Maçonaria meteu ajudá-los. Na semana seguinte viajaram para Minas Gerais. Quando voltavam, bateram de frente com um caminhão. Morreram: meu compadre, esposa, três filhos, um primo e um cunhado, enfim, todos os que estavam no carro. Um tio da minha esposa foi contratado como vendedor viajante da minha empresa. Dei-lhe um carro, mercadorias, algumas duplicatas para que cobrasse. Porém, antes de começar a trabalhar, levei-o para tomar um passe com o preto-velho. Na madrugada seguinte, saiu para a primeira viagem. Nunca mais o vimos. Foi assaltado, morto e seu corpo enterrado nas areias de um rio, sendo encontrado pela polícia somente semanas mais tarde. Depois disso, quando já havia me tornado empresário, a esposa do meu contador teve que ser internada por causa de um câncer que adquirira dois anos antes. Ofereci para ministrar cura espiritual. Seu marido aceitou. Fui ao hospital, dei-lhe um passe. Naquela mesma tarde ela entrou em coma e morreu. O mesmo aconteceu com um amigo, grau 33º da Maçonaria. Fui, juntamente com nossa equipe de cura, visitá-lo em casa. Fizemos ali uma “reza” para que os “mentores” o visitassem e o curassem naquele momento. Quando saímos, ele ficou cego, começou a ver umas criaturas horríveis tentando arrastá-lo, entrou em coma e morreu no mesmo dia. A família, atônita, assistiu a tudo sem nada poder fazer. 120 Descobrindo o Espírito da Maçonaria As últimas pessoas que levamos para atendimento espiritual foi um casal recém chegado à loja. Era um aprendiz maçom e sua esposa, ambos muito jovens. Freqüentaram algumas sessões ali no centro e depois perdemos o contato com eles. Mais tarde fiquei sabendo que ela se encontrava internada em um manicômio. 8.15 - A vida empresarial Convidado por um ex-colega de trabalho, fiz com este uma sociedade. Montamos uma representação e uma pequena oficina que instalava turbinas em caminhões, em seguida, admitimos outro sócio e passamos a trabalhar com regulagem de bombas injetores de motores a diesel. Com muito trabalho, aquilo acabou se tornado uma fábrica de escapamentos e pré-filtros de ar para tratores. Com o passar do tempo (ao todo, a empresa funcionou por oito anos), consegui comprar as cotas de dois sócios, um dos quais me custou caríssimo tirá-lo da sociedade. Meus clientes eram concessionárias de tratores em todo o Brasil e algumas montadoras de São Paulo e Rio Grande do Sul. Meus produtos possuíam características especiais, o que me permitiu registrar patente e permanecer como único fabricante. Funcionou de 1.985 a 1.993. O ramo era tão bom e eu administrava com tanto esmero que consegui, mesmo começando da estaca zero, vencer a todos os planos e a instabilidade econômica vigentes neste período. 121 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Com muita dificuldade, mas aos poucos me firmando como empresário, já fazia planos de, no futuro, montar tratores e, quem sabe, até automóveis. Me julgava com visão, empreendedorismo e competência empresarial para isso. Cerquei-me de todos os cuidados para que nada desse errado, cuidados estes que incluíam a consulta, aos já mencionados “guias,” todas as vezes que precisava tomar decisões importantes. 8.16 - O começo do fim Em 1.990 o Plano Collor me custou o cancelamento de grandes pedidos feitos com a maior montadora de tratores da época, nos quais eu havia apostado muitas fichas, investindo em novas matrizes, grande quantidade de matéria-prima e já estando com enorme estoque de produtos acabados. O choque na liquidez da economia foi tão severo que, até mesmo meus clientes tradicionais reduziram em mais de 90% suas compras. Decidi não me apavorar, pois economicamente estava bem. Somente haveria problemas de caixa. 8.17 - Sinais dados por Deus Certo dia, em busca de dinheiro emprestado, fui à casa de um amigo e estive falando com ele por cerca de uns quinze minutos, no horário do almoço. Quando retornei ao carro, em cima do painel de instrumentos havia uma pequena revista. Fiquei intrigado pois, além 122 Descobrindo o Espírito da Maçonaria de ser para mim uma revista desconhecida, esta não se encontrava ali antes e era impossível que alguém a tivesse colocado no carro durante a minha ausência, pois os vidros estavam fechados e as portas travadas. Algo muito estranho estava acontecendo. Mais intrigado fiquei quando comecei a folhear aquela revista. Deparei-me com um depoimento de um ex-maçom e ex-umbandista que, como eu, havia chegado ao fundo do poço. Além de perder todos os seus bens, separou-se da família e começou a vagar pelas ruas, até que, encontrando apoio de um grupo de oração, entregou-se a Jesus e teve sua vida restaurada em todas as áreas. Que coincidência, pensava eu: maçom, umbandista, endividado, desesperado. Tal homem havia passado por situações muito parecidas com aquela pela qual eu estava passando. E houve saída para ele. Procurei saber mais sobre a tal revista e sobre a instituição que a editava, posto que esta se mostrava tão benéfica. Tratava-se de “A Voz”, uma revista de testemunhos editada pela ADHONEP – Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno. Encontrei o telefone da ADHONEP em Goiânia e liguei imediatamente. A moça que me atendeu informou-me de que as reuniões estavam sendo realizadas na casa do “irmão” fulano. Como aquilo me cheirou coisa de crentes, gente que eu detestava, não quis mais saber da tal ADHONEP. Decisão maldita, pela qual paguei caríssi- mo. Foi uma tremenda estupidez. Uma cegueira e uma 123 Descobrindo o Espírito da Maçonaria surdez diabólicas que me impediram de entender que era Deus falando comigo por meio daquele episódio. Graças à minha total falta de discernimento, o inferno ganhou aquela batalha, apesar de não haver ganhado a guerra. 8.18 - O inimigo muda de estratégia Naqueles dias, no centro espírita, um guia apresentou-se como enviado da “alta corte” para me ajudar. Instruiu-me a passar em frente ao cemitério (alta corte???...), invocar o nome dele e pedir sua orientação sempre que tivesse negócios a resolver. Ele falaria à minha mente sobre o que fazer. No primeiro dia, fui “inspirado” a emitir duplicatas frias e descontar em factorings. Quando fui pedir “emprestado” o nome de uma empresa, a fim de emitir duplicatas contra esta, o seu dono argumentou que eu estava precisando, na realidade, era de Jesus. Zombei dele e segui em frente. Dali em diante, não recebia outra inspiração a não ser “duplicatas frias”. Emitia cada vez mais títulos e descontava em factorings e bancos, para pagar aquelas emitidas anteriormente. 8.19 - A hora da verdade Em Abril de 1.993, após passar três anos movimentando uma considerável indústria de duplicatas frias, que envolvia dezenas de empresários amigos, vá124 Descobrindo o Espírito da Maçonaria rios bancos e dezenas de factorings, meu crédito esgotou. Não consegui mais descontar nem pagar as duplicatas já descontadas. Fiquei a descoberto em mais ou menos U$ 1 milhão. Tudo calçado em duplicatas frias. Foi o caos. Em poucos dias eu entreguei os pontos. Estava agora acuado, e, por orientação do advogado, procurando um lugar para esconder, juntamente com mulher e filhos. Como Venerável Mestre de uma loja maçônica e tendo galgado o grau 33º, último grau da Maçonaria (no rito escocês), era inconcebível, humilhante e imperdoável ter chegado a tal situação. Mesmo assim decidi pedir ajuda (para me esconder em alguma fazenda, chácara ou sítio). Antes, porém, reuni a loja maçônica, dei posse ao Venerável meu sucessor, já eleito. Pedi meu “quit placet” (desligamento), expliquei minha situação, o risco de morrer, as ameaças de seqüestro dos filhos etc. Precisava me esconder imediatamente. Os maçons me negaram ajuda (com razão). Saí dali chorando, sem saber o que fazer da vida. 8.20 - Fecha-se o cerco, abrem se os céus Quando cheguei em casa, minha mulher deu-me um recado desconcertante: um dos credores havia telefonado e dito que não desejava mais receber o que eu lhe devia, mas, àquela altura, queria apenas a minha cabeça. Eu possuía três armas, inclusive uma pistola 765, 125 Descobrindo o Espírito da Maçonaria com porte e tudo, que não me largava um minuto sequer. Estava tão acuado, confuso e desmoralizado que já não via muito problema em “matar uma meia dúzia e depois suicidar.” Pensamentos desse tipo me ocorriam cada vez com mais freqüência. Até porque alguns credores já estavam ameaçando registrar queixa na delegacia de estelionato. Ademais, eu ouvia comentários de que a polícia, paga por credores, torturava terrivelmente esse tipo de preso, para que ele confessasse onde havia “escondido o dinheiro”. Eu não tinha dinheiro algum. Então, se eu fosse denunciado, a maneira “mais valente” de suicidar seria a troca de tiros com a polícia, pensava eu. Após receber o recado daquele credor, uma angústia ainda maior tomou conta da mim. Temia que o suicídio viesse agravar ainda mais o meu karma, principalmente se matasse pessoas antes disso. Acreditava, ainda, que tormentos terríveis me aguardavam no além, por causa da fúria acumulada de todos os meus credores. Dessa forma, vivo ou morto, o que me aguardava era um sofrimento indescritível. Cheguei aos pés daquela imagem da Senhora da Conceição fixada no alto da parede da sala. Gemi diante dela, pedindo ajuda. Senti calafrios. Uma atmosfera fúnebre, mesmo. Hoje sei porque: O apóstolo Paulo adivertiu: Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo 126 Descobrindo o Espírito da Maçonaria que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. (1 Corintios 10:19 e 20). Está claro que o pedido que fiz àquele ídolo, foi a um demônio que o fiz. Dá para imaginar a gargalhada sarcástica ecoando no mundo espiritual. Continuei caminhando, de um lado para outro do apartamento. Olhava pela janela e pensava em saltar (morávamos no quarto andar). Contemplava algumas palmeiras da Praça Tamandaré e, no meu coração, despedia-me amargamente de cada uma delas. Olhava para os meus filhos, tão pequenos, tão inocentes, tão frágeis e dependentes de mim; minha mulher, Lúcia, companheira de batalha, tão dedicada e tão leal. Quantos males já lhe fizera, sem ter lembrança de que ela me tenha feito um sequer. Percebi o quanto amava a minha família. Não poderia haver dor maior do que aquela que eu estava sentindo, diante da separação iminente. Minha boca amargava como fel. A saliva secou-se e a língua grudava no céu da boca. Eu, que nos últimos dez anos havia me sentido uma pessoa muito especial, com uma grande missão espiritual, e nesse aspecto os “guias” enchiam muito a minha bola, estava agora me considerando o pior lixo do universo. Via-me totalmente abandonado por aquelas entidades, pelos irmãos maçons, pelos amigos e pela vida. Estava só, neste imenso universo. Havia aprendido, erroneamente, que nossos pe127 Descobrindo o Espírito da Maçonaria didos dirigidos a Deus não chegam diretamente a Ele. Antes devem ser formulados aos guias mais próximos, os quais vão passando as petições para seus superiores hierárquicos, em sete estágios, antes que cheguem a Deus. Isso colocava Deus como um ser tão longínquo e inacessível, cercado por uma imensa “burocracia espiritual”, que seria impossível que ele se interessasse pelo meu caso. Mesmo assim, resolvi falar diretamente com Ele. Por mais distante que fosse a galáxia em que estivesse habitando, como Deus onipresente e onisciente que é, Ele poderia me ouvir, pensava eu. Naquele momento de extrema angústia, fiz, mais ou menos, a seguinte oração: Meu Deus, não posso morrer tão novo, deixando tantos problemas para minha família. Mostra-me o que foi que eu fiz, ou que estou fazendo, de tão errado, para que eu me arrependa e passe a fazer o que é certo. Mostra-me uma saída. Não quero me separar da minha família. Minha vida não pode acabar assim. Eu quero viver, meu Deus! Imediatamente após esta oração, lembrei-me de uma senhora evangélica e esqueci que eu detestava crentes. Telefonei para ela, contei que havia sido abandonado por todos e que minha vida não tinha solução. Ela mandou que eu e minha família pegássemos nossos dois carros e fôssemos imediatamente para sua casa, no Setor Campinas. “Aqui ninguém vai tocar em vocês. Jesus não deixa.” Disse ela, com muita autoridade. Refugiamo-nos naquela casa durante umas duas 128 Descobrindo o Espírito da Maçonaria semanas, onde passamos a receber orações dos inúmeros crentes que nos visitavam. Abandonei o mundo lá fora, desisti de tudo e perdi todos os meus bens materiais. Mas um tesouro infinitamente maior foi dado à mim e à minha família, ali naquele lugar: O conhecimento da Verdade. Em pouco mais de uma semana ali, entreguei totalmente, a minha vida a Jesus. O ápice de tudo foi quando alguém fez a seguinte leitura, por meio da qual Jesus falou diretamente comigo: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou humilde e manso de coração. E encontrareis descanso para vossas almas. (Mt 11.28). Naquele momento, ajoelhei-me. O mesmo pastor que leu estes versículo orou por mim. Senti como que uma tonelada sendo tirada das minhas costas. Houve visões de grande quantidade de demônios parecidos com morcegos, com tamanho de homem, que, voando, tentavam atacar aquela casa, mas batiam em um proteção invisível e caiam de costas no meio da rua. As mesmas visões mostravam o Céu aberto e anjos que desciam em carros de fogo e nos cercavam, defendendo-nos daquela fúria infernal. Jesus me disse em profecia: Não temas, tu és meu. És escolhido desde o ventre de tua mãe. Ninguém tocará em ti, eu sou o teu Juiz e o Teu advogado. As tuas dívidas, eu já paguei (na cruz). 129 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Disse que faria de mim um pregador de sua Palavra, e que seria usado com muitíssima autoridade. Disse que, nos próximos dias, nos levaria para morar numa região onde o povo possui um sotaque diferente e que lá deveríamos permanecer até o dia em que ele nos autorizasse a mudar. 8.21 - O refúgio e as batalhas no sul do Pará Ao término de mais ou menos quinze dias em que estivemos recolhidos naquela casa, abriu-se uma porta e fomos recebidos por um pastor, em Redenção, sul do Pará, onde, realmente, as pessoas, os paraenses legítimos, falam com um sotaque diferente, exatamente como Deus dissera na profecia. Ali chegando, imediatamente Deus enviou profetas para reafirmar as mesmas promessas feitas em Goiânia. Começamos a freqüentar a Igreja Assembléia de Deus. Pedi autorização ao pastor e, durante um culto, ocupei o púlpito da igreja para contar tudo o que havia acontecido comigo lá em Goiânia. Falei dos meus erros, das loucuras, das empresas que levei à falência e das pessoas que ficaram em seríssimas dificuldades por minha causa etc. Dois meses depois. Deus nos avisou de que uma grande barreira estava se levantando contra mim. Mas era tudo para que o poder dele fosse manifesto. E dizia: “ai de ti se fugires”. Uma semana após tal aviso, um estranho mandou me chamar para fora da igreja 130 Descobrindo o Espírito da Maçonaria e perguntou se aquele carro ali estacionado era meu. Quando respondi afirmativamente, ele ficou apavorado e disse que cinco pistoleiros e um advogado de Goiânia, para quem eu devia, estavam em um bar próximo dali fazendo os últimos preparativos para me seqüestrar nos próximos minutos. Insistia para que eu fugisse. Lembrei-me do que Deus havia me dito: “ai de ti de fugires”. Agradeci ao mensageiro e disse-lhe que preferia confiar no meu Deus. Ele perguntou se eu era louco. Nada respondi. O culto já havia começado, porém o pastor presidente ainda não havia chegado. Chamei minha esposa, pedi que ela não me perguntasse nada, nem fizesse alarde, mas que pegasse nosso carro e fosse à casa do pastor, dissesse a ele que eu estava com um problema e precisava da sua ajuda imediatamente. Orientei-a a guardar nosso carro na garagem da casa do pastor e a voltar no carro deste, juntamente com ele e sua esposa. Quando o pastor chegou, alguns pistoleiros, capitaneados pelo advogado, já estavam na porta da igreja, olhando para mim. Parece que discutiam entre si se entrariam ou não. Neste momento, houve uma grande confusão entre eles. Coloquei o pastor a par da situação, ele me conduziu por uma porta lateral, mandou que eu saltasse o muro dos fundos da igreja. Ele me apanharia na outra rua e, dali, decidiríamos para onde ir. Respondi que não fugiria. Surpreso, perguntou qual 131 Descobrindo o Espírito da Maçonaria seria minha sugestão. Respondi que, como pessoas de Deus, deveríamos agir dentro da lei, tentando chamar a polícia, mesmo não havendo mais tempo. No seu próprio carro, ele foi à delegacia, que era próxima. Entrei no gabinete do pastor, onde sua esposa juntamente com a minha estavam orando. Inspirado por Deus, dei um brado: Satanás, só para mostrar que eu não tenho mais medo de ti, vou pisar na tua cabeça agora, em nome de Jesus! Sapateei naquela sala por alguns segundos, voltei para o culto. Sentei-me no banco mais atrás, bem próximo aos pistoleiros e ao advogado que os comandava, virei as costas para eles e orava, lembrando-me do que Deus havia prometido, lá em Goiânia: “ninguém tocará em ti”. A igreja, naquela tarde, recebia uma grande visitação do Espírito Santo. O dirigente cantava e, juntamente com o povo falava em línguas estranhas com tanta intensidade que não conseguia ir para a fase seguinte, que era a pregação. O pastor retornou da delegacia, interrompeu a minha oração e disse que a polícia estava na porta da igreja e que eu deveria ir com os policiais. Sentei-me no banco traseiro da camionete, entre dois policiais e observei que estavam portando armamento pesado. Um deles perguntou-me, informalmente, qual era o motivo de eu estar sendo procurado por aquele pessoal, que era gente muito perigosa. Respondi que simplesmente havia falido. Quando o comboio chegou à delegacia, fui convi132 Descobrindo o Espírito da Maçonaria dado ao gabinete do delegado, juntamente com aquele advogado. Após entramos, percebi que o chefe dos pistoleiros ficou em pé atrás de mim, como se fosse policial (mas não era). Posteriormente, fiquei sabendo que eles estavam com o aval da polícia. Haviam procurado previamente o delegado e dito que eu havia dado um golpe de U$ 1 milhão na praça de Goiânia e que, ali em Redenção, estava comprando ouro e madeira. Receberam reforço de dois agentes da policia civil, pois haviam dito que eu era “muito perigoso”. Eles tencionavam me fazer “virar dinheiro”, caso contrário....só Deus sabe. Ao delegado, eu disse que realmente estava falido e vivendo em Redenção às custas de esmolas dos crentes. E se ele tivesse recebido algum mandado de prisão contra mim, que fosse checada sua autenticidade em Goiânia, pois era comum agirem à revelia da lei, falsificando mandados, seqüestrando e matando pessoas, como já havia acontecido com dois maçons que haviam falido muito antes de mim. Na verdade eles não possuíam mandado algum, agiam ilegalmente. 8.22 - Outra vez, os anjos de Deus Um dos pistoleiros interrompeu minha conversa com o delegado para dizer que eu estava mentindo. Segundo ele, eu não havia ficado pobre, mas, pelo contrário estava muito bem. Relatou que ele e um companheiro seu haviam seguido minha esposa (no mo133 Descobrindo o Espírito da Maçonaria mento em que ela foi deixar nosso carro na casa do pastor). Os dois viram-na entrar, com o nosso carro, numa mansão cercada por guardas uniformizados e, por isso, não puderam abordá-la. Glorificado seja o Senhor dos Exércitos! aqueles homens acabaram de ter uma visão celestial: a mansão era a modesta casa do pastor Paulo Cezar e os inúmeros guardas eram os anjos do Deus Altíssimo. Pouco depois, aqueles pistoleiros disseram que, mesmo sendo moradores antigos de Redenção, estavam há quinze dias procurando nossa casa, sem sucesso. Detalhe: eu morava bem no centro da cidade. O advogado ficou boquiaberto quando, após desistir de me perseguir e se propor a me ajudar no que eu precisasse lá em Goiânia, saímos da delegacia e fui mostrar a eles onde morávamos. Não acredito!!! exclamou. É aqui que você mora? Os seus “agentes” alegaram que não puderam localizar nossa casa porque, todas as vezes que iam seguir nosso carro, este, misteriosamente, desaparecia na frente deles. Outros casos de perseguição aconteceram durante os sete anos em que moramos naquela cidade. Mercenários foram enviados, mas Deus nos livrou de todos. Nunca conseguiram tocar em um fio de cabelo nosso. 8.23 - Curas verdadeiras Muitos milagres fantásticos Deus fez em nossas vidas e por nosso intermédio. Muitas curas, centenas 134 Descobrindo o Espírito da Maçonaria de vidas convertidas e restauradas ao ouvirem este testemunho, de norte a Sul do País, nas nossas viagens como evangelista itinerante. Antes que se completasse um ano da nossa conversão, o ministério de evangelismo já fluía com grande eficácia, acompanhado de muitas curas e libertação. Naqueles dias, em Redenção, fui convidado a orar na casa de uma família negra, paupérrima, onde várias pessoas estavam doentes. Quando pensei que já havia atendido a todos, a mãe deles pediu que eu fizesse uma última oração lá no fundo do quintal. Mostrou-me uma casinha imunda, feita com restos de madeira, com cerca de um metro e meio de altura. Pensei que talvez o cachorro da família estivesse doente. Para minha surpresa, tratava-se de um ser humano, um dos filhos mais velhos, com cerca de trinta anos de idade, acorrentado a um toco de madeira fincado no chão. Doze anos naquela situação, louco e violentíssimo, não podia ficar livre, pois, na última vez que foi solto, tentou matar a própria mãe, usando um machado. O amor de Deus tomou conta de mim e mandei que a mãe soltasse o cadeado e as correntes. Ela argumentou que ele poderia matar a todos nós. Disse-lhe que o Espírito Santo estava ordenando. Depois de soltas as correntes, coloquei a mão sobre cabeça daquele moço, expulsei os demônios que o mantinham doente e ministrei-lhe a cura, em nome de Jesus. Na semana seguinte, nossa igreja estava realizando uma grande 135 Descobrindo o Espírito da Maçonaria campanha evangelística em praça pública, onde se reuniram cerca de 5 mil pessoas. Durante o evento, alguém se apresentou pedindo para usar o microfone a fim de relatar um grande milagre. Sabe quem?..Isso mesmo, aquele moço, o Geraldo, acompanhado da família. Ele estava bem vestido, alegre, falando firme. Que Deus tremendo!!! o homem estava curado. Depois disso, o vi várias vezes na igreja, ouvindo atentamente a Palavra de Deus, como fez o ex-endemoniado gadareno da Bíblia. Hoje, não tenho noticias dele. Sei apenas que, se permaneceu na presença de Deus, deve estar muito bem, seja em vida, seja na eternidade. Incontáveis milagres Deus tem feito acompanhar nosso ministério, porém alguns nos comoveram mais do que outros. Em Paraíso do Tocantins, fomos orar por uma família. No final, trouxeram uma adolescente que se encontrava isolada em um quarto. Era uma linda jovem, mas estava desfigurada devido a uso constante de medicamentos contra epilepsia e outros males. Ficava mais tempo aos cuidados da APAE do que da família. Oramos repreendendo aqueles demônios que a oprimiam. Fizemos mais algumas visitas e, em cada uma destas, víamos notável melhora. Em poucos dias, para nossa alegria, lá estava ela, totalmente curada, participando do grupo teatral da igreja, vestida de anjo. Que Deus lindo!!! Como evangelista não é pastor, não acompanha as pessoas depois de convertidas e, também, devido 136 Descobrindo o Espírito da Maçonaria ao fato de não mais estar morando naquela cidade, não tenho notícias daquela jovem. Só sei dizer que sua cura marcou meu ministério. 8.24 - Acerca das dívidas e crimes Algumas daquelas dívidas lá de Goiânia foram literalmente perdoadas. Mesmo aquelas não perdoadas, eu não devo mais, pois todas já prescreveram. Os crimes cometidos devido à emissão e desconto de duplicatas frias, vieram a público através de um jornal de grande circulação em Goiânia. Deus, que no momento da minha conversão disse que seria meu Juiz e meu Advogado, cumpriu fielmente a sua palavra. O ministério público e os credores não tomaram qualquer providência na esfera criminal. Não foi aberto qualquer processo, apesar da grande publicidade dada ao caso na época. Nada devo à justiça dos homens, nem à Justiça de Deus, pois Jesus pagou tudo lá na cruz. Existe Deus melhor que esse? 8.25 - A restauração moral Perdi totalmente aquela vontade incontrolável de beber. Não precisei mais mentir, ao contrário do que fazia antes, chegando a passar três anos emitindo duplicatas frias e mentindo para os bancos, factorings e agiotas. Radicalizei-me contra qualquer tipo de mentira. Deixei de ser violento, de esmurrar as pessoas, de 137 Descobrindo o Espírito da Maçonaria sacar, de portar e de possuir armas. Nunca mais traí a minha esposa. Meu casamento está intacto. Voltei a estudar: em 2004, passei no vestibular de uma grande universidade federal e, breve serei um bom economista. Meus filhos estão todos muito bem encaminhados, criados segundo os princípios da Palavra de Deus, quase todos já formados, tendo já todos eles conseguido ingressar na mesma universidade federal em que eu estudo. Todos possuem carro próprio, comprado com trabalho honesto. O caçula já possui alguns bens e, atualmente, tem andado em carros de luxo. Essa é situação atual de uma família que estava condenada a ver o seu chefe cair num abismo sem fim e, após isso, sofrer todas as conseqüências das loucuras praticados por ele. Mas... “Agora pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo” (Romanos 8:1). Creio que hoje, a minha família não tem o menor motivo para se envergonhar de minha conduta, muito pelo contrário. 8.26 - Saúde e segurança dadas por Deus Aprendemos a usar a autoridade do nome de Jesus contra as doenças e todos os tipos de males. A confiança em Deus tem sido tão grande que, nos últimos anos, não tenho gasto um centavo com médico, com farmácia, com seguro de carro, com juros, com multas etc. Não temos dívidas (aquelas antigas prescreveram ou foram perdoadas, como já vimos). Nunca 138 Descobrindo o Espírito da Maçonaria fomos assaltados, roubados, ou sofremos qualquer tipo de acidente, por menor que seja, graças a Deus. Assim, somos testemunhas de que a proteção de Deus é plena, quando nos entregamos plenamente a Ele. 8.27 - Cadê o meu carma ? Descobrimos, na Bíblia e na prática, que aquela burocracia para falar com Deus não existe. É invenção do homem, inspirada por Satanás. Aquela história de carma também é falsa. No momento em que nos reconhecemos pecadores, arrependemos, confessamos e deixamos as práticas erradas, Ele nos perdoa tudo e muda nossas vidas. Entendendo por pecado o desprezo para com a Palavra de Deus. É quando recusamos a salvação por meio de Cristo Jesus; é quando deixamos de confiar somente em Deus e passamos a colocar alguns “santos” pelo meio, prática essa proibida em toda a Bíblia; é quando consultamos espíritos ou passamos a acreditar em livros e ensinamentos ditados por espíritos, coisa que a Bíblia proíbe (Deuteronômio 18:10); é quando acreditamos na grande mentira chamada reencarnação, se a Bíblia diz que “[...] aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.” (Hebreus 9:27); é quando abandonamos o cônjuge, quando traímos, quando adulteramos, quando roubamos, quando matamos, quando odiamos, quando mentimos, quando nos endividamos, colocando em risco o patrimônio de terceiros; é quando damos mais 139 Descobrindo o Espírito da Maçonaria importância às “coisas” e às atividades materiais do que aos princípios da Palavra de Deus. É quando negligenciamos a família, não procurando mantê-la firmada na Palavra de Deus. Tudo isso é pecado, por mais que os sábios contemporâneos digam o contrário. A boa notícia é que, repito, havendo arrependimento, confissão e mudança, tudo isso é perdoado em Jesus. 8.28 - Livre da má fama Concluindo meu testemunho: aquela má fama que consegui como recompensa por servir aos espíritos durante dez anos, ou seja, aquelas manchetes de jornal do tipo: “Empresário dá golpe de U$ 1 Milhão”, “Fraudador com ficha acima de qualquer suspeita”, “Golpista”, “Estelionatário” etc são coisas do passado. Constam apenas nas páginas amareladas do jornal que guardo comigo para mostrar a diferença “entre os que servem a Deus e os que não o servem”, como disse o profeta Malaquias. Hoje, faço questão de recomendar que as pessoas digitem meu nome completo, Geldes Ronan Passos, no Google. As buscas mostram somente boas notícias, trabalho honrado, livros publicados, inúmeros tratamentos honrosos do tipo “Excelentíssimo Senhor” etc. É assim que Deus faz. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. A Verdade é Jesus e sua Santa Palavra. Ele é o único Caminho, não há outro. Se eu não tivesse seguido este Caminho, estaria destruído para sempre... 140 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 8.29 - O melhor dos conselhos Conselho de alguém que, apesar de não ser seu conhecido, possui o Espírito de Deus e, por isso, nutre um imenso amor por você, caro (a) leitor (a): Por melhor, ou pior, que esteja a sua vida hoje, só existe um Caminho para chegar a Deus e evitar que você seja completamente destruído um dia, seja aqui, seja no porvir: o Caminho é Jesus, o Jesus da Biblia. Cuidado com os “Jesus” inventados pelos homens, pois são a personificação do anticristo. Assim, sugiro que procure as pessoas envolvidas com o Evangelho e diga que você quer se entregar inteiramente a Cristo. Não caia na armadilha do Diabo, que muitas vezes, inspira as pessoas a simplesmente “estudar como funciona” para depois tomar uma decisão. É como viajar de avião: se você se encontrar diante de um Airbus A380 que está embarcando passageiros para Tóquio, e você quer ir para Tóquio, é só embarcar e voar. Seria uma insanidade se você decidisse estudar toda a engenharia de construção do avião, aprender tudo sobre aviação, sobre rotas aéreas, para, só então, ter a certeza de que aquele avião vai realmente conduzir você a Tóquio. A Bíblia inteira indica Jesus como o único Caminho que nos conduz a Deus. Ele é o nosso “Airbus A380”, que nos leva ao Céu. Ele é “A Porta”. Devemos simplesmente entrar ou ficar para trás. Ninguém é obrigado, mas ninguém que queira ir pode ser impedido. 141 Descobrindo o Espírito da Maçonaria Parafraseando Shakespeare, podemos dizer: entrar ou não entrar: eis a diferença (entre salvação e perdição eternas; entre a sensatez e a loucura). Não existe a menor dificuldade, nem sacrifício, nem fórmulas complexas. É tão somente uma questão de decisão. Então, para que continuar sofrendo ou continuar se arriscando a ter um futuro de sofrimentos? Basta dizer, do fundo do coração: Jesus da Bíblia, eu te quero e, a partir de então, permanecer firme nessa decisão, buscando conhecer a vontade de Deus, e deixando-a dirigir sua vida. Dias infinitamente melhores aguar- dam por você, além de uma eternidade em que se pode ver Jesus face a face. Parece ficção, mas é real. Vamos nessa! 142 Descobrindo o Espírito da Maçonaria REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Todas as citações bíblicas foram extraídas da tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, disponível no site da SBB -Sociedade Bíblica Brasileira. As demais citações encontram-se numeradas e especificadas nos rodapés das respectivas páginas. 143 Descobrindo o Espírito da Maçonaria 144 Descobrindo o Espírito da Maçonaria BIBLIOGRAFIA BARROS, Zilmar Paula. A Maçonaria e o Livro Sagrado. Rio de Janeiro: Mandarino, S.D. Coleção Maçonaria Universal. ________Ritual e Instruções Aprendiz – Maçom do Rito Escocês Antigo e aceito. 2ª Edição, M. Gerais: Grande Oriente de Minas Gerais, 1989. ________Ritual e Instrução de companheiro Maçom do Rito Escocês Antigo e aceito. 2ª Impressão, M. 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