TOMATE DE INDÚSTRIA – CAMPANHA MARCADA POR CLIMA INSTÁVEL Chuva no mês de Maio atrasou a produção de tomate de indústria e baixou um pouco a produtividade por hectare. Sara Pelicano O Boletim Mensal de Agricultura e Pescas de Setembro de 2016, da autoria do Instituto Nacional de Estatística (INE), prevê uma produtividade média de 85 toneladas por hectare (t/ha) para o tomate de indústria na campanha de 2016, menos 10% face a 2015. Gonçalo Escudeiro comentou que «a produção nacional irá ficar abaixo daquilo que é a expectativa inicial, que poderia andar pelas 95 t/ha. O director da Torriba – Organização de Produtores de Hortofrutícolas disse ainda que estes são «valores necessários para se atingir o rendimento da cultura». A Agromais – Entreposto Comercial Agrícola afirmou que a produção de 2016 «será menor do que em 2015», ano em que a produção média por hectare foi 101.7 toneladas. A campanha de 2016 ficou marcada pelo clima instável. Gonçalo Escudeiro explicou que «as fortes precipitações que ocorreram no início do mês de Maio afectaram bastante a área instalada». Esta situação trouxe mais custos aos produtores e «descontrolou todo o plano de instalações que tínhamos previsto». Gonçalo Escudeiro reforçou que esta situação tem «consequências no final da campanha porque representa custos acrescidos na ordem dos 2% e uma quebra de produção». Esta aconteceu «não só nas áreas que estavam instaladas antes da precipitação de Maio, mas também foram bastante afectados os produtores que se instalaram após as chuvas». 2626 frutas, legumes e flores | Outubro 2016 A Agromais, em declarações à Frutas, Legumes e Flores, comentou também que «as principais dificuldades nesta campanha deveram-se essencialmente ao clima. Chuva e frio no início das plantações que atrasaram o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, todo o atraso nas plantações seguintes. As condições climáticas adversas, como temperatura alta no momento da polinização e consequente fertilização, provocaram abortamento nas flores dos campos de tomate instalados no final de Maio». Às dificuldades climatéricas somaram-se problemas na contratação com a indústria. «As condições de contratação tinham sido muito más para a produção, ou seja, os produtores tinham visto uma redução do preço do tomate», explanou o dirigente da Torriba. Gonçalo Escudeiro acrescentou ainda que «se somarmos tudo isto [preço e clima] temos uma solução muito explosiva e os resultados no final desta campanha estarão muito longe daquilo que era o nosso objectivo e isso de alguma maneira vai marcar o sector». Na newsletter da Agromais, em Setembro, Catarina Martins, do departamento técnico, escrevia que «no início da campanha, a maior dificuldade nas entregas deveu-se essencialmente às constantes e sucessivas avarias nas indústrias transformadoras. Estamos com cerca de 20% da área colhida, revelando desde já um ligeiro atraso. Esperamos que durante as próximas semanas e com todas as indústrias a funcionarem a 100%, consigamos recuperar e atingir os objectivos contratuais, havendo o mínimo ou nenhumas perdas nos campos». PRODUTIVIDADE (TONELADAS/HECTARE) Fonte: Instituto Nacional de Estatística * Valor previsto 76 2014 95 2015 85* 2016 ÁRBOLES FRUTALES PORTAINJERTOS ANTIGRANIZO GALA DE VENUS FENGAL (S) GALA FENDECA DECARLI (S) PORTAINJERTOS SISTEMA ANTIGRANIZO RUBINFUJI® ROFM 811 REPRESENTANTE PORTUGAL: ANTONIO OLIVEIRA (ENG º AGRÍCOLA) T. +351 912 315 615 mail [email protected] partida malgovern, 18 [25192 lleida] T. +34 973 070 767 / F. +34 973 070 768 mail [email protected] WWW.QUALITYPLANT.ES