Gestantes devem redobrar cuidados contra H1N1

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ARTIGO
Gestantes devem redobrar
cuidados contra H1N1
vacina disponíveis, a trivalente, que protege
contra 2 vírus da influenza A e 1 vírus da influenza B, e a tetravalente, que protege contra
2 vírus da influenza A e 2 da B. Para proteger
contra a H1N1, a vacina trivalente, disponível
na rede pública, é eficiente.
A vacina da gripe é fabricada a partir de
um vírus inativo, que não provoca infecção,
mas, sim, imunidade. Não causa, portanto, os
sintomas da doença. Algumas pessoas mais
sensíveis podem sentir um desconforto no local da picada, dor de cabeça, dor muscular ou
cansaço no dia em que são vacinadas. Mas as
reações são raras.
É importante destacar que quem estiver
doente e com febre deve esperar os sintomas
passarem para, então, receberem a dose da
vacina. Se a paciente tiver alergia a ovos ou
tiver tido uma severa reação alérgica à vacina
da gripe comum, é importante que converse
com seu médico antes da vacinação.
Além da vacina, que não tem 100% de
eficácia, é essencial que as pessoas, de forma geral, adotem alguns hábitos que ajudam
a evitar a H1N1 e outras gripes tão comuns
neste período de Outono-Inverno. Lavar sempre as mãos com sabão ou álcool, evitar levar
as mãos aos olhos, nariz e boca, lembrando
que a gripe pode ser contraída quando se inala
secreções do doente ao falar, espirrar ou tossir e quando há contato com superfícies infectadas, como mesas, maçanetas ou talheres.
Também é aconselhável evitar locais fechados e de grandes aglomerações.
Para que seja eficiente, é importante que a
higiene das mãos seja feita de forma correta.
É fundamental lavar unhas e extremidades,
dorso, espaço entre os dedos, palmas e punhos. No caso do álcool gel, aplique o produto na palma da mão, esfregue as mãos uma
na outra, cobrindo toda a superfície da palma,
dorso e dedos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS)
alertou que as gestantes são mais vulneráveis
às gripes, tanto a comum quanto a H1N1. Por
isso, estas pacientes devem ter prioridade
para receber tratamento com antivirais até 48
horas após o início dos sintomas.
Os sintomas da H1N1 são os mesmos da
gripe normal, porém mais fortes. Febre alta,
tosse, dor muscular, dor de cabeça e de garganta, coriza e irritação nos olhos e ouvidos
são os mais comuns. Também pode provocar
falta de ar e dor no tórax.
Segundo a Anvisa, um médico deve ser
procurado para eventual tratamento de gripe
A (H1N1) sempre que o paciente tiver febre
repentina de mais de 37,5°C, tosse e pelo menos um outro sintoma de gripe, como dor de
cabeça, dores musculares e nas articulações.
No caso das grávidas, qualquer dúvida com
relação à vacina ou algum sintoma de gripe, o
ideal é que procure seu médico. Para qualquer
tipo de gripe, a prevenção continua sendo o
melhor remédio.
Foto Arquivo Pessoal
Um surto fora de época da gripe H1N1
provoca correria aos postos de vacinação e
uma preocupação especial, principalmente
entre os considerados grupos de risco. E as
grávidas se incluem entre estes pacientes.
Não é motivo para ficarmos apavorados, mas,
sim, para redobrarmos as precauções.
Recomendamos a todas as pacientes que
estão tentando uma gravidez, estão grávidas
ou que tenham tido bebê há menos de 45 dias
que tomem a vacina contra o vírus influenza
H1N1. Por que as gestantes são mais vulneráveis? Há pesquisas no mundo inteiro sobre
o tema e entre os possíveis fatores estão a redução da imunidade entre essas mulheres e a
diminuição da capacidade pulmonar, principalmente nos três últimos meses da gestação.
O risco pode ser ainda maior para as gestantes
que têm problemas respiratórios, como asma
e bronquite.
O que mais assustou a população é que
este ano o vírus H1N1 chegou antes da tradicional temporada de gripe no Brasil. O esperado seria ter o pico de casos no mês de julho,
mas o país vem registrando a incidência desde o início do ano.
Especialistas discutem várias hipóteses
que podem explicar a antecipação da chegada do vírus, que vão desde fatores climáticos
até o aumento de viagens internacionais que
podem ter trazido o H1N1 que circulava no
hemisfério norte.
Por causa disso, o Ministério da Saúde
antecipou a distribuição das vacinas contra
influenza e liberou que os estados iniciassem
a aplicação antes da Campanha Nacional de
Vacinação onde houvesse necessidade. Em
Piracicaba, foi mantido o início da campanha
na rede pública para o dia 30 de abril.
Vale lembrar que as gestantes podem tomar a vacina gratuitamente nos postos de saúde. O efeito protetor da dose demora de duas
a três semanas. É importante destacar que
mesmo quem tomou a vacina no ano passado
deve se imunizar novamente este ano.
Nas clínicas particulares, há dois tipos de
Dr. Paulo Arthur Machado Padovani
Ginecologista
Diretor do Centro de Reprodução
Humana de Piracicaba
CRM/SP 39.536
Maio 2016 - APM - Regional Piracicaba
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