Cartao08 final

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CARTÃO 8
República de Moçambique
Conselho Nacional de Combate ao SIDA
Pacote de Materiais de Apoio
aos Administradores Distritais
O que os Administradores
e as Comissões Distritais de Combate
ao HIV/SIDA podem fazer para encorajar
a redução de relacionamentos sexuais
múltiplos e simultâneos nas suas
comunidades.
O que são r elações
múltiplas e simultâneas?
São relacionamentos sexuais com mais de
uma pessoa ao mesmo tempo. Tem pessoas
que além de ter um parceiro ou uma parceira,
“andam fora”, isto é, envolvem-se
sexualmente com outras pessoas. É como se
todas fizessem parte de uma rede, com vários
pontos ligados. Podemos chamar a essas
ligações de “rede de parceiros sexuais”..
REDES SEXUAIS E HIV
Fazer parte de uma rede sexual
quer dizer, portanto:
! Ter mais do que um Parceiro ou uma
parceira sexual ao mesmo tempo.
! Estar envolvido com uma pessoa que
tem outros relacionamentos sexuais.
Em linguagem comum, essa prática é
conhecida como: ter amigos ou amigas, ter
amantes, casa 2, ser uma pessoa espalhada.
Mas todas essas situações podem ser
resumidas numa única expressão, muito
conhecida: “Andar Fora”!.
O que tudo isto tem a ver com o HIV
e SIDA?
Acontece que se uma dessas pessoas estiver
infectada com o HIV, e não usar preservativo
nas relações sexuais, o vírus se espalha entre
as pessoas envolvidas na rede. Portanto, a
chance é muito grande de todas apanharem o
vírus porque este vai passando de uma pessoa
para a outra. Dessa forma, as pessoas que
“andam fora” têm uma grande chance de se
infectarem com o vírus do SIDA, porque,
como vimos, relacionam-se sexualmente com
mais de uma pessoa e não sabem se alguma
delas está ou não infectada com o HIV.
A preocupação com a redução de parceiros e
parceiras sexuais leva em conta também que,
em Moçambique, a maioria dos casos da
infecção pelo HIV ocorre pela via sexual. É
importante referir que a infecção ainda não
tem cura, e quem se infecta e adoece vai
precisar passar o resto da vida em tratamento.
A “Estratégia de Aceleração da Prevenção da
Infecção pelo HIV” chama a atenção para a
necessidade de unir esforços, nas
comunidades, em prol da redução de
parceiros sexuais, conforme pode-se ler no
texto retirado do documento oficial:
“Capacitar os professores, líderes
comunitários, religiosos, tradicionais,
decisores das famílias (sogras, tias,
madrinhas, etc.) para serem os principais
mensageiros e exemplos nas comunidades,
sobre a importância capital da redução de
parceiros sexuais como uma das medidas
mais efectivas de prevenção do HIV e SIDA.”
(Estratégia de Aceleração da Prevenção da
Infecção pelo HIV, 2009)
As pessoas silenciam sobre essas práticas
porque elas se sustentam em certas normas,
hábitos e/ou condições sociais que não
costumam ser discutidas nas comunidades,
por exemplo:
! Existe uma aceitação da sociedade de
que o homem é infiel por natureza e
deseja sempre novas experiências
sexuais.
! Acreditar que um homem só é homem
quando consegue ter mais do que uma
mulher. E achar que uma mulher prova
que é mulher quando é capaz de
despertar o desejo e interesse de um
homem.
O facto é que “Andar fora” é um
comportamento que vem sendo criticado
cada vez mais por homens e mulheres.
Muitas mulheres preferem e admiram
homens fiéis, inclusive porque se sentem
mais valorizadas. E, os homens, em geral,
esperam fidelidade das suas parceiras.
Homens e mulheres também tem se queixado
que este comportamento de “andar fora”,
para além de ser “maningue arriscado”, causa
conflitos no lar e os casais almejam por
harmonia, maior diálogo e entendimento na
família.
Este tema precisa, portanto, de ser discutido,
séria e claramente, com a população. Ao
incentivar a redução de parceiros sexuais, os
administradores e as Comissões Distritais de
Combate ao SIDA estarão ajudando, de
facto, as pessoas a tomarem atitudes e
adoptarem comportamentos saudáveis para
o próprio bem-estar, das suas famílias e
comunidades
Os Administradores e demais líderes comunitários podem destacar as seguintes
desvantagens para aqueles que“andam fora”:
! Os parceiros ou as parceiras ficam insatisfeitas;
! Dão mau exemplo aos filhos e à comunidade;
! Dão menos assistência a família, isto é, não cumprem adequadamente com o
papel de protector ou protectora da família;
! Em caso de se infectarem, infectam também seus parceiros ou parceiras;
Por outro lado, as pessoas que não andam fora proporcionam mais benefícios à
família, por exemplo:
!
!
!
!
Protegem a si e a famíla da infecção pelo HIV;
Dão maior atenção à família;
Não desviam recursos para fora da família;
São exemplos para os filhos e comunidade.
Os administradores e demais líderes comunitários
podem assim, prestar um grande serviço à nação fazendo
parte do coro que questiona essas práticas, e sempre
que possível reforçando em seus diálogos
com a comunidade que:
Divulguem essas informações
sempre que possível.
É vossa responsabilidade alertar
a população.
Os senhores informam e a
população agradece.
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