XXXV ConGResso noRTe‑noRdesTe de CaRdioLoGia Vii

Propaganda
www.arquivosonline.com.br
Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 4, Suplemento 2, Outubro 2015
Resumo
das
Comunicações
XXXV CONGRESSO
NORTE‑NORDESTE DE CARDIOLOGIA
VII CONGRESSO PIAUENSE DE
CARDIOLOGIA
Teresina - Piauí
www.arquivosonline.com.br
Diretora Científica
Maria da Consolação V.
Moreira
Editor-Chefe
Luiz Felipe P. Moreira
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948
Cardiologia Cirúrgica
Paulo Roberto B. Evora
Cardiologia Intervencionista
Pedro A. Lemos
Métodos
Diagnósticos
Não-Invasivos
Carlos E. Rochitte
Hipertensão Arterial
Paulo Cesar B. V. Jardim
Editores Associados
Cardiologia Pediátrica/
Congênitas
Antonio Augusto Lopes
Pesquisa Básica
ou Experimental
Leonardo A. M. Zornoff
Cardiologia Clínica
José Augusto Barreto-Filho
Arritmias/Marcapasso
Mauricio Scanavacca
Epidemiologia/Estatística
Lucia Campos Pellanda
Ergometria, Exercício
e Reabilitação
Cardíaca
Ricardo Stein
Primeiro Editor
(1948-1953)
† Jairo Ramos
Conselho Editorial
Brasil
Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO)
Alfredo José Mansur (SP)
Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES)
Amanda G. M. R. Sousa (SP)
Ana Clara Tude Rodrigues (SP)
André Labrunie (PR)
Andrei Sposito (SP)
Angelo A. V. de Paola (SP)
Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP)
Antonio Carlos C. Carvalho (SP)
Antônio Carlos Palandri Chagas (SP)
Antonio Carlos Pereira Barretto (SP)
Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ)
Antonio de Padua Mansur (SP)
Ari Timerman (SP)
Armênio Costa Guimarães (BA)
Ayrton Pires Brandão (RJ)
Beatriz Matsubara (SP)
Brivaldo Markman Filho (PE)
Bruno Caramelli (SP)
Carisi A. Polanczyk (RS)
Carlos Eduardo Rochitte (SP)
Carlos Eduardo Suaide Silva (SP)
Carlos Vicente Serrano Júnior (SP)
Celso Amodeo (SP)
Charles Mady (SP)
Claudio Gil Soares de Araujo (RJ)
Cláudio Tinoco Mesquita (RJ)
Cleonice Carvalho C. Mota (MG)
Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ)
Dalton Bertolim Précoma (PR)
Dário C. Sobral Filho (PE)
Décio Mion Junior (SP)
Denilson Campos de Albuquerque (RJ)
Djair Brindeiro Filho (PE)
Domingo M. Braile (SP)
Edmar Atik (SP)
Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)
Enio Buffolo (SP)
Eulógio E. Martinez Filho (SP)
Evandro Tinoco Mesquita (RJ)
Expedito E. Ribeiro da Silva (SP)
Fábio Vilas-Boas (BA)
Fernando Bacal (SP)
Flávio D. Fuchs (RS)
Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP)
Gilson Soares Feitosa (BA)
Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ)
Hans Fernando R. Dohmann (RJ)
Humberto Villacorta Junior (RJ)
Ínes Lessa (BA)
Iran Castro (RS)
Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP)
João Pimenta (SP)
Jorge Ilha Guimarães (RS)
José Antonio Franchini Ramires (SP)
José Augusto Soares Barreto Filho (SE)
José Carlos Nicolau (SP)
José Lázaro de Andrade (SP)
José Péricles Esteves (BA)
Leonardo A. M. Zornoff (SP)
Leopoldo Soares Piegas (SP)
Lucia Campos Pellanda (RS)
Luís Eduardo Rohde (RS)
Luís Cláudio Lemos Correia (BA)
Luiz A. Machado César (SP)
Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)
Marcia Melo Barbosa (MG)
Maria da Consolação V. Moreira (MG)
Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC)
Maurício I. Scanavacca (SP)
Max Grinberg (SP)
Michel Batlouni (SP)
Murilo Foppa (RS)
Nadine O. Clausell (RS)
Orlando Campos Filho (SP)
Otávio Rizzi Coelho (SP)
Otoni Moreira Gomes (MG)
Paulo Andrade Lotufo (SP)
Paulo Cesar B. V. Jardim (GO)
Paulo J. F. Tucci (SP)
Paulo R. A. Caramori (RS)
Paulo Roberto B. Évora (SP)
Paulo Roberto S. Brofman (PR)
Pedro A. Lemos (SP)
Protásio Lemos da Luz (SP)
Reinaldo B. Bestetti (SP)
Renato A. K. Kalil (RS)
Ricardo Stein (RS)
Salvador Rassi (GO)
Sandra da Silva Mattos (PE)
Sandra Fuchs (RS)
Sergio Timerman (SP)
Silvio Henrique Barberato (PR)
Tales de Carvalho (SC)
Vera D. Aiello (SP)
Walter José Gomes (SP)
Weimar K. S. B. de Souza (GO)
William Azem Chalela (SP)
Wilson Mathias Junior (SP)
Exterior
Adelino F. Leite-Moreira (Portugal)
Alan Maisel (Estados Unidos)
Aldo P. Maggioni (Itália)
Cândida Fonseca (Portugal)
Fausto Pinto (Portugal)
Hugo Grancelli (Argentina)
James de Lemos (Estados Unidos)
João A. Lima (Estados Unidos)
John G. F. Cleland (Inglaterra)
Maria Pilar Tornos (Espanha)
Pedro Brugada (Bélgica)
Peter A. McCullough (Estados Unidos)
Peter Libby (Estados Unidos)
Piero Anversa (Itália)
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Presidente
Angelo Amato V. de Paola
Diretora de Pesquisa
Fernanda Marciano Consolim Colombo
Vice-Presidente
Sergio Tavares Montenegro
Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de
Cardiologia
Luiz Felipe P. Moreira
Presidente-Eleito
Marcus Vinícius Bolívar Malachias
Diretor Financeiro
Jacob Atié
Assessoria Especial da Presidência
Fábio Sândoli de Brito
Governador - ACC Brazil Chapter
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Diretora Científica
Maria da Consolação V. Moreira
Coordenadorias Adjuntas
Diretor Administrativo
Emilio Cesar Zilli
Editoria do Jornal SBC
Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese
Diretor de Qualidade Assistencial
Pedro Ferreira de Albuquerque
Diretor de Comunicação
Maurício Batista Nunes
Diretor de Tecnologia da Informação
José Carlos Moura Jorge
Diretor de Relações Governamentais
Luiz César Nazário Scala
Diretor de Relações com Estaduais e
Regionais
Abrahão Afiune Neto
Diretor de Promoção de Saúde
Cardiovascular – SBC/Funcor
Carlos Costa Magalhães
Diretor de Departamentos Especializados
Jorge Eduardo Assef
Coordenadoria de Educação Continuada
Estêvão Lanna Figueiredo
Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes
Luiz Carlos Bodanese
Coordenadoria de Integração Governamental
Edna Maria Marques de Oliveira
Coordenadoria de Integração Regional
José Luis Aziz
SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior
SBC/ES - Marcio Augusto Silva
SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim
SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira
SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas
SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante
SBC/MT - Julio César de Oliveira
SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa
SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy
SBC/PB - Helman Campos Martins
SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti
SBC/PI - João Francisco de Sousa
SBC/PR - Osni Moreira Filho
SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza
SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho
Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais
SBC/RO - João Roberto Gemelli
SBC/AL - Carlos Alberto Ramos Macias
SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk
SBC/AM - Simão Gonçalves Maduro
SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim
SBC/BA - Mario de Seixas Rocha
SBC/SE - Fabio Serra Silveira
SBC/CE - Ana Lucia de Sá Leitão Ramos
SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca
SBC/CO - Frederico Somaio Neto
SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves
Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos
SBC/DA - José Rocha Faria Neto
SBCCV - Marcelo Matos Cascudo
GECHOSP - Evandro Tinoco Mesquita
SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves
SBHCI - Hélio Roque Figueira
GECO - Roberto Kalil Filho
SBC/DCC - José Carlos Nicolau
SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida
SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva
GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho
SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães
GAPO - Danielle Menosi Gualandro
SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky
GEECG - Joel Alves Pinho Filho
SBC/DERC - Nabil Ghorayeb
GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho
SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfatti
GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho
SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto
GEMCA - Álvaro Avezum Junior
GEMIC - Félix José Alvarez Ramires
SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães
GECC - Mauricio Wajngarten
GEICPED - Estela Azeka
GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer
GECESP - Ricardo Stein
GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima
GERCPM - Artur Haddad Herdy
GETAC - João David de Souza Neto
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Volume 105, Nº 4, Suplemento 2, Outubro 2015
Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM),
SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed
Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330
20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil
Tel.: (21) 3478-2700
E-mail: [email protected]
www.arquivosonline.com.br
SciELO: www.scielo.br
Departamento Comercial
Telefone: (11) 3411-5500
e-mail: [email protected]
Produção Gráfica e Diagramação
SBC - Tecnologia da Informação e
Comunicação
Núcleo Interno de Design
Produção Editorial
SBC - Tecnologia da Informação e
Comunicação
Núcleo Interno de Publicações
Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos
anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de
exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a
opinião da SBC.
Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de
Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que
contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza
o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de
Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de
medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente,
aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".
Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua
disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:
www.arquivosonline.com.br.
Resumo das Comunicações
XXXV CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE
CARDIOLOGIA
VII CONGRESSO PIAUENSE DE CARDIOLOGIA
TERESINA - PIAUÍ
Mensagem do Presidente do Congresso
Norte-Nordeste de Cardiologia /
Congresso Piauiense de Cardiologia 2015
Caros amigos e colegas,
É com enorme satisfação que compartilhamos os resumos dos trabalhos aceitos para
apresentação no XXXV Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia / VII Congresso Piauiense
de Cardiologia.
Este é um importante evento da cardiologia brasileira tendo abrangência regional NorteNordeste, com foco no cardiologista clínico e na aplicação prática dos conhecimentos
científicos mais atuais explorando ao máximo a expertise dos palestrantes, com muita
integração e permuta de experiência entre todos.
O evento é realizado com a participação dos maiores especialistas em cardiologia da
região Norte-Nordeste, contando com alguns palestrantes de outras regiões de renomada
reputação. A Sociedade Norte-Nordeste de Cardiologia vive um momento de fortalecimento
sendo destaque a revista da Sociedade Norte-Nordeste de Cardiologia (RNNC) que obteve
recentemente o número de ISSN 2446-838X, dando mais um passo para o crescimento na
qualidade dessa ferramenta de publicação científica.
A cidade de Teresina se orgulha em sediar evento de tal magnitude oferecendo o que tem
de melhor do calor humano da nossa gente hospitaleira.
Abraço a todos!
Carlos Eduardo Batista de Lima
Presidente do XXXV Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia / VII Congresso Piauiense de Cardiologia
Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia – regional Norte-Nordeste (gestão 2014-2015)
TEMAS LIVRES - 05/09/2015
APRESENTAÇÃO ORAL
41660
41686
Implementação de Rede Integrada via Telemedicina para atendimento do IAM
com Supra-ST é associada a aumento de sobrevida: Resultados do RESISST
Prevalência de anormalidades eletrocardiográficas em pacientes com
insuficiência cardíaca chagásica em comparação com etiologia não-chagásica
NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA,
ADILSON MACHADO GOMES JUNIOR, DIEGO SANT ANA SODRE, GEIBEL REIS,
LEONARDO DE SOUZA BARBOSA, MARINA BISPO SANTIAGO LIMA, ODDONE
BRAGHIROLI, IVAN MATTOS DE PAIVA FILHO, GILSON SOARES FEITOSA FILHO
E RENATO D. LOPES
LUCAS R P J ALENCAR, RAIZA M FERRAZ, ADRIANO A M MAGALHAES, ISABELA
P M A SOUZA, MARCUS V S ANDRADE, LUIZ E F RITT, JOEL A P FILHO E
GILSON SOARES FEITOSA FILHO
Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - Unifesp-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: A implementação de rede integrada via telemedicina em países em
desenvolvimento é factível e pode modificar gradativamente a sobrevida de doenças
de alta mortalidade. Objetivo: Descrever a tendência temporal da mortalidade de 30
dias de pacientes do SUS em Salvador/BA vítimas de IAM com supra-ST envolvendo
uso de Rede Integrada via Telemedicina. Métodos: De Janeiro 2011 a Agosto 2013,
520 vítimas de IAM com supra-ST receberam primeiros cuidados pelo SUS em 23
unidades públicas (7 hospitais gerais e 16 UPAs) de Salvador/BA, com opção de
transferência para um dos dois Centros de Referência em Cardiologia (CRC), quando
vaga estivesse disponível. Estes pacientes eram identificados através de rede
regionalizada integrada de IAM com supra-ST, com suporte de telemedicina e SAMU.
Resultados: A média de idade foi de 62,0±12,2 anos, sendo 55,6% do sexo masculino.
A mortalidade geral foi de 15,0%. Analisamos as diferenças de mortalidade ao longo
de 5 semestres, desde o 1o semestre de 2011 (1/2011) ao 1o semestre de 2013
(1/2013). Não existiu diferença significativa nas medianas dos tempos dor-admissão
(180 min; IIQ=66-430min) e porta-ECG (159min; IIQ=66-430), nem no GRACE médio
(145±34) ao longo do tempo. Algumas medicações foram mais prescritas nas primeiras
24h, como dupla antiagregação plaquetária (1/2011:61,8%; 1/2013:93,6%; p<0,001)
e estatina (1/2011:60,4%; 1/2013:79,7%; p<0,001). As taxas de reperfusão primária
também aumentaram (1/2011:29,1%; 1/2013:53,8%; p<0,001) e mais pacientes foram
transferidos para CRC (1/2011:44,7%; 1/2013:76,3%; p=0,001). A mortalidade geral em
30 dias reduziu de 20,4% em 01/2011 para 7,5% em 1/2013 (p<0,001). Conclusão: A
implementação de uma rede integrada via telemedicina para atendimento ao IAM com
supra-ST reduziu a mortalidade de 30 dias. Nossos achados demonstram ser este um
recurso importante para melhorar o atendimento ao IAM com supra-ST em países em
desenvolvimento.
Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.
Introdução: A doença de Chagas é uma importante etiologia de insuficiência cardíaca
sistólica em nosso meio. Alterações eletrocardiográficas eventualmente podem ser
úteis em sugerir determinadas etiologias. Objetivo: Comparar as prevalências das
anormalidades eletrocardiográficas em pacientes com insuficiência cardíaca (IC)
sistólica de etiologia chagásica e não-chagásica em um hospital de referência em
cardiologia em Salvador, Bahia. Metodologia: Foram incluídos pacientes com IC e
fração de ejeção (FE) <45%, divididos em 2 grupos conforme etiologia: Chagas e
não-Chagas. Alterações eletrocardiográficas foram sistematicamente investigadas por
dois avaliadores cegos para o diagnóstico etiológico. Resultados: Foram incluídos
107 pacientes, 47 com IC chagásica (43,9%), ambos com frequência aproximada
de 57% de homens. No grupo Chagas, a mediana de idade foi 63 anos (intervalo
interquartil (IIQ) = 55,5-69,5 anos) e de FE 37,5% (IIQ = 30,5-42%). No grupo nãoChagas, a mediana de idade foi 60 anos (IIQ = 49-67,5 anos), e a de FE 33,5% (IIQ =
24-40%). Não existiram diferenças significativas quanto às avaliações de duração ou
amplitude de P e PR (quando ritmo sinusal). Existiram diferenças significativas quanto
à duração de QRS, amplitude de QRS, Sokolow-Lyon, Cornell e tempo de ativação
ventricular (vide tabela). As seguintes variáveis categóricas foram significativamente
mais frequentes nos Chagásicos: Fibrilação atrial, BRD completo e BDAS.
Análise de QRS: Chagas X Não-Chagas
Chagas
Não-Chagas p
Duração QRS (mseg)
Amplitude QRS (mm)
Sokolow-Lion (mm)
Cornell (mm) 15(8,5-20)
TAV (mseg) 60(20-80)
140(120-160)100(80-120) <0,001
18(13-24)
28(20-32)
<0,001
11(7-16,5) 23(16-34)
<0,001
25,5(10-29) 0,032
40(20-40)
0,032
Conclusão: Existe distinção de achados eletrocardiográficos entre pacientes com IC
sistólica chagásica em comparação com não-chagásicos, particularmente na análise
do QRS e ritmo de fibrilação atrial.
41693
41791
O Escore GRACE subestima o risco de morte em pacientes com IAM com Supra-ST
atendidos pelo SUS
Uso do Aplicativo WhatsApp® como Ferramenta Complementar de Ensino de
Eletrocardiografia
NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA, RICARDO
ZANTIEFF, VITORIA MOTA OLIVEIRA LYRA, FELIPE COELHO ARGOLO, ADILSON
MACHADO GOMES JUNIOR, DIEGO SANT ANA SODRE, GEIBEL REIS, IVAN MATTOS
DE PAIVA FILHO, RENATO D. LOPES E GILSON SOARES FEITOSA FILHO.
YURI FREIRE DE CARVALHO ESPIRITO SANTO, MONIQUE CARIBE BRASILEIRO
MATTOS, RAIZA MARTINA ANDRE CARNEIRO MARTINS, THIAGO CARVALHO
PEREIRA E GILSON SOARES FEITOSA FILHO
Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - Unifesp-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: O escore GRACE é internacionalmente aceito como o mais acurado para
estimar risco em vítimas de Síndromes Coronárias Agudas. No entanto, ele pode não ter a
mesma acurácia em diferentes condições de assistência.
Objetivo: Avaliar a predição de morte intrahospitalar (IH) pelo escore GRACE em pacientes
com IAM com Supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA quando transferidos(T) ou
não transferidos(NT) para Centros de Referência em Cardiologia(CRC). Métodos: De
Janeiro 2011 a Agosto 2013, todos os pacientes com IAM com supra-ST atendidos em
23 unidades públicas não-especializadas (7 hospitais gerais e 16 UPAs) foram incluídos
em registro (RESISST). Sempre que possível, estes pacientes eram transferidos para 2
Centros de Referência em Cardiologia (TCRC=transferidos e NTCRC=não-transferidos).
A capacidade discriminatória e a calibração do escore foram analisados pela curva ROC
e teste de Hosmer-Lemeshow (H-L). A frequência de morte observada foi comparada à
probabilidade de morte esperada conforme escore GRACE original. Resultados: Os
520 pacientes com IAM com supra-ST incluídos tinham um GRACE mediano de 146
(IIQ: 125-170). O escore GRACE mostrou bom poder discriminatório (AUROC=0.726) e
boa calibração (H-L=0.226). As probabilidades de óbito do GRACE original não diferiram
signitivamente dos TCRC, mas diferiram muito dos NTCRC (teste z; p<0,001). O valor de
corte, em nosso registro, que estima uma mortalidade IH <2% foi de 116 entre os TCRC e
inexistente entre os NTCRC. Para probabilidade de óbito IH >5%, o valor de corte foi de 151
entre os TCRC e de 89 entre os NTCRC.
Comparação: GRACE original,
TCRC e NTCRC Escore
<125
>155
GRACE Original
<2% (Baixo Risco)
>5% (Alto Risco)
Transferidos
(TCRC)
<2,4%
>5,6%
Não-Transferidos
(NTCRC)
<13,6%
>27,3%
Conclusão: Os valores de corte originais do escore GRACE não predizem adequadamente
a mortalidade IH dos pacientes que se mantiveram em unidades não especializadas. Como
o escore GRACE mostrou boa capacidade discriminatória e calibração, podemos inferir que
pode ser usado em nosso meio, mas com diferentes estimativas.
Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.
Objetivo: Avaliar a utilidade do aplicativo WhatsApp® como ferramenta complementar
de ensino de ECG entre alunos de medicina.
Métodos: Ensaio clínico controlado, intention-to-treat. Voluntários do 2o e 3o
semestres assistiram aula durante 2 horas sobre ECG. Temas: Ritmos, FC, Sobr
atriais, BAVs, Eixos, Q patol, BRE/BRD/BDAS, Sobr Ventr, Alt de ST e de T. Prova
aberta com 10 traçados, cobrindo os 10 assuntos, foi aplicada aos estudantes em
3 momentos: imediatamente antes da aula (Prova Pré-Aula), imediatamente após
a aula (Prova Pós-Aula) e um mês após a aula (Prova 1mês). Os alunos do 2sem
foram incluídos em um grupo do WhatsApp® logo após Prova Pós-Aula, onde 4
pesquisadores que não participaram da correção discutiam 1ou2 ECGs/dia meio deste
aplicativo. Os alunos não foram randomizados porque haveria grande probabilidade
de trocarem experiências dentro de uma mesma turma de convívio diário.Cálculo de
tamanho amostral: Para diferença de 1 ponto da nota entre dois grupos, desvio-padrão
estimado em 1,0; com poder de 80% e p=0,05, são necessários 12 alunos em cada
grupo.
Resultados: 24 alunos (13 do 2osem e 11 do 3osem) participaram. Ambos os
semestres incrementaram suas notas na Prova Pós-Aula, sem diferença significativa
entre os semestres. Na Prova 1mês, a mediana das notas do 2osem, após um
mês de treinamento via WhatsApp®, aumentou para 5,8, enquanto a do 3osem,
sem esta exposição, reduziu para 2,5 com diferença significativa entre os 2 grupos
(p=0,04;Mann-Whitney).
2o sem
3o sem
Pré-aula
0(0-0)
0(0-1)
Pós-aula
1 mês
4,0(2,5-5,0) Whatsapp
4,5(3,5-5,5) ----
Prova1mês
5,8(3,5-6,5)
2,5(1,0-4,0)
Conclusão: O aplicativo WhatsApp® mostrou-se eficaz em melhorar o desempenho
de estudantes de medicina na interpretação de ECG.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
1
Resumos Temas Livres
41868
Pesquisa otimizada de mutações no gene SCN5A - canal de sódio.
MARCOS AURELIO LIMA BARROS, CASSANDRA MIRTES ANDRADE REGO
BARROS, HYGOR FERREIRA FERNANDES, AUGUSTO CÉSAR CARDOSO DOS
SANTOS, INGRID CRISTINA REGO BARROS, ADRIEL REGO BARBOSA, FRANCE
KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA E GIOVANNY REBOUCAS PINTO
MARCOR - Máximo Atendimento e Recuperação Corporal , Parnaíba, , BRASIL UFPI - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, , BRASIL.
Introdução: Mutações no gene SCN5A, que codifica a subunidade α do principal
canal de Na+ cardíaco voltagem-dependente, estão fortemente associadas a
algumas canalopatias cardíacas. Na síndrome de Brugada (SBr), por exemplo, essas
mutações são detectadas em 15-30% do total de probandos, os quais representam
75% dos casos genótipo-positivo. Apresentamos conjunto de primers específicos para
amplificação das regiões codificantes do SCN5A, por reação em cadeia da polimerase
(PCR), em uma única temperatura de anelamento (Ta), visando agilizar sua análise
molecular e reduzir os custos por análise. Métodos: Foram construídos 32 pares
de primers, a partir da sequência genômica do SNC5A (GenBank, NG_008934.1) e
com o auxílio do programa GeneRunner v.3.05, de modo a flanquear todos os seus
28 éxons codificantes (éxons 2-29) e suas fronteiras íntrons-éxons e éxons-íntrons.
Os primers foram alinhados com o genoma humano, para análise de especificidade
(Ensembl, BLAST), e aqueles com os melhores escores foram sintetizados (Eurofins
MWG Operon, Germany). A qualidade do conjunto de primers foi testada por meio
da análise mutacional do SCN5A de um paciente com padrão eletrocardiográfico
tipo 1 para SBr, por PCR, seguida de sequenciamento bidirecional dos produtos da
amplificação (Applied Biosystems, USA). Resultados: O conjunto de primers aqui
apresentado possibilitou a amplificação das sequências codificantes de todos os
transcritos atualmente conhecidos do SCN5A, com o inédito uso de uma única Ta
na PCR, oferecendo maior confiabilidade à análise mutacional, além de diminuir o
tempo de reação e custos por análise. No exemplo da aplicação de nosso conjunto
de primers, não identificamos qualquer mutação causal no probando; porém, foram
identificados 3 polimorfismos: 1 não-sinônimo no éxon 12 (H558R), 1 sinômino no
éxon 28 (D1819D) e 1 na fronteira entre o íntron 9 e o éxon 10 (IVS9-3C>A). Todas
estas variações apresentaram-se como alterações heterozigóticas. Conclusões: A
metodologia de análise mutacional do SCN5A aqui descrita resultou no pedido de
depósito da patente intitulada “Oligonucleotídeos iniciadores e conjunto de reagentes
para amplificação de sequências alvo do gene SCN5A”, junto ao Instituto Nacional de
Propriedade Industrial. Além de suporte ao diagnóstico da SBr, o conjunto de primers
proposto também auxilia no diagnóstico molecular de outras canalopatias cardíacas,
bem como de demais patologias associadas ao SCN5A.
41896
Efeito do Mononitrato de Isossorbida no conforto do paciente submetido a
cineangiocoronariografia por via radial direita
MIGUEL JOSE DE AZEVEDO FILHO
MedImagem, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Santa Maria, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: A artéria radial é cada dia mais escolhida para a realização de
coronariografia, devido a sua praticidade e segurança, com redução de desfechos
desfavoráveis nos mas diversos contextos clínicos. O espasmo da artéria radial é
intercorrência que figura como incoveniente clínico importante tanto para o operador
quanto para o paciente. Um dos recursos utilizados visando a redução da incidência
do espasmo é a infusão intraarterial de soluções com vasodilatadores, entre eles, o
mononitrato de isossorbida. Porém, não há comprovação inequívoca da eficácia desta
droga para este fim.
Método: Registro prospectivo de pacientes consecutivos, submetidos a coronariografia
pelo acesso radial direito, com introdutores 5F pela primeira vez em suas vidas, no
período determinado. Foram separados em dois grupos: o grupo I composto por
pacientes que receberam mononitrato de isossorbida 10mg pela via lateral da bainha
vascular e o grupo II composto por pacientes que receberam solução salina 0,9%.
Registramos a intensidade da dor referida pelo paciente em escala analógica de 0 a 10
nos dois grupos e os comparamos.
Resultados: Entre Janeiro de 2014 e Janeiro de 2015, 118 pacientes foram
selecionados e divididos em dois grupos, cada um com 59 indivíduos. A queixa de
dor, do ponto de vista do paciente, não se mostrou estatisticamente diferente entre
aqueles que receberam nitrato e aqueles que receberam solução salina (3,0 +/¬ 0,5
vs. 3,5 +/¬ 0,5, p = 0,66).
Conclusão: A utilização de 10mg de mononitrato de isossorbida não significou
diminuição da dor referida pelo paciente submetido a coronariografia.
41936
Fatores que impactam a sobrevida em 30 dias de pacientes com IAM com
supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA
Influência do Tabagismo sobre a Frequência Cardíaca Máxima em pacientes
submetidos ao teste ergométrico
NIVALDO MENEZES FILGUEIRAS FILHO, DAVI JORGE FONTOURA SOLLA,
LEONARDO DE SOUZA BARBOSA, MARINA BISPO SANTIAGO LIMA, ODDONE
BRAGHIROLI, RICARDO ZANTIEFF, VITORIA MOTA OLIVEIRA LYRA, FELIPE
COELHO ARGOLO, IVAN MATTOS DE PAIVA FILHO, GILSON SOARES FEITOSA
FILHO E RENATO D. LOPES
ITALO CORDEIRO MOREIRA, CECILIA BRENDA ROCHA CARNEIRO, MARIA
JAIONARA DE MACEDO, DIEGO LEAL LANDIM CRUZ, TICIANE PONCIANO DE
OLIVEIRA LIMA, VANESSA LACERDA ARAÚJO E HERBERT LIMA MENDES
Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, BRASIL SAMU-Salvador, Salvador, BA, BRASIL - UNIFESP-EPM, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: Poucos registros de IAM com supra-ST refletem a “vida real” do
atendimento de países em desenvolvimento.
Objetivo: Identificar fatores associados a mortalidade em 30 dias de pacientes com
IAM com supra-ST atendidos pelo SUS em Salvador/BA.
Métodos: De Jan 2011 a Ago 2013, 520 pacientes consecutivos receberam tratamento
inicial para IAM com supra-ST em 23 unidades públicas não-especializadas (7 hospitais
gerais e 16 UPAs), com possível transferência para um dos 2 Centros de Referência
em Cardiologia (CRC) em Salvador/BA. Os pacientes foram identificados a partir de
uma rede integrada regional através de Telemedicina. Foram aplicados modelos de
regressão logística para identificar os fatores associados a mortalidade em 30 dias.
Resultados: A média de idade foi de 62,0±12,2 anos, maioria homens (55,6%) e com
comorbidades frequentes: HAS (76,1%), DM (36,5%) e IAM prévio (14,1%). Entre os
admitidos <12 horas (n=317), 40,7% receberam reperfusão primária (angioplastia
primária:61,7%). Média do GRACE foi 145±34. Mortalidade geral em 30 dias foi
de 15,0% (7,7% para os transferidos para CRC e 26,0% para os não transferidos).
Em modelo ajustado, AVC prévio (OR ajustado=2,41; 95%IC:1,14-5,09), tratamento
médico otimizado (OR ajustado=0,43;95%IC=0,20-0,92) e transferência para CRC
(OR ajustado=0,32;95%IC:0,16-0,64) associaram-se independentemente com
mortalidade em 30 dias.
Conclusão: Pacientes com IAM com supra-ST transferidos para centros de referência
em cardiologia e os que receberam tratamento otimizado tiveram maior sobrevida em
30 dias.
2
41883
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL
- Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade
São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.
Introdução: O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, possuindo
relação direta com as doenças cardiovasculares (DCV). O tabagismo pode levar a
uma incompetência cronotrópica, retardando a aumento da frequência cardíaca
durante o esforço, o que pode significar em uma maior mortalidade nessa população.
A frequência cardíaca máxima (FCM) avaliada no Teste Ergométrico (TE) e útil na
avaliação da resposta cardiovascular e prognóstica do paciente.
Objetivo: Avaliar possíveis influências do tabagismo sobre a FCM no TE considerando
os sexos.
Método: 119 indivíduos de ambos os sexos, sendo 18 Fumantes (11 mulheres e 7
homens) e 101 Não Fumantes (58 mulheres e 43 homens) idades entre 14 e 79 anos
(49,93+15,3) participaram deste estudo. Estes foram submetidos a teste ergométrico
utilizando protocolo de Rampa para avaliação da FCM. Testes “t” de student para
amostras independentes foram utilizados para avaliar possíveis diferenças na FCM
entre os grupos (Fumantes e Não Fumantes) e sexos.
Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significativas nas médias da FCM
entre homens e mulheres Fumantes (n(18) p=0,269), porém entre os não fumantes os
homens obtiveram maior FCM (n(101) p=0,011). Na comparação entre os grupos, tanto
mulheres (n(69) p=0,044) quanto homens (n(50) p=0,041) não fumantes apresentaram
uma maior FCM em relação aos seus pares, os tabagistas.
Conclusão: Embora nossa população estudada tenha um número de participantes
divergente, a variável tabagismo modificou negativamente e significativamente o valor
de FCM, corroborando com a hipótese de o tabagismo ser um importante fator de risco
para DCV e prejudicial para o desempenho cardíaco. Porém, ainda são necessários
outros estudos para fortalecer essa hipótese. Além disso, o condicionamento físico, o
índice de massa corporal, o sexo e o uso de medicamentos têm influencia na FCM e
podem ter influenciado parcilamente nos resultados encontrados.
Palavras-chave: TESTE ERGOMÉTRICO, TABAGISO, DOENÇA CARDIOVASCULAR.
TEMAS LIVRES - XX/XX/XXXX
APRESENTAÇÃO POSTER
41031
Resumos Temas Livres
41555
Abordagem cirúrgica dos aneurismas de ventrículo esquerdo.- resultados
hospitalares de 80 pacientes
Serviços hospitalares em doenças cardiovasculares: gastos no primeiro
semestre de 2014.
ANTONIO DIB TAJRA FILHO, RODRIGO DIB DE PAULO TAJRA, RAFAEL DIB
DE PAULO TAJRA, VANESSA GONCALVES COSTA, RICARDO FELIPE SILVA
SOARES, BIANCA CORDEIRO NOJOSA DE FREITAS, FERNANDO JOSE AMORIM
MARTINS E RAIMUNDO DE BARROS ARAÚJO JUNIOR
ADRIANA T G DIOGO, CRISTIANE T C SILVA, CAMILO S D NASCIMETO E TANIA
F D A COSTA
HOSP SANTA MARIA , TERESINA , PI, BRASIL - CLINICA ENDOCARDIO ,
TERESINA , PI, BRASIL.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem um grupo de doenças
que representam importante causa de morte nos países desenvolvidos e em
desenvolvimento, alertando para um profundo impacto nas classes socioeconômicas
menos favorecidas e na necessidade de intervenções eficazes, de baixo custo e
caráter educativo – preventivo. Como fatores de risco podem ser citados genética,
idade e sobretudo fatores ambientais. Como os dois primeiros são invariáveis,
modificações de estilo de vida constituem medidas imprescindíveis para a redução dos
números relacionados às DCV, destacando aqui a redução nos gastos em serviços
hospitalares com essas patologias. Este resumo objetiva identificar os gastos com
serviços hospitalares registrados pelo DATASUS no primeiro semestre de 2014.
Método: Estudo quantitativo descritivo dos gastos com serviços hospitalares em
doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2014. Os dados foram obtidos no
DATASUS. A análise dos dados foi realizada por meio do programa Microsoft Office
Excel® 2010 Starter. Para o estudo, utilizaram-se os dados referentes aos gastos com
doenças cardiovasculares registrados no município de Belém no referido período.
Resultados: A pesquisa revelou um gasto médio no município de Belém com as
doenças cardiovasculares de R$ 1.755.077,27. Quanto às doenças com maior custo,
tem-se um gasto de R$ 1.733.487,77com a insuficiência cardíaca, infarto agudo do
miocárdio (R$ 1.716.273,58), Acidente vascular cerebral não especificado isquêmico
ou hemorrágico (R$ 1.502.759,90) e outras doenças isquêmicas do coração (R$
1.641.522,54). Assim, no primeiro semestre de 2014 houve um gasto médio de R$
6.594.043,79 com as doenças referidas. Conclusão: As transformações que a
sociedade em desenvolvimento vem enfrentando representam desafios para os
gestores de saúde, caracterizando-se como um problema de saúde pública, visto que
as DCV configuram importante causa de mortalidade no país. É relevante salientar
que este grupo de doenças é passível de prevenção mediante alterações de estilo de
vida, sobretudo nas idades mais jovens, minimizando significativamente os números
de morbimortalidade e os gastos com serviços hospitalares.
Introdução: Aneurisma de ventrículo (aneur de VE) esquerdo é complicação
mecânica freqüente após infarto do miocárdio com altas morbi-mortalidade.
Objetivo: Este
pacientes(ptes) .
relato
visa
demonstrar
a
evolução
intra-hospitalar
destes
Material e Métodos: Durante o período de novembro/1999 a junho/2013 80 ptes
foram submetidos a abordagem de aneur de VE; 54 ptes (67%) eram masculinos ;
a idade média foi de 61 anos ; as indicações foram: angina 70 ptes (88%) e dispnéia
10 ptes (12%) ;
a localização do aneurisma foi: Antero-apical -74 ptes (93 %),
látero-posterior – 04 ptes (04%) , ínfero-posterior – 02 pte (3,0%) ;
o RIVA foi
revascularizado em 75 % ptes , a artéria diagonal em 17,5% , a artéria marginal em
33,7 % e a coron direita em 27,5 % ; 11 ptes ( 13,7%) receberam três enxertos , 25
ptes (31,2%) receberam dois enxertos , 37 ptes (46,2 %) receberam um enxerto
e 07 ptes não foram revascularizados (8,7 %) . A técnica cirúrgica utilizada foi:
aneurismorrafia: 02 ptes(2,5%) , endoaneurismoplastia circular com sutura do VE com
pericárdio bovino : 13 ptes (16,2%) , endoaneurismoplastia do VE com sutura direta
do VE : 48 ptes (60%), prótese semi-rígida de pericárdio : 01 pte (1,2%) ; apenas
revascularização do miocárdio : 16 ptes (20 %) .
Resultados : 11 ptes (13,8 %) faleceram : SBDC – 05 ptes (6,25%) , FV – 02 pte
(2,5%), embolia periférica – 02 pte (2,5%) e AVC – 02 pte (2,5%) .
Conclusão : A abordagem cirúrgica dos pacientes com aneurisma de VE apresenta
baixa mortalidade , permite múltiplas táticas cirúrgicas , devendo ter como preferência
seguir o conceito da reconstrução geometria do ventrículo esquerdo
41637
Universidade Federal do Pará, belém, PA, BRASIL.
41665
Endocardite infecciosa e cardite reumática grave em paciente portador de
anemia falciforme: relato de caso
Pausa de 11,9 segundos secundária a bloqueio atrioventricular de alto grau em
criança de 10 anos
CAMILA C ABREU, JULIANA V MAGALHAES, GILDENE A COSTA E ROBERTA O
A L SOUSA
FERNENDA PESSA VALENTE, LUZIENE ALENCAR BONATES DOS SANTOS,
MARCELA FLAVIA TERRA CRUZ E TEREZA ARREAS DE ALENCAR PINHEIRO
Hospital Infantil Lucídio Portela, Teresina, PI, BRASIL - Universidade Federal do
Piauí, Teresina, PI, BRASIL.
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira-IMIP, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Pacientes com anemia falciforme são susceptíveis a infecções devido a
deficiências do sistema imune. Os principais microorganismos associados são as bactérias
encapsuladas e os sítios são diversos. A associação concomitante com endocardite
infecciosa e com febre reumática, no entanto, não é relatada na literatura.
Descrição do caso: Masculino, em acompanhamento desde os 3 anos em serviço de
Hematologia por anemia falciforme. Aos 13, compareceu ao ambulatório queixandose de dispneia. Solicitou-se ecocardiograma (ECO) que mostrou lesões sugestivas de
vegetações em valva mitral e insuficiência mitral e aórtica moderada. Foi então admitido
em hospital de bairro com febre, dispneia, astenia, tosse seca e dor torácica, com hipótese
diagnóstica de endocardite bacteriana. Transferido ao nosso serviço, apresentava-se
em regular estado geral, emagrecido, com ictus palpável em linha axilar anterior, sopro
holossistólico 3+/4+ pancardíaco, sem frêmito ou irradiações, hepatomegalia discreta. Foi
internado na enfermaria, com prescrição de Oxacilina, Penicilina Cristalina, Gentamicina
e analgesia. Raio X de tórax evidenciou cardiomegalia. Evoluiu com piora do estado
geral, febre, taquicardia, taqui/ortopneia, turgência jugular e dor torácica. Modificouse antibióticos, porém evoluiu com piora do padrão respiratório, sendo transferido para
Unidade de Terapia Intensiva, onde permaneceu 8 dias. Novo ECO revelou insuficiência
mitral severa por degeneração mixomatosa, acometendo o folheto posterior e sugerindo
etiologia reumática, insuficiência aórtica discreta, com espessamento valvar, discreto
espessamento pericárdico, sem derrame, fração de ejeção de ventrículo esquerdo de 51%,
sem vegetações. Retornou para enfermaria no 27º dia de internação. Exames do dia: fator
reumatóide negativo, ASLO 1/4 (800), VHS 120, PCR 1/8. ECO do 31º dia foi novamente
sugestivo de cardite reumática grave, optando-se por pulsoterapia com metilprednisolona
por 3 dias. Atualmente, em acompanhamento ambulatorial com Hematologista,
Reumatologista e Cardiologista, em uso de penicilina benzatina 21/21 dias, furosemida,
caverdilol, omeprazol, captopril, digoxina, espironolactona, prednisona e hidroxiureia.
Conclusão: As alterações cardíacas apresentadas não foram consistentes com as
associadas à doença falciforme. No futuro, uma melhor compreensão da susceptibilidade
dos pacientes falcêmicos a infecções poderá elucidar a concomitância com outras
morbidades.
Introdução: Bradiarritmias, eventos raros em crianças, são definidas pela frequência
cardíaca (FC) abaixo do limite normal para idade1. Condições extrínsecas ao
sistema de condução são as principais causas: distúrbios eletrolíticos/ácido-básicos
e hipoxemia2 e 3. As causas intrínsecas, incomuns em crianças sem cardiopatia
estrutural, ocorre em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com manipulação atrial
ou associado a miocardiopatias3. Terapias específicas devem ser tomadas para as
causas extrínsecas e, em relação as intrínsecas, deve-se analisar as indicações de
implante de marcapasso (MP) cardíaco definitivo2 e 4. Descrição do caso: CLS,
10 anos, masculino, natural e procedente de Recife-PE. Aos 10 meses, apresentou
gastroenterite aguda, com bradicardia (FC 40 bpm), sem repercussão hemodinâmica
nem alterações eletrolíticas. Diagnosticado bradicardia sinusal com períodos de
bloqueio atrioventricular (BAV) 2:1. Diante da estabilidade clínica, ausência de
sintomas cardiovasculares e ecocardiografia transtorácica normal, foi encaminhado ao
ambulatório. Aos 10 anos, é internado após 02 episódios de “desfalecimento” rápido,
sem relação com esforço. Ao exame: estável, défict pôndero-estatural e Glasgow 15,
RCR em 2T, BNF, sem sopros, FC 34 bpm. Eletrocardiograma: bradicardia sinusal,
FC 34 bpm. Ecocardiograma: dilatação biventricular e da aorta discretas, refluxo leve
da valva aórtica e função biventricular normal. Holter 24 horas (Figura 1 e 2): ritmo
sinusal, FC 22 a 39 bpm (média 30 bpm); 16116 pausas > 2 segundos, a maior de
11,9 segundos, secundária a BAV de alto grau; ectopias supraventriculares ausentes;
173 batimentos de escape ventriculares. Realizado implante transvenoso de MP
definitivo dupla câmara. Após 6 meses, menor encontra-se assintomático, ganho de
peso adequado e MP normofuncionante. O ecocardiograma mostrou apenas dilatação
leve do ventrículo direito. Conclusão: A indicação de MP cardíaco definitivo seguiu
as diretrizes da American College of Cardiology, American Heart Association e Heart
Rhythm Society, (Classe 1 e nível de evidência C) 4 e 5. Apesar da não definição
etiológica, a evolução clínica do paciente variou desde a forma assintomática até a
presença de sintomas de baixo débito cardíaco, registrando-se ao holter 24 horas,
pausa significativa de 11,9 segundos, secundária a BAV de alto grau, forma de
apresentação incomum na população pediátrica.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
3
Resumos Temas Livres
41666
41697
Avaliação de pacientes Hígidos e Cardiopatas e sua relação com a Frequência
Cardíaca Máxima durante Teste Ergométrico
Cinco dias de pós-operatório são suficientes para cirurgia cardíaca em
adultos?
ITALO CORDEIRO MOREIRA, CECILIA BRENDA ROCHA CARNEIRO, MARIA
JAIONARA DE MACEDO, DIEGO LEAL LANDIM CRUZ, FRANCISCO CAIO
MILFONT QUENTAL, GABRIEL PEREIRA BERNARDO, BRUNO DA SILVA
ALEXANDRE, PRISCILLA LUCENA DE FIGUEIREDO, VANESSA LACERDA
ARAÚJO E HERBERT LIMA MENDES
ANTONIO DIB TAJRA FILHO, RAYRA PUREZA TEIXEIRA BARBOSA, RODRIGO
DIB DE PAULO TAJRA, RAFAEL DIB DE PAULO TAJRA, LUIZ OTAVIO DE GOES E
PAULO SERGIO TAJRA CORTELLAZZI
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL
- Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade
São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.
Introdução: O Teste Ergométrico (TE) é um exame utilizado para o diagnóstico de doenças
cardiovasculares, possuindo valor prognóstico, além de servir para acompanhamento de
resposta terapêutica, tolerância ao esforço e de alterações propiciadas pelo exercício
como arritmias. A Frequência Cardíaca Máxima (FCM) é uma variável fisiológica que
se altera durante o TE aumentando linearmente com o esforço e sugere condições
patológicas. Assim, a dificuldade de ascensão da FCM pode indicar uma coronariopatia ou
miocardiopatia, bem como a queda da frequência pode ter relação com doença isquêmica.
Objetivo: Avaliar a FCM em pacientes hígidos e com provável cardiopatia considerando
os sexos.
Método: 119 indivíduos de ambos os sexos, sendo 23 Cardiopatas (14 mulheres e 9
homens) e 96 Hígidos (55 mulheres e 41 homens) idades entre 14 e 79 anos (49,93+15,3)
participaram deste estudo. Estes foram submetidos a teste ergométrico sob protocolo de
Rampa para avaliar a FCM. Testes “t” de student para amostras independentes foram
utilizados para avaliar possíveis diferenças na FCM entre os grupos (Cardiopatas e
Hígidos) e sexos.
Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significativas nas médias da FCM
entre homens e mulheres Cardiopatas (n(23) p=0,196), porém entre os Hígidos os homens
obtiveram maior FCM (n(96) p=0,013). Na comparação entre os grupos, tanto mulheres
(n(69) p=0,003) quanto homens (n(50) p=0,016) Hígidos apresentaram uma maior FCM em
relação aos seus pares, os cardiopatas.
Conclusão: Embora nossa população estudada tenha um número de participantes
divergente, os Cardiopatas apresentam menor FCM com valores estatisticamente
significativos. Logo, o TE é essencial para que se faça uma prescrição adequada do
exercício físico, respeitando a individualidade biológica de cada paciente, avaliando o custo
benefício e as contra-indicações. Ademais, o estudo não trouxe como vertente definir a
etiologia da cardiopatia encontrada.
Palavras-chave: TESTE
CARDIOPATIAS.
ERGOMÉTRICO,
FREQUÊNCIA
CARDIACA
Introdução : O período de internação hospitalar tem relação direta com custos e
possibilidade de infecção,mas deve propiciar tempo suficiente para o paciente receber
tratamento médico adequado .
Objetivo : Este trabalho visa observar se 05 dias são suficientes para o pósoperatório de cirurgia cardíaca sem colocar em risco a recuperação do paciente .
Métodos : Durante o período de setembro/2013 a abril/2015 153 pacientes adultos
foram submetidos a cirurgia cardíaca , nos quais foi planejada internação de 03 dias
de UTI e 02 dias de enfermaria ; as cirurgias realizadas foram : revascularização do
miocárdio – 71(46%) , troca valvar – 46(30%), re-op valvar – 20 (13%) , correção
de CIA – 16(10%) ; complicações intra-hospitalares : FA – 03 (2 %) , AVC - 01
(0,6%) , deiscência de esterno -01(0,6%) ; reinternação com reintervenção cirúrgica 01(0,6%) , reinternação por endocardite da prótese valvar – 01 (0,6%) ; complicações
após alta hospitalar – mediastinite – 01 (0,6%) , ICC -02(1,2%), infecção de perna – 03
(0,9%),
Resultados : 07 (4,5%) pacientes apresentaram complicações durante internação;
06 (3,9%) apresentaram complicações após alta hospitalar ; 03 (1,9%) faleceram
no período hospitalar . 13 ( 8,4%) pacientes apresentaram causas que impediram de
seguir internação planejada de 05 dias .
Conclusão : Cinco dias de pós-operatório em cirurgia cardíaca em adultos são
suficientes para 91,6% dos pacientes.
MÁXIMA,
41825
41866
A importância do diagnóstico e tratamento precoce da dissecção aguda da
aorta ascendente: relato de caso
PERICARDITE TUBERCULOSA COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA E
LABORATORIAL ATÍPICA
ILANNE SARAIVA DE ARÊA LEÃO COSTA, JOSE ITAMAR ABREU COSTA,
PATRÍCIA LORENNA DE ARÊA LEÃO COSTA e LUIS GUSTAVO DE MIRANDA
MARQUES
LIRIANY MARTINS PORTELA, PAULO MÁRCIO SOUSA NUNES, CARLOS
EDUARDO BATISTA DE LIMA E MAURICIO BATISTA PAES LANDIM
ITACOR- INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIACAO DO CORACAO, TERESINA,
PI, BRASIL.
INTRODUCAO: A AORTA E A PRINCIPAL ARTERIA DO ORGANISMO COMPOSTA POR TRES
CAMADAS: INTIMA (MAIS INTERNA), MEDIA E ADVENTICIA (MAIS EXTERNA). A DISSECCAO
DA AORTA PODE SER DIVIDIDA EM AGUDA (14 DIAS DE DURACAO) E CRONICA (MAIS DE
15 DIAS DE DURACAO) E CLASSIFICADA EM TIPO A (STANFORD) E TIPO I E II (DE BAKEY)
QUANDO ACOMETE AORTA ASCENDENTE E TIPO B (STANFORD) E TIPO III (DE BAKEY)
QUANDO ACOMETE AORTA DESCENDENTE. A DISSECCAO AORTICA AGUDA CONSISTE EM
LACERACAO NA PAREDE INTERNA DA AORTA ENQUANTO O REVESTIMENTO EXTERNO
PERMANECE INTACTO, OCORRENDO PASSAGEM DE SANGUE ATRAVES DA LACERACAO,
COM SEPARACAO DA CAMADA MEDIA QUE FAZ COM QUE O SANGUE CIRCULE ENTRE
AS CAMADAS DA PAREDE DA AORTA, FORCANDO-AS. A DISSECCAO DA AORTA E
UMA EMERGENCIA MEDICA E PODE LEVAR A MORTE RAPIDAMENTE MESMO COM
TRATAMENTO ADEQUADO. TEM GRANDE IMPORTANCIA CLINICA E DE ALTA MORTALIDADE
COM TAXA DE SOBREVIVENCIA REDUZIDA A CADA HORA APOS INICIO DOS SINTOMAS. A
SUSPEITA CLINICA ASSOCIADA AO EXAME FISICO DETALHADO E EXAMES DE IMAGEM DE
FACIL REALIZACAO SAO FUNDAMENTAIS NO DIAGNOSTICO PRECOCE E NO TRATAMENTO
CORRETO DESSA PATOLOGIA COM DIMINUICAO DE POSSIVEIS COMPLICACOES CASO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E CIRURGICO NAO SEJA INSTITUIDO. RELATO E
CASO: PACIENTE HIPERTENSO E EXTABAGISTA, ADMITIDO NO SETOR DE EMERGÊNCIA
COM DOR TORÁCICA DE FORTE INTENSIDADE LACINANTE COM IRRADIAÇÃO PARA
MANDÍBULA. BADICÁRDICO COM SUDORESE FRIA E DOR TORÁCICA INTENSA QUE
NÃO MELHORA COM MORFINA. REALIZADO ATENDIMENTO INICIAL COM SUSPEITA
INICIAL DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA ATÉ A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
DIVERGENTE ENTRE O MEMBROS SUPERIORES E ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORÁCICA
EVIDENCIANDO FLAPPING DE DISSECÇÃO AÓRTICA NO ARCO AÓRTICO. TOMOGRAFIA
REVELOU DISSECÇAO DE AORTA DESDE RAIZ AORTA PASSANDO PELO ARCO AÓRTICO
ATÉ ILÍACAS. FOI SUBMETIDO A CIRURGIA DE CORREÇÃO DA DISSECÇÃO COM TUBO
EM AORTA ASCENDENTE COM INÍCIO DA CIRURGIA APÓS 1HORA DE ADMISSÃO NO
HOSPITAL. PROCEDIMENTO CIRURGICO COM SUCESSO E PACIENTE RETORNOU PARA
SUAS ATIVIDADES LABORAIS.CONCLUSÃO: O DIAGNOSTICO RÁPIDO E TRATAMENTO
PRECOCE DA DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA SE FAZ IMPORTANTE TENDO EM VISTA AS
ALTAS TAXAS DE MORTALIDADE DESSA DOENÇA. CERCA DE 75% DOS INDIVIDUOS COM
DISSECCAO AORTICA AGUDA NAO TRATADOS ADEQUADAMENTE MORREM NAS DUAS
PRIMEIRAS SEMANAS ENQUANTO 60% DOS INDIVIDUOS TRATADOS SOBREVIVEM POR
5 ANOS E 40% SOBREVIVEM POR PELO MENOS 10 ANOS. TERAPIA MEDICAMENTOSA A
LONGO PRAZO VISA MANTER CONTROLE DA PRESSAO ARTERIAL NA PAREDE DA AORTA.
4
Hospital São Paulo , Teresina , PI, BRASIL - Clinica Endocárdio , Teresina , PI,
BRASIL.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Pericardite é uma manifestação rara da tuberculose, correspondendo
a 1-4% dos casos relatados. Em nosso meio, encontra-se como a principal causa de
pericardite com duração maior que 6 semanas. O ecocardiograma é o exame mais
presuntivo para diagnóstico de pericardite, porém a confirmação ocorre por achado
do M. tuberculosis através da cultura do líquido ou biopsia pericárdica. RELATO:
Paciente feminina, 34 anos, lavradora, procedente de Boqueirão do Piauí, iniciou
há 6 meses um quadro de dor precordial, com irradiação para dorso que piorava à
inspiração, associado dispneia, palpitações, febre diária e tosse. Ao exame físico,
apresentava bulhas hipofonéticas, taquicardia e diminuição de murmúrio vesicular
em base de hemitórax esquerdo. O eletrocardiograma demonstrou taquicardia
sinusal, baixa voltagem do QRS com amplitude irregular. Na radiografia de tórax,
observou-se área cardíaca aumentada e derrame pleural à esquerda. Ecocardiograma
transtorácico e tomografia de tórax demonstravam pericárdio espessado com derrame
pericárdico importante. Iniciado Ibuprofeno oral e realizada investigação de causas
infecciosas, auto-imunes, metabólicas e neoplásicas, com resultados negativos. A
pericardiocentese e a toracocentese diagnóstica foram inconclusivas e a cultura do
líquido pericárdico para tuberculose foi negativa. Realizou-se uma toracoscopia com
biopsia de pericárdio, que evidenciou derrame loculado com presença de granulações.
O laudo histopatológico sugeriu pericardite tuberculosa. DISCUSSÃO: Tuberculose
é uma doença prevalente em nosso meio, sendo responsável por 21,3% - 35,8%
dos casos de pericardite. A mortalidade da pericardite tuberculosa não tratada é de
aproximadamente 85%. A apresentação clínica da doença é variável, no entanto,
pela frequência da tuberculose em nosso meio, essa etiologia foi aventada como
principal hipótese. A análise do líquido pericárdico evidenciou dosagem de adenosina
deaminase normal e cultura para BAAR negativa, o que tornou o diagnóstico menos
provável. A biopsia pericárdica através de toracoscopia possibilitou a visualização
de granulomas caseosos, o que reforçou a etiologia tuberculosa, confirmada pela
histopatologia. CONCLUSÃO: Somente a alta suspeição clínica, reforçada pela
epidemiologia da doença em nosso meio, possibilitou chegar-se ao diagnóstico, diante
de exames laboratoriais iniciais negativos.
Resumos Temas Livres
41873
Fibrilação atrial persistente secundária à tireotoxicose em jovem com níveis
normais de anticorpos anti-receptores de TSH: apresentação incomum da
doença de Graves
EDUARDO SANTOS SILVEIRA JUNIOR, FRANKELINE GONÇALVES DE ARÊA
LEÃO, ALCINO PEREIRA DE SÁ FILHO E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
HOSPITAL GETÚLIO VARGAS, TERESINA, PI, BRASIL - UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL.
Introdução: Na tireotoxicose a ação direta dos hormônios tireoidianos sobre o
miocárdio, aumentam a sensibilidade da fibra cardíaca e o número de receptores betaadrenérgicos predispondo ao desenvolvimento de hipertensão arterial e de arritmias
cardíacas, incluindo taquicardia sinusal ou fibrilação atrial (FA). FA ocorre em cerca de
15% a 25% dos pacientes com hipertireoidismo, observando-se a reversão espontânea
ao ritmo sinusal em 60% destes, após ter sido atingido o estado eutireoideo em até 3
semanas. Descrição do caso: J.G.S., masculino, 42 anos, pardo, casado, eletricista,
natural e procedente de Campo Maior-PI, há 12 meses queixa-se de palpitação
de início súbito, em repouso, com piora aos esforços e associado à dispneia com
piora nos últimos dois meses. É etilista social e o pai hipertenso. Admitido em bom
estado geral, afebril, eupneico, PA=150x90mmHg, tireóide aumentada de volume,
de consistência fibroelástica, sem exoftalmia. Ausculta cardíaca com ritmo irregular,
taquicárdico (FC=110bpm), sem sopros. Ausculta pulmonar, abdome e extremidades
sem anormalidades. Apresenta hemograma, funções renal e hepática normais e função
tireoidiana alterada com TSH suprimido (0,001uUI/mL) e T4 livre (T4L) aumentado
(3,34 ng/dl). ECG evidenciou FA de elevada resposta ventricular e o ecocardiograma
dilatação leve do átrio esquerdo (33 cm3/m2), função biventricular preservada, sem
trombos. Foi medicado com metimazol 30mg/dia, enalapril 20 mg/dia e iniciado
anticoagulação com warfarina. As dosagens de anticorpos evidenciaram: TRAb
1,43UI/L (ref<1,75), Anti TPO >1.000UI/ml (ref até 32), anti-tireoglobulina 136,3 (ref até
4,2). A ultrassonografia da tireóide não evidenciou nódulos ou linfonodomegalias, com
volume 67,3 cm3. No 26º dia de tratamento, T4L ainda elevado (3,06ng/dl), associado
à persistência da FA. A cintilografia da tireóide evidenciou índice de captação de iodo
elevada (11,8%), confirmando o diagnóstico de doença de Graves, com indicação
de radioiodoterapia para controle da doença. Conclusão: Descrevemos um caso
de FA secundária à manifestação incomum da doença de Graves onde a dosagem
normal do TRAb e ausência de exoftalmia praticamente afastaria o diagnóstico, que
foi confirmado pela hipercaptação difusa na cintilografia. Período prolongado em
tireotoxicose acarreta alteração na microarquitetura atrial, provocando e perpetuando
a FA. Recomenda-se anticoagulação plena devido ao risco de tromboembolismo e
conduta expectante até o estado eutireoideo.
41878
Cirurgia cardíaca minimamente invasiva: estado da arte
JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO
NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL - Itacor, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A cirurgia cardiovascular está em franca expansão com técnicas cada
vez menos invasivas que incluem mini-incisões, cirurgias videoassistidas e cirurgias
por telemanipulação com o auxílio de robôs. Sempre com ênfase nos benefícios ao
paciente, estas técnicas já realizadas em grande número de pacientes nos principais
centros americanos e europeus têm resultados comparáveis à cirurgia convencional
com as vantagens de menor trauma cirúrgico, menos dor pós-operatória e menor
tempo de internação hospitalar, além do aspecto estético.
OBJETIVOS: Apresentar os resultados pós-operatórios da cirurgia cardíaca
minimamente invasiva.
MÉTODOS: Trinta e quatro pacientes foram operados consecutivamente por miniincisão (miniesternotomia ou minitoracotomia com vídeo) entre os anos de 2012 e
2015. Quinze foram submetidos à substituição de válvula aórtica (11 por insuficiência
e 4 por estenose), 11 foram operados por comunicação interatrial (CIA) e 8 por doença
da vávula mitral, sendo 1 combinada com plástica de tricúspide. A idade média foi de
32,8 anos sendo 20 pacientes do sexo feminino. A miniesternotomia foi em “J” superior
no 4° espaço intercostal direito para tratamento da válvula aórtica, em “L” invertido
inferior no 2° espaço intercostal direito para CIA e no 4° espaço intercostal direito para
tratar vávula mitral e/ou tricúspide.
RESULTADOS: O comprimento médio da incisão para miniesternotomia foi de 7cm
(centímetros) e 6 para minitoracotomia, menor que 1/3 do tamanho quando comparado
aos tradicionais 22 a 24cm da incisão convencional para estes pacientes. Em um caso
precisamos converter para esternotomia total por dificuldade de saída de circulação
extracorpórea. O tempo operatório passou a ser semelhante à cirurgia convencional a
partir do 4° caso operado. O tempo de CEC variou de 25 a 88 minutos (média de 46).
O tempo de UTI foi de 15 horas a 3 dias e internação hospitalar total de 3 a 7 dias. O
reduzido trauma cirúrgico proporcionou recuperação mais precoce. A evolução tardia
atualmente varia de 3 anos a 2 meses, estando todos os pacientes assintomáticos e
de volta às suas atividades.
CONCLUSÃO: Não houve complicação diretamente relacionada com o acesso,
demonstrando a segurança com a cirurgia cardíaca minimamente invasiva. O
resultado estético foi satisfatório em todos os casos.
41875
Rabdomioma cardíaco fetal: importância da ecocardiografia fetal do
diagnóstico dos tumores cardíacos fetais
RAYRA PUREZA TEIXEIRA BARBOSA, ANTONIO JOSÉ DE SOUSA HOLANDA
JÚNIOR E JAILSON COSTA LIMA
Uninovafapi, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Os tumores cardíacos constituem-se condição rara, com incidência
de 0,17 a 28/10.000. Recentemente, observou-se incremento no diagnóstico desses
tumores durante o período pré-natal, graças à contribuição da ecocardiografia fetal.
DESCRIÇÃO DO CASO: Gestante G1P0A0, encaminhada ao serviço de Medicina
Fetal, com 22 semanas de gestação, por achado de aumento da área cardíaca
fetal em ultrassonografia obstétrica de rotina. Na primeira avaliação em serviço
especializado foi identificado aumento de área cardíaca, além de uma massa única,
hiperecogênica, de textura homogênea e bordos regulares em topografia de septo
interventricular e miocárdio de ventrículo esquerdo e direito. Foi levantada a hipótese
diagnóstica de rabdomioma cardíaco fetal. Na 33ª semana de gestação observaramse achados adicionais: imagem hiperecogênica com aumento absoluto e relativo
das dimensões tumorais, porém com ducto venoso normal. A gestante continuou em
acompanhamento no serviço especializado, porém não houve alterações morfológicas
no coração do feto até o dia do parto, que ocorreu com 37 semanas. O recémnascido, atualmente com 15 dias, continua em acompanhamento pós-natal. Frente à
ausência de alterações clínicas, a conduta preconizada é expectante. CONCLUSÕES:
O rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal é a principal forma de detecção
dos tumores cardíacos, sendo estes facilmente detectados pela abordagem do plano
quatro câmaras. A avaliação cardíaca é fundamental para estabelecer o diagnóstico
morfológico do tipo de tumor e observar possíveis alterações funcionais, além excluir
condições que ameacem a vida. As técnicas de imagens não invasivas têm sido
utilizadas em substituição à angiografia para o diagnóstico de tumores cardíacos. O
seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose
tuberosa, doença genética autossômica recessiva. O correto diagnóstico dessa
patologia cardíaca e o preparo da equipe perinatal tornam-se essenciais para a
assistência médica adequada e o melhor aconselhamento genético do casal.
41879
Resultados pós-operatórios imediatos no tratamento endovascular em doenças
da aorta
JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO
NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O uso de stents autoexpansíveis para tratamento de doenças da aorta
tornou-se procedimento de escolha na maioria dos centros especializados devido à
baixa morbimortalidade quando comparado com a cirurgia tradicional.
OBJETIVO: Descrever os resultados pós-operatórios imediatos de diferentes
etiologias no tratamento endovascular em doença da aorta descendente proximal.
MÉTODO: No período de outubro de 2012 a janeiro de 2015, 4 pacientes foram
submetidos à correção de doenças da aorta torácica descendente com implante de
stent. Do total de 4 pacientes, 1 era portador de aneurisma fusiforme com diâmetro
máximo de 8cm, 1 tinha dissecção crônica do tipo B, sintomático, com diâmetro de
6,2cm, 1 teve ruptura espontânea de aneurisma, com 3 dias de evolução e o último
era portador de dissecção crônica, com 2 meses de evolução, após trauma torácico
fechado e fratura de costelas. Três eram do sexo masculino. A idade variou de 42 a 77
anos, com média de 62,25 anos.
RESULTADOS: O resultado angiográfico imediato demonstrou exclusão da lesão em
todos os casos. Não houve óbitos. Não houve conversão para cirurgia convencional.
Nenhum caso de paraplegia foi evidenciado. O tempo médio de internação em unidade
de terapia intensiva foi 18 horas.
CONCLUSÃO: O pós-operatório imediato do tratamento endovascular em diferentes
etiologias de doenças da aorta mostrou excelentes resultados, sem complicações,
demonstrando a baixa morbimortalidade do método.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
5
Resumos Temas Livres
41880
Endomiocardiofibrose assintomática: é possível?
Doenças cardiovasculares em soropositivos
CECY AUGUSTA RAMEIRO PIRES BRANDAO, GUILHERME MELLO NEIVA
NUNES, JÚLIO CÉSAR AYRES FERREIRA FILHO E LEONARDO CARIBE ROCHA
FILHO
FRANCISCO TALYSON MARQUES RODRIGUES, BRUNO DE ARAUJO BRITO,
ELVIS MARTINS CABRAL, BRUNO WILLIAM LOPES DE ALMEIDA, ARTUR
CLÍMACO DA SILVA FILHO, LUIS FELIPE VIEIRA SOARES BARRADAS E
LEONARDO HENRIQUE COSTA DINO
Uninovafapi , Teresina, PI, - Ufpi , Teresina , PI, .
Introdução: A endomiocardiofibrose é a principal causa de cardiomiopatia restritiva
em todo o mundo e sua etiologia ainda é desconhecida. O acometimento fibrótico
do endocárdio e miocárdio leva a uma disfunção principalmente diastólica, devido o
comprometimento da distensibilidade ventricular. A função sistólica está, em geral,
preservada. O quadro clínico é de insuficiência cardíaca clássica, mas outros sinais
podem ser identificados de acordo com a intensidade e localização da fibrose, bem
como um possível acometimento valvar. Descrição do caso: L.M.R., sexo masculino,
30 anos de idade, portador de Endomiocardiofibrose. Há dois anos, os sintomas de
dispnéia e fadiga iniciaram de forma gradual. Antes a grandes esforços(Classe NYHA
II), a falta de ar passou logo a apresentar-se a pequenos esforços( Classe NYHA III),
o que levou o paciente a procurar um hospital em Gilbués (PI). Exames laboratoriais
revelaram eosinofilia e o ecocardiograma evidenciou inicialmente comprometimento
difuso do miocárdio de grau importante, insuficiência mitral discreta, insuficiência
tricúspide discreta, disfunção diastólica do VE grau I. Feito novo ecocardiograma 1
ano e 5 meses depois, evidenciou-se cardiomiopatia dilatada com disfunção sistólica
moderada e disfunção diastólica grau I, valva mitral com regurgitação moderada
e valva tricúspide com regurgitação discreta. Após instituída a terapêutica com
Carvedilol (25mg de 12/12 horas), Furosemida (40mg), Espironolactona (25mg) e
Enalapril (5mg), o paciente apresentou melhora significativa e encontra-se atualmente
assintomático( Classe NYHA I). Em sua mais atual prescrição houve modificação da
terapêutica, em que foram retirados Furosemida e Espironolactona, permanecendo
apenas Carvedilol ( 25mg de 12/12 horas) e Enalapril (5mg). Além disso, faz prevenção
de verminoses oral a cada 6 meses. Conclusão: Neste caso apresentado chama a
atenção o pobre espectro da apresentação clínica, representada basicamente pela
dispnéia progressiva. Também salienta-se que, apesar do acometimento cardíaco e
do prognóstico da doença geralmente desfavorável, o paciente sob tratamento clínico
apresenta-se assintomático. Ressalta-se ainda que devido ao contexto epidemiológico
do paciente, a prevenção de verminoses faz parte do tratamento e ajuda na
manutenção da estabilidade do quadro atual do paciente.
41882
Parada Cardíaca em assistolia durante teste ergométrico em paciente jovem:
relato de caso
RAYRA G RIBEIRO, OSEAS R MAGALHÃES, ANTENOR L F PORTELA E CARLOS
E B LIMA
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: o teste ergométrico (TE) é utilizado na estratificação de risco
cardiovascular (CV) e eventos arrítmicos graves são raros com ocorrência predominante
em indivíduos com doença cardíaca estabelecida. DESCRIÇÃO DO CASO: P.N.P, 36
anos, sexo masculino, natural e procedente de Teresina-PI, com queixa de tontura
ocasional, realizou TE para avaliação CV apresentando parada cardíaca (PC) durante
o exame. Não tinha antecedentes patológicos e o exame clínico e laboratorial atual era
normal. O eletrocardiograma (ECG) de repouso antes do TE e no pico do exercício
foram normais. No segundo minuto da recuperação referiu mal estar com evidência de
bradicardia sinusal seguida por parada cardíaca (PC) em assistolia sendo prontamente
iniciado manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Foi administrado 1mg de
adrenalina venosa com desenvolvimento de taquicardia ventricular (TV) sem pulso
por curto período, havendo recuperação hemodinâmica espontânea com ritmo
sinusal e evidência de supradesnível do segmento ST ao ECG. Diante das alterações
apresentadas, foi submetido ao cateterismo cardíaco que demonstrou coronárias
normais e grave disfunção ventricular. Foi realizada investigação de miocardite com
marcadores inflamatórios, os quais foram normais. Apresentou discreta alteração
de CKMB e troponina. Apresentou boa evolução em uso de metoprolol, sem novos
eventos arrítmicos e o ecocardiograma, realizado 48 horas após a admissão, foi
normal. Realizou ressonância nuclear cardíaca que evidenciou discreta área de fibrose
no segmento apical com cavidades cardíacas e função ventricular normais. Durante
acompanhamento ambulatorial realizou sorologia de Chagas que foi normal e Holter
que não evidenciou arritmia ventricular com episódios de bloqueio atrioventricular do
segundo grau Mobitz tipo I durante o sono motivando a suspensão do metoprolol.
Paciente atualmente assintomático, sem uso de medicamentos. CONCLUSÕES: o
mecanismo de PC no TE mais frequente é a TV polimórfica sem pulso ou fibrilação
ventricular durante ou após o exercício. Eventos de assistolia durante a fase de
recuperação no TE são frequentemente de origem neuromediada, de caráter benigno
e transitório. Devemos considerar que houve mudança do ritmo cardíaco com
desenvolvimento de TV após as manobras de RCP iniciais com uso de adrenalina
venosa, não permitindo afastar a possibilidade de efeitos deletérios da mesma, como
espasmo coronariano e atordoamento miocárdico subsequente.
6
41881
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
uninovafapi, teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO:
A AIDS foi descoberta no início de 80. Associavam-na a homossexuais e prostitutas.
Era tida como uma doença fatal até o fim daquela década. Mas, o desenvolvimento
da farmacologia trouxe uma nova alternativa de tratamento com terapia antirretroviral.
Assim, melhorou a terapia e a doença não foi mais considerada fatal, e passou a ser
enfrentada como crônica. Em 95 começaram a ser usados inibidores de protease (IP).
Melhoraram o tratamento. Porém, com o seu uso, pesquisas apontaram indícios de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV).
METODOLOGIA:
Este trabalho é uma revisão sistemática de literatura que teve como base artigos e
estudos de caso controle publicados em revistas científicas em língua portuguesa
e inglesa. As pesquisas relacionaram DCV em pacientes soropositivos usuários de
terapia antirretroviral.
A pesquisa foi feita no banco de dados PUBMED. Os descritores foram: DCV em
soropositivos, consequências cardíacas de terapia antirretrovirais. Selecionamos
6 trabalhos publicados de 2009 a 2014. Destes, extraímos conceitos e resultados
basearam os argumentos e esboço do estudo sobre DCV em soropositivos.
RESULTADOS:
Os estudos analisados mostram uma associação entre o uso de IP, e o aumento de
risco de DCV. Como hipertensão e lesões em artérias como coronária e a. abdominal.
E como na maioria das DCV assintomáticas. E por isso não são diagnosticadas a
tempo e, assim, não sendo possível fazer uma associação entre o uso de IP a longo
prazo e o desenvolvimento da DCV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Logo, de acordo com o material analisado os autores chegaram a conclusão que de
fato a ação de IP têm papel ativo no desenvolvimento de DCV.
41884
Monitoramento de eventos adversos em portadores de dispositivos cardíacos
eletrônicos implantáveis: resultados preliminares da Universidade Federal do
Piauí em estudo multicêntrico nacional
ADRIEL REGO BARBOSA, OSANAN AMORIM LEITE FILHO, RAYRA GOMES
RIBEIRO, LUCAS GARIBALD DE DEUS SOUSA, KÁTIA REGINA DA SILVA,
TATIANA SATIE KAWAUCHI, LUCAS BASSOLLI DE OLIVEIRA ALVES, ROBERTO
COSTA E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
Hospital Universitário/Universidade Federal do PiauÍ, Teresina, PI, BRASIL - Instituto
do Coração - Hospital das Clínicas - FMUSP , São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: a ocorrência de eventos adversos (EA) relacionada a implantes de dispositivos
cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) é considerado um problema de relevância
internacional que pode implicar em aumento da morbi-mortalidade e dos custos de saúde.
A despeito da importância do seu monitoramento, ainda não existe, em nosso meio,
sistemas que permitam a detecção e acompanhamento de EA por meios eletrônicos.
Objetivos: desenvolver um sistema eletrônico, baseado em tecnologia web, para monitorar
ativamente os EA em portadores de DCEI. Métodos: trata-se de um registro prospectivo
multicêntrico de todos os procedimentos realizados em portadores de DCEI. O sistema
de monitoramento de eventos adversos está sendo implementado em 12 centros de
pesquisa de diferentes estados do Brasil, sendo a Universidade Federal do Piauí um dos
centros participantes. Foi desenvolvido no período de Jan-Jun/14 e projetado de acordo
com as exigências de órgãos regulatórios internacionais e está integrado ao REDCap
(Research Electronic Data Capture) que é o sistema mais utilizado no mundo para coleta
e gerenciamento de dados em pesquisa. Os desfechos do estudo são: complicações pósoperatórias, mortalidade, reinternações, custos e qualidade de vida ao longo de 12 meses
de seguimento. Resultados: até o presente momento foram incluídos 32 pacientes pelo
nosso centro, sendo 59.4% do sexo femininno, com idade média de 70,3±14,2 anos de
idade. Destes, 89,9% foram submetidos a implante de marca-passo atrioventricular. Não
houve nenhuma complicação grave no período intraoperatório ou pós-operatório precoce.
No seguimento atual não houve óbitos e houve necessidade de reintervenção cirúrgica em
dois casos sendo um por falha na conexão gerador e cabo-eletrodo atrial resolvido com a
reconexão e em outro com necessidade de substituição do marca-passo por disfunção com
falha na telemetria. Conclusão: na análise preliminar dessa população de portadores de
DCEI, com predomínio de pacientes idosos e do sexo feminino, a utilização desse sistema
informatizado foi útil no acompanhamento identificando baixa taxa de complicações e de
reinternações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos. A base de dados derivada do
sistema com todos os centros participantes propiciará o melhor entendimento dos EA em
nosso meio, assim como, a definição de estratégias para a sua redução.
Resumos Temas Livres
41885
Análise demonstrativa dos transplantes cardíacos realizados no último
quinquênio
KARLA JESSICA ARAUJO FORTES, MARIANA SOARES RIBEIRO GONCALVES,
KASSIO ROBERTO DE BARROS ALVES E TAYS BRUNA LEAL CUNHA
Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco é considerado a primeira opção de tratamento
na falência cardíaca, representando um aumento de sobrevida e qualidade de
vida dos transplantados. O aumento da sobrevida se deveu em grande parte aos
benefícios fornecidos pela terapêutica imunossupressora, com antiproliferativos,
inibidores de calcineurina e corticosteroides. OBJETIVO: Avaliar os transplantes
cardíacos realizados no último quinquênio em números absolutos. MÉTODOS: Tratase de um estudo descritivo e quantitativo, realizado a partir de levantamento de dados
disponibilizados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos em sua página
virtual. Utilizou-se o recorte temporal de 2010-2014 e foram analisados os números
relativos aos transplantes cardíacos, observando a distribuição anual. RESULTADOS:
Os transplantes cardíacos são realizados em 31 centros atuantes localizados em 11
estados. Dentro do período selecionado, foram realizados 2240 transplantes, sendo
14,6% dos procedimentos realizados na região Norte e Nordeste do Brasil. O ano de
2014 somou o maior número absoluto com 311 transplantes, na qual a região Sudeste
sobressaiu-se com 192 casos e a região Nordeste com 49 casos, com destaque para
Pernambuco que realizou 2,8 transplantes por milhão de população. Em contrapartida,
a região Norte não apresentou casos de transplantes cardíacos. No Piauí, apenas
no ano de 2007 foi apresentado 1 caso de transplante cardíaco. CONCLUSÃO: Os
transplantes cardíacos vêm crescendo, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos
300 transplantes. No entanto, encontra-se distante da necessidade estimada, posto
que, alguns estados ainda não contam com o programa de transplantes.
41889
ACIDENTES NOTIFICADOS POR ESCORPIONISMO NO ESTADO DO PARÁ:
PRIMEIRO SEMESTRE DE 2014.
ADRIANA TEIXEIRA GOMES DIOGO, CAMILO SAMPAIO DO NASCIMETO, ELKE
MARIA NOGUEIRA DE ABREU E TANIA DE FATIMA D ALMEIDA COSTA
41887
Características eletrocardiográficas em pacientes com Esclerose Sistêmica
RAYRA G RIBEIRO, LUCAS G D SOUSA, IZABELA R A CARDOSO, MARIA C L
ALMEIDA, LIRIANY M PORTELA, JOAO V M FALCAO, JOSE S BUDARUICHE,
PAULO M S NUNES, MAURICIO B P LANDIM E CARLOS E B LIMA
Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL Hospital Getúlio Vargas, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: esclerose sistêmica (ES) é doença do tecido conjuntivo caracterizada
pelo acúmulo de colágeno na pele, subcutâneo, músculos, artérias e órgãos internos,
causando alterações vasculares (microangiopatia), degenerativas e fibróticas.
Acometimento cardíaco ocorre mais na forma difusa e os pacientes, em geral,
são assintomáticos. No entanto, são escassas as informações sobre presença de
alterações eletrocardiográficas (ECG) basais nessa população. MÉTODO: estudo
observacional transversal com inclusão de pacientes com diagnóstico de ES atendidos
consecutivamente no período de janeiro de 2008 a abril de 2015. Protocolo aprovado
pelo comitê de ética (23111.014057/2013-67). Os padrões ECG foram caracterizados
por critérios da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS: Foram avaliados
67 pacientes com ES com ECG disponível para análise em 41 prontuários. Houve
predomínio do sexo feminino (95%) e 66,66% dos pacientes eram da faixa etária
entre 30 e 50 anos. O ECG foi anormal em 29 pacientes determinando prevalência
de alterações eletrocardiográficas de 70,8%. Foi observado a presença de arritmias
cardíacas em 12 pacientes (29,2%), sendo taquicardia sinusal em 8, bradicardia
sinusal em 2 e extrassístoles ventriculares isoladas em 2 pacientes. Três pacientes
(7,3%) apresentaram alterações inespecíficas da repolarização ventricular e distúrbio
da condução (DC) intraventricular foi observado em 13 pacientes (31,7%, sendo
6 com DC pelo ramo direito e 7 com DC pelo ramo esquerdo). Presença de área
eletricamente inativa (AEI) foi observada em 7 casos (17,1%) sendo AEI anterosseptal
em 5 e inferior em 2 pacientes. CONCLUSÃO: nessa população de pacientes com
ES e predomínio de adultos jovens, a prevalência de alterações eletrocardiográficas
foi elevada. Os distúrbios da condução intraventricular foram os mais prevalentes
seguidos por presença de arritmias cardíacas. Zonas eletrocardiográficas inativas
indicam possível infarto do miocárdio prévio e foram observadas em aproximadamente
1/5 da população estudada. Esses achados sugerem a importância da avaliação
cardiológica no seguimento e tratamento mais adequado destes pacientes.
41890
Miocardiopatia não compactada: um relato de caso
KAROLINE RESENDE CARVALHO, YANNA N C M CARVALHO, ALCINO PEREIRA
DE SÁ FILHO E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
Universidade Federal do Pará, belém, PA, BRASIL.
Universidade Estadual do Piauí, Tereina, PI, BRASIL - Hospital Getúlio Vargas,
Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: O envenenamento por escorpião é um problema de saúde pública.Na
Amazônia, o Tityus silvestres, o Tityus metuendus e Tityus obscurus são responsáveis
por acidentes graves.O envenenamento ocorre pela inoculação de peçonha pelo
ferrão, localizado na cauda dos escorpiões.O quadro local é imediato: dor intensa,
edema, eritema discreto, sudorese em torno do ponto de picada e piloereção.O veneno
bruto ou frações purificadas têm efeitos complexos nos canais de sódio,despolarizando
terminações nervosas pós-ganglionares e liberando catecolaminas e acetilcolina.
Arritmias,hiper ou hipotensão arterial,insuficiência cardíaca congestiva e choque são
manifestações cardiovasculares do escorpionismo.O tratamento baseia-se na clínica
da vítima, classificando a gravidade do acidente em leve,moderado ou grave.O estudo
objetivou identificar a notificação de escorpionismo no Pará no 1° semestre de 2014.
Metodologia:Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo,baseado nos dados obtidos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINAN) e Secretaria Executiva
Estadual de Saúde do Pará(SESPA).Para a análise estatística se utilizou o Microsoft
Office Excel®2010 Starters. Resultados: No período da pesquisa foram notificados
1015 casos de escorpionismo no Pará, com maior registro em março(207/1015).A
maior incidência foi no gênero masculino(63,1%),na idade entre 20-34 anos(29%).O
local da lesão mais citado foi o membro superior(54,8%), se destacando os dedos das
mãos com 27%,e nos pés(19%).Evoluíram à cura 88,8%,com 02 óbitos referentes ao
agravamento do caso.51,7% dos acidentes evoluíram sem a utilização de soroterapia
antiescorpiônica empregando apenas o tratamento sintomático(acidentes leves) e
46,3% dos acidentes foram registrados como moderados ou graves,necessitando de
suporte soroterápico.A ficha de notificação não apresentava áreas de preenchimento
específico para alterações cardiovasculares,o que dificultou a análise das
manifestações clínicas e da evolução dos acidentes.Em 20 casos houve omissão da
notificação da classificação do acidente. Conclusão: O escorpionismo está em 2° lugar
entre os acidentes por animais peçonhentos,no Estado do Pará. A maior incidência em
homens entre 20 e 49 anos,pode estar relacionada à frequência dessa mão de obra
ativa no mercado de trabalho. Vale destacar a relevância do preenchimento correto da
ficha de notificação, pois, essas informações são essenciais, para o conhecimento,
prevenção e manejo correto dos acidentes.
INTRODUÇÃO: A Miocardiopatia Não Compactada (MNC) é uma doença rara, de
etiologia congênita, a progressão da compactação do miocárdio é interrompida entre
a 5ª e 8ª semana de vida intrauterina, provocando resultando em trabeculações
persistentes com recessos intertrabeculares profundos, localizados preferencialmente
em Ápice. É uma doença que também pode acontecer de forma isolada que é
classificada como Cardiomiopatia Primária Genticamente Determinada. A prevalência
da MNC não está bem definida, mas tem incidência variando de 0,014 a 1,3% na
população geral. As manifestações clínicas são heterogêneas e vão de casos
assintomáticos de disfunção de ventrículo esquerdo (VE) a morte súbita, tendo
como tríade clássica de complicações: insuficiência cardíaca congestiva (ICC),
arritmias e eventos embólicos sistêmicos. O Ecodopplercardiograma Bidimensional
(EDB) é o padrão-ouro no diagnóstico, mas a Ressonância nuclear magnética é
importante em casos em que o ápice não é adequadamente visto. Não existe terapia
específica para esta entidade e o manejo deve focar nas manifestações clínicas,
prevenindo as complicações. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo masculino,
49 anos, hipertenso, com ICC diagnosticada há 10 anos, devido quadro de dispnéia
progressiva e EDB evidenciando Fração de ejeção (FE) de 33,58% e Miocardiopatia
dilatada com disfunção sistólica global do VE importante, com sorologia negativa
para Doença de Chagas. No curso do tratamento adequado da ICC, evoluiu com
Acidente vascular encefálico isquêmico em região parietooccipital a direita visto em
Tomografia computadorizada e posteriormente, com fibrilação atrial confirmada em
Eletrocardiograma. Não obstante, permaneceu desde o diagnóstico da ICC com
episódios de dispnéia e dor precordial e em nova piora clínica, o EDB revelou FE de
28%, disfunção sistólica global importante prejudicada pela presença de arritmia e
presença de Hipertrabeculação na região apical do VE, sugerindo miocárdio MNC.
Angiografia evidenciou processo ateromatoso difuso e discreto em artérias coronária
direita, circunflexa e descendente anterior. CONCLUSÕES: Deve-se considerar
o diagnóstico de MNC em pacientes com arritmia ventricular, eventos embólicos
sistêmicos e falência ventricular, por estas serem possíveis complicações de doença
avançada. O diagnóstico precoce é importante pois, apesar de ser uma afecção rara,
é complicada por sua considerável morbidade, alta mortalidade.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
7
Resumos Temas Livres
41892
Perfil epidemiológico dos casos de hipertensão arterial sistêmica registrados
no HIPERDIA em capitais da região Nordeste do Brasil entre 2009 e 2013
Estratificação do risco cardiovascular e principais complicações ocorridas em
hipertensos do Piauí em um período de três anos.
MARLON MARCELO MACIEL SOUSA, DAVID WESLEY RIBEIRO MUNIZ, JOSE
CAMPELO DE SOUSA NETO E JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS
FREITAS
DAVID WESLEY RIBEIRO MUNIZ, MARLON MARCELO MACIEL SOUSA, JOSE
CAMPELO DE SOUSA NETO E JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS
FREITAS
FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL - FACID, TERESINA, PI, BRASIL.
Faculdade Integral Diferencial- FACID, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica crônica,
caracterizada por aumento sustentado dos níveis pressóricos, associado a alterações
metabólicas e morfofuncionais de órgãos alvo, como coração, rins e encéfalo; é
considerada um fator de risco modificável e um importante problema de saúde pública.
Em 2013, a população brasileira, maior que 18 anos, que referiu diagnóstico médico
de HAS foi 21,4%, sendo na região Nordeste, esse número correspondeu a 19,4%
da população com a mesma faixa etária. Este trabalho, objetiva apresentar o perfil
epidemiológico dos casos de hipertensão arterial sistêmica registrados no HIPERDIA
em capitais da região Nordeste do Brasil entre 2009 e 2013. Metódos: Estudo
descritivo, com abordagem retrospectiva, realizada no Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (DATASUS/HIPERDIA), por meio da
coleta de informações referente ao período de janeiro de 2009 a abril de 2013, cuja
população é formada por todos os casos registrados no referido sistema, considerando
as variáveis: sexo, idade e principais fatores de risco para HAS. Os dados obtidos
foram tabulados e organizados em planilhas utilizando o software Microsoft Excel.
Resultados: Foram registrados 70386 casos de HAS em capitais da região Nordeste
no período em estudo, destes 48067 (68,3%) representavam as mulheres e 22319
(31,7%) os homens. Quanto a faixa etária, os menores que 15 anos, 185 (0,3%) casos;
entre 15 e 29 anos, 1958 (2,8%); a faixa dos 30 aos 49 anos, 20954 (29,8%); entre
50 e 69 anos, com 33705 (47,9%) casos e ocorreram 13583 (19,3%) registros em
pessoas maiores ou iguais a 70 anos. Em relação aos principais fatores de risco da
população para a HAS, notou-se que em 38923 (55,3%) casos eram sedentários, já o
sobrepeso apareceu em 33434 (47,5%) dos registros e o tabagismo em apenas 11028
(15,7%). Em termos absolutos, a capital com maior número de casos registrados foi
João Pessoa, com 20007; seguida por Aracaju, com 16873. Conclusão: A população
dos hipertensos de capitais do Nordeste corresponde, em maior parte, ao gênero
feminino e com idade entre 50 e 69 anos; a maioria é sedentária, o sobrepeso é
próximo à metade dos casos e o tabagismo é o fator de risco com menor prevalência.
Conhecer o perfil da HAS permite desenvolver ações de promoção e proteção da
saúde, prevenindo complicações e maior controle da doença, trazendo qualidade de
vida à população hipertensa.
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica ligada a
diversas complicações metabólicas e morfofuncionais de órgãos-alvo, como coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos, podendo levar ao Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e problemas renais. A avaliação clínica é
fundamental para a estratificação do risco, levando-se em conta valores da pressão
arterial (PA), lesões em órgãos-alvo, doenças cardiovasculares já instaladas e fatores
como idade, tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus e história familiar. Uma vez
realizada, a estratificação de risco permite traçar metas para controle da PA, visando
diminuir a incidência de complicações. O presente trabalho, objetiva apresentar a
estratificação do risco cardiovascular global e as principais complicações ocorridas em
hipertensos do Piauí em um período de três anos. Métodos: Estudo descritivo, com
abordagem retrospectiva, realizada no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento
de Hipertensos e Diabéticos (DATASUS/HIPERDIA), referente ao período de abril
de 2011 a abril de 2013, cuja população é formada por todos os casos registrados
no referido sistema, analisando-se o risco cardiovascular traçado por paciente, e as
principais complicações decorrentes da HAS ocorridas, a citar: IAM, outras doenças
coronarianas, AVC e doença renal. Os dados obtidos foram tabulados e organizados
em planilhas utilizando o software Microsoft Excel. Resultados: No período em estudo,
foram registrados 16161 casos de HAS no estado do Piauí, sendo que 1908 (11,8%)
casos estavam entre os de baixo risco para eventos cardiovasculares; 5449 (33,7%),
entre os de moderado risco; 1309 (8,1%) com risco alto e 1239 (7,7%) com risco muito
alto; além destes, 6256 (38,7%) casos não foram classificados. Dentre as principais
complicações, notou-se 322 (2%) casos que evoluíram com IAM e 400 (2,5%) com
outras doenças coronarianas, ocorreram 722 casos (4,5%) de AVC e 367 (2,3%)
de doença renal. Conclusão: Dentre os casos de hipertensos do Piauí registrados,
a maioria não foi estratificado o risco cardiovascular, e dentre os classificados,
prevaleceu os de moderado risco. Nesse período, ocorreram complicações típicas da
HAS, os casos de AVC estiveram à frente, seguidos por outras doenças coronarianas,
doença renal e IAM. Assim, torna-se necessário incrementar a estratificação do risco
cardiovascular a fim de diminuir as complicações e proporcionar melhoria da qualidade
de vida da população.
41895
41898
Perfil epidemiológico dos registros no HIPERDIA de casos de hipertensão
arterial sistêmica, entre 2009 e 2013, em capitais da região Norte do Brasil
Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica no estado do Piauí: descrição
de três anos
JOSE CAMPELO DE SOUSA NETO, DAVID WESLEY RIBEIRO MUNIZ, MARLON
MARCELO MACIEL SOUSA E JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS FREITAS
MARLON MARCELO MACIEL SOUSA, DAVID WESLEY RIBEIRO MUNIZ, JOSE
CAMPELO DE SOUSA NETO E JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS
FREITAS
Faculdade Integral Diferencial, Teresina , PI, BRASIL.
Introdução: Conceitua-se Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) como uma condição
clínica, caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA),
geralmente considera-se hipertensos indivíduos com PA superior a 140x90 mmHg,
estes possuem risco aumentado em desenvolver danos cardiovasculares fatais
e não fatais. No ano de 2013, 21,4% da população brasileira maior que 18 anos
referiu diagnóstico médico de HAS, na região Norte, esse número foi menor, 14,5%
da população na mesma faixa etária. Este trabalho, objetiva apresentar o perfil
epidemiológico dos casos de HAS registrados no HIPERDIA nas sete capitais da
região Norte do Brasil entre 2009 e 2013. Metódos: Estudo descritivo, com abordagem
retrospectiva, realizada no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de
Hipertensos e Diabéticos (DATASUS/HIPERDIA), por meio da coleta de informações
referentes ao período entre janeiro de 2009 e abril de 2013, cuja população é formada
por todos os casos registrados no referido sistema, considerando as variáveis: sexo,
idade e principais fatores de risco para HAS. Os dados obtidos foram tabulados e
organizados em planilhas utilizando o software Microsoft Excel. Resultados: No
período considerado, registrou-se no HIPERDIA 105466 casos de HAS nas sete
capitais do Norte do Brasil. Em relação ao gênero, a população masculina foi de 39208
(37,2%) casos e a feminina, 66258 (62,8%). Os casos, por faixa etária distribuíram-se
da seguinte forma: até 14 anos, 893 (0,8%); entre 15 e 29 anos, 3532 (3,3%); entre 30
a 49 anos, com 27423 (26%), entre os 50 e 69 com 52308 (49,6%) representantes e
21310 (20,2%) acima dos 70 anos. Na investigação dos principais fatores de risco para
a HAS, notou-se 27317 (25,9%) casos de sedentários, 20273 (19,2%) de sobrepesos e
apenas 3670 (3,5%) de tabagistas. Conclusão: Nas capitais da região Norte do Brasil,
entre os hipertensos, prevaleceu os casos de mulheres; a faixa etária predominante foi
a compreendida entre 50 e 69; não houve um fator de risco para HAS que prevalecesse
em mais da metade da população estudada, porém das variáveis pesquisadas, houve
maior incidência de sedentários, seguidos por indivíduos sobrepesos e poucos casos
de tabagistas. O retrato epidemiológico da HAS permite conhecer os fatores protetores
e de risco dos sujeitos acometidos, com isso, pode-se traçar estratégias que previnam
complicações e favoreçam a saúde e qualidade de vida da população assistida.
8
41893
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL - FACID, TERESINA, PI, BRASIL.
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial,
caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial, frequentemente
associada a alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo e às alterações
metabólicas, relacionando-se, portanto, a riscos de eventos cardiovasculares fatais
e não fatais. A HAS é considerada um grave problema de saúde pública em todo o
mundo, com alta prevalência e baixas taxas de controle. Este estudo, busca descrever
o perfil epidemiológico da HAS em três anos, no estado do Piauí. Metódos: Estudo
descritivo, com abordagem retrospectiva, realizada no Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (DATASUS/HIPERDIA), referente
ao período de abril de 2011 a abril de 2013, cuja população é formada por todos os
casos registrados no referido sistema, analisando as variáveis: sexo, idade e principais
fatores de risco para HAS. Os dados obtidos foram tabulados e organizados em
planilhas utilizando o software Microsoft Excel. Resultados: No período estudado,
foram registrados 16161 casos de HAS no estado do Piauí, destes, 3997 (24,7%)
além de hipertensos, eram diabéticos. Quanto a distribuição por sexo, registrou-se
10133 (62,7%) casos em mulheres e 6028 (37,3%) em homens. Em relação a idade,
ocorreram 20 (0,1%) registros de indivíduos com até 14 anos; entre os 15 e 29,
373 (2,3%) casos; entre os 30 a 49, 3843 (23,8%) casos; entre 50 a 69 anos, 8014
(49,6%) e acima dos 70 anos, 3911 (24,2%) registros. Ao analisar os fatores de risco
da população, constatou-se que de todos os casos, 6937 (42,9%) eram sedentários;
4593 (28,4%) eram sobrepesos e 2651 (16,4%) tabagistas. O município com maior
número de casos registrados foi Teresina, com 2474 casos, seguido por Avelino
Lopes, com 616; Picos, 548 e Piripiri, com 492 registros. Conclusão: Os registros
de hipertensos do Piauí entre os anos de 2011 a 2013 foi prevalente em mulheres e
na população compreendida entre os 50 aos 69 anos, sendo que os principais fatores
de risco associados à HAS - sedentarismo, sobrepeso e tabagismo - não foram tão
prevalentes nesta população. O perfil epidemiológico retrata os fatores protetores e de
risco da população assistida, conhecê-los, favorece o desenvolvimento das ações de
promoção e proteção da saúde, prevenindo complicações cardiovasculares e assim,
maior controle da doença.
Resumos Temas Livres
41899
Disfunção do nódulo sinusal secundária ao uso de risperidona em paciente
adulto jovem, com transtorno bipolar do humor e síncope: relato de caso
ADRIEL REGO BARBOSA, RAYRA GOMES RIBEIRO, LUCAS GARIBALD DE DEUS
SOUSA E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: o uso de medicações psiquiátricas pode ocasionar alterações nas
propriedades elétricas das células do sistema de condução cardíaco e prolongamento
do intervalo QT com indução de bradicardias ou taquiarritmias. Os antipsicóticos
atípicos ou de segunda geração como a risperidona são considerados de maior
segurança cardiovascular sendo raro a associação com alterações no intervalo QT ou
com a indução de bradiarritmias. A disfunção sinusal é mais comumente descrita com
o uso do lítio e da carbamazepina principalmente em casos de idosos, hipocalemia ou
superdosagem. Descrição do caso: paciente de 19 anos, masculino, sem histórico
de doenças cardiovasculares de base, porém portador de transtornos psicóticos,
com histórico de ansiedade e agressividade. Apresentou episódio de síncope, após
punção venosa para coleta sanguínea, motivando o atendimento médico. Fazia uso
de cloxazolam 2 mg/dia, risperidona 2mg/dia e escitalopram 10 mg/dia. Ao exame
clínico, apresentava-se em bom estado geral, consciente, orientado, afebril, eupneico,
normotenso, com bradicardia em torno de 48 bpm, com auscultas cardíaca e pulmonar
normais sem outras anormalidades. O ecocardiograma e os exames laboratoriais,
incluindo dosagem de eletrólitos, foram normais. O eletrocardiograma evidenciou
bradicardia sinusal, em torno de 40 bpm sendo solicitado Holter de 24 horas para
melhor elucidação do caso. Ao Holter foi evidenciado ritmo fundamental sinusal com
raras extrassístoles ventriculares isoladas. Apresentou três pausas sinusais, sendo
duas superiores a 3 segundos. Foi considerado o diagnóstico de doença do nó sinusal e
encaminhado para implante de marca-passo definitivo. Em avaliação por arritmologista
foi considerado a possibilidade de bradicardia extrínseca e apesar de não ser habitual
o achado de bradicardia com o uso da risperidona foi optado pela substituição
por antipsicótico de outra classe. Houve melhora significativa dos sintomas, sem
recorrência de síncope. Foi realizado exame de Holter para controle observando-se
normalização das alterações eletrocardiográficas. Conclusões: a normalização das
alterações eletrocardiográficas com melhora da sintomatologia após a substituição da
risperidona sugerem o diagnóstico de bradicardia medicamentosa, evitando o implante
indevido de marca-passo definitivo. Esse caso sugere a importância da monitorização
cardiovascular nos pacientes psiquiátricos em uso de risperidona.
41905
MIOCARDIOPATIA PERIPARTO RECIDIVA COM COMPLICAÇÕES
TROMBÓTICAS: UM RELATO DE CASO
LAÍSA ALLEN GOMES DE SOUSA, RENATA SANTOS MARTINS, RAFAELA
SANTOS MARTINS e ANTONIO RIBEIRO BARRADAS JUNIOR
Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: A miocardiopatia periparto (MPP) é uma causa rara de insuficiência
cardíaca que ocorre no final da gestação ou no puerpério, de etiologia desconhecida
com consequências devastadoras. O diagnóstico é muitas vezes tardio pela confusão
com sintomas semelhantes aos de gestantes e puérperas saudáveis, tendo como
consequência o atraso no início do tratamento e uma alta taxa de mortalidade.
Descrição do caso: C S, 31 anos, feminina, afrodescendente, casada, do lar. No
segundo mês de puerpério da 1ª gestação, a paciente iniciou um quadro de edema
em membros inferiores e dispneia progressiva aos mínimos esforços com resolução
após intervenção. Recebeu alta em uso de medicações as quais não sabe informar
e recomendação de anticoncepcionais. Fazia uso irregular das medicações, com
interrupção do tratamento por conta própria. Após 5 anos, na segunda gestação, no
28º dia de puerpério, a paciente apresentou edema de membros inferiores e dispneia
progressiva aos mínimos esforços. No exame físico, a paciente encontrava-se
dispneica, com expansibilidade torácica reduzida, ausculta cardíaca em ritmo de galope
e edema de membros inferiores 2+/4+. Foram realizados exames complementares
como ECG que demostrou alterações inespecíficas de repolarização ventricular; Raio
X de tórax, com aumento do índice cardiotorácico (ICT), e Ecocardiograma que sugeriu
um comprometimento difuso do ventrículo esquerdo de grau moderado e importante,
um aumento moderado do ventrículo esquerdo, um trombo intracavitária na ponta
do ventrículo esquerdo com alto potencial emboligênico, insuficiência tricúspide de
grau moderado, insuficiência mitral de grau discreto e hipertensão pulmonar. Foi
iniciado tratamento com Ceftriaxona 2g/ dia; Carvedilol 24mg/dia; Captopril, 48mg/dia;
Espironolactona 25mg/dia; Furosemida 40 mg/dia; Enoxparina 80mg/dia ; Varfarina
5mg/dia. Paciente evoluiu de forma estável, sem queixas, eupneica, sem edema de
membros inferiores e ausculta cardíaca em ritmo de galope. Conclusões: A MPP é
uma doença rara, embora, quando ocorra, leve a consequências graves, tanto para
a mãe como para o concepto. Uma nova gestação tem sido desaconselhada nas
pacientes com MCPP pelo risco de recorrência de até 30% ou progressão da disfunção
ventricular. Deve-se ressaltar que o diagnóstico precoce e o manejo adequado são
crucias para o benefício da paciente.
41903
Proteção medular em cirurgia para doenças graves da aorta
JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO
NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: Paraplegia após correção de aneurisma ou dissecção de aorta
descendente e/ou toracoabdominal varia de 3,5 a 35% na literatura causada pelo
pinçamento da aorta e o não restabelecimento do fluxo medular após a abertura da
pinça. A drenagem do líquido cerebroespinhal e manutenção de níveis pressóricos
definidos têm sido descritos por diversos autores na tentativa de reduzir esse risco.
Objetivo: Apresentar resultados iniciais da drenagem liquórica em correção cirúrgica
de doenças da aorta descendente e toracoabdominal.
Método: Foram operados 6 casos de aneurisma e/ou dissecção de aorta descendente
ou toracoabdominal no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2015. Desses, em 3
casos com doença mais extensa, optou-se por drenagem liquórica e manutenção da
pressão abaixo de 10mmHg. Manteve-se baixa pressão até o completo retorno do
movimentos dos membros inferiores. Dois eram do sexo masculino e a idade variou de
48 a 64 anos. Os sinais de alerta foram deficit motor ou drenagem sanguínea.
Resultados: Em todos os casos a drenagem foi satisfatória com manutenção da
pressão nos valores previamente estabelecidos. Não houve casos de infecção local,
hematoma, aspiração de sangue, déficits motores ou morte. O tempo médio de
permanência da monitorização com o cateter foi de 2 dias. Nenhum caso de paraplegia.
Conclusão: A drenagem liquórica nas doenças da aorta foi eficaz, mantendo a
pressão liquórica em níveis baixos, sem apresentar complicações na série estudada.
41907
Adenocarcinoma gástrico metastático em átrio direito
JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO
NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: Metástases para o coração são clinicamente silenciosas em mais de
90% dos casos. Em relatos de casos, o átrio direito é a cavidade mais comumente
acometida. A incidência é extremamente variável, de 2,3 a 18,3%, sendo os mais
frequentes os melanomas e tumores do mediastino, mas metástase cardíaca do trato
gastrointestinal é extremamente rara.
Descrição do caso: Apresentamos um caso de um homem, 58 anos, em pósoperatório tardio de esofagectomia por tumor de fundo gástrico. Deu entrada no
hospital com queixa de dispnéia importante e edema de membros superiores e face. Foi
investigado com tomografia de tórax evidenciando massa intracardíaca acometendo
toda a cavidade atrial direita e extensão para veias cavas superior e inferior. Feita
hipótese diagnóstica de trombo paraneoplásico ou tumor cardíaco. Indicada cirurgia
para remoção de massa com tática cirúrgica para circulação extracorpórea por
veia jugular interna direita, veia femoral direita e aorta ascendente. Como achado
intraoperatório, evidenciou-se massa endurecida em todo o átrio direito, sem plano de
resseção. Realizada coleta de material e enviado para estudo anátomo-patológico. O
resultado indicou adenocarcinoma gástrico. O paciente teve alta da unidade de terapia
intensiva no segundo dia pós-operatório, sendo encaminhado para a oncologia para
seguimento clínico.
Conclusões: Metástases cardíacas tem sido encontradas em diversas estruturas,
sendo raro o acometimento por tumor proveniente do trato gastrointestinal. Nosso
caso indica que o seguimento pós-operatório de pacientes tratados para alguns
tipos de tumores deve incluir estudo do coração e grandes vasos para uma possível
abordagem em fases iniciais.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
9
Resumos Temas Livres
41911
Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito com envolvimento
ventricular esquerdo: relato de caso
MARCOS ROBERTO QUEIROZ FRANÇA, RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA,
ISMAR AGUIAR MARQUES FILHO E RECIO CRONEMBERGER MANGUEIRA
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL - Hospital de Terapia Intensiva, Teresina,
PI, BRASIL - Hospital Universitário da UFPI, Teresina, PI, BRASIL.
Taquicardia ventricular recorrente associado ao uso de isoniazida e rifampicina
em portador de cardiodesfibrilador implantável com sistema de monitoramento
remoto
FERNANDO TEIXEIRA DE MORAIS FREIRE, CARLOS EDUARDO BATISTA DE
LIMA, IGOR RAMON DE MELO BATISTA E ADRIEL REGO BARBOSA
Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito (CAVD) é uma
doença genética caracterizada por substituição fibrogordurosa dos miócitos do
ventrículo direito (VD), que pode resultar em taquiarritmias ventriculares e morte súbita.
As formas com envolvimento biventricular e predominância ventricular esquerda estão
cada vez mais descritas. RELATO DO CASO: Paciente, masculino, 33 anos, referiu
palpitações taquicárdicas durante partida de futebol recreativa associadas a hipotensão
arterial em dezembro/2013 em 2 ocasiões. Apresentou mais 2 episódios semelhantes
enquanto andava de motocicleta, sendo o último em agosto/2014. Relatou que irmão
faleceu aos 21 anos subitamente jogando futebol. Em todos os eventos, o ECG
evidenciou taquicardia ventricular sustentada monomórfica sugestiva de localização
em via de saída de VD e o paciente foi submetido a cardioversão elétrica. O ECG
basal apresentou ritmo sinusal com baixa voltagem do QRS no plano frontal, zona
elétrica inativa inferior, inversão de onda T anterosseptal e extrassístole ventricular
isolada. Foi realizado ecocardiograma, demonstrando acinesia médio-apical inferior
do ventrículo esquerdo (VE) com fração de ejeção (FE) limítrofe e VD dilatado com
disfunção sistólica moderada. O cateterismo evidenciou artérias coronárias isentas
de estenoses. Os exames laboratoriais descartaram distúrbios hidroeletrolíticos,
elevação de marcadores de necrose miocárdica ou hipertireoidismo assim como
sorologia para doença de Chagas foi não-reagente. Por fim, a ressonância magnética
cardíaca mostrou dilatação importante do VD com FE 21%, microaneurismas nas
paredes anterior, lateral e inferior e foi sugestiva de fibrose/ infiltração lipomatosa
na lateral e inferior; VE com fibrose no segmento ínfero-látero-medial e FE 46,3%. O
paciente ficou em uso de ramipril, carvedilol e amiodarona e foi submetido a implante
de cardiodesfibrilador implantável ventricular. Evoluiu assintomático e sem terapia
elétrica. O Holter demonstra apenas extrassístoles ventriculares polimórficas isoladas
raras.CONCLUSÃO: A CAVD é uma doença complexa, heterogênea, com espectro
de fenótipos em que a associação do envolvimento ventricular esquerdo demonstra
que não é uma entidade única. Neste caso, temos pelo menos 2 critérios maiores para
diagnóstico definitivo de CAVD segundo o Task Force revisado e um padrão clássico
com acometimento ventricular esquerdo.
INTRODUÇÃO: tempestade elétrica são 3 ou mais episódios de taquicardia ventricular
(TV) / fibrilação ventricular ou terapias de choque no portador de cardiodesfibrilador
implantável (CDI) em 24h. Não existe na literatura descrição de arritmia ventricular
grave associada ao uso de rifampicina (R) ou isoniazida (I).
DESCRIÇÃO DO CASO: paciente A. C. C. A., sexo masculino, 64 anos, portador de
cardiopatia congênita com origem anômala de artéria coronária direita e persistência
de cava esquerda com dilatação ventricular idiopática. Devido TV sincopal foi
submetido a implante de CDI e uso diário de amiodarona há 3 anos, sem recorrências
de arritmias. Apresentou queda do estado geral, astenia, perda ponderal importante
(17kg em um ano), dispneia aos mínimos esforços e nódulos pulmonares à radiografia
de tórax. Após exaustiva investigação foi diagnosticado tuberculose pulmonar (TB),
apresentando durante os dois primeiros meses da terapia para TB, parestesias e
fraqueza muscular em membros inferiores devido neuropatia periférica secundária ao
uso de amiodarona, justificando a suspensão da droga. No terceiro mês, foi aumentada
a dose de I e R sendo suspensos os demais tuberculostáticos. O paciente evoluiu
com repetidos episódios de TV, desencadeando terapia de choque do CDI. Apesar de
amiodarona em doses de 800 a 1000mg/dia, associada ou não com lidocaína venosa
e hidantal, o paciente persistia com TV recorrente. Na última semana do tratamento
antituberculínico, o paciente apresentou tempestade elétrica com repetidas terapias
de choque do CDI. Foi iniciado amiodarona venosa com propafenona oral e a terapia
para TB foi suspensa. O paciente foi submetido a ablação por cateter. Desde então
o paciente evoluiu sem recorrências de arritmias até recidiva da TB, quando após
os dois primeiros meses de tratamento, as doses de I e R foram ajustadas havendo
recorrência da TV. Através de monitoramento remoto com o sistema do CDI Home
monitoring®, as recorrências de TV puderam ser observadas até o fim da terapia para
TB, não sendo observadas após a suspensão das medicações antituberculínicas.
CONCLUSÕES: o surgimento de novos episódios de TV após o início de terapia para
TB sugere possível atividade arritmogênica desta terapia em paciente com fatores
de risco individual para arritmias ventriculares. É importante destacar que houve
recorrência da TV mesmo após ablação por cateter bem sucedida.
41913
41916
Síndrome de Allgrove com pré-excitação ventricular ao eletrocardiograma
SHEILA RAQUEL ALVES DE SA NASCIMENTO, ISADORA CRONEMBERGER
RUFINO FREITAS, SAARA KÉNDELE DE ALMEIDA RAMOS LIMA E CARLOS
EDUARDO BATISTA DE LIMA
10
41912
Protótipo de aplicativo em dispositivos móveis para o controle da pressão
arterial
JOCERLANO SANTOS DE SOUSA, FLÁVIO DUARTE CAMURÇA, SEBASTIAO
NUNES MARTINS E PAULO REGO MEDEIROS
Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, BRASIL.
Hospital São Marcos, Teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Algrove – ou Síndrome do triplo A – é uma rara
doença autossômica recessiva caracterizada por insuficiência adrenal resistente a
ACTH, acalasia e alacrimia. Acompanhados a estes três sinais mais comuns podem
também ocorrer degeneração neurológica progressiva e ocasionalmente instabilidade
autonômica. Não existe descrição na literatura de associação da síndrome de
Algrove com WPW. RELATO DE CASO: paciente do sexo masculino de 12 anos
de idade, portador de Síndrome de Algrove foi encaminhado ao cardiologista em
2012 para avaliação de alteração no eletrocardiograma (ECG) com intervalo PR
curto. O paciente negava palpitações ou síncopes e faz uso contínuo de acetato de
hidrocortisona, fludrocortisona e acetilcisteína para controle da insuficiência adrenal
e acalasia, respectivamente. Ao exame clínico não foram observadas anormalidades
significativas com discreto desdobramento da segunda bulha na área pulmonar. Foi
realizado ecocardiograma que evidenciou prolapso da valva mitral com forame oval
patente mínimo. Ao ECG apresentava ritmo sinusal regular com presença de discreta
onda Delta e intervalo PR em torno de 0,08 segundos. Para estratificação de risco,
foi realizado teste ergométrico em esteira com protocolo de Bruce apresentando préexcitação mantida até 64% da frequência cardíaca (FC) máxima prevista para a idade.
Teste interrompido por cansaço físico moderado por solicitação do paciente. Apesar de
não atingir FC máxima na esteira, por não apresentar taquicardia supraventricular na
história clínica, foi optado por seguimento clínico sem terapêuticas ou estratificações
adicionais. Os achados são compatíveis com o diagnóstico de síndrome de WolffParkinson-White assintomática. O paciente mantém seguimento clínico regular, sem
sintomas cardiovasculares até os dias atuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A síndrome
de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma rara forma de doença cardíaca, presente
em torno de 0,3-1% da população geral, caracterizada por pré-excitação ventricular
com intervalo PR curto no eletrocardiograma (ECG) e presença de onda Delta. Da
mesma forma, a Síndrome de Algrove é doença rara e a associação com pré-excitação
ventricular pode ser coincidente, sendo necessária avaliação cardiovascular em maior
casuística de pacientes com essa síndrome para se estabelecer essa relação.
Introdução: A hipertensão arterial é a patologia mais comum no cotidiano do médico
cardiologista e, apesar de todo o empenho e dedicação para a adesão do paciente,
ainda não temos recursos tecnológicos eficazes para otimizar esse tratamento. Em
alguns casos como em doenças graves da aorta faz-se necessário um controle mais
rigoroso dos níveis pressóricos. O aumento do acesso à tecnologia tem redesenhado
o cotidiano médico tanto no âmbito acadêmico-científico quanto nas práticas clínicas,
cirúrgicas e epidemiológicas. Aplicativos para a tecnologia portátil podem ser úteis no
auxílio e cuidados com o paciente hipertenso.
Descrição: Desenvolvemos um protótipo de aplicativo para dispositivos móveis que
visa o controle rigoroso do seguimento com o paciente hipertenso. Com funções
exclusivas, autoexplicativo e gratuito, permite que o paciente ou familiar insira o valor da
pressão arterial no aplicativo através de lembretes periódicos e, de forma automática,
otimiza todos os recursos para complementar o tratamento, com sincronização direta
com o smartphone do médico enviando notificações automáticas permitindo que este
siga os pacientes com metas, que tome decisões mais precoces e alerte em casos de
não-adesão ao tratamento. A construção automática de gráficos com os valores das
pressões sistólica, diastólica e média no período desejado ajudará a compreender o
tratamento em períodos definidos. Alertas com lembretes de horários de medicações,
próxima consulta e dicas de saúde complementam as particularidades do aplicativo.
Compatível com sistemas android e IOS, tem fácil interface e layout otimizado.
Conclusões: Considerando que especialistas acreditam que no ano de 2030 todas as
faixas etárias utilizarão meios tecnológicos para facilitar o dia-a-dia e que existe uma
carência de aplicativos funcionais desenvolvidos com este cunho social e educativo
em saúde, esse aplicativo para complementar o tratamento e controle da pressão
arterial ajuda a salvar vidas.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
Resumos Temas Livres
41917
Anomalias das artérias coronárias: relato de 9 casos
NAGELE DE SOUSA LIMA, ILANNE SARAIVA DE ARÊA LEÃO COSTA, LUIS
GUSTAVO DE MIRANDA MARQUES E JOSE ITAMAR ABREU COSTA
41918
Associação de teste ergométrico positivo e lesões obstrutivas coronarianas
acentuadas
MIGUEL JOSE DE AZEVEDO FILHO
Instituto Tecnológico de Avaliação do Coração (ITACOR), , PI, BRASIL.
MedImagem, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Santa Maria, Teresina, PI, BRASIL.
Introdução: As anomalias das artérias coronárias são alterações congênitas raras ao
nível da origem, trajeto e estrutura das artérias coronárias epicárdicas. O paciente
portador de anomalia de coronária pode se manter assintomático por muitos anos,
entretanto, em determinadas situações, pode apresentar eventos como infarto do
miocárdio, arritmias graves e morte súbita. Reportamos 9 casos de origem anômala
das artérias coronárias. Descrição dos casos: Em um caso, a artéria circunflexa
tem origem no seio coronário direito. Em sete casos, a artéria coronária direita tem
origem no seio coronário esquerdo. Em um caso, a artéria circunflexa tem origem no
terço proximal da coronária direita. Conclusão: As anomalias das artérias coronárias,
constituem a segunda causa de morte súbita em jovens atletas. O diagnóstico clínico é
um desafio, pois os pacientes podem ser assintomáticos por grande parte da vida e o
primeiro sintoma pode ser um evento grave, após esforço físico extenuante.
Introdução: A busca ativa pela doença arterial coronariana faz parte do dia a dia de
grande parte dos médicos atuantes. Para tal, o exame complementar mais popular é a
eletrocardiografia dinâmica no esforço. No entanto, a acurácia deste exame registrada
por diversos estudos ao longo dos anos mostra valores baixos comparados a outras
formas de investigação da doença arterial coronariana. Por vezes, a estratificação
invasiva não mostra lesão obstrutiva significativa, contrabalançando a relação custo/
benefício do cateterismo diagnóstico. Desta forma, pesando a grande quantidade de
pacientes submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico indicados pelo resultado do
teste ergométrico convém avaliarmos a acurácia deste teste no mundo real.
Método: Análise retrospectiva através da apreciação de prontuários médicos.
Recrutamos pacientes com escore de risco de Framinghan moderado, que
realizaram cineangiocoronariografia pela primeira vez em suas vidas por indicação
de teste ergométrico alterado no período determinado. Analisamos os laudos das
cineangiocoronariografias e registraremos as alterações descritas. Registramos
a incidência de lesões obstrutivas coronarianas de grau acentuado nos exames
realizados.
Resultados: No período de 01/01/14 a 31/12/15, 100 paciente foram selecionados.
Quanto a conclusão dos testes ergométricos, 72% foram dados como compatíveis
com isquemia por alterações eletrcardiográficas; 22% por critério clínico de dor
anginosa e 6% por alterações clínicas e eletrocardiográficas. Os laudos das
cineangiocoronariografias mostraram acometimento por lesão obstrutiva acentuada
em pelo menos um vaso coronariano em 26 casos (26%), significando um valor
preditivo positivo de 0,26.
Conclusão: O teste ergométrico possui baixo valor preditivo positivo para a detecção
de lesões obstrutivas coronarianas de grau acentuado em população de risco
moderado de Framinghan.
41931
41932
Tratamento efetivo de ressincronização cardiaca associado ao cardioversor
desfibrilador implantavel em paciente com insuficiência cardiaca grave: relato
de caso
Manejo da anticoagulação em paciente portador de Síndrome de Marfan com
prótese metalica em posição aortica e acidente vascular cerebral hemorrágico:
relato de caso
THIAGO R SILVA, PATRÍCIA L A L COSTA, CARLOS E B LIMA E NATASHIRA S
TORRES
VALDIR J V MELO, PATRÍCIA L A L COSTA, ILANNE S A L COSTA E JOSE I A
COSTA
INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIAÇÃO DO CORAÇÃO/ITACOR, TERESINA,
PI, BRASIL.
INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIAÇÃO DO CORAÇÃO/ITACOR, TERESINA,
, BRASIL.
INTRODUÇÃO:A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) foi desenvolvida
visando reverter os efeitos adversos da dissincronia cardíaca na função ventricular
esquerda e na capacidade funcional dos pacientes com insuficiência cardíaca (IC)
avançada e intervalo QRS alargado ≥ 120 ms. O retardo eletromecânico, nesse
cenário clínico, resulta em dissincronia interventricular, entre os ventrículos direito e
esquerdo e na contração ventricular esquerda (dissincronia intraventricular). A última
resulta mais frequentemente do bloqueio de ramo esquerdo, modificando o padrão
de sinergismo contrátil. Assim, ocorre prejuízo na função sistólica, redução do débito
cardíaco, aumento do volume diastólico final, piora da regurgitação mitral e movimento
anormal da parede septal.RELATO DO CASO: Paciente M.D.S.S.60 anos, viúva,
parda,portadora de cardiomiopatia dilatada idiopáticaIC classe funcional (CF) III /
IV já com terapêutica otimizada apresentando internações recorrentes nos últimos
3 meses.Foi internada com descompensação da IC com necessidade de diurético
venoso e dobutamina. Ao eletrocardiograma evidenciava ritmo sinusal e bloqueio
de ramo esquerdo (QRS de 160 ms), radiografia de tórax com aumento global da
silhueta cardíaca e ecocardiogramatranstorácico em jun/2013 com hipocinesia difusa
e fração de ejeção (FE) 15%,insuficiência mitral moderada e pressão sistólica da
artéria pulmonar (PSAP) 47mmhg. Ecocardiograma tecidual jul/2013com FE 12%,
presença de dissincroniainter(56ms) e intraventricular (83ms). Cateterismo cardíaco
jul/13 com ateromatose discreta difusa, sem lesões obstrutivas em coronarias.Após
compensação clínica, foi submetida a implante de TRC com CDI em 29/07/2013,
estando em acompanhamento ambulatorial regular em CF I, realizando atividades
habituais, antes incapacitada, sem outras internações hospitalares até o momento.
Ecocardiograma transtorácico jun/2015 evidencia FE 30%, hipocinesia difusa, PSAP
26 mmhg e mínima insuficiência mitral.CONCLUSÃO:nesse caso, relatamos uma
paciente respondedora à TRC com resolução da hipertensão pulmonar, melhora
da insuficiência mitral e melhora acentuada da FE do ventrículo esquerdo, além de
melhora na qualidade de vida com o retorno de capacidade às atividades habituais.
Destacamos o valor da TRC quando há seleção adequada do paciente baseado nos
critérios clínicos pré-estabelecidos
INTRODUÇÃO: Pacientes com prótese valvar mecânica (PVM) necessitam de
anticoagulação oral crônica (AOC), reduzindo a chance de ocorrência para eventos
tromboembólicos. Por outro lado, a ocorrência de eventos hemorrágicos nesses pacientes
dificulta o manejo terapêutico da anticoagulação, ainda sendo escassas as recomendações
objetivas para o tema em diretrizes atuais.RELATO DO CASO: C. J. A. F., masculino,
aposentado, 52 anos, portador de síndrome de Marfan, devido aneurisma dissecante de
aorta foi submetido a troca valvar com o procedimento de Bental De Bono (tubo valvulado
com PVM na posição aórtica) em 1998 sendo indicado AOC com warfarina. Foi admitido
no pronto socorro com quadro de cefaléia persistente, incoordenação motora esquerda
e tontura. Ao exame físico inicial apresentava-se em bom estado geral com Glasgow
15, força muscular grau 4 à esquerda e pupilas isocóricas. Hemodinamicamente estável
com pressão arterial de 120/70 mmHg e Sat. O2 98% em ar ambiente. Tomografia de
crânio (TC) evidenciou lesão intra-axial nodular subcortical parietal superior direita,
heterogênea predominantimentehiperdensa (forte componente hemorrágico agudo)
com edema determinando apagamento dos sulcos corticais circunjacentes, compressão
no corno occipital do ventrículo lateral ipsilateral, medindo cerca de 62x 45mm.
Ecocardiogramatranstorácico evidenciou fração de ejeção (FE) de 81%, aneurisma de
aorta corrigido com tubo sintético e PVMapresentando gradiente sistólico máximo de
26 mmHg. Fazia uso irregular da warfarina com INR admissional de 1,53. Foi realizado
drenagem do hematoma intraparenquimatoso cerebral. TC de controle pós-operatório
(PO) evidenciou hematoma em remissão. No 3º dia PO foi extubado com sucesso, com
Glasgow 14 (4+5+5), retorno da força à esquerda e pupilas isocóricas. No 4º dia PO foi
mantida a anticoagulação plena com enoxaparina e liberado de alta da UTI. No 5° PO foi
mantida a enoxaparina sendo reiniciado a warfarina 30 dias após o procedimento cirúrgico,
recebendo alta hospitalar com boa evolução clínica ambulatorial sem recorrências de
novos episódios.CONCLUSÃO:relatamos um caso bem sucedido de reintrodução precoce
de anticoagulação plena após neurocirugia devido AVC hemorrágico em portador de
PVMque requer AOC por seu potencial trombogênico. Além do tipo de prótese utilizada,
também devem ser considerados os riscos individuais de cada paciente para sangramento,
tromboembolismo e a posição anatômica da prótese na decisão terapêutica
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
11
Resumos Temas Livres
41933
Cardiomiopatia Dilatada Alcoólica com Disfunção Ventricular Grave revertida
após Abstinência Alcoólica e Tratamento Otimizado: Relato de Caso
Tratamento efetivo de lesão ostial com aterectomia rotacional em lesão
coronariana gravemente calcificada:Relato de Caso
NATASHIRA S TORRES, CESAR M D E FILHO, PATRÍCIA L A L COSTA E NEWTON
N L FILHO
MAURICIO B VASCONCELOS, THIAGO REGO DA SILVA, CARLAILE A S A COSTA
E DANIEL G S LOPES
INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIAÇÃO DO CORAÇÃO/ITACOR, TERESINA,
PI, BRASIL.
INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIAÇÃO DO CORAÇÃO/ITACOR, TERESINA,
PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO:A cardiomiopatia dilatada (CMD) de etiologia alcoólica é incomum,
sendo diagnóstico de exclusão. O hábito de consumo regular de bebidas alcoólicas em
grandes quantidades sugere fortemente o diagnóstico.RELATO DO CASO:Paciente
F.S.S., 40 anos,pardo, solteiro, procedente de Teresina-PI, motorista de ônibus foi
atendido em ambulatório de cardiologia relatando dispneia progressiva estando
atualmente aos mínimos esforços associado a dispneia paroxística noturna e
tosse.Sem antecedentes patológicos porem etilista crônico de longa data,desde
os 14 anos. Apresentava sinais clínicos de insuficiência cardíaca (IC) ao exame
clínico e ao ecocardiograma transtoracico 05/2012 evidenciou fração de ejeção
(FE) de 32% com comprometimento difuso importante do ventrículo esquerdo
e insuficiencia mitral moderada,radiografia de tórax aumento global da silhueta
cardíaca e congestão pulmonar. Realizou provas inflamatórias que foram negativas
afastando a possibilidade de diagnóstico de miocardite a sorologia de Chagas foi
não reagente. Realizou cateterismo cardíaco que evidenciou coronárias normais e
ao eletrocardiograma evidenciou taquicardia sinusal. Após abstinência alcoólica e
tratamento farmacológico otimizado, evoluiu com melhora sintomática significativa
e após três anos de seguimento houve melhora da FE para 61% ecocardiograma
transtoracico em 03/2015.CONCLUSÃO:Apesar de doença potencialmente grave, a
identificação etiológica da cardiomiopatia alcoólica orienta a abordagem terapêutica
com tratamento farmacológico otimizado para IC e medida comportamental reforçando
ao paciente a necessidade de mudança de hábito com o abandono do etilismo. No
referido caso, tais medidas proporcionaram melhora importante da classe funcional
de IC e normalização da função ventricular esquerda. Esse resultado certamente se
traduz em melhora de sobrevida e da qualidade de vida,para esse paciente
INTRODUÇÃO:A Aterectomia Rotacional é um procedimento realizado durante a
Angioplastia Coronária em casos nos quais a obstrução coronária é muito endurecida
devido a calcificação acentuada, o que dificulta a dilatação da artéria apenas com o
cateter balão. Nesses casos, utilizam-se dispositivos especiais como o Rotablator um
cateter que, em sua ponta possui uma oliva de diamante que, ao girar rapidamente,
fragmenta a placa que obstrui a artéria coronária. Indicado preferencialmente em
lesões ostiais; lesões reestenóticas; lesões calcificadas; lesões elásticas; lesões
localizadas em seguimento distal.RELATO DE CASO: M.C.O.M. 83 anos,casada,
parda,procedente de Piripiri/Piauí, sexo feminino apresenta como antecedentes
patológicos prévios hipertensão arterial, angioplastia prévia e angina aos esforços,
realizou cateterismo cardíaco que evidenciou lesões multiarteriais sendo lesões
moderadas em primeiro grande ramo diagonal na origem, artéria coronária circunflexa,
grande ramo marginal e artéria coronária direita com lesão severa e no terço proximal
e médio e resultado mantido em STENT previamente implantando em terço distal;
apresentou ainda na artéria coronária descedente anterior densamente calcificada com
lesão severa no terço proximal e distal. A paciente foi submetida a angioplastia eletiva
com aterectomia rotacional e implantação de STENT em artéria descedente anterior.
As demais lesões foram tratadas com implantação de STENTs em artéria coronária
direita, ramo descendente posterior, ramo ventricular posterior, procedimento com
sucesso , alta hospitalar 24 hs após.CONCLUSÃO:Relatamos um caso bem sucedido
da utilização de AR associada a implante de stent farmacológico em lesão coronariana
gravemente calcificada.Lesões ostiais têm indicação de rotablator com um sucesso
primário elevado, devem ser considerados os riscos individuais de cada paciente alem
da posição anatômica da lesão.
41935
41937
Estudo epidemiológico da Capacidade Funcional e sua relação com a
Frequência Cardíaca Máxima em pacientes submetidos ao Teste Ergométrico
Parada Cardíaca em paciente com aumento do intervalo “QT” secundário a uso
de anti-depressivo tricíclico
ITALO CORDEIRO MOREIRA, MARIA JAIONARA DE MACEDO, CECILIA BRENDA
ROCHA CARNEIRO, GABRIEL PEREIRA BERNARDO, DIEGO LEAL LANDIM
CRUZ, PRISCILA PASSOS CAMPELO MOREIRA, MARIANA CARLEIAL FEIJÓ DE
SÁ, CAMILO DE LÉLLIS DANTAS DE AMORIM, TICIANE PONCIANO DE OLIVEIRA
LIMA E HERBERT LIMA MENDES
VALDIR J V MELO, RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA, PATRÍCIA L A L COSTA,
CLAUDIA K G LINS E ILANNE S A L COSTA
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL
- Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade
São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.
Parada Cardíaca em paciente com aumento do intervalo “QT” secundário a uso de
anti-depressivo tricíclico
Introdução: A frequência cardíaca máxima (FCM) é importante variável fisiológica,
não invasiva amplamente útil para avaliar a resposta cardiovascular no Teste
Ergométrico (TE), tendo papel importância na análise prognóstica de um teste
funcional. Essa variável tem um aumento proporcional à intensidade do trabalho e ao
consumo de oxigênio, sendo este aumento relacionado à condição física aeróbia do
indivíduo. O aumento da frequência cardíaca é o principal mecanismo através do qual
o débito cardíaco é aumentado, indivíduos com esta resposta atenuada, ou seja, uma
incompetência cronotrópica tem maior mortalidade e incidência de doença cardíaca
coronariana.
Objetivo: Avaliar a FCM no TE em pacientes ativos e sedentários considerando os
sexos.
Método: Participaram deste estudo 119 pacientes (51 homens e 68 mulheres) com
idades entre 14 e 79 anos (49,93+15,3). Estes foram submetidos a teste ergométrico
utilizando o protocolo de Rampa. Testes “t” de student para amostras independentes
foram utilizados para avaliar possíveis diferenças na FCM entre os grupos (Ativos e
Sedentários) e sexos.
Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significativas nas médias da
FCM entre homens e mulheres Sedentários (n(60) p= 0,326), porém entre esses dois
grupos ao analisar os ativos, os homens apresentaram maior FCM (n(59) p= 0,006).
Na comparação entre os grupos, os homens ativos apresentaram maior FCM quando
comparados aos sedentários (n(50) p=0,036), porém com as mulheres essa relação
não ocorreu (n(69) p=0,627).
Conclusão: As variáveis: sexo e capacidade funcional modificam o valor de FCM.
A pesquisa foi realizada por meio de entrevista e sem distinção na intensidade da
atividade física realizada, o que pode ter mascarado parcialmente os resultados.
Palavras-chave: TESTE ERGOMÉTRICO, FREQUÊNCIA CARDIACA MÁXIMA,
CAPACIDADE FUNCIONAL.
12
41934
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIACAO DO CORAÇÃO-ITACOR, teresina, PI,
BRASIL.
A síndrome do QT longo induzida por fármacos é uma condição potencialmente fatal,
capaz de causar morte súbita como primeira manifestação. Relatamos um caso de
paciente masculino , 87 anos, hipertenso, diabético, doença arterial coronariana
e depressão, que deu entrada no pronto atendimento com quadro de parada
cardiorrespiratória , sendo prontamente atendido e encaminhado para unidade
de terapia intensiva para investigação . Durante monitorização em UTI, observado
episódios frequentes de taquicardia polimórfica não sustentada instável, evoluindo
com piora da intensidade após infusão de amiodarona . Durante observação clínica,
detectado aumento importante de intervalo “QT” medindo 600ms após conrreção
pela formula de Bazet, com fenômeno “R” sobre “T” presente . Instituido tratamento
com suspensão da amiodarona , infusão de lidocaína e estimulação ventricular com
marcapasso provisório, inibindo assim as taquicardias ventriculares polimórficas
e consequentemente obtendo-se estabilidade hemodinâmica. Após controle dos
episódios de torsades de pointes, foi possível realizar a investigação diagnostica que
descartou distúrbio hidroeletrolíticos, disfunção renal aguda e hepática , isquemia
miocárdica e doença estrutural cardíaca. Após anamnese detalhada com família,
detectado o uso de antidepressivo tricíclico há cerca de 2 meses, que após exclusão
de outras causas foi determinado como causa do aumento do intervalo “QT”, piorado
com infusão de amiodarona parenteral inadvertidamente. O aumento do intervalo “QT”
pode ocasionar arritmias ventriculares fatais e a realização da anamnese detalhada,
assim como uma extratificação de risco, pode determinar o diagnóstico etiológico,
conduta profilática e consequentemente a terapêutica adequada.
Resumos Temas Livres
41938
41940
Infarto agudo do miocardico com supradesnivelamento de ST e padrao arterial
coronariano obstrutivo grave em paciente jovem diabetica: relato de caso.
Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos ao Teste Ergométrico
em um hospital do interior do Ceará entre 2014 e 2015
ILANNE SARAIVA DE ARÊA LEÃO COSTA, JOSE ITAMAR ABREU COSTA,
PATRÍCIA LORENNA DE ARÊA LEÃO COSTA E VALDIR DE JESUS VALE MELO
ITALO CORDEIRO MOREIRA, CECILIA BRENDA ROCHA CARNEIRO, MARIA
JAIONARA DE MACEDO, DIEGO LEAL LANDIM CRUZ, HERBERT LIMA MENDES
E GABRIEL PEREIRA BERNARDO
ITACOR- INSTITUTO TECNOLOGICO DE AVALIACAO DO CORACAO, TERESINA,
PI, BRASIL.
Introducao: O Infarto Agudo do Miocardico (IAM) acomete em geral individuos do
sexo masculino com idade media de 60 anos e e responsavel por cerca de 30% da
mortalidade no Brasil, metade dos obitos ocorrem nas primeiras horas do evento e 14%
morrem antes de receber o primeiro atendimento medico. O prognostico dos pacientes
apos IAM depende fundamentalmente da agilidade em alcancar um servico medico e
na eficiencia desse servico em obter reperfusao coronariana o mais rapido possivel.
O diagnostico e feito com base no quadro clinico, nas alteracoes eletrocardiograficas
e na elevacao sanguinea dos marcadores de necrose miocardica. Relato de caso:
paciente, sexo feminino, 23 anos, diabetes tipo 1 desde 4 anos de idade insulino
dependente, sobrepeso, ex-tabagista e historia familiar positiva para doenca arterial
coronariana (DAC) admitida com dor preocridal em aperto de forte intensidade
associada a sudorese fria, exame fisico taquidispneica e hipotensa, eletrocardiograma
com supradesnivelamento de ST de V1-V6, marcadores de necrose miocardica com
elevacao significativa dos valores.cateterismo cardiaco com padrao obstrutivo grave,
lesao grave em descendente anterior (DA) e marginal esquerda (ME), coronaria direita
(CD) ocluida e de fino calibre recebendo fluxo por circulacao colateral.submetida a
angioplastia com impante de stent farmacologico em da e me com reperfusao TIMI
Flow 3.ecocardiograma apos IAM acineisa apical de todas as paredes, FE 40%.
Evoluindo Killipi II apos IAM em uso de antiagregantes plaquetarios e tratamento
medicamentoso adequado para insuficiencia cardiaca. Discussao: existem fatores
que aumentam as chances de um evento trombotico corornariano como tabagismo,
sedentarismo,obesidade, hipertensao arterial sistemica e diabetes. A diabetes tipo 1
acomete criancas e adultos jovens promovendo producao insuficiente de insulina pelo
pancreas com necessidade de insulina exogena diaria ao longo da vida.a paciente em
questao apesar de jovem, portadora de muitas cormobidades e com alto risco para
evento trombotico cardiovascular, apresentando padrao arterial coronariano obstrutivo
grave e incomum para pacientes com a mesma faixa etaria. Conclusão: A DAC grave
apresenta altas taxas de mortalidade e pode acometer individuos jovens portadores
de diabetes e outros fatores de risco e dependendo do grau de comprometimento
do miocardico promover danos irreparaveis ao longo da vida. O diagnostico rapido e
tratamento precoce podem reduzir as complicacoes do IAM.
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Juazeiro do Norte, CE, BRASIL
- Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, PI, BRASIL - Hospital Maternidade
São Vicente de Paulo, Barbalha, CE, BRASIL.
Introdução: O teste ergométrico (TE) é um procedimento não invasivo, onde o
paciente é submetido a um esforço físico programado e individualizado com o intuito
de se avaliar as respostas clínica, hemodinâmica, autonômica, eletrocardiográfica,
metabólica e eventualmente ventilatória ao exercício. Esse exame tem valor prognóstico
e diagnóstico na detecção de doenças cardiovasculares, reconhecimento de arritmias e
avaliação da capacidade funcional e condição aeróbica.
Objetivo: Traçar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos ao TE em um
hospital do interior do Ceará.
Método: Trata-se de um estudo transversal de 122 pacientes que realizaram TE
utilizando o protocolo de Rampa e entrevista avaliando: indicações do TE, antecedentes
cardíacos, sintomatologia e comorbidades no período de junho de 2014 a junho de 2015.
Resultados: A população do estudo foi de 122 pacientes, entre 14 e 79 anos, dos
quase 50 eram do sexo masculino (50,26+15,27) e 72 do sexo feminino (50,16+15,24),
com índice de massa corporal (IMC) (27,29+4,06) sem diferença significativa entre
os sexos p=0,220. Desses 81,15% eram hígidos, 18,85% apresentavam alguma
cardiopatia associada. Com relação ao grau do condicionamento físico foram dividido
em 3 categorias: 47,54% ativos, 50% sedentários e 2,46% Atletas. Dentre as indicações
para o TE, a precordialgia foi a mais prevalente com 44,26% seguida pela avaliação
funcional 25,40% e avaliação da pressão arterial 13,93%. Os antecedentes cardíacos
mais encontrados foram 41,80% assintomáticos, 23,77% precordialgia típica, e
18,85% precordialgia atípica. Na avaliação clínica inicial 40,16% eram assintomáticos,
35,24% afirmaram palpitação e 26,23% dispneia aos esforços. Além disso, 50,82%
eram hipertensos, 50% relataram estresse e 25,41% tinham dislipidemia dentre as
comorbidades.
Conclusão: O perfil clínico-epidemiológico dos pacientes no TE foi de: mulheres,
hígidos, sedentários e IMC elevado, além de uma maior tendência a hipertensão. A
indicação mais encontrada foi a precordialgia, embora maior parte dos pacientes
assintomático, em valores absolutos, e sem antecedentes cardíacos. Logo, o TE dentro
de suas reais indicações é de extra importância para avaliar a resposta cardiovascular e
prognóstica na população de maneira individual.
41945
Efeito do uso de ivabradina em paciente com insuficiência cardíaca classe IV
KAROLINE RESENDE CARVALHO, ARIELLA AGUIAR NOGUEIRA, ALCINO
PEREIRA DE SÁ FILHO E CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
universidade estadual do piaui, teresina, PI, BRASIL - hospital getulio vargas,
teresina, PI, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma disfunção que resulta em suprimento
sanguíneo inadequado à demanda metabólica dos tecidos. Existem dois tipos de IC:
sistólica e diastólica. A IC pode ser classificada em quatro níveis de gravidade de acordo
com a sintomatologia, sendo a classe IV a mais grave. O tratamento farmacológico para
esse nível pode incluir o uso de Inibidor da enzima conversora de angiotensina, Betabloqueador, Diuréticos, digoxina, Nitratos com Hidralazina, Antagonistas de receptor
da angiotensina II. Pode-se acrescentar à terapêutica convencional, em pacientes
com IC classes III ou IV, com disfução sitólica, ritmo sinusal, frequência cardíaca
≥70 batimentos por minuto, Ivabradina, um inibidor específico da corrente If do nó
sinoatrial e redutor puro da frequência cardíaca (FC) que preserva a contratilidade e a
pressão sanguínea. Acredita-se que ela melhora o tônus vagal e reduz a hiperatividade
simpática e que a diminuição da FC melhora o remodelamento do ventrículo esquerdo
(VE). RELATO DE CASO: Paciente, masculino, 57 anos, tabagista e estilista por 38
anos, diagnosticado com IC, evolui com descompensação da doença com dispnéia
aos mínimos esforços, ortopnéia, dispnéia paroxística noturna, astenia grave, ascite,
hepatomegalia, turgência jugular, refluxo hepatojugular e edema de membros
inferiores. Ecodopplercardiograma evidenciou disfunção sistólica de VE de grau
importante com Fração de ejeção de 12% e disfunção diastólica de grau 3, discreta
disfunção sistólica de ventrículo direito, hipertensão pulmonar moderada, insuficiência
mitral e tricúspide. Tomografia computadorizada de tórax mostrou aumento da área
cardíaca. IC classificada como grau IV, sem melhora com tratamento clínico com
Furosemida, Digoxina, Espironolactona, Hidroclorotiazida, Enalapril, Carvedilol, com
necessidade de recorrentes hospitalizações. Foi acrescentado Ivabradina e o paciente
evoluiu com melhora significativa dos sintomas, com dispnéia aos grandes esforços,
sem necessidade de novas hospitalizações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O manejo
de pacientes com IC inclui abordagem multifatorial e existem terapêuticas alternativas
que mostram grande impacto na melhora da sobrevida de alguns casos. A Ivabradina
é promissora e comprovadamente melhora a sobrevida na IC.
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
13
ÍNDICE REMISSIVO
POR AUTOR E Nº DO TEMA
A
Adriana Teixeira Gomes Diogo - 41555, 41889
Mauricio B Vasconcelos - 41934
Miguel Jose de Azevedo Filho - 41883, 41918
N
Adriel Rego Barbosa - 41884, 41899
Antonio Dib Tajra Filho - 41031, 41697
C
Camila C Abreu - 41637
Nagele de Sousa Lima - 41917
Natashira S Torres - 41933
Nivaldo Menezes Filgueiras Filho - 41660, 41693, 41896
R
Cecy Augusta Rameiro Pires Brandão - 41880
D
David Wesley Ribeiro Muniz - 41893
E
Eduardo Santos Silveira Junior - 41873
F
Fernando Teixeira De Morais Freire - 41912
Fernenda Pessa Valente - 41665
Francisco Talyson Marques Rodrigues - 41881
I
Ilanne Saraiva de Arêa Leão Costa - 41825, 41938
Italo Cordeiro Moreira - 41935, 41936, 41940
J
Jocerlano Santos de Sousa - 41878 , 41879, 41903, 41907,
41916
Jose Campelo de Sousa Neto - 41895
K
Karla Jessica Araujo Fortes - 41885
Karoline Resende Carvalho - 41890, 41945
L
Laísa Allen Gomes De Sousa - 41905
Liriany Martins Portela - 41866
Lucas R P J Alencar - 41686
M
Marcos Aurelio Lima Barros - 41868
Marcos Roberto Queiroz França - 41911
Marlon Marcelo Maciel Sousa - 41892, 41898
14
Arq Bras Cardiol 2015: 105(4 supl.2)1-14
Rayra G Ribeiro - 41882, 41887
Rayra Pureza Teixeira Barbosa - 41875
S
Sheila Raquel Alves De Sa Nascimento - 41913
T
Thiago R Silva - 41931
V
Valdir J V Melo - 41932, 41937
Y
Yuri Freire de Carvalho Espirito Santo - 41791
Download