Medição dos teores de clorofila em cultivares de milheto submetidos

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Medição dos teores de clorofila em cultivares de milheto submetidos à
adubação nitrogenada
Lainny Jordana Martins Pereira e Sousa¹ (IC)*, Bruno Monteiro Brandão² (IC), Tatiany Arrais
³
Lopes (IC), Diogo Henrique Caetano Bolina
4
4
4
(IC), Gabriella Braga Carvalho (IC), Rafaela
4
5
Cristina de Mesquita (IC), Milena Fernandes Faleiro (IC), Rodrigo Zaiden Taveira (PQ), Alliny
6
das Graças Amaral (PQ).
*Discente do Curso de Zootecnia e Bolsista PBIC/UEG – Universidade Estadual de Goiás. Câmpus
São Luís de Montes Belos. Rua da Saudade, 56 – Vila Eduarda, São Luís de Montes Belos – GO,
CEP: 76.100-000 *Autor para correspondência: [email protected]
²Discente do Curso de Zootecnia CNPQ - Câmpus São Luís de Montes Belos
³Discente do Curso de Zootecnia PBIC/UEG – Câmpus São Luís de Montes Belos
4
Discente do Curso de Zootecnia, Câmpus São Luís de Montes Belos
5
Professor Doutor – UEG Câmpus São Luís de Montes Belos
6
Professor Doutor Orientador – UEG/Câmpus São Luís de Montes Belos
Resumo: O experimento foi conduzido na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Goiás do
campus de São Luis de Montes Belos, com o objetivo de avaliar os teores de clorofila em três
diferentes cultivares de milheto em função de diferentes doses de nitrogênio. O delineamento
experimental utilizado foi de blocos casualizados em esquema fatorial 3x4x3, sendo plantadas, três
cultivares de milheto, submetidas a três doses de nitrogênio, 50, 75 e 100 kg de N/há e um tratamento
controle sem adubação. Os maiores teores de clorofila foram encontrados nas doses de 50 kg/ha de
N e de 100 kg/ha N, porém elas não diferem estatisticamente da dose de 75 kg/ha de N, e a dose de
75 kg/ha de N não difere estatisticamente da dose controle de 0 kg/ha N. No milheto o maior teor de
clorofila foi encontrado na sexta folha da planta, porém não diferindo estatisticamente da quarta e
quinta, observou-se que com à medida que se realizava o valor da clorofila de forma crescente pelas
folhas da planta, os valores tiveram queda.
Palavras-chave: Adubação. Medição. Desenvolvimento. Pennisetum glaucum L.
Introdução
O milheto, trata-se de uma cultura de fácil instalação quando comparada a
outras culturas, requer poucos insumos, devido seu sistema radicular profundo e
vigoroso, tornando-o eficiente na utilização de água e nutrientes. Possui fácil
adaptação a todas as regiões agrícolas brasileiras (EMBRAPA, 2010).
Além de possuir alto potencial em áreas de baixa precipitação, sendo utilizado
em condições adversas, o que demonstra que o milheto é ótima alternativa de
forrageiras para regiões semiáridas (SILVA et. al., 2015).
O milheto vem sendo atualizado na agricultura para a produção de silagem,
nas pastagens, pastejo e produção de grão na fabricação de ração, devido o seu
baixo custo e ótima qualidade (PEREIRA, et. al., 2015).
Na cultura do milheto um dos nutrientes mais exigidos da planta é o
nitrogênio, aonde a adubação inadequada irá impedir que a planta expresse seu
total potencial produtivo, a disponibilidade de nitrogênio nos estados mais tardios da
planta pode promover um incremento fotossintético (NETO J.V.N. et. al., 2010).
A disponibilidade do nitrogênio para a planta é de suma importância a seu
metabolismo vegetal, pois age diretamente na biossíntese de protéinas e clorofilas,
contendo maior importância na fase inicial do desenvolvimento do vegetal (VILELA
et. al., 2012).
A clorofila trata-se do pigmento que dá cor verde as plantas, essencial para a
fotossíntese da planta (PEREIRA et. al., 2015).
Face ao exposto, o trabalho teve como objetivo avaliar os teores de clorofila
em três diferentes cultivares de milheto em função de diferentes doses de nitrogênio.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido na Fazenda Escola da Universidade Estadual de
Goiás. Os mm de chuva foram monitorados por meio de pluviômetro que foi
instalado na área experimental.
O preparo do solo foi realizado de maneira convencional, por meio de aração e
gradagem. No plantio foi feito a adubação com 100 kg de superfosfato simples e 20
kg de N por hectares (Pereira Filho et al., 2003), sendo que após a germinação, dez
dias após a emergência, aproximadamente na emissão da quarta folha, foi aplicado
nitrogênio em superfície, que constou nos tratamentos de três doses de nitrogênio e
50 kg de K2O.
A área foi demarcada através de estacas em parcelas de 7,2m2, compostas por
cinco linhas de quatro metros lineares com 0,45 cm de espaçamento entre linhas,
totalizando 36 parcelas arranjadas segundo delineamento de blocos casualizados
em esquema fatorial 3x4x3. Foram plantadas, três cultivares de milheto, submetidas
a três doses de nitrogênio, 50, 75 e 100 kg de N/ha e um tratamento controle sem
adubação.
Após a emergência, na fase de crescimento, no memento de emissão da quarta
folha, iniciou-se as avaliações dos teores de clorofila. Para a realização das
avaliações dos teores de clorofila, foi selecionadas em cada parcela, três plantas por
linhas centrais, excluindo as linhas marginais, nestas plantas se escolheu três folhas
em expansão, sendo monitorada a cada sete dias, no momento da medição foi
desconsiderado a nervura central e as margens do terço médio da folha. As plantas
foram avaliadas até o momento que completaram o seu ciclo produtivo, com a
emissão da folha bandeira e posteriormente o evento do florescimento e maturação
dos grãos até a planta atingir 28 % de matéria seca (MS). Os dados foram
analisados e submetidos a comparação de medias pelo teste de tukey a 5% de
probabilidade com o uso do pacote estatístico SAS.
Resultados e Discussão
Os maiores teores de clorofila foram encontrados nas doses de 50 kg/ha de N
e de 100 kg/ha de N, onde obtiveram os seguintes resultados 45,1 e 45,2,
respectivamente. Porém, elas não diferem estatisticamente da dose de 75 kg/ha de
N de 42,5; e a dose de 75 kg/ha de N não difere estatisticamente da dose controle
de 0 kg/N que obteve resultado de 38,7 (figura 1). As doses médias de clorofila
encontrada em milheto em função da dose de N variou de 38,7 a 45,2. Esses
resultados podem ser explicados devido ao baixo índice de pluviosidade durante o
período experimental de 145 mm nos meses de fevereiro, março, abril e maio de
2016, caracterizado como safrinha.
Este fato pode ter afetado o pleno desenvolvimento das plantas em função
das maiores doses de nitrogênio. O ambiente de produção na safrinha é limitante,
principalmente pela diminuição da luminosidade, maior aparecimento de pragas e
pela falta de chuvas (NETO, J.V.N.; SANTOS, A.C.; LEITE, R.L.L.; CRUZ, R.S,
2010).
a
a
ab
b
Figura 1: Teor de Clorofila em relação a diferentes doses de nitrogênio.
Médias com letras diferentes diferem pelo teste de Tukey (P<0,05)
Resultados diferentes foram encontrados por Guimarães et. al. (1999), que
observou com o aumento do fornecimento de N, produziu maiores concentrações de
Clorofila na folha da berinjela (Solanum melongena cv. Bonica), espécie da mesma
família do tomateiro.
Na planta do milheto, o maior teor de clorofila encontrado foi na sexta folha da
planta, com resultado de 48,2 porém, não diferiu estatisticamente da quarta e quinta
folha com resultados de 42,5 e 45,8, respectivamente.
Na medida em que se aferia os níveis de clorofila nas folhas de mais baixa
inserção para as de topo, foi observado queda nos teores de clorofila (figura 2), o
que pode indicar que com o desenvolvimento da planta boa parte do N absorvido
possivelmente é remanejado para outras partes do vegetal que estão em pleno
desenvolvimento, como as panículas e enchimento dos grãos.
ab
ab
a
b
b
b
Figura 2. Teor de Clorofila em relação ao posicionamento da folha na planta
Médias com letras diferentes diferem pelo teste de Tukey (P<0,05).
Considerações Finais
As doses de adubação nas doses 0, 50, 75 e 100 kg/ha não favoreceram as
características morfológicas das plantas.
Não houve diferença na composição morfológica entre os genótipos
estudados.
A relação folha/colmo não foi favorecido pelas doses de N aplicada.
Agradecimentos
Agradeço a oportunidade que a Universidade Estadual de Goiás por me
contemplar a bolsa de iniciação científica PIBIC/UEG.
Referências
EMBRAPA.
Cultivo
do
Milheto.
On-line.
Disponível
em:
http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milheto_2_ed/plantio.htm. Acesso em: 20
de Março de 2016.
GUIMARÃES, T.G; FONTES, P.C.R; PEREIRA, P.R.G; et al. Teores de clorofila
determinados por medidor portátil e sua relação com formas de nitrogênio em
folhas de tomateiro cultivados em dois tipos de solo. 1998. 209-216. Tese
Doutorado. Bragantina, Campinas, 1999.
NETO, J.V.N.; SANTOS, A.C.; LEITE, R.L.L.; CRUZ, R.S, 2010. Análise de
diferentes doses de nitrogênio e espaçamento em milheto no norte do Tocantins.
Revista Biotemas. Tocantins, 2010, v.23.
PEREIRA, et al. Teor de Clorofila e produtividade do milheto em função da
adubação
nitrogenada
em
cobertura.
On-line.
Disponivel
em:
http://www.datavideosom.com/cbcs/1426.pdf. Acesso em: 25 de Março de 2016.
SILVA, K.F. Produção, clorofila e eficiência do uso da água em milheto
cultivado em solo de área degradada. Revista Brasileira de Geografia Física. Vol.
08.
VILELA, R.G; ARF, O; GITTI, D.C.; et al. Manejos do milheto e doses de
nitrogênio na cultura do milho em sistemas de Plantio Direto. Revista Brasileira
de Milho e Sorgo, v.11, n.3, p. 234-242, 2012.
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