Introdução às Redes e Protocolos TCP/IP Sessão nº5 Jorge Gomes [email protected] Wide Area Networking WAN algumas tecnologias – Linhas telefónicas • Analógicas comutadas com modems • Analógicas dedicadas com modems – ISDN (Integrated Services Digital Network) • Linhas telefónicas digitais • Suporte para múltiplos serviços, voz, dados, fax etc – DSL (Digital Subscriber Line) • Comunicação de dados digital em linhas telefónicas – ATM (Asynchronous Transfer Mode) • Rede unificada WAN e LAN com suporte para diferentes classes de serviço • Baseada em comutação de células em vez de pacotes – Ethernet • Cada vez mais utilizado em redes WAN pela sua simplicidade Modems linhas comutadas • Linhas telefónicas normais ditas comutadas: – Tem de haver uma chamada para estabelecer a ligação entre dois pontos • Linhas analógicas: – Mesmo quando a linha que chega a casa é analógica a voz é digitalizada na central e transmitida de forma digital entre centrais • Um canal de voz ocupa 64Kbps (nos EUA em alguns sítios 56Kbps): – Modems (Modulator-Demodulator) são usados para codificar a informação digital em sinal analógico e descodifica-la à chegada – Um modem para linha comutada nunca poderá atingir mais do que 64K – Os modems mais rápidos atingem os 56Kbps (downlink) 33.6Kbps (uplink) – Modems comuns assíncronos (start e stop bit entre cada byte) Telefone analógico Linha telefónica Linha serie RS232 Modem Externo Um canal de voz ocupa um leque de frequências entre 300Hz e 3300Hz Modems linhas dedicadas • Linha dedicada analógica • Ligação ponto-a-ponto: – – – – – “hardwired” nas centrais Não tem numero de telefone, ou sinal de marcação Não há chamadas Custo fixo independente do uso Normalmente usam 2 pares de fios • Usam-se modems síncronos – Mais rápidos que os assíncronos – Dados transmitidos em frames com checksums – Usam um sinal de clock (externo, parte dos dados) • A informação é transmitida em blocos – Framing HDLC ou SDLC • Possibilitam transmissão de 64Kbps a 2Mbps • Modems com interfaces serie: – V.35 até 64Kbps – V.36 até 2Mbps ISDN / RDIS • Linhas telefónicas digitais: – Suporte para múltiplos serviços (voz, dados, video, fax, …) – Canais de comunicação de 64Kbps • Interfaces de acesso: – Basic Rate Interface (BRI): 2x 64Kbps + 16Kbps – Primary Rate Interface (PRI): 30x 64Kbps + 2x 64Kbps – Broadband ISDN (B-ISDN): ISDN sobre ATM • Canais: – Os canais de dados designam-se por canais B • Usualmente é 64Kbps mas em alguns países pode ser 56Kbps – O canal de sinalização designa-se por canal D • Em comunicação de dados usado: – Para acesso Internet como alternativa aos modems – Para linhas de backup – Para ligar filiais de empresas ISDN / RDIS • Muito usado nas centrais telefónicas • A central telefónica do LIP usa 4 circuitos BRI – Permite 8 conversações simultâneas – Melhor qualidade de som – Permite marcação directa de extensões • Um canal B de um BRI pode ser partilhado entre vários equipamentos • Cada equipamento pode usar um ou mais canais B Linha telefónica S/T Terminador ISDN BRI NT-1 Telefone digital ISDN Não é um telefone analógico Computador com adaptador/modem ISDN ISDN / RDIS • A comunicação de dados num cenário mais avançado usa routers em vez de adaptadores ISDN • Um router pode usar múltiplos BRI ou PRI • Um router pode agregar múltiplos canais B Linhas Telefónicas ISDN Terminador ISDN BRI NT-1 Terminador ISDN BRI NT-1 S/T Ethernet Router com interface ISDN + Ethernet Ethernet Switch ISDN / RDIS Linhas Telefónicas ISDN S/T NT-1 NT-1 NT-1 Operador De telecom Terminador ISDN BRI NT-1 Terminador ISDN BRI NT-1 Router com interface ISDN + Ethernet ISDN / RDIS Linhas Telefónicas ISDN S/T Router com interface ISDN + Ethernet Terminador ISDN BRI NT-1 Terminador ISDN BRI NT-1 Operador De telecom Terminador ISDN BRI NT-1 Terminador ISDN BRI NT-1 Router com interface ISDN + Ethernet Digital Subscriber Line (DSL) • Família de tecnologias para comunicação sobre linhas telefónicas – Permite o uso simultâneo da linha para chamadas telefónicas e dados: – As frequências mais baixas são reservadas para a voz • Abaixo de 4 kHz (a transmissão de voz usa 300Hz até 3400Hz) – As frequências mais elevadas são usadas para dados – Um filtro é necessário para ligar o telefone de forma a garantir que o telefone apenas transmite e recebe frequências até aos 4 kHz • Algumas tecnologias xDSL: – – – – HDSL SDSL ADSL VDSL Digital Subscriber Line (DSL) • Pode funcionar em linhas analógicas ou ISDN – Foi inicialmente concebido para linhas ISDN • Funciona através da criação de canais de comunicação – – – – – Começando entre os 10 ou 100kHz Terminando por exemplo em 1 ou 4MHz Tipicamente entre 25kHz e 1.1MHz para a norma ADSL Os canais são automaticamente testados Quantos mais canais em boas condições maior será a largura de banda possível – A distância e qualidade da linha afectam a largura de banda máxima possível – Os canais são divididos em canais de transmissão ou recepção de acordo com o contrato estabelecido com o cliente ADSL • Asymmetric Digital Subscriber Line • Tecnologia da família DSL para uso “domestico” • É assimétrico porque a largura de banda de download é maior do que a de upload – Baseia-se no principio de que a maior parte das utilizações da Internet por clientes domésticos consistem sobretudo em downloads – Um simples HTTP get pode ter como resposta Mbytes de informação • ADSL2+ (ITU G.992.5) vai até 2.2MHz e possibilita: – até 24Mbps de download – até 3.5Mbps de upload ADSL • Suporta dois modos de transporte: – Fast: para transferências de informação que admitam perda de alguns bits (video) – Interleaved: para transferência de ficheiros etc onde o tempo de retransmissão não seja um problema • A transmissão de protocolos de rede em ADSL é encapsulada em: – – – – ATM Ethernet PPPoA PPPoE • O encapsulamento é efectuado no “modem” ADSL ADSL • Rede domestica: – Splitter e ou filtro, telefone POTS – “modem” ADSL, Router, Switch • Frequentemente as funcionalidades estão reunidas Telefones analógicos Linha telefónica analógica Filtro Ethernet Splitter ADSL “modem” + router Ethernet + switch VDSL • Very high bitrate Digital Subscriber Line • VDSL2 (ITU-T G.993.2) vai até 30MHz e possibilita: – até 100Mbps em ambas as direcções – comunicação simétrica – desempenho máximo apenas para distancias muito curtas 300m • Não existe em Portugal Circuitos • As redes WAN (Wide Area Network) são frequentemente baseadas em circuitos disponibilizados por fornecedores de telecomunicações. • Muitos dos circuitos que são usados para transportar dados foram concebidos para transportar voz – A sua capacidade é medida em múltiplos de 64Kbits – Um circuito digital de voz usa codificação PCM de 64kbits – São full duplex Nome T1 T2 T3 E1 E2 E3 Mbps 0.064 1.544 6.312 44.736 2.048 8.448 34.368 Circ. Voz 1 24 96 672 30 120 480 Nome (SONET) STS-1 OC-1 STS-3 OC-3 STS-12 OC-12 STS-24 OC-24 STS-48 OC-48 STM-64 OC-92 STM-256 OC-768 Mbps 51.840 155.520 622.080 1,244.160 2,488.320 9,953.280 39,813.120 C.Voz 810 2430 9720 19440 38880 155520 622080 Fibras Ópticas • Multimode (MMF) – Core da fibra de maior diâmetro > 10 µm – A luz é guiada pela reflexão interna – Múltiplos caminhos • Singlemode (SMF) – Core de diâmetro muito reduzido < 10 µm – Um único caminho Ethernet em WAN • Algumas normas Ethernet para comunicação com fibra óptica em WAN: – – – – – – – – 100Base-FX 1000Base-LX 1000Base-LX 1000Base-LX10 10Gbase-LR 10Gbase-ER 10Gbase-LX4 10Gbase-ZR Fibre Multimode 62.5/125µm Fibre Multimode 62.5/50µm Fibre singlemode 10µm Fibre singlemode Fibre singlemode Fibre singlemode Fibre singlemode Fibre singlemode 100Mb/s 1000Mb/s 1000Mb/s 1000Mb/s 10000Mb/s 10000Mb/s 10000Mb/s 10000Mb/s 2Km 550m 5Km 10Km 10Km 40Km 10Km 80Km Fibra Escura • O termo “dark fibre” refere-se a: – Infra-estruturas de comunicação de dados por fibra instaladas mas não usadas – Fornecidas por: • operadores de telecomunicações • também disponível em ferrovias, auto-estradas, redes eléctricas, redes de gás etc • como o custo principal da instalação das fibras é a engenharia civil faz sentido instalar a fibra em conjunto com outras obras – “dark” refere-se à ausência de sinal (fibras não usadas) – Trata-se de fibras disponíveis para serem iluminadas – O cliente que aluga ou compra as fibras terá ele próprio de instrumentar a fibra (colocar equipamento óptico nos extremos) Fibra Escura • Vantagens: – Elevado desempenho através da multiplexagem – Aumento da largura de banda sem instalar novas fibras – Uma vez adquirida a fibra pode ser instrumentada com a tecnologia que se considere mais adequada (flexibilidade) – Possibilidade de usar tecnologias futuras com mais desempenho pagando apenas a nova instrumentação – Comprar hoje para utilização a 10Gbps no futuro usar 100Gbps • Base para infra-estruturas de rede com tecnologia WDM – FCCN usa Fibra Escura e WDM no seu backbone Wave Division Multiplexing • WDM é uma tecnologia de multiplexagem para comunicação através de fibras ópticas: – Permite múltiplos sinais ópticos na mesma fibra • múltiplos canais de comunicação na mesma fibra • comunicação bidireccional numa única fibra – Cada sinal num comprimento de onda diferente (cor) • designa-se cada comprimento de onda por lambda – Hoje é possível transmitir 80 ~ 160 canais (lambdas) de 10Gbps numa única fibra (1.6Tbps) – Fibras: • Fibras single-mode com 9 µm (mais usual) • Amplificação do sinal a cada 80 ~ 100Km – Tipos de WDM: • • • • Conventional: 16 canais Coarse: 16 canais e maior afastamento entre canais Dense: 80 canais Ultra dense: 160 canais Wave Division Multiplexing • ITU-T G.709: – Recomendação interfaces para redes ópticas de transporte – Forma de transportar múltiplos protocolos sobre WDM • ATM, Ethernet, SDH/SONET, etc – Formato dos frames – Data rates • 2.6Gbps • 10.7Gbps • 43Gbps – Gestão e monitorização das ligações WDM Wave Division Multiplexing 10Gbase-LR 1x fibra em cada direcção 6x 10.7 Gbps Lambdas Comunicação bidireccional 3x lambdas em cada direcção Numa única fibra WDM O/E/O terminal 10Gbase-LR 1x fibra em cada direcção WDM O/E/O terminal ATM • Asynchronous Transfer Mode (ATM) • Tecnologia de transmissão de dados: – – – – – – – Conjunto de normas e protocolos Garantia de qualidade de serviço Flexibilidade na alocação de largura de banda Transporte de dados, video, audio etc na mesma ligação física Muito apoiado pelos operadores de telecomunicações Conceito abrangente de tecnologia de rede universal WAN/LAN Criação de aplicações directamente sobre ATM • Baseado: – No transporte de pequenas células de tamanho fixo em vez de frames de tamanho variável (48 bytes data + 5 bytes header) – Modelo orientado à conexão em que é necessário estabelecer um circuito virtual (VC) antes de poder transmitir informação • Muito adequado a redes WAN e dados de tempo real ATM contexto • Surgiu como tecnologia unificadora que pretendia substituir as tecnologias LAN e WAN então usadas: – As redes Ethernet eram ainda de 10Mbps e estavam ainda a ser desenvolvidas/especificadas normas para 100Mbps – O ATM prometia LANs de 155Mbps – Em WAN ainda usava-se ligações serie e redes ópticas SDH • O aparecimento do FastEthernet 100Mbps mudou tudo: – Os equipamentos FastEthernet eram muito mais baratos – O ATM era extremamente complexo e possuía uma filosofia muito diferente do Ethernet, TokenRing e FDDI – A largura de banda FastEthernet era na prática suficiente e semelhante à largura de banda efectiva do ATM 135Mbps – O aumento da largura de banda nas redes FastEthernet diminuiu a necessidade de mecanismos de alocação/reserva – O desenvolvimento do VOIP diminuiu a necessidade do ATM ATM • Vantagens do ATM: – As células de tamanho fixo permitem diminuir os atrasos da transmissão de informação de tempo real – Especialmente na presença grandes bursts de dados – Permite oferecer diversos tipos de serviços com requisitos diferentes sobre uma única ligação ou infra-estrutura • Ao nível WAN o ATM ainda é muito usado: – xDSL – Circuitos até 622 Mbps – Quando há necessidade de oferecer serviços diferenciados numa mesma ligação – No backbone dos operadores de telecomunicações • As tecnologias tipo Ethernet, VLAN, WDM, IP, MPLS etc são cada vez mais usadas em redes WAN: – Permitem maior largura de banda (Ethernet e WDM) – separação de tráfego (VLAN) – Qualidade de serviço em IP (MPLS) Serviços ATM Guarantee ? Network Architecture Service Model Bandwidth Loss Order Timing best effort none no no no CBR constant rate ATM VBR guarantee rate yes ATM ABR guarantee minimum ATM UBR none Internet ATM Congestion Feedback no (infered via loss) yes no congestion yes yes no congestion no yes no yes no yes no no yes Yes ATM AAL • ATM Adaptation Layers (AAL) • Permitem suportar o transporte de outros protocolos não baseados em ATM sobre ATM: – Ethernet, Frame Relay, UMTS, SONET, TCP/IP etc • As AAL lidam com: – – – – Segmentação e reconstrução Erros de transmissão Células perdidas ou fora se sequência Controlo de fluxo e validade temporal • Exemplo de algumas AAL: – – – – AAL 1 – CBR – emulação de circuitos ex. T1/E1, ISDN etc AAL 2 – VBR-RT – informação tempo real ex. voz AAL 3/4 –VBR-NRT – ex. Frame Relay, X.25 AAL5 – VBR-NRT – ex. IP, Ethernet, LAN Emulation ATM celulas UNI – User-Network Interface • • • • • • GFC VPI VCI PT CLP HEC NNI – Network-Network Interface = Generic Flow Control (4 bits) (default: 4-zero bits) = Virtual Path Identifier (8 bits UNI) or (12 bits NNI) = Virtual channel identifier (16 bits) = Payload Type (3 bits) = Cell Loss Priority (1-bit) = Header Error Control (8-bit CRC, polynomial = X8 + X2 + X + 1) ATM Interfaces • User-Network Interface (UNI): liga equipamentos terminais a um switch ATM • Network-Network Interface (NNI): interliga dois switches ATM ATM VP/VC • Conexões Virtuais ATM: – Virtual Path (VP): identificado pelo VPI é um caminho virtual – Virtual Channel (VC): identificado pelo VCI é um canal dentro de um caminho • O VPI e o VCI: – Não são endereços apenas identificam um circuito – Possuem apenas significado local (a outra ponta pode ter VPI e VCI diferentes) • Serviços ATM: – Permanent Virtual Circuit (PVC): conexão permanente entre pontos – Switched Virtual Circuit (SVC): conexão criada e eliminada dinamicamente ATM VP/VC • Diversas categorias de serviços podem ser transmitidos através de um único VP • No segundo caso dois VPs do tipo Constant Bit Rate transportam multiplos VCs de tipos diferentes ATM VP/VC Point-toPoint X Point-toMultipoint X Transit — Terminate — Permanent virtual path link (PVPL) X X — — Permanent virtual channel connection (PVCC)1 Permanent virtual path connection (PVPC)1 X X X X X X X — Soft permanent virtual channel connection (soft PVCC) X — X — Soft permanent virtual path connection (soft PVPC) X — X — Switched virtual channel connection (SVCC) X X X X Switched virtual path connection (SVPC) X X X — Connection Permanent virtual channel link (PVCL) ATM endereços • Os endereços ATM são usados para estabelecer SVCs • Existem dois tipos de endereços: – Públicos: usam endereços E.164 tipo número de telefone – Privados: usam um endereço de 20bytes designado conhecido por ATM End System Address (AESA) ATM VP/VC • Permanent Virtual Path Circuit (PVPC) • Todos os detalhes dos VPIs ao longo do caminho • Soft Permanent Virtual Channel Circuit (SPCC) • Os detalhes do caminho não são necessários, apenas os extremos são relevantes ATM VP/VC • O ATM permite comunicação ponto-multiponto • Uma mesma célula é enviada através dos 3 VCs ATM ILMI • Interim Local Managment Interface (ILMI) • Protocolo de gestão baseado no SNMP (sem TCP/IP) – Permite obter e reportar informação sobre as interfaces ATM – Cada dispositivo ATM troca informação sobre a configuração das suas interfaces com os dispositivos adjacentes via ILMI • Um dos usos principais é a autoconfiguração – Permite reportar o endereço ATM de uma interface e obter o prefixo a usar – Os protocolos de routing do ATM (PNNI e IISP) usam esta informação para identificar os componentes da rede e levar os circuitos entre os vários switches de uma rede ATM e IP • Estratégias para IP sobre ATM: – O protocolo IP pode ser transportado directamente sobre ATM • Como lidar com o mapeamento endereço IP MAC ? – O protocolo IP pode usar uma camada de abstracção • Emulação ATM de uma LAN clássica LAN Emulation (LANE) ATM e IP • IP sobre ATM: – Necessita de mapeamento entre endereços IP e endereços ATM – Em ethernet o protocolo ARP é usado para resolução de endereços IP em endereços MAC – O protocolo ARP em Ethernet baseia-se em broadcasts – Em ATM não existem broadcasts – A implementação de ARP para ATM usa um servidor de ARP – Cada servidor de ARP mantém a lista das correspondências para a sua subnet e pode ser consultado pelas estações – Os pacotes IP são segmentados em células – A perda de uma célula é a perda de um pacote – O AAL5 tenta mitigar este problema marcando o inicio e fim de cada pacote ATM e IP • LANE: – Emulação de uma Ethernet – Cada interface ATM aparece como uma ou mais interfaces Ethernet – Conceitos: • LANE Client (LEC): é uma qualquer estação da rede • LANE server (LES): servidor em que todos os LEC se registam e que mantém a correspondência entre endereços MAC e implementa o LANE ARP (LE_ARP) • Broadcast and Unknown Server (BUS): um servidor que encaminha broadcasts, multicasts e pacotes com destino desconhecido • LANE configuration server (LECS): redirecciona cada LEC para a sua LAN de acordo com uma configuração (de facto redireciona cada LEC para o LES correcto) WiMAX • • • • • Worldwide Interoperability for Microwave Access IEEE802.16 Tecnologia wireless de longo alcance (Kms) Acesso móvel com antena omnidireccional Acesso fixo com antena direccional • Largura de banda partilhada • 802.16d (acesso fixo) – Alcance até 50Km – Exemplo 10Mbps a 9Km – Desempenho 15 a 35Mbps • 802.16e (acesso móvel) – Desempenho 15 a 35Mbps • 802.16m – 1Gbps fixo – 100Mbps móvel Introdução ao TCP / IP Estandardização do TCP/IP • Existem quatro grupos responsáveis pela supervisão dos processos de estandardização do TCP/IP: – ISOC (Internet Society) Suporta, facilita e promove a evolução e crescimento da Internet como infra estrutura de comunicações. – IAB (Internet Architecture Board) Coordenação e supervisão técnica dos standards. Efectua a revisão e garante a qualidade dos standards. – IETF (Internet Engineering Task Force) Desenvolve especificações técnicas que mais tarde se podem tornar standards. – IRTF (Internet Research Task Force) Coordena projectos de investigação a longo prazo. RFCs • Os standards são publicados sob a forma de RFCs – Request for Comments • Cada RFC é identificado por um numero. – RFC 0007 Host-IMP Interface G.Deloche May 1969 • Um RFC não é obrigatoriamente um standard: – muitos são publicados para fins informativos – outros não chegam sequer a ser aceites como standards. • Os RFCs encontram-se disponíveis para download – http://www.ietf.org/rfc.html • Existe um índex com cada RFC e o seu estado: – Standard, Informational, Experimental, Proposed Standard, Draft Standard, Best Current Practice, Historic, Unknown RFCs • Alguns RFCs importantes: – – – – – – RFC 1700 Parâmetros (números) usados em protocolos. RFC 2500 Estado de estandardização dos protocolos. RFC 1122 Requisitos para hosts nível de comunicação RFC 1123 Requisitos para hosts nível aplicativo RFC 1127 Perspectivas sobre os requisitos RFC 1812 Requisitos para routers IP V4 • Antes de ler um RFCs deve-se verificar se existe uma versão mais recente: – Obsoleted by RFCxxxx Níveis • Os protocolos de comunicação modernos são normalmente baseados em camadas. • O modelo OSI (Open Systems Interconnection) define o processo de comunicação como um conjunto de sete níveis. • As camadas implementam diferentes funcionalidades. • O TCP/IP possui quatro níveis. 7 6 5 4 3 2 1 Modelo OSI Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Ligação Físico 4 3 2 1 TCP / IP Aplicação Transporte Rede Ligação SSH, HTTP, e-mail, etc. TCP, UDP IP, ICMP, IGMP Frames, endereçamento físico, controlo do envio de dados no meio físico Níveis e Funcionalidade 1. O nível de ligação inclui o driver e a interface de rede correspondente. É responsável por lidar com todos os detalhes da ligação física entre o sistema e a rede. 2. O nível de rede lida com a movimentação de pacotes de dados na rede. O encaminhamento (routing) é efectuado neste nível. – O IP, ICMP e IGMP são protocolos de nível de rede. 3. O nível de transporte lida com os fluxos de dados usados pelas aplicações para comunicar entre dois sistemas. – O TCP e o UDP são protocolos de nível de transporte Níveis e Funcionalidade 4. O nível de aplicação é constituído pelos programas usados pelos utilizadores. Por exemplo: – cliente SSH usado para efectuar logins remotos. – cliente FTP usado para transferir ficheiros. – servidor HTTP usado para dar acesso a documentos. Níveis e Funcionalidade Cliente SSH TCP IP Driver e Interface Protocolo Telnet Protocolo TCP Protocolo IP Protocolo Ethernet Ethernet Servidor SSH Aplicação TCP Transporte IP Driver e Interface Rede Processos modo Utilizador modo Kernel Ligação Hardware Níveis e Funcionalidade • No exemplo anterior são exibidos quatro protocolos, um em cada nível. • O TCP/IP é um conjunto de muitos mais protocolos. • Embora o nome do conjunto de protocolos seja TCP/IP o TCP e o IP são apenas dois dos protocolos. • Outro nome possível para o TCP/IP é “Protocolo Internet”. • O termo Internet surge de “Internetwork” ou seja a combinação de múltiplas redes numa só através da sua interligação física e de um protocolo comum. Níveis e Funcionalidade internet não Internet • Para criar uma internet basta: – instalar e configurar o TCP/IP nos vários sistemas. – criar pelo menos duas redes – interligar as duas redes através de um dispositivo de encaminhamento (router ou switch L3). • É na função de encaminhamento que o nível de rede IP assume o seu destaque. Níveis e Funcionalidade • Um sistema que possui mais de um interface de rede chama-se “multihomed”. • Qualquer sistema pode ser “multihomed”. • A um sistema “multihomed” que encaminha tráfego entre as suas varias interfaces chama-se “router”. A Um host não faz encaminhamento de pacotes A host = OK B host = OK A B = KO Um router faz encaminhamento de pacotes A host = OK B host = OK A B = OK host router B A B Níveis e Funcionalidade Protocolo Telnet Cliente SSH Servidor SSH Protocolo TCP TCP TCP Router Protocolo IP IP Driver Ethernet Protocolo Ethernet Interface Ethernet Protocolo IP IP Driver Ethernet Interface Driver FDDI Protocolo FDDI IP Driver FDDI Interface Interface FDDI Níveis e Funcionalidade • O nível de rede (IP) implementa um serviço não fiável: – Best Effort • O IP nada garante: – Não garante a entrega de pacotes – Não garante a sequencia de chegada • Os níveis acima do IP nada sabem sobre: – topologia física da rede – a existência de routers Níveis e Funcionalidade • TCP • O TCP implementa um fluxo (byte stream) de dados fiável entre dois sistemas. – Conceito de ligação (estabelecimento, transmissão e fim) • Divide os dados em pacotes e envia-os. • Implementa o mecanismo de acks, timeouts e retransmissão. – Garantir a chegada dos pacotes • Recebe os pacotes e reconstrói o fluxo de dados. – Garantir a entrega dos dados às aplicações na mesma sequencia com que foram enviados • Como é um protocolo fiável a aplicação não precisa de se preocupar com detalhes como retransmissão ou ordenação dos pacotes na recepção. Níveis e Funcionalidade • UDP • O UDP implementa um serviço simples e não garantido – Como o IP mas orientado para aplicações – Não possui conceito de ligação (pacote a pacote) • Envia pacotes de dados (datagramas) entre duas aplicações em dois sistemas. – Não oferece garantias de que os pacotes cheguem na mesma sequencia em que foram enviados. – Não oferece sequer garantia de que os pacotes cheguem ao destino. • As aplicações que usem UDP têm elas mesmo de implementar um protocolo fiável – Se tal for desejável. Níveis e Funcionalidade Processo Processo Processo TCP ICMP ARP IP Interface de rede Rede Física Processo Aplicação UDP Transporte IGMP RARP Rede Ligação Endereços IP • Dentro de uma rede cada interface tem de possuir um endereço IP diferente. • Um endereço IP (v4) é um numero de 32 bits (4 bytes). • Um endereço IP é normalmente representado como: – quatro números decimais separados por pontos. – cada numero representa um dos quatro bytes • Exemplos: 193.136.90.81 10.0.0.254 Endereços IP • Uma vez que os endereços das interfaces têm de ser únicos a sua atribuição tem de ser controlada. • O ICANN “Internet Corporation for Assigned Names and Numbers” supervisiona a delegação do espaço de endereçamento. • A ICANN delega o espaço de endereçamento a “Regional Internet Registries” (RIR): – – – – – ARIN: América do Norte RIPE: Europa, Médio Oriente APNIC: Ásia/Pacifico AfriNIC: África LACNIC: América Latina • Cada “RIR” pode delegar a atribuição de partes do espaço de endereçamento a “Local Internet Registries”. • Os “Local Internet Registries” (LIR) dependem dos “RIR” e são operados tipicamente por service providers para alocação de endereços aos seus clientes Endereços IP • O espaço de endereçamento IP era originalmente dividido em 5 classes: 0 Rede 7bits Classe A Sistema 24bits 0.0.0.0 – 127.255.255.255 1 0 Rede 14bits Sistema 16bits Classe B 128.0.0.0 – 191.255.255.255 1 1 0 Rede 21bits Sistema 8bits Classe C 192.0.0.0 – 223.255.255.255 1 1 1 0 Grupo de multicast 28bits Classe D 224.0.0.0 – 239.255.255.255 1 1 1 1 0 Reservado 27bits 240.0.0.0 – 254.255.255.255 Classe E Endereços IP • O modelo de classes possui sérios problemas de escalabilidade. • O modelo actual designa-se por Classless and Subnet Address Extensions (CIDR). • No CIDR a divisão entre endereço de rede e de maquina não é limitada às 5 classes. • Qualquer divisão do número de bits entre endereço de rede e de maquina é valida. • Na nova notação a separação entre endereço de rede e de maquina é efectuada especificando o numero de bits alocados ao endereço de rede. • O número de bits de rede é especificado sob a forma de um numero decimal separado do endereço IP por um “/” Alocação de Endereços • Evolução da alocação de endereços IP v4 pelo ICANN / IANA até finais de 2009 Endereços IP • Exemplos de endereços “classless”: . 193 1 1 0 0 0 0 0 1 137 . 1 0 0 0 1 0 0 1 98 . 0 1 1 0 0 0 1 0 . 1 1 0 0 0 0 0 1 137 . 1 0 0 0 1 0 0 1 Endereço de rede / 28 1 1 1 1 0 0 0 0 Endereço de sistema (host) Endereço de rede 193 240 98 0 1 1 0 0 0 1 0 . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço de sistema (host) / 23 Mascara de Rede • A mascara de rede identifica os bits de rede • Assumindo 23 bits de endereço de rede mascara da rede IP 193.137.98 ser representada: – 193.137.98.0 /23 – Ou como mascara de bits 255.255.254.0 . 193 1 1 0 0 0 0 0 1 137 . 1 0 0 0 1 0 0 1 98 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 . 255 1 1 1 1 1 1 1 1 . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço de sistema Endereço de rede 255 . 254 1 1 1 1 1 1 1 0 mascara de rede . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 / 23 Endereço de Broadcast • Um datagrama de broadcast chega a todos os hosts de uma rede IP • Cada rede IP possui um endereço de broadcast • O Endereço de broadcast tem todos os bits do host a 1 – Rede 193.137.98.0/24 broadcast 193.137.98.255 – Rede 193.137.98.0/23 broadcast 193.137.99.255 . 193 1 1 0 0 0 0 0 1 137 1 0 0 0 1 0 0 1 . 193 1 1 0 0 0 0 0 1 . 137 98 0 1 1 0 0 0 1 0 . 1 0 0 0 1 0 0 1 Endereço de rede 99 0 1 1 0 0 0 1 1 . 255 / 24 1 1 1 1 1 1 1 1 . 255 1 1 1 1 1 1 1 1 Endereço de broadcast / 23 Configurar uma Interface • Em Linux: – ifconfig • Exemplo: – ifconfig eth0 10.67.54.3 netmask 255.255.255.0 up – ifconfig eth0 down • Em Windows o comando ipconfig/all em janela de comando permite ver a informação sobre as interfaces Configurar uma Interface • Em RedHat Linux: – /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0 • Configuração típica: DEVICE=eth0 BOOTPROTO=none BROADCAST=10.255.255.255 HWADDR=00:17:39:7E:A0:67 IPADDR=10.153.1.1 NETMASK=255.0.0.0 NETWORK=10.0.0.0 ONBOOT=yes TYPE=Ethernet GATEWAY=10.0.0.254 • Iniciar e parar uma interface configurada em ifcfg-eth0: /sbin/ifup eth0 /sbin/ifdown eth0 Parar e Iniciar a Rede • Em RedHat Linux: /etc/init.d/network start ou service network start /etc/init.d/network stop /etc/init.d/network restart /etc/init.d/network status Configurar uma Interface • Num router com IOS (CISCO) ou similar • Tem de se entrar em modo de configuração comando config Interface GigabitEthernet2/1 no switchport description Ligação ao router B ip address 199.132.41.49 255.255.255.240 ip address 174.158.100.254 255.255.255.0 secondary no shutdown Interface GigabitEthernet2/1 shutdown no ip address 174.158.100.254 255.255.255.0 secondary no ip address 199.132.41.49 255.255.255.240 no description Endereços IP privados • Existem três blocos de endereços IP ditos privados: – reservados para redes fechadas que não estão ligadas directamente à Internet (RFC 1918). – estes endereços não são validos na Internet. – os endereços privados podem ser utilizados livremente. – existem múltiplas redes privadas a reutilizar estes endereços. – Blocos: 10.0.0.0 172.16.0.0 192.168.0.0 169.254.0.0 a a a a 10.255.255.255 172.31.255.255 192.168.255.255 169.254.255.255 – O LIP usa endereços dos blocos privadas: • 10.0.0.0/8 • 192.168.0.0/16 Endereços IP privados • A utilização de NAT (Network Address Translation) permite que uma organização possa estar ligada à Internet usando na sua rede interna endereços RFC 1918. – O NAT efectua a conversão dos endereços privados em endereços públicos através do mapeamento temporário ou permanente destes endereços em endereços públicos atribuídos à organização – A conversão é efectuada nos dispositivos que efectuam a ligação entre a rede local e a Internet (firewalls/routers) – O NAT aumenta a segurança porque esconde a topologia interna da rede, e impede o acesso a sistemas internos – O NAT permite a criação de redes de grandes dimensões sem recurso aos escassos endereços IP públicos. DNS • Embora as interfaces de rede as maquinas e o encaminhamento de pacotes seja feito com base no endereço IP para conveniência dos humanos é possível usar nomes em vez de endereços IP. • O mecanismo que permite a tradução de nomes em endereços IP e vice versa chama-se Domain Name System (DNS). • O DNS é uma “base de dados” hierárquica distribuída. • As aplicações convertem nomes em endereços através de funções de biblioteca, este processo designa-se de “lookup”. • Da mesma forma o processo de obtenção de um nome com base num endereço IP designa-se “reverse lookup”. • A maior parte das aplicações que aceita nomes também aceita endereços IP no formato “dotted decimal”. DNS • Resolver em RedHat Linux: – /etc/resolv.conf $ cat /etc/resolv.conf # Generated by NetworkManager search lip.pt nameserver 10.226.1.1 nameserver 10.226.1.2 • Em Fedora preferencialmente mudar em: – /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0 DNS1=10.226.1.1 DNS2=10.226.1.2 DOMAIN=lip.pt Encapsulamento • Os dados transmitidos por uma aplicação são enviados pelas varias camadas até chegarem à rede física. • Cada camada acrescenta informação especifica do protocolo sob a forma de “headers” e “trailers”. • Cada protocolo encapsula os dados enviados pela camada imediatamente acima num pacote que também contem o “header” e “trailer” correspondente. • Cada tipo de pacote possui um nome especifico. – Datagrama IP – Segmento TCP – Datagrama UDP Encapsulamento Aplicação Dados específicos da aplicação TCP Header TCP Dados específicos da aplicação Segmento TCP Header IP Header TCP IP Dados específicos da aplicação Datagrama IP 14 20 20 Header Ethernet Header IP Header TCP 4 Dados específicos da aplicação Frame Ethernet Trailer Ethernet Driver de rede Encapsulamento • Os datagramas IP podem transportar dados provenientes de diversos protocolos. – O ICANN controla a atribuição de identificadores de protocolos IP – http://www.iana.org/assigments/protocol-numbers • Para identificar o tipo de conteúdo transportado por um datagrama IP o “header” IP contem um identificador de protocolo que pode assumir vários valores: – 1 ICMP – 2 IGMP – 6 TCP – 8 EGP – 17 UDP – 29 ISO-TP4 – 36 XTP – 41 IPv6 • Em Linux: • /etc/protocols – 43 IPv6-Route – 44 IPv6-Frag – 46 RSVP – 47 GRE – 93 AX.25 – 97 ETHERIP – 103 PIM – 111 IPX-in-IP Encapsulamento Protocolo Telnet Cliente SSH Servidor SSH Protocolo TCP TCP Router IP Protocolo IP IP Driver Ethernet Protocolo Ethernet Interface TCP Driver Ethernet Interface Protocolo IP Driver FDDI Protocolo FDDI Driver FDDI Interface Interface Ethernet IP A router B FDDI E(A) E(router) Proto(ip) Ip(A) Ip(B) ProtoIp(tcp) TCP header + dados Header Ethernet Header IP E(router) E(B) Proto(ip) Ip(A) Ip(B) ProtoIp(tcp) TCP header + dados Header Ethernet Header IP Encapsulamento • Da mesma forma um “frame Ethernet” possui um identificador no seu “header” que indica que tipo de protocolo o frame transporta • http://www.iana.org/assigments/ethernet-numbers • Varias aplicações podem transmitir e receber dados simultaneamente: • o TCP e o UDP usam nos seus “headers” identificadores para determinar os processos de origem e destino dos dados • a estes identificadores são as portas TCP ou UDP • http://www.iana.org/assigments/port-numbers • Em Linux /etc/services Desencapsulamento Processo Processo Desmultiplexagem baseada no numero da porta de destino TCP UDP IGMP ICMP Desmultiplexagem baseada no tipo de protocolo no header IP Desmultiplexagem baseada no tipo existente no header do frame Processo IP ARP RARP Interface de rede Chegada de um frame Ethernet Portas • Os protocolos TCP e UDP identificam as aplicações com base nos números de porta. • Existem três conjuntos de portas • Well Known Ports – – – – Portas entre 0 e 1023 Reservadas para servidores de algumas aplicações bem conhecidas Atribuição das portas a aplicações controlada pelo ICANN Necessário privilegio de root para criar sockets neste espaço • Registered Ports – Portas entre 1024 e 49151 – Podem ser usadas por qualquer aplicação – O ICANN mantém um registo para conveniência dos utilizadores • Dynamic / Private Ports – Portas entre 49152 e 65535 – Portas efémeras para alocação automática para clientes Portas • Exemplo: – O processo servidor SSH: • Arranca e associa-se à well-known-port atribuída ao SSH – Associação OK se for root e a porta não estiver ocupada • Fica à escuta de ligações de clientes na well-known-port – Quando um cliente SSH se pretende ligar ao servidor: • Pede ao kernel associação a uma porta local efémera – O kernel decide qual porta atribuir • Estabelece uma ligação TCP com o servidor SSH • A ligação TCP é entre a porta efémera e a well-known-port Cliente SSH Porta 50451 Servidor SSH Ligação TCP Porta 22 Portas • Em Linux o conjunto de portas efémeras é definida por um parâmetro do kernel: $ sysctl –a | grep port_range net.ipv4.ip_local_port_range = 32768 61000 • Na prática varia entre implementações etc. • Pode ser mudado pelo administrador do sistema Portas • Algumas Well Known Ports: – SSH – FTP – TFTP – SMTP – POP3 – SNMP – NEWS – HTTPS – DOMAIN TCP 22 TCP 21 UDP 69 TCP 25 TCP 110 UDP 161 TCP 144 TCP 413 TCP/UDP 53 • Em Linux: • /etc/services Implementações • A implementação referencia do TCP/IP foi desenvolvida pela Universidade de Berkeley na Califórnia. • Vários vendedores/fabricantes possuem implementações de TCP/IP inspiradas nas implementações originais de Berkeley. 4.2BSD 1983 4.3BSD 1986 4.3BSD Tahoe 1988 4.3BSD Reno 1990 Linux 1991 4.4BSD 1993 FreeBSD NetBSD OpenBSD APIs • Existem fundamentalmente dois APIs para desenvolvimento de aplicações com TCP/IP. – BSD Sockets • Desenvolvido por Berkeley – TLI (Transport Layer Interface) • Desenvolvido pela AT&T • Mais complexo e difícil de usar – XTI (X/Open transport interface) • Standard baseado no TLI • A existência de cada API numa maquina depende do sistema operativo usado. • Alguns sistemas operativos disponibilizam os dois APIs. • A esmagadora maioria disponibiliza o BSD Sockets API BSD sockets API • Funções: – – – – – – – – – – – – – – – socket() bind() listen() connect() accept() send() recv() write() read() sendto() recvfrom() close() gethostbyname() gethostbyaddr() select() poll() getsockopt() setsockopt() cria um novo socket servidores liga socket a uma porta servidores usado em TCP para entrar em escuta clientes estabelece ligação TCP servidores aceita uma ligação TCP remota enviar/receber enviar/receber enviar/receber termina e liberta recursos resolve nomes resolve endereços seleccionar sockets prontos a ler, escrever, ou c/ erros verificar/testar o estado dos sockets obter opções de um socket alterar opções de um socket O Nível de Ligação Encapsulamento Ethernet Encapsulamento IEEE 802.2/802.3 (RFC 1042) endereço Destino (6) endereço Origem (6) tamanho (2) 802.3 MAC DSAP 0xaa (1) SSAP 0xaa (1) 802.2 LLC CNTL 0x03 (1) codigo org 0x0 (3) tipo DADOS (2) (38-1492) trailer CRC (4) 802.2 SNAP Encapsulamento Ethernet original ou encapsulamento ARPA (RFC 894) endereço Destino (6) endereço Origem (6) tipo DADOS (2) (46-1500) trailer CRC (4) • Cada frame IEEE 802.3 é precedido por um preambulo de 7 bytes seguido de um delimitador de frame com 1 byte. • Cada frame Ethernet é precedido por um preambulo de 8 bytes. Ethernet • O TCP/IP suporta o encapsulamento de pacotes IP em redes Ethernet e IEEE 802.3 • Os requisitos de encapsulamento para um sistema ligado a uma rede do tipo Ethernet são: – Tem de permitir envio e recepção de pacotes com encapsulamento Ethernet original. – Deve poder receber pacotes com encapsulamento IEEE 802.3 – Pode ou não enviar pacotes com encapsulamento IEEE 802.3 – Se suportar o envio pacotes em ambos os encapsulamentos então a opção de envio deve ser configurável e usar por defeito encapsulamento Ethernet original. Campos de um Frame Ethernet • Tipo: identifica o protocolo de alto nível contido no campo de dados. O uso do campo tipo permite que múltiplos protocolos possam coexistir numa mesma rede Ethernet. – 0800 IP – 0805 X.25 nível 3 – 6003 DECnet Phase IV – 6004 DEC LAT – 809B AppleTalk – 80D5 IBM SNA – 8137 8138 IPX/SPX – 0BAD Banyan – 0806 ARP • Tamanho: número de bytes no campo de dados. • Existe um tamanho mínimo de frame Ethernet, de modo a garantir que há tempo suficiente para que as interfaces possam detectar colisões. • Sistemas que suportem frames Ethernet e 802.3 usam este campo para diferenciar os dois tipos de frame. Se o valor for exceder 1500 bytes é um tipo (frame Ethernet) caso contrario é um tamanho (frame IEEE 802.3) • CRC: Resultado de uma função polinomial para detecção de erros de cobre o frame desde o endereço de destino ao fim do campo de dados. Encapsulamento Ethernet Encapsulamento Ethernet II (RFC 894) Também conhecido por encapsulamento ARPA ou DIX endereço Destino (6) endereço Origem (6) tipo DADOS trailer CRC (4) (2) (46-1500) tipo 0x0800 (2) DATAGRAMA IP (46-1500) tipo 0x0806 (2) Pedido ou Resposta ARP PAD (28) (18) tipo 0x8035 (2) Pedido ou Resposta RARP PAD (28) (18) Encapsulamento Ethernet Encapsulamento IEEE 802.2/802.3 (RFC 1042) LLC endereço Destino (6) Indica presença de um cabeçalho SNAP endereço Origem (6) O código de protocolo ou organização a zero Indica que o tipo é Ethernet tamanho (2) DSAP 0xaa (1) SSAP 0xaa (1) tipo 0x0800 (2) SNAP CNTL 0x03 (1) Org 0x0 (3) tipo DADOS (2) (38-1492) DATAGRAMA IP (38-1492) tipo 0x0806 (2) Pedido ou Resposta ARP PAD (28) (10) tipo 0x8035 (2) Pedido ou Resposta RARP PAD (28) (10) trailer CRC (4) Encapsulamento Ethernet endereço Destino (6) endereço Destino (6) endereço Origem (6) endereço Origem (6) tipo DADOS (2) (46-1500) tamanho (2) DSAP 0xaa (1) SSAP 0xaa (1) CNTL 0x03 (1) Org 0x0 (3) trailer CRC (4) tipo DADOS (2) (38-1492) trailer CRC (4) • Dois tipos de frame ?!?!? – O campo tipo e o campo tamanho ocupam o mesmo lugar nos dois tipos de frame ?!?!? – Como é que se distinguem os dois tipos de frames ? • Por convenção: – O menor valor possível em ETHERNET para o tipo é 0x0600 – O maior tamanho de frame standard possível é 0x05DC • Logo não há confusão e é possível ter os dois tipos de encapsulamento na mesma rede física. Encapsulamento Ethernet endereço Destino (6) endereço Origem (6) tipo DADOS (2) (46-1500) endereço Destino (6) endereço Origem (6) tipo 0x8870 (2) DSAP 0xaa (1) SSAP 0xaa (1) CNTL 0x03 (1) endereço Destino (6) endereço Origem (6) tamanho DSAP 0xaa (1) SSAP 0xaa (1) CNTL 0x03 (1) (2) trailer CRC (4) DADOS trailer CRC (4) (43-?) código Org (3) tipo DADOS (2) (38-1492) trailer CRC (4) • Jumbo frames: – Suporte para frames maiores que 1500 bytes – Não é suportado pela IEEE – Baseia-se num draft do IETF (Extended Ethernet Frame Size Support) • Implementação: – Usar um frame ETHERNET (RFC 894) – Usar o tipo de dados 0x8870 para indicar que é um jumbo frame – Usar campos IEEE802.3 DSAP, SSAP e CNTL para especificar os dados/protocolo – Os campos IEEE802.3 de código, tipo e a informação sobre tamanho estão ausentes SLIP (Serial Line IP) • O SLIP (RFC 1055) é uma forma simples de encapsulamento para uso em linhas série. • Foi o antecessor do PPP. • As regras do encapsulamento SLIP são: – Cada datagrama IP é terminado com o carácter 0xc0. – Algumas implementações transmitem o carácter 0xc0 também no inicio do datagrama IP. – Se um byte no datagrama for igual a 0xc0 a sequencia 0xdb 0xdc é transmitida em sua substituição. – Se um byte do datagrama for igual a 0xdb a sequência 0xdb 0xdd é enviada em sua substituição. SLIP (Serial Line IP) • O SLIP devido à sua simplicidade apresenta os seguintes problemas: – Não existe nenhum mecanismo para informar os extremos sobre qual o endereço IP a usar. – Não existe um campo para o tipo de dados o que impede a utilização do SLIP por parte de outros protocolos. – Não existe um CRC o que pode causar problemas em linhas com ruído. • Uma vez que o IP não pode confiar que o nível de ligação possua sempre um CRC, o protocolo inclui suporte para CRC nas suas camadas de rede e transporte. CSLIP (Compressed SLIP) • Uma vez que: – As linhas série RS232 são usualmente lentas. – O SLIP é usado frequentemente com aplicações interactivas que transmitem poucos dados de cada vez – A transmissão de um byte de dados implica a transmissão de 20 bytes de cabeçalho IP mais 20 bytes de cabeçalho TCP. • Uma versão optimizada do SLIP designada por CSLIP foi especificada no RFC 1144. • O CSLIP mantêm em cada extremo o estado de até 16 ligações TCP que tenham sido estabelecidas. • O CSLIP reduz os 40 bytes de cabeçalho a 3 ou 5 bytes. • Isto é possível porque maior parte dos bytes dos cabeçalhos não muda durante a duração de uma ligação. • O CSLIP melhora bastante a resposta interactiva das aplicações. PPP (Point to Point Protocol) • O PPP foi desenvolvido para colmatar as insuficiências do SLIP • O PPP consiste nos seguintes componentes: – Um mecanismo de encapsulamento para ligações série assíncronas ou síncronas (RFC 1548). – Um protocolo de estabelecimento de ligação que permite estabelecer, configurar e testar uma ligação. Isto permite que cada extremo possa negociar varias opções (RFC 1548). – O PPP possui suporte para múltiplos protocolos IP (RFC 1332), OSI, DECnet e AppleTalk. – O PPP foi muito utilizado em ligações por modem e RDIS – O PPP ainda é muito utilizado em ligações ADSL com PPPoE ou PPPoA – O PPP ainda é muito utilizado em VPNs PPP (Point to Point Protocol) • O formato dos frames PPP é similar ao standard ISO HDLC. • Cada frame começa e termina com 0x7e. • Para enviar o byte 0x7e é transmitido o par 0x7d 0x5e. • Para enviar o byte 0x7d é transmitido o par 0x7d 0x5d. • Os caracteres a baixo de 0x20 são transmitidos sob a forma 0x7d seguido do byte correspondente com o sexto bit invertido. PPP (Point to Point Protocol) flag 0x7E (1) endereço 0xFF (1) controle 0x03 (1) protocolo DADOS CRC (2) (até 1500) (2) protocolo 0x0021 DATAGRAMA IP protocolo 0xC021 Dados de controle de ligação protocolo 0x8021 Dados de controle de rede flag 0x7E (1) PPP • Link Control Protocol (LCP): – Controla o estabelecimento e fim de uma ligação PPP • • • • Autenticação (CHAP, EAP ou PAP) Compressão Estabelecimento de ligações Multilink etc • Network Control Protocol (NCP): – Controla aspectos da negociação do nível de rede – Endereços a atribuir aos extremos etc – Existem protocolos NCP específicos para cada protocolo a transportar • IPCP para TCP/IP • IPXCP para o Novell IPX etc. • IPv6CP para o IPv6 – Um link PPP pode suportar mais de um protocolo em simultâneo Multilink PPP • Conhecido por: MPPP, MP, MLP ou MLPPP • Agregação de múltiplas ligações PPP: – Permite balanceamento das ligações – Permite atingir maiores larguras de banda – A agregação é realizada dinamicamente quando o tráfego ultrapassa um limiar de utilização – A agregação é negociada pelo LCP (Link Control Protocol) do PPP • Foi muito usado para agregar: – Canais B ISDN (64Kbps) – Outras ligações e/ou serviços dialup … • Requer suporte em ambos os extremos !!! – No estrangeiro à fornecedores IP a oferecer conectividade MPPP – Pode ser usado para ligar uma delegação a uma sede • Funciona num nível lógico: – Pode agregar qualquer tipo de interface – Nem todas as interfaces precisam de usar a mesma tecnologia – É possível por exemplo efectuar DSL bonding com multilink PPPoE Interface de Loopback • A maior parte das implementações de TCP/IP suportam o conceito de interface de loopback. – Em Linux lo • Uma interface de loopback permite que aplicações residentes num mesmo sistema possam comunicar entre si mesmo quando o sistema não possui uma interface de rede física. – A rede “classe A” 127 está reservada para a interface de loopback. – Usualmente o endereço usado é o 127.0.0.1 e o nome geralmente atribuído é localhost. • A interface de loopback é geralmente implementada no nível de ligação. – Tudo o que é enviado para a interface de loopback surge como input no nível de rede IP. – A interface de loopback também é usada quando o endereço de destino é o endereço de uma interface local ou um endereço de broadcast ou multicast. Interface de Loopback Nível de rede IP Função IP de saída Mover para a função IP de entrada Driver Loopback Sim Função IP de entrada Endereço IP de destino é um endereço de multicast ou broadcast ? Mover para a função IP de entrada Não Nível de ligação Ethernet Endereço IP de destino igual ao endereço da Sim interface local ? IP Não ARP Rede Ethernet ARP Desmultiplexagem baseada no tipo de frame