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40 A Influência da Glutamina como Imunofármaconutriente para controle de alterações Metabólicas em Pacientes com HIV/AIDS
A INFLUÊNCIA DA GLUTAMINA COMO IMUNOFÁRMACONUTRIENTE
PARA CONTROLE DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM PACIENTES COM
HIV/AIDS
Autores:
Juliana Ramos Leones 1
Daniela de Brito Mauricio2
Cervantes Caporossi3
1. Enfermeira Especialista em UTI Neonatal. Enfermeira do
SAE – Cuiabá- MT
Aluna do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato
Grosso.
2. Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Hospitalar. Fisioterapeuta do Hospital Universitário Júlio Muller.
3. Professor Associado IV do Departamento de Clínica Cirurg-
RESUMO
Este estudo de revisão bibliográfica baseou-se em artigos científicos sobre a influência
da glutamina no tratamento de alterações metabólicas observadas em pacientes com
HIV/AIDS. Os artigos foram baseados em duas bases de dados (PubMed e Capes), nos
períodos entre 1999 a 2012. Os unitermos usados foram: HIV/AIDS, glutamina, alteração
metabólica.
A amostra foi constituída por apenas 12 artigos científicos encontrados. Através dos dados encontrados, acredita-se que exista uma inter-relação entre desnutrição e HIV/AIDS.
A glutamina tem sido referida com propriedades benéficas para o sistema imune do paciente, porém de forma ainda muito limitada em paciente com HIV/AIDS.
ia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato
Grosso. Professor do Curso de Pós-Graduação em Ciências
Unitermos: HIV/AIDS, glutamina, alteração metabólica.
da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Mato Grosso.
Correspondência Autor
Cervantes Caporossi
INTRODUÇÃO
Marechal Deodoro 135 apt. 901 Ed. Rio Sena
Goiabeiras 78045 350 - Cuiabá - Mato Grosso
[email protected]
1. Sleegers WC. Alterações no Metabolismo Lípidico e Glícidico de Crianças portadoras de HIV/AIDS Atendidas na
Unidade Mista de Saúde da Regional Sul (Hospital Dia)
no Distrito Federal (Brasil). [Dissertação de Mestrado online]. Brasilia: Universidade de Brasília; 2006. [Acessado
em: 18 dez. 2011]; 105. Núcleo de Medicina Tropical. Disponível em: http://repositorio.bce.unb.br/dissertacaowc.
2. Suttajit M. Advances in nutrition Support for Quality of Life
in HIV/AIDS.School of Science and Technology, Naresuan University, Phayao. Thailand. [Periódico online]. 2007
[Acessado em: 18 dez. 2011]; 318-322. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed.
3. Oguntibeju OO, Van Schalkwyc FE. The Interrelationship
Between Nutrition and the Immune System in HIV Infection. A Review Pakistan Journal of Biological Sciences
[Periodico on line]. 2007 [Acessado em: 18 Dez 2011];
4327-4338. Disponível em: Http//www.ncbi.nlm.nih.gov/
pubmedhivandnutrition.
4. Kramer AS, Lazzarotto AR, Sprinz E, Manfroi WC. Alterações metabólicas, terapia antirretroviral e doença cardiovascular em idosos portadores de HIV. São Paulo.
Arquivo Brasileiro de Cardiologia. [periódico online]. 2009
[Acessado em: 18 dez. 2011]; 15 (5):v. 93 n. 5. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.
5.
Guimarães MM, Greco DB, Ribeiro AOJr, Penido MG,
Machado LJC. Distribuição da Gordura Corporal e Perfis
Lipídico e Glicêmico de Pacientes Infectados pelo HIV.
Belo Horizonte. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e
Metabolismo. [Periódico online]. 2007 [Acessado em: 18
dez. 2011]; 42-51. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.
nih.gov/pubmed/17435854.
COORTE - Revista Científica do Hospital Santa Rosa. 2011;3 (3): 40-44
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é uma doença originada por um vírus da
família retrovírus que gera manifestações clínicas decorrente da infecção ocorrida pela
doença. A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a forma de manifestação
mais grave e avançada e causa severa imunossupressão manifestada por uma variedade de sinais e sintomas clínicos¹.
O sistema imunológico das pessoas infectadas pelo HIV/AIDS torna-se gradualmente
enfraquecido até que tenham sinais e sintomas que caracterizam a doença. Geralmente,
a infecção aguda progride, tanto devagar ou rapidamente, ao início da infecção pelo HIV,
podendo ser sintomática ou assintomática. Os principais sintomas são: febre, calafrios,
sudorese (especialmente à noite), gânglios infartados, fraqueza e perda de peso2.
O vírus do HIV faz replicação no interior das células hospedeiras. E para eliminar a
infecção, o sistema imunitário deve reconhecer e destruir as células infectadas. As células que medeiam a imunidade incluem linfócitos, entre eles, as células CD4 (também
chamados de células T4 e células T-helper), que são essenciais para o funcionamento
do sistema imunológico. A infecção pelo HIV destrói as células T CD4 e conduz a uma
deterioração do sistema imunológico3.
O tratamento antirretroviral (TARV), baseado em esquemas contendo pelo menos duas
drogas, mostra-se altamente eficaz na redução da morbi-mortalidade associada à infecção causada pela AIDS. Entretanto, o tratamento antirretroviral pode induzir complicações metabólicas graves, tais como resistência à insulina, síndrome metabólica,
lipodistrofia e doenças cardiovasculares. Os efeitos metabólicos com uso da terapia são
conhecidos em pacientes infectados pelo HIV/AIDS com condições clínicas inter-relacionadas e prevalência significativamente maior4.
Apesar dos avanços científicos ao longo da história, principalmente no que se refere à
introdução da highly active antiretroviral therapy (HAART – terapia antirretroviral fortemente ativa) no tratamento de pessoas que vivem com HIV/AIDS, passou-se a observar
importantes alterações metabólicas frente ao emprego desses medicamentos5. Os problemas nutricionais têm se mostrado significantes e contribuem para perda de peso, depleção de tecido magro, lipoatrofia, perda de apetite, diarréia, e estado hipermetabólico
aumentado acarretando ao aumento no risco de morte em HIV/AIDS².
O comprometimento do estado nutricional de pessoas com HIV/AIDS podem deixá-las
susceptíveis a doenças infecciosas o que leva a disfunção imune e a resposta metabólica que alteram ainda mais o estado nutricional.
A Influência da Glutamina como Imunofármaconutriente para controle de alterações Metabólicas em Pacientes com HIV/AIDS 41
Evidências científicas disponíveis revelam que macronutrientes são essenciais para combater a infecção por HIV, pois estimulam o sistema imunológico a combater os agentes infecciosos. Acredita-se que a disfunção imune causada pelo vírus HIV leva a desnutrição e
este por sua vez leva à disfunção do sistema imune e a progressão acelerada para AIDS6.
Para Suttajit, a melhora do estado nutricional com alimentos e suplementos, incluindo
nutrientes e outros componentes bio-ativos de alimentos, são necessário para manter
o sistema imunológico. Portanto, a nutrição desempenha um papel importante na manutenção do sistema imune. O desequilíbrio do estado nutricional é um dos principais
cofactores na infecção pelo HIV, e pode contribuir para a morte durante a progressão da
AIDS2.
Recentes pesquisas abordam o uso de imunofarmaconutrientes (glutamina, arginina,
selênio, ômega 3 dentre outros) como imunoterapia nutricional coadjuvante na melhora
dos sinais e sintomas causados pela doença e por consequência diminuição de sua progressão.
A suplementação por via oral ou enteral com glutamina mostrou-se benéfica em situações
de estress sofrida pelo organismo pois podem ser necessárias para preservar a glutamina
produzida pelo organismo, manter a integridade do intestino, fornecer de combustível para
as células com alta rotatividade, melhorar o balanço nitrogenado em situações de trauma
cirúrgico e diminuir a translocação bacteriana¹.
Com relação a infecção pelo HIV, parece induzir deficiência de glutamina, em decorrência
do ritmo acelerado das células do sistema imunológico que ocorre nas fases aguda e
crônica da infecção. Entretanto, fontes de glutamina parecem estar esgotadas mesmo em
indivíduos assintomáticos. A perda de massa magra é comum na fase de infecção por HIV,
e a perda de glutamina a partir do musculo esquelético pode acelerar ainda mais em situações em que a diarréia, febre, anorexia, má absorção e infecções oportunistas ocorrem8.
Savy afirma que a suplementação de glutamina parece ser um potente limitador na perda
de massa muscular esquelética, reduz a diarréia e má absorção, melhora a defesa imune
do hospedeiro, e diminui a incidência de infecções oportunistas associados com infecção
por HIV e AIDS8.
Diante das evidências supracitadas e por ter sido reconhecido importante o papel da nutrição no tratamento de pessoas que vivem com HIV/AIDS, este artigo de revisão tem
como objetivo buscar na literatura artigos que façam alusão ao tema proposto, muito embora a escassez de pesquisas sobre a temática tenha nos motivado a realizar este artigo
de revisão.
REVISÃO DA LITERATURA
A viremia primária causada pelo HIV provoca a destruição progressiva do sistema imune.
A resposta imunológica não é capaz de inibir a replicação do vírus que acaba destruindo
cada vez mais as células Linfócitos T-CD4 levando a exaustão final do sistema imunitário.
Nestes casos, o uso da terapia antirretroviral se faz importante, porém insuficiente frente
às alterações imunológicas e metabólicas sofridas por estes pacientes.
O tratamento antirretroviral pode induzir complicações metabólicas graves, tais como
resistência à insulina, síndrome metabólica, lipodistrofia e doenças cardiovasculares6.
Acresce Suttajit, que o paciente portador do vírus pode sofrer além das alterações metabólicas, alterações nutricionais como: perda de peso, depleção de tecido magro, lipoatrofia, perda de apetite, diarréia e estado hipermetabólico aumentado acarretando ao
aumento da mortalidade em pacientes com HIV/AIDS2.
Alguns autores afirmam que a nutrição tem papel importante na condução do tratamento
destes pacientes. Colecraft, reconhece a sinérgica entre nutrição e sistema imunológico,
porém relata que ainda é necessário entender melhor esses processos. O autor acredita
que a nutrição é um componente chave dos processos de desenvolvimento, e não pode
ser ignorado na luta contra o HIV/AIDS12.
A relação cíclica entre nutrição e alterações metabólicas em pacientes com HIV/AIDS
sugere que as intervenções nutricionais são fundamentais para fazer progressos nesta meta. Sendo assim, a nutrição desempenha um papel importante na manutenção do
sistema imune. Sendo assim, é aceito que a nutrição é um importante preditor da melhora
1. Sleegers WC. Alterações no Metabolismo
Lípidico e Glícidico de Crianças portadoras de HIV/AIDS Atendidas na Unidade
Mista de Saúde da Regional Sul (Hospital Dia) no Distrito Federal (Brasil). [Dissertação de Mestrado online]. Brasilia:
Universidade de Brasília; 2006. [Acessado em: 18 dez. 2011]; 105. Núcleo de
Medicina Tropical. Disponível em: http://
repositorio.bce.unb.br/dissertacaowc.
2. Suttajit M. Advances in nutrition Support
for Quality of Life in HIV/AIDS.School of
Science and Technology, Naresuan University, Phayao. Thailand. [Periódico online]. 2007 [Acessado em: 18 dez. 2011];
318-322. Disponível em: http://www.ncbi.
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4. Kramer AS, Lazzarotto AR, Sprinz E,
Manfroi WC. Alterações metabólicas,
terapia antirretroviral e doença cardiovascular em idosos portadores de HIV.
São Paulo. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. [periódico online]. 2009 [Acessado
em: 18 dez. 2011]; 15 (5):v. 93 n. 5. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo
6. Shabert J, Winslow C, Lacey J, Wilmore
D. Glutamine-antioxidant supplementation increases body cell mass in AIDS
patients with weight loss, a randomized,
Double-blind controlled Trial. Nutrition.
1999;15:860-864.
8. Savy GK. Glutamine Supplementation
Heal the Gut, Help the Patient. Boston.
Journal of Infusion Nursing. [Periódico
online]. 2002 [Acessado em: 18 dez.
2011]; 25 (1): 65-69. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed.
12. Colecraft E. HIV/AIDS: nutritional implications and impact on human development.
Proc Nutr Soc. 2008 Feb;67(1):109-13.
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42 A Influência da Glutamina como Imunofármaconutriente para controle de alterações Metabólicas em Pacientes com HIV/AIDS
clínica destes pacientes.
Todavia, a literatura analisada evidencia que esta temática ainda é pouco explorada, pois
foram poucos os artigos encontrados que fundamentassem de forma objetiva essa pesquisa, o que reforça a necessidade de se realizar novos trabalhos, lançando um desafio para
os que se interessam pelo assunto.
DISCUSSÃO
Num grupo de pacientes soropositivos assintomáticos avaliados por Young et al, foram
ingeridos 20 g/dia de glutamina durante um mês. Ao final da pesquisa observou-se que
os níveis de glutamina permaneceram baixos, o que sugere que a deficiência corporal
total persistiu apesar de uma suplementação significativa. Em pacientes sintomáticos, a
demanda de glutamina esperada seria maior que 20 g/d. Acredita-se que a glutamina
exógena deva ser suplementada em quantidades suficientes para a demanda do trato
gastrointestinal, para as células imunes e para a biossíntese da glutationa, assim serão
atenuados as disfunções dos tecidos e será revertida a perda da proteína muscular9.
Combinando glutamina com antioxidantes ou outros precursores, Shabert et al foram capazes de ajudar a aumentar o peso corporal dos pacientes, massa celular corporal e água
intracelular dando-lhes 40 g de glutamina combinada com cisteína, selênio, vitamina C e
vitamina E diariamente, em comparação com placebo.
Num estudo duplo-cego, placebo-controlado, administraram em pacientes soropositivos
doses de 40 g/d de glutamina e antioxidantes comparado com grupo placebo, por 12 semanas. O grupo glutamina-antioxidante teve ganho de peso de 2.2 kg de peso corporal
enquanto o grupo controle apenas 0,3 kg. O ganho de massa magra foi de 1,8 kg também
maior comparado à 0,4 kg adquirido pelo grupo placebo. Concluíram que a glutamina e
antioxidantes podem ser eficazes no tratamento de pacientes soropositivos com perda de
peso corporal6.
Em outro estudo publicado por Noyer et al, com 30 participantes soropositivos, experenciaram uma melhora na permeabilidade intestinal quando administrado pequenas doses
de glutamina11.
6. Shabert J, Winslow C, Lacey J, Wilmore
D. Glutamine-antioxidant supplementation increases body cell mass in AIDS
patients with weight loss, a randomized,
Double-blind controlled Trial. Nutrition.
1999;15:860-864.
8. Savy GK. Glutamine Supplementation
Heal the Gut, Help the Patient. Boston.
Journal of Infusion Nursing. [Periódico
online]. 2002 [Acessado em: 18 dez.
2011]; 25 (1): 65-69. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed.
9. Young L, Gatzen C, Wilmore K, Wilmore
D W. Glutamine (gin) supplementation
falls to increase plasma gin levels in
asymptomatic HIV ÷ individuals. JADA.
[Periódico online]. 1992; 92(suppl): A88
11. Noyer C, Simon D, Borcxud A, Brandt
L, Lee M, Nehra V. A double-blind placebo-controlled pilot study of glutamine
therapy for abnormal intestinal permeability in patients with AIDS. Am J Gastroenterol. [Periódico online]. 1998 [Acessado em: 18 dez. 2011]; 93(6):972-975.
COORTE - Revista Científica do Hospital Santa Rosa. 2011;3 (3): 40-44
DOSAGEM
Parâmetros de dosagem de glutamina oral e enteral variou muito ao longo dos anos. Segundo o General Guidelines for Oral/Enteral Glutamine Supplementation, para pacientes
soropositivos, a dose usual, para todas as idades é de 0,5 g de glutamina/ quilograma de
peso corporal, diariamente, podendo ser dividida de 3 a 6 doses durante o dia. A glutamina em pó pode ser misturada em qualquer bebida ou alimento úmido suave, ou pode ser
dissolvido em água. A contra-indicação seria situações de estágio terminal de doenças
hepáticas ou renais, com restrição de proteína8.
CONCLUSÃO
No HIV/AIDS o comprometimento nutricional tem sido estudado atualmente como um determinante no aumento da susceptibilidade de infecções oportunistas. Na medida em que
aumenta a expectativa de vida destes indivíduos, nos deparamos com a instalação de
outras enfermidades que, a longo prazo, podem apresentar impacto na qualidade de vida
destes pacientes.
Apesar das limitações encontradas durante a construção deste artigo, acredita-se que os
estudos científicos encontrados nesta revisão possibilitam a construção de novos saberes.
Espera-se, ainda, despertar o interesse dos demais pesquisadores da área da saúde, para
incluir essa relevante problemática em seus projetos de pesquisa.
A Influência da Glutamina como Imunofármaconutriente para controle de alterações Metabólicas em Pacientes com HIV/AIDS 43
ABSTRACT
This literature review was based on scientific articles on the influence of glutamine in the treatment of metabolic alterations observed in patients with HIV / AIDS. The articles were based on two databases (Pubmed and Capes) for the periods from 1999 to
2002. The keywords were: HIV / AIDS, glutamine, metabolic alteration.
The sample consisted of only 12 scientific articles found. Through the data obtained, it is believed that there is an interrelationship
between malnutrition and HIV / AIDS. Glutamine has been reported with properties beneficial to the immune system of the patient,
so even though very limited in patients with HIV / AIDS.
Thus, we find interesting in this study.
Keywords: HIV/AIDS, glutamine, metabolic alteration.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17435854.
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cause of human immunodeficiency vírus wasting. Med Hypotheses. [Periódico online]. 1996 [Acessado em: 18 dez. 2011];
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11. Noyer C, Simon D, Borcxud A, Brandt L, Lee M, Nehra V.
A double-blind placebo-controlled pilot study of glutamine therapy for abnormal intestinal permeability in patients with AIDS.
Am J Gastroenterol. [Periódico online]. 1998 [Acessado em: 18
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12. Colecraft E. HIV/AIDS: nutritional implications and impact
on human development. Proc Nutr Soc. 2008 Feb;67(1):109-13.
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