INTRODUÇÃO - Ciencia Viva

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INTRODUÇÃO
"Se consegui ver mais longe que os outros, foi porque me ergui sobre os ombros
dos gigantes que me precederam"
- Isaac Newton, referindo-se a Galileu e Kepler
Isaac Newton, nasceu na aldeia Woolsthorpe, Inglaterra, no dia de Natal de
1642 e morreu em Londres em 1727; jaz na Abadia de Westminster - a mais alta
consagração prestada pelo povo inglês às grandes figuras da sua História.
Aos 19 anos ingressou na Universidade de Cambridge, onde foi posteriormente um
iminente professor de Matemática, escrevendo numerosos tratados desde o "método
das fluxões", mais tarde designado por Cálculo Infinitesimal a muitos outros assuntos
relacionados com aquela Ciência. Redigiu as suas descobertas numa monumental obra
designada «Philosophiae Naturalis Principia Mathematica ». Neste tratado, enunciou
as três leis que regem o movimento dos corpos: Lei da Inércia (1ª Lei); Lei fundamental
da Dinâmica (2ª Lei) e Lei da Acção e Reacção (3ª Lei) e formulou a Lei da Atracção
Universal.
Destacou-se ainda em outros trabalhos de Física, fazendo importantes descobertas
nos domínios da mecânica celeste e da óptica; fez ainda experiências relacionadas com a
recomposição da luz (cor e interferências).
O nosso objectivo conforme a proposta do 1º Desafio da Ciência Viva é tratar da 1ª
Lei de Newton.
A nossa vida quotidiana mostra-nos a par e passo a presença da inércia; isto
é, uma certa "resistência" à modificação do estado de repouso ou movimento em
que um corpo se encontra, fenómeno enunciado na Lei da Inércia: É uma propriedade
comum a todos os corpos o facto de eles não poderem modificar o seu estado de
repouso ou de movimento sem a intervenção duma força exterior. Isto é: um corpo
continua em repouso ou em movimento rectílineo e uniforme sempre que as forças que
nele actuam se equilibrarem.
Durante os 90 minutos de um jogo de futebol as leis do movimento
estão permanentemente presentes sem que porventura o Figo ou o BecKam estejam
conscientes da sua presença. Quando o árbitro apita para dar início à contenda a bola, que
estava muito quietinha em repouso no centro do terreno, logo entra em movimento
quando actuada pelo pontapé (força) do avançado-centro, que a passa ao médio de ataque
para que este a ponha em repouso captando-a através de uma força, ou a despache para
outro colega de equipe ou para o adversário (má jogada), imprimindo-lhe uma força que
conserve ou aumente a velocidade de que vinha animada.
Quando o nosso professor explicou a 1ª Lei de Newton, apresentou-nos dois
exemplos da sua presença:
"Quando te deitas na cama, o teu peso exerce uma força no colchão, comprimindo as
molas. Por seu lado, o colchão também exerce, sobre ti, uma força de reacção normal
(vertical). A resultante destas forças é nula, portanto tu estás em repouso."
"Um patinador, numa pista sem atrito, mover-se-ia em linha recta e com movimento
rectilíneo e uniforme, porque é nula a resultante das forças que actuam sobre ele."
Após a aula de apresentação da 1ª Lei de Newton, resolvemos ver o DVD
Newton in Space e constatar então exemplos desta Lei.
Nesse DVD, destacamos as seguintes experiências:
1 - A bola que se encontrava em repouso, sujeita a uma força
exercida pelo astronauta (o seu sopro), ficou em movimento rectilíneo
uniforme.
2 - A maçã que se desloca sobre o skate, é projectada para a
frente e continuaria o seu movimento rectilíneo e uniforme quando este
embatesse num obstáculo (isto se a experiência fosse realizada no espaço).
Porém, como a experiência se realizou na Terra, verificou-se que, após algum
tempo, a maçã projectada, reduzia a sua velocidade, acabando por embater no
solo (força da gravidade).
3 - O lápis, que se encontrava em repouso apoiado na argola de metal, é
subitamente puxado para baixo (para dentro da garrafa) pela acção da
gravidade quando se lhe é retirado o apoio, isto é, a argola. (deixou de
haver equilíbrio entre as forças, cuja resultante era nula).
PROJECTO DESCRIÇÃO E ILUSTRAÇÃO DA
EXPERIÊNCIA SOBRE 1ª LEI DE NEWTON
Aproveitando uma viagem de estudo à Fundação Serralves, para visitar
exposição de Paula Rego, decidimos, nas duas horas que nos foram concedidas para dar
um pequeno passeio pelo Porto, viajar no metro. Aí, ao vermos as "pegas" onde se
agarram os utentes que viajam de pé, logo nos lembrámos do insigne Newton.
Observámos, então, os passageiros que viajavam de pé dentro da
carruagem do metro, que se deslocava a determinada velocidade, e constatámos
que eram ligeiramente "projectados" para a frente durante as desacelerações bruscas
quando o metro se aproximava de uma estação - isto verifica-se devido à inércia, pois o
passageiro tenderia a continuar em movimento.
Por outro lado, quando o metro se punha em marcha ou aumentava a velocidade
bruscamente os passageiros eram "projectados" para trás - isto devido também à
inércia, pois o passageiro deveria continuar em repouso.
Escola Secundária Alves Martins
17 Fevereiro de 2005
Trabalho realizado por:
António José Sousa de Almeida
10º ano, turma H
Margarida Coimbra
11º ano, turma H
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