Negociação com Manuel Fino não resolveu problema da queda de

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Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line
Administrador da CGD no "Prós e Contras"
Negociação com Manuel Fino não resolveu
problema da queda de acções
O adminisrador da CGD Jorge Tomé reconheceu no programa Prós e Contras na RTP que não
esperava que as acções da Cimpor continuassem a cair e esse foi o único problema que a
renegociação com Manuel Fino não resolveu.
Helena Garrido
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Pedro Ferreira Esteves
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O adminisrador da CGD Jorge Tomé reconheceu no programa ‘Prós e Contras” na RTP que não
esperava que as acções da Cimpor continuassem a cair e esse foi o único problema que a
renegociação com Manuel Fino não resolveu.
Jorge Tomé revelou que Manuel Fino estava apenas em incumprimento das garantias e não de
juros nem do capital emprestado pela CGD.
A CGD fez “três operações cruzadas” com o grupo de Manuel Fino uma delas que já vinha antes
da anterior administração, afirmou Jorge Tomé, administrador da CGD no programa Prós e
Contras. Foram operações de financiamento de compra de acções. Esta operação só melhora o
risco da CGD, disse mais adiante.
A Investifin estava em incumprimento de garantias e não de juros ou de capital, explicou Jorge
Tomé. “Face à desvalorização das garantias a Caixa podia, não fazer nada ou executar a garantia, o
que era uma medida desproporcionada quando o cliente estava em cumprimento”.
Além disso, explicou, “se a CGD fosse executar os contratos teria de vender as acções num
mercado altamente depressivo”. Adiantou Jorge Tomé: “Se fossemos vender 105 milhões de
acções tínhamos de levar todo o ano a realizar a operação e como consequência a queda da
acções seria ainda maior, o que seria penalizador não só para a Caixa como para pequenos
accionistas”.
Na solução negocial, afirmou o administrador do banco público, “a CGD defendeu que o
rendimento financeiro da nova operação teria de ser maior que a anterior e que não perderia
garantias”. Princípios que foram respeitados.
A Caixa “trocou o crédito a uma holding por uma participação na Cimpor”, afirmou Jorge Tomé. E,
acrescentou, “a dívida sobejante é menor e mais ajustada à capacidade de reembolso do
mutuário".
Quanto ao preço pago, Jorge Tomé defendeu que é uma “prática bancária” pagar um prémio por
posições relevantes. O que no caso da Cimpor “se justifica ainda mais porque este lote é de
charneira, isto é, qualquer outro grupo tem de se acertar com estes 10%” que a CGD agora tem.
Jorge Tomé afirmou que a CGD estabeleceu como regra que esse prémio nunca poderia ser maior
que o mínimo praticado em geral nos mercados e não superior à média das cotações do ano
passado, de 4,77 euros.
Quanto à opção de compra por parte de Manuel Fino, Jorge Tomé disse que terá de pagar uma
remuneração à Caixa e que o primeiro beneficiário da subida das cotações é a Caixa e só depois a
Investifin.
Jorge Tomé reconheceu que a renegociação não resolveu o problema da queda das acções
subsequente.
2009.03.03
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