O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu

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História da Educação - Período do Renascimento
O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa,
durante os séculos XV e XVI. Foi um período da história européia marcado por um
renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento
renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria
alcançado.
O renascimento deu grande privilégio à matemática e às ciências da natureza. A
exatidão do cálculo chegou até mesmo a influenciar o projeto estético dos artistas
desse período. Desenvolvendo novas técnicas de proporção e perspectiva, a pintura e
a escultura renascentista pretendiam se aproximar ao máximo da realidade. Em
conseqüência disso, a riqueza de detalhes e a reprodução fiel do corpo humano
formavam alguns dos elementos correntes nas obras do Renascimento.
O Humanismo* representou tendência semelhante no campo da ciência. O
renascimento confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento
medieval. No campo da astronomia, a teoria heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro
do Universo, se contrapunha à antiga idéia cristã que defendia que a Terra se
encontrava no centro do cosmos. Novos estudos de anatomia também ampliaram as
noções
do
saber
médico
dessa
época.
Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da
burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre
toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram
responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a
análise
e
a
crítica
na
investigação
científica.
*Humanismo: O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro
das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas
desencadeadas pelo Renascimento.
Principais pintores do período
Sandro Botticelli (1445-1510) - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo
a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a
beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus
quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo,
melancólicas
porque
supõem
que
perderam
esse
dom
de
Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Botticelli
Leonardo da Vinci (1452-1519) - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de
luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade, mas estimula a
imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de
pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
A Virgem do Fuso, Leonardo Da Vinci
Mona Lisa, Leonardo Da Vinci
Michelângelo Buonarroti (1475-1564) - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto
da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número
de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do
artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Criação do Homem, Michelângelo
Rafael Sanzio (1483-1520) - suas obras comunicam ao observador um sentimento
de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos
em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado
grande
pintor
de
“Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
A Escola de Atenas, Rafael Sanzio
UMA SÍNTESE HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO NO RENASCIMENTO
1 INTRODUÇÃO
O movimento renascentista envolveu uma nova sociedade e, portanto novas relações
sociais em seu cotidiano. A vida urbana passou a ter um novo comportamento, pois o
trabalho, a diversão, o tipo de moradia, os encontros nas ruas, implicavam por si só
um novo comportamento dos homens. Isso significa que o renascimento não foi um
movimento de alguns artistas, mas uma nova concepção de vida adotada por uma
parcela da sociedade, e que será exaltada e difundida nas obras de arte. Apesar de
recuperar os valores da cultura clássica, o renascimento não foi uma cópia, pois se
utilizava dos mesmos conceitos, porém aplicados de uma nova maneira a uma nova
realidade.
O Renascimento surgiu na Itália, que era o principal pólo comercial daquele momento.
Ricos e poderosos membros da sociedade italiana despertaram-se primeiramente,
para a necessidade de superar a mentalidade feudal. Surgem diversos mecenas,
patrocinando artistas, intelectuais e cientistas, no aprimoramento de sua cultura. As
cidades italianas acabam por atrair inúmeros sábios bizantinos, que por terem
preservado muito da cultura greco-latina, acabam por contribuir para o
desenvolvimento renascentista. Partindo da Itália, o Renascimento difundiu-se por
diversas nações européias, sendo grandemente favorecido pelo rápido fortalecimento
comercial e urbano, que atingiu grande parte da Europa Ocidental entre os séculos
XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja,
da cultura clássica. Esse momento é considerado como um importante período de
transição envolvendo as estruturas feudo capitalistas.
2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO RENASCENTISTA
A educação renascentistavisava o homem burguês, o clero e a nobreza. Era elitista,
aristocrata e nutria o individualismo liberal, não chegando às massas populares. Junto
com a revalorização da cultura greco-romana, alguns fatos históricos nos séculos XIV
e XV, influenciaram o pensamento pedagógico, favorecendo a superação do próprio
homem, o pioneirismo e a aventura. Durante o Renascimento despontam três grandes
áreas de interesse: a vida real do passado, o mundo subjetivo das emoções e o
mundo da natureza física. Como uma das principais conseqüências destes novos
interesses, desloca-se o centro de gravitação, afastando-se das coisas divinas, dirigese para o próprio homem. Opõe-se à escolástica, propondo situar o ideal da nova vida
nos propósitos e atividades específicas das disciplinas de humanidades. Como a
literatura dos gregos e romanos era um meio para esta compreensão, o aprendizado
da língua e da literatura torna-se o problema pedagógico mais importante. Muito
embora ainda elitista e aristocrático, o humanismo antropocêntrico renascentista, ao
dirigir-se ao indivíduo permite entrever uma maior participação do aprendiz na
aprendizagem. De certa maneira retoma uma agenda interrompida durante o período
medieval. Concretamente, isto não se implementa de forma abrangente.
No entanto, começam a surgir idéias onde características do aprendiz se tornam mais
relevantes. Segundo CAMBI APUD FELTRE (séculos XIV e XV), em sua "Casa
Giocosa", propunha uma educação individualizada, o auto governo dos alunos, a
emulação. Preocupava-se, acima de tudo, com a formação integral do homem. "Já
aflorava a valorização da aprendizagem, pois assim dizia uma legenda da Casa
Giocosa "Vinde ó, meninos aqui se instruem não se atormenta,", ou seja, aprender
deveria ser algo prazeroso e também voltado para a realidade, pois assim falava:"
Quero ensinar aos jovens a pensar, não a delirar''. Foi considerado um precursor da
Escola Nova. Já Juan Luís Vives (séculos XIV e XV), enfatiza as vantagens do método
indutivo, o valor da observação rigorosa e da coleta de experiências. Do ponto de vista
epistemológico, isto torna o conhecimento um produto do homem, sendo, portanto,
passível de crítica pelos seus semelhantes.
Ainda mais, a indução não possui a força lógica da dedução, o que torna ainda mais
fácil a implementação da crítica. Mais um tijolo para a escola dos aprendizes ativos.
Na mesma linha, Rabelais (séculos XIV e XV), faz os franceses rirem da educação
medieval através do gigante Gargântua. Ressalta a importância da natureza em
oposição aos livros. Claramente contra-hegemônico, criticou a escolástica, valorizando
a cultura popular em resistência à cultura oficial dominante. Erasmo (séculos XV e
XVI), pregador do humanismo, no seu Elogio da Loucura investiu contra o
obscurantismo da cultura medieval. A sua ênfase no livre arbítrio, embora ligada a
uma visão religiosa, abre ao aprendiz uma senda que este não ousava antever.
O ideal educativo de Montaigne é "O homem para o mundo. É preciso educar o juízo
do aluno". Reprova os que tratam alunos como sujeitos passivos, que recebem o
conhecimento como idéias já feitas. Sua preocupação com um tipo de educação
destinada a formar o juízo prático dos jovens para as coisas da vida coincide com as
preocupações educativas de nosso tempo.
O Renascimento valorizava as humanidades em oposição ao teocratismo da Idade
Média. A reação de protesto repercutiu na educação e na Igreja com a Reforma
Protestante. Iniciada pelo monge Lutero e considerada por Engels como a revolução
burguesa, transferiu a escola para o Estado. A Igreja Católica reagiu dentre outras
coisas com a criação da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola. Os
jesuítas visavam à formação do homem burguês e tinham por missão converter
hereges e alimentar cristãos vacilantes. Desprezaram a educação popular, e para o
povo sobrou apenas o ensino dos princípios da religião cristã. Afora as questões
ideológicas, o ensino jesuítico tinha princípios básicos que demonstravam
preocupação com a qualidade da aprendizagem, pois pregava que era melhor
aprender pouco, mas bem aprendido do que muito e superficialmente.
2.1 PENSAMENTO PEDAGÓGICO RENASCENTISTA
Este pensamento se caracterizava por uma revalorização da cultura greco-romana. Foi
essa nova mentalidade que influenciou a educação tornando-a mais prática, incluindo
a cultura do corpo e substituindo processos mecânicos por outros mais agradáveis.
Foram as grandes navegações do século XVI e a invenção da imprensa realizada por
Gutemberg que exerceram grande influência neste pensamento pedagógico. A
educação renascentista preparou a formação do homem burguês e, por isso, essa
educação não chegou às massas populares. Foi caracterizada pelo elitismo, pelo
aristocratismo e pelo individualismo liberal. Atingia principalmente o clero, a nobreza e
a burguesia nascente. Os principais educadores renascentistas foram:
*Vittorino da Feltre (1378-1446): defendia uma educação individualizada, o autogoverno do aluno e a competição;
*Erasmo Desidério (1467-1536): o verdadeiro caminho deveria ser criado pelo homem,
enquanto ser inteligente e livre;
*Juan Luís Vives (1492-1540): foi um dos primeiros a solicitar uma remuneração para
os
professores;
*Fraçois Rabelais (por volta de 1483-1553): para ele o importante não eram os livros,
mas a natureza. A educação precisava primeiro cuidar do corpo, da higiene, da
limpeza, da vida ao ar livre, dos exercícios físicos, etc.;
* Michel de Montaigne (1533-1592): e acreditava que as crianças devem aprender o
que farão quando adultos;
* Martinho Lutero: para ele a exaltação Renascentista do indivíduo de seu livre arbítrio,
tornara inevitável a ruptura no seio da igreja. Iniciou a reforma Protestante, que foi
considerada como a primeira grande revolução burguesa.
3RENASCIMENTO CULTURAL – HUMANISMO
O renascimento começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela Europa no
decorrer dos séculos XV e XVI. Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o
renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais,
econômicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o
Capitalismo.
Nesse sentido, o renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no
plano cultural, com a estrutura medieval. O renascimento cultural manifestou-se
primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão,
Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da
Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não
obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra,
Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.
As características valorizadas foram: o racionalismo, o antropocentrismo, o
individualismo, o hedonismo, o naturalismo e o otimismo. Foi um movimento de
glorificação do homem. Tanto o grego antigo como o homem moderno esteve
preocupado em compreender a origem do homem, porém chegaram a conclusões
diferentes. Ambos se preocupavam em estabelecer a compreensão do mundo em
bases racionais, porém olhavam o mundo de formas diferentes. Os renascentistas
rejeitaram os padrões definidos pela igreja católica. Daí surgiu o humanismo e o
teocentrismo medieval foi substituído pelo antropocentrismo.
O renascimento se caracterizou pelo humanismo, racionalismo e individualismo.
Enquanto o renascimento se manifestou principalmente nas artes, na literatura e na
filosofia, o humanismo representou tendência semelhante no campo da ciência. Os
humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da
burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre
toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram
responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a
análise e a crítica na investigação científica. O homem passa a perceber a sua
importância como um ser racional, deixa de ser dominado pelos senhores feudais. Dizse que o homem passa a sua mentalidade de medieval para a mentalidade moderna.
Nesse período o homem troca os valores dominantes da idade média por novos
valores baseado no homem como o centro de um mundo compreendido de uma
maneira moderna.
4 A REFORMA PROTESTANTE E CONTRA - REFORMA
Reforma Protestante foi um movimento religioso, econômico e político de contestação
à Igreja Católica, que resultou na fragmentação da unidade cristã e na origem do
protestantismo.
No início do século XVI, a Alemanha era a região européia mais propensa a um
rompimento definitivo com a Igreja. Entre os alemães, as motivações econômicas,
sociais e políticas que os afastavam da Igreja Católica eram mais fortes do que em
qualquer outro povo da Europa.
A Contra Reforma então marca o início de uma nova era do catolicismo. Dentro da
reforma da Igreja Católica acontece o Concílio de Trento. Nessa reunião o papa negou
os valores protestantes, proibiu a venda de indulgências, criou seminário, instituiu o
index (índice dos livros proibidos), cria a "Companhia de Jesus" e manteve a
inquisição.Para entender a Reforma Protestante temos que primeiramente saber em
que contexto e porque ela se deu. Isso significa buscar suas bases que estão fincadas
no Humanismo. Esse Renascimento é "um prodigioso florescer da vida, e em todas as
formas que, embora as suas maiores manifestações se tenham verificado de 1490 a
1560, não ficou limitada dentro destes marcos". (MOUSNIER, 1960, p. 17).
Esse período é marcado por uma nova forma de pensar, pela ascensão da classe
burguesa, desenvolvimento nas relações de produção de capital e trabalho e pela
formação dos Estados Absolutistas. O homem é posto como centro das atenções e o
pensamento científico começa a questionar algumas afirmações vigentes até então, e
dentre elas, as religiosas. Existia naquele contexto a necessidade de uma nova
religião mais sensível e que não fosse tão mal compreendida e mal conhecida como o
catolicismo. Muitos dos pensadores da época apesar de replicarem muitos aspectos
do sistema vigente e até mesmo da igreja ocidental eram religiosos e tinham fé.Uma
vertente do pensamento humanista leva a uma maior reflexão do papel da igreja e das
verdades que ela pregava. A Europa se vê envolta numa efervescência contestadora,
o que acaba chegando às bases da Igreja Romana. Alguns pensadores como o
humanista Erasmo e o boêmio de Praga, João Hus se opunham a alguns preceitos e
dogmas do catolicismo. Em sua obra Elogio a Loucura, Erasmo critica a postura da
igreja e relata que:
Os monges consideram não saber ler um sinal de sanidade. Zurzam os salmos nas
igrejas como asnos. Não entendem uma só palavra do que dizem, mas imaginam ser
o som agradável aos ouvidos dos santos. Os frades mendicantes fingem assemelharse aos Apóstolos, mas não passam de vagabundos imundos, ignorantes e ousados.
(ERASMO DE ROTERDAN apud DOWNS, 1969, p. 16).
Erasmo não só critica a igreja em si, outrossim, sua postura diante a educação. Ele
aponta que o modelo escolar do seu tempo era estático, formado pela memorização e
repetição de conceitos sendo altamente disciplinar e controlado pelos princípios
católicos fazendo com que a capacidade crítica e a criatividade do aluno fossem
podadas. Essas ideais também influenciam no movimento reformista. Na verdade,
apesar de alguns opositores, a Igreja Católica irá sentir mesmo o peso das suas
contradições quando o monge agostiniano e professor de teologia Martinho Lutero
afixa, em 31 de outubro de 1517, suas 95 teses na porta da catedral de Wittenberg.
Lutero não apenas deu nova vida à teologia cristã ocidental, como a revolucionou.
(OLSON, 2001, p. 379).
Asteses luteranas tinham como objetivo principal à reforma do catolicismo, para que
esse viesse a ser calcado verdadeiramente nas "leis de Deus". É clara a denúncia que
as teses fazem quanto às atividades papais, a venda de indulgências entre outros
fatos desse gênero, mas numa análise mais detalhada se vê que a real preocupação
de Lutero é a parte teológica que trata da salvação do homem. Pois ele percebe que a
igreja não estava preocupada com aquele que deveria ser seu principal objetivo. Um
aspecto interessante "defendido pelo criador do luteranismo é que esse se pronuncia
sobre a questão escolar, defendendo e exaltando à importância dessa instituição e de
seus conteúdos programáticos". (LIENHARD, 2005. p. 68).
O protestantismo quebra definitivamente o poder único da igreja Romana Ocidental e
com isso se cria uma nova religião com uma base única. Apesar da reforma ter sido
inaugurada pro Lutero outros reformadores vão aparecer, e com eles novas igrejas,
mas todas elas seguiam três princípios básicos: "a salvação pela graça mediante a fé
somente, a autoridade especial e final das Escrituras e o sacerdócio de todos os
crentes". (OLSON, 2001, p. 407). Outras linhas protestantes mais relevantes que
apareceram foram o Calvinismo e o Anglicanismo.
5 CONCLUSÃO
Entretanto, há ainda a necessidade de se estudar mais esse tema pelo seu grau de
importância, não só para a história da educação, mas também para que possamos
entender e aprender com o fazer da educação nos outros países de cultura
protestante a dar um valor maior a nossa educação. O Renascimento traz como
principais características o florescimento das artes, e um vigoroso despertar de todas
as formas de pensamento. A redescoberta da antiga filosofia, da literatura, das
ciências e a evolução dos métodos empíricos de conhecimento caracteriza todo este
período que se inicia no século XV e prolonga-se até o séc. XVII. Em oposição ao
espírito escolástico e ao conceito metafísico da vida, busca-se uma nova maneira de
olhar e estudar o mundo natural.
Esse naturalismo vincula-se estreitamente à ciência empírica e utiliza suas
descobertas para aplicá-las nas obras de arte. Os novos conhecimentos da anatomia,
da fisiologia e da geometria são prontamente incorporados, possibilitando, por
exemplo, a representação do volume pelo uso da perspectiva, dos efeitos de luzes e
cores. Do ponto de vista filosófico, surge uma nova concepção do mundo e do destino
do homem, uma visão mais realista e humana dos problemas morais.
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