12. COMPLEMENTO GRAMATICAL Na escrita

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12. COMPLEMENTO GRAMATICAL Na escrita, sabemos da necessidade de se respeitar a norma culta, a não ser que o tipo de texto não o exija. Por exemplo, um texto literário, no qual se reproduz a fala dos personagens, se estes estiverem no “papel” de pessoas comuns e o contexto permitir uma fala descontraída, então a norma padrão não precisa ser seguida à risca, com a finalidade de imprimir realidade ao texto. Todavia, em geral, precisamos cuidar da nossa linguagem e, principalmente, do uso da norma padrão em textos do dia a dia. Por isso, passemos a algumas dicas sobre dúvidas que surgem ao ter­se que utilizar esse português mais formal. a. O uso do que. O que, bastante utilizado como um elemento de coesão, pode simplesmente introduzir uma informação complementar, como pode retomar um termo anterior. Veja nos exemplos: (a) Ela me disse que não fará mais isso. (b) cão, que é fiel ao homem, jamais o trai. No exemplo (a), o que introduz a segunda oração “que não fará isso”, complementando o verbo “disse” ( Ela disse o quê?). Nesse caso, trata­se de uma conjunção integrante, pois esta é sua função, integrar o sentido da oração anterior. Já no exemplo (b), o que relaciona­se ao antecedente “cão”, por isso é um pronome relativo. Ele poderia até ser substituído por “o qual”. A informação principal encontra­se na oração “O cão jamais trai o homem”. A segunda oração foi intercalada na oração principal, acrescentado­lhe uma informação. Quando se usa o pronome relativo, ele pode introduzir uma informação complementar, mas de caráter genérico, e, nesse caso, a oração iniciada pelo pronome apresenta­se destacada entre vírgulas (ou travessões, ou parênteses). Esse tipo de pronome pode também restringir o termo a que se refere e, nesse caso, a oração introduzida por ele não fica destacada pela pontuação. Vejamos os exemplos: (c) O homem, que é sensato, não comete esse tipo de erro (d) O homem que é sensato não comete esse tipo de erro. No exemplo (c), entende­se que todos os homens (a humanidade) são sensatos, ao passo que no exemplo (d) entendese que há um grupo de homens que são sensatos e outro grupo dos que não o são. No primeiro exemplo há uma generalização, a informação apenas complementa a anterior; no segundo, o termo está sendo restrito. b. Uso de porque, por que, por quê e porquê. • POR QUE Pode ser utilizado em uma pergunta indireta (por que motivo) ou em substituição a “pelo(a) qual”. Vejamos os exemplos: (a) Não entendo por que você age assim. (por que motivo) (b) A rua por que passei, estava congestionada. (pela qual) • PORQUE
Este é geralmente usado em enunciados afirmativos. Veja o exemplo: Fiz isso porque queria irritá­lo. • POR QUÊ É usado em final de sentença interrogativa. Exemplo: Você fez isso, por quê? • PORQUÊ É um substantivo, sinônimo de motivo, razão e deve ser acompanhado de artigo. Vejamos o exemplo: Não entendo o porquê de tanta revolta. (o motivo)
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