Diversidade genética de Podocnemis expansa e Podocnemis

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Diversidade genética de Podocnemis expansa e
Podocnemis unifilis na Bacia Araguaia - Tocantins
Agostini, MAP¹; Teles, NMM¹; Malvasio, A²; Farias, IP³; Dias-Oliveira, JD¹; Oliveira-Junior, WP¹
¹Laboratório de Biotecnologia – LABIOTEC, Fundação Universidade Federal do Tocantins
²Laboratório de Ecologia e Zoologia - LABECZ, Fundação Universidade Federal do Tocantins
³Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
[email protected]
Palavras-chave: Biodiversidade, Quelônios, DNA animal, Tracajá, Tartaruga da Amazônia.
A ordem CHELONIA, que engloba os quelônios terrestres, marinhos e de água doce, é tida como a mais antiga de
todas entre os vertebrados atuais. O Brasil possui 36 espécies, sendo 16 podendo ser encontradas na Amazônia
como Podocnemis expansa e Podocnemis unifilis. Sobre os indicadores genéticos de P. expansa pouco é conhecido,
podendo ser um sério problema nos esforços de conservação ou mitigação das mudanças após distúrbios. Mediante
o exposto, esta pesquisa propôs-se aumentar os conhecimentos sobre as populações de P. expansa e P. unifilis, no
rio Araguaia, nas regiões dos municípios de Xambioá e Antonina - TO e no Rio Tocantins, na região do município
de Tucuruí - PA, contribuindo para a conservação e uso sustentado das espécies. Desta maneira, amostram-se 110
indivíduos, sendo 75 da espécie P. unifilis, coletados nas regiões de Xambioá (N=35), Antonina (N=30) e Tucuruí
(N=10) e 35 da espécie P. expansa, das localidades de Xambioá (N=17) e Antonina (N=18). Foi coletado sangue da veia
femural, armazado em 1:1 com etanol absoluto e encaminhado ao laboratório para o processamento. A extração e
o isolamento do DNA foram realizados utilizando o DNeasy Blood & Tissue Kit (Qiagen). A região controle do DNA
mitocondrial foi amplificada via PCR utilizando-se um par de primers externos e seus produtos foram purificados
utilizando polietilenoglicol (PEG) e precipitados. Em seguida, as placas com os DNAs foram submetidas a eletroinjeção e as seqüências nucleotídicas determinadas pelo seqüenciador ABI PRISM®. As medidas de variabilidade
genética foram estimadas nos programas ARLEQUIN versão 3.1 e DNASP versão 4.0. Os níveis de diferenciação
entre as populações foram calculados usando a análise de variância molecular (AMOVA). As diversidades gênica
(Ĥ) e nucleotídica (Π) dos tracajás variaram respectivamente de 0,40 e 0.001543 em Xambioá, 0,72 e 0.004506
em Antonina, a 0,78 e 0.007053 em Tucuruí, quanto aos níveis de estruturação genética a AMOVA revelou fraca
subdivisão populacional na análise global (ФST = 0.04707, P = 0.03519), mostrando que 5% da variância total ocorrem
entre as populações e 95% dentro das amostras populacionais. As análises das comparações par a par dos valores de
estruturação entre as localidades mostraram ausência de estrutura genética após a correção de Bonferroni (P<0.016).
Quando a amostragem do rio Araguaia foi combinada ao banco de dados de outros locais da bacia Amazônica
esses indivíduos apresentaram-se geneticamente diferenciados (ФST = 0.46623, P = 0.03535). Os resultados obtidos
sobre as populações de P. expansa em conjunto com os de outro autor evidenciaram nenhuma variação genética
entre todas as localidades deste trabalho. Com isso concluímos que as populações desta espécie dentro da bacia do
rio Araguaia são panmíticas, entretanto, são diferenciadas com relação a outras localidades da bacia Amazônica.
Apoio financeiro: Consórcio Geração Santa Isabel (Gesai).
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