ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA CÓDIGO: ETD 002.013 TÍTULO: Pára-Raios de Distribuição ÁREA: Engenharia DATA DE VIGÊNCIA: 15/03/2013 VERSÃO NORMA: 1.0 1. Objetivo Definir as características dos pára-raios de resistor não linear de óxido zinco, sem centelhadores,com invólucro polimérico, para instalação ao tempo, em postes, fabricadas de acordo com as normas da ABNT, em redes de distribuição de energia elétrica que operam nas tensões de 13,8 kV e 23.0 kV com aterramento na subestação. 2. Normas Complementares Na aplicação desta Especificação deve ser obedecido o que estabelecem as normas NTD 004.008, as NBR´s 5032, 5049, 5287, 5309, 5424, 5425, 5426, 5326, 5470,16050, IEC 99-1, IEC 99.4, IEEE C62.11, CODI 18.15 e/ou normas internacionais equivalentes. 3. Características específicas 3.1. Características elétricas Os pára-raios devem ter as características elétricas básicas constantes na tabela 1. 3.2. Características dos Componentes 3.2.1. Desligador automático Os pára-raios devem ser providos de desligador automático com a finalidade de isolar o pára-raios defeituoso do serviço, prevenindo contra novo desligamento do sistema, acoplado interna ou externamente ao seu corpo, promovendo visível desconexão do pára-raios com o condutor de aterramento. 3.2.2. Fixação Os pára-raios devem ser fornecidos com suporte adequado. 3.2.3. Invólucro isolante O invólucro isolante deve ser de material polimérico à base de silicone, com alta capacidade dielétrica e alta resistência mecânica adequado para instalação ao tempo e resistente ao trilhamento elétrico. 4. Identificação Os pára-raios devem ser identificados, no mínimo, pelas seguintes informações: a) b) c) d) e) f) A palavra “para-raios”; Nome do fabricante ou a marca registrada; O tipo ou modelo de para-raios; A tensão de operação contínua (Uc); A tensão nominal (Um); A corrente de descarga nominal (In) e a classe de descarga de linhas de transmissão (DTL) quando aplicável; g) A corrente suportável nominal de curto-circuito (Isc) h) O mês e ano de fabricação. 5. Inspeção O fabricante deve dispor de pessoal e instrumentação necessárias para realização dos ensaios ou contratar, às suas expensas, laboratório previamente aceito pela RGE Sul. A instrumentação deve estar devidamente calibrada por laboratório idôneo aprovado pela RGE Sul. 6. Ensaios Os ensaios devem ser realizados de acordo com a NBR16050. Elaborado: Suara Filimberti Revisado: Fernanda Pedron Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Aprovado: Leandro N. da Silva Página 1 de 5 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA CÓDIGO: ETD 002.013 TÍTULO: Pára-Raios de Distribuição ÁREA: Engenharia DATA DE VIGÊNCIA: 15/03/2013 VERSÃO NORMA: 1.0 7. Zincagem As partes ferrosas, externas aos pára-raios, exceto as em aço inoxidável, devem ser zincadas de acordo com a NBR 6323, devendo ter espessura conforme a NBR 8158. 8. Verificação do controle de qualidade Devem ser apresentados ao inspetor os relatórios dos ensaios de controle da qualidade dos materiais. É assegurado ao inspetor o direito de presenciar a realização dos ensaios de controle de qualidade e acompanhar todas as fases de fabricação. 9. Aceitação ou Rejeição 9.1. Condições de Aceitação O recebimento do equipamento pela RGE Sul ou pelo seu representante, baseado nos testes realizados, não eximirá o fabricante, de nenhuma forma de responsabilidade de fornecer o mesmo de acordo com esta Especificação Técnica, nem lhe dará o direito de invalidar qualquer reclamação, por parte da RGE Sul, ou seu representante, sobre a existência de materiais ou instrumentos inadequados ou defeituosos. 9.2. Condições de Rejeição A rejeição do equipamento devido a defeitos constatados através de inspeção, ensaios ou testes, ou devido ao fato de não estar o mesmo de acordo com esta Especificação Técnica, não eximirá o fabricante do seu compromisso de entregar o instrumento dentro do prazo estipulado. Se, na opinião da RGE Sul, ficar caracterizado que esta rejeição resultará na impossibilidade, por parte do fabricante, em fornecer o instrumento dentro do prazo estipulado, ou se ficar claramente indicado que o fabricante é incapaz de cumprir com as exigências, a RGE Sul se reservará o direito de rescindir todos seus compromissos e de obter o equipamento através de outra fonte, sendo o fabricante considerado infrator do contrato e sujeito às penalidades previstas. 10. Homologação Para homologação na RGE Sul, a empresa proponente deve apresentar: 3 amostras por código proposto para testes de aplicação, bem como apresentação de relatório de ensaios realizados no máximo a 5 anos da data da apresentação. Os ensaios para homologação devem, obrigatoriamente, ser realizados em laboratório independente e de reconhecida idoneidade, previamente aprovado pela RGE Sul. 11. Requisitos Ambientais No processo de produção, deve ser minimizada ou evitada a geração de impactos ambientais negativos.Caso esta atividade produtiva se enquadre na resolução CONAMA N° 237 de 19 de dezembro de 1997, o fornecedor fica ciente que a RGE Sul reserva seu direito de solicitar uma cópia da Licença Ambiental de Operação (LO). Adicionalmente, o fornecedor deve ter alternativas para descarte após o final de sua vida útil. Todos os resíduos gerados no desenvolvimento dos produtos deverão ter sua destinação comprovada para local licenciado pelo Órgão Ambiental, no caso do Estado do Rio Grande do Sul é a FEPAM. Elaborado: Suara Filimberti Revisado: Fernanda Pedron Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Aprovado: Leandro N. da Silva Página 2 de 5 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA CÓDIGO: ETD 002.013 TÍTULO: Pára-Raios de Distribuição ÁREA: Engenharia DATA DE VIGÊNCIA: 15/03/2013 VERSÃO NORMA: 1.0 As licenças ambientais dos receptores dos resíduos gerados poderão ser solicitadas pela RGE Sul a qualquer tempo. Em alguns casos a RGE Sul por meio da Área Corporativa de Meio Ambiente, em conjunto com a Gerência de Planejamento e Engenharia, realizara Auditoria Ambiental de Instalações em empresas. Fica proibida a utilização de produtos químicos listados na Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) de 2001, em vigor desde maio de 2004: • Pesticidas (aldrin, chlordane, DDT, dieldrin, endrin, heptachlor, hexachlorobenzeno, mirex e toxapheno) • PCBs (bifenilas policloradas, ascarel) bem como hexachlorobenzeno, também usados comopesticidas • Dioxinas/furanos. Fica proibida a utilização de solventes contendo compostos orgânicos clorados em sua formulação. Fica proibida a utilização das substâncias controladas (CFCs e HALONs) especificadas nos Anexos A e B do protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio. Fica proibida a utilização de materiais contendo amianto em a sua composição, inclusive telhas de fibrocimento. 12. Responsabilidade do Fabricante A aceitação do lote não invalida qualquer posterior reclamação que esta empresa possa fazer devido ao equipamento defeituoso, nem isenta o fabricante da responsabilidade de fornecer os mesmos de acordo com o pedido e com esta especificação. Elaborado: Suara Filimberti Revisado: Fernanda Pedron Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Aprovado: Leandro N. da Silva Página 3 de 5 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA CÓDIGO: ETD 002.013 TÍTULO: Pára-Raios de Distribuição ÁREA: Engenharia DATA DE VIGÊNCIA: 15/03/2013 VERSÃO NORMA: 1.0 Tabela 1- Características Elétricas Nominais CARACTERÍSTICAS VALORES Corrente de descarga nominal, com forma de onda 8/20 µs (kA) 10 Tensão nominal (kV eficaz) 15 24 27 Tensão de operação contínua (kV eficaz) (ANSI) ≥ 12,7 ≥ 19,5 ≥ 22,0 Impulso de corrente íngreme com tempo de frente virtual de 1 µs e crista igual à corrente de descarga nominal ≤ 60,0 ≤ 96,0 ≤ 108,0 Impulso atmosférico com forma de onda 8/20 µs e crista igual à corrente de descarga nominal ≤ 54,0 ≤ 86,4 ≤ 97,2 Faixa de tensão residual Valores de crista (kV) (IEC) Corrente suportável de descarga (ANSI) Baixa intensidade e longa duração, onda retangular, duração virtual de crista 1.000 µs (A) ≥ 250 A (2000 µs) Alta intensidade e curta duração, onda 4/10 µs valor de crista (ensaio de ciclo de operação) (kA) ≥ 100 Tensão máxima de rádio interferência [ µV] referente à freqüência de 1.000 kHz e impedância de 300 Ω (IEC) Tensão máxima de ionização interna [ µV] referente à freqüência de 1.000 kHz e impedância de 300 Ω ≤ 2500 µV NÃO PADRONIZADO Corrente de descarga nominal (kA) onda 8/20 µs - valor de crista (valor mínimo) (ANSI) 10 kA Tensão suportável de 60 Hz, sob chuva, 1 min (kV eficaz) - mínimo 46,1 73,8 83,0 (IEC) Tensão suportável de impulso atmosférico onda 1,2/50 µs (kV crista) - mínimo 71,8 114,9 129,3 Braçadeira de fixação1 (Braçadeira - Terra) Tensão suportável, sob chuva, do suporte isolante de fixação, 60 Hz - 1 min (kV eficaz) - mínimo 19,0 29,4 33,0 Tensão suportável, sob chuva, do suporte isolante de fixação, 60 Hz - 1 min (kV eficaz) - mínimo 46,1 73,8 83,0 Tensão suportável de impulso atmosférico, do suporte isolante de fixação onda 1,2/50 µs (kV crista) - mínimo 71,8 114,9 129,3 Tensão suportável no invólucro Braçadeira de fixação2 (Alta tensão Braçadeira) 1 Ensaio com base na ANSI, mas com o tempo de duração modificado para 1 minuto. Ensaio não padronizado, com base na IEC, para ser realizada entre o terminal de alta tensão e a braçadeira. 2 Elaborado: Suara Filimberti Revisado: Fernanda Pedron Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Aprovado: Leandro N. da Silva Página 4 de 5 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ÁREA: Engenharia DATA DE VIGÊNCIA: 15/03/2013 CÓDIGO: ETD 002.013 TÍTULO: Pára-Raios de Distribuição VERSÃO NORMA: 1.0 Figura 1 – Pára-Raio de Distribuição Tabela 2- Características CÓDIGO TENSÃO NOMINAL DO PÁRARAIOS (kV) EFICAZ CORRENTE DE DESCARGA NOMINAL COM FORMA DE ONDA 8/20 (kA) 1 300100 15 10 2 300101 24 10 3 300371 27 10 ITEM TENSÃO SUPORTÁVEL DO INVÓLUCRO (Kv) MEDIDAS IMPULSO ATMOSF. ONDA 1,2/50 SOB CHUVA DO SUPORTE ISOLANTE 1 minuto A máximo (mm) H mínimo (mm) Distância de escoame nto mínima (mm) 46,1 71,8 46,1 450 80 300 73,8 114,9 73,8 500 95 350 83 129,3 83 500 160 350 SOB CHUVA 1 minuto Notas: 1. Deve ser do tipo resistor não linear óxido de zinco, tipo polimérico com desligador automático. 2. Deve ser fornecido com suporte para fixação isolante de material polimérico. Elaborado: Suara Filimberti Revisado: Fernanda Pedron Equipamentos Pára-Raios de Distribuição Aprovado: Leandro N. da Silva Página 5 de 5