Profª Eleonora – Slide de aula Fotossíntese: As Reações da Etapa Clara ou Fotoquímica Profª Eleonora – Slide de aula Fotossíntese Captação da energia solar e formação de ATP e NADPH, NADPH que são utilizados como fontes de energia para sintetizar carboidratos e outros compostos orgânicos a partir de CO2 e H2O, com liberação simultânea de O2 na atmosfera. Organismos Fotossintetizantes: Bactérias (cianobactérias, bactérias verde e púrpura) Eucarióticos unicelulares (algas) Vegetais superiores A fotossíntese pode ser resumida nas seguintes equações: 1. Plantas, algas e cianobactérias usam água como doador de hidrogênio, liberando O2 6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2 A equação global descreve uma reação de oxi-redução na qual a água doa elétrons (como hidrogênio) para a redução do dióxido de carbono a carboidratos. 2. Bactérias do enxofre (verde e púrpura) usam H2S como doador de hidrogênio, produzindo grânulos de enxofre 6 CO2 + 12 H2S + energia luminosa → C6H12O6 + 6 H2O + 12 S A luz solar é a fonte primária de toda energia biológica: 44 H H Fusão Termonuclear 44 He He ++ radiação radiação eletromagnética eletromagnética (luz) (luz) transmitida para a Terra como fótons de luz visível Profª Eleonora – Slide de aula A fotossíntese em vegetais superiores compreende dois processos Sol Etapa clara ou fotoquímica: Reações dependentes de luz, que ocorrem apenas quando as células são iluminadas. H2 O O2 Reações luminosas Etapa escura ou química: Reações de fixação de carbono, denominadas de reações escuras, que são conduzidas pelos produtos das reações luminosas. NADP+ ADP + Pi NADPH ATP Reações de assimilação de carbono Carboidrato CO2 Profª Eleonora – Slide de aula A fotossíntese nas células vegetais ocorre nos cloroplastos Os cloroplastos são envoltos por duas membranas. A membrana interna delimita o compartimento que contém vesículas achatadas envoltas por membranas chamadas tilacóides, ides dispostas em prateleiras denominadas de grana. grana Nas membranas tilacóides estão os pigmentos fotossintetizantes e os complexos enzimáticos que efetuam as reações luminosas e a síntese de ATP. O estroma contém a maioria das enzimas necessárias para as reações de assimilação de carbono. Profª Eleonora – Slide de aula A luz produz um fluxo de elétrons nos cloroplastos Quando extratos de folhas contendo cloroplastos são iluminados, em presença de um aceptor de elétrons não biológico, ocorre a produção de O2 e a redução do aceptor de elétrons, de acordo com a reação de Hill. 2 H2O + 2 A Luz 2 AH2 + O2 A = aceptor artificial de elétrons ou Reagente de Hill D iclorofenolindofenol 2,6-diclorofenolindofenol (um reagente de Hill) Quando o extrato de folhas com o corante foi iluminado, o corante azul tornou-se incolor e O2 foi produzido. No escuro não ocorreu nem produção de O2 nem redução do corante. O Cl OH Cl Cl Cl N NH OH OH Forma oxidada (A) (azul) Forma reduzida (AH2) (incolor) Primeira evidência que: A absorção de energia luminosa produzia um fluxo de elétrons da H2O para o aceptor de elétrons CO2 não era necessário e nem reduzido Aceptor biológico de elétrons nos cloroplastos é o NADP+ 2 H2O + 2 NADP+ Luz 2 NADPH + 2 H+ + O2 Profª Eleonora – Slide de aula Espectro de radiação eletromagnética e a energia dos fótons na faixa visível do espectro Tipos de radiação Raios gama Comprimento de onda Raios X < 1 nm UV Infravermelho 100 nm Ondas de rádio Microondas < 1 mm 1m 1000 m Luz visível Violeta Comprimento de onda (nm) Energia (kJ/einstein) 380 Azul 430 300 Azul esverdeado 500 240 Verde 560 Amarelo 600 200 Vermelho Laranja 650 750 170 Luz visível é a forma mais forte de radiação solar que atinge a superfície terrestre 1 einstein = 1 mol de fótons = 6 x 1023 fótons Profª Eleonora – Slide de aula Excitação de um átomo pela absorção de energia Luz e- e- Átomo no Estado básico e- Estado excitado, Elétron elevado a um nível energético superior Retorno ao estado básico com perda de energia de excitação como fluorescência ou calor Quando um fóton é absorvido, um elétron da molécula que o absorveu é impulsionado para um nível de energia maior. O retorno do átomo ao seu estado básico normal resulta na perda da energia luminosa absorvida, na forma de fluorescência ou calor. Entretanto, quando as células fotossintéticas são excitadas pela luz, a energia absorvida não aparece como fluorescência, mas é conservada para produzir NADPH e ATP. Profª Eleonora – Slide de aula Absorção de energia luminosa para a fotossíntese Os pigmentos mais importantes que absorvem luz nas membranas tilacóides são as clorofilas. Os cloroplastos de vegetais superiores contêm os dois tipos de clorofila: clorofila a e clorofila b ⇒ ambas são verdes, mas seus espectros de absorção são ligeiramente diferentes para permitir que uma complemente a faixa de absorção da outra, na região do visível. As membranas tilacóides contêm, também, pigmentos secundários ou acessórios chamados de carotenóides. Os mais importantes são o β-caroteno (vermelhoalaranjado) e a luteína ou xantofila (amarelo). Os pigmentos carotenóides absorvem luz em outros comprimentos de onda do que os absorvidos pelas clorofilas e, portanto, são receptores de luz suplementar. Os pigmentos que absorvem luz nas membranas tilacóides (ou bacterianas) são arranjados em conjuntos funcionais chamados fotossistemas. Todas as moléculas de pigmentos num fotossistema podem absorver fótons, mas apenas algumas moléculas de clorofila associadas com o Centro de Reação Fotoquímica são especializadas em converter energia luminosa em energia química. As outras moléculas de pigmento no fotossistema são chamadas captadoras de luz ou moléculas-antena. Profª Eleonora – Slide de aula Os pigmentos mais importantes que absorvem luz Profª Eleonora – Slide de aula O Complexo Coletor de Luz e o Centro de Reação Fotossintética A antena afunila a energia para o Centro de Reação Profª Eleonora – Slide de aula Integração dos Fotossistemas I e II Os centros de reação fotossintética em vegetais superiores são o fotossistema I (PSI), que reduz NADP+ e o fotossistema II (PSII), que oxida H2O Fotossistema I Potencial Padrão de Redução, E’o (V) - 1,6 - 1,4 P700* Fotossistema II A0 - 1,2 - 1,0 A1 Fe-S P680* - 0,8 Fd FP Ph - 0,6 QA Luz - 0,4 QB - 0,2 Complexo Complexo Citocromo Citocromo 0 Via cíclica NADPH bf bf Luz 0,2 8 H+ 0,4 PC P700 0,6 0,8 2H2O Complexo Complexo Mn Mn divisor divisor de O de HH22O P680 1,0 O2 + 4 H+ NADP+ Translocação de prótons Ph - Feofitina QA - Plastoquinona A QB - Plastoquinona B PC - Plastocianina A0 - Aceptor de elétron A0 (semelhante a feofitina no PSII) A1 - Fitoquinona Fe-S - Proteína ferroenxofre Fd - Ferredoxina FP - Favoproteína (ferredoxina-NADP+ oxidoredutase) Profª Eleonora – Slide de aula Transporte de elétrons Via não cíclica Via cíclica Profª Eleonora – Slide de aula Fotofosforilação Os cloroplastos geram ATP de modo muito semelhante às mitocôndrias, ou seja, pelo acoplamento da energia livre liberada na dissipação de um gradiente de prótons e a síntese enzimática de ATP. A ATP-sintase de cloroplastos, que é denominada complexo CF1CF0, é similar ao complexo F1F0 mitocondrial: 1. As unidades CF0 e F0 são proteínas hidrofóbicas transmembrana e contêm um canal transportador de prótons. 2. As unidades CF1 e F1 são proteínas hidrofílicas periféricas de membrana. Observação: Enquanto a ATP-sintase do cloroplasto transporta prótons do lúmen do tilacóide para o estroma, a ATP-sintase mitocondrial conduz os prótons do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial. Profª Eleonora – Slide de aula FOTOSSÍNTESE: BALANÇO ENERGÉTICO Produção de ATP no transporte não-cíclico A produção de O2 a partir de 2 H2O libera 4 prótons no lúmen da tilacóide. O transporte de 4 elétrons através do complexo citocromo b6f ocorre junto com o transporte de 8 prótons do estroma para o lúmen da tilacóide. Portanto, 12 prótons entram no lúmen da membrana tilacóide, no transporte de elétrons não-cíclico, por molécula de O2 liberada. A enzima ATP-sintase do cloroplasto, de acordo com a maioria das estimativas, produz 1 ATP para cada três prótons translocados do lúmen da tilacóide para o estroma. O transporte não-cíclico resulta na produção de (12/3) 4 ATP por molécula de O2 liberada. Observação: O transporte cíclico de elétrons forma mais ATP porque mais prótons são transportados para o lúmen da membrana tilacóide. Profª Eleonora – Slide de aula O transporte não-cíclico também produz NADPH 2 NADPH são produzidos para cada 4 elétrons liberados de 2 H2O pelo centro de evolução do oxigênio (CEO) Cada NADPH tem energia livre suficiente para produzir 3 ATP, portanto, um total de 6 equivalentes adicionais de ATP pode ser obtido, por O2 liberado. Somados aos ATP produzidos pela translocação de prótons, um total de 10 ATP pode ser formado por molécula de O2 liberada. 2 fótons são necessários para cada elétron transportado da H2O ao NADPH, portanto, 8 fótons são necessários por O2 produzido (medida experimental resultou de 8 a 10 fótons) A A eficiência eficiência global global das das reações reações de de luz luz éé aa formação formação de de 10 10 ATP ATP por por 88 aa 10 10 fótons fótons ou ou ≈≈ 1,25 1,25 ATP ATP por por fóton fóton absorvido. absorvido. Profª Eleonora – Slide de aula Comparação da fotossíntese em determinados eucariotes e procariotes Características Eucariotes Procariotes Algas / Plantas Cianobactérias Bactéria verde Substância que reduz CO2 Átomos de H da H2 O Átomos de H da H2 O Enxofre, composto sulfurados, gás H2 Enxofre, composto sulfurados, gás H2 Produção de oxigênio Oxigênico Oxigênico (e anoxigênico) Anoxigênico Anoxigênico Tipo de clorofila Clorofila a Clorofila a Bacterioclorofila a Bacterioclorofila a ou b Cloroplastos com tilacóides Tilacóides Clorossomos Membrana intracitoplamática Aeróbico Aeróbico (e anaeróbico) Anaeróbico Anaeróbico Local de fotossíntese Ambiente Bactéria púrpura