Plano de Aula Ano 10º Ano Física e Química Unidade2 – Energia em Movimentos 1. Transferências e transformações de energia em sistemas complexos – aproximação ao modelo da partícula material (4 aulas Previstas) Aula n. 73 Tempo: 90 min Data: 17/04/2012 Transferências e transformações de energia em Sistemas Complexos (meios de transporte): • Analisar as principais transferências e transformações de energia que ocorrem num veículo motorizado, identificando a energia útil e dissipativa. • Identificar um veículo motorizado como um sistema mecânico e termodinâmico (complexo) • Identificar no sistema de travagem, as forças de atrito como forças dissipativas (degradação de energia) • Associar a ação das forças dissipativas num sistema complexo com variações de energia mecânica interna. • Explicar, a partir de variações de energia interna, que, para estudar fenómenos de aquecimento, não é possível representar o sistema por uma só partícula – o seu centro de massa. • Identificar as aproximações feitas quando se representa um veículo pelo seu centro de massa. Sumário: Transferências e transformações de energia em sistemas complexos (meios de transporte). Partícula material. Centro de massa. Materiais a Utilizar: PPT sobre os conteúdos abordados. Transferências e transformações de energia em Sistemas Complexos (meios de transporte) Breve revisão com os alunos sobre energia e fontes de energia. Em Ciências Físicas o termo Energia é utilizado para designar uma grandeza Física que se exprime em Joules (J) no Sistema Internacional (SI). Existem várias fontes de Energia: Fontes de energia primárias – quando ocorrem livremente na Natureza. Ex.: Sol, água, vento, gás natural, petróleo bruto 1 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Fontes de energia secundárias – quando são obtidas a partir de outras. Ex.: eletricidade, gasolina, petróleo. Assim a, A energia manifesta-se à nossa volta e nas atividades que desenvolvemos de muitas formas: nada acontece sem energia. A energia faz parte do Universo que nos rodeia. A energia manifesta-se de diferentes modos, sendo detetada pelos efeitos que produz. A energia, que é só uma, pode ser qualificada de acordo com os efeitos que produz, com os fenómenos a que está associada ou de acordo com a fonte de onde provém. APRESENTAR PPT (1 a 3) O que é um Sistema Complexo? É um sistema que é simultaneamente um sistema termodinâmico e um sistema mecânico, isto é um sistema onde se verifica variação da energia interna - SISTEMA TERMODINÂMICO e variação da energia mecânica: Em=Ec+Ep– SISTEMA MECÂNICO. Se num sistema complexo se considerar que a variação da energia interna não é apreciável estamos a reduzir este sistema complexo a um sistema mecânico. APRESENTAR PPT (4 a 10) Vamos considerar o automóvel a gasolina, veículo muito utilizado como meio de transporte. Será que o automóvel converte toda a energia obtida a partir dos combustíveis e do ar em energia do movimento do automóvel? Não, é impossível converter toda a energia obtida exclusivamente em energia cinética do automóvel. Apenas, cerca de 75% da energia é: • Desperdiçada no aquecimento do motor; • Desperdiçada nos gases de escape (que são quentes...); • Utilizada para carregar a bateria e alimentar diversos dispositivos eléctricos; • Utilizada no aquecimento do interior do carro; • Etc. 2 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Mas, apenas cerca, de 25% da energia obtida a partir dos combustíveis e ar surge como energia cinética de um automóvel APRESENTAR PPT (11 a 14) O movimento do carro origina o aparecimento de forças de atrito em todas as partes móveis e de forças de resistência do ar, que contribuem para diminuir a energia cinética do carro. O movimento de um objeto pode ser muito complexo. Mas é sempre possível definir um ponto especial, o chamado centro de massa (CM) do objeto, que geralmente tem um movimento simples. Nalguns corpos, o centro de massa coincide com o centro geométrico do corpo enquanto noutros coincide com o centro de gravidade. APRESENTAR PPT (15 a 18) Caraterísticas do centro de massa (ppt17), explicar aos alunos o que são movimentos de translação. - Movimentos de translação, quando o sólido se desloca as trajetórias descritas pelos seus pontos são paralelos entre si (ver fig.2 pag. 147). Movimento de translação O movimento de translação pode ser analisado observando-se exclusivamente o centro de massa do corpo. O corpo executa movimento de translação se o seu centro de massa se desloca à medida que o tempo passa. Assim, o movimento de translação do corpo rígido está associado ao movimento do centro de massa. O que provoca o movimento de translação são as forças externas agindo sobre o corpo rígido. O corpo rígido se desloca de tal forma que tudo se passa como se todas as forças estivessem atuando sobre o centro de massa. Nos movimentos de translação valem as leis de Newton e a conservação da quantidade de movimento Realização da APSA 2.1 – Transferências e transformações de energia em sistemas Complexos. Partícula material. Centro de massa (2os 45 minutos de aula) TPC – exercícios 5 a 7 da Pág. 189 do manual.. 3 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Aula n. 74 Tempo: 135 min Data: 19/04/2012 APL 2.0.0- Vetores e grandezas vetoriais. Soma e Subtração de vetores. Resultante das forças, aceleração e velocidade num Plano Inclinado. Toda a quantidade possuindo simultaneamente grandeza e direção é representada pelo que se chama vetor. A velocidade é representada por um vetor cuja direção do vetor representa a direção do movimento e cujo comprimento, em qualquer escala de unidades escolhida, é a medida da velocidade. Representar no quadro quatro vetores com o mesmo comprimento e com direções diferentes: Se estes vetores representarem a velocidade de quatro carros, podemos dizer que: Os carros têm a mesma velocidade; Se cada centímetro representar 50 Km/h, podemos conhecer a velocidade por meio de um vetor. Se dois carros se cruzam numa estrada e os seus velocímetros marcam 60 Km/h como é que podemos caraterizar a velocidade desses dois carros? Através de vetores cujas flechas apontam para direções diferentes. Como somar e subtrair vetores? Relembrar a soma e subtração de vetores que os alunos já aprenderam na disciplina de matemática. 4 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Com uma régua desenhar vetores no quadro e depois determinar a soma e a subtração desses vetores. Exercício: Qual é a soma dos seguintes vetores: vetor A, aponta para norte, magnitude 10 unidades; vetor B, aponta para oeste, magnitude 10 unidades? Resultante das Forças, aceleração e velocidade num plano inclinado. Pegar num plano inclinado colocar uma caixa em cima do plano. O que é que pode acontecer ao objeto, caixa, em cima de um plano inclinado? Ou fica imóvel ou então desliza pelo plano inclinado Perguntar aos alunos: Que forças estão a atuar na caixa? 5 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano E como se representam as forças num objeto de 0,30 kg (ou melhor no CM do objeto), utilizando apenas régua, esquadro e transferidor? Fazer o esquema no quadro e com a ajuda dos alunos representar as forças que atuam na caixa. Utilizar uma régua, para traçar os vetores que representam as forças. Determinar o ângulo do plano inclinado, para tal ou usar um transferidor ou então através das razões trigonométricas. Seguir o esquema da figura. Repetir o esquema agora para uma massa de 0,5kg e de 0,15kg. 6 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano 7 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Como já vimos a caixa pode ficar imóvel no plano inclinado, neste caso a soma das forças do objeto tem de ser nula. E tem de existir uma outra força que equilibre a soma da força gravítica com a força da reação do plano ou a também designada força normal. Essa força é a força de atrito, Fa . E se a força de atrito for nula, ou com valor inferior à soma de reação com a força gravítica, o que é que acontece à caixa? A caixa acelera para baixo, aumentando a velocidade. A aceleração é a grandeza vetorial que nos informa para onde é que a velocidade está a variar. Neste caso, a velocidade varia, aumentando de magnitude, apontando para baixo, ao longo do plano. Portanto, quando o corpo desce o plano, aumentando de velocidade, a resultante das forças aponta para baixo, paralela ao plano, tal como a aceleração. 8 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano 9 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Subir e descer num plano inclinado: forças, aceleração e velocidade Lançar a bola, com a mão, de forma a subir a rampa. Enquanto a mão exerce uma força na bola, para onde aponta a soma ou resultante das forças? Pedir aos alunos para escrever a resultante das forças: F = Força exercida pela mão + força de reação do plano + força gravítica +força de atrito aponta para cima. E a aceleração para onde aponta? A aceleração também aponta para cima. E a velocidade como é que vai variar? A velocidade vai variar “para cima”, aumentando de magnitude. Por isso, quando a mão deixa o contacto com a bola, esta já possui uma certa velocidade inicial que aponta para cima. Largar a mão da bola Que forças estão agora a atuar na bola? A bola passa a ser atuada apenas pelas forças de reação do plano + força gravítica + força de atrito. Para onde aponta a resultante das forças? e a aceleração e a velocidade? Aponta para baixo, paralelamente ao plano e a aceleração também. A velocidade aponta para cima e vai diminuindo de magnitude até se anular na parte superior do plano. Subindo, acelerando para baixo, velocidade para cima, mas diminuindo a magnitude da velocidade. Altura máxima, velocidade nula, acelerando para baixo 10 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano O que acontece quando a velocidade é nula? A caixa desce o plano, A soma das forças aponta e a aceleração aponta para baixo e a Velocidade aponta também para baixo, aumentando de magnitude. Descendo o plano, a soma das forças e aceleração apontam para baixo. Velocidade também aponta para baixo, continuando a aumentar de magnitude. Os alunos vão agora trabalhar com um simulador da PHET “The Ramp (1.05)”, para melhor se inteirarem dos conteúdos abordados. Os alunos depois de experimentarem o simulador vão realizar uma ficha de trabalho. 11 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Aula n. 75 Tempo: 90 min Data: 20/04/2012 Sumário: Trabalho realizado por várias forças e pela sua resultante. Relação entre o trabalho realizado por uma força e pelas suas componentes. Força eficaz. Materiais a utilizar: vários carrinhos, blocos de massa diferente, dinamómetro e plano inclinado Trabalho realizado por uma força constante Quando um sistema exerce ou é atuado por forças e há movimento, diz-se que há realização de trabalho. Isto é: Para se colocar um objeto em movimento, é necessário a aplicação de uma força e, simultaneamente, tem de haver uma transformação de energia. Quando se aplicação uma força e há um deslocamento do ponto de aplicação dessa força, pode-se dizer que houve realização de trabalho. Exemplo: Um carro de brincar que vai ser puxado por uma corda onde é aplicada uma força constante. O que é que tem de acontecer para que o carro entre em movimento? É necessário a aplicação de uma força, F , constante que promova o deslocamento do carro. O que significa ser uma força constante? Significa que durante o trajeto a força mantêm a direção e o módulo. A força F e o deslocamento definem um ângulo Assim, a grandeza trabalho de uma força, W, pode ser definida do seguinte modo: W F d cos 12 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano A força F pode ser dividida em dois componentes, F e F , como se mostra a seguir: x y A componente de F que realiza o trabalho é F , pois é a que tem a mesma direção do x deslocamento. A componente F não realiza trabalho, pois é perpendicular ao deslocamento y e, por isso, não interfere diretamente no movimento. A componente da força que realiza trabalho é designada por força eficaz ( F ). ef A unidade do S.I do trabalho é o joule (J ). Dependendo do ângulo que a força F faz com o deslocamento, o trabalho pode ser positivo – potente, negativo – resistente ou nulo . Quadro resumo (passar para o quadro preto) Trabalho Potente W >0 =0° F • A força F têm a direção e o sentido do Δr movimento A força eficaz, 0°< <90° ---- ---------- F , tem a ef direção e o sentido do movimento Δr ---------------- A força F tem a direção do movimento mas sentido oposto F Trabalho =180° resistente W <0 F O trabalho realizado pela força F contribui para o aumento da Ecinética do centro de massa do sistema. O trabalho realizado pela força F contribui para a 13 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano 90°< <180° Trabalho nulo W=0 F =90° F diminuição da Ecinética do centro de massa do A força eficaz, sistema tem a direção do Δr movimento mas sentido oposto O trabalho realizado por Não há variação uma força pode de Ec do centro também ser de massa nulo se essa Δr =0 força não provocar o deslocamento Δr =0 m Trabalho realizado por várias forças e pela sua resultante Se, sobre um corpo, atuar mais do que uma força, a alteração da sua energia é igual ao trabalho total realizado por todas as forças. Desde que o corpo se comporte como uma partícula material, isto é, desde que possa ser representado pelo seu centro de massa, o trabalho total pode ser determinado por um dos processos: 1. O trabalho total é a soma dos trabalhos realizados individualmente por cada força. Wtotal = W( F1 ) + W( F2 ) + ..... + W( Fn ) 2. O trabalho total é igual ao trabalho realizado pela resultante das forças. FR = F1 + F2 +.....+ Fn e Wtotal = W ( FR ) Wtotal = FR d cos 14 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Aula n. 76 Tempo: 90 min Data: 24/04/2012 Sumário: Conclusão do assunto abordado na aula anterior. Cálculo do trabalho a partir de um gráfico. Potência de uma força e rendimento. Realização de uma APSA. Materiais a utilizar: carrinho e plano inclinado Trabalho realizado sobre um corpo que se desloca ao longo de um plano inclinado Considere-se um bloco de massa m, que parte do repouso do topo de um plano inclinado, de comprimento d e altura h, e que se desloca ao longo deste com força de atrito desprezável. d A reação normal da superfície sobre o bloco não realiza trabalho – é perpendicular ao deslocamento. O peso, força gravítica, define um ângulo com a direção do movimento. A Força Gravítica, PESO, pode ser decomposta segundo a direção tangente à trajetória, Px (componente tangencial), e a direção perpendicular, Py . A componente normal do peso, Py , não realiza trabalho (perpendicular ao deslocamento), mas a sua componente tangencial, Px , a força eficaz – realiza trabalho. O trabalho total realizado pelas forças que atuam sobre o bloco, no deslocamento de A a B, é igual ao trabalho realizado pela força eficaz, Px . WAB = Px d Como Px = P cos e P = mg então: WAB = mxgxdxcos Mas cos = h d WAB = mxgxh 15 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química Plano de Aula Ano Mas, a maioria das vezes o ângulo que nos é dado é o ângulo , neste caso o trabalho realizado por Px é dado por: W = m × g × d sinα Px Exercício de aplicação: Um corpo de 1 kg desce, sem atrito, um plano inclinado de comprimento 5m e inclinação 10°. Qual é o trabalho realizado pelo peso do corpo? E qual é o trabalho da força da reação normal? W = m × g × d × sin10 P W = 1 × 9, 8 × 5 × sin10 Û W = 8, 5 J P P O trabalho da Força Normal é nulo porque a força é perpendicular ao plano Determinação gráfica do trabalho realizado por uma força constante Fcos (N) Fcos (N) O trabalho realizado por uma força pode ser calculado a partir de gráficos de valor da força versus (vs) valor do deslocamento. Fe f. W>0 d 0 0 d x W<0 d Fe f. 16 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química x Plano de Aula Ano A área 1 representa o trabalho realizado pela força eficaz, Fef . Se o trabalho é motor ou potente o seu valor é positivo, e é igual à área contida entre Fef e o eixo do xx, que está acima deste eixo, até ao valor d. Se o trabalho é resistente o seu valor é negativo, e é igual à área contida entre Fef e o eixo do xx, que está abaixo deste eixo, até ao valor d. Potência de uma força e rendimento A potência é a energia transferida por unidade de tempo W P t A potência útil é o trabalho que uma força realiza por unidade de tempo Rendimento: razão da energia útil pela energia fornecida Ou a razão entre a potência útil e a potência fornecida P útil P forn Realização de uma APSA – Trabalho realizado pelas forças que atuam num corpo apoiado num plano inclinado Aula n. 77 Tempo: 135 min Data: 27/04/2012 Tempo: 90 min Data: 28/04/2012 Sumário: Aula n. 78 Sumário: Realização de uma ficha de trabalho. Realização de exercícios do manual. 1 A = Fefd (calcula-se o trabalho através da área do rectângulo) 17 Estágio Profissional - Escola Secundária Dom Manuel Martins – Isabel Quadros – Mestrado Ensino da Física e Química