Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 12 – O Desafio do Pastoreio João 10; Atos 10; Tito 1 Elaborado por Rogério Senna Dias [email protected] No ministério cristão também somos levados a pensar no serviço do pastoreio. Quando falamos em pastoreio nos vem à mente a figura do pastor. A figura do pastor nos remete àquele que apascenta, cuida, protege, instrui o rebanho de Deus tendo como modelo o Senhor Jesus Cristo, que é o nosso Sumo Pastor. A função do pastor é ensinar a sã doutrina, ensinar a Palavra de Deus e dirigir a igreja local de acordo com os preceitos bíblicos. No livro de Tito encontramos várias qualificações a respeito de pregadores. Assim verificamos que o pastor deve reter firme a fiel Palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Como já ressaltamos Jesus é o nosso Sumo Pastor. Interessante destacar que nos tempos do Novo Testamento os pastores não foram altamente considerados. Jesus descreveu a si mesmo como o bom pastor que deu a vida pelas as ovelhas. Jesus também é chamado de grande pastor das ovelhas. Cristo nos deu o exemplo do sentido especial e único da dignificação devida à função ministerial do pastor, quando ele mesmo se identificou como um pastor. Uma coisa é certa, o ministério cristão do pastoreio é de fundamental importância para a igreja de Cristo. Paulo escrevendo ao jovem Timóteo o exorta neste sentido: "Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); www.pibrj.org.br não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo. Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Diabo" (1 Timóteo 3.1-7). No desafio do pastoreio o líder em potencial deve ter autocontrole e maturidade espiritual. Deve também governar bem a sua própria família. Interessante destacar que o lar é a prova mais confiável para os líderes potenciais. O apóstolo Paulo também nos mostra as condições básicas para o pastorado quando afirma que devemos servir como escravo ao Senhor, com toda humildade, lágrimas e provações, conforme Atos 20.19. Em outro contexto Paulo assevera que “em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus” (Atos 20.24). No desafio do pastoreio o servo de Deus deve cumprir a tarefa que Deus lhe entregou. O exemplo de Paulo anima ao ministro de Cristo a orar cada vez mais para ter um conhecimento claro da vontade de Deus e o poder para obedecer a ela. O pastor tem por missão arrebanhar suas ovelhas e não deixa-las espalhadas. Mais uma vez nos valemos de Paulo, escrevendo aos crentes em Éfeso: “Foi ele quem deu dons às pessoas. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores” (Ef. 4.11). O ministério pastoral é diferenciado, pois ele tem sobre si a responsabilidade de proclamar a mensagem de Cristo. É conhecido também como ministério da Palavra. O ministro de Deus deve pregar a Palavra, deve contextualizá-la e não permitir que sua igreja seja levada por ventos de doutrina. O Senhor tem nos chamado enquanto igreja e nos dado uma ordem. Nossa missão, segundo Jesus, é irmos pelo mundo todo e pregarmos o evangelho a Lição 12 - 3T 2011 1 todas as pessoas, irmos e fazermos discípulos de todas as nações. Os batistas afirmam o princípio bíblico de que todo crente é um ministro de Deus, de que cada pessoa é um sacerdote. Todos crentes são intercessores uns dos outros. À luz das Escrituras, o sacerdócio do crente significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e na comunhão da igreja local. Cada cristão, tendo acesso direto de Jesus Cristo é o seu próprio sacerdote e tem obrigação de servir de sacerdote em benefício dos outros. Cada crente como sacerdote é chamado por Deus para orar (I Timóteo 2.1), para fazer sacrifício de louvor (Hebreus 13.15), para apresentar o seu corpo a Deus (Romanos 12.1-1), para proclamar as virtudes de Deus (I Pedro 2.9). A igreja de Deus está no mundo para servir a Deus e aos homens. Portanto o distintivo do sacerdócio dos crentes é muito significativo para compreensão do ministério dentro da Igreja. Pois nos leva a perceber que a igreja é constituída de um sacerdócio no qual cada participante está sendo chamado ao serviço. Este sacerdócio é responsabilidade de todos e não apenas de um grupo especial. Contudo não podemos deixar de enfatizar que há um chamado específico para determinados crentes. Este chamado é bem destacado na epístola de Paulo, quando escrevendo à Timóteo diz: “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (I Tm 3.1-2). Os padrões bíblicos para o pastoreio são morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. O líder cristáo deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis”. Assim, sua vida www.pibrj.org.br Lição 12 - 3T 2011 cristã e sua perserverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação. O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo de pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. Importante ressaltar que o pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo. Admiro o apóstolo Paulo quando afirma na sua primeira carta aos crentes em Corinto: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (I Coríntitos 11.1). No ministério do pastoreio devem os pastores, como já afirmado, seguirem o exemplo de Cristo. Assim como Paulo, no ministério pastoral, os pastores devem ser semelhantes a Cristo. Neste ministério o amor ao próximo deve ser relevante. Deus requer altos padrões morais para os ministros da Igreja. Deus sabe que se os líderes não forem irrepreensíveis, a igreja se afastará da justiça por causa da falta de exemplos piedosos que sirvam como modelos de vida para o crente. O ministério do pastoreio é de vital importância para a igreja, de tal forma que aqueles que se revestem desta responsabilidade devem saber ensinar, encorajar e exortar com a Palavra de Deus a fim de levar os corações e mentes do povo de Deus à sincera devoção a Cristo, à verdade e a à justiça. “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). Finalizando não podemos nos esquecer que este ministério anda lado a lado com o ministério da intercessão. A razão é simples, pois é dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão (o ministério do pastoreio) de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12). No ministério do pastoreio o pastor é modelo, imagem, ideal, padrão e tem uma vida cristã digna de ser imitada. Assim seja! 2