Centro de Animação Bíblico-Catequética - Editora Ave

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Centro de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa
“Ide… anunciai a Boa-Nova.” (Mateus 28,19)
Prefácio
Após mais de quinze anos de utilização da Coleção Sementes – manual de
catequese elaborado na Diocese de Ponta Grossa (PR) –, utilizada por catequistas de muitas regiões do Brasil, é para mim motivo de alegria e grande esperança
apresentar a nova coleção, totalmente reformulada no espírito do Documento
de Aparecida e do processo de iniciação à Vida Cristã.
Hoje melhor compreendemos que a catequese não é uma transmissão de
conteúdos de doutrina (“instrução”), nem apenas preparação para receber este
ou aquele sacramento (“etapa de formatura”), mas é um processo dinâmico e
abrangente de educação da fé, um itinerário de vida, que leva alguém ao encontro da comunhão e intimidade com Jesus Cristo e à adesão à proposta do Reino,
que é vivida na Igreja.
Duas consequências brotam dessa visão: primeira – o catequista, alguém
orante, que experimenta e vive seu encontro pessoal com o Senhor, é capaz de
introduzir os catequizandos no Mistério (mistagogia); segunda – uma vez que
esse processo de discipulado se realiza na comunidade eclesial, e toda a comunidade paroquial é catequizadora, com a participação da família e do sacerdote, a
dinâmica toda da catequese vai inserir o catequizando na vida da comunidade...
Daí uma grande novidade da nova coleção: a inserção de celebrações litúrgico-catequéticas ou ritos de iniciação, que vão assinalando as várias etapas e
introduzindo o catequizando no Mistério do Ressuscitado, levando-o a assimilar a
linguagem dos símbolos, dos gestos, da vida de oração e contemplação, bem como a
participar de maneira ativa e frutuosa na Liturgia e na transformação da sociedade.
Este volume começa com uma preciosa apresentação, que expõe de maneira clara a mística da iniciação à Vida Cristã, sempre iluminada pela atitude de
Jesus com os discípulos de Emaús. Respeita a psicologia das idades e os diversos
momentos do ano litúrgico. Será muito útil para a preparação dos catequistas no
início das atividades.
Parabenizando a equipe de Animação Bíblico-Catequética da diocese e a
Editora Ave-Maria por colocar à disposição dos catequistas e das comunidades
do Brasil este precioso instrumento, invoco sobre todos as bênçãos de Deus Uno
e Trino.
Na Festa de Maria, Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese.
Ponta Grossa, 15 de setembro de 2011
Dom Sergio Arthur Braschi
Apresentação
Esta edição reformulada do Manual de iniciação para uma vida de comunhão
com Cristo na sua Comunidade faz parte da Coleção Sementes e é expressão do
amadurecimento da edição publicada em 1995 na Diocese de Ponta Grossa (PR).
Reformulada com a colaboração de catequistas, religiosos, pedagogos, psicólogos e sacerdotes, esta edição alinha o processo catequético com as orientações do
Documento de Aparecida, do Diretório Nacional de Catequese, do Estudo 97 sobre
Iniciação à Vida Cristã e das diretrizes gerais da Ação Evangelizadora da Igreja (20112015). Deseja oferecer à Igreja um instrumento vivo e dinâmico de transmissão da
fé, para auxiliar o “processo de iniciação à vida cristã”, que conduz a pessoa para um
mergulho no Mistério de Cristo, formando nela um coração de discípulo missionário.
É preciso tratar com zelo uma importante parcela do povo de Deus confiada
à Igreja composta de crianças e adolescentes. Para eles, a catequese de iniciação à
Vida Cristã é fundamental para o crescimento na fé, porque proporciona um encontro pessoal com Cristo por meio da escuta da Palavra, da Celebração dos mistérios
da fé e da vida comunitária.
O método de “iniciação” requer cuidado no planejamento para o êxito da ação
catequética no âmbito paroquial. Necessita também de catequistas mistagogos, isto
é, que tenham segurança para conduzir ao Mistério pela vivência da fé, da espiritualidade e do testemunho de vida de comunhão na comunidade. Por sua vez, a
comunidade também é chamada a realizar essa tarefa, que é “do conjunto da Igreja”.
A formação e a criatividade de nossos catequistas são sempre uma qualidade a ser valorizada e estimulada.
Embora o trabalho dedicado de muitos catequistas seja objeto de nosso respeito
e admiração, a iniciação de nossas crianças e adolescentes tem sido fragmentada e,
às vezes, insuficiente diante dos desafios e das urgências desta “mudança de época”.
Esta edição reformulada do manual da Coleção Sementes proporciona a diminuição da distância entre a catequese e a liturgia, que são duas faces do mesmo
Mistério, em vista da adesão a Jesus e do discipulado.
A catequese de iniciação à vida cristã favorece a integração entre Anúncio,
Celebração e Vivência Comunitária. Por ser um método mais participativo, fomenta a conexão entre catequista, catequizandos, família e comunidade.
A Coleção Sementes contém cinco volumes para realizar um processo global
de catequese, instruindo com os quatro pilares da doutrina (crer, celebrar, viver e
rezar), que favorecem a experiência das primeiras e fundamentais noções da fé. Os
três primeiros volumes preparam para a intimidade com Cristo, a inserção e a pertença à Sua comunidade, que se expressará por meio da participação eucarística.
Os outros dois volumes confirmam a opção e a adesão a Jesus e à sua comunidade,
consolidando no catequizando um coração de discípulo missionário para atuar,
na força do Espírito Santo, como “sal da terra e luz no mundo”. (Mateus 5,13-14)
Este manual inicia-se com uma carta de acolhida aos pais e aos catequizandos,
um texto de capacitação inicial para os catequistas, uma celebração de unção e de envio do catequista e um encontro de acolhida dos catequizandos. Em seguida, sugere
um encontro de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade; posteriormente ocorre
um Retiro com espiritualidade Quaresmal para purificação, proporcionando a experiência de uma renovação interior preparando-os para o Mistério Pascal.
Este volume proporcionará a continuidade do catecumenato, no itinerário
catequético, conduzindo para o rito de Eleição aqueles que receberão a Iluminação, participando então do Mistério Eucarístico. Será “um tempo para conveniente
instrução, santificado com os sagrados ritos litúrgicos celebrados em tempos sucessivos e de participação no Mistério Eucarístico” (Sacrosanctum Concilium 64). A
1a unidade introduzirá o catequizando na experiência quaresmal em vista da preparação pascal. Nessa unidade ocorre a “purificação”, preparando mais intensamente
o espírito e o coração dos catequizandos para o Mistério Pascal. A unidade proporciona estas experiências por meio de três temas conectados com os evangelhos do
3o, 4o e 5o domingos da quaresma que, realizando os escrutínios, preparam para a
Páscoa. A 2a unidade introduz o primeiro pilar para a transmissão da fé (símbolo
da fé – Creio). É realizada a Celebração Litúrgica da Entrega do Símbolo, seguida da
devida instrução, realizada por meio de quatro temas que ensinam a crer em um
só Deus, que é Pai, Filho, Espírito Santo e que age na Igreja. A 3a unidade é antecedida pela “Celebração Litúrgica de Eleição, ou inscrição do nome, com a qual a
Igreja admite os catequizandos que se encontram em condições de participar da
vida Sacramental” (RICA 22). Nessa unidade, composta de seis temas, desenvolve-se
o segundo pilar do catecismo, explicando a celebração da fé na liturgia. Pelos sacramentos o catequizando perceberá os gestos que Jesus realiza em nosso favor para
nossa salvação, refletindo também sobre missão, vocação e serviço. A 4a unidade,
composta por seis temas, apresenta o dinamismo da vivência da fé. Trata do terceiro
pilar da transmissão da fé, o agir cristão, que é norteado pelos mandamentos. Há uma
celebração que favorece o exame de consciência e prepara para o sacramento da confissão. A unidade é encerrada com uma instrução sobre o quarto pilar, a oração cristã,
que impulsiona o serviço da fé, para a construção do Reino em favor da vida plena.
Antecedido de um texto de formação para o catequista, cada encontro apresenta orientações e é organizado segundo os quatro passos da metodologia do
encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado: Acolhimento, Fundamentação, Espiritualização e Atividades de fixação – atividades que integram a vivência
da fé em família e fomentam o compromisso cristão do discípulo missionário.
Este manual apresenta um processo pedagógico dinâmico, cristocêntrico,
litúrgico-comunitário, orante e bíblico, que integra a família, o catequista, o catequizando e a comunidade, ajudando o catequizando a desenvolver o costume
de ouvir, celebrar, viver e rezar a Palavra de Deus dentro e fora da família.
“Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os tudo o que vos ordenei” (Mateus
28,19-20). Desejosos de que esse mandato de Jesus à Igreja aconteça de modo sempre
renovado e caracterizado pela alegria, pedimos os auxílios da Mãe da Divina Graça.
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa, PR
Carta de acolhida aos pais
“Coloquem-se a serviço uns dos outros através do amor.” (Gálatas 5,13)
Queridos pais:
A catequese e a família, unidas pelo compromisso de evangelizar, são chamadas ao serviço do amor. É o amor que leva a pessoa a servir seus irmãos e
irmãs. Na missão da Igreja, a catequese e a família buscam crescer no amor e no
dom de si, para colocarem-se a serviço dos outros.
Por isso, com muito carinho e alegria na disposição de estar a “serviço do
amor”, a Igreja recebe seu filho para o 3o Tempo de catequese.
Convidamos sua família a prosseguirmos juntos no caminho da educação
da fé de seu filho. Estejamos unidos neste “serviço do amor”.
A família é o grande santuário da vida e também o berço da fé. As atitudes da
fé, vivenciadas e testemunhadas pelos pais, têm forte influência no aprendizado das
noções religiosas e na estruturação da vida de fé das crianças, adolescentes e jovens.
Todo batizado é chamado a ser um evangelizador. O pai e a mãe são os primeiros evangelizadores dos filhos, e a graça do matrimônio cristão ilumina a
realidade do amor, ajudando os filhos a dar os primeiros passos na vida cristã.
Nosso amado santo, João Paulo II, em sua exortação apostólica Catechesi
Tradendae (CT), lembra-nos de que: “a educação para a fé, feita pelos pais – a
começar desde a mais tenra idade das crianças –, já se realiza quando os membros de determinada família se ajudam uns aos outros a crescer na fé, graças ao
próprio testemunho de vida cristã, muitas vezes silencioso, mas perseverante no
desenrolar da vida de todos os dias, vivida segundo o Evangelho” (CT 68).
O Diretório Nacional de Catequese (DNC) também aponta para a importância dos pais na condução do processo de educação da fé: “Para a Igreja, os pais
são os primeiros e principais responsáveis pela vida e pela educação de seus filhos; são os primeiros educadores da fé” (DNC 297).
“Na família, o processo de crescimento da fé brota da convivência, do clima
familiar e do testemunho dos pais. É uma catequese vivencial” (DNC 299).
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ajuda a compreender que “a
catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais são os primeiros que têm a missão de ensinar os filhos a
rezar e a descobrir a sua vocação de filhos de Deus” (CIC 2226).
A Igreja coloca-se ao seu lado nesta linda missão de “transmitir a fé” ao seu
filho; afinal, proporcionar o encontro com Jesus a alguém é o maior e mais belo
gesto de amor que podemos realizar. Realizemos isso juntos em favor de seu filho.
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Que Deus ilumine “cada passo das nossas famílias” e nossa unidade a serviço do amor!
“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas e fazê-lo conhecido
com nossa palavra e obras é nossa alegria.”
(Documento de Aparecida no 29)
Catequista e equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa (PR)
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Carta de acolhida aos catequizandos
Querido catequizando:
João Batista estava com dois de seus discípulos e, ao ver Jesus, que passava,
disse: “Eis o Cordeiro de Deus”. Os dois que estavam com João Batista e ouviram-no dizer isso seguiram Jesus.
Jesus, olhando para trás, viu que eles o seguiam e disse-lhes: “Que estais procurando?”. Eles disseram: “Rabi (que significa Mestre), onde moras?”. Ele lhes
disse: “Vinde e vede”. Eles foram e viram onde Ele morava e permaneceram
com Ele aquele dia. Era por volta das 4 horas da tarde.
André, irmão de Simão, era um dos dois homens que ouviram as palavras de
João Batista e seguiram Jesus. Ao amanhecer, encontrou seu irmão Simão e
disse-lhe: “Encontramos o Messias” (que significa Cristo), e o conduziu até Jesus! Olhando-o, Jesus disse-lhe: “Tu és Simão, filho de João; mas serás chamado
Cefas, que quer dizer pedra”.
(João 1,35-42)
Esse texto bíblico narra o chamado que Jesus fez aos dois primeiros discípulos. Um deles é André e o outro não é identificado. Tente dar identidade a esse
discípulo; melhor ainda, identifique-se, você mesmo, com esse discípulo.
Seu catequista, tal como João Batista, tem apontado para Jesus e tem lhe
ensinando os mistérios sobre a vida de Jesus, o cordeiro que Deus Pai enviou e
que ofereceu sua vida como banquete para nossa salvação.
Você está em um caminho catequético de seguir a Jesus! Hoje, esse gesto
que Jesus realizou e, sobretudo, a pergunta que Ele fez precisam lhe alcançar e
ecoar em seu coração: “Jesus, olhando para trás, viu que eles o seguiam e disse-lhes: ‘Que estais procurando?’”.
Sinta o olhar de Jesus envolvendo-o e apaziguando o seu coração, dando-lhe confiança e segurança neste caminhar. Permita que a pergunta que Ele fez
penetre em seu coração: “Que estais procurando?”...
Convido-o para responder a essa pergunta de Jesus ao longo deste ano catequético! Identifique em seu catequista a atitude de João Batista, que está sempre
convocando-o a seguir Jesus.
Está se aproximando o momento de sua comunhão profunda com Jesus. Desde
já Ele lhe convida: “Vinde e vede!”. Procure fazer deste tempo uma oportunidade para
“conhecer onde Jesus mora”, um momento para “permanecer com o Senhor”, um momento para crescer na intimidade com Ele, que permanece conosco na Eucaristia...
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Desejamos que sua experiência e a dos seus amigos de catequese com o
Mestre seja tão profunda a ponto de vocês poderem, depois, dizer: “Encontramos o Senhor”. Que você possa conduzir, assim como André, outros irmãos para
a experiência do encontro vivo com Jesus Cristo na Eucaristia. Somente Ele pode
nos firmar, tornando-nos pedras vivas para edificarmos seu Reino neste mundo.
Caríssimo catequizando, medite sobre isso e inicie com alegria, coragem,
dinamismo e firme decisão a participação neste 3o Tempo de catequese.
Seja bem-vindo! Junto com seus pais e nossa comunidade, daremos este
passo em direção a este bonito caminho de “iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade”!
Catequista e Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética
Diocese de Ponta Grossa (PR)
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Encontro de acolhida dos catequizandos
Objetivos:
• Acolhercomalegriaoscatequizandos
parapromoverumambientefraterno.
• Expressarossentimentosquefarão
parte da caminhada familiar e dos
encontrosdecatequese.
Início do encontro:
Que bom que vocês vieram! Vamos dar continuidade à nossa caminhada de
fé. Este ano será muito especial para todos nós, pois participaremos da mesa que o
Senhor preparou para nós! Participemos com alegria e disposição deste encontro.
Cada um de nós, um de cada vez, se dirigirá até a mesa, pegará o seu crachá
e se apresentará à nossa comunidade de catequizandos. Em seguida, cada um
poderá prender o crachá em sua roupa e retornar ao seu lugar. Vamos permitir
que, ao longo de nossos encontros, Deus possa ter-nos em suas mãos, modelando nosso coração para que sejamos aquilo que Ele deseja fazer de nós. Juntos,
cantemos, acolhendo-nos uns aos outros.
Canto: “Olaria de Deus”
Os catequizandos vão ter que entrar na olaria de Deus. (2 vezes)
E descem como um vaso velho e quebrado e sobem como um vaso novo. (2 vezes)
Dinâmica de acolhida: expressandoossentimentos.
Objetivo:possibilitarqueoscatequizandosexpressemseussentimentoscom
liberdade,promovendoumambientefraterno.
Conclusão:avidanacomunidadedeféeducanossocoraçãoparaquepossamosencontraremJesusenosirmãosaforçaetambémamaneiracristãpara
vivermosasdiversassituaçõesdenossavida.
Enquanto cantamos, procure perceber o que você sente e escolha uma das
carinhas para expressar seu sentimento em relação ao que aprendeu.
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Canto: “Vem Espírito”
Vem Espírito, vem Espírito. (2 vezes)
Sozinho eu não posso mais, sozinho eu não posso mais, sozinho eu não posso
mais viver.
Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer. (2 vezes)
Sozinho eu não posso mais, sozinho eu não posso mais, sozinho eu não posso
mais viver.
Voltando aos lugares, vamos ouvir com atenção a Palavra de Deus. Perceba
os sentimentos que a história bíblica despertará em você, note o que mais chamar a sua atenção e depois partilharemos.
Vamos conversar sobre a história que ouvimos e os sentimentos que ela
despertou em nós.
Peguem o recorte da “carinha” que tem apenas os olhos. Desenhe nela uma
expressão que demonstre seu sentimento diante do convite que Jesus faz no final da história: “vai e faça o mesmo”.
Enquanto cantamos, colocaremos no vaso a “carinha” que desenhamos.
Com este gesto ofereceremos a Jesus nossos mais sinceros sentimentos e, sobretudo, nosso compromisso ao convite que Ele nos fez.
Canto: “Eu quero ser”
Eu quero ser, Jesus amado, como o barro nas mãos do oleiro.
Rompe-me a vida, faz-me de novo.
Eu quero ser... eu quero ser... um vaso novo!
Reflexão:éesteovasoquequeremossereofereceraJesus.Essessentimentosdevemsercultivadosemnossacaminhadacatequética.
Acatequesegeraavidaemcomunidadeenosensinaavivercomoirmãos,
agindodojeitoqueJesusagiu,tendoosmesmossentimentosdelediantedas
situaçõesquetrazemdesafiosaonossocoração.
Atenção: guardar uma “carinha” alegre para utilizar no próximo encontro.
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Oração final
De mãos dadas, rezemos a oração que Jesus nos ensinou:
“Pai nosso, que estais no...”
Compromisso para o catequizando realizar com sua família
Escolher uma “carinha” para entregar à sua família.
Explicar aos pais o motivo da escolha da carinha em relação ao que sente por sua família.
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Encontro sobre a Campanha da Fraternidade
Objetivos:
• DescobrirotemaeolemadaCampanhadaFraternidadedoanocorrente,
refletirsobreaquestãoedefinirações
concretas.
• Mobilizar-separaumavidamaiscristãefraterna.
• Concluirqueafraternidadeéalgoque
seconstróinodiaadia.
Acolhimento – Ver a realidade
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)
Catequizandos, sejam bem-vindos!
Jesus nos chamou e nós respondemos “sim” com nossa presença aqui. Vamos participar com alegria, procurando mergulhar na intimidade
com Jesus através deste encontro com os irmãos. Como foi a experiência realizada em família? Qual “carinha” vocês escolheram e o que conversaram sobre
aquilo que ela representa em relação à sua família?
Olhemos para a imagem da Sagrada Família e, enquanto cantamos, peçamos a bênção para nossas famílias.
Canto: “Olhando a Sagrada Família”
Olhando a Sagrada Família Jesus, Maria e José, saibamos viver a partilha dos
gestos de amor e de fé! (2 vezes)
Fundamentação – Iluminar
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)
Dinâmica:refletindosobreaCampanhadaFraternidade.
Objetivo:descobrir otema,olema eareflexão proposta pela
Campanhadoanocorrente.
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Catequista:
– A Igreja do Brasil começou as Campanhas da Fraternidade em 1962. No
tempo da Quaresma, ela convida os fiéis a refletir sobre alguma questão social,
ambiental, religiosa ou econômica. Dessa forma, propõe um gesto concreto de
solidariedade e caridade que serve de testemunho de “fraternidade cristã”, de
conversão e também de mudança de vida.
Todos:
– A Campanha da Fraternidade ajuda a comunidade cristã a refletir e a realizar gestos concretos de fé.
Catequista:
– A cada ano é proposto um novo e importante tema para reflexão por meio
do qual os cristãos são convidados a tomar iniciativas transformadoras. Tudo
isso exercita na conversão por meio de gestos concretos.
Estamos vivendo com a Igreja o tempo da Quaresma. O espírito quaresmal acentua a necessidade de fraternidade, estimula um compromisso com a
evangelização e nos faz olhar com maior atenção para as necessidades apresentadas.
Todos:
– Cada um de nós é chamado a refletir sobre as ações concretas que podemos realizar em favor do próximo e em relação às temáticas apresentadas na
Campanha da Fraternidade.
Catequista:
– O amor cristão não é puramente um sentimento interior; é, sim, um comportamento expresso por atitudes concretas, dentro e fora da comunidade, de
hospitalidade, solidariedade, respeito e testemunho. Vamos pegar nossa Bíblia e
ler o texto de Atos dos Apóstolos 4,32-35.
O texto nos apresenta o jeito fraterno e solidário de viver, que caracteriza
uma comunidade cristã.
Quando o cristão vive os ensinamentos de Jesus e os leva a sério, ele se
transforma e se compromete com a comunidade e com a sociedade. Sabe colocar generosamente em comum os dons que tem e aquilo que lhe pertence.
Consequentemente, acontece a justiça, a verdadeira fraternidade, e aparecem
ações que amenizam a pobreza e a miséria e, sobretudo, promovem a dignidade
do ser humano – porque um cristão supre a necessidade do outro, partilhando
livre e conscientemente o que possui.
1. Neste momento, o catequista desenrola o cartaz da Campanha da Fraternidade do ano e apresenta o tema, o lema e o significado das imagens
representadas no cartaz.
2. Cada um vai olhar o cartaz e dizer o que mais chamou a sua atenção.
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Conclusão: agora que compreendemos o tema, o lema e a reflexão que a Igreja
nos propõe com esta campanha, vamos rezar a oração deste ano.
O que Deus falou para mim neste texto?
Espiritualização – Celebrar
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)
Vamos procurar o texto bíblico indicado no lema da Campanha
da Fraternidade do ano corrente.
Agora vamos ouvir o hino da Campanha da Fraternidade.
O que sinto vontade de dizer a Deus?
Atividades de fixação – Agir cristão
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)
1. O catequista formará três grupos com a comunidade de catequizandos.
2. Cada grupo receberá uma cartolina para cada grupo, revistas, cola e
tesoura.
3. Cada grupo deve escrever o tema da Campanha da Fraternidade e , por
meio das figuras coladas, expressar seu significado.
4. Cada grupo vai apresentar seu cartaz a todos e colocá-lo ao lado do
cartaz da Campanha da Fraternidade.
Vivendo a fé em família –
Transformando a oração em compromisso de ação cristã
Reúna sua família e juntos rezem a oração da Campanha
da Fraternidade. Peça a seus pais que escrevam embaixo da
oração um gesto concreto que possam realizar em favor daquilo que a campanha sugere e leve a oração ao retiro.
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LEMBRETE AOS PAIS
Queridos pais, não se esqueçam de levar seu filho para participar do
“Retiro com espiritualidade quaresmal para purificação” que será no dia
_____/______ às ______horas. Local __________________________.
Pedimos que estejam presentes duas horas após o início do retiro para
participar, por meio de um gesto, da celebração final. Qualquer dúvida, estou
à sua disposição. Telefone: _______________________
Eu, __________________, e a comunidade esperamos vocês com carinho!
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana
Durante a semana, procure estar atento para colocar em
prática o compromisso que você fez, durante a espiritualização,
sobre a Campanha da Fraternidade.
21
Retiro com espiritualidade quaresmal para purificação
Aos pais, sacerdotes e catequistas
No 1o Tempo do itinerário da catequese, que chamamos também de
pré-catecumenato, os catequizandos
receberam o anúncio do Deus vivo e
de Jesus Cristo, enviado por Ele para
a salvação de todos. Essa experiência
proporciona abertura de coração para
uma adesão àquele que é o caminho, a
verdade e a vida (RICA 9).
No 2o Tempo, foram admitidos ao
catecumenato, quando são alimentados pela Igreja com a Palavra de Deus
e incentivados por atos litúrgicos, recebendo bênçãos sacramentais. Eles
recebem formação e exercitam-se praticamente na vida cristã (RICA 18-19).
No 3o Tempo, dando continuidade
ao processo formativo catecumenal, os
catequizandos prosseguirão o itinerário
catequético com maior acento na espiritualidade, buscando passar do homem
velho para o homem novo, que tem sua
perfeição em Cristo” (RICA19). Para isso,
22
a Quaresma favorecerá o momento do
itinerário chamado de iluminação e
purificação. Esse tempo é dedicado a
preparar mais intensamente o espírito e
o coração.
Propondo o retiro com espiritualidade quaresmal, desejamos proporcionar
uma renovação do coração dos catequizandos, dispondo-os para uma frutuosa
celebração do Mistério Pascal.
O período da purificação e iluminação se prolongará por toda a Quaresma,
na qual os catequizandos perceberão
melhor a dinâmica da vida cristã auxiliados pelos evangelhos proclamado no
3o, 4o e 5o domingos, quando acontece o
que chamamos de escrutínios.
Os escrutínios, que favorecerão o
discernimento e o progresso do catequizando na compreensão da mensagem
cristã, têm finalidade dupla:
1) Ajudam a tomar consciência das
“sombras” que há no coração do homem
para eliminá-las.
2) Ajudam a tomar consciência
das “luzes” que há no coração do homem para reforçá-las.
A partir do retiro quaresmal e
da participação dos catequizandos e
seus familiares na liturgia dominical
deste tempo, desejamos que os catequizandos abandonem o desânimo e
o pecado e, purificando seus corações,
se encham de um “vigor novo” em
Cristo, iluminando-se.
Objetivos:
• Favorecerapercepçãodasluzes e sombras no caminho da
vida cristã.
• Refletirqueotempolitúrgicoda
Quaresma favorece a purificação do coração e a iluminação
das sombras do pecado com a
luz do Ressuscitado.
• Proporcionar uma renovação
do coração dos catequizandos, dispondo-os para uma
frutuosa celebração do Mistério Pascal.
1. Acolhimento e reflexão
Catequista 1:
– Sejam bem-vindos! Estamos
muito felizes com a presença de todos
vocês neste retiro. Hoje experimentaremos um momento muito especial que
nos ajudará a perceber o significado
deste caminho que a Igreja nos propõe
no tempo litúrgico que chamamos de
Quaresma. Com alegria, vamos cantar,
enquanto receberemos alguns símbolos próprios do tempo da Quaresma:
Canto: “Vem e eu mostrarei”
Vem, e eu mostrarei que o meu caminho te leva ao Pai.
Guiarei os passos teus e junto a ti
hei de seguir. Sim, eu irei e saberei como
chegar ao fim. De onde vim, aonde vou,
por onde irás, irei também.
Vem, eu te direi o que ainda estás a
procurar. A verdade é como o sol e invadirá teu coração. Sim, eu irei e aprenderei
minha razão de ser. Eu creio em ti que
crês em mim e à tua luz verei a luz.
Vem, e eu te farei da minha vida
participar. Viverás em mim aqui, viver em
mim é o bem maior. Sim, eu irei e viverei a
vida inteira assim. Eternidade é, na verdade, o amor vivendo sempre em nós.
Catequista 2:
– Vamos pegar a oração da Campanha da Fraternidade que trouxemos
de casa. Em silêncio, olhemos por um
instante para esta simbologia:
Coloquemos a nossa mão esquerda sobre o coração e a mão direita, com
a oração da Campanha da Fraternidade, estendamos na direção da cruz.
Peçamos a Deus pela Campanha
da Fraternidade e pela abertura de coração para vivermos bem este retiro.
Digamos juntos:
Senhor Jesus, / eu quero acolher a
tua voz / e compreender o significado
deste tempo de Quaresma.
Catequista 3:
– Abaixando nossas mãos, vamos
fechar nossos olhos, colocando-nos
diante da presença de Deus. Apresente a
Ele sua família, seus desafios e alegrias.
Vamos colocar tudo isso aos pés da cruz.
Canto: “Ninguém te ama com Eu”
Ninguém te ama como Eu, ninguém te ama como Eu.
Olhe pra cruz; esta é a minha grande prova; ninguém te ama como Eu.
23
Ninguém te ama como Eu, ninguém te ama como Eu.
Olhe pra cruz; foi por ti, porque te
amo, ninguém te ama... como Eu.
Catequista 1:
– Vamos formar uma estrada na
direção da cruz e, para isso, utilizaremos nossos calçados. Esse gesto
simbolizará que hoje queremos dar
novos passos em direção a Jesus!
Catequista 2:
– Faremos um momento em grupo
chamado de “luzes e sombras”. Para isso,
vamos ouvir as orientações desta atividade:
Cada grupo receberá uma cartolina preta, revista, cola e tesoura.
Nela, vocês colarão figuras que
simbolizem “as sombras”, ou seja, aquilo
que impede nosso coração de caminhar
em direção a Deus.
Na cartolina colorida, que será
entregue depois, vocês colarão figuras
que simbolizem as luzes, ou seja, aquilo que ajuda nosso coração a caminhar
para as coisas do alto.
Catequista 3:
– Permanecendo reunidos como
estamos nos grupos, vamos fazer silêncio
e ouvir aquilo que cada grupo explicará
sobre o cartaz que simboliza as sombras
e o cartaz das luzes. Ao término da explicação de cada grupo, os cartazes serão
colocados no caminho que montamos.
2. Formação e espiritualidade
Catequista 1:
– Acompanhemos a reflexão utilizando a imagem do ciclo litúrgico que
está em nosso manual. A Igreja expressa o Mistério da Salvação oferecido à
24
humanidade, em Jesus Cristo, por meio
de cada celebração durante um ano litúrgico. Olhemos para a ilustração: ela
apresenta o conjunto das celebrações
que compõem o ano litúrgico.
Vamos pintar o centro desta imagem no qual há um símbolo que significa:
Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador dos
homens. Vamos dizer juntos: “As celebrações do ano litúrgico revelam que Jesus
Cristo é nosso Salvador”.
Catequista 2:
– Há uma índole própria para
cada tempo do ano litúrgico. Ela ajuda a compreender e viver melhor o
momento do Mistério da Salvação que
está sendo celebrado.
Olhemos para a imagem. A índole do Ciclo do Natal faz com que as
celebrações proporcionem aos fiéis a
preparação para a acolhida do Salvador
que nos foi dado. Já a índole do Tempo
Comum ajudará os fiéis a acolher a mensagem do Reino que Jesus veio anunciar.
Catequista 3:
– O tempo da Quaresma que estamos vivendo com a Igreja está dentro do
Ciclo da Páscoa. A índole da Quaresma é
de reflexão e penitência, características
próprias desse tempo. É importante entender que as atitudes que a Igreja nos
recomenda nesse tempo estão em conformidade com uma adequada preparação
para a grande celebração do Mistério da
Morte e Ressurreição de Jesus, o qual também podemos chamar de Mistério Pascal.
Vamos compreender melhor o
tempo da Quaresma, sua índole e o
mistério nele celebrado. Vamos formar
três grupos. Os grupos se reunirão para
um momento de leitura do texto, reflexão e oração em nosso retiro.
Texto para reflexão
dos grupos 1, 2 e 3.
O nome Quaresma vem da expressão quarenta e está baseado no
símbolo do número 40 na Bíblia: foram
quarenta dias de dilúvio, quarenta anos
de peregrinação do povo judeu pelo deserto e quarenta dias que Jesus passou
no deserto antes de começar sua vida
pública. Os quarenta dias indicam o
tempo de preparação para a experiência de “algo novo”.
A Quaresma inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira
Santa pela manhã; a cor litúrgica desse
tempo é o roxo, indicando tempo para
reflexão e penitência.
É um tempo litúrgico que favorece a experiência de conversão, de
penitência e nos prepara para a grande
festa da Páscoa.
A Quaresma é o tempo ideal de
preparação dos catequizandos que
receberão sacramentos. É o momento
25
próprio para a purificação do coração
e iluminação dos catequizandos que
se aproximam da luz do Ressuscitado.
A Igreja nos convida a viver a
Quaresma como um caminho a Jesus
Cristo, escutando sua Palavra. Nesse
tempo, somos chamados a exercitar
algumas atitudes cristãs que nos ajudarão a ter maior intimidade com
Jesus: a ORAÇÃO, o JEJUM e a CARIDADE, compartilhando com o próximo e
praticando boas obras (esmola).
GRUPO 1
• Leiam novamente o texto e
respondam: o que Deus está
me dizendo com essa Palavra?
• Parafinalizar,leiamotextoerespondam: o que eu sinto vontade
de dizer a Deus e como posso
expressar isso em meu dia a dia?
Faça seu compromisso.
GRUPO 3
a) Os catequizandos devem ler o
texto para reflexão, refletir e conversar
em grupo sobre o que compreenderam.
a) Os catequizandos devem ler o
texto para reflexão, refletir e conversar
em grupo sobre o que compreenderam.
b) Após a conversa sobre o texto
lido, os catequizandos leem, rezam e
refletem Mateus 6,16-18.
b) Após a conversa sobre o texto
lido, os catequizandos leem, rezam e
refletem Mateus 6,1-4.
• Leiam uma vez e respondam:
qual palavra do texto chamou
mais a sua atenção, permanecendo em seu coração?
• Leiam novamente o texto e
respondam: o que Deus está
me dizendo com essa Palavra?
• Parafinalizar,leiamotextoerespondam: o que eu sinto vontade
de dizer a Deus e como posso
expressar isso em meu dia a dia?
Faça seu compromisso.
• Leiam uma vez e respondam:
qual palavra do texto chamou
mais a sua atenção, permanecendo em seu coração?
• Leiam novamente o texto e
respondam: o que Deus está
me dizendo com essa Palavra?
• Parafinalizar,leiamotextoerespondam: o que eu sinto vontade
de dizer a Deus e como posso
expressar isso em meu dia a dia?
Faça seu compromisso.
GRUPO 2
a) Os catequizandos devem ler o
texto para reflexão, refletir e conversar
no grupo sobre o que compreenderam.
3. Reflexão final e envio
Catequista 1:
– Refletimos que o tempo da
Quaresma é propício para uma amizade profunda com Deus e nos ajuda a
b) Após a conversa sobre o texto identificar as “sombras do pecado” em
lido, os catequizandos leem, rezam e nosso caminho, impulsionando nosso
coração para buscar em Jesus Cristo a
refletem Mateus 6,5-8.
• Leiam uma vez e respondam: purificação de nossas faltas por meio
qual palavra do texto chamou das “luzes do perdão e da salvação”.
Na Quaresma, aprendemos a conmais a sua atenção, permanetemplar a cruz de Jesus e a compreender
cendo em seu coração?
26
que esse tempo nos ajudará a alcançar
os frutos de vida que vem dela.
Aprendemos no texto que a Igreja
nos recomenda algumas atitudes cristãs
para alcançar os frutos da cruz. Vamos repetir juntos quais são estas três atitudes:
ORAÇÃO, JEJUM E CARIDADE (esmola).
Catequista 2:
– A espiritualidade quaresmal nos
propõe o jejum como uma disciplina
para o coração, desejando nos conduzir
à liberdade. O jejum é uma bonita experiência que nos ajuda a escolher o que
é essencial e a renunciar com liberdade e alegria aos excessos. É importante
que o jejum não crie uma sensação de
ausência ou de falta, mas que abra um
espaço de união com Deus, o Sumo
Bem. Podemos jejuar não somente nos
abstendo de alimentos, mas também
de alguns apegos, atitudes e palavras. A
oração é sinal de nosso desejo de Deus
e de nossa união com Ele. A Quaresma
é um tempo que educa para a virtude
da intimidade com Deus. A caridade
(esmola) é um modo de traduzir nossa
vida de união com o Senhor em gestos
concretos de solidariedade; ela nos as-
semelha com o Mestre, que não veio
para ser servido, mas para servir.
Catequista 3:
– As atitudes da oração, do jejum
e da caridade são como três instrumentos que vão nos preparar, durante
a Quaresma, para retirarmos o fruto da
cruz de Cristo Ressuscitado, que é a vida
nova oferecida na Páscoa! Conhecemos
a beleza de seu significado e agora somos convidados a nos utilizar dele.
Catequista 1:
– Convidamos os pais para, com
seus filhos, dirigir-se até o caminho
formado com os sapatos dos catequizandos. Ao calçarem os sapatos em
seus filhos, comprometam-se também
a ajudá-los neste caminho quaresmal
por meio dos gestos da oração, do jejum
e da caridade, a fim de que suas famílias
possam preparar-se para colher o fruto
da vida nova do Jesus Ressuscitado. Enquanto isso, cantemos:
Canto: “Vem e eu mostrarei” (ou
outro adequado para o momento)
27
1 Unidade
Escrutínio quaresmal:
discernindo o caminho
para uma vida de
intimidade com Cristo
em sua Comunidade
a
1o Encontro
Quaresma –
purificando o coração para
a Páscoa, pela Oração
Objetivos:
• AprofundaroconhecimentosobreosignificadodotempolitúrgicodaQuaresma,propícioparaaexperiênciadapurificaçãodocoração.
• CompreenderqueaoraçãoéumdosinstrumentosquefavorecemoitinerárioquaresmalemdireçãoàPáscoa.
• ConhecerevivenciarasquatromaneirasderezarqueaIgrejanosapresenta.
Acolhimento – Ver a realidade
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)
Queridos catequizandos, sejam bem-vindos! Depois do retiro
que fizemos, percebemos que neste tempo de Quaresma nosso coração é convidado a uma intimidade maior com o Senhor. A Palavra de Deus e a
oração nos auxiliarão nesta experiência.
Maria soube ouvir com atenção a Palavra de Deus e a Ele respondeu com
amor. Peçamos que a Mãe de Jesus nos ensine essa virtude da oração, cantando.
Canto: “Ensina teu povo a rezar”
Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus, que um dia teu povo se anima e
caminha com teu Jesus. (2x)
Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus, que um dia teu povo desperta e
na certa vai ver a luz. (2x)
Olhemos para a simbologia em silêncio. Os exercícios espirituais que a Quaresma propõe nos ajudam a purificar o coração.
30
Coloque sua mão direita sobre seu coração, incline sua cabeça.
Perceba aquilo que precisa ser purificado, lavado e perdoado em sua vida.
Aproximemo-nos deste grande coração e, com o giz de cera, cada um escreverá aquilo que percebeu.
Voltando aos nossos lugares, acolhamos a Palavra de Deus e, com atenção,
escutemos o versículo bíblico.
“Derramarei sobre vós água pura, e ficareis purificados de todos os vossos
pecados.
Eu vos darei um coração novo e colocarei dentro de vós um espírito novo. Tirarei vosso coração de pedra e vos darei um coração de carne.” (Ezequiel 36,25-26)
É a Palavra de Deus que renova e purifica nosso coração. Peçamos que
Maria nos ensine a guardar a Palavra, como ela, no coração.
Fundamentação – Iluminar
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)
As celebrações dominicais nos mostram o rosto de Jesus pelo
Mistério da Salvação que Ele realizou, o que acontece ao longo do
ano litúrgico da Igreja, que começa no primeiro domingo do Advento, tempo que
prepara para acolher o nascimento de Jesus, e termina com a festa que proclama
Jesus como Rei do Universo.
A Igreja organizou um conjunto de leituras bíblicas para que possamos
compreender toda a mensagem revelada na Bíblia. Elas são proclamadas nas
celebrações a cada três anos e foram divididas em anos A, B e C.
Nas celebrações do ano “A”, o Evangelho escrito por São Mateus nos ajuda
a compreender a vida e a missão de Jesus; nas celebrações do ano “B”, entendemos isso com o Evangelho de São Marcos e, no ano “C”, é o Evangelho escrito por
São Lucas que nos ensina os mistérios de Jesus. O Evangelho escrito por São João
é reservado para as grandes festas e solenidades.
Dentro do ano litúrgico, o tempo da Quaresma favorece a preparação para celebrar a Páscoa. Por ser a festa litúrgica mais importante, a Igreja estende a preparação
da Páscoa por quarenta dias. Daí o nome Quaresma, ou seja, o período de quarenta
dias, que começa na Quarta-Feira de Cinzas e vai até a Quinta-Feira Santa pela manhã.
Nós, cristãos, celebramos todo ano a festa da Páscoa, a maior de todas as
festas; é a vitória de Deus que ressuscitou e ilumina nossa vida, triunfando sobre
o pecado e a morte.
Nesse tempo forte da vida da Igreja, somos convidados a intensificar nossa
vida de oração, que é um diálogo com Deus.
Perceberemos que a oração é um dos instrumentos que favorecem a experiência da purificação de nosso coração, pois nos coloca na intimidade com o Senhor.
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Catequizandos:
– A oração é dom, porque, diante da sede que nosso coração possui, somente Deus tem a água viva para saciar esta sede.
Catequizandas:
– A oração é também aliança, porque em Jesus Cristo aprofundamos nossa
relação de amizade com Deus Pai.
Todos:
– A oração é comunhão, porque fecunda o relacionamento entre nós e Deus.
O diálogo, que é a oração, pode ocorrer de quatro maneiras:
1. Oração de súplica: quando pedimos a Deus sua graça.
2. Oração de perdão: quando confiamos em sua misericórdia.
3. Oração de intercessão: quando nosso coração se volta para as necessidades dos irmãos.
4. Oração de louvor: quando exaltamos as maravilhas que Ele realiza.
Já que a Quaresma é um tempo favorável para a purificação do coração e a
oração é um importante instrumento que nos coloca em intimidade com Deus
para que Ele nos purifique e ilumine, vamos fazer um exercício a fim de crescermos na vida de oração em preparação para celebrarmos a Páscoa.
Para concluirmos este momento de nossa partilha nos grupos, vamos ler
juntos esta frase de São Pedro Crisólogo:
Todos:
– “O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe.” (São Pedro
Crisólogo)
A Quaresma é o tempo ideal para nossa preparação aos sacramentos. Ela é
chamada de “tempo da purificação e iluminação”, porque renova a comunidade
dos fiéis e os dispõe para a celebração do Mistério Pascal.
O que Deus falou para mim neste texto?
Espiritualização – Celebrar
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)
Os textos bíblicos que rezamos na liturgia durante o tempo da
Quaresma são belíssimos e nos conduzem à oração e ao verdadeiro
espírito deste “tempo favorável para a purificação e iluminação”.
Cada grupo lerá um dos textos bíblicos utilizados na liturgia do terceiro
domingo da Quaresma; em seguida, todos conversarão sobre a “pista para reflexão” e, para concluir o momento, cada catequizando escreverá uma oração,
utilizando-se de uma das quatro formas que aprendemos.
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Grupo 1: Evangelho da samaritana, João 4,5-42, do ano A.
Pista para reflexão: por intermédio de Jesus, Deus oferece ao homem a felicidade – não a felicidade ilusória, parcial e falível, mas a vida eterna. Quem
acolhe o dom de Deus e aceita Jesus como “o Salvador do mundo” torna-se um
homem novo, adquire uma “vida nova” e, saciado no Espírito, caminha ao encontro da vida plena e definitiva.
Escreva sua oração conforme uma das quatro formas (súplica, perdão, intercessão ou louvor):
Grupo 2: Evangelho de João 2,13-25, do ano B.
Pista para reflexão: Jesus apresenta-se como o “Novo Templo”, no qual
Deus se revela aos homens e lhes oferece seu amor. Convida-nos a olhar para Ele
e a descobrir em suas indicações, seu anúncio, seu “Evangelho” essa proposta de
“vida nova” que Deus nos quer apresentar.
Escreva sua oração conforme uma das quatro formas:
Grupo 3: Evangelho da figueira, Lucas 13, 1-9, ano C.
Pista para reflexão: o Senhor nos convida para a libertação, a transformação radical, que é a mudança de mentalidade. A proposta é centrar a vida em
Deus para que seus valores passem a ser nossa prioridade fundamental. Se isso
não acontecer, diz Jesus, nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo
que leva à morte, mas o que Ele deseja é que participemos da “vida nova”.
Escreva sua oração conforme uma das quatro formas:
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Conclusão: a mensagem dos evangelhos do terceiro domingo da Quaresma
ensina que precisamos percorrer um caminho para conhecer o Senhor. Jesus
vai se revelando aos poucos e despertando o desejo cada vez maior de que
saibamos quem Ele é. Deus está sempre à espera do homem, cuidando dele
(figueira), reedificando o que foi ao chão (templo) por causa de seus cansaços,
de suas sedes ou de suas necessidades (samaritana).
Vamos celebrar nossa amizade com Deus proporcionada pela oração dizendo juntos:
Todos:
– Cada um é convidado a ser testemunha viva, coerente e entusiasmada
com a “vida nova” que Jesus nos oferece.
O que sinto vontade de dizer a Deus?
Atividades de fixação – Agir cristão
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)
Prepare um bonito cartão para entregar aos seus pais. Siga
estes passos:
1. Na frente do cartão, copie as quatro maneiras de rezar que você aprendeu no encontro de hoje, explicadas no texto de Fundamentação.
2. Na parte de trás do cartão, copie a oração que você fez na atividade da
Espiritualização.
3. Leve o cartão para casa, pois ele será utilizado na atividade sugerida no
compromisso do discípulo de Jesus.
Vivendo a fé em família –
Transformando a oração em compromisso de ação cristã
Depois que você realizar o compromisso do discípulo de Jesus, peça a seus pais que escrevam uma oração com base em uma
daquelas quatro formas que a Igreja ensina.
Leve a oração escrita por eles para o próximo encontro.
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana
Coloque na cama de seus pais o cartão que você preparou
na Atividade de fixação.
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