24/09/2009 Salmoneloses Mariana C. Lourenço Mestranda em Ciências Veterinárias Gênero Salmonella → Sorovares espécie – específicos que produzem septicemia. - Homem: Typhi e Paratyphi A Suíno: Choleraesuis e Typhisuis Bovino: Dublin Ovino: Abortus-ovis Equino: Abortus-equi Aves:Gallinarum e Pullorum Introdução Salmonella Pullorum Salmonella Gallinarum Salmoneloses paratifóides 1 24/09/2009 Nomenclatura Antigamente: S. Pullorum S.Gallinarum Atualmente: S. enterica Subesp: Enterica Sorovar: Pullorum Gallinarum O Gênero Salmonella Espécie S. enterica Subespécie Quantidade de sorovares Enterica (subgrupo I) 1405 Salamae (subgrupo II) 471 Arizonae (subgrupo IIIa) Diarizonae(subgrupo IIIb) S. borgoni 94 311 Houtenae (subgrupo IV) 65 Indica( subgrupo VI) 10 (subgrupo V) TOTAL 19 2375 FONTE: POPFF et al., 1994. Gênero Salmonella Maneira correta de escrever: Ex: Salmonella enterica subespécie Enterica sorovar Enteritidis 2 24/09/2009 Gênero Salmonella Resistência: a 60º C/10min; 1/1000 fenol/3 minutos; 2% formalina/1 minuto; Pode sobreviver 10 dias nas fezes em condições ambientais. Gênero Salmonella São bactérias Gram negativas que produzem endotoxinas; endotoxinas; Normalmente é específica em galinhas e perus, mas já foi isolada de enfermidades em faisões, avestruzes, canários, etc etc;; Patos e gansos foram resistentes a infecções experimentais; experimentais; Móveis e imóveis. imóveis. Pulorose aviária Ocorre em aves jovens (3 semanas); Sua ocorrência não é comum em criações comerciais; Está associada a pobres condições de manejo e biossegurança ou resistência a antibióticos; Problema no início da incubação; Pode ser um problema em humanos somente quando ocorre imunossupressão (HIV positivos, jovens ou idosos); 3 24/09/2009 Pulorose aviária Galinhas de linhagens leves (Leghorn) são menos susceptíveis que linhagens pesadas (poedeiras vermelhas); Fêmeas parecem ser mais positivas ao teste de SAR que machos, supostamente devido a esses microorganismos instalarem-se nos folículos ovarianos. Transmissão Horizontal: através de fezes e presença da bactéria em moscas, água, ração e fômites; Transmissão vertical: bactéria já presente em folículos ovarianos (33% dos óvulos em uma ave infectada); Aves convalescentes podem albergar o agente; Aves silvestres e mamíferos podem ser fonte de infecção. Cadeia Epidemiológica S.Gallinarum Agente etiológico S. Pullorum galinhas e outras aves Aves e mamíferos infectadas, cama e fezes fezes Trato digestório Vias de transmissão aerossóis, fezes, moscas, água, ração, fômites, VERTICALMENTE!!! 4 24/09/2009 Sinais clínicos Aves oriundas de ovos infectados são apáticas, apresentam sonolência e falta de apetite logo após a eclosão; Podem apresentar material branco aderido na cloaca; Mortalidade ocorre 2 a 3 semanas pós eclosão; Pode haver onfalite e artrite; Aves adultas podem não apresentar sinal clínico e muitas vezes apenas diminuem o consumo e a produção de ovos; Em alguns casos aves adultas podem apresentar emplastamento de cloaca. Lesões macroscópicas - Lesões macroscópicas - 5 24/09/2009 Tifo aviário Transmissão vertical e horizontal Sinais Clínicos Diagnóstico Lesões, história clínica; Isolamento do agente: swabs e coleta de material SAR (3 a 10 dias pós infecção) infecção) 6 24/09/2009 Prevenção e Controle → Estratégia é manter aves livres de pulorose ou tifo aviário; → Cuidados com granjas de reprodutoras e incubatórios; → Observar o Programa Nacional de Sanidade Avícola sobre as normativas de controle; → NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA!!! Instrução Normativa n.22/95 MAPA; → Vacina 9R. Salmonelose Paratifóide Refere--se à infecção causada por Refere outras Salmonellas que não sejam as já citadas; citadas; São Salmonellas sp sp,, móveis; Em humanos causa enfermidades intestinais que leva a grandes prejuízos econômicos; Nos EUA há relatos de prejuízos de 3,5 milhões de doláres por ano com medicação e perda de produtividade por salmoneloses em seres humanos. Salmoneloses Paratifóides Transmissão; Muito investimento tem sido feito com o intuito de reduzir a incidência dessa infecção em aves de corte e postura para evitar o risco em seres humanos. 7 24/09/2009 Alterações anatomopatológicas Curso prolongado: Enterite severa; Lesões necróticas na mucosa do intestino; Cecos: diminuição de volume, paredes espessadas e conteúdo caseoso de coloração branca a brancoamarelado; Baço e fígado: congestos e com pontos necróticos; Rins: congestos e aumentados; Hepatite e pericardite fibrino-purulenta; Gema não reabsorvida, coagulada, necrótica e caseosa; Aves adultas: atrofia do ovário e folículos alterados. Paratifo Salmoneloses Paratifóides 79º C/45 minutos elimina o agente da carne de frango; 60º C/3,5 minutos são requeridos para eliminação da bactéria do ovo; Liofilização de ovo parece destruir o agente; Radiações gama e luz ultravioleta parecem ser efetivos para eliminar a bactéria de carcaças, ovos, etc; 8 24/09/2009 Salmoneloses Paratifóides O uso de ácidos orgânicos na ração animal parece reduzir esse meio como forma de transmitir a bactéria; Fumigação com formaldeído em instalações de incubatório parece ser eficaz para eliminar a bactéria; Salmoneloses Paratifóides Endotoxinas podem provocar febre no hospedeiro; Enterotoxinas causam extensivo dano na mucosa intestinal; Salmoneloses Paratifóides A adesão dessas bactérias à superfície intestinal é responsável por iniciar o processo patológico; 9 24/09/2009 Fatores de Injúria da Mucosa Intestinal Bactérias A Bactéria se liga às células através da fímbria a qual reconhece lectinas que contém certos açúcares. Lectina Glicocálix (carboidratos) Enterócito Patógenos entéricos se fixam através da Fímbria Fatores de Injúria da Mucosa Intestinal Infecção experimental com Salmonella Enteritidis PREVENÇÃO E CONTROLE Criar ave livre de salmonelose; Limpeza e desinfecção; Controle de moscas, roedores e aves silvestres; Destino adequado de resíduos; CUIDADO AO UTILIZAR FARINHA DE ORIGEM ANIMAL NA RAÇÃO; Observar manual do MAPA. 10 24/09/2009 Salmoneloses Paratifóides Alternativas para o controle de Salmoneloses em aves: Probióticos; Probióticos; Prebióticos;; Prebióticos Simbióticos; Ácidos orgânicos; Vacina. Probióticos Bases Fisiológicas: Aves nascem com TGI não colonizado; A colonização se dá após a eclosão com microorganismos do meio (ar, água, cama e ração); Administração de microbiota intestinal de aves protege contra: Salmonella spp (Andreatti Filho et al., 1997), E. coli (Jin, et al., 1996), Campylobacter spp. (Bailey, 1993). Probióticos Microbiota benéfica: Inibição do crescimento das bactérias patogênicas; Estímulo das funções do sistema imune; Redução da distensão por gases; Melhor digestão/absorção; Síntese de vitaminas (Gibson & Roberfroid, 1995). 11 24/09/2009 Prebióticos Ingredientes alimentares não digeridos no intestino delgado e que estimulam seletivamente o crescimento e/ou metabolismo de um limitado grupo de bactérias (Gibson e Roberfroid, 1995). Prebióticos Ação dos prebióticos (mananoligossacarídeos e frutooligossacarídeos): Aderência em bactérias que possuem lectinas; Bloqueia a colonização das bactérias. Prebióticos Os CHO que constituem a estrutura dos prebióticos bloqueiam os sítios de ligações de bactérias enteropatogênicas e o glicocálix. Mananologossacarídeos Bactéria Lectina Glicocálix Enterócito Enterócito 12 24/09/2009 Prebióticos Santin et al., 2001 Ácidos Orgânicos Efeito inibidor do desenvolvimento de fungos nas matérias-primas e rações; Efeito inibidor da proliferação de enterobactérias do gênero E. coli e Salmonella sp. Ácidos Orgânicos Podem potencializar os ganhos nutricionais das dietas para aves por atuarem como redutores do pH do trato gastrintestinal; Aumentam a atividade de certas enzimas, melhorando a digestibilidade de alguns nutrientes (Penz et al., 1993). 13 24/09/2009 Vacinas contra Salmoneloses Salmonellas com legislação: Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium IN n°78 de 3 de novembro de 2003 Linhas puras: livres das quatro Matrizes: livres e/ou controladas *Matrizes podem ser vacinadas com vacina morta para Salmonella Enteritidis; *Avós e Bisavós não devem ser vacinadas. Secretaria de Defesa Agropecuária Instrução Normativa n°78 de 3 de novembro de 2003 14 24/09/2009 Vacinas para Salmonella Enteritidis • Promovem redução no isolamento de S. Enteritidis em frangos no matadouro; • Promove o aparecimento de outros tipos de Salmonella (exclusão competitiva); • Não conhecemos qual a importância destes outros tipos de Salmonella para os animais ou para Saúde humana. Controle de Salmonella • Grande desafio para a Produção Animal no mundo!!!! 15