Elaborado pela ECOSTRAT Consultores para o Instituto Jones dos Santos Neves no marco do contrato entre este e o IETS — Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade. Sub-projeto a cargo de Regis Bonelli, Estêvão Kopschitz Xavier Bastos e Patrícia Cardoso de Abreu. Relevância do PIB Indicador mais amplo do desempenho econômico Empresas, governos, estudiosos Indicadores derivados: Arrecadação em % do PIB Despesas em % do PIB Dívida pública em % do PIB PIB per capita Projeções do PIB podem ser úteis para projeções de outras variáveis Relembrando conceitos Crescimento econômico é crescimento de um fluxo A todo uso produtivo de um fator corresponde uma renda e vice-versa: Terra/imóveis aluguel. Capital lucro ou juro. Trabalho salário / honorários. PRODUTO = RENDA Mas o que se faz com a renda? Compra-se o que é produzido; então: PRODUTO = RENDA = DESPESA Este trabalho Motivação deste projeto IBGE calcula PIB anual dos estados Este projeto pretende construir um indicador do PIB trimestral para o ES. PIB anual dos estados divulgado com defasagem. Ex.: em nov./2008 foram divulgados os resultados de 2006. Este projeto permitirá ao Instituto Jones dos Santos Neves aferir um indicador do PIB trimestral e do PIB anual do Estado com grande antecedência. Será possível, no primeiro trimestre de cada ano, conhecer o crescimento do ano imediatamente anterior. E acompanhar o crescimento ao longo do ano corrente. Motivação deste projeto PIB ES e PIB Brasil - Taxa anual de crescimento real ? 9,0 ? ? 8,0 7,7 ESPÍRITO SANTO 7,0 ? ? ? ? 5,8 6,0 ? ? 5,0 ? ? ? ? BRASIL 4,3 4,0 ? 6,4 5,7 5,7 ? 4,0 3,2 3,0 2,0 1,0 1,5 1,1 0,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Acumulado até 3º trimestre Crise econômica e informação Boa parte da crise é causada pela incerteza que tomou conta dos mercados em geral. Na crise, onde investir? Que setores, que regiões serão primeiramente beneficiados na recuperação? A incerteza é tanto menor quanto maior a qualidade e a tempestividade de informações econômicas. Estados proativos podem se beneficiar na atração de investimentos. Metodologia Índice de volume da produção estadual agregada (Valor Adicionado a preços básicos, do qual se deduz o PIB a preços de mercado) a partir dos índices de produção real relativos aos segmentos que compõem a atividade econômica identificável do estado do Espírito Santo Indicador pelo lado da produção. Metodologia Agregação dos índices dos setores: Índice de Laspeyres, base móvel Ponderadores: a cada ano, as participações das atividades no Valor Adicionado (VA) a preços básicos do ano anterior Ajuste para a sazonalidade da série do PIB agregado PIB trimestral a preços correntes (PIB nominal) do Estado do ES, baseado na aderência entre os diversos índices de preços disponíveis e o deflator anual do PIB do estado. Base móvel x base fixa Utilizar pesos do ano anterior significa que o índice tem base móvel, em oposição à base fixa, quando os pesos são os de um mesmo ano ao longo de toda a série. Base: período do qual se tomam os pesos (os preços) para agregar os diversos itens. Referência: período em que o índice é igual a 100 - arbitrária e pode coincidir ou não com a base de ponderação. A opção pela base móvel, em detrimento da fixa, segue as recomendações do Sistema de Contas Nacionais 1993, da ONU. Encadeamento A construção de índices de base móvel deve ser seguida de encadeamento, para formar uma série de tempo tratável. Vantagem sobre o de base fixa: manter atualizados os pesos (isto é, os preços) com os quais são agregadas as séries. Desvantagem: perda da aditividade — o índice total encadeado não é uma média ponderada dos componentes encadeados. Encadeamento Mas a recomendação da ONU considera mais importante manter atualizada a estrutura de preços relativos, como mais representativa das condições econômicas correntes. Além disso, esse procedimento possibilita incluir novos setores ou produtos. Encadeamento: Exemplo de séries com base (preços) e período de referência (= 100) móveis e de série encadeada: PIB Brasil 2004-2008. I II III Base de referência 2004 95,8 102,1 101,2 IV 100,8 I II III 99,0 105,0 104,3 95,9 101,8 101,1 IV 104,4 101,2 Trimestres 2004 2005 2006 2007 2008 Base de referência 2005 Base de referência 2006 Fatores de encadeamento Índice Encadeado (2004=100) 95,8 102,1 101,2 100,8 99,0 105,0 104,3 1,032 I II III 100,1 104,0 105,8 96,3 100,0 101,8 IV 105,9 101,9 104,4 103,3 107,3 109,2 1,040 109,3 I II III 101,4 105,9 107,3 108,8 113,6 115,0 IV 108,1 116,0 I II III 107,6 112,5 114,6 115,4 120,6 122,9 Fonte: IBGE, elaboração dos autores. Encadeamento: Exemplo de séries com base (preços) e período de referência (= 100) móveis e de série encadeada: PIB Brasil 2004-2008. Exemplo de séries de base móvel e período de referência móvel: PIB Brasil 2004-2008 120 115 110 105 100 95 90 85 I II III IV 2004 Fonte: IBGE, elaboração dos autores. I II III 2005 2004 IV I II III IV I 2006 2005 II III 2007 2006 IV I II III 2008 Ano utilizado como base para pesos e referência = 100 Encadeamento: Exemplo de séries com base (preços) e período de referência (= 100) móveis e de série encadeada: PIB Brasil 2004-2008. PIB Trimestral Brasil - Série encadeada 1995 = 100 (divulgada pelo IBGE) e 2004 = 100 (calculada neste trabalho) 160,0 150,0 140,0 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 I II III 2004 IV I II III IV 2005 I II III IV 2006 2004=100 1995 = 100 (IBGE) I II III 2007 IV I II 2008 III Período Início da série calculada do indicador do PIB trimestral do ES: 2004. Primeiros resultados cobririam pelo menos 20 trimestres (2004 a 2008), permitindo o cotejo com as variações anuais do PIB anual do ES apuradas pelas Contas Regionais do IBGE entre 2004 e 2005 e entre 2005 e 2006. Espera-se aderência ente os indicadores a serem a calculados e os do IBGE em nível agregado. Pesos PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO pb (Preços Correntes) no Total 2004 2005 2006 Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Agricultura, Silvicultura.e Exploração Florestal Pecuária e Pesca Indústria Extrativa Mineral Indústria de Transformação Construção Civil SIUP Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação Serviços de Alojamento e Alimentação Transportes, Armazenagem e Correios Serviços de Informação Financeiro Serviços Prestados às Famílias Serviços Prestados às Empresas Atividades Imobiliárias e Aluguel Administrações Públicas Saúde e Educação Mercantis Serviços Domésticos TOTAL 7,7% 1,6% 7,1% 17,7% 6,8% 1,1% 12,9% 1,5% 8,7% 2,8% 3,3% 1,5% 2,8% 7,6% 13,4% 2,3% 1,1% 100,0% 7,1% 1,7% 9,2% 17,0% 6,7% 0,9% 13,2% 1,4% 8,5% 3,0% 3,8% 1,5% 2,7% 7,1% 13,6% 1,8% 1,0% 100,0% 7,7% 1,8% 10,7% 16,0% 6,2% 1,1% 12,6% 1,3% 7,6% 2,8% 3,9% 1,7% 3,0% 6,5% 13,4% 2,5% 1,0% 100,0% Soma dos 10 maiores setores * Fonte: IBGE, Contas Regionais 2006; * assinalados em negrito. 88,0% 88,8% 87,8% Fontes de dados Não existem fontes diretas de dados para todas as categorias (ou atividades) Em alguns casos terão que ser adotadas medidas aproximadas A veracidade ou credibilidade destas aproximações é crucial para o sucesso do trabalho de apuração dos indicadores, razão pela qual elas devem ser objeto de análise com a equipe do IJSN. Em geral, as atividades em relação às quais a informação básica aparenta ser mais precária são aquelas com pequena participação no PIB estadual. Exemplos de fontes de dados Indústria de Transformação (16%) e Indústria extrativa mineral (11%) Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do IBGE Administrações Públicas (13%) Dados de despesa efetiva executada pelo Estado (gastos com pessoal da ativa e outras despesas correntes) e dos municípios (pessoal da ativa e outras despesas correntes) - disponíveis em base annual. Trimestralização? Exemplos de fontes de dados Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação (13%) Pesquisa Mensal de Comércio PMC, do IBGE Agricultura, Silvicultura e Exploração Florestal (8%) PAM – Produção Agrícola Municipal (IBGE ), que contém dados anuais das principais culturas: quantidade produzida e valor da produção LSPA – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (IBGE), que traz estimativas para os últimos anos e projeção para o ano em curso CONAB Conclusão Este trabalho pretende ser complementar às Contas Regionais/IBGE. É importante pensar desde já na continuidade do cálculo pelo IJSN, após estabelecida a metodologia. Sabemos como fazer, mas não trazemos algo absoluto – estamos abertos a sugestões e queremos trabalhar juntos. Esperamos que se torne importante fonte de informação para políticas do governo do ES, do governo federal e municipais e para decisões empresariais. Obrigado! [email protected] (21) 8306-7667