SISTEMA NERVOSO AUTONÔMO E HIPOTÁLAMO

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COLEÇÃO MONOGRAFIAS
NEUROANATÔMICAS
MORFO-FUNCIONAIS
VOLUME 17
DIENCÉFALO III:
O SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO
E O HIPOTÁLAMO
Prof. Édisom de Souza Moreira
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
COLEÇÃO MONOGRAFIAS
NEUROANATÔMICAS MORFO-FUNCIONAIS
Volume 17
DIENCÉFALO III: O SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO E O
HIPOTÁLAMO
Profº. Édisom de Souza Moreira
2017
FOA
FOA
Presidente
Dauro Peixoto Aragão
Vice-Presidente
Eduardo Guimarães Prado
Diretor Administrativo - Financeiro
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Diretor de Relações Institucionais
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Superintendente Executivo
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UniFOA
Reitora
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Editora FOA
Editor Chefe
Laert dos Santos Andrade
FICHA CATALOGRÁFICA
Bibliotecária: Alice Tacão Wagner - CRB 7/RJ 4316
M835d
Moreira, Édisom de Souza.
Diencéfalo III: o sistema nervoso autonômico e o hipotálamo.
[recurso eletrônico]. / Édisom de Souza Moreira. - Volta
Redonda: UniFOA, 2017. v.17. p.92 Il
(Coleção Monografias Neuroanatômicas Morfo-Funcionais)
ISBN: 978-85-5964-057-1
1. Anatomia humana. 2. Diencéfalo III. 3. Sistema nervoso. I.
Fundação Oswaldo Aranha. II. Centro Universitário de Volta
Redonda. III. Título.
CDD – 611
Profº. Édisom de Souza Moreira
Professor Titular da Disciplina de Neuroanatomia Funcional do Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA), Curso de Medicina.
Ex-Titular da Disciplina de Anatomia do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA).
Ex-Titular da Disciplina de Anatomia do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA).
Ex-Titular da Disciplina de Anatomia do Curso de Educação Física do Centro Universitário de Volta
Redonda (UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA).
Ex-Titular da Disciplina de Embriologia do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Volta Redonda
(UniFOA), da Fundação Oswaldo Aranha (FOA).
Ex-Titular da Disciplina de Anatomia do Curso de Enfermagem do Centro Universitário da Sociedade
Barramansense de Ensino Superior (SOBEU), de Barra Mansa.
Doutor em Cirurgia Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais de Belo
Horizonte (U.F.M.G.).
Colaboradores:
Dra. Sônia Cardoso Moreira Garcia.
Dr. Bruno Moreira Garcia: Assessoria Computacional Gráfica
APRESENTAÇÃO
Após o lançamento da primeira edição de nosso trabalho, em forma de “C.D.Livro”,
intitulado “Atlas de Neuroanatomia Funcional”, editado pela Editora F.O.A., do “Centro
Universitário de Volta Redonda ( UniFOA ), da Fundação Oswaldo Aranha ( F.O.A ),
tivemos a oportunidade de encaminhar, para alguns colegas Professores, envolvidos com o
Ensino e a Aprendizagem da mesma Disciplina ( Neuroanatomia Funcional ), um
exemplar do referido “C-D.Livro”.
Como resultado, recebemos, em resposta de alguns dos referidos Professores,
sugestões para realizar um trabalho semelhante ao atual C.D.Livro, porém, dirigido, não
apenas ao plano curricular da Disciplina de Neuroanatomia Funcional do Curso de
formação médica básico atual, como, também, com informações, também úteis, envolvendo
os “Cursos de Pós-graduação, em Neuroanatomia Morfo-funcional”.
Diante destas sugestões, extremamente significativas, estruturamos um plano de
realização de uma “Coletânea de Monografias Neuroanatômicas Morfo-funcionais”,
com conteúdo programático curricular, também, voltado para os Cursos de “Pósgraduação Médica em Neuroanatomia Funcional”.
Nestas condições, surgiu o início deste novo trabalho: Coletânea: Monografias
Neuroanatômicas Morfo-funcionais ), do qual, o presente volume ( Diencéfalo: III: O
Sistema Nervoso Autonômico e o Hipotálamo ) é parte integrante.
O ensino e a aprendizagem da Neuroanatomia Morfo-funcional deve,
naturalmente, envolver o estudo do “Sistema nervos central” e o estudo do “Sistema
nervoso periférico”, de forma integrada e simultânea. Entretanto, na grande maioria dos
textos e cursos médicos, o ensino e aprendizagem da neuroanatomia do sistema nervoso
periférico é tratado, juntamente, nas exposições dos textos e de aulas práticas da Anatomia
Geral ficando, de certa forma, este sistema nervoso periférico, alijado do estudo integrado
ao estudo da neuroanatomia do sistema nervoso central, criando consequências
desastrosas para o alunato, com a perda dos princípios de integração dos sistema nervosos
central e periférico, como um “todo”.
Há casos, já relatados e não são poucos, ( alguns dos quais, tive a oportunidade
pessoal de constatar, nos quais, profissionais ( neuro-cirurgiões ), significativamente
informados sobre o Sistema Nervoso Central, quando solicitados, para resolver
problemas inerentes ao sistema nervoso periférico, principalmente aqueles relacionados
às “Vias de acesso aos nervos e plexos periféricos, falham, ocasionando, para os
respectivos pacientes, em significativo número de casos, sérias e desconfortáveis
situações dramáticas, com perdas de suas ações motoras, percepções sensoriais, as
mais diversas, seja nos membros superiores ou nos membros inferiores.
Considerando o critério anatômico, utilizado para a divisão do sistema nervoso em:
sistema nervoso central ( localizado no interior das cavidades axiais e sistema nervoso
periférico ( localizado fora destas mesmas cavidades axiais ), julgamos que tal situação
conceitual, tem levado ao ensino destes dois sistemas nervosos ( central e periférico ), a
ser ministrado em épocas diferentes e assim, dificultando a integração dos dois sistemas.
Mesmo porque, os nervos periféricos, para que sejam capazes de estabelecer
conexões com o sistema nervoso central, necessitam penetrar nas cavidades cranianas e
no canal vertebral, que constituem as referidas cavidades axiais.
Portanto, estes dois sistemas anatômicos ( em suas partes central e periférica ),
encontram-se, anatômicamente, absolutamente, integradas e relacionadas, sob os
pontos de vistas: morfológico e funcional. Além do mais, diversos gânglios nervosos,
pertencentes ao sistema nervoso periférico, encontra-se dentro do esqueleto axial, ou
seja: na cavidade craniana ou no interior do canal vertebral.
Assim, julgamos que, as duas partes do sistema nervoso ( central e periférico )
deveriam ser estudados integrados e simultaneamente, nos sentidos : horizontal e
vertical.
Por estes motivos, acrescentamos no primeiro volume desta “Coletânea de
Monografias Neuroanatômicas Morfo-funcionais”, o estudo do sistema nervoso
periférico, apresentando, inclusive, desenhos realizados pelo Autor e obtidos diretamente
das peças anatômicas, também, por nos preparadas, com o objetivo de facilitar o estudo
prático da “Neuroanatomia Funcional Periférica Morfo-funcional”.
Finalizando esta apresentação, externamos nossos agradecimentos ao nosso neto,
Dr. Bruno Moreira Garcia, pela inquestionável assessoria computacional gráfica prestada
no presente trabalho, à Dra. Sônia Cardoso Moreira Garcia, nossa filha, à Lóyde Cardoso
Moreira, minha esposa, e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram
para a concretização deste trabalho.
Nossos profundos agradecimentos às Autoridades do Centro Universitário de
Volta Redonda ( UniFOA ) e à Diretoria de sua mantenedora: “Fundação Oswaldo
Aranha ( F.O.A. ), pelo apoio recebido nestes quarenta e cinco anos de trabalho e de
convivência, nesta missão de ensino e de orientação ao aprendizado aos nossos alunos.
2016
O Autor
INDICE GERAL, SEGUNDO A ORDEM DE
APRESENTAÇÃO DOS ASSUNTOS NO TEXTO.
Pág.:
Sistema nervoso autônomo e hipotálamo ............................................................................. 01
Divisão funcional do sistema nervoso .................................................................................. 02
Sistema nervoso somático .................................................................................................... 02
Sistema nervoso visceral ( autônomo ) ................................................................................. 02
Organização geral do sistema visceral ( autônomo ou vegetativo ) ..................................... 10
Componente visceral aferente do sistema nervoso visceral ................................................. 14
Sistema aferente visceral geral ............................................................................................. 14
Núcleo cardiorrespiratóno do trato solitário ......................................................................... 14
Conexões do núcleo cardiorrespiratório do trato solitário.................................................... 14
Projeções do núcleo cardiorrespiratório para a formação reticular ...................................... 14
Projeções do núcleo cardiorrespiratório para a medula espinhal ......................................... 14
Projeções do núcleo cardiorrespiratório para o núcleo parabraquial .................................... 18
Fibras aferentes viscerais especiais ...................................................................................... 23
Fibras aferentes viscerais gerais ........................................................................................... 23
Importância das aferências viscerais gerais fisiológicas no sistema respiratório ................. 24
Mecanismo morfo-funcional do processo respiratório ......................................................... 25
Importância das aferências viscerais fisiológicas em relação ao sistema
cardiovascular ....................................................................................................................... 26
Aferências viscerais gerais sensitivas para a dor .................................................................. 27
Fibras aferentes viscerais gerais fisiológicas e sistema digestivo ........................................ 27
Fibras aferentes viscerais gerais flsiológicas e sistemas urinário ......................................... 32
Sistema genital ( órgãos reprodutores ) ................................................................................ 32
Componente Visceral Eferente ............................................................................................. 33
Sistema nervoso vegetativo periférico e sistema nervoso vegetativo central ....................... 37
Divisão anatômica e neuroquímica do Sistema nervoso autonômico ( ou autônomo )........ 41
Divisão simpática do sistema nervoso autonômico .............................................................. 41
Divisão Parassimpática do sistema nervoso autonômico ( ou autônomo ) .......................... 43
Diferenças anatômicas entre o sistema nervoso simpático e parassimpático ....................... 45
Centro cílioespinal ................................................................................................................ 46
Centro brônco-pulmonar....................................................................................................... 46
Centros esplâncnicos abdominais e pelvinos........................................................................ 47
Posição dos neurônios pós-ganglionares .............................................................................. 47
Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares ......................................................................... 47
Ultra-estrutura da fibra pós-ganglionar ................................................................................ 48
Diferenças farmacológicas entre os sistemas simpático e parassimpático ........................... 48
Diferenças flsiológicas entre os sistemas simpático e parassimpático ................................. 50
Sistema Nervoso Simpático .................................................................................................. 52
Tronco simpático .................................................................................................................. 52
Gânglios da cadeia simpática pré-vertebral .......................................................................... 52
Complementação do Índice Geral.
PÁG.
Nervos cardíacos simpáticos cervicais ................................................................................. 54
Filetes vasculares simpáticos ............................................................................................... 55
Neuroanatomia funcional aplicada do sistema nervoso autônomo simpático...................... 56
Sistema Nervoso Parassimpático ......................................................................................... 60
Parte craniana do sistema nervoso parassimpático............................................................... 60
Parte sacral do sistema nervoso parassimpático ................................................................... 66
Sistematização dos plexos viscerais da cavidade torácica, abdominal e pélvica ................. 66
Mecanismo morfo—funcional da Micção ............................................................................ 70
Nervo vago ( Xº nervo craniano ) ........................................................................................... 71
Sistema nervoso vegetativo e hipotálamo ............................................................................ 78
ÍNDICE ICONOGRAFICO
PÁG.
Sistema límbico / hipotálamo / sistema nervoso autônomo ................................................. 03
Córtex associativo límbico ................................................................................................... 05
Componentes do sistema límbico ......................................................................................... 06
Hipotálamo e Síndrome de emergência de Cannon.............................................................. 07
Controle reflexo vasomotor .................................................................................................. 09
Mecanismos do reflexo do vômito e dos movimentos respiratórios .................................... 11
Sistema nervoso visceral ...................................................................................................... 13
Trato solitário e vias aferentes viscerais gerais e especiais .................................................. 15
Via olfativa ........................................................................................................................... 17
Formações olfativas e rinencéfalo ........................................................................................ 17
Grupo central do complexo amigdalóide.............................................................................. 19
Principais conexões do complexo amigdalóide .................................................................... 20
Síntese das principais funções do hipotálamo ...................................................................... 21
Sistema ântero-lateral ........................................................................................................... 22
Sistema Cordão dorsal —Lemnisco medial ......................................................................... 22
Trato hipotalamoespinhal ..................................................................................................... 29
Aferências viscerais gerais fisiológicas em relação ao sistema respiratório e em
relação à queda de oxigênio sangüíneo ................................................................................ 30
Mecanismo modo-funcional do processo respiratório......................................................... .31
Sistema nervoso autônomo, fibras pré e pós-ganglionares, centros parassimpáticos
toracolombares e gânglios vegetativos ................................................................................ .34
Vias eferentes corticais somáticas e vias motoras supraespinhais ....................................... 39
Gânglio estrelado e as artérias subclávia e vertebral ............................................................ 59
Simpatectomia periarterial .................................................................................................... 59
Núcleo de origem real do nervo facial, inclusive seu núcleo visceromotor de
natureza parassimpática (salivatório superior) ..................................................................... 61
Complexo nuclear de origem do nervo oculomotor e o núcleo de
Edinger Westphal ................................................................................................................. 62
Núcleo de origem real do nervo vago ................................................................................... 63
Núcleo motor dorsal do nervo vago ( visceromotor parassimpático ) .................................. 67
Núcleo de origem real do nervo glossofaríngeo, inclusive seu núcleo visceromotor
Salivatório inferior................................................................................................................ 67
Inervação autônoma do olho e gânglio ciliar ....................................................................... 68
Mecanismo morfo-funcional da micção ............................................................................... 73
Bulbo e parte rostral da medula e as raízes cranianas dos nervos vago e acessório
E o foramejugular ................................................................................................................. 74
Plano profundo da região ventro-lateral cervical, mostrando entre outras
estruturas anatômicas, o nervo vago e o simpático cervical ................................................. 75
ÍNDICE ICONOGRAFICO
( Complementação)
PÁG
.
Conexões entre o nervo vago e o sistema simpático cervical (gânglio superior),
com o nervo hipoglosso ........................................................................................................ 76
Sistema límbico / hipotálamo / sistema nervoso autônomo ................................................. 79
Ações dos sistemas simpático e parassimpático sobre os principais órgãos ........................ 80
Origens reais dos nervos cranianos: Vº, VIIº, IXº e Xº, seus componentes
funcionais e distribuição periférica....................................................................................... 82
Tronco encefálico e origens aparentes dos nervos: glossofaríngeo, vago e acessório
Espinhal e respectivas distribuições periféricas ................................................................... 84
Tronco encefálico e as origens aparentes de nove de seus centros segmentares e
distribuição periférica dos nervos: trigêmeo, facial e glossofaríngeo .................................. 86
DIENCÉFALO III:
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E HIPOTÁLAMO
( RESUMO HISTÓRICO )
A conceituação do “Sistema nervoso autônomo”, sua natureza, estrutura e
divisão, têm sido, assunto de acaloradas discussões. Durante décadas, foi o assunto,
amplamente discutido e, nesse período, diversas teorias tornaram-se ultrapassadas,
enquanto, novas teorias, baseadas em conhecimentos contemporâneos, surgiram.
Em 1732 WINSLOW consignou a denominação “simpático”, baseando-se,
empiricamente, na possibilidade de ser esse, o “sistema facilitador,” das chamadas
“simpatias do organismo”, reunindo, àquela época, estados emocionais, como: alegria,
tristeza, angústia, ódio, amor, compaixão, etc. etc...).
Entretanto, ( aquela denominação: ( simpático ) foi, posteriormente, reservada
à conceituação, de apenas uma parte, de um “grande sistema”, representado, sob o
ponto de vista anatômico, por: “duas cadeias ganglionares longitudinais, situadas de
cada lado, da coluna vertebral.
Mais tarde BICHAT, em 1800, utilizou o termo: “Sistema Nervoso Vegetativo”,
por considerar que, esse “Sistema Vegetativo”, seria capaz de “coordenar e regular”
nossos “Sistemas Viscerais Vitais”.
LANGLEY, com o objetivo de enfatizar, a natureza independente, do referido
“sistema visceral”, em relação ao “Sistema Cerebroespinhal” e tentando imprimir à sua
“conceituação”, uma conotação funcional, exclusivamente, “motora”, adotou a
denominação: “Sistema Nervoso Autônomo”.
GASKELL , à mesma época, divulgou o conceito de “Sistema Nervoso
Involuntário”. Entretanto, esta denominação, posteriormente, foi seguidamente,
substituída, ( pelo mesmo Autor ), por: “Sistema Nervoso Ganglionar” e “Sistema
Nervoso Visceral”.
Posteriormente, MÜLLER, da escola alemã, utilizou a denominação “Sistema
Nervoso Vital”.
Indiscutivelmente, observa-se que, esse, é um tema exaustivamente debatido, em
congressos, simpósios, seminários e inúmeras publicações científicas, demonstrando, pela
infinidade de conceitos emitidos, não haver, ainda, uma unanimidade conceitual, a
respeito.
Diversos pesquisadores, são irremovíveis, em suas posições, considerando, no
chamado “Sistema Nervoso Visceral” de GASKELL ou “Sistema Orgânico”, uma parte
formada pelas “fibras aferentes”, que deve ser estudada juntamente com as estruturas do
“Sistema Nervoso Somático Periférico” e outra parte, constituída pelo conjunto de
“Fibras Eferentes Viscerais” ( F.E.V.G. ). Estas, responsáveis pela estruturação do
“Sistema Nervoso Vegetativo ou Autônomo” ( fig.: 7 ).
Todavia, mesmo, em se considerando o “Sistema Nervoso Vegetativo”, como
parte eferente de “um Todo”, não podemos ignorar a existência das “Aferências
Viscerais ( orgânicas ) ( F.A.V.G. ), seus diversos reflexos vegetativos e os importantes
circuitos somatovegetativos, que se interligam, seja nos níveis diversos do tronco
encefálico ( principalmente, em função, de determinados núcleos de nervos cranianos (
IIIº, VIIº, IXº e Xº ), como, também, em função de importantes núcleos dessa região (
núcleos do teto e da formação reticular ) ou em função de “estruturas diencefálicas” e
paleodiencefálicas ( núcleos talâmicos e hipotalâmicos ) e mesmo nos níveis corticais,
principalmente, ligados ao “Sistema Límbico” ( figs.: 1, 2 e 3 ).
Portanto, não se trata de um “Sistema absolutamente autônomo” e
independente.
Os “núcleos hipotalâmicos” e “áreas do sistema límbico”, mantêm conexões com
os neurônios vegetativos pré-ganglionares do tronco encefálico e da medula espinhal,
através de diversas e importantes “vias de associações”, das quais, as mais estudadas são:
o “fascículo prosencefálico medial”, o “fascículo longitudinal de Schultz” e o “trato
hipotálamo-espinhal” ( fig.: 13 ).
Através dessas conexões o “sistema nervoso central”, influencia o
“funcionamento das vísceras”. Essas áreas centrais, também, se relacionam a certos
“comportamentos emocionais” ( ou comportamentos motores das emoções ), bem
como à memória, envolvendo esses comportamentos e sua fixação à curto, médio e
longo prazo. Isso justifica e explica a influência dessas áreas centrais, sobre o sistema
visceral ( fig.: 1 ).
Há, de fato, uma verdadeira hierarquia de “comando”, desde os “Centros
suprassegmentares vegetativos,” representados por estas regiões límbicas e outras
regiões corticais, incluindo os “núcleos hipotalâmicos diencefálicos”, que podem
“facilitar” ou “inibir” a ação desse sistema visceral, passando, como mencionado, pelos
“Núcleos hipotalâmicos ( organizadores e coordenadores desse sistema, no nível subcortical ), incluindo, em seu longo trajeto descendente, “Núcleos da Formação reticular
do Tronco encefálico”, alguns núcleos de origem real dos nervos cranianos no tronco
encefálico ( IIIº, VIIº, IXº e Xº ), bem como, formações nucleares do “Tálamo”, até os
“Centros Vegetativos Medulares”. ( figs.: 1, 2 e 3 ).
2
DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO
Funcionalmente, podemos dividir o “sistema nervoso” em: “sistema nervoso
somático” ou “sistema nervoso da vida de relação” e “sistema nervoso visceral” ou
“vegetativo”, também, conhecido, devido à etmologia da palavra, por “Sistema nervoso
autônomo” ou “autonômico”.
O “sistema nervoso somático”, apresenta dois componentes funcionais: Um
deles, é o “componente funcional aferente” e ou outro, o “componente funcional
eferente”.
O primeiro ( componente funcional aferente [ F.A.S.G. ] ), encaminha,
centripetamente, aos centros superiores, os impulsos recebidos pelos neurorreceptores
periféricos, com informações sobre o meio ambiente, no qual, nos encontramos
inseridos. O seu segundo componente funcional somático, de natureza eferencial (
F.E.S.G. ) ( centrífugo ), conduz aos músculos estriados esqueléticos, os sinais corticais
motores, responsáveis, pela realização dos movimentos.
O sistema nervoso visceral ou autônomo ( F.E.V.G. ) ( vegetativo ), relaciona- se
com a inervação e controle das estruturas viscerais. É um sistema da maior
importância,
na composição dos mecanismos morfo-funcionais utilizados nos
processos de integração do sistema visceral, no processo de manutenção do meio
interno.
3
SISTEMA LÍMBICO / HIPOTÁLAMO / SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO.
SISTEMA LÍMBICO
NÚLEOS HIPOTALÂMICOS VENTRO-MEDIAIS
COM AÇÕES TROFOTRÓPICAS
NÚCLEOS
HIPOTALÂMICOS DORSOLATERAIS, COM AÇÕES ERGOTRÓPICAS
FASCÍCULO PROSENCEFÁLICO MEDIAL, FASCÍCULO LONGITUDINAL DORSAL E FASCÍCULO
TEGMENTAL DORSO-LATERAL NO NÍVEL: HIPOTÁLAMO-TRONCO ENCEFÁLICO
TRATO HIPOTALAMO-ESPINHAL COM ORIGENS HIPOTALÂMICAS E TÉRMINO NA MEDULA
ESPINHAL SACRAL, PASSANDO, ATRAVÉS DO, TRONCO ENCEFÁLICO E MEDULA TÓRACOLOMBAR
CENTROS AUTÔNOMOS PARASSIMPÁTICOS
DO TRONCO ENCEFÁLICO, COM QUATRO
NÚCLEOS PARASSIMPÁTICOS ANEXOS AOS
NERVOS: OCULOMOTOR, FACIAL, GLOSSOFARÍNGEO E VAGO, ALÉM DE NÚCLEOS
PARASSIMPÁTICOS SACRAIS ( S3, S4 E S5 ).
CENTROS AUTÔNOMOS SIMPÁTICOS DA
MEDULA ESPINHAL ( MEDULA TÓRACOLOMBAR ): COLUNA INTERMÉDIO LATERAL.
CENTRO MEDULAR CÍLIO-ESPINHAL OU DE
: DILATAÇÃO PUPILAR:ENTRE C8 E T2.BUDGE
NÚCLEO DE EDINGER WESTPHAL ( OU
NÚCLEO PUPILAR ), ANEXO AO NERVO
CRANIANO “OCULOMOTOR” ( IIIº )
CENTRO MEDULAR “BRONCOPULMONAR”,
ENTRE T4 E T5.
NÚCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR E NÚCLEO
LACRIMAL ANEXOS AO NERVO CRANIANO:
FACIAL ( VIIº ).
CENTROS ESPLÂNCNICOS ABDOMINAIS E
PELVINOS: ENTRE T6 E L3.
NÚCLEO SALIVATÓRIO INFERIOR, ANEXO AO
NERVO CRANIANO GLOSSOFARÍNGEO ( IXº )
NÚCLEO MOTOR DORSAL DO NERVO VAGO,
ANEXO AO NERVO CRANIANO VAGO ( Xº )
CENTRO EJACULATÓRIO: LOCALIZADO
ENTRE: L1, L2 E L3.
CENTROS PELVE-PERINEAIS PARASSIMPÁTICOS ( S3, S4 E S5 ), CENTROS DA:
MICÇÃO, DEFECAÇÃO E EREÇÃO.
CENTROS DE CONTENÇÃO ANO-RETAL E
VESICAL: L2, L3 E L4.
FIG.: 01
4
Neste “sistema nervoso visceral”, da mesma forma, como encontramos, no
“sistema nervoso somático”, também, temos uma divisão, quanto aos seus componentes
funcionais em: “sistema nervoso visceral aferente” e “sistema nervoso visceral
eferente”.
O primeiro sistema ( aferente ) ( F.A.V.G. ), encaminha os impulsos nervosos
visceroceptivos, cujas origens, se encontram em estruturas anatômicas, conhecidas por
“visceroceptores”, às áreas específicas do sistema nervoso. Por outro lado, o segundo
componente funcional, deste “sistema nervoso ( visceral eferente ) ( F.E.V.G”. ),
conduz os impulsos, oriundos de “centros nervosos superiores “apropriados”, em
direção às “vísceras”, terminando, seus axônios, nas: glândulas, músculos lisos ou
músculo cardíaco. Entretanto, nessa divisão funcional, em “sistema nervoso visceral
aferente” ( F.A.V.G. ) e “sistema nervoso visceral” eferente”, ( F.E.V.G. ), este
último ( eferente ) recebe, especificamente, a denominação de “Sistema Nervoso
Autônomo”, também, por sua vez, subdividido em: “sistema nervoso simpático” e
“sistema nervoso parassimpático” ( fig.: 7 ). Considerando o “neurotransmissor”, de
cada um destes sistemas: ( simpático e parassimpático ) , farmacologicamente, são
conhecidos por: “noradrenérgico”( ou simpático )” e” colinérgico ( ou parassimpático”
). Em realidade, esses “componentes funcionais,” resultantes da “divisão funcional do
sistema nervoso”, como um todo, tanto os componentes da parte visceral, como da
parte somática, não se encontram separados. Pelo contrário, relacionam-se,
intimamente, conforme veremos na “síndrome de emergência de Cannon” ( fig.: 4 ).
Desempenham suas funções, em harmonia e de forma integrada, sob o ponto de vista
morfológico e funcional. Assim, o “sistema nervoso visceral ou vegetativo”, da divisão,
acima proposta, pode ser apresentado conforme consta na ( fig.: 7 ).
Portanto, trata-se de um “sistema nervoso”, responsável pelo desempenho
funcional de “todo nosso sistema órgano-vegetativo”, no qual, encontramos,
obrigatoriamente, componentes aferentes e componentes eferentes, conectados, nos seus
diversos níveis, constituindo o que chamamos de “arcos suprassegmentares vegetativos”
e “arcos totalizadores vegetativos”. Se são “arcos”, necessariamente apresentam, em sua
estrutura, componentes eferentes, centros operacionais e componentes aferentes. Neste
particular, sua estrutura é, sensivelmente, semelhante ao “sistema nervoso cérebroespinhal” ( figs. 12.A e 12.B. ).
A consignação da denominação “autônomo”, para o referido “sistema nervoso”,
dada por LANGLEY surgiu, em virtude de sua ação independente da consciência do
indivíduo. Realmente, o sistema funciona, independente de nossa vontade, porém,
ambos ( Sistema nervoso Autônomo e Sistema Nervoso Cerebroespinhal ), funcionam
de forma integrada e harmônica, como um todo, em distintas situações fisiológicas.
Representam, na verdade, o funcionamento e coordenação, de uma verdadeira interação
somatovegetativa. ( fig.: 4 ).
Esta associação, caracteriza a evolução do mecanismo morfo-funcional da
“Síndrome de Emergência de Cannon”, a partir da manifestação de impulsos visuais ou
auditivos, encaminhados ao sistema límbico, com o objetivo final de preservação da
vida.
Assim, a realização de qualquer função somática, leva à consecução simultânea,
de uma ou de diversas funções vegetativas, ou seja, sempre que, haja necessidade de se
fazer, grandes esforços físicos ( portanto de músculos somáticos estriados ), haverá
necessidade, simultânea, de economia e racionalização de outras
estruturas
5
anatômicas, ligadas ao sistema nervoso autônomo, como por exemplo, a necessária
vasodilatação de arteríolas e de capilares musculares ( efeito beta ),
vasoconstrição
de territórios cutâneos ( efeito alfa ), vasodilatação das artérias coronárias do músculo
estriado cardíaco, aumento da velocidade de circulação do
sangue, taquicardia,
hipertensão arterial, aumento da sudorese, vasoconstrição mesentérica ( efeito alfa ) (
fig.: 4 ).
Para maiores informações sobre estas funções, dirigir-se à Monografia do
Vol. XVII: Hipotálamo ).
6
Córtex Associativo Límbico
( Superfície Sagital Mediana do Hemisfério Cerebral )
Giro do Cíngulo.....................1
Giro Parahipocampal............2
Córtex Entorrinal..................3
Uncus.....................................4
Giros Orbitários....................5
Pólo Temporal.......................6
Giro Paratemporal................7
FIG.02
7
COMPONENTES DO SISTEMA LÍMBICO
CÓRTEX ASSOCIATIVO
LÍMBICO
TELENCÉFALO
DIENCÉFALO
MESENCÉFALO
ÁREA
ÓRBITOFRONTAL, GIRO DO
CÍNGULO, CÓRTEX
ENTORRINAL, POLO
TEMPORAL, UNCUS.
FORMAÇÃO HIPOCAMPAL
HIPOCAMPO,
SUBICULUM, GIRO
DENTEADO.
COMPLEXO AMIGDALÓIDE
NÚCLEOS CORTICOMEDIAIS, NÚCLEOS
BASOLATERAIS,
NÚCLEOS CENTRAIS.
NÚCLEOS DA BASE
NÚCLEOS:
ACUMBENS,
CAUDADO E PUTAME
TÁLAMO
GRUPO NUCLEAR
ANTERIOR. NÚCLEO
DORSO-MEDIAL,
NÚCLEOS MEDIANOS
HIPOTÁLAMO
NÚCLEOS
MAMILARES,
NÚCLEO VENTROMEDIAL, ÁREA
HIPOTALÂMICA
LATERAL
EPITÁLAMO
HABÊNULAS
MESENCÉFALO
SUBSTÂNCIA
CINZENTA PERIAQUEDUTAL,
FORMAÇÃO
RETICULAR.
FIG.: 03
8
HIPOTÁLAMO E SÍNDROME DE EMERGÊNCIA DE
CANNON ( REAÇÃO DE ALARME ).
DERRAME
MORTE ( ? )
ROTURA DE VASOS
HIPERTENSÃO INTRACRÂNICA
PERCEPÇÃO DO PERIGO
CONDUÇÃO DOS SINAIS DE “ALERTA”
AUDITIVOS OU VISUAIS AO CÉREBRO
VISCERAL: REGIÕES: CINGULAR, SUBORTIBÁRIA, GIRO PARAHIPOCAMPAL E
UNCUS.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
TAQUICARDIA E AUMENTO DA
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
PALIDEZ
MAIOR VOLUME
DE SANGUE AOS
MÚSCULOS
VASODILATAÇÃO DE OUTROS
TERRITÓRIOS
VASOCONSTRIÇÃO CUTÂNEA E
MESENTÉRICA
HIPERADRENALINEMIA
ELABORAÇÃO DA “EMOÇÃO”: MEDO
OU
OUTRAS
EMOÇÕES,
PELO
MELHOR
OXIGENAÇÃO
MAIOR
ELIMINAÇÃO
DE CO2
“SISTEMA LÍMBICO
ESTÍMULOS CONDUZIDOS AO
HIPOTÁLAMO
“ERGOTRÓPICO” DE
NATUREZA “SIMPÁTICA ALTERADORA”
ESTÍMULOS
ATRAVÉS DOS TRATOS:
LONGITUDINAL DORSAL E HIPOTÁLAMOESPINHAL, AOS NÚCLEOS VEGETATIVOS
PARASSIMPÁTICOS DO TRONCO ENCEFÁLICO ( PUPILAR, SALIVATÓRIO SUPERIOR, SALIVAT. INFERIOR E MOTOR
DORSAL DO VAGO ) E À COLUNA VEGETATIVA DA MEDULA ESPINHAL
( TÓRACO-LOMBAR E SACRAL )
MAIOR
APORTE
DE
OXIGÊNIO
HIPERPNÉIA
ESTÍMULOS À GL SUPRARRENAL
COM ATIVAÇÃO DOS RESPECTIVOS
NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES
SISTEMA ESPLÂNCNICO
DILATAÇÃO
BRÔNQUICA
AÇÃO DE TODO O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ( INÍCIO DA REAÇÃO DE ALARME )
ELABORAÇÃO
AUMENTO DA
SUDORESE
DE
NORADRENALINA
FECHAMENTO ESFINCTÉRICO
INTESTINAL, DIMINUIÇÃO DO
PERISTALTISMO INTESTINAL,
PARADA DA DIGESTÃO.
EREÇÃO DOS PELOS
EJACULAÇÃO
FIG.: 04
9
EM
MASSA
MIDRÍASE
PARADA DA
SECREÇAO
SALIVAR
NEOGLICOGÊNESE
HEPÁTICA
HIPERGLICEMIA
Portanto, em situações de grande perigo, nos chamados “estados críticos de
alerta”, desencadeia-se todo um mecanismo, conhecido como “Síndrome de Emergência
de Cannon” ( fig.: 4 ), sobre o qual, ainda faremos comentários.
Essa interdependência, entre os sistemas, em pauta ( Sistema nervoso autônomo e
Sistema nervoso cerebroespinhal ) torna-se ainda, mais patente, principalmente, ao se
tomar conhecimento de suas conexões, no tronco encefálico, em núcleos da conhecida:
“Formação Reticular”( figs.: 5 e 9 ).
Através do estudo dessas conexões, torna-se possível, entender a interação, entre
os dois sistemas citados, principalmente, em função dos mecanismos morfo-funcionais
observados, em arcos reflexos vitais, como acontece nos reflexos: vasomotor,
respiratório e do vômito ( figs.: 5 e 6 ).
Assim, constatamos que, o “sistema nervoso orgânico”, através de seu
componente eferente, ( considerado, pela maioria dos autores, como o verdadeiro
sistema nervoso vegetativo ), realiza suas funções, regulando e integrando, todo o
nosso universo orgânico. O sistema, responsável pelo estabelecimento do equilíbrio
orgânico, em determinado momento, entre as necessidades orgânicas e as condições a
serem criadas, inibidas ou estimuladas, para a realização plena, dessas condições e
necessidades orgânicas, é o “Sistema nervoso Autonômico ou vegetativo”.
Portanto, é um sistema que modula, constantemente, as condições básicas
orgânicas, integrando-as e coordenando-as.
Entretanto, mesmo na vigência dessa integração, entre os dois sistemas citados (
vegetativo e cerebroespinhal ), o funcionamento de ambos, não é idêntico. As fibras do
sistema nervoso vegetativo são, excessivamente pobres em mielina, o que dificulta a
“velocidade de condução dos impulsos nervosos”. Por esse motivo, são fibras menos
excitáveis, fazendo-se necessária, a presença de inúmeros estímulos, para se obter
determinado nível de resposta. Pelo contrário, um neurônio motor somático, é ricamente
mielinizado, o que torna sua resposta, instantânea, ao menor estímulo, porém, fugaz e
altamente específica. Além do mais, em um neurônio vegetativo, a resposta, além de ser
retardada, desaparece muito lentamente, mesmo após cessado o estímulo. Pelo
contrário, ao se seccionar um nervo somático motor, constata-se a imediata perda da
respectiva função motora. Portanto, é instantânea. Entretanto, no sistema nervoso
vegetativo, a secção de um nervo motor visceral,
não é suficiente para o
desaparecimento da “ação visceral”. Assim, podemos seccionar, no nível do estômago,
os nervos vagos ( tronco posterior e tronco anterior ). Mesmo assim, o estômago e todo
o trato intestinal, continuarão a apresentar seus respectivos “peristaltismos
involuntários” ( Sistema Nervoso Entérico ). Da mesma forma, a secção dos nervos
cardíacos simpáticos ( superior, médio e inferior ), não significará, em absoluto, a
“parada cardíaca”. A secção da inervação vegetativa, de qualquer glândula, não
implicará, no desaparecimento de suas funções, de forma total. Esse sistema orgânico
ou visceral, é um sistema reflexo, utilizando, portanto, uma “via aferente”, um “centro
funcional operacional” e “uma via eferente”. Nessa condição anatômica, torna-se
necessário, portanto, incluirmos, em seu estudo visceral, essas três partes citadas, ou
seja:
• Aferências viscerais,
• Centros funcionais operacionais,
• Eferências viscerais.
10
CONTROLE REFLEXO VASOMOTOR
RECEPTORES TENSIONAIS ( BARORRECEPTORES ) DO SEIO CAROTÍDEO, SENSÍVEIS ÀS
VARIAÇÕES DA TENSÃO ARTERIAL, EM SINAPSES COM AS...
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS ( F.A.V.G. ) DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO, AS QUAIS
CONDUZIRÃO OS ESTÍMULOS AO...
NÚCLEO SENSITIVO DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO, LOCALIZADO NO TERÇO DISTAL DO
NÚCLEO CARDIORRESPIRATÓRIO DO “TRATO SOLITÁRIO NO TRONCO ENCEFÁLICO”.
DESTE NÚCLEO, PARTEM FIBRAS DIRIGIDAS AOS “CENTROS MODULADORES” DA
FORMAÇÃO RETICULAR BULBAR ( INIBITÓRIO VASODEPRESSOR ) E AO CENTRO
EXCITATÓRIO
VASOPRESSOR )
DA
FORMAÇÃO
RETICULAR
PONTINA.
CENTRO VASOPRESSOR DA FORMAÇÃO
RETICULAR PONTINA ( EXCITATÓRIO )
CENTRO VASODEPRESSOR DA FORMAÇÃO
RETICULAR BULBAR ( INIBITÓRIO )
GERA PADRÕES RÍTMICOS CONSTANTES DE
NATUREZA EXCITATÓRIA DIRIGIDOS AOS
NEURÔNIOS
PRÉ - GANGLIONARES
SIMPÁTICOS, COM AÇÃO ACELERADORA
CARDÍACA , LOCALIZADOS NA COLUNA
INTERMÉDIO-LATERAL “TÓRACO-LOMBAR”
DA MEDULA ESPINHAL.
NÚCLEO MOTOR DORSAL DO NERVO VAGO
( Xº NERVO CRANIANO )
NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES VAGAIS.
COORDENAÇÃO DO PADRÃO RÍTMICO DE
DESCARGA “MARCAPASSO”
GÂNGLIOS E PLEXOS DO SISTEMA
VEGETATIVO PARASSIMPÁTICO
RESPOSTAS CARDIOVASCULARES FISIOLOGICAMENTE
ADEQUADAS, EM FUNÇÃO DAS VARIAÇÕES TENSIONAIS
QUE PODEM SER: PARA MENOR OU PARA MAIOR
FIG.: 05
11
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO ( OU VEGETATIVO )
O “Sistema nervoso autônomo ( ou vegetativo )” tem, em sua estrutura
periférica, os “neurônios pré e pós-ganglionares”, que representam suas principais
estruturas anatômicas periféricas ( figs.: 16, 17, 18, 19 e 20 ).
Os “corpos” dos “neurônios pré-ganglionares”, na dependência da divisão a ser
enfocada ( simpática ou parassimpática ), situam-se, seja no “tronco encefálico”, no
qual, na vigência de ser estudado o “sistema nervoso autonômico parassimpático”, os
“corpos dos neurônios pré-ganglionares”, se agrupam, formando “alguns dos subnúcleos de origem real” dos nervos cranianos: oculomotor ( IIIº ), facial ( VIIº ),
glossofaríngeo ( IXº ) e motor dorsal do nervo vago ( Xº ) ( figs.: 24, 25, 26, 27, 28, 35 e
37 ), ou, então, seja na localização dos “corpos dos neurônios pré-ganglionares, também,
parassimpáticos”, no nível dos “segmentos S2, S3 e S4 da medula sacral”.( figs.: 1, 7 e
13 ). No caso de se enfocar a “divisão simpática” desse sistema nervoso autônomo, suas
fibras pré-ganglionares simpáticas, com suas origens nos diversos segmentos da medula
espinhal, portanto, dentro do sistema nervoso central, são fortemente mielinizadas e se
reúnem em grupos, entre os segmentos T1 e L2 da medula espinhal, na seguinte ordem:
•
•
Segmentos torácicos da medula espinhal, entre T1 e T12.
Segmentos lombares da medula espinhal: segmentos L1 e L2
Devido a essas duas situações anatômicas, esse sistema visceral é, também
conhecido por “sistema nervoso tóraco-lombar”.
A segunda e importante estrutura anatômica desse “sistema nervoso autônomo”
( vegetativo ), em ambas as divisões ( simpática e parassimpática ), são seus “neurônios
pós-ganglionares”, situados na estrutura dos gânglios, sejam eles gânglios relacionados
à divisão parassimpática, na qual, se evidenciam os gânglios: ciliar, ptérigopalatino,
ótico e mandibular, sejam eles relacionados à divisão simpática, na qual, se evidenciam
os gânglios simpáticos das cadeias longitudinais paravertebral e pré-vertebral. De
ambos os conjuntos de gânglios ( parassimpáticos e simpáticos ), origjnam-se os
axônios ou fibras parassimpáticas ou simpáticas.
A diferença histológica fundamental, entre as fibras pré e pós-ganglionares,
consiste na ausência de mielina nas fibras pós-ganglionares, para ambas as divisões do
sistema nervoso autônomo ( vegetativo ): simpático e parassimpático.
Assim, no quadro sinóptico da ( fig.: 7 ), estabelecemos a seguinte divisão:
•
•
Sistema nervoso visceral aferente
Sistema nervoso visceral eferente
Nessa divisão, tivemos, como principal objetivo, situar o “componente visceral
aferente”, em seu devido lugar funcional, ou seja, ao lado do estudo do “Sistema
nervoso vegetativo”, que é o “Sistema nervoso Visceral Eferente” ( fig.: 7 ).
12
FIG. 06
Desenho esquemático dos Mecanismos do Reflexo do Vômito e
dos Movimentos Respiratórios.
13
MECANISMO REFLEXO DO VÔMITO E DOS
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
LEGENDA DA FIGURA: 06
1 – Núcleo motor dorsal do nervo vago ( núcleo visceromotor )
2 – Núcleo sensitivo dorsal do nervo vago no Trato solitário
3 – Trato e núcleo espinhal do nervo trigêmeo.
4 – Núcleo branquiomotor do nervo vago, no núcleo ambíbuo
5 – Núcleo de origem real do nervo Hipoglosso
6 – Formação Reticular: Centro do vômito e dos movimentos respiratórios.
7 – Trato corticoespinhal
8 – Medula cervical C3 a C6 ( Origens do Nervo Frênico )
9 – Nervo Frênico
10 – Músculo diafragma
11 – Pulmão]
12 – Neurônio pós-ganglionar parassimpático
13 – Alvéolos com informações visceroceptivas (Grau de distensão alveolar )
14 – Gânglio Celíaco
15 – Nervo esplâncnico
16 – Trato retículo-espinhal
17 – Fibras do nervo Hipoglosso para os músculos linguais e faríngeos.
18 – Visceroceptores gástricos
19 – Fibras Aferentes Viscerais Gerais ( F.A.V.G. ) do nervo vago.
20 – Neurônio pós-ganglionar simpático
21 – Piloro
22 – Fibras eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ) do nervo vago.
23 – Neurônio pós-ganglionar parassimpático gástrico
24 – Fibras eferentes viscerais especiais ( F.E.V.E. ) do nervo vago
25 – Fibras aferentes viscerais especiais ( F.A.V.E. ) do nervo vago
26 – Fibras aferentes somáticas gerais ( F.A.S.G. ) do nervo vago
27 – Gânglio inferior do nervo vago
28 – Gânglio superior do nervo vago.
14
SISTEMA NERVOSO VISCERAL
FIBRAS
AFERENTES
VISCERAIS
ESPECIAIS.
( F.A.V.E. )
OLFATO
GUSTAÇÃO
FISIOLÓGICOS:
AFERENTE
RELACIONADOS
MAIS
SISTEMAS:
CARDIOVASCULAR
E
SISTEMA
RESPIRATÓRIO
ESPECIFICAMENTE
FIBRAS
AFERENTES
VISCERAIS
GERAIS.
( F.A.V.G. )
AO
SISTEMA
PARASSIMPÁTICO
SENSITIVOS:
RELACIONADOS AO
SISTEMA NERVOSO
SIMPÁTICO
SISTEMA
DIGESTÓRIO,
SISTEMA
URINÁRIO,
SISTEMA
GENITAL,
SISTEMA
GLANDULAR.
AQUÍ RELACIONAM-SE AS AFERÊNCIAS
SENSITIVAS CONDUZIDAS AOS CENTROS
SUPERIORES,ATRAVÉS DOS FASCÍCULOS
ESPINO-TALÂMICOS, E QUE EXPLICAM
AS DORES REFERIDAS NOS
PROCESSOS PATOLÓGICOS VISCERAIS.
CRÂNIO
PARASSIMPÁTICO
SACRAL
EFERENTE
PRESSOCEPTORES
( SEIO CAROTÍDEO )
ANEXO AO NERVO
GLOSSOFARÍNGEO.
QUIMIORRECEPTO RES ( NO CORPO
CAROTÍDEO ) : NO
NÚCLEO SENSITIVO
DORSAL DO NERVO
GLOSSOFARÍNGEO
E DO NERVO VAGO.
SIMPÁTICO: TÓRACO-LOMBAR
NÚCLEOS: PÚPILAR ( IIIº ),
SALIVATÓRIO SUPERIOR (
VIIº ), SALIVATÓRIO
INFERIOR ( IX° ) E DORSAL
MOTOR DO VAGO ( Xº )
S2, S3 E S4
T1 - L2
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO: GASTRO-INTESTINAL. ( Págs.: 29, 30 e 35 )
FIG.: 07
15
1º - COMPONENTE VISCERAL AFERENTE
Conforme foi comentado, LANGLEY ao considerar a “natureza, até certo ponto
involuntária, do sistema nervoso vegetativo”, consignou a denominação”Sistema
nervoso autônomo” ou “Vegetativo”, exclusivamente, para os “componentes eferentes
viscerais gerais”, ( F.E.V.G. ), isso porque, as fibras eferentes viscerais especiais (
F.E.V.E. ) presentes nos nervo cranianos e cujas origens reais, situam-se no conhecido
“Núcleo ambíguo”, “inervam músculos estriados” com origens “branquioméricas”,
formados a partir dos “arcos branquiais” ( fibras eferentes viscerais especiais {
F.E.V.E. ). Entretanto, sabemos que, impulsos aferentes com origens viscerais chegam,
constantemente, ao sistema nervoso central, através de, neurônios sensitivos viscerais,
utilizando as “Vias sensitivas viscerais somatoesplâncnicas simpáticas ou as “Vias
sensitivas viscerais parassimpáticas”.
Os “Componentes Aferentes Viscerais Especiais” ou “Fibras Aferentes
Viscerais Especiais ( F.A.V.E. ), são, também, estudados, com detalhes, na monografia
de “Córtex cerebral: estrutura e funções, em: “Via olfativa”, bem como na
monografia de “Hipotálamo e Sistema límbico”.
SISTEMA AFERENTE VISCERAL GERAL
( F.A.V.G. )
Neste sistema “Aferente Visceral Geral” ( F.A.V.G. ), ocupa posição anatômica
e funcional significativa, o “Núcleo Cardiorrespiratório”, localizado, na região caudal
( terço distal ) do Trato solitário, no bulbo, também, conhecido por “ fóvea caudalis”do
trato solitário ou, simplesmente, “solitário caudal”, ligado à regulação
morfofuncional das informações aferentes viscerais orgânicas, participando, ativamente, nos
processos de transmissões aferenciais sensoriais viscerais gerais ( F.A.V.G. ) ao córtex
cerebral ( fig.: 8 ). Para cumprir tais funções, esse núcleo do trato solitário (
cardiorrespiratório ), apresenta diversas conexões, dentre as quais, se destacam (
fig.: 8 ):
1º) - Projeções para o “núcleo ambíguo”( IXº, Xº e XIº nervos cranianos ) e
núcleos da formação reticular: pontina e bulbar ( fig.: 08, itens: 21 e 22 ).
Essas projeções são importantes nos “reflexos: respiratório, cardiovascular e do
vômito”, nos quais, os neurônios primários dos nervos: vago e glossofaríngeo atingem a
região caudal do trato solitário ( núcleo cardiorrespiratório ), do qual, emergem as
conexões para os núcleos interessados nos reflexos, acima citados ( figs.: 6 e 8 ).
2º) – Projeções para a medula espinhal ( f ig.: 08, itens: 18 e 23 ).
Trata-se de um contingente de fibras oriundas do núcleo cardiorrespiratório do
trato solitário, com destino à medula espinhal, na qual, estabelecerão sinapses com os
neurônios pré-ganglionares simpáticos medulares, na região intermédio-lateral da
medula...
16
Trato Solitário e Suas Principais Conexões
Opérculo frontal e
córtex insular ( 2 )
integrando os impulsos das fibras:
( F.AV.E. ) e fiSUAS VIAS: AFERENTCERAL
bras ( F.A.V.G. ),
ESPECIAL E AFERENTE VISCERAL GERAL unindo o “paladar”
Tálamo, onde se encontra o Núcleo:
às funções orgâniVentral postero-lateral ( parvocelular) 13
cas viscerais, além
de integra-las às
LEGENDA DA FIGURA: 08
Trato Tegmental Central......
funções olfativas
em relação aos
O Trato Solitário, esta
alimentos.
envolvido com os comformado pelos núcleos branquioméricos nervos
portamentos funcionaNúcleo Para(4)
is: Fibras Aferentescranianos: IXº, Xº e XI° ).
braquial
Viscerais Gerais e 17
Es-– Núcleo sensitivo visceral geral: Cardiorrespiratório
peciais: ( F.A.V.G.18 –e Conexões do núcleo Cardiorrespiratório com a medula espinhal
19 – Trato Solitário
( F.A.V.E. )
Conexões entre:
20 – Núcleo Gustativo
T.Solitário
e NPB.
)
Núcleo Gustativo.21 – Núcleo da formação reticular, envolvendo a ponte ( excitatório
– Núcleo da formação reticular, envolvendo o bulbo ( inibiório )
Relacionado 22
com
6. Fibras
aferentes
23
– Corte esquemático da medula espinhal indicando a origem das fibras
as fibras aferentes
Viscerais
especiais:
sistema vegetativo simpático na coluna motora
viscerais especiaispré-ganglionares
Núcleo do
gustativo
F.A.V.E. dos nervos:
núcleos
( F.A.V.E. ) intermédio-lateral da medula espinhal, recebendo conexões dos
VIIº, IXº e Xº ).
da formação reticular do tronco encefálico.
Trato Solitário.............
7, N.Facial e Gânglio
Complexo Amigdalóide e, deste, através da Via
Amigdalo-fugal, novos Neurônios, se dirigem
aos Nn. Hipotalâmicos que, pelo Trato hipotálamo-espinhal, permitem a ação regulatória e autonômica do Hipotálamo,
o T. Encefálico
TRATOsobre
SOLITÁRIO
E
e sobre a Medula espinhal ( 12 ),
Geniculado
Núcleo Ambíguo.............
8.F. aferentes víscera
is gerais dos nervos:
VIIº, IXº
e Xº.
9. Nervo Glossofaríngeo e seu Gânglio
Inferior.
17
Núcleo cárdio-respiratório
Este
núcleo
Cardiorespiratório, 17, se encontra
Envolvido
criticamente,
com
a regulação
das
funções
viscerais
do
organismo
e, portanto,
relacionado à informações
aferenciais viscerais
gerais
( F.A.V.G. ), como por por
23
exemplo, das recepções dos
estímulos
fisiológicos
cardiovasculares, que
se
dirigem ao núcleo cardiorespiratório
do
Trato
Solitário e funções do Tubo
Digestivo e concentrações de
gases no sangue: O2 e CO2.
10. Nervo Vago e seu
Gânglio inferior.
23. Corte transversal da medula
espinhal, em nível Torácico.
11
FIG.08
17
11. Neurônios pré-ganglionares
simpáticos medulares, recebendo
conexões ( item: 18 ), oriundas do
Núcleo Cardio-respirtório
do
Trato Solitário.
VIAS OLFATIVAS E NERVO OLFATIVO.
FIG. 8.A
Vias Olfativas e Nervo Olfativo.
FIG. 8.B
Desenho esquemático das Vias Olfativas e Nervo Olfativo, mostrando: As Vias
Olfativas com os neurorreceptores olfativos ( 3 ), o Nervo Olfativo ( 2 ), a
Lâmina crivosa do Etmóide ( 4 ), o Bulbo Olfativo ( 22 e 24 ), o Trato Olfativo (
19 ), a Estria Olfativa Lateral ( 5 e 26 ), o Tubérculo Olfativo ( 16 ), o
Complexo Amigdalóide ( 6 ), o Hipocâmpo ( 7 ), o Núcleo Arqueado
Hipotalâmico ( 12 ), o Núcleo Hipotalâmico lateral ( 13 ), os Núcleos Septais ( 17
) e o Córtex Orbito-frontal ( 20 )
18
espinhal tóraco-lombar ( entre T1 e L2 ( fig.: 08, item: 23 ) e no nível da região sacral
( entre S2 e S4 ), para neurônios pós-ganglionares parassimpáticos ( fig.: 08 ).
3º) – Fibras ascendentes ao núcleo parabraquial da ponte ( fig.: 08, item: 5 )
Este “terceiro contingente de fibras ascendentes homolaterais”, no tronco
encefálico, com suas origens no núcleo cardiorrespiratório, ascende ao núcleo
parabraquial pontino homolateral, do qual, emergem neurônios, responsáveis pela
condução das informações aferentes viscerais recebidas, ao complexo amigdalino do
sistema límbico ( grupo nuclear central ), ( fig.: 08, item: 3 e ( fig.: 9 ). Deste grupo
nuclear amigdalóide, , os impulsos são conduzidos ao hipotálamo lateral e medial (
fig.: 08, item: 12 ), importantes na regulação das funções viscerais e alimentação do
indivíduo ( figs.: 08, 9, 10 e 11 ).
Observa-se, pelo que explicitado, que as aferências viscerais do tubo digestivo
também, estabelecem sinapses no núcleo solitário caudal ( cardiorrespiratório ),
importante, nos mecanismos de regulação, motricidade e secreção do tubo digestivo.
Assim, as sensações viscerais conscientes, são intermediadas por um grupo de
fibras aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ) que, do núcleo parabraquial, atingem os
núcleos amigdalóides Centrais. Desses núcleos, novos neurônios conduzem os impulsos
ao hipotálamo e, finalmente, ao córtex insular ( figs.: 8, 9, 10 e 11 ).
Nesse córtex insular, as duas modalidades de fibras viscerais ( fibras aferentes
viscerais gerais : F.A.V.G. ) e ( fibras aferentes viscerais especiais : F.A.V.E. ), embora
distintas, em suas projeções corticais na região insular e em suas respectivas “vias
centrais”, apresentam-se integradas, unindo a informação do paladar de determinado
alimento ao seu efeito sobre as funções orgânicas, com o objetivo de preservar a
sobrevivência do indivíduo ( fig.: 8 ), além de integra-las aos impulsos olfativos,
conduzidos ao hipotálamo ( figs.: 10 e 38 ).
Portanto, o “sistema visceral”, no plano global, está relacionado a “contingentes
de fibras aferentes viscerais gerais” de duas modalidades ou natureza: O primeiro
deles, corresponde ao sistema, linhas atrás explicitado e mediado pelos ramos dos nervos
espinhais, cujas sinapses, são estabelecidas com neurônios da ponta dorsal sensitiva
da medula espinhal, também conhecidas por “Vias sensitivas viscerais aferentes
somatoesplâncnicas simpáticas”, nas quais, em geral encontramos “três neurônios”. O
“primeiro neurônio” tem seu corpo celular localizado no gânglio sensitivo espinhal e,
morfologicamente, é pseudo-bipolar. Sua extremidade visceral, funcionalmente, um
dendrito, recebe os estímulos dos viscereceptores, atravessando sem interrupção, a cadeia
ganglionar pré-visceral, o ramo comunicante branco, até atingir o corpo celular,
localizado no gânglio sensitivo espinhal. Deste gânglio, a outra extremidade do corpo
celular ( axônio ) se dirige, através da raiz posterior da medula espinhal, à substância
cinzenta posterior da medula, na qual, estabelecerá sinapse com o “neurônio
secundário”, cujo axônio ( centrípeto ), através do fascículo ascendente espinotalâmico, se dirige, ao núcleo talâmico: ventral-postero-lateral do lado oposto à sua
origem medular e homolateral ao tálamo ( fig.: 12.A ).”O terceiro neurônio” dessa via,
com origem no núcleo talâmico ventral postero-lateral alcança, através de, seu axônio,
a área cortical somestésica 3, 1 e 2 na circunvolução parietal ascendente e lábio
superior da cisura de Silvius, homolateral ( fig.: 12.A ). O segundo, destes sistemas
aferenciais viscerais, também, conhecido por “Via sensitiva Visceral Parassimpática”
( fig.: 8 ),
é realizado, através
do
mecanismo
já...
19
“GRUPO CENTRAL” DO COMPLEXO
AMIGDALÓIDE
“GRUPO NUCLEAR CENTRAL” DO
COMPLEXO AMIGDALÓIDE
GRUPO BASOLATERAL
AMIGDALÓIDE.
HIPOTÁLAMO
VENTROMEDIAL:
AFERÊNCIAS MOTORAS E VISCERAIS DO
TRONCO ENCEFÁLICO:
1º - DO TRATO SOLITÁRIO
2º - DO NÚCLEO CARDIO-RESPIRATÓRIO
3º - DO NÚCLEO PARABRAQUIAL
4º- DO NÚCLEO GUSTATIVO
VIA AMIGDALO
FUGAL
HIPOTÁLAMO
DORSOLATERAL
NÚCLEO PUPILAR
( EDINGER WESTPHAL
NÚCLEO SALIVATÓRIO
SUPERIOR
NÚCLEOS DA
FORMAÇÃO
RETICULAR
NÚCLEO SALIVATÓRIO
INFERIOR
NÚCLEO MOTOR
DORSAL DO NERVO
VAGO
REGIÃO SACRAL:
S2, S3 E S4
MEDULA
ESPINHAL
FIG.: 09
20
PRINCIPAIS CONEXÕES DO COMPLEXO
AMIGDALÓIDE.
ÁREA DO
CÍNGULO
BULBO
OLFATÓRIO
NÚCLEO
BASAL DE
MEYNERT
NÚCLEO
ESTRIADO
VENTRAL
GRUPO
CORTICOMEDIAL
CÓRTEX
ÓRBITOFRONTAL
MEDIAL
FASCÍCULO
TEGMENTAR
DORSOLATERA. E
HIPOTÁLAMO
ESPINHAL...
GRUPO
NUCLEAR
CENTRAL
GRUPO BASOLATERAL
NÚCLEO VENTROMEDIAL DO
HIPOTÁLAMO LATERAL E
MEDIAL
ÁREA
CORTICAL
PRÉ-FRONTAL
MEDIAL
NÚCLEO PARABRAQUIAL
FORMAÇÃO
HIPOCAMPAL
AFERÊNCIAS DO TRATO
SOLITÁRIO : NÚCLEO
CARDIORRESPIRATÓRIO.
CÓRTEX DO LOBO
TEMPORAL, INSULAR E
ASSOCIATIVO.
NÚCLEOS VEGETATIVOS DO
TRONCO
ENCEFÁLICO
ANEXOS AOS NERVOS: IIIº, VIIº,
IXº E Xº , NÚCLEOS: PUPILAR,
SALIVAT. SUPERIOR, SALIVAT.
INFERIOR E MOTOR DORSAL
DO VAGO
FORMAÇÃO RETICULAR
MEDULA ESPINHAL ( TÓRACO-LOMBAR )
( SIMPÁTICA ) E, NO NÍVEL DA MEDULA
SACRA ( PARASSIMPÁTICA : ( S2, S3 E S4 ).
FIG.: 10
21
Síntese das Principais Funções do Hipotálamo
• Estímulos do Hipotálamo Ventro-medial: 11.A
• Estímulos do Hipotálamo Dorso-lateral: 11.B
• Neuro-Hipófise
e Adeno-Hipófise: 11.C
11.A
11.B
Controle do sistema nervoso autonômico:
Hipotálamo anterior (trofotrópico), com
respostas parassimpáticas
Controle do sistema nervoso autonômico.
Hipotálamo dorso-lateral ( ergotrófico )
respostas simpáticas.
Regulação da temperatura
“Centro de Perda de Calor”
Regulação da temperatura. Centro e
conservação do calor.
Regulação da sede
Centro de emergência de Cannon.
Centro de desestabilização.
Centro da saciedade
Zona inibidora vigil
Zona estimuladora da vigília
Centro da fome.
Metabolismo das gorduras e
hidratos de carbono
Regulação dos hormônios da
adenohipófise:11.C
Hipotálamo
e
atividade instintiva
emocional alteradora
Regulação da diurese ( Neurohipófise )
Hipotálamo e atividade instintiva.
Modalidade estabilizadora.
Hipotálamo e: reprodução, sexo, trabalho e parto,
secreção láctea, reflexo fotogonadotrófico, ovulação
reflexo vasomotor, reflexos integrados no tronco
encefálico e relacionados à formação reticular.
FIG.11
22
GRANDES VIAS ASCENDENTES DA MEDULA ESPINHAL
SistemaCordão Dorsal Lemnisco Medial
Sistema Ântero-Lateral
Neurônio Terciário sensorial
Núcleo
Tálamo
Ventral
N.V.P.L
póstero-lateral
do Tálamo
Mesencéfalo
Área cortical
Somestésica:
3, 1 e 2, na
Circunvolução parietal
ascendente.
Lemnisco
Medial Ponte
Bulbo
Neurônio primário
sensitivo.
Medula espinhal
Neurônio Secundário sensorial
Desenho esquemático dos Tratos Espino-Talâmicos,
do Sistema Antero-lateral, ou seja: Trato EspinoTalâmico Ventral e Trato
Espino-Talâmico Lateral
FIG.12
da Medula Espinhal e os Três Neurônios sensoriais
Primário, secundário e terciário.
FIG.: 12.A
Desenho esquemático do Sistema:
Cordão Dorsal-Lemnisco medial, no
qual, observamos:
FIG.12.a
1 e 2 – Lemnisco medial.
3 – Cordão Dorsal.
FIG.: 12.B
23
comentado linhas atrás , através dos nervos cranianos: glossofaríngeo e vago e seus
núcleos sensitivos.
Nesta “via”, encontramos quatro ( 4 ) neurônios. “O primeiro neurônio”, se
encontra no gânglio inferior do nervo vago ( Xº nervo craniano ), ( fig.: 26 ). “O segundo
neurônio”, se localiza no núcleo cardiorrespiratório do trato solitário ( fig.: 8 ). “O
terceiro neurônio”, situa-se no núcleo parabraquial da ponte ( fig.: 8 ) e “O quarto
neurônio”, situa-se no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo, onde, também, chegam
as terminações do lemnisco trigeminal, conduzindo a sensibilidade geral da face ( fig.: 8
).
Essas aferências viscerais são responsáveis, não apenas pela “percepção” de um
estímulo visceral, como, também, conduzem sensações nóxicas ( dolorosas ), muito
semelhantes, em sua natureza, aos impulsos aferentes somáticos.
Portanto, os “nervos ou fibras viscerais”, dependendo, de sua natureza,
podem ser:
• Fibras Aferentes Viscerais Especiais ( F.A.V.E. )
• Fibras Aferentes Viscerais Gerais ( F.A.V.G. ).
As “Fibras aferentes viscerais especiais ( F.A.V.E. ), relacionam-se ao “olfato” e
à “gustação” ( fig.: 7, 10 e 38 ). Esta última, ontogeneticamente, de origem
branquiomérica ( figs.: 7, 8, 8.A e 8.B ).
. ).
As “Fibras aferentes viscerais gerais” ( F.A.V.G. )”, entretanto, apresentam seus
corpos celulares, localizados nos gânglios espinhais sensitivos e gânglios sensoriais dos
nervos cranianos. Constitui exceção, o nervo oculomotor ( IIIº nervo craniano ), que
possui “fibras eferentes viscerais gerais” ( F.E.V.G. ), cujas origens se encontram no
núcleo de Edinger Westphal ( núcleo pupilar ), de natureza parassimpática e anexo ao
nervo oculomotor e suas proprias fibras eferentes somáticas gerais ( F.E.S.G. ),
dirigidas aos músculos estriados, responsáveis pela movimentação dos globos oculares (
fig.: 25 ).
Os axônios das fibras aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ), atravessam, sem
interrupção, as diversas “cadeias ganglionares”, desde a víscera até a coluna posterior
da substância cinzenta da medula espinhal ( ponta sensitiva medular ), sem qualquer
sinapse. Esse “neurônio sensitivo visceral”, responsável, portanto, pela condução dos
estímulos viscerais, pode ser uma “fibra aferente visceral geral”, conduzindo estímulos
fisiológicos gerais, capaz de originar respostas reflexas autonômicas, ou uma “fibra
aferente visceral sensitiva”, para estímulos dolorosos ( nóxicos ), na vigência de
“processos patológicos”.
As “fibras aferentes viscerais gerais sensitivas”, utilizam-se, portanto, de “três
neurônios”, orientados em “sentido centrípeto”. “O primeiro neurônio”, apresenta seu
corpo celular no gânglio sensitivos, entre T1 a L3. “O segundo neurônio”, se encontra
na substância cinzenta da coluna posterior da medula espinhal e, “O terceiro
neurônio”, é encontrado no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo, conectando-se,
através de, seu axônio, com as “áreas corticais somestésicas 3, 2 e 1” ( fig.: 12.A ).
Na “via sensitiva visceral geral fisiológica”, de natureza parassimpática,
encontramos, em geral, quatro ( 4 ) neurônios. “O primeiro neurônio”, localiza-se no
24
gânglio nodoso ( inferior ) do nervo vago. “O segundo neurônio,” situa-se no núcleo
cardiorrespiratório do trato solitário. “O terceiro neurônio” está localizado no núcleo
parabraquial da ponte e “O quarto neurônio,” situa-se no núcleo ventral pósterolateral do tálamo ( fig.: 8 e 26 ).
Nessa longa via ascendente, os impulsos atingem, também, os núcleos da
formação reticular no tronco encefálico, os núcleos talâmicos e hipotalâmicos no
diencéfalo e, no telencéfalo, o complexo amigdalóide do sistema límbico ( fig.: 08 ).
Portanto, as aferências viscerais gerais, de importância fisiológica, associam-se
ao sistema parassimpático ( fig.: 7 ).
Dentre esses sistemas viscerais aferentes gerais fisiológicos, temos, conforme é
mostrado na mesma ( fig.: 7 ), os seguintes sistemas:
•
•
•
•
•
•
Sistema respiratório
Sistema cardiovascular
Sistema digestivo
Sistema urogenital
Sistema neurossecretor
Sistema glandular.
IMPORTÂNCIA DAS AFERÊNCIAS VISCERAIS GERAIS
FISIOLÓGICAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO.
Nos níveis da medula oblonga ( bulbo ) e da ponte, no tronco encefálico, existem
“Centros Respiratórios” para o controle automático dos movimentos respiratórios. Tais
centros, localizam-se nos “núcleos da formação reticular do tronco encefálico”. O
“centro inspiratório máximo,” de localização pontina, está relacionado ao “núcleo
magnocelular pontino”, enquanto o “centro expiratório máximo”, relaciona-se ao
“núcleo parvicelular bulbar”. A coordenação do “ritmo respiratório, entre estes dois
centros, é responsabilidade do “centro pneumotáxico pontino”.
Os “estímulos inspiratórios”, seguem, em linhas gerais, o esquema apresentado
nas figuras: 06, 07, 14 e 14-A ).
As “aferências viscerais gerais fisiológicas”,
em relação ao “sistema
respiratório”, desencadeiam “mecanismo morfo-funcional automático: “expiratório” e
inspiratório”, na seguinte ordem:
Fatores que determinam a “diminuição dos teores de oxigênio sangüíneo”,
conduzem ao estabelecimento, de um quadro de “hipóxia relativa”. Esta queda da
concentração de oxigênio no sangue, é suficiente para estimular os quimiorreceptores
dos corpos ( ou glomos ) carotídeos, localizados próximo à bifurcação da artéria
carótida comum de ambos os lados, ( sensíveis a esta diminuição do teor de oxigênio
sangüíneo ) ( fig.: 36 ). Os impulsos originados nestes corpúsculos ou glomos, são
conduzidos ao “núcleo cardiorrespiratório”, no “terço distal do trato solitário” do
“tronco encefálico”, através das fibras aferentes vicerais gerais ( F.A.V.G. ) do nervo
glossofaríngeo ( IXº nervo craniano ) ( figs.: 27 e 35 ) . A partir deste núcleo,
teremos a seguinte distribuição ( fig.: 8 e 14 ):
25
1º) – Uma parte, será conduzida aos centros supra-segmentares,
sucessivamente, através do: núcleo parabraquial, núcleo ventral póstero-lateral do
tálamo, núcleos hipotalâmicos e, finalmente ao córtex insular ( figs.: 08 (itens: 4, e
13 ), fig.; 12.A ( item: 2 ) e fig.: 14. ).
2º) – Uma outra parte dos estímulos, será conduzida aos núcleos da formação
reticular do tronco encefálico e daí ao núcleo motor dorsal do nervo vago ( conhecido,
também, em alguns compêndios, por “núcleo visceromotor dorsal”. A partir deste núcleo,
inicia-se a “Via Eferente Viscerais Geral”, com seus componentes funcionais “Fibras
Eferentes Viscerais Gerais ( F.E.V.G. ), sendo este um dos representantes do sistema
nervoso parassimpático vegetativo, no nível do tronco encefálido ( Sistema nervoso
autonômico ), conduzindo os impulsos motores vegetativos aos centros respiratórios (
inspiratórios ), aumentando a profundidade e a velocidade dos movimentos
respiratórios ( fig.: 14 ).
No mecanismo do processo respiratório funcional, temos ( fig.: 6 ):
Na árvore brônquica, quando os pulmões se inflam, os receptores
neurossensíveis, recebem os estímulos, que são conduzidos, através das, fibras
aferentes viscerais gerais fisiológicas, ao núcleo sensitivo dorsal do nervo vago ( Xº
nervo craniano ). A partir dessa localização, os estímulos prosseguirão nas
seguintes direções:
•
Uma parte dos estímulos, será conduzida ao núcleo motor dorsal do nervo
vago ( núcleo visceromotor ) do ( Xº nervo craniano ), de natureza
parassimpática, onde se inicia o “braço eferencial visceral geral do
reflexo respiratório, sendo o impulso motor vegetativo parassimpático
levado aos “gânglios plexiformes brônquicos”. Nestes gânglios, os
impulsos passam às fibras pós-ganglionares parassimpáticas, agora,
responsáveis pela condução dos impulsos motores à musculatura lisa
brônquica, com a conseqüente expulsão do ar dos alvéolos, que se
contraem. ( fig.: 6 ).
•
Outra parte dos impulsos, será, simultaneamente, conduzida ao “Centro
expiratório máximo” da formação reticular ( núcleo parvicelular
bulbar ), localizado no bulbo lateral.
•
Uma terceira parte dos impulsos estimulará, através das fibras retículoespinhais, os núcleos de origem do nervo frênico, na medula cervical,
determinando a contração do músculo diafragma e, conseqüentemente,
aumento da pressão, sobre os pulmões comprimindo-os, forçando ainda
mais, a expulsão do ar do interior dos alvéolos ( fig.: 6 ).
•
Finalmente, Parte dos impulsos, é conduzida, também, na medula
espinhal, aos nervos intercostais, determinando a contração dos músculos
intercostais, associando-se, mais este fator, aos mecanismos de expulsão
do ar dos alvéolos pulmonares ( figs.: 06 e 14.A ).
26
IMPORTÂNCIA DAS AFERÊNCIAS VISCERAIS GERAIS
FISIOLÓGICAS, EM RELAÇÃO AO SISTEMA CARDIOVASCULAR
No estudo deste tema, em epígrafe, representado, no esquema da ( fig.: 05 ),
sobre o “Controle reflexo Vasomotor”, o componente “aferente visceral geral
fisiológico” ( F.A.V.G. ), é
encontrado entre
os “receptores
tensionais
(barorreceptores ) do seio carotídeo”, sensíveis às variações da “tensão arterial” e o
“núcleo cardiorrespiratório” do “trato solitário” ( fig.: 08 ), de onde partem fibras
dirigidas aos “Centros Moduladores” da “formação reticular bulbar”: ( inibitório ou
vasodepressor ) ou, então, fibras dirigidas ao “Centro excitatório pontino” ( ou
vasopressor ), da “formação reticular pontina” ( figs.: 05 e 08 ).
Na primeira parte, o componente aferente inicia-se pela percepção das
modificações bruscas da
tensão
arterial,
através dos,
pressoceptores,
localizados no seio carotídeo ( figs: 27, 35 e 36 ).
A seguir, os estímulos são, então, conduzidos, através das, aferências viscerais
gerais deste seio carotídeo ( F.A.V.G. ), ( relacionado ao nervo glossofaríngeo ) ( figs.:
35 e 36 ), em direção ao “núcleo sensitivo do nervo glossofaríngeo” ( ou núcleo
cardiorrespiratório do trato solitário ), de onde partem fibras, dirigidas aos “Centros
moduladores da formação reticular, seja bulbar e, nesse caso, inibitório ou
vasodepressor, seja pontino e, nesse caso, excitatório ou vasopressor ( figs.: 05 e
08 ).
Na primeira eventualidade ( centro da formação reticular bulbar ) “inibitório ou
vasodepressor” , os impulsos dirigir-se-ão ao núcleo motor dorsal do nervo vago ( Xº
nervo craniano ), a partir do qual, teremos os “neurônios pré-ganglionares de natureza
vagal” ( parassimpática ), que se dirigirão aos gânglios e plexos do sistema vegetativo
parassimpático, com “respostas cardiovasculares fisiologicamente adequadas, em
função das variações tensionais ( fig.: 5 ).
Na segunda eventualidade, ou seja ( centro da
formação reticular pontina ( excitatório ou vasopressor ), da formação reticular do
tronco encefálico, dar-se-á a geração de padrões rítmicos constantes de natureza
excitatória, dirigidos aos neurônios pré-ganglionares simpáticos, com ação
aceleradora cardíaca, localizados na coluna intermédiolateral toracolombar da medula
espinhal, responsáveis pela coordenação do padrão rítmico de “desacarga” (
marcapasso ). Com isto, surgem as respostas, nesta segunda eventualidade,
cardiovasculares fisiologicamente adequadas, em função das variações tensionais (
fig.: 5 ).
Esses centros cardiovasculares da formação reticular bulbar mantêm conexões
com o núcleo motor dorsal do nervo vago e, através de, fibras reticuloespinhais, com a
coluna intermediolateral da medula espinhal. A partir destes núcleos, forma-se o
componente visceral geral ( sistema vegetativo ), onde os estímulos vagais (
27
parassimpáticos ), em resposta às modificações da tensão arterial, determinarão (
conforme se trate de elevação ou de queda da tensão arterial ), respectivamente,
bradicardia e vasodilatação ou taquicardia e vasoconstrição ( figs.: 5 e 8 ).
De uma maneira geral, no sistema aferente visceral geral, encontramos
mecanismos linterligando o “sistema visceroceptor” à formação reticular do tronco
encefálico, ao tálamo e ao hipotálamo, com modificações eferentes viscerais
vegetativas simpáticas e parassimpáticas ( fig.: 07 e 08 ).
Comumente, nesse “Sistema aferente visceral geral fisiológico”, o esquema em
linhas gerais, é aquele representado nas figuras: 05, 07 e 08 ).
AFERÊNCIAS VISCERAIS GERAIS SENSITIVAS PARA A DOR
Quando alguém acusa, a manifestação de uma “dor visceral”, significa que, os
“neurônios sensitivos”, utilizados para a transmissão desta “dor”, associam-se aos
neurônios simpáticos do “sistema nervoso autonômico” ( fig.: 07 ).
Assim, na constituição das aferências, os corpos celulares dos referidos
neurônios, encontram-se em um “gânglio sensitivo”, nos limites da coluna toracolombar
( entre T1 e L3 ).
O estímulo visceral, será transmitido aos “centros corticais”, através de, “tres
neurônios”, utilizando-se, também, do “Sistema ascendente Ântero-lateral da medula
espinhal” ( Trato espino-talâmico ântero-lateral da medula espinhal ), ( fig.: 12.A ).
Neste caso, a passagem de informações viscerais, entre os neurônios viscerais e os
neurônios exteroceptivos, realizar-se-á, no nível dos “gânglios sensitivos da medula
espinhal,, através das, células especiais de associações, conhecidas por “células de
Dogiel”.
Através desse mecanismo morfo-funcional, pode-se, em parte, explicar, as
“dores irradiadas” ou “dores referidas cutâneas”. Em realidade, são “dores viscerais
irradiadas, em áreas cutâneas de projeções topográficas, de determinadas vísceras,
como acontece, em algumas patologias, como por exemplo: no enfarte do miocárdio,
nas colecistites, nas ependicites, nos abscessos sub-frênicos, etc. etc...
Se fizermos, o estudo atento, de qualquer condição visceral geral fisiológica,
em qualquer sistema anatômico visceral, verificaremos a presença desse componente (
Sistema nervoso Visceral ), importante, para o entendimento dos diversos e complexos
fenômenos órgano-vegetativos, em sua parte aferente ( figs.: 7 e 8 ).
Portanto, em qualquer manifestação órgano-vegetativa, na qual apareça um
simples arco segmentar vegetativo, encontraremos o “componente aferente visceral
geral fisiológico”, seja nos fenômenos básicos de manutenção e perpetuação da
espécie ( ovulação, menstruação, nutrição, crescimento, manutenção da homeostasia,
equilíbrio hidro-eletrolítico, etc ), seja nos fenômenos relacionados à perpetuação
da espécie, sua proliferação e desenvolvimento ( fig.: 11 ).
28
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS FISIOLÓGICAS E
SISTEMA DIGESTIVO.
O “trato gastrointestinal,” apresenta em sua estrutura, dois plexos da maior
importância funcional:
O primeiro plexo ( o mais externo ), conhecido como “plexo mioentérico de
Auerbach”,
localiza-se, entre as “camadas musculares externas” do tubo
gastrointestinal, de forma circular, em toda sua extensão, desde o esôfago até o
esfíncter anal interno.
O segundo plexo ( o mais interno e menos extenso ), conhecido sob a
denominação de “plexo submucoso de Meissner”, está localizado entre as: túnicas
mucosa ( mais interna ) e a camada muscular do trato gastrointestinal.
Esse “plexo” comporta-se, ao longo dessas túnicas e entre as mesmas,
circundando, completamente, a luz do trato gastrointestinal, com início na junção
gastroduodenal e término no esfincter anal interno. Por este motivo, é menos extenso.
Ambos os “plexos”: ( mioentérico de Auerbach e submucoso de Meissner ),
intercomunicam-se, formando, juntamente com seus “sistemas de fibras aferentes e
eferentes, um verdadeiro “sistema nervoso”, conhecido por: “Sistema
nervoso
entérico” ( ou Sistena nervoso gastro-intestinal ( fig.: 07 ).
Nesse sistema de fibras aferentes e eferentes periféricas, são encontrados
neurônios: pré-ganglionares parassimpáticos, pós-ganglionares parassimpáticos,
fibras pós-ganglionares simpáticas, além de interneurônios e fibras aferentes
viscerais gerais primárias.
Esse sistema, quando, experimentalmente, isolado do “sistema nervoso central”,
continua em seu “funcionamento reflexo”, regulando e modulando o peristaltismo
intestinal, as secreções glandulares gastro-intestinais, bem como, coordenando seu
fluxo sangüíneo ( fig.: 07 ).
Todavia, esse “ sistema nervoso entérico”, mesmo sendo capaz de funcionar,
quando totalmente isolado, recebe, normalmente,
impulsos, através de fibras
eferentes, tanto de natureza parassimpática, como de natureza simpática.
Assim, suas “fibras pré-ganglionares parassimpáticas”, estabelecem sinapses nos
gânglios desse “sistema nervoso entérico”, dos quais surgem as fibras pós-ganglionares,
que se dirigem aos músculos do trato gastrointestinal e suas respectivas glândulas.
Nesse mecanismo morfo-funcional, a excitação parassimpática ( vagal ),
determina o aparecimento de: vasodilatação, hiperperistaltismo e aumento das secreções
pelas “glândulas gastrointestinais”. São ações, necessárias ao bom desempenho
gastrointestinal, no processo de digestão dos alimentos e nos movimentos do bolo
alimentar, em seu interior.
Por outro lado, a “excitação simpática”, provoca: vasocontrição, parada do
peristaltismo intestinal, contração dos esfíncteres gastrointestinais involuntários,
29
diminuição da secreção glandular pelas glândulas gastrointestinais, principalmente,
pelas glândulas maiores, anexas ao tubo intestinal ( fígado e pâncras ), com
glicogenólise e gliconeogênese hepática, queda das secreções pancreáticas,
principalmente, das células acinosas ( células alfa ) e exacerbação das secreções
pancreáticas “beta 2.
Nesse “sistema nervoso entérico”, encontramos, também, “neurotransmissores:
colinérgicos, noradrenérgicos, serotoninérgicos, dopaminérgicos, gabaérgicos”,
incluindo-se aí, uma significante presença de diferentes “neuropeptídeos,
colecistoquinina, substâncias P, neurotensina, somatostatina, dinorfina e encefalinas.
Entretanto, o significado funcional dessas combinações, em conjunto ou mesmo
especificamente, ainda, não se encontra estabelecido.
No “pâncreas”, ( uma das glândulas maiores ), anexas ao tubo digestivo, a
estimulação parassimpática, provoca o aumento das secreções “beta 2”, aumento das
secreções do suco digestivo, enquanto a excitação simpática, inibe essas secreções
citadas. Da mesma forma, no “fígado”, outra das ( glândulas maiores ), anexa ao tubo
digestivo, a estimulação simpática, estimula a glicogenólise e a gliconeogênese,
enquanto, a estimulação parassimpática, desencadeia, apenas, a glicogênese.
30
Trato Hipotalamo-espinhal
Tálamo
Hipotálamo
Hipotálamo
Corpo estriado
Fascículo tegmentar
dorsolateral
Mesencéfalo
Núcleo de
Edinger Westphal
Formação reticular pontina
Núcleo da rafe mediana
Núcleo salivatório superior
(VIIº par, parassimpático),
Ponte
Núcleo salivatório inferior
(IXº par, parassimpático)
Núcleo solitário
Formação reticular bulbal
Núcleo motor dorsal do
(Xº par, parassimpático )
Bulbo proximal
Bulbo intermédio
Neurônio pré-ganglionar
simpático
Medula espinhal ( torácica )
Medula espinhal (sacral)
Neurônio pré-ganglionar
parassimpático
FIG.13
31
AFERÊNCIAS VISCERAIS GERAIS FISIOLÓGICAS,
EM RELAÇÃO AO SISTEMA RESPIRATÓRIO E À
QUEDA DOS TEORES DE OXIGÊNIO SANGÜÍNEO
FATORES QUE DETERMINAM A QUEDA DA
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO NO SANGUE,
ESTABELECEM UM...
INÍCIO DE PROCESSO DE HIPÓXIA RELATIVA...
ESTA HIPÓXIA RELATIVA, CONSTITUI ESTÍMULOS
CONDUZIDOS AOS QUIMIORRECEPTORES DO
CORPO CAROTÍDEO...
TAIS ESTÍMULOS, SÃO CONDUZIDOS, ATRAVÉS DAS, FIBRAS AFERENTES VISCERAIS
GERAIS ( F.A.V.G. ) DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO, AO SEU “NÚCLEO SENSITIVO
DORSAL,” LOCALIZADO NO TERÇO DISTAL DO NÚCLEO CARDIO-RESPIRATÓRIO DO
TRATO SOLITÁRIO, NO TRONCO ENCEFÁLICO...
A PARTIR DESTE NÚCLEO CARDIO-RESPIRATÓRIO DO TRATO SOLITÁRIO, HAVERÁ
DISTRIBUIÇÃO DOS ESTÍMULOS ( HIPOXEMIA ), SENDO...
UMA PARTE
ENCAMINHADA AOS
CENTROS
SUPRASSEGMENTARES
UMA SEGUNDA PARTE
SERÁ ENCAMINHADA À
FORMAÇÃO RETICULAR
ACELERAÇÃO DOS MOVIMENTOS
RESPIRATÓRIOS ( TAQUIPNÉIA ) E DE
SUA PROFUNDIDADE, ELEVANDO A
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO E,
ASSIM, REDUZINDO A HIPÓXIA..
E UMA ÚLTIMA PARTE
SERÁ
CONDUZIDA AO
NÚCLEO MOTOR DORSAL
DO NERVO VAGO.
ESTÍMULOS AOS CENTROS
INSPIRATÓRIOS BULBARES
FIG.: 14
32
MECANISMO MORFO-FUNCIONAL DO PROCESSO
RESPIRATÓRIO.
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS (
F.A.V.G. ) E SISTEMA RESPIRATÓRIO
RECEPTORES NEUROSSENSÍVEIS NA ÁRVORE
BRÔNQUICA,
RECEBEM
ESTÍMULOS
QUANDO, OS PULMÕES SE INFLAM, POR
DISTENSÃO, DOS ALVÉOLOS...
ESTES ESTÍMULOS SÃO CONDUZIDOS, ATRAVÉS DAS,
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS FISIOLÓGICAS ( GERAIS ),
AO NÚCLEO SENSITIVO DORSAL DO NERVO VAGO, NO TRATO
SOLITÁRIO ,“ NÚCLEO CARDIORRESPIRATÓRIO”, DO QUAL,
PARTEM ESTÍMULOS PARA AS SEGUINTES ESTRUTURAS:
NÚCLEO MOTOR DORSAL DO
NERVO VAGO
CENTRO RESPIRATÓRIO
DA FORMAÇÃO
RETICULAR NO BULBO
DESTE NÚCLEO VISCEROMOTOR
VAGAL, OS IMPULSOS MOTORES
VISCERAIS SÃO CONDUZIDOS AOS
BRÔNQUIOLOS
PLEXIFORMES BRÔNQUICOS.
FIBRAS RETICULOESPINHAIS
QUE ESTIMULAM
SIMULTANEAMENTE OS...
NERVOS
INTERCOSTAIS
IMPULSOS ÀS FIBRAS PÓS´GANGLIONARES PARASSIMPÁTICAS
PARA A MUSCULATURA LISA
BRÔNQUICA, QUE AO SE
CONTRAIREM DETERMINAM...
CONTRAÇÃO DOS
MÚSCULOS
INTERCOSTAIS
A EXPULSÃO DO ÁR DO SISTEMA
BRÔNQUICO-ALVEOLAR, COMPRESSÃO
DOS MÚSCULOS INTERCOSTAIS SOBRE
OS PULMÕES, EM CUJA AÇÃO É
AUXILIADO
PELA
COMPRESSÃO
DETERMINADA
PELO
MÚSCULO
DIAFGRÁGMA SOBRE OS PULMÕES.
FIG.: 14.A
33
NERVO
FRÊNICO
CONTRAÇÃO DO
MÚSCULO
DIAFRÁGMA.
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS FISIOLÓGICAS E
SISTEMA URINÁRIO.
Na bexiga, conforme podemos observar através da fig.: 29, no mecanismo
intrínseco da micção, o “sistema parassimpático,” é responsável, por quase todo o
mecanismo morfo-funcional da micção ( reflexo de esvaziamento vesical ). Entretanto,
o “sistema simpático”, pouco influencia exerce, nesse mecanismo, a não ser, para
melhor conscientização do estado de plenitude vesical. ( fig.: 29 )
A bexiga recebe “dois tipos de inervação”: A inervação somatomotora, que não
caracteriza um ato reflexo, e se relaciona à inervação do esfíncter externo e músculos da
região perineal, inervados pelo nervo pudendo interno, oriundo da medula espinhal
sacral. Assim, o mecanismo reflexo da micção ( esvaziamento da bexiga ), submete-se
ao controle voluntário, fornecido por esta inervação somatomotora voluntária.
Em tais circunstâncias, o “ato da micção”, como ato, puramente, reflexo,
apenas existe, no primeiro ano de vida da criança ( fig.: 29 ).
No “mecanismo morfo-funcional da micção”, conforme já explicitado e mostrado
na fig.: 29, o “sistema nervoso simpático”, “exerce resumida função ou influência”,
estando, a “maior participação”. reservada ao “sistema nervoso parassimpático” ( fig.:
29 ).
Assim, conforme podemos observar, pelo estudo da referida figura, no “áto reflexo
da micção”, as fibras aferentes viscerais da bexiga alcançam a medula espinhal, através
das “vias parassimpáticas”, pouco restando para o “sistema nervoso simpático”. todavia,
ambos os sistemas, através de, suas fibras ascendentes, participam da “conscientização
de nossa plenitude vesical” ( fig.: 29 ).
A partir dos segmentos S2, S3 e S4 da medula espinhal sacral, surgem os
“neurônios pré-ganglionares parassimpáticos”, com destino ao plexo pelvino
parassimpático nas paredes da bexiga. A partir desses gânglios parassimpáticos,
surgem os “neurônios pós-ganglionares parassimpáticos”, cujos axônios se dirigem ao
músculo esfincteriano da bexiga, provocando seu relaxamento que, associado às ações
dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, dirigidos ao músculo liso ( detrusor
da bexiga ), determinam a contração da bexiga que, estando com seu músculo
esfincteriano relaxado, conduz ao “esvaziamento da bexiga”. ( fig.: 29 ). Estabelece-se,
assim, o “ato da micção” ( fig.: 29 ).
SISTEMA GENITAL ( ÓRGÃOS REPRODUTORES )
Para o “funcionamento morfo-funcional do “sistema genital ( masculino e
feminino” ), torna-se necessário, o “normal e integral funcionamento”, de ambas as
partes do “sistema nervoso autonômico: ( simpático e parassimpático ).
34
Assim, no “sexo masculino”, a “estimulação do componente parassimpático”,
conduz à “ereção do pênis” e à “secreção glandular da próstata”e das vesículas
seminais. Por outro lado, a “estimulação simpática,” é responsável pelos “mecanismos
morfo-funcionais motores” do “processo de ejaculação”, com a conseqüente “expulsão
do sêmen”, provocada pela“contração da musculatura lisa visceral das referidas
glândulas acessórias e respectivos ductos, onde contam, também, com a colaboração
espástica da“musculatura estriada bulboesponjosa e isquiocavernosa peniana”(fig. 4 ).
Este “espasmo muscular estriado” é um reflexo, provocado pela saída do sêmen
e sua posterior penetração, sob pressão, na uretra. Portanto, nesses “reflexos
“envolvendo o “processo da ejaculação”, observamos a associação de “reflexos
somatomotores” e “visceromotores”, onde, esses últimos, são de “natureza simpática”
( fig.: 4 ). No “sistema genital feminino”, também, são necessárias a presença funcional
e normal de ambas as partes do “sistema nervoso autônomo”: ( parte simpática e parte
parassimpática ). A estimulação parassimpática, conduz ao “ingurgitamento do
clitóris”, por um “mecanismo morfo-funcional”, semelhante ao “ingurgitamento do
pênis” e dos “bulbos do vestíbulo e parte inferior da vagina”, associado ao “aumento das
secreções das glândulas labiais da vagina, vestibulares e cervicais”.
No orgasmo feminino, da-se o estabelecimento de um espasmo clônico dos
músculos: bulboesponjoso e isquiocavernoso”, além de consistente contração da
parede vaginal inferior e, simultaneamente, dilatação do canal cervical, com duração
significativa. São, portanto, associações reflexas viscero-motoras ( simpáticas ) e
somatomotoras. Nos “órgãos sexuais” ( ovários, testículos e o próprio útero ), constatase o aparecimento de “ação autônoma vasoconstritora”.
2º) – COMPONENTE VISCERAL EFERENTE
O “Componente Visceral Eferente” ou “Sistema Nervoso Visceral Eferente”,
conforme observado no quadro da fig.: 7, constitui, em realidade, o chamado “Sistema
Nervoso Autônomo ou Vegetativo”, também, conhecido como “Sistema Nervoso
Visceral Vegetativo” ( fig.: 07 ). Esse “Sistema nervoso vegetativo” é constituído, em
sua “parte periférica”, pelo conjunto de “Fibras Eferentes Viscerais Gerais” ( F.E.V.G.
), tendo como principal responsabilidade, “a inervação motora das estruturas anatômicas
viscerais”: músculos lisos, glândulas e músculo cardíaco. Portanto, é um sistema
estruturado, basicamente, por “um componente central e um componente periférico”,
onde as “vias de condução dos estímulos viscerais periféricos”, aos centros, constituem
as “Vias aferentes viscerais gerais”, enquanto as “Vias” responsáveis pelo retorno às
estruturas viscerais ( motoras ), são denominadas “Vias Eferentes”. Assim, o “Sistema
nervoso visceral eferente”, constitui o conhecido “Sistema nervoso autônomo ou
vegetativo”, “dividido”, segundo critérios: anatômicos, farmacológicos e funcionais,
em “Sistema nervoso simpático ou “noradrenérgico” e
“Sistema nervoso
parassimpático ou colinérgico” ( fig.: 7 ).
Conforme comentamos, o “sistema nervoso autônomo”, apresenta uma parte
central e outra periférica. A bainha de substância cinzenta periependimária medular
ventral, mais transparente, é constituída por pequenas células fusiformes, localizadas
desde as regiões do....
35
Sistema Nervoso Autônomo
FIG.: 16
FIG.: 15
FIG.: 18
FIG.: 17
FIG.: 19
FIG.: 20
Fibras pré e pós- ganglionares, centros parassimpáticos, tóraco-lombares e gânglios vegetativos
36
LEGENDAS DAS FIGURAS: 15, 16 E 17
FIGURA: 15:
15.1 – Neurônio efetor somático para os músculos axiais.
15.2 – Neurônio efetor somático para músculos parietais
FIGURA: 16:
16.1 – Nervo periférico
16.2 – Cadeia simpática látero-vertebral
16.3 – Nervo periférico
16.4 – Neurônio simpático destinado às arteríolas.
16.5 – Neurônio simpático para músculo do folículo piloso
16.6 – Fibra pré-ganglionar: ramo comunicante branco
16.7 – Fibra pós-ganglionar. Ramo comunicante cinzento
16.8 – Gânglio simpático da cadeia látero-vertebral
16.9 – Nervo esplâncnico. Fibra pré-ganglionar
16.10. Gânglio pré-vertebral
16.11. Nervo visceral: fibra pós-ganglionar
16.12. Fragmento de Víscera. Alça intestinal.
FIGURA: 17:
17.1 – Axônio de Neurônio pré-ganglionar parassimpático craniano
17.2 – Axônio de Neurônio pós-ganglionar parassimpático
17.3 – Axônio de Neurônio pós-ganglionar simpático
17.4 – Axônio de Neurônio pré-ganglionar simpático
17.5 – Fibra pré-ganglionar de Neurônio parassimpático sacral
17.6 – Fibra pós-ganglionar de neurônio parassimpático sacral
17.7 – Região parassimpática craniana, com os núcleos parassimpáticos
17.8 – Região tóraco-lombar entre : T1 e L2 ( simpática )
17.9 – Região parassimpática sacral entre S2 e S4.
37
LEGENDAS DAS FIGURAS: 18, 19 E 20
FIGURA: 18:
18.1 – Núcleo pupilar, anexo ao IIIº nervo craniano ( nervo oculomotor )
18.2 – Núcleo salivatório superior
18.3 – Núcleo salivatório inferior anexo ao nervo glossofaríngeo ( IXº )
18.4 – Núcleo motor dorsal do nervo vago ( visceromotor )
18.5 – Gânglio simpático cervical superior
18.6 – Gânglio simpático cervical médio ( infreqüênte em humanos )
18.7 – Gânglio estrelado ( Cérvico-torácico )
18.8 – Nervo esplâncnico maior
18.9 – Cadeia simpática látero-vertebral.
18.10 – Nervo esplâncnico menor
18.11 – Nervo esplâncnico imo
18.12 – Gânglio celíaco ( trata-se um um gânglio par )
18.13 – Gânglio aórtico-renal ( trata-se de um gânglio par )
18.14 – Gânglio mesentérico superior
18.15 – Sistema parassimpático pelvino
18.16 – Centro cílio-espinhal
18.17 – Centro brônco-pulmonar
18.18 – Centro esplâncnico abdominal
18.19 – Centros esplâncnicos pelvinos
18.20 – Centros pelvi-perineais
FIGURA: 19:
19.1 – Neurônio motor somático para músculo estriado ( área de sinapse )
19.2 – Neurônio motor somático
FIGURA: 20:
20.1 – Neurônio pré-ganglionar
20.2 – Fibra pré-ganglionar
20.3 – Neurônio pós-ganglionar
20.4 – Fibra pós-ganglionar
38
conhecido “córtex visceral do Sistema Límbico”, passando em seu trajeto descendente,
ao lado do “terceiro ventrículo”, ( no telencéfalo ), indo ao encontro de “núcleos
talâmicos” e, principalmente, de “núcleos hipotalâmicos”. no diencéfalo ( figs.: 01 e 33
). A partir desses “núcleos hipotalâmicos”, em seu trajeto descendente forma diversos
“tratos descendentes”: ( fascículo tegmentar dorsolateral, fascículo longitudinal dorsal
de Schultz, trato prosencefálico medial e trato hipotálamo-espinhal ), todos eles
participantes do conjunto de “Vias de Associação do tronco encefálico alcançando, desde
os “núcleos hipotalâmicos” ( diencefálicos ), passando pelo tronco encefálico e,
finalmente, terminando na medula espinhal ( fig.: 13 ).
Através desses “tratos ou fascículos de associações”, são estabelecidas as
conexões, entre: o sistema límbico, núcleos diencefálicos hipotalâmicos, representantes
parassimpáticos do sistema nervoso vegetativo, localizados no nível do tronco
encefálico ( núcleo de: Edinger Westphal, núcleo salivatório superior, núcleo lacrimal,
núcleo salivatório inferior e núcleo motor dorsal do nervo vago ). Em direção à medula
espinhal, “essas vias de associações”, alcançam o corno intermédio-lateral da medula
espinhal, entre T1 e L3, estabelecendo conexões com o “sistema nervoso simpático
toracolombar”. Finalmente, abaixo de L3, estabelecem, novamente, conexões. com
centros representantes do “sistema nervoso parassimpático sacral “S2, S3 e S4” ( figs.:
1, 7, 13 e 33 ). Vê-se, portanto que, esse “sistema nervoso vegetativo”, em sua “parte
central”, com “áreas específicas no córtex cerebral”, no diencéfalo ( com seus núcleos
talâmicos e hipotalâmicos ) ( fig.: 11 ) e no tronco encefálico, com seus núcleos de
natureza parassimpática, anexos aos “nervos cranianos IIIº, VIIº, IXº e Xº ), constiui
um verdadeiro “encéfalo vegetativo”, pois, um número significativo de ações vegetativas,
que exigem a manifestação da consciência, o comprovam, tais como: a “consciência de
repleção vesical, a consciência de repleção dos cólons, a ereção dos pelos, ligados a
estímulos afetivos ou emotivos, centros estes, de localização encefálica. Portanto, no
estudo do “Sistema nervoso vegetativo”, abordaremos os sistemas:
1. Sistema nervoso vegetativo periférico
2. Sistema nervoso vegetativo central
No “Sistema nervoso visceral aferente”, os “impulsos”, originados em
viscereceptores, localizados: nas vísceras, nas glândulas, nos músculos lisos ou
músculo cardíaco, são conduzidos, sem qualquer sinapse, aos centros vegetativos
medulares ou encefálicos, passando nos mesmos gânglios, utilizados pelo “sistema
aferente somático” ( gânglios sensitivos ). No caso do “neurônio primário
visceroceptivo medulópeto”, seu axônio, pseudo-unipolar, atravessa, sem interrupção, o
sistema ganglionar pré-visceral e látero-vertebral, a seguir, o ramo comunicante
branco, penetrando, finalmente, através do, fascículo cuneiforme, na área
viscerossensível da substância cinzenta da coluna posterior da medula espinhal. Nesse
ponto, haverá transferência do estímulo visceral para o neurônio viscero-motor,
localizado, na coluna intermédio-lateral da medula espnhal, como também,
transferência, para a substância vegetativa periependimária, de orientação ascendente.
Finalmente, haverá as sinapses com os neurônios secundários da via sensitiva visceral
somatoesplâncnica simpática ou na via sensitiva visceral parassimpática. Contudo a
transmissão dos estímulos sensitivos viscerais, não apresenta a conscientização e
especificidade dos estímulos sensitivos somáticos. Este fato, leva ao aparecimento de
39
sensações difusas do processo sensitivo na área vegetativa, enquanto, na área
somática, o fenômeno é consciente e localizado.
Esta condição é, em parte, explicada, pelo fato de que, para conduzir aos centros
encefálicos, os estímulos recebidos pelos exteroceptores, temos, em média,
aproximadamente, setenta ( 70 % ) por cento de fibras exteroceptivas, ricamente
mielinizadas, enquanto, no sistema visceroceptivo, dispomos de, apenas, dois ( 2 ) por
cento de fibras, assim mesmo, deficientemente, mielinizadas. Resultado; a sensibilidade
geral visceral torna-se difusa, imprecisa, enquanto, a sensibilidade somática, se torna
específica, localizada e precisa. Assim, somos capazes de detectar, uma sensação
dolorosa, em uma área cutânea, quase microscópica, com os olhos fechados e
vendados, porém, mesmo com ambos os olhos, bem abertos e completamente
conscientes, somos incapazes de localizar, acertadamente, qual a parte, de uma víscera,
que dói... É essa condição morfo-funcional que, durante a condução de uma anamnése, à
cabeceira de um paciente, dificulta e impossibilita a caracterização da dor visceral, sua
natureza, sua localização precisa topográfica e sua intensidade, pois: erra o paciente,
em suas explicações, por ser uma dor inconsciente, generalizada e difusa e erra, em
grande número de casos, o próprio médico, em sua interpretação, por se tratar de
informação subjetiva, relatada pelo paciente que, inclusive, também, se encontra
confuso. Isso, sem contarmos com o fato de que, os estímulos viscerais, além de se
servirem das fibras exteroceptivas, também, utilizam os tratos espino-talâmicos do
“Sistema Ântero-lateral” ascendente da medula espinhal ( fig.: 12 ). Entretanto, há
estímulos viscerais, para os quais, jamais temos consciência. Dentre esses citam-se: os
estímulos ligados ao núcleo sensitivo dorsal do núcleo do nervo glossofaríngeo ( fig.:
27, 35 e 36 ), a partir de visceroceptores, localizados no seio carotídeo e no glômo
carotídeo, ambos relacionados à região de divisão da artéria carótida primitiva, na
região cervical ( figs.: 27, 35, 36 e 37 ). Assim, conforme podemos observar na fig.: 5, 35
e 36 ) os estímulos são encaminhados através das fibras visceroceptivas ou fibras
aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ) cujos corpos celulares estão localizados no
gânglio inferior ( petroso ) do nervo glossofaríngeo, ao seu núcleo sensitivo dorsal (
núcleo cardiorrespiratório, localizado no terço distal do trato solitário ). A partir desse
núcleo, os estímulos serão conduzidos, simultaneamente, à formação reticular do
tronco encefálico e, através do núcleo parabraquial da ponte, aos núcleos amigdalinos
e, daí, aos núcleos hipotalâmicos, no diencéfalo ( fig.: 8 ). Os núcleos da formação
reticular, no tronco encefálico, constituem dois signficativos centros reticulares:
“centro vasopressor”, de localização pontina e de natureza excitatória, e o “centro
vasodepressor”, de localização bulbar e de natureza inibitória ( fugs,: 5 e 8 ). Do
“Centro vasopressor pontino excitatório”, partem fibras destinadas à coluna intermédiolateral da medula espinhal ( fibras reticuloespinhais ), também, destinadas ao núcleo
motor dorsal do nervo vago, constituindo o trato “reticulonuclear”. Desses pontos,
originam-se, da coluna intermediolateral da medula, neurônios motores viscerais, que
encaminham seus axônios, para um gânglio laterovertebral ou prévisceral ( nervos
esplâncnicos ), de onde surgirão, estímulos simpáticos ( figs.: 5 e 6 ). No outro ponto (
núcleo motor dorsal do nervo vago ), surgirão impulsos de natureza parassimpática.
Esses visceroceptores ( barorreceptores ), são sensíveis às variações da tensão arterial
( principalmente do seio carotídeo e relacionado ao nervo glossofaríngeo e
veiculados, através de fibras aferentes viscerais gerais fisiológicas ( figs.: 27 e 36 ).
40
Vias Eferentes Somáticas Voluntárias Corticais
FIG.: 21.B
Ponte
Fuso
Muscular
Neurônio
Gama
Medula
espinhal
Neurônio alfa
FIG.:
21.A
FIG.21
12345678-
Vias Motoras Supra-espinhais
Trato-cortico-nuclear
Trato cortico-espinhal
Trato cortico-espinhal lateral
Trato cortico-espinhal anterior
Trato córtico-pontino
Putamen
Paleostriatum
Núcleo caudado
9- Tálamo
10- Hipotálamo
11- Núcleo rubro
12- Núcleo sub-talâmico
13- Formação reticular
14- Substância negra
15- Vias supraespinhais
16- Campos de Forel
41
Assim como encontramos essas diferenças anatômicas, em relação às “vias
aferentes dos sistemas: somático e visceral”, também as encontramos, em relação aos
neurônios efetores medulófugos.
Se, à “coluna posterior da medula espinhal” ( ponta sensitiva ), chegam três
variedades de estímulos centrípetos ou medulópetos ( exteroceptivos, proprioceptivos
e interoceptivos ), da coluna anterior ( ponta motora da medula espinhal ), saem
dois tipos de impulsos motores., ou seja: somatomotores e visceromotores (
figs.: 15 e 16 e 21 ).
Os impulsos somatomotores, se destinam aos músculos estriados, alcançando a
coluna anterior da medula espinhal, através dos “tratos descendentes motores”:
“corticoespinhal lateral ( cruzado )” e “corticoespinhal direto ( ventral )”, ( figs.:
15 e 21 ).
Os impulsos viscero-motores, destinados aos: “músculos lisos”, “glândulas” e
“músculo cardíaco”, envolvem “dois neurônios”. O neurônio visceral motor, cujo
corpo celular, se localiza na ponta lateral da medula tóraco-lombar ( coluna
intermédio-lateral da medula ). Após emergir da ponta motora da medula espinhal,
através de seu axônio, estabelecerá sinapses com outro neurônio, localizado em um
gânglio do sistema nervoso simpático, da região tóraco-lombar medular. Portanto, esse
segundo neurônio visceral motor, encontra-se fora do “sistema nervoso central” (
fig.: 16 ).
Em síntese, o sistema efetor somático, utiliza apenas um neurônio motor,
enquanto, o sistema motor visceral, utiliza dois neurônios, dos quais, o neurônio
efetor, propriamente dito, localiza-se, em um gânglio. Portanto, fora do “sistema nervoso
central” ( ou seja, fora da medula espinhal ).
Esta é uma das grandes diferenças anatômicas, entre a via reflexa cérebroespinhal e a via vegetativa ( ou autonômica ) ( figs.: 15 e 16 ).
No primeiro caso, os ramos que se originam na medula e que se dirigem aos
gânglios, por serem de origem medular, são mielinizados e, por serem préganglionares, são chamados de “fibras comunicantes brancas pré-ganglionares”. No
segundo caso, por se originarem em gânglios e serem, portanto, fibras pós-ganglionares,
não revestidas de mielina, recebem a denominação de “fibras comunicantes cinzentas”
pós-ganglionares, conforme podemos observar na fig.: 16 .
Além dessas diferenças anatômicas, entre os sistemas: somático e visceral
motores, encontramos outras, das quais, se destaca o “controle central do sistema
nervoso vegetativo” ( ou autonômico ).
No caso do “sistema nervoso motor somático”, o neurônio motor é de
origem cortical ( oriundo de áreas motoras corticais ), enquanto, no sistema nervoso
vegetativo, as áreas telencefálicas, que regulam seu funcionamento, relacionam-se às
regiões do sistema límbico, recebendo, naturalmente, a influência organizadora e
coordenadora dos núcleos diencefálicos e muito especialmente, das formações cinzentas,
que envolvem o terceiro ventrículo, principalmente, as formações nucleares
hipotalâmicas, através das quais, nosso universo visceral, no nível sub-cortical, é
regulado e coordenado ( figs.: 1, 13 e 33 ).
Nesses casos, observamos toda uma seqüência hierárquica de comando, desde as
formações límbicas, passando pela regulação e coordenação hipotalâmica, formação
reticular do tronco encefálico, núcleos segmentares do tronco encefálico, e centros
42
medulares, de onde o primeiro neurônio ( centrífugo ou medulófugo ) dirigir- se-á a um
gânglio ( neurônio bpré-ganglionar ). Desse gânglio originar-se-á um segundo
neurônio ( neurônio ou fibra pós-ganglionar ). Este sim, é considerado o “verdadeiro
neurônio motor visceral” ( fig.: 16 ).
Além do mais, como veremos, o “Sistema nervoso autônomo” ( ou vegetativo )
sofre a influência decisiva do comportamento emocional do indivíduo, influenciando o
funcionamento visceral, a partir do chamado “cérebro visceral” estruturado,
principalmente, pelas: áreas: cingular, parahipocampal, entorrinal, uncus, giros
orbitários e complexo amigdalino ( fig.: 2 e 33 ).
Além dessas diferenças anatômicas, entre os sistemas: motores somático e
vegetativo e outras já citadas, encontramos diferenças fundamentais no próprio sistema
nervoso autônomo, seja dos pontos de vista: anatômico, fisiológico ou farmacológico, a
serem, ainda, comentados.
É exatamente, em virtude dessas diferenças,
que o “sistema nervoso
autonômico,” é dividido em:
1. Sistema nervoso simpático ( adrenérgico )
2. Sistema nervoso parassimpático ( colinérgico )
DIVISÃO ANATÔMICA E NEUROQUÍMICA DO
SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO
Sob os pontos de vista, “anatômico e neuroquímico”, o sistema nervoso
autonômico, pode ser dividido, conforme explicitado acima, em “Sistema nervoso
simpático” ( adrenérgico ) e “Sistema nervoso parassimpático” ( colinérgico ).
1º) – DIVISÃO SIMPÁTICA DO SISTEMA NERVOSO
AUTONÔMICO ( OU ADRENÉRGICO ).
Os neurônios pré-ganglionares simpáticos do sistema nervoso autonômico ( ou
vegetativo ), encontram-se localizados, na “coluna intermédio lateral” da medula
espinhal.
Seus axônios, constituem as “fibras eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ) da
medula tóraco-lombar, entre T1 e L3 ( fig.: 18 ).
Assim, os axônios destes neurônios pré-ganglionares simpáticos espinhais, com suas
origens nesta coluna viscero-motora espinhal, projetam-se em direção aos gânglios
simpáticos, da cadeia ganglionar látero-vertebral ( fig.: 18 ) e, neste trajeto, passam
através da raiz motora ( ventral ) ( fig.:16 ) da medula espinhal. Posteriormente,
passam à estrutura do “ramo comunicante branco”, terminando, finalmente, na cadeia
ganglionar para-vertebral ou látero-vertebral, em um de seus gânglios ou, então,
43
atravessando, sem descontinuidade, este gânglio e prosseguindo, até seu término, um dos
gânglios de cadeia mais distante ( cadeia ganglionar simpática pré-vertebral ) ( fig. 16
). Nestes gânglios estabelecerão sinapses, com neurônios pós-ganglionares, cujos
axônios, dirigir-se-ão ao “órgão ou víscera-alvo” ( fig.: 16 ).
Se as sinapses destes neurônios simpáticos espinhais ( pré-ganglionares ), nos
quais, o neurotransmissor presente é a “acetilcolina”, se realizarem no nível de um dos
gânglios simpáticos da cadeia látero-vertebral ou no nível das sinapses com os
neurônios pós-ganglionares, o neurotransmissor presente, será a noradrenalina. Assim,
participarão da constituição do “ramo comunicante cinzento” e se dirigirão, após estas
sinapses, nos referidos gânglios, à estrutura do nervo periférico misto ( fig.: 16 ).
Neste nervo periférico, portanto, encontraremos os seguintes componentes
funcionais:
1º) – fibras eferentes somáticas gerais..... ( F.E.S.G. )
2º) – fibras eferentes viscerais gerais.......( F.E.V.G. )
3º) – fibras aferentes viscerais gerais…...( F.A.V.G. )
4º) – fibras aferentes somáticas gerais..…( F.A.S.G. )
A inervação das glândulas sudoríparas, distribuídas no integumento ( pele ) é,
sob o ponto de vista anatômico, “simpática”. Assim, fibras pré-ganglionares originamse dos neurônios, localizados na “coluna intermédio-lateral da medula
espinhal
tóraco-lombar e, os neurônios pós-ganglionares, são encontrados na cadeia
simpática paravertebral bilateral.
Entretanto, estas fibras pós-ganglionares, farmacologicamente, representam
neurônios, de natureza parassimpática, ou seja, o neurotranmissor, destas fibras pósganglionares simpáticas, é “colinérgico”, dirigindo-se, seus axônios às glândulas
sudoríparas.
Portanto, as fibras pós-ganglionares simpáticas, do ponto de vista anatômico, são
simpáticas, porém, sob o ponto de vista farmacológico, são de natureza parassimpática.
Neste caso, são “fibras pós-ganglionares simpáticas colinérgicas”, cujos axônios,
alcançam a pele ( ou integumento ), através dos ramos comunicantes cinzentos, da cadeia
simpática látero-vertebral, que se distribuem, juntamente com as divisões e ramos dos
nervos segmentares da medula espinhal, através de seus nervos periféricos.
Portanto, quando se secciona o “ramo comunicante branco” de um nervo
periférico espinhal, estaremos seccionando, apenas suas “fibras aferentes viscerais
gerais” ( F.A.V.G. ) e “fibras eferentes viscerais gerais”. ( F.E.V.G. ).
Entretanto, ao se seccionar o segmento inicial de um nervo periférico tóracolombar, estaremos seccionando todos os componentes funcionais deste nervo periférico,
ou seja, serão seccionadas: fibras aferentes somáticas gerais ( F.A.S.G. ), , fibras
aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ), fibras eferentes viscerais gerais ( F.E;V.G. e
fibras eferentes somáticas gerais ( F.E.S.G. ),
Assim, levando-se em consideração, especificamente, as glândulas sudoríparas de
determinada região, ao se seccionar o respectivo nervo periférico, estaremos
seccionando seus quatro tipos de componentes funcionais. Entretanto, se seccionarmos
apenas o “ramo comunicante cinzento”, estaremos seccionando
apenas seus
componentes funcionais ”eferentes viscerais gerais” sudomotores”, sem prejuízo
dos demais componentes funcionais.
44
2º) – DIVISÃO PARASSIMPÁTICA DO SISTEMA NERVOSO
AUTONÔMICO.
Os “neurônios pré-ganglionares parassimpáticos”, localizam-se na estrutura do
tronco encefálico e no nível sacral da medula espinhal. Nesta, constituirão uma coluna
de células, extremamente semelhante à “coluna intermedio-lateral tóraco-lombar da
medula espinhal”
Vários neurônios pré-ganglionares, no tronco encefálico, fazem parte das origens
reais de alguns nervos cranianos ( ou nervos segmentares ) deste tronco encefálico.
Estes nervos ou “centros segmentares” do tronco encefálico são: primeiro, o nervo
oculomotor ( IIIº nervo craniano ) ( fig.: 25 ), no qual, encontramos, anexo às suas
origens, um núcleo, de natureza vegetativa ( ou autonômica ), conhecido por “núcleo
pupilar” ( ou núcleo de Edinger Westphal ). Este ( fig.: 25.F ), representa o componente
nuclear mais rostral, de natureza parassimpática, da “coluna visceromotora do tronco
encefálico”, cujo componente funcional, é formado, pela reunião das “fibras eferentes
viscerais gerais” ( F.E.V.G. ).
O segundo nervo craniano, possuidor de uma origem também, viscero-motora
parassimpática, no nível do tronco encefálico, é o “nervo facial” ( fig.: 24 ) ( ou VIIº
nervo craniano ). Este, em sua origem real, no tronco encefálico, apresenta, como um de
seus sub-núcleos reais de origem, o “núcleo salivatório superior”, que constitui o
segundo núcleo mais rostral da coluna visceromotora do tronco encefálico. Trata-se de
um núcleo parassimpático, ocupado por corpos de neurônios pré-ganglionares de
natureza parassimpática, no qual, um conjunto destes neurônios pré-ganglionares
forma, funcionalmente, o “núcleo lacrimo-muco- nasal” ( cujos componentes
funcionais pré-ganglionares, se dirigirão ao gânglio pterigopalatino, no qual,
estabelecerão sinapses com neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, os quais se
encaminharão às glândulas nasais, glândulas orais e palatinas ), inervando-as.
Os
neurônios pré-ganglionares restantes, constituíram o “núcleo salivatório superior”,
cujos componentes funcionais, também, dirigir-se-ão ao gânglio pterigopalatino, no
qual, estabelecerão sinapses com neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, os quais,
terminarão seu trajeto, inervando a glândula lacrimal homolateral. Este tópico será
tratado, com maior profundidade, ao estudarmos o “nervo facial”.
O terceiro representante dos nervos cranianos, que apresenta, em suas origens
reais, no tronco encefálico, um componente nuclear parassimpático, é o “nervo
glossofaríngeo” ( ou IXº nervo craniano ) ( fig.: 27 ). Trata-se do “núcleo salivatório
inferior”, cujos componentes funcionais, distribuem-se, perifericamente, na glândula
parótida homolateral, após as devidas sinapses com neurônios pós-ganglionares
parassimpáticos, no gânglio óptico. Também, este tópico será tratado em maior
profundidade, ao apresentarmos o “nervo glossofaríngeo”( ou IXº nervo craniano ).
Finalmente, o quarto representante do sistema nervoso parassimpático, no
tronco encefálico, encontra-se anexo aos demais núcleos de origem real do nervo vago (
Xº nervo craniano ) ( fig.: 26 ). Trata-se do “núcleo motor dorsal do nervo vago”, de
natureza, também, viscero-motora, cujos componentes funcionais ( fibras eferentes
viscerais gerais ( F.E.V.G. ), distribuem-se, a partir do “nervo vago,” propriamente
dito, em seu percurso através do feixe vasculo-nervoso carotídeo da região carotídea,
45
passando às vísceras torácicas, vísceras abdominais, nas quais se distribui, com exceção
dos: colo sigmóide, reto e anus, inervados, pela parte sacral do sistema parassimpático.
Assim, estes “quatro núcleos parassimpáticos”: ( pupilar, salivatório superior,
salivatório inferior e motor dorsal do nervo vago ), localizados na coluna viscero-motora
do tronco encefálico e anexos aos citados nervos cranianos, respondem pela inervação
da parte craniana do sistema crânio-sacral ( figs.: 24, 25, 26 e 27 ).
Os “neurônios pré-ganglionares parassimpáticos”, localizados nestes “ quatro
núcleos parassimpáticos”, fazem projeções para os “gânglios parassimpáticos”, nos
quais, serão encontrados os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos.
Estes gânglios parassimpáticos, nos quais, são encontrados os corpos dos
neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, localizam-se, muito próximos aos seus
“órgãos-alvo”, ou mesmo, na própria estrutura anatômica destes órgãos-alvo. Em
virtude desta disposição anatômica, os “neurônios pós-ganglionares parassimpáticos”
são, significativamente, curtos, (fig.: 17 ), enquanto seus neurônios pré-ganglionares
parassimpáticos, são extremamente longos ( fig.: 17 ).
Neste sistema parassimpático, ambos os neurônios ( pré e pós-ganglionares ),
apresentam, como neurotransmissor, a acetilcolina ( ACh ).
Entretanto, os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos sacros, localizam-se
nos níveis de: S2, S3 e S4 sacros-espinhais ( fig.: 17 ), onde seus respectivos corpos
neuronais formam a referida “coluna intermediolateral, extremamente semelhante,
morfologicamente, à coluna intermediolateral tóraco-lombar da medula espinhal, em
relação ao sistema simpático, já estudada anteriormente. Explica-se, assim, a denominação
anatômica, também, usada para a divisão do sistema nervoso parassimpático, ou seja
“divisão crânio-sacral” do sistema nervoso autonômico ( fig.: 17 ).
No “sistema nervoso autonômico” ( simpático e parassimpático ), encontramos
diversos graus e variedades de ações moduladoras nos plexos e gânglios periféricos, em
virtude da presença de pequenos neurônios ( interneurõnios ), cuja ação, é de natureza
“dopaminérgica”, gerando, quando estimulados, estímulos inibitórios pós-sinápticos, no
respectivo neurônio pós-ganglionar vegetativo. Portanto, em ambas as divisões do
sistema: simpático e parassimpático.
Apesar de conhecermos a “acetilcolina” e a “noradrenalina”, como os principais
neurotransmissores,
para os dois componentes desta divisão anatômica e
neuroquímica ( parassimpática e simpática ) deste sistema nervoso autonômico, estes
neurotransmissores, não agem de forma isolada, pois em geral, atuam associados a
diversos cotransmissores e, alguns deles podem, inclusive, escolher: como
neurotransmissor principal, outros neurotransmissores.
Um exemplo bem claro deste fato, é fornecido pela inervação do trato gástrointestinal, realizada, através do “sistema nervoso entérico”, no qual, encontramos
outros neurotransmissores, além de incontáveis peptídeos.
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DIFERENÇAS, ENTRE: O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E O
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO.
Quanto às diferenças anatômicas, encontradas entre ambos os sistemas
autonômicos, torna-se mais fácil, segui-las, em sua descrição, observando as respectivas
figuras assinaladas ( figs.: 15, 16, 17, 18, 19 e 20 ).
DIFERENÇAS ANATÔMICAS:
Posição do neurônio pré-ganglionar:
No “sistema nervoso simpático” esse “neurônio pré-ganglionar,” se localiza na
medula torácica, entre T1 e L2. Por isso é denominado “Sistema Tóraco-lombar” (
figs.: 17, 18 ).
Nessa “região tóraco-lombar”, a medula vegetativa, envolve o canal
ependimário e, sem descontinuidade, se estende de C8 até o cone terminal da medula
espinhal. Os neurônios simpáticos ali existentes, encaminham expansões ventrais e
dorsais, que penetram nos territórios das pontas medulares anteriores e posteriores e
expansões laterais entre C8 e L2, que formarão a “coluna intermediolateral da medula
espinhal”.
É, exatamente, desse corno lateral da medula espinhal, localizado entre C8 e
L2, que emergem os “ramos comunicantes brancos”. Nessa longa massa de substância
cinzenta vegetativa medular, distinguimos uma substância cinzenta fundamental e
grupos nucleares, que constituirão os “Centros vegetativos simpáticos da medula
espinhal”, distribuídos da seguinte forma ( fig.: 18 ):
•
•
•
•
Centro cílio-espinhal ( C.C.E )......................... ( entre C8 e T2 )
Centro brônco-pulmonar ( C.B.P. )................. ( entre T3 e T5 )
Centros esplâncnicos abdominais ( C.E.A. )....( entre T6 e T9 )
Centros esplâncnicos pelvinos....... ( C.E.P. ) ( entre T10 e L2 )
No“sistema nervoso parassimpático,” os “neurônios pré-ganglionares”
localizam-se no tronco encefálico, ( dentro do crânio ) e na medula Sacral (
segmentos: ( S2, S3 e S4 ). Por esse motivo, é conhecido, também, por “Sistema
crânio-sacral”
No nível do tronco encefálico, o sistema nervoso parassimpático, é representado,
pelos núcleos de natureza parassimpática, anexos às origens reais dos seguintes nervos
cranianos: Nervo óculo motor ( IIIº nervo craniano ), em cuja origem real,
encontramos o núcleo de Edinger Westphal ( ou núcleo pupilar ). Núcleo de origem
real do nervo facial ( VIIº nervo craniano ), em cuja origem encontramos o núcleo
salivatório superior e núcleo lacrimal. Núcleo de origem real do nervo glossofaríngeo (
IXº nervo craniano ), em cuja origem encontramos o núcleo salivatório inferior e,
finalmente, o núcleo de origem real do nervo vago ( Xº nervo craniano ), em cuja
origem, encontramos o núcleo motor dorsal do mesmo nervo. ( figs.: 18, 24, 25, 26
e 27 ).
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No nível da região sacral, o sistema vegetativo parassimpático é representado
pelos neurônios pré-ganglionares dos segmentos sacrais S2, S3 e S4. Nessa região, as
fibras pré-ganglionares emergem através das raízes sacrais ventrais dos respectivos
nervos sacrais e, posteriormente, se associam aos seus respectivos troncos, dos quais, se
separam logo após, para estruturar os nervos esplâncnicos pelvinos. Esses se dirigem às
vísceras pelvinas, onde terminam, em sinapses, nos gânglios parassimpáticos, com as
fibras pós-ganglionares.
Esses nervos esplâncnicos pelvinos, por estarem relacionados, funcionalmente,
aos mecanismos morfo-funcionais da ereção, recebem, também, a denominação de
“nervos eretores”. Dentre as causas, relacionadas ao aparecimento de impotência, são
aventadas, possíveis lesões desses nervos ( fig.: 18 ).
CENTRO CÍLIO-ESPINHAL:
Do “Centro Cílio-espinhal”, entre : “C8 e T2” ( figs.: 18. e 28 ), originam-se os
neurônios pré-ganglionares, que passarão pelos: gânglios da cadeia látero-vertebral
simpática ( gânglio estrelar, gânglio cervical simpático inferior, médio e superior, de
onde emergem, em direção à artéria carótida interna, ( agora como neurônio pósganglionar ), constituindo em torno da artéria carótida interna o “plexo carotídeo
interno” ( fig.: 28 ). Esse, a seguir, passa ao gânglio parassimpático ciliar, cursa através
dos nervos ciliares curtos, distribuindo-se, finalmente, no músculo dilatador da pupila (
fig.: 28 ), onde, por sua ação, provocará, o aparecimento de “dilatação da pupila” (
midríase ).
Também, desse “centro cílio-espinhal”, originam-se os “nervos aceleradores
cardíacos”, com trajetos ganglionares semelhantes e formados pelos neurônios pósganglioares e identificados como: “nervos simpáticos cervicais: superior, médio e
inferior ( fig.: 18: itens: 5, 6 e 7 ). Esses nervos cardíacos, constituídos por “fibras préganglionares colinérgicas” e por “fibras pós-ganglionares simpáticas cervicais,
estruturarão o conhecido “plexo cardíaco”, dirigindo-se à base do coração, onde, após
sinapses com os plexo internos ( sub-pericárdico e sub-endocárdico ), dirigem-se ao
“nó sino-atrial”, distribuindo-se, finalmente, através do “Sistema de condução do
coração”, com a “ação simpática cárdio-aceleradora” e ou “ação parassimpática com
ação cárdio-inibidora .
Essa ação parassimpática é exercida por dois nervos cardíacos parassimpáticos
cervicais ( superior e inferior ), ramos do nervo vago, que participam da constituição do
plexo cardíaco, intimamente relacionado ao plexo pulmonar, além de nervos cardíacos
torácicos oriundos do nervo vago e do simpático.
CENTRO BRÔNCO-PULMONAR
Do “Centro brônco-pulmonar” ( T3 a T5 ), surgem os neurônios préganglionares simpáticos, importantes no mecanismo da função respiratória (
componente eferente motor visceral ), já tendo sido estudado o componente aferente
visceral geral fisiológico ( fig.:18 )
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CENTROS ESPLÂNCNICOS: ABDOMINAIS E PELVINOS
Dos “Centros esplâncnicos abdominais e pelvinos, ( entre T5 e L2 ), surgem os
neurônios pré-ganglionares que, após passar, sem quaisquer sinapses, pela cadeia
ganglionar látero-vertebral, alcançam os gânglios da cadeia pré-vertebral simpática,
onde estabelecerão sinapses com os neurônios pós-ganglionares.
A união desses neurônios pré-ganglionares viscerais eferentes, constituirá os
nervos: esplâncnico maior ( fig. 18.8 ), que se dirige ao gânglio celíaco, de cada lado (
fig.: 18,12 ), nervo esplâncnico menor ( fig.: 18.10 ), que se encaminha para o gânglio
aórtico renal ( fig.: 18,13 ), de cada lado e, finalmente, o nervo esplâncnico imo ( fig.:
18.11 ), que se dirige ao gânglio mesentérico superior ( fig.: 18.14 ). Esses três nervos
esplâncnicos têm origem na porção torácica do tronco simpático, assumem direção
descendente.e passam, através do músculo diafragma, para a cavidade abdominal, onde
terminam nos gânglios citados acima ( celíacos à direita e á esquerda para o nervo
esplâncnico maior, estando localizados na origem do tronco celíaco, gânglios aórticorenais à direita e à esquerda, no nível de origem das artérias renais para o nervo
esplâncnico menor e, finalmente, o nervo esplâncnico imo, próximo à origem da artéria
mesentérica inferior. Na constituição desses nervos esplâncnicos, tomam parte, também,
fibras aferentes viscerais ( fig.: 18 ).
POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES
Os “neurônios pós-ganglionares”, no “sistema nervoso simpático”, encontram-se
afastados das vísceras, isso porque, estando esses neurônios em gânglios simpáticos,
próximos da coluna vertebral ( cadeias paravertebral e prévertebral ), naturalmente,
encontram-se, também, afastados das vísceras ( fig.: 16 ).
Todavia, no sistema nervoso parassimpático, os gânglios encontram-se muito
próximos das vísceras ( fig.: 17.1 ), ou mesmo, em sua estrutura. Estando os neurônios
pós-ganglionares, com seus respectivos corpos celulares, nesses gânglios, certamente
essas fibras pós-ganglionares, também, se encontrarão muito próximas às vísceras e até
mesmo em sua estrutura, como acontece com os neurônios pós-ganglionares dos plexos
mioentérico de Auerbach e sub-mucoso de Meissner, na parede do tubo digestivo (
figs.: 17 e 20 ).
TAMANHO DAS FIBRAS PRÉ E PÓS-GANGLIONARES
Nos dois sistemas autonômicos ( simpático e parassimpático ), devido à posição
dos respectivos gânglios, em relação às suas vísceras, o tamanho, das fibras pré e pósganglionares, é variável.
No sistema nervoso simpático ( fig.: 17 ), estando os gânglios vegetativos muito
próximos à coluna, as fibras pré-ganglionares são curtas, enquanto, as fibras pósganglionares são longas, em virtude da maior distância, entre o gânglio e a víscera.
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Todavia, no “sistema nervoso vegetativo parassimpático”, em virtude da menor
distância, entre o gânglio e a víscera, as fibras pré-ganglionares são longas ( fig.: 17.1
), enquanto, as fibras pós-ganglionares são curtas ( fig.: 17.2 e 17.6 )
ULTRA-ESTRUTURA DA FIBRA PÓS-GANGLIONAR
As “fibras pós-ganglionares”, em suas terminações, apresentam formações
vesiculares, contendo mediadores químicos.
Nas fibras pós ganglionares simpáticos e parassimpáticas, foram encontradas
vesículas granulares grandes e vesículas agranulares. Entretanto, apenas nas “fibras
pós-ganglionares simpáticas do sistema nervoso periférico”, foram encontradas
vesiculas granulares pequenas. Essas vesículas granulares pequenas contêm
noradrenalina.
Essa diferença tornou-se significativa para o estudo das “diferenças
farmacológicas entre o sistema nervoso simpático e parassimpático”.
DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS ENTRE : O SISTEMA NERVOSO
SIMPÁTICO E O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
As “diferenças farmacológicas,” entre os sistemas: simpático e parassimpático,
relacionam-se aos “mediadores químicos” liberados por ação das fibras nervosas sobre
o efetuador. Esse pode ser: músculo liso, músculo cardíaco ou uma glândula.
Em experiências laboratoriais, injetando-se, em um animal, adrenalina ou
noradrenalina, observamos o aparecimento de efeitos semelhantes à ação do sistema
nervoso simpático ( fig.: 11 ( B ). Por serem essas ações, semelhantes à estimulação do
sistema nervoso simpático, recebem a denominação de “ações simpaticomiméticas”.
Da mesma forma, a aplicação experimental de “acetil-colina” em cobaias,
desencadeia efeitos semelhantes à estimulação do sistema nervoso parassimpático. Por
isso, são denominadas “ ações parassimpaticomiméticas”( fig.: 11 ( A ).
Assim, o conhecimento desses “mediadores químicos” veio esclarecer o “modo
de ação” dos “sistemas: simpático e parassimpático, bem como, as diferenças existentes
entre os dois mediadores químicos ( fig.: 34 ).
A ação da fibra nervosa sobre o “efetuador” ( músculo liso, músculo cardíaco
ou glândula ), se realiza, mediante a liberação de uma substância ( mediador químico )
que pode ser a: “noradrenalina” ou a “acetilcolina”.
Assim, fibras nervosas que, estimuladas, liberam noradrenalina, são chamadas
“fibras noradrenérgicas”. Isso porque, o mediador químico, liberado, em mamíferos é a
“noradrenalina”. A “adrenalina” é liberada, apenas pela “glândula suprarrenal”.
Ambas as substâncias, sob o ponto de vista farmacológico e fisiológico, apresentam
efeitos, chamados “alfa” e “beta”. Todavia, a “adrenalina” possui os dois efeitos ( alfa
e beta ). Enquanto, a “noradrenalina,” apresenta apenas os efeitos “alfa”.
50
Os “efeitos alfa” caracterizam-se por apresentar: vasoconstrição cutânea e
visceral, contração do útero e dos ureteres e inibição do peristaltismo intestinal ( fig.:
4 ).
Os “efeitos beta” caracterizam-se por apresentar: dilatação Brônquica e
vasodilatação das artérias musculares ( fig.: 4 ).
O arsenal terapêtico das cardiopatias, embasado nessas informações,
desenvolveu o estudo dos conhecidos “bloqueadores ganglionares: “alfa ou beta”.
Além disso, em trabalhos publicados, sobre experiências clínicas e laboratoriais,
constatou-se que a “acidose e o cálcio exacerbam a ação do sistema nervoso simpático”,
enquanto, a alcalose ou o aumento do potássio, incrementam a ação do sistema
nervoso parassimpático.
Finalmente, as fibras pré-ganglionares simpáticas ou parassimpáticas, e as
fibras ganglionares parassimpáticas ( pós ganglionares parassimpáticas ) liberam, em
suas extremidades axônicas, a “acetilcolina”. São, portanto, colinérgicas. Todavia, temos
as seguintes exceções já comentadas: as fibras que inervam as glândulas sudoríparas
são colinérgicas, apesar de serem simpáticas, o mesmo acontecendo com a glândula
pineal do rato.
Portanto, a natureza de uma fibra do sistema nervoso vegetativo ( autônomo ), em
ser “simpática” ou “parassimpática”, dependerá, “não do doador de estímulos”, e, sim,
do “receptor dos estímulos”. Assim, o trato hipotálamo-espinhal, um dos representantes
das vias descendentes hipotalâmicas e responsável pela condução dos estímulos tanto
para o sistema nervoso simpático, como para o sistema nervoso parassimpático, apenas
fornece o estímulo que, no nível do tronco encefálico, são transmitidos nas sinapses com
os núcleos vegetativos parassimpáticos, inervando-os. Pouco abaixo, já na medula
espinhal, este mesmo trato estabelece sinapses com os neurônios da coluna
intermedilateral da medula espinhal, inervando fibras de natureza simpática e,
finalmente, ao alcançar a região sacra, novamente estabelecerá sinapses com neurônios
parassimpáticos sacros ( fig.: 13 ).
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE: O SISTEMA NERVOSO
SIMPÁTICO E O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO.
De um modo geral, os “sistemas: simpático e parassimpático,” funcionam
harmonicamente e têm, como objetivo comum, o “desempenho funcional normal de
nosso sistema órgano-vegetativo”.
Assim, o “Sistema nervoso parassimpático,” exerce sua ação de forma
excitatória sobre esse sistema órgano-vegetativo ( fig.: 34 ), com exceção do sistema
cardiovascular, sobre o qual, exerce ação inibitória ( fig.: 34 ).
O sistema nervoso parassimpático é o sistema, que favorece os “processos de
assimilação e de anabolismo, organizando nossas reservas e as liberando,
parcimoniosamente. Em virtude destas características tranqüilizadoras e por não ser um
sistema “gastador”, recebeu o nome de “Sistema Trofotrópico” ( figs.: 01, 11, 33 e 34 ).
Todavia, o sistema nervoso simpático, se comporta com características contrárias,
inibindo o funcionamento da maior parte do nosso sistema órgano- vegetativo, onde, a
51
única exceção, relaciona-se ao sistema cardiovascular, sobre o qual, exerce ação
excitatória.
Devido a essas características, é um sistema que favorece os processos de
desassimilação catabólica. Por esse motivo, é reconhecido, como “um sistema gastador
e, acentuadamente, alterador”, tendo recebido, em conseqüênia destes fatos, a
denominação de “Sistema Ergotrópico” ( figs.; 01, 11, 33 e 34 ).
Os dois sistemas são, funcionalmente, de certa forma, antagonistas. Ambos
encontram-se em um estado continuo de excitação, estado esse, conhecido por “tônus
vegetativo”. A secção ou bloqueio de um dos sistemas, determina a exacerbação do outro
sistema. O tônus vegetativo do sistema vegetativo, resulta dos constantes influxos,
oriundos de diversas regiões do organismo e submetidos, constantemente, à ação
modificadora dos humores orgânicos.
Os gânglios do sistema nervoso parassimpático, encontram-se muito próximos
às vísceras e, até mesmo, em sua própria estrutura. Isso condiciona o aparecimento da
ação parassimpática, em áreas mais restritas e limitadas ( fig.: 17 ).
Todavia, em relação ao sistema nervoso simpático, os gânglios, encontram-se
distantes das vísceras. Isto condiciona o aparecimento de ações, em áreas difusas, além
do fato, de se observar, maior número de sinapses nos gânglios simpáticos, o que
acontece, às vezes, numa proporção de 1 /22. Por isso, a maioria das ações do sistema
nervoso parassimpático, apresenta maior precisão de localização, com menor número de
sinapses, entre uma fibra pré-ganglionar e os neuônios pós-ganglionares ( fig.: 17 ).
Assim, por exemplo, no gânglio ciliar do gato, de natureza parassimpática, uma
fibra pré-ganglionar estabelece sinapses, com apenas um ou, no máximo, dois neurônios
pós-ganglionares ( fig.: 28 ). Entretanto, no caso de uma fibra pré-ganglionar simpática,
poder-se-á encontrar, até 32 sinapses, com neurônios pós-ganglionares, no gânglio
cervical superior ( fig.: 18 e 28 ).
Devido a essas situações anatômicas, em determinadas circunstâncias, o sistema
nervoso simpático é ativado, ocasionando “uma descarga em massa”, levando,
inclusive, à ativação, também, da glândula suprarrenal, de ambos os lados, lançando, na
corrente sangüínea, não apenas a “noradrenalina”, como também, a “adrenalina” que,
possuindo, simultaneamente, os efeitos “alfa” e “beta”, exerce ação universal sobre o
indivíduo. (fig. 4 ).
A inervação simpática para a glândula suprarrenal (
principalmente, da “medular da suprarrenal”, constitui, anatômicamente, o “neurônio
simpático pré-ganglionar”, onde, o gânglio é representado pela própria glândula
suprarrenal, cujo neurônio pós-ganglionar, no processo evolutivo, perdeu seu cilindroeixo, passando, ele próprio, a elaborar a adrenalina. Assim, temos uma reação de
alarme, comum em determinados estados emocionais ou de perigo crítico, reação
conhecida por “Síndrome de Emergência de Cannon” ou simplesmente “Reação de
Alarme” ( fig.: 4 ). Nessa “Síndrome de Emergência de Cannon”, o indivíduo, diante
da visão aterradora de determinado perigo eminente, é tomado por violenta reação
emocional de terror ( medo ). Nas regiões límbicas, das quais, se sobressaem as regiões:
cingular, giro parahipocampal, sub-orbitárias e uncus ( fig.: 02, 04 e 33 ), os impulsos
visuais e auditivos, são recebidos pelo cérebro vegetativo ( visceral ), dando-se inicio à
estruturação da emoção ( medo ). Os estímulos emocionais são conduzidos ao
hipotálamo, aos núcleos vegetativos parassimpáticos do tronco encefálico, e à medula
espinhal tóraco-lombar e sacral. Nessas diversas regiões anatômicas, surgem os
52
neurônios pós-ganglionares, responsáveis pelo desencadeamento dos mecanismos de
ação do sistema nervoso autônomo, com início da reação de alarme ( figs.: 04 e 33 ).
Nos territórios de terminação das fibras pós-ganglionares simpáticas, inicia-se a
elaboração da “noradrenalina em massa”( fig.: 04 ), com os seguintes efeitos: as fibras
do sistema abdominal esplâncnico, através dos nervos esplâncnicos, dirigem-se às
glândulas suprarrenais ( de ambos os lados ), provocando maior secreção de
adrenalina pela “medular” destas glândulas suprarrenais, ocasionando, por um lado,
acentuada vasoconstrição cutânea, que conduzirá ao aparecimento de signficativa
palidez e, por outro lado, levará à intensa vasoconstrição mesentérica e vaso dilatação
de outros territórios, principalmente, musculares estriados ( isto porque a adrenalina
possui os efeitos alfa e beta ). Com tais mecanismos morfo-funcionais, os músculos
estriados, recebendo maior volume sangüineo, também, recebem, maiores teores de
O2, maiores reservas energéticas e maior eliminação de CO2 ( condições necessárias
para a rápida ação muscular, inclusive, para a fuga ou para a luta ), ( fig.: 04 ).
Nesse mecanismo de vasodilatações de outros territórios, incluem-se a
vasodilatação das artérias coronarianas do músculo
cardíaco, associada à
estimulação cardíaca, com: taquicardia e aumento da circulação coronária. Esses
fatores, associados, conduzirão ao aparecimento de hipertensão arterial.
Conseqüentemente, teremos aumento da pressão endocrânica dos vasos arteriais,
ocasionando, segundo as circunstâncias, o acidente
vascular
cerebral, com
possibilidades significativas de morte ( fig.: 4 ).
Por outro lado, a noradrenalina circulante e em grande quantidade, determinará
aumento da sudorese, inibição do peristaltismo gastrointestinal, fechamento dos
esfíncteres do tubo digestivo e parada da digestão.
A noradrenalina, também, agirá sobre os músculos dilatadores da pupila,
determinando o aparecimento da “midríase” ( fig.: 4 e 28 ).
No sistema respiratório, provocará
dilatação da musculatura lisa dos
brônquios, aceleração do ritmo respiratório ( hiperpnéia ), maior aporte de oxigênio (
O2 ), maior perda de gás carbônico ( CO2 ) e, portanto, maior oxigenação geral ( fig.: 4
). No fígado, determinará uma neoglicogênese hepática, com aumento das reservas
energéticas e hiperglicemia, podendo, inclusive, aparecer ejaculação, por ação
simpática, e ate mesmo, ereção por ação parassimpática, assim, como ereção dos pelos.
Para facilitar o entendimento desse trecho do texto, sugerimos seguir o esquema
apresentado à ( fig.: 4 ) ( Síndrome de Emergência de Cannon ).
Portanto, na reação geral de alarme, teremos: parada da digestão, paralisia
intestinal, acumulo de gases no tubo digestivo, ( timpanismo ), taquisfigmia,
taquicardia, taquipnéia, sudorese, palidez, midríase, hipertensão arterial, ereção
dos pelos, ereção peniana, possível ejaculação e sensação de boca seca ( fig.: 04 ).
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
O “Sistema nervoso simpático” apresenta, como estrutura mais importante,
o “Tronco simpático”.
Trata-se de uma formação anatômica, constituída por uma longa cadeia
ganglionar longitudinal, situada de cada lado da coluna vertebral, posição esta que lhe
53
valeu, também, a denominação de: “Cadeia simpática para ou látero-vertebral” ( figs.:
16 e 18 ).
Cada “tronco simpático” é constituído por “gânglios”, que se sucedem,
interligados no sentido crânio-sacral, constituindo, lateralmente à coluna vertebral e
de cada lado, o “tronco simpático”, desde a base do crânio até a região coccigeana.
Nessa região coccigeana, através do “gânglio impar”, os dois troncos simpáticos se
unem.
Na constituição de cada “tronco simpático” participam, em geral, entre 21 e 26
gânglios, distribuídos nas seguintes regiões ( fig.: 18 ):
•
•
•
•
•
Na região cervical....................( de 02 a 03 gânglios )
Na região torácica....................( de 10 a 12 gânglios )
Na região lombar......................( de 04 a 05 gânglios )
Na região sacral.....................................( 05 gânglios )
Região coccigea......................................( 01 gânglio )
Em sua região cervical, o “tronco simpático” mantém estreito relacionamento
anatômico com a bainha carotídea, apresentando nessa região, em geral 2 a 3
gânglios ( figs.: 18, 28 e 31 ). O mais superior, é conhecido por “gânglio simpático
cervical superior” ( figs.: 18, 28 e 31 ). Pouco abaixo da parte média da região cervical,
rarissimamente, encontramos, nos seres humanos, um “gânglio simpático cervical
médio” e, finalmente, na porção mais inferior da região cervical, o gânglio simpático
cervical inferior” ( fig.: 18 ).
O gânglio simpático cervical inferior, geralmente encontra-se fundido ao
primeiro gânglio torácico, constituindo o chamado “gânglio estrelado” ( figs.: 18 e 22 ).
Além desse “tronco simpático”, o “sistema nervoso autonômico” apresenta outra
“cadeia ganglionar”, de localização anterior à coluna vertebral. Por esse motivo,
conhecida por “Cadeia ganglionar simpática pré-vertebral”, cujos gânglios, localizamse próximos às origens das artérias, das quais, herdaram o nome, sendo constituídas em
geral, pelos seguintes gânglios ( fig.: 16 ):
•
GÂNGLIOS CELÍACOS
Os “gânglios celíacos”, encontram-se localizados na origem do tronco celíaco ( à
direita e à esquerda ), ( figs.: 6 e 18 ). Nesses gânglios, de cada lado, termina o nervo
esplâncnico maior ( figs.: 06 e 18 ).
•
GÂNGLIOS AÓRTICO-RENAIS
Os “gânglios aórtico-renais”, em número de dois ( um para cada lado ), situam-se
na origem de cada artéria renal. Nesses gânglios, de cada lado, termina o nervo
esplâncnico menor ( fig.: 18 ).
54
•
GÂNGLIO MESENTÉRICO SUPERIOR
O “gânglio mesentérico superior”,
mesentérica superior ( fig.: 18 ).
•
localiza-se próximo à origem da artéria
GÂNGLIO MESENTÉRICO INFERIOR
Esse “gânglio mesentérico inferior”, localiza-se próximo à origem da artéria
mesentérica inferior ( fig.: 18 ).
•
NERVOS ESPLÂNCNICOS
Os “nervos esplâncnicos” são constituídos por fibras pré-ganglionares
originadas na coluna intermediolateral da substância cinzenta da medula espinhal,
entre T5 e L2, além de um número considerável de fibras viscerais aferentes. Após suas
origens, tomam trajetos descendentes, atravessam o músculo diafragma e penetram, em
seguida, na cavidade abdominal, onde, terminam em sinapses, com os neurônios pósganglionares, no nível dos seguintes gânglios da cadeia pré-vertebral, localizados
anteriormente à coluna vertebral e à aorta abdominal : Gânglio cilíaco ( de cada lado,
figs.: 06 e 18 ), onde termina, de cada lado, o nervo esplâncnico maior. Gânglios
aórtico-renais, onde terminam as fibras do nervo esplâncnico menor e, finalmente, o
nervo esplâncnico imo ( fig.: 18 ).
O nervo esplâncnico maior ( figs.: 6 e 18 ), apresenta suas origens entre: T5 e
T9. O nervo esplâncnico menor ( fig.: 18 ), apresenta suas origens, entre: T10 e T11 e,
finalmente, o “nervo esplâncnico imo”, apresenta suas origens entre: L1 e L2.
Esses três nervos, em seu trajeto, passam pela “cadeia laterovertebral”, sem
interrupção e terminam ao nível dos referidos “gânglios simpáticos”, nos quais,
naturalmente, estabelecerão sinapses com os neurônios simpáticos pós-ganglionares.
Portanto, os nervos esplâncnicos são constituídos por fibras pré-ganglionares do
sistema nervoso simpático vegetativo, além de apresentarem em sua estrutura
componentes viscerais aferentes gerais ( fig.: 18 ).
Os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso simpático, ao emergirem,
entre os segmentos medulares de T1 e L2, após curto trajeto, como parte integrante do
nervo periférico, abandonam esse nervo periférico, dirigindo-se, então, ao respectivo
gânglio paravertebral. Nesse curto trajeto, recebem a denominação de “ramo
comunicante branco”( fig.: 16.6 ). Esse ramo, portanto, é formado por: neurônios préganglionares simpáticos e fibras viscerais aferentes gerais ( fig.: 16.6 ).
O conjunto de axônios de neurônios pré-ganglionares, com suas origens nos
citados segmentos ( T5 a L2 ), após constituírem os chamados “ramos comunicantes
brancos”, podem apresentar os seguintes comportamentos anatômicos:
55
•
Passar, sem interrupção, através da cadeia ganglionar laterovertebral, até
atingir os gânglios da cadeia pré-vertebral, constituindo os citados
“nervos esplâncnicos”, no trajeto entre as duas cadeias ganglionares e os
nervos, conhecidos por “nervos viscerais”. Estes, formados a partir do
gânglio pré-vertebral. Portanto, por neurônios pós-ganglionares, cujo
término se verificará no nível das vísceras ( fig.: 16 e 17 ).
• Alcançar um gânglio latero-vertebral, com dicotomização de seus
axônios, dirigindo-se as respectivas extremidades da dicotomização, em
direção proximal e distal, ao longo de outros gânglios paravertebrais, nos
quais, realizariam as esperadas sinapses, com os neurônios pósganglionares desses gânglios ( fig.: 16 ).
• Estabelecer sinapses com os neurônios pós-ganglionares no gânglio
latero-vertebral, correspondente ao seu nível. Nesses casos, o neurônio
pós-ganglionar, sem mielina, apresenta-se de cor escura e, por esse motivo,
é conhecido por “ramo comunicante cinzento” ( fig.: 16.7 )
Os “ramos comunicantes brancos”, são encontrados apenas entre: T1 e L2,
enquanto os ramos comunicantes cinzentos, são encontrados em todos os níveis da
cadeia de nervos espinhais ( fig.: 16 ).
NERVOS CARDÍACOS SIMPÁTICOS CERVICAIS:
( SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR )
Da coluna intermédio-lateral da substância cinzenta da medula
espinhal, entre C8 e T2, emergem neurônios pré-ganglionares que, após curto trajeto,
ascendente, e alcançam o “gânglio cervical simpático superior”, onde após sinapses com
neurônios pós-ganglionares, constituirão o “Nervo cardíaco simpático Cervical
superior”. No “gânglio cervical simpático médio”, onde, também, se estabelecem
sinapses com “neurônios pós-ganglionares simpáticos”, teremos a origem do “Nervo
cardíaco simpático cervical médio” e, finalmente, nos gânglios, cervical simpático
inferior e primeiro gânglio torácico, teremos a origem do “Nervo cardíaco simpático
cervical inferior.
Esses três nervos , com trajeto descendente, dirigir-se-ão ao
“coração” ( fig.: 18 e 31 ).
FILETES VASCULARES
Os “filetes vasculares” são delgados nervos simpáticos que, ao emergirem das
“cadeias gan glionares pré-vertebrais ou latero-vertebrais”, acompanham a camada
adventícia de vasos arteriais e terminam nas vísceras.
Assim, temos o “nervo carotídeo interno”, oriundo do “gânglio simpático
cervical superior”, cujas ramificações plexiformes, nas paredes da artéria carótida
interna, darão origem ao “plexo carotídeo interno” ( fig.: 28 ).
No estudo do sistema nervoso simpático, merece destaque a inervação simpática
da pupila ( fig.: 28 ). Dos segmentos C8 a T2, da coluna intermediolateral da
substância cinzenta da medula espinhal, originam-se os neurônios pré-ganglionares
56
simpáticos, através da raiz ventral da medula espinhal, que alcançam, a seguir, o tronco
simpático, através do “ramo comunicante branco”, atingindo, em seu percurso
ascendente, o gânglio simpático cervical superior, ( fig.: 28 ), onde constituirão sinapses
com “neurônios pós-ganglionares simpáticos”, constituindo, assim, o plexo carotídeo
interno. Esses neurônios, agora acolados à adventícia da artéria carótida interna,
formarão o “plexo carotídeo interno” ( fig.: 28 ).
Essas fibras do “plexo carotídeo interno”, oriundas de “neurônios pósganglionares simpáticos”, ao atingirem o “gânglio ciliar”, de natureza parassimpática,
atravessam-no, sem interrupção e, portanto, sem qualquer relação funcional,
penetrando, no crânio, em companhia da “artéria carótida interna”. Finalmente, tais
“fibras pós-ganglionares simpáticas”, através dos “nervos ciliares curtos”, alcançam o
bulbo ocular, onde, inervarão o “músculo dilatador da pupila” que, ao ser acionado
pelo sistema nervoso simpático, determinará a dilatação da pupila, constituindo o que
conhecemos por “midríase” ( fig.: 28 ). Em processos patológicos dinâmicos, tais como,
tumores em crescimento, hematomas, aneurismas, abscessos, etc. essas fibras podem
ser comprimidas, em qualquer parte de seu longo trajeto ( do tórax ao bulbo ocular ). Tal
compressão, sobre o componente do sistema nervos simpático, determinará o
desaparecimento de sua ação, agindo, a partir desse momento, o “sistema nervoso
parassimpático” ( fig.: 28 ), provocando a contração do “músculo constritor da
pupila”, com a conseqüênte redução do diâmetro pupilar ( miose ) homolateral à
lesão ( fig.: 28 ).
Na “Síndrome de Horner”, também, conhecida como “Oftalmoplegia
Simpática”, observa-se no paciente: miose, queda da pálpebra superior ( ptose
palpebral ), vasodilatação cutânea facial ( rubor facial ) e deficiência da sudorese (
anidrose ).
Esses sinais aparecem, em virtude de um processo de paralisia da via citada, pois,
com isso, advém a “miose”, por ação do sistema nervoso vegetativo parassimpático,
através do III° nervo craniano ( nervo oculomotor ), em cujas origens encontramos o
núcleo de Edinger Westphal ou “núcleo pupilar”( fig.: 28 ), de natureza parassimática;
ptose palpebral, por desaparecimento da inervação do músculo levantador involuntário
da pálpebra superior ( músculo tarsal ), sendo, menos constante, em seu aparecimento, a
vasodilatação cutânea facial e a anidrose, ambas determinadas, pela falta de
inervação simpática, para a pele.
Essa “via oculo-pupilar simpática”, pode, também, ser lesada, por processos
bulbares ou pontinos do tronco encefálico, com invasão póstero-lateral, determinando
o aparecimento da referida síndrome.
Outro aspecto importante, a ser ventilado, sobre o sistema nervoso autônomo
simpático, diz respeito ao desempenho morfo-funcional desse sistema, relacionado à
sua aplicabilidade na prática médica diuturna. Este será nosso
próximo
comentário.
57
NEUROANATOMIA FUNCIONAL APLICADA, DO SISTEMA
NERVOSO AUTONÔMICO SIMPÁTICO.
O conhecimento da estrutura anatômica do “Sistema Nervoso Autônomo” e
suas implicações funcionais, como parte, significativamente, importante, do “Sistema
Nervoso”, em relação à coordenação das grandes funções vitais, é da maior importância
médica.
Tal importância se hipertrofia, principalmente, ao se estudar a ligação de
fenômenos, funcionalmente, relacionados aos: mecanismos respiratórios,
cardiovasculares, digestórios, metabólicos, endocrinológicos, uro-genitais, psíquicos,
comportamentais e, no campo da medicina aplicada, relacionados à: Clínica Médica,
Clínica Cirúrgica, Neurológica e Anestesiológica.
Não é suficiente memorizar ou organizar as estruturas anatômicas vegetativas (
autônomas ). Torna-se necessário, além disso, o discernimento, no nível de
aplicabilidade na prática profissional diuturna em diversas oportunidades: clínicas, em
diversas técnicas anestésicas, cirúrgicas e neurológicas.
Assim, por exemplo, nas técnicas para infiltrações analgésicas locais ou regionais,
para bloqueios ganglionares, é fundamental conhecer as bases neuroanatômicas
funcionais, não apenas do sistema nervoso vegetativo, como também, do sistema
nervoso visceral.
Nessas infiltrações, independente de quaisquer outros fatores, é importante o
conhecimento anatômico da região, onde se encontra a estrutura nervosa vegetativa
a ser infiltrada ou ressecada ( como por exemplo, nas
gangliectomias, nas
simpatectomias periarteriais, na endarterectomias, etc... etc.).
Em se tratando do sistema nervoso vegetativo, os gânglios mais sujeitos às
intervenções ( cirúrgicas ou anestesiológicas ), localizam-se no tronco simpático (
cadeia ganglionar laterovertebral ), onde se evidenciam os gânglios simpáticos :
cervicais: superior, médio e inferior. Desses, o gânglio médio, rarissimamente, é
encontrado no ser humano e, o gânglio inferior, geralmente, encontra-se associado ao
primeiro gânglio torácico, constituindo esta associação, o conhecido “gânglio
estrelado” ( fig.: 22 ), cuja localização anatômica é mais torácica, do que mesmo
cervical, além dos gânglios da cadeia simpática lombar.
Nas infiltrações analgésicas do gânglio estrelado, podem ocorrer acidentes
vasculares, pleurais ou neurológicos, em virtude da localização e relações anatômicas
desse gânglio, com as artérias: sub-clávia e vertebral, com os nervos cervicais
inferiores e a cúpula pleural ( fig.: 22 ).
O “gânglio estrelado,” localiza-se numa reentrância situada entre a artéria
subclávia e a primeira costela, também conhecida como “fosseta supra-retro pleural
de Sebileau” e recoberta, parcialmente, pelas artérias subclávia e vertebral ( fig.: 22 ).
Dentre as diversas intervenções realizadas no “sistema nervoso vegetativo
simpático”, podemos citar as “infiltrações anestésicas da cadeia simpática”, “injeções
intra-arteriais de anestésicos”, “simpatectomias ganglionares”, “arteriectomias”,
“endarterectomias” e “simpatectomias periarteriais” ( fig.: 23 ).
58
Nas “infiltrações” da “cadeia simpática”, tem-se como objetivo, bloquear os
estímulos vasomotores vegetativos, estabelecendo-se, posteriormente, um processo de
vasodilatação arterial .
Todavia, essa técnica proporciona um “efeito vasodilatador temporário”, como
ainda veremos.
Na “gangliectomia”, retiramos o gânglio ou os vários gânglios regionais de uma
cadeia ganglionar. Com isso os estímulos viscerais aferentes são bloqueados,
definitivamente. Este ato cirúrgico ( ou gangliectomia ) é, também, conhecido por
“Simpatectomia ganglionar” ( figs.: 22 e 23 ) .
Na “Arteriectomia”, isolamos o foco de “estímulo simpático” , que se encontra
no interior da artéria.
Na “simpatectomia peri-arterial”, retiramos a “camada adventícia da artéria”,
onde se distribuem os ramos eferentes ( motores ) de natureza simpática ( fig.: 23 ) .
Na “endarterectomia”, ressecamos a camada endotelial da artéria, em
determinado segmento da mesma. Com esta manobra cirúrgica, realizamos a destruição
da área visceral, de onde partem, no segmento arterial, os estímulos aferentes viscerais
gerais, responsáveis pelo “reflexo vasomotor de contração do referido vaso”. O
resultado dessa intervenção será o aparecimento da vasodilatação prolongada e, às
vezes, definitiva.
Nas “simpatectomias periarteriais”, ( fig.: 23 ), por exemplo, onde é ressecada a
camada adventícia arterial de um segmento de tamanho variável ( em média, até 12
a 15 centímetros ) , torna-se importante o conhecimento dos “fenômenos
fisiopatológicos”, como veremos.
Sob o ponto de vista morfo-funcional, sabemos que, os vasos arteriais possuem
“inervação vasomotora simpática”, que se distribui em extensa rede, em sua túnica
adventícia, enquanto outra rede, de natureza sensorial ( inervação visceral aferente
geral ), localiza-se sob o seu endotélio.
Seccionando-se a “camada adventícia de um vaso arterial”, em qualquer
segmento do mesmo, estaremos seccionando, não apenas as “vias vasomotoras
adventiciais eferentes”, como, também, as “vias sensoriais viscerais aferentes subendoteliais” ( fig.: 23 ). Assim, impossibilita-se, temporariamente, a constrição do vaso
interessado no processo, pois, “seccionamos” as “vias aferentes viscerais” daquele
“segmento arterial”, impedindo, temporariamente, a “reestruturação do arco reflexo
visceral vegetativo segmentar”.
Com esse ato cirúrgico, tem-se como objetivo, “suprimir os impulsos
vasomotores”, evitando uma vasocontrição e facilitando o aparecimento de uma
vasodilatação, mesmo, tendo-se conhecimento que, em todos os casos de
simpatectomias, normalmente a vasodilatação é precedida por uma vasoconstrição de
curta duração, de natureza reflexa, cujos estímulos iniciais estariam relacionados aos
estímulos provocados nas fibras aferentes viscerais gerais, no momento da secção,
associado ao próprio estímulo da secção da parte eferente ( motora ) nervosa.
Sob o ponto de vista neurofisiológico, ao se “seccionar” a “camada adventícia do
segmento arterial”, observa-se o “aparecimento imediato” de uma “vasocontrição de
curta
duração”, suficiente
para
provocar,
no “segmento
distal”, à
secção,: palidez, pulso filiforme, havendo, inclusive, nas extremidades dos dedos,
desaparecimento, quase total, da luz dos capilares. Pouco depois, entretanto, esta fase
“é substituída por uma vasodilatação”, reconhecida pelo esquentamento do membro,
59
reaparecimento pleno do pulso e sensação subjetiva, pelo paciente, de “conforto”.
Constata-se, também, aumento significativo local da pressão arterial. A duração desses
efeitos, após uma simpatéctomia, encontra-se em torno de 15 a 17 dias ( fig. 23 )
Essa duração, entretanto, esta na dependência do tipo do paciente, de sua idade,
do estado da artéria em foco, e da extensão da simpatectomia a ser realizada.
Pouco depois, entretanto, esta fase é substituída por uma vasodilatação facilmente
reconhecida, conforme já comentado, pelo aquecimento do membro, reaparecimento da
cor e regularização do pulso, etc. etc...
Com esse tempo de duração média ( 15 a 17 dias ) da vasodilatação resultante da
simpatectomia, naturalmente, haverá tempo suficiente, para que ocorram
as
modificações tissulares tróficas da lesão ou lesões e, o que é mais importante, haverá
tempo suficiente para o estabelecimento de “uma circulação colateral”.
As fibras centrais simpáticas dirigidas a uma artéria, são conduzidas, em sentido
descendente, principalmente, através do “trato hipotálamo-espinhal” ( fig.: 13 ),
neurônios pré-ganglionares e neurônios pós-ganglionares simpáticos, atingindo as
paredes de um vaso arterial, em pequenos e sucessivos espaços quase paralelos, lembrando
os degraus de uma escada ( fig.: 23 ). Assim, ao se realizar a simpatectomia periarterial,
de um segmento do vaso arterial, suprime-se apenas os nervos desse segmento arterial,
estando suas partes: proximal e distal, anatômica e funcionalmente, íntegras ( fig.: 23
). Conclui-se, portanto, que a “inervação simpática” de “um segmento arterial”, é
realizada, não por filetes nervosos, que percorram suas paredes adventiciais
longitudinalmente, mas que, atingem essa camada adventícia em variados ângulos
agudos e estritamente segmentares. ( fig.: 23 ).
Esse fato anatômico também explica a “vasoconstrição passageira”, logo após a
simpatectomia peri-arterial. Todavia, se, em lugar de se realizar uma simpatectomia
peri-arterial, realizarmos a “secção do tronco nervoso”, através do qual, chegam os
referidos filetes simpáticos, não heverá resposta à excitação perivascular do vaso. Porém,
se em lugar de “seccionar o tronco nervoso”, fizermos apenas a “infiltração anestésica
do mesmo”, teremos como resposta, uma “vasodilatação”. Esses fatos e argumentos
foram apresentados com o objetivo de tornar claro que, o mecanismo principal da
vasodilatação, após simpatectomia peri-arterial, ainda é assunto em discussão.
Nesse caso, outro mecanismo, se torna necessário para explicar os fenômenos
provocados. Sabe-se que no “sistema nervoso visceral”, temos um componente aferente
e um componente eferente. Para que haja a realização de um arco segmentar reflexo
vegetativo, torna-se necessária, a presença de ambos os componentes: ( braço aferente e
braço eferente ).
Assim, no mecanismo da vasodilatação, após uma simpatectomia peri-arterial,
explica-se o fenômeno, pela teoria do chamado “reflexo sensitivo”, ou seja, pela
ação...
60
O Gânglio Estrelado e sua localização Anatômica
Gânglio Estrelado
Artéria Sub-clávia
seccionada,
para
mostrar a presença
do Gânglio Estrelado
entre esta artéria e a
primeira costela.
Artéria Vertebral
O Gânglio estrelado,
localiza-se numa reentrancia, entre a
artéria sub-clavia e a
primeira
costela,
denominada: Fosseta
supra – retro -pleural
de Sebileau, sendo
recoberto,
parcialmente, pelas
artérias: Sub-clavia
e Vertebral.
Nestas
condições
anatômicas, as infiltrações analgésicas
deste
“Gânglio
Estrelado, podem
determinar acidentes
vasculares, pleurais
ou neurais, devido à
esta localização do
Gânglio estrelado.
Artéria sub-clávia
FIG. 22
1ª Costela
As fibras centrais simpáticas,
em direção descendente, às
artérias, são conduzidas pelo
Trato Hipotálamo-espinhal. Os
neurônios
pré
e
pós
ganglionares simpáticos, ao
atingirem as paredes dos vasos
arteriais, se colocam em paralelo ( em forma de escada ). Isto
facilita a realização da simpatectomia periarterial, permitindo
ressecar apenas o segmento
que se deseja ressecar, sem
prejuízo do restante da artéria.
Gânglio Simpático.
Artéria
Área de Simpatectomia periarterial.
FIG. 23
61
vasodilatadora, não após a secção das vias motoras simpáticas, mas sim, pela secção
das “fibras sensitivas ( aferentes viscerais ) centrípetas” ou “fibras aferentes viscerais
sensitivas gerais”. Nesse caso, a “simpatectomia peri-arterial” interrompe ponto de
transmissão visceral de ativação do reflexo ( curto ou longo ), determinando
uma”vasodilatação ativa”.
Portanto, a “simpatectomia” atua por secção da via centrípeta. Esse mecanismo
explica, também, o mecanismo de ação, nas endarterectomias ( retirada do endotélio
arterial ), onde se encontram, as origens dos estímulos centrípetos viscerais ( fig.: 23 ).
As simpatectomias peri-arteriais são indicadas, em geral, em síndromes vasculares, em
seqüelas pós-traumáticas, em algumas afecções osteo-articulares e algumas síndromes
dolorosas.
Das síndromes vasculares, as principais são: arterites por ateromas,
tromboangeítes, doença de Raynaud, Síndrome de Raynaud, congelamentos de
extremidades, acrocianose, síndrome de Volkmann, edemas pós flebíticos com
ulcerações.
Nas “gangliectomias”, conhecendo-se a estrutura anatômica do simpático é
possível deduzir que, nesse ato cirúrgico, seccionamos as vias de estímulos aferentes
viscerais centrípetos sensitivos, provocando uma vasodilatação da artéria.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
O “Sistema Nervoso Parassimpático”, uma das divisões do “Sistema Nervoso
Vegetativo ou Autônomo” , é considerado, por grande número de pesquisadores, como
uma das “divisões eferentes” do sistema nervoso visceral ( fig.: 7 ). Seus representantes
são encontrados no tronco encefálico ( da cavidade cranina ) e na região sacral. Daí, sua
divisão em: 1º) – Sistema nervoso parassimpático craniano e 2º) – Sistema nervoso
parassimpático sacral ( fig.: 7 ).
1ª) – PARTE CRANIANA DO SISTEMA NERVOSO
PARASSIMPÁTICO
( figs.: 07, 18, 24, 25, 26, 27 e 28 )
A “parte craniana do sistema nervoso parassimpático” é constituída por seus
representantes no “tronco encefálico”, anexos aos núcleos de origens reais dos nervos
cranianos:
1º) – Núcleo de Edinger Westphal ( ou núcleo pupilar ), anexo ao IIIº nervo
craniano, ou nervo oculomotor.( fig.: 25 e 28 ).
2º) – Núcleos salivatório superior e lacrimal ( ou lacrimo-muco-nasal ), anexos
ao VIIº nervo craniano ou nervo facial ( fig.: 24 e 35 ),
3º) – Núcleo salivatório inferior, anexo ao IXº nervo
craniano ou
Nervo glossofaríngeo ( fig.: 27 e 35 )
4º) – Núcleo motor dorsal do Nervo vago (Xº nervo craniano ) ( fig. 26 e 35 )
62
Núcleo de Origem Real do Nervo Facial.
( VII° Nervo Craniano ).
Núcleo Brânquio-sensível ( F.A.V.E. ) + Núcleo Víscero-sensívei ( F.A.V.G. ).
Núcleo salivatório
superior
Tracto e núcleo espinhal do nervo trigêmeo
Gânglio
geniculado
Pele
da
orelha
externa
Meato
acústico
externo
Parte externa da membrana
timpânica
Sensibilidade da Mucosa da parte
posterior das Fossas Nasais, Seios
Para-nasais e Palato mole.
Glândula lacrimal
e
glândula da mucosa nasal
Gânglio esfêno-palatino
Nervo Facial
Motor.
Nervo lingual
Nervo abducente
Corpúsculos gustativos dos
2/3 anteriores da língua.
Núcleo Brânquio-motor do Nervo
Facial.
Glândula sub-lingal
Nervo Hipoglosso
Glândula sub-mandibular
Musculatura Mímica, Músculo Estilo-hioideo, Ventre
posterior do Músculo Digástrico, e Músculo
Estapédio
FIG.24
63
Gânglio sub-mandibular
Complexo Nuclear de Origem do Nervo Oculomotor
A - Sub-núcleo para o músculo elevador da pálpebra superior
B – Sub-núcleo para o músculo reto superior contralateral
C – Sub-núcleo para o músculo reto medial homolateral
D - Sub-núcleo para o músculo oblíquo inferior homolateral
E - Sub-núcleo para o músculo reto inferior homolateral
F - Sub-núcleo pupilar (Edinger Westphal) nervo. oculomotor
G – Núcleo somático mediano ( de Perlia ) do nervo oculomotor ( IIIº )
H – Globos oculares: Direito e esquerdo
A+B=Divisão inferior do nervo oculomotor (IIIº par)
C+D+E=Divisão inferior do nervo oculomotor (IIIº par)
B+C+D+E=Núcleo somático lateral do nervo oculomotor
FIG.25
64
Núcleo de Origem Real do Nervo Vago.
( Xº Nervo Craniano )
Núcleo Motor dorsal do Nervo Vago ( º ) ( Cárdio-pneumo-entérico).
Nos núcleos acima citados e anexos, respectivamente, às origens dos “nervos
do Nervo
Vago ( Fibras
aferentes
gerais
( F.A.V.G)
cranianos:Núcleo
IIIº, Sensitivo
VIIº, IX°Dorsal
e X°”,
localizam-se
os “corpos
dosviscerais
neurônios
prée Fibras
aferentes
viscerais
especiais
( F.A.V.E. ) (cujos
Núcleo
Gustativo
), no Trato
ganglionares”
do sistema
nervoso
vegetativo
parassimpático,
axônios,
em seus
Solitário
do
Tronco
Encefálico.
diversos trajetos, ligam-se, morfo-funcionalmente, aos “gânglios” de “natureza
parassimpática”, também, localizados no encéfalo,
porém, fora da estrutura
F.A.S.G.
Tracto
e
núcleo
espinhal
do
anatômicas do “sistema nervoso central”.
. Parte do Pavilhão Auditivo e
trigêmeo.
Esses gânglios nervo
parassimpáticos,
são os seguintes: Gângliomeato
óptico,
Gânglio
acústico
externo.
ptérigopalatino ( esfenopalatino ), Gânglio sub-mandibular, Gânglio ciliar, Gânglios
Gânglio
viscerais torácicos e abdominais,
nos quais, encontraremos os corpos dos neurônios
pós-ganglionares parassimpáticos
( figs.: 24, 25, 26 e 27, 28, 35, 36 e 37 )
superior
1º) – Gânglio ótico:
Gânglio
inferior
Este “gânglio” encontra-se localizado, próximo ao ramo mandibular do nervo
trigêmeo ( fig.: 35 e 37 ), pouco abaixo do forameF.A.V.G.
oval. Recebe fibras eferentes
Parte da Faringe, da Laringe
viscerais gerais ( F.E.V.G. ) oriundas do “núcleo salivatório inferior”, anexo ao nervo
traquéia, esôfago e Vísceras:
glossofaríngeo ( IX.º nervo craniano ), através do nervo timpânico, ramo do nervo
Torácicas e Abdominais.
glossofaríngeo. Na estrutura desse gânglio ótico, as fibras eferentes viscerais gerais
estabelecem conexões sinápticas com os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos.
Esses, encaminham seus axônios, em direção ao nervo aurículo-temporal, ramo do
F.A.V.E.
nervo trigêmeo, na espessura do qual se dirigem à glândula
parótida, inervando-a (
figs.: 27, 35 e 37 ).
Impulsos Gustativos da
Epiglote.
2º) – Gânglio ptérigopalatino ( ou esfenopalatino ):
F.E.V.G.
O “gânglio pterigopalatino”, também, conhecido por “gânglio
esfenopalatino”
Vísceras
Torácicas
e
encontra-se situado na fossa pterigopalatina, posição na qual, estabeleceAbdominais.
ligações com
o ramo maxilar do nervo trigêmeo ( figs.: 35 e 37 ). Esse gânglio recebe fibras
eferentes viscerais
gerais ( F.E.V.G. ), portanto, fibras pré-ganglionares
Núcleo Branquiomotor
parassimpáticas, oriundas do “núcleo visceromotor F.E.V.E.
salivatório superior”, anexo às
Nervo facial
Hipoglosso
Músculos
Faringe
origens do nervo
( VIIº nervo craniano ), através do nervo
vidiano.daApós
as e da
Laringe.
devidas sinapses destas fibras pré-ganglionares aferentes viscerais gerais,
com os
neurônios pós-ganglionares nesse gânglio, os axônios das fibras pós-ganglionares
dirigem-se à glândula lacrimal, inervando-a. ( figs.: 35 e 37 ).
Também desse “gânglio pterigopalatino”, emergem fibras pós-ganglionares
parassimpáticas, que se dirigem à mucosa pituitária nasal, inervando suas glândulas
que, estimuladas, determinam a rinorréia. Os neurônios pré-ganglionares, que
estabelecem sinaspses no “gânglio ptérigopalatino”, nesse último caso, constituem
FIG. 26
65
Nos núcleos acima citados e anexos, respectivamente, às origens dos nervos
cranianos; IIIº, VIIª, IXº e Xº, localizam-se os corpos dos neurônios pós-ganglionares,
do Sistema Nervoso Vegetativo parassimpático, cujos axônios, em seus diveros trajetos,
conectam-se, morfo-funcionalmente, aos gânglios de natureza parassimpática, também,
localizados no encéfalo, porém, fora da estrutura anatômica do Sistema Nervoso
Central ( S.N.C. ).
Estes gânglios parassimpáticos, são os seguintes: Gânglio óptico, Gânglio
Ptérigo-palatino ( ou Esfeno-palation ), Gânglio Ciliar, Gânglio Sub-mandibular,
Gânglios viscerais, torácicos e abdominais, nos quais, encontraremos, os corpos dos
neurônios pós-ganglionares parassimpáticos ( figs.: 24, 25, 26, 27, 28, 35, 36 e 37 ).
1° ) – Gânglio óptico:
Este gânglio, encontra-se localizado, próximo ao ramo mandibular do nervo
trigêmeo ( V° ) ( figs.: 35 ), pouco abaixo do forame oval. Recebe fibras eferentes
viscerais gerais ( F.E.V.G. ), oriundas do núcleo salivatório inferior, anexo ao nervo
glossofaríngeo ( IXº craniano ), através do nervo tíjpânico, ramo do nervo
glossofaríngeo.
Na estrutura deste Gânglio óptico, as fibras eferentes viscerais gerais,
estabelecem conexões sinápticas, com os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos,
os quais, encaminham seus axônios, em direção ao nervo aurículo-temporal, ramo do
nervo trigêmeo, na espessura do qual, , se dirigem à glândula parótida, inervando-a (
figs.: 27, 35 e 37 ).
2° ) – Gânglio ptérigo-palatino ( ou esfeno-palatino )
O Gânglio ptérigo-palatino ( ou esfeno-palatino ), situa-se na fossa ptérigopalatina, posição, na qual, estabelece ligações com o ramo maxilar do nervo trigêmeo (
figs.: 35 e 37 ). Esse gânglio, recebe fibras eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ),
portanto, fibras pre-ganglionares parassimpáticas, oriundas do núcleo visceromotor
salivatório superior, anexo, às origens do Nervo Facial ( VIIº nervo craniano ), através
do Nervo Vidiano. Após as devidas sinapses destas fibras pré-ganglionares aferentes
viscerais gerais, com os neurônios pós-ganglionares, nesse gânglio, os axônios das
fibras pós-ganglionares, dirigem-se à glândula lacrimal, inervando-a ( figs.: 35 e 37 ).
Também, deste gânglio Ptérigopalatino I ou esfenopalatino ), , emergem fibras
pós-ganglionares parassimpáticas, que se dirigem à mucosa pituitária nasal, inervando
suas glândulas que, estimuladas, provocam a aparecimento de “rinorréia.
Os neurônios pós-ganglionares, que estabelecem sinapses nos gânglios ptérigopalatinos, neste último caso, constituem, pequeno grupo, localizado junto ao núcleo
salivatório superior, região esta, considerada, por grande número de pesquisadores, como
um núcleo, funcionalmente, independente, chanado núcleo lacrimal ( figs; 35 e 37 ).
66
3º) – Gânglio Ciliar:
O “gânglio ciliar”, localizado na cavidade orbitária e lateralmente ao nervo
óculo-motor, ( fig. 28 ), recebe suas fibras pré-ganglionares, oriundas do núcleo
viscero-motor pupilar ou de Edinger Westphal homolateral, através do
nervo
oculomotor ( IIIº nervo craniano ) ( fig.: 28 ).
Desse núcleo, após as devidas sinapses, através dos nervos ciliares curtos,
emergem os axônios dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, que se dirigem
ao bulbo ocular e que, por um lado, alcançam o músculo constritor pupilar (
esfíncter da pupila ) e, por outro lado, fibras pós-ganglionares, que se dirigem ao
músculo ciliar ( importante no “reflexo de adaptação visual” ) ( fig.: 28 ).
4º) – Gânglio
submandibular:
O “gânglio sub-mandibular”, localiza-se próximo ao nervo lingual ( figs.: 35 e
37 ) e à glândula submandibular. As fibras eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ) que,
para ele, se dirigem, são oriundas do “núcleo salivatório superior”, anexo ao nervo facial
( VIIº nervo craniano ), ( fig.: 35 ) . Desse gânglio, originam-se as fibras pósganglionares parassimpáticas, que se dirigem às glândulas salivares: sub-lingual e
sub-mandibular ( figs.: 35 e 37 ).
O estudo detalhado, de cada um dos nervos cranianos, que possuem, anexos às
suas origens reais, um núcleo visceromotor ( IIIº, VIIº, IXº e Xº nervos cranianos ),
encontram-se nos seguintes tópicos: Núcleo de Edinger Westphal, anexo ao nervo
oculomotor ( III° nervo craniano ), em “Tronco encefálico I” ( Primeira parte ). Os
demais núcleos visceromotores: salivatório superior, lacrimal, salivatório inferior
e dorsal motor do nervo vago, encontram-se em: “Tronco encefálico I ( Terceira
parte ): ”Coluna visceromotora do tronco encefálico.”
Com o
objetivo de recordar esquemática e sucintamente seu estudo,
apresentamos os desenhos esquemáticos das figuras: 24, 25, 26, 27, 36 e 37 ), nos quais,
figuram os núcleos de origem real dos referidos nervos cranianos, localizados no tronco
encefálico, os trajetos das fibras viscerais aferentes e eferentes, bem como a localização
dos citados gânglios e respectivos neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares,
finalizando com o território visceral de distribuição de cada nervo segmentar
envolvido.
Próximo às vísceras torácicas e abdominais, encontramos grande número de
pequenos gânglios parassimpáticos, localizados, às vezes, na intimidade das próprias
vísceras ( em sua estrutura anatômica ). Isso acontece nas paredes do tubo digestivo,
onde encontramos os plexos: “sub-mucoso de Meissner” e o “plexo mioentérico de
Auerbach”. Desses plexos, partem as fibras pós-ganglionares, extremamente curtas e
que, constituem parte da terceira divisão do “Sistema Nervoso Autônomo”, ou seja,
“Sistema Nervoso Entérico”, “gástro-intestinal” ( fig.: 47 ), que funciona, totalmente,
independente do “Sistema nervoso central” e do “Hipotálamo”.
Além disso, devemos chamar a atenção para o fato de que, nem sempre, uma
fibra pré-ganglionar chega ao seu destino em companhia de seu nervo inicial. Isso é o
67
que se observa nas figs.: 24, 28, 35 e 37 ) onde as fibras pré-ganglionares destinadas ao
gânglio sub-mandibular. abandonam o tronco principal do nervo facial, passam para o
nervo da corda do tímpano e, daí para o nervo lingual ( figs.: 35 e 37 ).
Idêntica observação poderá ser feita, ainda nas mesmas figuras 24, 35 e 37, em
relação à inervação da glândula lacrimal, na qual, o neurônio pré-ganglionar destinado
ao gânglio pterigopalatino ( esfenopalatino ), próximo ao gânglio geniculado, abandona
a raiz principal e, servindo-se do trajeto do “grande nervo petroso superior ( maior )”,
alcança o referido gânglio ( figs.: 35 e 37 ).
2º) – “PARTE SACRAL” DO SISTEMA PARASSIMPÁTICO
Os “neurônios pré-ganglionares parassimpáticos”, nesta região ( Sacral )
encontram-se em ( S2, S3 e S4 ), cujos axônios, emergem através das raízes ventrais dos
respectivos nervos sacrais ( fig.: 07 ).
Dessas raízes, posteriormente, destacar-se-ão, ramos para a formação dos nervos
esplâncnicos pelvinos ( fig.: 18 ), os quais chegarão às vísceras, onde, através dos
gânglios, aí localizados, estabelecerão sinapses com os neurônios pós-ganglionares,
constituindo os nervos eretores, ligados ao ato da ereção, além dos centros ligados à
defecação e à micção ( figs.: 01, 07, 29, 33 e 34 ).
SISTEMATIZAÇÃO DOS PLEXOS VISCERAIS
Os “plexos viscerais”, são estruturas anatômicas, extremamente complexas,
encontradas, principalmente, próximas das vísceras, apresentando componentes
funcionais anatômicos dos dois sistemas.
Citam-se os seguintes plexos viscerais primários:
1º) – PLEXOS DA CAVIDADE TORÁCICA:
1.1 – plexo cardíaco
1.2 – plexo pulmonar
1.3 – plexo esofágico
Para a constituição
estruturas:
1.1.1
1.1.2
1.1.3
1.1.4
1.1.5
1.1.6
1.1.7
anatômica do plexo cardíaco, concorrem as seguintes
– nervo cardíaco simpático cervical superior
– nervo cardíaco simpático cervical médio
– nervo cardíaco simpático cervical inferior
– nervo cardíaco parassimpático cervical superior
– nervo cardíaco parassimpático inferior
– nervos cardíacos simpáticos torácidos
– nervos cardíacos parassimpáticos torácicos
68
Núcleo de Origem Real do Nervo Glossofaríngeo
D,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
( IXº Nervo Craniano )
Núcleo Salivatório Inferior.
Núcleo Sensitivo Dorsal do Nervo Glossofaríngeo ( F.A.V.G. ) e Núcleo Gustativo do
Trato Solitário ( F.A.V.E )
F.A.S.G.
Epitélio de revestimento do
Pavilhão Auditivo e Meato
acústico externo.
Tracto e núcleo espinhal do
trigêmeo
F.A.V.G.
Gânglio
superior
F.A.V.G.
F.A.V.E.
Gânglio
inferior
F.E.V.G.
Nervo timpânico
Gânglio ótico
Nervo aurículo
temporal
Sensibilidade gustativa do terço
Posterior da Língua.
Estímulo do seio carotídeo e do
Corpo Carotídeo.
Glândula parótida
F.E.V.E.
Nervo hipoglosso
Sensibilidade Geral: Táctil, Termica, Dolorosa ( ou Nóxica ), do
terço posterior da Língua, da Faringe, tonsilas e Tuba Auditiva.
Músculo: estilo-faríngeo
Núcleo brânquio-motor
parte rostral do núcleo ambíguo
FIG. 27
69
Inervação Autonômica do Olho
Área pré-tectal
Núcleo rubro
(vermelho)
Núcleo de Edinger Westphal
( Viscero-motor pupilar )
Substância negra
(locus niger)
IIIº nervo craniano
(Nervo Oculomotor)
Gânglio ciliar
Fibra Parassimpática PréGanglionar.
Nervos ciliares curtos
Ramos do
plexo
carotídeo
interno
( fibras pósganglionares
simpáticas, para a
inervação do
músculo dilatador
da pupila.
Artéria carótida interna
Plexo carotídeo interno
Fibra simpática
pós ganglionar
para músculo
dilatador pupilar
Fibra parassimpática
pós-ganglionar para
músculo constritor
da pupila
Nervo carotídeo interno
Gânglio simpático cervical
superior
Fibra simpática
Pré-ganglionar
Segmentos de C8 a
T2 da coluna intermédiolateral
da
Substância cinzenta
da Medula espinhal
( Medula Cervical)
Inervação Autonômica do Olho:
1º - As Estruturas Morfo-funcionais, para o Reflexo Parassimpático “Iridoconstritor “
( Miose ).
2. – As Estruturas Morfo-funcionais para o Reflexo Simpático “Iridodilatador”
( Midríase )
FIG.28
FIG.: 28
70
O coração, embora se encontre na cavidade torácica, recebe sua inervação,
predominantemente, da região cervical. Justifica-se tal situação anatômica, em virtude
de sua origem, embriologicamente, situar-se na região cervical. Posteriormente, com
esse desenvolvimento ontogenético, desencadeia-se a descida do órgão ( coração ), em
direção à cavidade torácica.
Os nervos cardíacos, após suas origens, convergem para a base do coração ( fig.:
18 ), constituindo, após inúmeras anastomoses, o “Plexo Cardíaco”, onde aparecem, ao
exame, inúmeros e pequenos gânglios parassimpáticos.
Esses plexos, se comunicam com os plexos internos ( sub-epicárdico e subendocárdico ), terminando com a inervação do nó sino-atrial, através de fibras
simpáticas e parassimpáticas.
No coração, o sistema nervoso simpático que, normalmente, é inibitório, em
outros sistemas viscerais, atua estimulando-o, enquanto o sistema nervoso
parassimpático que, usualmente, em outros sistemas viscerais, é excitador ou
estimulador, atua, no coração, frenando-o ( ação inibitória ).
2º) – PLEXOS DA CAVIDADE ABDOMINAL
Na “cavidade abdominal”, encontramos um grande plexo primário ( plexo
celíaco ), do qual, se irradiam, diversos plexos secundários.
O “Plexo celíaco” ( solar ), encontra-se, profundamente, localizado na região
epigástrica, mantendo estreita relação anatômica, com a face anterior da aorta e pilares
do diafragma. próximos ao tronco celíaco, sendo constituído pelos seguintes gânglios:
1º) – gânglio celíaco............( um gânglio para cada lado )
2º) – gânglio aórtico-renal..( um gânglio para cada lado )
3º) – gânglio mesentérico superior ( apenas um gânglio )
4º) – gânglio mesentérico inferior ( apenas um gânglio )
A partir desse plexo celíaco primário, irradiam-se outros plexos secundários, que
acompanham os vasos, distribuindo-se entre as vísceras da cavidade abdominal.
Os plexos abdominais secundários, quanto ao seu número, podem ser divididos
em: Plexos secundários ímpares e Plexos secundários pares.
1º) – PLEXOS SECUNDÁRIOS ÍMPARES
1.1 – hepático
1.2 – lienal
1.3 – gástrico
1.4 – pancreático
1.5 – mesentérico superior
1.6 – mesentérico inferior
1.7 – aórtico-abdominal
71
2º) – PLEXOS SECUNDÁRIOS PARES
2.1 –renal
2.2 – supra-renal
2.3 – testicular ou útero-0várico
3º) – PLEXOS DA CAVIDADE PELVINA
Os “plexos da cavidade pelvina”, são dois: 1º) – plexo hipogástrico superior e
2º) – plexo hipogástrico inferior.
1°) – PLEXO HIPOGÁSTRICO SUPERIOR:
O “plexo hipogástrico superior” localiza-se, anteriormente ao promontório,
entre as artérias ilíacas, correspondendo ao conhecido “nervo pré-sacro”, muito citado,
em textos de ginecologia cirúrgica.
2º) – PLEXO HIPOGÁSTRICO INFERIOR:
Na “cavidade pelvina”, encontramos um plexo hipogástrico inferior, para
cada lado ( direito e esquerdo ), localizados, entre as paredes do reto, da bexiga e do
útero. Ambos se comunicam com o plexo hipogástrico superior, através dos nervos
hipogástricos: direito e esquerdo.
MECANISMO MORFO-FUNCIONAL DA MICÇÃO
No “mecanismo morfo-funcional da micção”, conforme podemos observar na (
fig.: 29 ), o “sistema nervoso simpático,” exerce pouca influência, estando a maior
participação, na dependência do “sistema nervoso parassimpático”.
Conforme pode ser observado, na referida figura ( quadro sinóptico ), no “ato
reflexo da micção”, as fibras aferentes viscerais da bexiga, alcançam a medula espinhal,
a partir da qual, se distribuem para os sistemas: parassimpático e simpático.
Observa-se, nessa distribuição morfo-funcional, que a maior ação, está
reservada ao “sistema nervoso parassimpático”.
A participação do “sistema nervoso simpático”, limita-se a um mecanismo
ascendente, envolvendo os plexos hipogástricos, os nervos esplâcnicos abdominais e a
medula espinhal, entre T10 e L2, com o objetivo de participação, no processo de
conscientização da plenitude vesical, pela distensão das paredes da bexiga ( fig.:
29 ).
72
Entretanto, cabe, ao “sistema nervoso parassimpático”, a maior parte do
“processo morfo-funcional da micção”.
Os estímulos da distensão das paredes da bexiga, são recebido pelas fibras
aferentes viscerais da mesma, sendo conduzidos à medula espinhal, de onde, passam
aos nervos esplâncnicos pelvinos. Esses se dirigem a medula sacral ( S2, S3 e S4 ).
A partir desse ponto, os impulsos seguem duas vias: Uma delas, será responsável
pela complementação das informações ascendentes, necessárias, juntamente com o
sistema nervoso simpático, à “conscientização da plenitude vesical”.
A outra via, através das fibras pré-ganglionares parassimpáticas, oriundas das
regiões sacrais ( S2, S3 e S4 ) conduzem os impulsos, através do “plexo pelvino
parassimpático” às “fibras pós-ganglionares parassimpáticas”, destinadas ao músculo
liso detrusor da bexiga. Outra parte dos impulsos dos plexos pelvinos parassimpáticos,
dirigir-se-á ao músculo esfíncter da bexiga, provocando o seu relaxamento, enquanto os
impulsos anteriormente comentados e conduzidos pelas fibras pós-ganglionares
parassimpáticas provocarão, através da, inervação do músculo liso detrusor da bexiga,
sua contração, determinando a micção ( fig.: 29 ).
NERVO VAGO ( Xº NERVO CRANIANO )
O “nervo vago”, cujos “sub-núcleos de origens reais” se localizam no tronco
encefálico, no nível do bulbo, é o principal representante do “sistema nervoso
parassimpático craniano”, através de suas “fibras eferentes viscerais gerais” ( F.E.V.G.
), oriundas de seu sub-núcleo “motor dorsal” ( ou viscero-motor ) ( fig.: 26 ).
Esse “centro segmentar” do tronco encefálico, como é sabido, apresenta em sua
origem, um conjunto de cinco ( 5 ) sub-núcleos: branquiomotor, visceromotor ( ou
motor dorsal ), viscerossensível, branquiossensível e somatossensível. Esse último,
na realidade, é o trato e núcleo espinhal do nervo trigêmeo ( fig.: 26 ).
De cada um desses sub-núcleos, originam-se os componentes funcionais: fibras
eferentes viscerais especiais ( F.E.V.E. ) de seu sub-núcleo branquiomotor, fibras
eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ), de seu sub-núcleo viscero-motor ( ou motor
dorsal ), Fibras aferentes viscerais especiais ( F.A.V.E. ) de seu sub-núcleo
branquiossensível, fibras aferentes viscerais gerais ( F.A.V.G. ) de seu sub-núcleo
viscerossensível e, finalmente, fibras aferentes somáticas gerais ( F.A.S.G. ) de seu subnúcleo somatossensível que, em realidade, se trata de uma carona prestada pelo trato e
núcleo espinhal do nervo trigêmeo ( fig.: 26 ).
As fibras eferentes viscerais gerais ( F.E.V.G. ), originam-se do sub-núcleo
motor dorsal do nervo vago, conhecido por “núcleo viscero-motor,” emergem na face
lateral do bulbo, juntamente com as demais fibras e dirigem-se, a seguir, à musculatura
da traquéia, esôfago, viscerais torácicas e abdominais ( fig.: 36 ). Por outro lado, as
fibras aferentes viscerais gerais ( F,A.V.G. ), com seus neurônios localizados no gânglio
inferior do vago ( ou gânglio nodoso ), conduzem os estímulos viscerais, oriundos dos
mecanorreceptores e quimiorreceptores aórticos, mucosa de parte da faringe, da
laringe, da traquéia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais, ao núcleo sensitivo do
trato solitário ( núcleo cardiorrespiratório ), localizado no tronco encefálico ( fig.: 26 ).
73
O nervo vago, após a sua formação final, abandona a cavidade craniana, através
do forame jugular, em companhia dos nervos glossofaríngeo e acessório ( fig.: 30 ).
Sendo seus neurônios pré-ganglionares extremamente longos, terminam,
diferentemente dos neurônios pré-ganglionares simpáticos, em um gânglio, localizado
muito próximo às vísceras ou mesmo, na intimidade das mesmas, onde estabelecem
sinapses, com os neurônios pós-ganglionares.
Constituído totalmente o nervo, seu tronco cursa um trajeto descendente, passando
pelas regiões cervical e torácica, para terminar nas vísceras da cavidade abdominal.
Na região cervical, situa-se, profundamente na bainha carotídea, no ângulo
formado pela veia jugular interna ( lateralmente ) e a artéria carótida comum (
medialmente ). Para visuasliza-lo, torna-se necessário, afastar a veia jugular interna
lateralmente, da artéria carótida comum, medialmente ( fig.: 31 ).
Após sua passagem, na região cervical ( no interior da bainha carotídea ),
encaminha-se para a cavidade torácica e termina no abdômen. Em sua passagem na
região cervical, em direção ao tórax, apresenta importantes relações anatômicas à
direita e à esquerda.
À direita, cruza, anteriormente a artéria subclávia, relacionando-se
medialmente, com as paredes laterais da traquéia, atingindo o hilo pulmonar, onde se
distribui no plexo pulmonar posterior. A partir desse plexo pulmonar, surge um ramo
único à direita, que após franquear o músculo diafragma, distribui-se no estômago,
como nervo posterior esquerdo.
O nervo vago esquerdo, penetra na cavidade torácica, entre as artérias subclávia
e carótida comum, cruza o arco aórtico, descendo em relação, com a face esquerda do
esôfago. Nesse ponto, une-se às divisões do nervo vago direito, participando, também, da
constituição do plexo esofágico. Ao atingir a cavidade abdominal superior, encontra-se
em relação com a face anterior do esôfago e recoberto pelo peritõneo visceral.
Na altura do estômago, distribui-se na pequena curvatura gástrica e envia,
também, alguns ramos ao fígado, o que lhe assegura, participação no plexo hepático,
enquanto, outros ramos, se distribuem, na estrutura do omento menor.
Fato importante, a ser assinalado, são as conexões desse nervo com outros nervos
e plexos. Os gânglios superior e inferior do nervo vago, mantêm conexões com o
gânglio cervical simpático superior ( fig.: 32 ), através de delgado ramo comunicante,
localizado entre os dois gânglios. O gânglio jugular superior mantém conexões com o
nervo acessório ( XI° nervo craniano ) e com o nervo facial ( VIIº nervo craniano )
fig.:32, enquanto o gânglio nodoso ( inferior ), também mantém conexões com o nervo
hipoglosso ( XIIº nervo craniano ) e com uma alça, formada pelos primeiro e segundo
nervos cervicais ( fig.: 32 ). Após sua emergência do crânio, fornece o ramo meníngeo e
o ramo auricular. ( fig.: 36 ). Em sua passagem , através da região cervical, fornece os
seguintes ramos|: ramo faríngeo, nervo laríngeo superior, nervo recorrente e ramos
cardíacos parassimpáticos cervicais. O ramo cardíaco parassimpático cervical
superior,, dirige-se, profundamente, ao plexo cardíaco, enquanto o ramo cardíaco
parassimpático cervical nferior, se dirige ao plexo cardíaco superficial.
Do plexo celíaco, as fibras vagais, se dirigem ao pâncreas, baço, alças intestinais
e vias bilíferas.
74
MECANISMO MORFO-FUNCIONAL DA MICÇÃO
( COMO ATO REFLEXO PURAMENTE, EXISTE APENAS, NO PRIMEIRO ANO
DE VIDA DO INDIVÍDUO )
CONSCIÊNCIA DA PLENITUDE VESICAL
MICÇÃO
MEDULA
ESPINHAL
ENTRE
T10 – L2
PROVOCANDO SEU
RELAXAMENTO
PROVOCANDO A
CONTRAÇÃO DA BEXIGA
FIBRAS PÓS-GANGLIONARES
PARASSIMPÁTICAS PARA O
MÚSCULO ESFÍNCTER DA
BEXIGA.
FIBRAS PÓS-GANGLIONARES
PARASSIMPÁTICAS PARA O
MÚSCULO LISO DETRUSOR
DA BEXIGA
ESTÍMULOS AO PLEXO
PELVINO PARASSIMPÁTICO
NAS PAREDES DA BEXIGA.
NERVOS ESPLÂNCNICOS
ABDOMINAIS
PLEXO HIPOGÁSTRICO
SUPERIOR
NERVOS HIPOGÁSTRICOS
AUMENTO
SIGNIFICATIVO DO
VOLUME URINÁRIO
DETERMINA A
DISTENSÃO DAS
PAREDES DA BEXIGA,
COM ESTÍMULOS ÀS...
PLEXOS HIPOGÁSTRICOS
INFERIORES DE AMBOS
OS LADOS
FIBRAS AFERENTES
VISCERAIS GERAIS DA
BEXIGA PARA A...
SISTEME NERVOSO
SIMPÁTICO.
MEDULA ESPINHAL
FIG.: 29
75
FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES
EFERENTES
PARASSIMPÁTICAS
MEDULA SACRAL: S2, S3, S4
NERVOS ESPLÂNCNICOS
PELVINOS
SISTEMA NERVOSO
PARASSIMPÁTICO
Constituição e Trajeto do Nervo Acessório Espinhal
( XIº Nervo Craniano )
Oliva bulbar
Pirâmide Bulbar.
Nervo vago:Xº
Raiz Craniana do XIº Nervo
Craniano.
Forame jugular
Forame magno
Nervo espinhal acessório
Núcleo acessório
Raízes Medulares do Nervo
Espinhal acessório ( XIº )
Nervo Craniano ), cuja raiz
craniana, é vista acima.
Fissura mediana anterior
Sulco lateral anterior
FIG. 30
76
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15. Gânglio cervical superior do simpático e
simpático cervical
16. nervo vago (pneumogátrico)
17. nervo frênico
18. Músculo levantador da escápula
19. Músculo levantador da escápula
20. Músculo escaleno posterior
21. Ramos seccionados do plexo braquial
22. Clavícula seccionada
23. Músculo escaleno médio
24. Músculo escaleno anterior
25. Veia jugular interna seccionada
26. Clavícula seccionada
27. Artéria carótida comum seccionada
28. Músculo longo do pescoço
29. Aponeurose cervical superficial
Músculo esterno-hióideo
Músculo esternotireóideo
Lobo esquerdo da glândula tireóide
Músculo constrictor inferior da faringe
Músculo tiro-hióideo
Ventre anterior do músculo digástrico
Músculo platisma (cuticular)
Músculo milo-hióideo
Tendão de inserção do músculo estilo-hióideo
Nervo hipoglosso
Ventre posterior do músculo digástrico
Glândula parótida
Músculo esternoclidomastóideo
Veia jugular interna
FIG. 31
77
Nervo Hipoglosso: ( XIIº Nervo Craniano ).
Desenho esquemático, mostrando o Nervo Hipoglosso e suas relações anatômicas com:
A Cadeia Simpática Cervical, Nervo Vago, com a formação da Alça Cervical ( ou Alça
do Hipoglosso ), Veia Jugular interna e diversos músculos regionais Cervicais.
FIG. 32
78
LEGENDA DA FIGURA: 32
01 – Nervo hipoglosso ( XIIº nervo craniano )
02 – Cadeia simpática cervical
03 – Gânglio simpático cervical superior
04 – Raiz ventral de C1 do plexo cervical
05 – Raíz ventral de C2 do plexo cervical
06 – Gânglio cervical médio da cadeia simpática cervical
07 – Raiz ventral de C3 do plexo cervical
08 – Gânglio cervical inferior da cadeia simpática cervical
09 – Conexões do nervo hipoglosso com o simpático cervical
10 – Conexões entre os nervos: hipoglosso e vago
11 – Tronco do nervo vago
12 – Tronco do nervo hipoglosso
13 – Músculo estilo-hióide
14 – Musculatura intrínseca da língua ( longitudinal superficial, profundo,
transverso e vertical )
15 – Pálato duro
16 – Ramo descendente do nervo hipoglosso para a formação da “alça do nervo
hipoglosso” ou “alça cervical”.
17 – Músculo hioglosso
18 – Osso hióide
19 – Músculo tireo-hióideo
20 – Nervo para o músculo gênio-hióideo
21 – Ramo descendente do pleco cervical, para a formação da “alça do nervo
hipoglosso” ou “alça cervical
22 – Veia jugular interna
23 – Nervo para o músculo tireo-hióideo
24 – Nervo para o músculo esterno-tireóideo
25 – Nervo para o músculo esternocleidomastóideo
26 – Nervo para o músculo homo-hióideo
27 – Músculo gênioglosso
28 – Mandíbula ( seccionada ).
79
SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO E HIPOTÁLAMO
O “Hipotálamo”, através de sua organização neuro-vegetativa, tem sob sua
responsabilidade, a regulação, integração, modulação e coordenação no nível subcortical, das grandes funções viscerais.
Para funcionar, integrando, modulando e coordenando funções neurohumorais e neuro-vegetativas, recebe informações: do meio interno, dos receptores dos
tecidos orgânicos, do córtex cerebelar e do próprio córtex cerebral, enviando, como
respostas fisiológicas, os impulsos aos efetores, que participam dessas funções.
Dentre suas inúmeras funções, já bem conhecidas neurofisiologicamente,
encontra-se, no nível sub-cotical, o “controle do sistema nervoso autônomo (
vegetativo ).
Nesse sentido, as complexas e objetivas reações ergotrópicas e trofotrópicas,
pesquisadas por HESS, muito contribuíram, para precisar as áreas, cujas estimulações
precipitavam respostas, predominantemente, simpáticas ( noradrenérgicas ) ou
parassimpáticas ( colinérgicas ) ( fig.: 33 ).
Posteriormente, HODES E MAGOUN, confirmaram que, microestimulações de
zonas, localizadas, entre o quiasma óptico e o mesencéfalo, passando pelo sub-tálamo e
hipotálamo, apresentavam manifestações, essencialmente, simpáticas ( ergotrópicas ),
enquanto, estimulações das zonas anteriores ao hipotálamo anterior e região septal
forneciam respostas com manifestações parassimpáticas ( reações trofotrópicas ).
Assim, o hipotálamo, quando estimulado, em suas regiões ventro-mediais,
apresenta como respostas, manifestações periféricas, essencialmente de natureza
parassimpática ( reações trofotrópicas ), tais como: contração da bexiga, constrição
pupilar ( miose ), peristaltismo gastrointestinal, sialorréia, bradicardia, bradisfigmia,
etc.
Por outro lado, as estimulações hipotalâmicas, em regiões dorso-laterais do
hipotálamo, desencadeiam respostas com manifestações de natureza simpática ( reações
ergotrópicas ), como por exemplo: dilatação puipilar ( midríase ), hipoperistaltismo
gastrointestinal, taquicardia, taquisfigmia, sensação de boca seca, ect. ( fig.: 33 ).
Nesse complexo morfo-funcional ( sistema nervoso vegetativo e hipotálamo ),
estímulos visceroceptivos da área esplâncnica ou estímulos exteroceptivos ( dor, tato,
temperatura ), ascendem, através dos, sistemas ascendentes da medula espinhal (
Sistema Ântero-lateral e Sistema Cordão dorsal Lemnisco medial ), ativando as áreas
hipotalâmicas ventro-mediais ( ativação do hipotálamo trofotrópico, parassimpático )
e áreas do hipotálamo dorso-lateral ( ativação do hipotálamo ergotrópico, simpático )
( figs.: 12,A, 12.B e 33 ).
Os impulsos oriundos dessas zonas trofotrópicas e ergotrópicas hipotalâmicas (
simpáticas e parassimpáticas, respectivamente ), através dos fascículos longitudinal
dorsal, fascículo de Schultz e hipotálamoespinhal ( fig.: 13 ), dirigir-se-ão, em direção
descendente, aos núcleos vegetativos localizados nos núcleos do tronco encefálico e da
medula espinhal. No tronco encefálico, as referidas fibras descendentes hipotalâmicas,
80
Sistema Límbico / Hipotálamo / Sistema Nervoso Autônomo
Giro paraterminal
Giro do cíngulo
Giro para hipocampal
Córtex-sub-orbitário
Pólo temporal
Uncus
Córtex entorrinal
SISTEMA
LÍMBICO
Sistema Límbico
FIG: 33
Núcleos Ventromediais Hipotalâmicos:
(Ações Trofotrópicas )
Núcleos Dorsolaterais: Hipotalâmicos:
(Ações Ergotrópicas )
Centros Autonômicos Parassimpáticos
do Tronco Encefálico.
Centros Autonômicos Simpáticos de
Medula Espinhal
Núcleo de Edger Whestphal,
anexo ao nervo oculomotor ( IIIº)
Centro Medular Cílio-Espinhal de
"Budge":
Dilatação Pupilar, entre: C8 - T2
Núcleo Salivatório Superior,
anexo ao nervo facial ( VIIº)
Centro Medular: Celerador Cardíaco,
entre: T3 - T5
Núcleo Salivatório Inferior,
anexo ao nervo glossofaríngeo
Centro Medular: Bronco Pulmonar
entre T6 - L2
Núcleo Motor Dorsal do Nervo Vago
(Cardiopneumoentérico)
Centro Esplâncnico Abdominal e
Pelvino.
Centros Parassimpáticos Pelvinos e
Perineais ( Sacrais )
Centros Medulares Coordenadores das
Funções Pilomotoras, sudoríparas e
vasomotoras.
81
estabelecerão sinapses com os núcleos parassimpáticos pupilar ( Edinger Westphal ),
salivatório superior, lacrimal, salivatório inferior e motor dorsal do vago. Núcleos
esses que figuram, respectivamente, nas origens reais dos seguintes nervos cranianos do
tronco encefálico: IIIº nervo craniano ou nervo oculomotor, VIIº nervo craniano ou
nervo facial, IXº nervo craniano ou nervo glossofaríngeo e Xº nervo craniano ou nervo
vago.
Na medula espinhal, estabelecerão suas conexões sinápticas nos diversos centros
simpáticos já comentados, localizados na medula tóraco-lombar ( fig.: 13 ). Finalmente,
na região sacral, estabelecerão sinapses no nível dos segmentos S2, S3 e S4, com os
centros parassimpáticos sacrais, também, já estudados anteriormente ( fig.: 13 ).
As fibras desses tratos descendentes, principalmente do trato
hipotálamoespinhal, com origens nas zonas ergotrópicas (simpáticas ), também alcançam os
núcleos da formação reticular do tronco encefálico, de onde axônios se
dirigem aos
neurônios pré-ganglionares simpáticos tóraco-lombares na medula
espinhal,
estimulando as vias vasomotoras, pilomotoras, sudomotoras, esplâncnicas e,
conjuntamente com as fibras do sistema trofotrópico se encaminham aos núcleos da
formação reticular que participam dos centros vasomotor, respiratório e cardíaco.
Portanto, a natureza simpática ou parassimpática de uma ação, dependerá, no
sistema nervoso autonômico, não das fibras doadoras e, sim, das fibras receptoras.
Com esta distribuição, obtem-se as manifestações de natureza parassimpática (
trofotropica ) ou simpática ( ergotrópica ), consignadas nas figuras: 13, 33 e 34 .
Em síntese, temos:
ESTÍMULOS PARASSIMPÁTICOS
ESTÍMULOS SIMPÁTICOS:
EXACERBAÇÃO DO PERISTALTISMO
GASTROINTESTINAL.
CONTRAÇÃO
DA BEXIGA, BRADICARDIA,
MIOSE,
BRADISFIGMIA, BRADIPNÉIA, PERDA
DE CALOR, SIALORRÉIA, LACRIMEJA
MENTO, AUMENTO DO METABOLIS
MO DOS LÍQUIDOS E HIDRATOS DE
CARBÔNO, SONOLÊNCIA, EREÇÃO,
CONSTRIÇÃO BRÔNQUICA.
HIPOTONIA DA BEXIGA, PARADA DO
PERISTALTISMO GASTROINTESTINAL,
TAQUICARDIA, TAQUISFIGMIA, BOCA
SECA, CONSERVAÇÃO DO CALOR,
MIDRÍASE, TAQUIPNÉIA, HIPERTERMIA,
EXCITAÇÃO VIGIL, DILATAÇÃO BRÂN
QUICA, FECHAMENTO DOS ESFINCTE
RES INTESTINAIS, EJACULAÇÃO.
82
AÇÕES DOS SISTEMAS: SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO SOBRE
OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS
ÓRGÃO
GLOBO OCULAR:
SIMPÁTICO
AUMENTO DA PRESSÃO
INTRA-OCULAR
IRIS
DILATAÇÃO DA PUPILA
( MIDRÍASE )
GLÂNDULAS
SALIVARES
PEQUENA SECREÇÃO
VISCOSA
VASOCONSTRIÇÃO
GLÂNDULAS
SUDORÍPARAS
GRANDE SECRELÇÃO
FIBRAS COLINÉRGICAS
PARASSIMPÁTICO
QUEDA DA PRESSÃO
INTRA-OCULAR
CONSTRIÇÃO DA PUPILA
( MIOSE )
SECREÇÃO ABUNDANTE
VASODILATAÇÃO
E
AUSÊNCIA DE INERVAÇÃO
QUEDA DA FREQÜÊNCIA
BRADICARDIA
CORAÇÃO
ACELERAÇÃO
TAQUICARDIA
CORONÁRIAS
DILATAÇÃO
CONSTRIÇÃO
BRÔNQUIOS
DILATAÇÃO
CONSTRIÇÃO
SISTEMA
DIGESTIVO
QUEDA DO
PERISTALTISMO,
FECHAMENTO DOS
ESFINCTERES
AUMENTO DO
PERISTALTISMO, ABERTURA
DOS ESFINCTERES
BEXIGA
COLABORA NA
CONSCIENTIZAÇÃO DA
PLENITUDE VESICAL
CONTRAÇÃO DO MÚSCULO
DETRUSOR DA BEXIGA,
RELAXAMENTO DO
ESFINCTER DA BEXIGA
GENITÁLIA
MASCULINA
VASOCONSTRIÇÃO E
EJACULAÇÃO
VASODILATAÇÃO E EREÇÃO
VASOS
SANGUINEOS DO
TRONCO E DAS
EXTREMIDADES
VASOCONSTRIÇÃO
FIG.: 34
83
INERVAÇÃO
PROVAVELMENTE AUSÊNTE.
Nervos Trigêmeo, facial. Glossofaríngeo e Vago:
Principais Conexões e Divisões Periféricas e Nervo Hipoglosso
F.A.S.G.
F.A.V.E e F.A.V.G.
F.E.V.G.
F.E.V.E.
FIG. 35
84
DESENHO ESQUEMÁTICO DAS ORIGENS REAIS DOS
NERVOS TRIGÊMEO, FACIAL, GLOSSOFARÍNGEO E
VAGO, COM SUAS RESPECTIVAS DISTRIBUIÇÕES
PERIFÉRICAS.
LEGENDA DA FIG.: 35
1. Glândula lacrima. – 2. Nervo óptico. – 3. Nervo oftálmico. – 4. Nervo maxilar. –
5. Nervo mandibular. – 6. Alça intestinal. – 7. Gânglio ptérigopalatino ( ou esfenopalatino.
– 8. Mucosa nasal. – 9. Gânglio trigeminal. – 10 – Gânglio óptico.- 11. Nervo da corda do
tímpano. – 12. Nervo timpânico. – 13. ( F.A.S.G. ) fIbras aferentes somáticas gerais do
nervo glossofaríngeo.- 14 – Nervo vago. – 15. Artéria carótida comum. – 16. Artéria
carótida interna. – 17. Glândula parótida. – 18. Glândula submandibular. – 19. Glândula
sublingual. – 20. Nervo lingual. – 21. Nervo alveolar inferior. – 22. Gânglio
submandibular. – 23. Raiz branquiomotora do nervo facial. – 24. ( Fibras aferentes
somáticas gerais do nervo vago ( F.A.S.G. ). – 25. Fibras aferentes somáticas gerais do
nervo facial ( F.A.S.G. ). – 26. Gânglio inferior do nervo vago. - 27. Gânglio superior do
nervo vago. – 28. Gânglio inferior do nervo glossofaríngeo. – 29. Gânglio superior do
nervo glossofaríngeo. – 30. Gânglio geniculado do nervo facial. – 31. Nervo petroso maior
( superior ). – 32. Dois terços anteriores da língua. – 33. Núcleo sensitivo do nervo
trigêmeo. – 34. Núcleo mandibular ( branquiomotor ) do nervo trigêmeo. – 35. ( F.A.S.G. )
Fibras aferentes somáticas gerais anexas ao nervo facial . – 36. Núcleo do trato solitário. –
37. Núcleo salivatório superior. – 38. Núcleo motor do nervo abducente. – 39. Núcleo
lacrimo-muco-nasal ( morfologicamente unido ao núcleo salivatório superior ). – 40.Núcleo
branquiomotor do nervo facial. – 41. ( F.A.S.G.: fibras aferentes somáticas gerais anexas
ao nervo vago ). – 42. Núcleo branquiomotor do nervo glossofaríngeo. – 43. Núcleo
salivatório inferior. – 44. Núcleo do trato solitário. – 45. ( F.A.S.G. : anexas ao nervo
glossofaríngeo. – 46. Ramos para os músculos constritor da faringe e estílofaringeo. – 47.
Nervo petroso profundo ( carotídeo ). – 48. Nervo vidiano. – 49. Seio e glomo carotídeos. –
50. Nervo aurículo-temporal. – 51. Ramo zigomático do nervo maxilar. – 52. Nervo
temporal. – 53. Nervo zigomático. – 54. Nervo bucal. – 55. Nervo mandibular. – 56. Nervo
cervical. – 57. Nervo para o músculo digástrico. 58. Trato Solitário, no nível do Nervo vago
59. Nucleo branquiomotor do Nervo Vago. – 60. Núcleo motor dorsal do Nervo Vago. –
61. Nervo para o músculo estapédio, ramo do Nervo Facial.
85
NÚCLEO AMBÍGUO
Desenho esquemático, mostrando: Os Núcleos Branquiomotores ( F.E.V.E. ), dos
Nervos Cranianos: A: Glossofaríngeo ( IXº ), B: Vago ( Xº ), C: Espinhal Acessório
( IXº ) e respectivas distribuições periféricas, em Visão Ventral
FIG. 36
86
NÚCLEO AMBÍGUO
LEGENDA DA FIGURA: 36.
1. Gânglio sensorial superior do nervo glossofaríngeo, para F.A.S.G. – 2. Gânglio
sensorial inferior do nervo glossofaríngeo, para fibras: F.A.V.G. e F.A.V.E. ). – 3. Nervo
timpânico, ramo do nervo glossofaríngeo. – 4. Plexo timpânico na parede da cavidade
timpânica. – 5. Nervo petroso menor. – 6. Gânglio óptico. – 7. Ramo aurículo-temporal do
nervo trigêmeo. – 8. Glândula parótida esquerda, recebendo as fibras pós-ganglionares
parassimpáticas do nervo glossofaríongeo. – 9. Ramo contendo F.A.V.G. e F.A.V.E. que
passam para o plexo faríngeo. – 10. Nervo para o músculo estilo-faríngeo, com fibras
eferentes visceais especiais. – 11. Ramo terminal do nervo glossofaríngeo, destinado ao
terço dorsal da mucosa da hemilíngual homolateral, com F.A.V.E. e F.A.V.G. – 12.
Ramo sensorial do nervo glossofaríongeo ( F.A.V.G. ), para o seio carotídeo. – 13.
Seio carotídeo. – 14. Corpo carotídeo esquerdo. – 15. Artéria carótida primitiva. – 16.
Raiz branquiomotora do nervo acessório espinhal ( ou fibras vagais aberrantes ). – 17.
Músculo esternocleidomastóideo. – 18. Músculo trapézio. – 19. Gânglio sensorial superior
do nervo vago ( jugular ). – 20. Gânglio sensorial inferior do nervo vago ( nodoso ). – 21.
Nervo auricular, ramo do nervo vago. – 22. Nervo meníngeo, ramo do nervo vago. – 23.
Nervo faríngeo. – 24. Ramo par o músculo constritor da faringe. – 25. Ramo para o
músculo constritor médio da faringe. – 26. Ramo para o músculo salpingofaríngeo. – 27.
Ramo para o músculo palato-faríngeo. – 28. Ramo para o músculo palato-glosso. – 29.
Nervo laríngeo superior. – 30. Nervo laríngeo interno. – 31. Nervo larinfgeo externo. – 32.
Ramo para o corpo carotídeo. – 33. Corpo carotídeo direito. – 34. Nervo laríngeo
recorrente. – 35. Tronco principal do nervo vago, dirigindo-se às vísceras torácicas e
abdominais. – 36. Núcleo ambíguo com os núcleos branquiomotores dos nervos
glossofaríngeo, vago e acessório espinhal. – 37. Nervo faríngeo infeior ( parte terminal )
para a inervação de toda a musculatura intrínseca da laringe.
87
Tronco Encefálico, em Visão Ventral: Sua Circulação Arterial
e seus Nervos Cranianos: Vº, VIº, VIIº, IXº, Xº, XIº E XIIª.
Vista ventral do tronco
encefálico
FIG.: 37
Vista Ventral do Tronco Encefálico, com sua Circulação
Arterial, realizada, através das Artérias do Sistema VértebroFIG.37 dos Nervos: V°, VIº, VII°,
Basilar e a Distribuição Periférica
IXº. Xº. XIº e XII°.
88
LEGENDA DA FIGURA: 37
1. Gânglio sensorial trigeminal. – 2. Ramo oftálmico do nervo trigêmeo ( V.1 ).- 3.
Ramo maxilar do nervo trigêmeo. ( V.2 ). – 4. Ramo mandibular do nervo trigêmeo
( V.3 ). – 5. Globo ocular esquerdo. – 6. Glândula lacrimal. – 7. Alça lacrimal. – 8.
Gânglio esfenopalatino. – 9. Revestimento mucoso nasal. – 10. Nervo vidiano. – 11.
Gânglio geniculado do nervo facial. – 12, Gânglio sensorial superior do nervo
glossofaríngeo ( F.A.S.G. ). – 13. Gânglio sensorial inferior do nervo
glossofaríngeo. – 14. Ramo do nervo facial ( F.A.S.G. ) para a região de HansayHunt. – 15. Ramo do nervo facial, com ( F.A.S.G. ), para a mesma região de
Hansay-Hunt. – 16. Nervo petroso profundo. – 17. Ramo do nervo facial com (
F.A.V.G. ) parassimpáticas unindo-se às fibras simpáticas do nervo petroso
profundo, constituindo o nervo vidiano. – 18. Gânglio óptico. – 19. Nervo
timpânico, ramo do glossofaríngeo.- 20. Ramo aurículo-temporal do nervo
trigêmeo. – 21. Ramo de divisão anterior sensorial do nervo mandibular. – 22.
Ramo motor posterior do nervo mandibular. – 23. Nervo da corda do tímpano, ramo
do nervo facial. – 24. Tronco principal do nervo facial para os músculos mímicos da
hemiface homolateral. 25. Ramo do nervo glossofaríngeo destinado ao terço
posterior da mucosa dorsal da hemilíngua, para a sensibilidade geral e especial (
F.A.V.E. e F.A.V.G. ). – 26. Nervo lingual com fibras do nervo trigêmeo (
F.A.S.G. ) e fibras do nervo facial ( F.E.V.G. e F.A.V.E. ). – 27. Língua com seus
dois terços anteriores inervados pelo nervo triêmeo sensitivo ( sensibilidade geral ) e
pelo nervo facial ( sensibilidade gustativa ) e fibras do nervo glossofaríngeo,
responsável pela inervação sensitiva geral e especial do terço posterior da mucosa
lingual homolateral e componentes funcionais eferentes viscerais especiais para as
glângulas sub-lingual e submandibular. – 28. Glândula salivar sub-lingual. – 29.
Glândula salivar submandibular. – 30. Gânglio submandibular. – 31. – Glândula
parótida. – 32. – Nervo glossofaríngeo para o seio e corpúsculo carotídeos. – 33.
Fibras do nervo glossofaríngeo para o músculo estilofaríngeo. – 34. Fibras do
núcleo branquiomotor inferior do nervo facial esquerdo com destino aos músculos
mímicos da parte superior da hemiface esquerda. – 35. Fibras do núcleo
branquiomotor superior do nervo facial esquerdo, destinado aos músculos mímivos
da parte inferior da hemiface esquerda. – 36. Nervo auricular, ramo do nervo vago,
destinado à área de Hunsay-Hunt. – 37. Nervo meníngeo, ramo do nervo vago, para
a duramáter da fossa craniana posterior. – 38. Gânglio sensorial superior ( jugular ),
do nervo vago. – 39. Gânglio sensorial inferior do nervo vago.
89
MECANISMO MORFO – FUNCIONAL SIMULTÂNEO DOS
SISTEMAS: GUSTATÓRIO ( F.A.V.E. ), VISCERAL GERAL
( F.A.V.G. ), OLFATÓRIO ( F.A.V.E. ), COMPLEXO AMIGDALINO E
HIPOTÁLAMO ( COMPARAR COM A FIG.: 10 ).
OPÉRCULO FRONTAL E CÓRTEX
INSULAR ANTERIOR.
CÓRTEX OLFATÓRIO PRIMÁRIO: 1. NÚCLEO OLFATÓRIO.
2. TUBÉRCULO OLFATÓRIO – 3. CÓRTEX PIRIFORME E
PERIAMIGDALÓIDE. 4. CÓRTEX ENTORRINAL.
NÚCLEO
VENTRAL
PÓSTERO-MEDIAL DO
TÁLAMO
( REGIÃO
PARVOCELULAR )
BULBO OLFATÓRIO ( F.A.V.E. )
GRUPO CENTRAL
DO COMPLEXO
AMIGDALÓIDE.
TRATO TEGMENTAR
HOMOLATERAL
ASCENDENTE.
N. GUSTTIVO DO
TRATO SOLITÁRIO
N. CARDIORRESPIRATÓRIO DO TRATO
SOLITÁRIO...
FIBRAS AFERENTES
VISCERAIS ESPECIAIS
( F.A.V.E. ) E FIBRAS
AFERENTES VISCERAIS
GERAIS ( F.A.V.G. ) DOS
NERVOS: FACIAL, GLOSSOFARÍNGEO E VAGO.
IMPULSOS GUSTATIVOS
( F.A.V.E. ) E VISCERAIS:
( F.A.V.G. ): SISTEMAS :
CARDIO - VASCULAR ,
RESPIRATÓRIO, DIGESTIVO ( MOTILIDADE E
SECREÇÕES ). FIGADO E
PÂNCREAS...
VIA
AMIGDALOFUGAL
COM PROJEÇÕES AOS
NÚCLEOS DO GRUPO
CÓRTICO-MEDIAL
AMIGDALÓIDE
ALGUNS NEURÔNIOS
DESTE GRUPO CÓRTICOMEDIAL RETRANSMITEM
INFORMAÇÕES PARA O...
HIPOTÁLAMO, QUE...
NÚCLEO BARABRAQUIAL
QUE RECEBE F.A.V.G.
AGINDO ATRAVÉS DOS
FASCÍCULOS: TEGMENTAR DORSO-LATERAL E
HIPOTÁLAMOESPINHAL
SOBRE OS SISTEMAS:
...ASSIM, APRESENTA AS
CONDIÇÕES
MORFOFUNCIONAIS
PARA
O
EXERCÍCIO
DA
AÇÃO :
REGULADORA
VISCERAL,SECRETÓRA
E AUTONÔMICA PARA A
INGESTÃO DE ALIMENTOS
( APETITE OU REPULSÃO )
MEDULA ESPINHAL
TÓRACO-LOMBAR: SIMPÁTICA. ( C8-L2 ) E, NO FINAL
DESTA COLUNA : COLUNA
SACRA ENRE “S1 – S3”.
AUTONÔMICO
PARASSIMPÁTICO CRANIANO:
N. PUPILAR, N. SALIVATÓRIO
SUPERIOR, N. SALIVATÓRIO
INFERIOR E NÚCLEO MOTOR
DORSAL DO VAGO.
FIG.: 38
90
SUGESTÕES DE LEITURA:
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92
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