lide 1 Profa TATHYANE CHAVES Slide 2 O QUE É ÉTICA? Do grego ethos costume Do latim mos, moris costume, ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’ , e de moralis, morale relativo aos costumes * ÉTICA ciência ou filosofia da conduta humana * MORAL qualidade da conduta humana (moralidade) * Ambos usados como adjetivos de conduta - moral ou ética refere-se a conduta boa - - imoral ou antiética refere-se a conduta má Etimológico, pode-se falar indistintamente de ÉTICA ou de MORAL Slide 3 MORAL é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de pessoas Para garantir a sobrevivência, o ser humano age sobre a natureza transformando-a em cultura. São estabelecidas regras que organizam as relações entre os indivíduos MORAL CONSTITUÍDA que orienta o comportamento através de normas. Em função da adequação ou não à norma estabelecida, o ato será considerado moral ou imoral O comportamento moral varia de acordo com o tempo e o lugar Slide 4 ESTRUTURA DO ATO MORAL O ato moral é constituído de dois aspectos: O NORMATIVO são normas ou regras de ação e os imperativos que enunciam o ‘deve ser’. EXEMPLO: ‘não minta’, ‘não mate’ NÃO ROUBE!! O FATUAL são os atos humanos enquanto se realizam efetivamente, é a efetivação ou não da norma na experiência vivida O ato efetivo será moral ou imoral, conforme esteja de acordo ou não com a norma estabelecida AMORAL ato realizado à margem de qualquer consideração a respeito das normas EXEMPLO: A avaliação estética de um livro requer a postura não-moral do crítico Slide 5 FINALIDADE DA ÉTICA? Qual o bem supremo que podemos conseguir em todos os atos de nossa vida? “A palavra que designa o bem supremo, aceita por todos, é a felicidade e, segundo a opinião comum, viver bem, agir bem, é sinônimo de ser feliz” Aristóteles Slide 6 A Ética estuda precisamente o caminho do bem que, escolhido com liberdade, leva à felicidade Ser feliz é o resultado do hábito do bem agir Slide 7 Então, ÉTICA é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com vistas à felicidade Trata da boa e da má conduta e da correlação entre boa conduta e felicidade, na interioridade do ser humano Não é ciência teórica, mas ciência prática, no sentido de que se preocupa com a ação, com o ato humano Slide 8 O SER HUMANO É MORAL A vida do ser humano é distinta da vida dos animais, está dotada de faculdades superiores (INTELIGÊNCIA, VONTADE, AMOROSIDADE) que lhe permitem conhecer as coisas, prever atos e suas consequências, e acima de tudo julgar atos e fatos da vida, de maneira responsável, moral Slide 9 A Ética, como a arte, tem tudo a ver com a Estética Ao censurarmos um comportamento errado, dizemos: “Como é feio o que você fez!” Ao apoiar um bom comportamento, dizemos: “Que bonito você emprestar sua ajuda ao colega!” E assim avaliamos o desempenho estético da ÉTICA Slide 10 O MÉTODO DA ÉTICA ÉTICA é o conhecimento da realidade, é racional, busca a essência do mundo, dos seres, das coisas, do homem, da vida Pela introspecção, aguçamos nossa sensibilidade, intuímos o 1º Princípio Ético:FAÇA O BEM e descobrimos os benefícios de construir melhor nosso comportamento e assim nos desenvolvermos como pessoas Intuição por meio dela podemos intuir que toda pessoa tem acesso, por natureza, aos mesmos princípios éticos Slide 11 fELICIDADE bem supremo, pleno e permanente alcançada mediante as FACULDADES SUPERIORES do homem: INTELIGÊNCIA mediante a inteligência, o ser humano conhece os outros seres e a si próprio VONTADE permite ao ser humano determinar-se, decidir-se, optar por isto ou aquilo, pode agir bem ou agir mal AMOROSIDADE é a aproximação envolvente do ser humano com as outras pessoas O caminho real da FELICIDADE exige comportamento Ético, que é indissociável de um contínuo aperfeiçoamento das virtudes pessoais Slide 12 NATUREZA HUMANA Um dos primeiros grandes temas da ética é o Criatura livre Constrói a própria vida segundo bem entende Faz o bem e o mal É herói Age livremente Cria sua vida Faz arte Ama O aprofundamento na natureza do ser humano será sempre um constante desafio, porém indispensável no estudo da Ética Slide 13 Tema básico da ÉTICA… LIBERDADE O homem é dotado de LIVRE ARBÍTRIO Liberdade implica: AUTODETERMINAÇÃO RESPONSABILIDADE O sujeito é livre para fazer embora não para desprender-se das consequências A ÉTICA é a arte de administrar a própria liberdade, de administrar os chamados atos humanos Slide 14 MORALIDADE É nas escolhas de toda hora que nos defrontamos com a qualificação moral opção entre o bem e o mal EXEMPLO: toma-se banho de chuveiro como medida de higiene corporal ou demoradamente, com desperdício de água? No primeiro caso a ação seria boa e, no segundo, má Na visão da Ética enxergamos intenções diferentes que podem ser boas ou más “Boa”, em sentido Ético, é toda ação de acordo com a plena natureza do homem, ante suas faculdades superiores Slide 15 ATOS DO HOMEM E ATOS HUMANOS ATOS DO HOMEM meramente fisiológicos, realizados sem intervenção das faculdades superiores ATOS HUMANOS realizados de maneira consciente, com pleno conhecimento e vontade Somente o Ato Humano tem significado moral ou ético, somente ele pode ser moralmente bom ou moralmente mau A boa intenção não transforma um ato objetivamente mau em bom Roubar, por exemplo, para dar esmola não transforma o roubo em boa ação Slide 16 ATOS HUMANOS Obstáculos ao ato humano ético procedem ou da inteligência ou da vontade O principal obstáculo da inteligência é a ignorância, o desconhecer ou não saber Obstáculos que afetam a vontade: - MEDO: trepidação do ânimo perante o perigo presente ou futuro - VIOLÊNCIA: pode ser de caráter físico (agressão, força) ou moral (ameaça, chantagem sentimental, rogos contínuos) - PAIXÕES: movimentos da sensibilidade humana que podem desencadear à margem das faculdades superiores. Obs. Ato de arrependimento - HÁBITOS: decorrem tendências ou disposições firmes e constantes, para agir de uma certa forma Os hábitos bons são as virtudes e os maus são os vícios Slide 17 1o PRINCÍPIO PRÁTICO: FAÇA O BEM Faça aos outros aquilo que possa ser exemplo para todos Consciência moral = juízo do intelecto prático que, a partir da lei moral, julga acerca da bondade ou malícia de um ato concreto Função reflexiva julga aquilo se fez, aprovando ou desaprovando, como um tribunal que cada um mantém dentro de si Slide 18 AS VIRTUDES são hábitos, adquiridos disciplinarmente, que predispõem as pessoas para agir bem não são inatas, virtudes adquirem-se VIRTUDES MORAIS Prudência - hábito de decidir bem. Equivale a busca do conhecimento de todas as circunstancias dentro das quais devemos agir (inimigas dessa virtude: a desatenção; a precipitação; a negligência, que leva ao dolo, à fraude, à trapaça) Justiça - dar a cada um o que é seu Fortaleza - disposição da vontade que leva a não desistir do esforço necessário para fazer o bem ou para resistir ao mal Temperança - é a virtude moral que nos dispõe a moderar a procura do prazer Slide 19 A vida moral não se resume a um só ato moral, mas é a repetição do agir moral, inclusive no TRABALHO que é o meio de desenvolvimento ético pessoal, porque oferece ao ser humano, continuamente, desafios de ordem física, intelectual e moral Slide 20 PRINCÍPIOS E NORMAS ÉTICAS Não fume, não minta… são normas, regras que fazem parte da nossa cultura FAÇA O BEM não é uma norma formal, é um princípio Ético interior INTERNO vs EXTERNO Havendo divergências, a pessoa deve seguir o princípio ético interior, pois ele é a regra de conduta pessoal A consciência pessoal é a regra suprema da moralidade O homem é mais feliz na medida em que consiga maior aprovação íntima da sua conduta = maior harmonia interior Slide 21 ÉTICA NATURAL • É própria da natureza humana • O homem tende à verdade (inteligência), ao agir (vontade) e ao amor (amorosidade) … livremente, responsavelmente • O ser humano se autogoverna e busca a ordem a felicidade livremente ÉTICA POSITIVA • Os seres humanos a definem expressamente • É a escrita, formulada mediante expressão cultural • Tem função educativa, todavia, a família é a sociedade mais apropriada para a formação ética das pessoas Slide 22 ÉTICA E RELIGIÃO É muito conhecido o Decálogo, especialmente nas três religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Amar a Deus Respeitar seu Nome Guardar as festas Amar aos pais Não matar Não pecar contra a castidade Não roubar Não mentir Não cobiçar a mulher alheia Não cobiçar coisas dos outros Os dez mandamentos são também Ética Positiva Slide 23 NÍVEIS DE MORALIDADE SEGUNDO KOHLBERG Estágio 1 Castigo e Obediência Impulsividade Estágio 2 Troca Instrumental Autoproteção Oportunidade Estágio 3 Conformidade Interpessoal Conformidade Estágio 4 Lei e Ordem Consciência Estágio 5 Direitos Básicos e Contrato Social Autonomia Estágio 6 Ética e Princípios Interdependência Universais Integração Pré-Convencional Convencional Pós-Convencional Slide 24 NÍVEIS DE MORALIDADE SEGUNDO KOHLBERG A - NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL, que se caracteriza pela moralidade heteronômica * * baseia-se na obediência sem crítica até atingir a maturidade, pela conquista da autonomia As regras morais se originam da autoridade e são cumpridas pela criança de maneira incondicional visando o não recebimento de castigos ou recebimento de recompensa 1º estágio – A autoridade faz com que a criança obedece a fim de evitar castigo ou pra merecer recompensa; predomina o egocentrismo 2º estágio - Inicia-se o processo de descentralização Há o reconhecimento de que, ao lado do interesse pessoal, outras pessoas também têm seus próprios interesses, buscam-se estabelecer trocas e acordos Slide 25 NÍVEIS DE MORALIDADE SEGUNDO KOHLBERG B - NÍVEL CONVENCIONAL - Superada a fase anterior, valorizando-se o reconhecimento do outro 3º estágio – Predomina a identificação com as pessoas do grupo a que se pertence, demonstra-se confiança e lealdade aos parceiros É o conceito de “fazemos porque gostaríamos que os outros agissem da mesma maneira” 4º estágio - As realações individuais são consideradas do ponto de vista do sistema, das instituições, da sociedade concreta, com suas regras, papéis e leis que garantem o bom funcionamento Tem-se a valorização da manutenção da ordem social e o bem-estar da sociedade ou grupo Slide 26 NÍVEIS DE MORALIDADE SEGUNDO KOHLBERG C - NÍVEL PÓS-CONVENCIONAL - A pessoa começa a perceber os conflitos entre as regras e o sistema 5º estágio - A pessoa reconhece haver enorme variedade de valores e opiniões e que existem conflitos inconciliáveis entre o legal e o moral 6º estágio - Os comportamentos morais passam a ser regulados por princípios Os valores são princípios universais de justiça: igualdade dos direitos humanos, respeito à dignidade das pessoas, reconhecimento de que elas são fins em si e precisam ser tratadas como tal Não é uma recusa de leis ou contratos, mas a percepção de que eles são válidos porque se apóiam em princípios Slide 27 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: • Alonso, Félix; López, Francisco; Castrucci, Plínio. Curso de Ética em Administração. Ed. Atlas. São Paulo, 2010 • Filosofando, Introdução à Filosofia - Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. Ed. Moderna. São Paulo, 2003. PESQUISA ICONOGRÁFICA: • http://www.google.com