Conheça o Câncer e seus Tipos mais Comuns

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CÂNCER
O QUE É CÂNCER?
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e
incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para
outras regiões do corpo.
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo,
estando inter-relacionadas. As causas externas referem-se ao meio ambiente e aos hábitos ou
costumes próprios de uma sociedade.
As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e
estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.
Os tumores podem ter início em diferentes tipos de células. Quando começam em
tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas.
Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem,
são chamados sarcomas.
PREVENÇÃO
A prevenção do câncer nem sempre é possível, mas há fatores de risco que estão na
origem de diferentes tipos de tumor.
O principal é o tabagismo.
O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de origem animal, dieta pobre em
fibras, vida sedentária e obesidade também devem ser evitados para prevenir os tumores
malignos. São raros os casos de câncer que se devem apenas a fatores hereditários.
TIPOS DE CÂNCER
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, mas alguns órgãos são mais
afetados do que outros.
Entre os mais afetados estão pulmão, mama, colo do útero, próstata, cólon e reto
(intestino grosso), pele, estômago, esôfago, medula óssea (leucemias) e cavidade oral (boca).
Cada órgão, por sua vez, pode ser afetado por tipos diferenciados de tumor, menos ou
mais agressivos.
TRATAMENTO
O tratamento do câncer é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas.
A principal é a cirurgia, que pode ser empregada em conjunto com radioterapia,
quimioterapia ou transplante de medula óssea.
O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o
tipo do câncer e a extensão da doença. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas
pelo SUS.
REDES
O câncer requer cada vez mais soluções pensadas e colocadas em prática
coletivamente, com a participação de instituições governamentais e não-governamentais,
universidades, centros de pesquisa e formadores de opinião.
As redes são o resultado do trabalho cooperativo e têm em comum o
compartilhamento de conhecimento e recursos voltados ao controle do câncer.
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/cancer/site/oquee
CÂNCER DO COLÓN E RETO
O intestino grosso ou cólon é um órgão tubular, na porção final do tubo digestivo. Ele
tem a função de continuar o processo de digestão: recebe o alimento já digerido, absorve a
água, alguns nutrientes, cria e excreta as fezes.
Para poder explicar melhor as funções do intestino grosso e suas partes, dividiremos
em etapas:
CÓLON
O cólon é constituído por camadas de tecidos e o câncer do cólon inicia-se, geralmente, na
mucosa do intestino.
O CÓLON É DIVIDIDO EM QUATRO PARTES
Cólon ascendente: Localizado após o intestino delgado, do lado direito inferior do abdome e
sobe até o fígado.
Cólon transverso: Segue do fígado em direção ao baço e leva esse nome, pois atravessa o
abdome do lado direito para o esquerdo.
Cólon descendente: Segmento do cólon que desce pelo lado esquerdo, levando o bolo
alimentar para baixo.
Cólon sigmóide: Após o descendente, o cólon torna-se solto, móvel com o formato de um “S”
e liga-se ao reto.
Reto
O reto tem aproximadamente 15 cm de comprimento e divide-se em três artes: Superior,
médio e inferior. A porção superior e média é situada após o cólon sigmóide e a porção
inferior vai até o ânus.
Ânus
O ânus é formado por um anel muscular que funciona como um esfíncter e exerce controle
sobre a evacuação (saída das fezes).
O QUE É O CÂNCER COLORRETAL?
O câncer colorretal é uma neoplasia que se origina de qualquer porção do colón, reto
ou canal anal. A doença começa na camada superficial do revestimento intestinal e com o
tempo vai atingindo as camadas mais profundas.
Atinge pessoas de qualquer sexo e idade, mas é mais comum após os 50 anos. No
Brasil, há uma estimativa de mais de 13.310 casos novos em homens e 14.800 casos novos em
mulheres, sendo assim, o 4° tumor mais comum em homens (ficando atrás de próstata,
pulmão e estômago) e o 3° tumor mais comum em mulheres (depois de câncer de mama e
colo de útero).
COMO OCORRE O CÂNCER COLORRETAL?
A maioria dos tumores começa como uma lesão benigna que evolui lentamente até
transformar-se em um tumor maligno (câncer).
Nesta fase de evolução, é possível retirar a lesão e impedir a sua evolução para um
câncer. Por isso, a prevenção é uma atitude importante para a detecção precoce das lesões,
ainda em fase benigna ou em estádios clínicos iniciais e curáveis.
O QUE SÃO PÓLIPOS
Os pólipos são pequenas lesões que se desenvolvem na mucosa do intestino grosso e
podem sofrer degeneração até evoluírem para o câncer intestinal.
Os pólipos ainda podem estar relacionados com condições hereditárias como a
Polipose Adenomatosa Familiar e algumas síndromes, que podem causar o aparecimento de
diversos pólipos no cólon e no reto.
COMO POSSO PREVENIR O CÂNCER COLORRETAL?
A reflexão sobre o seu estilo de vida é sempre uma forma de prevenir qualquer tipo de
câncer, pois ao buscar equilíbrio, você certamente atingirá uma vida saudável. Confira
algumas dicas para a prevenção do câncer colorretal:
 Praticar exercícios físicos regulares;
 Não fumar;
 Não ingerir bebidas alcoólicas;
 Não ingerir alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
 Não ingerir alimentos com corantes e/ou conservantes;
 Remover pólipos do intestino se diagnosticados pela colonoscopia;
 Ingerir alimentos ricos em vitamina C e E;
 Dieta rica em fibras e com pouca gordura de origem animal.
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER COLORRETAL?
Dieta com alto teor de gordura e pouca fibra, ingestão de carnes gordas assadas em
carvão, frituras, manteiga, queijos amarelos, alimentos com corantes, alimentos salgados e
defumados (lingüiças, salames, salaminhos) que liberam nitrosaminas no intestino, que são
substâncias cancerígenas.
 Falta de exercícios físicos.
 Fumo e álcool
 Idade mais comum após os 50 anos podendo também ocorrer em jovens.
 Pólipos
 História familiar de câncer intestinal
 Antecedentes pessoais de outros tipos de câncer
 Doença inflamatória intestinal
QUAIS SÃO OS DINTOMAS DO CÂNCER COLORRETAL?
Qualquer pessoa com um dos sintomas abaixo deve procurar um médico
principalmente se houver sangramento pelo ânus – para realizar um exame clínico. Entre
esses exames, pode ser necessária a realização do toque retal e do exame de colonoscopia.
Os principais sintomas são:
 Mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarréia sem associação com o
alimento ingerido
 Anemia, fraqueza, cólica abdominal, emagrecimento.
 Sangramento pelo reto.
 Sensação de evacuação incompleta.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE QUEM TEM PÓLIPO DE INTESTINO?
O pólipo não é caracterizado por sintomas evidentes e muitos pacientes não sabem
que possuem pólipos no intestino grosso. Podem ocorrer cólicas abdominais e sangramento
pelas fezes.
QUAIS EXAMES PODEM DIAGNOSTICAR O CÂNCER COLORRETAL?
O diagnóstico precoce do câncer colorretal (assim como de outros cânceres) é muito
importante, pois quando localizado na fase inicial, as chances de cura são muito maiores.
 Toque Retal
 Pesquisa de sangue oculto nas fezes
 Enema Opaco com Duplo Contraste
 Retossigmoidoscopia
Colonoscopia
Colonoscopia Virtual
COMO É O TRATAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL?
O tratamento de câncer colorretal depende da localização do tumor, da extensão do
tumor para outros órgãos e do quadro de saúde do paciente. Os pacientes são tratados por
uma equipe multidisciplinar composta por cirurgião oncológico, oncologista clínico,
radioterapeuta, nutricionista, enfermeiros estomaterapeutas e psicólogos.
COMO OCORRE O TRATAMENTO CIRÚRGICO?




Cirurgia aberta
Quimioterapia
Radioterapia
Terapia Biológica
http://www.hcancerbarretos.com.br/cancer-colorretal/88-paciente/tipos-decancer/cancer-colorretal/145-colostomia-ileostomia-e-a-bolsa-de-colostomia
CÂNCER DE MAMA
Em 2014, para o Brasil, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama.
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados
ao câncer de mama. Ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco.
Fatores ambientais
• Obesidade, principalmente
após a menopausa;
• Sedentarismo (não fazer
exercícios);
• Sobrepeso;
• Consumo de bebida
alcoólica;
• Exposição frequente a
radiações ionizantes (RaiosX).
Fatores hormonais
• Primeira menstruação
(menarca) antes de 12 anos;
• Não ter tido filhos;
• Primeira gravidez após os
30 anos;
• Não ter amamentado;
• Parar de menstruar
(menopausa) após os 55
anos;
• Ter feito reposição
hormonal pós-menopausa,
principalmente por mais de
cinco anos.
Fatores genéticos
• História familiar de câncer
de mama e ovário,
principalmente em parentes
de primeiro grau antes dos 50
anos;
• Alteração genética;
• A mulher que possui um
desses fatores genéticos tem
risco elevado para câncer de
mama.
A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá
necessariamente a doença.
Amamentação, prática de atividade física e alimentação saudável com a manutenção
do peso corporal são fatores de proteção e estão associados a um menor risco de desenvolver
a doença.
CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira,
excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma.
Políticas públicas nessa área vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos
anos 80 e foram impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, em 1998.
O controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridade no plano de
fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, lançado pela
presidente da República, em 2011.
As diretrizes aqui apresentadas atualizam a linha de cuidados e apontam o papel e as
ações do INCA no controle do câncer de mama.
O objetivo é oferecer aos gestores e aos profissionais de saúde subsídios para o avanço
do planejamento das ações de controle deste câncer, no contexto da atenção integral à saúde
da mulher e da Estratégia de Saúde da Família como coordenadora dos cuidados primários no
Brasil.
CUIDADOS PALIATIVOS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e
atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe
multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares,
diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por
meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais”
Os cuidados paliativos devem incluir as investigações necessárias para o melhor
entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao
tratamento quanto à evolução da doença.
Apesar da conotação negativa ou passiva do termo, a abordagem e o tratamento
paliativo devem ser eminentemente ativos, principalmente em pacientes portadores de
câncer em fase avançada, onde algumas modalidades de tratamento cirúrgico e radioterápico
são essenciais para alcance do controle de sintomas.
Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que
se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessária a adoção precoce de
condutas terapêuticas dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente frente
a sua situação de incurabilidade.
A abordagem dos Cuidados Paliativos para o câncer de mama segue os princípios
gerais dos Cuidados Paliativos, que são:







Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia,
dispnéia e outras emergências oncológicas.
Reafirmar vida e a morte como processos naturais.
Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do
paciente.
Não apressar ou adiar a morte.
Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente,
em seu próprio ambiente.
Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente
possível até sua morte.
Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais
dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.
Leia mais: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=474
CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
O câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira,
excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Impulsionado pelo Programa Viva
Mulher, criado em 1996, o controle do câncer do colo do útero foi reafirmado como
prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do
câncer, lançado pela presidente da República, em 2011.
As diretrizes aqui apresentadas atualizam a linha de cuidados e destacam o papel e as
ações do INCA no controle do câncer do colo do útero.
O objetivo é oferecer aos gestores e aos profissionais de saúde subsídios para o avanço
do planejamento das ações de controle do deste câncer, no contexto da atenção integral à
saúde da mulher no Brasil.
FATORES DE RISCO
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos
oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18,
responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres
sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas.
Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo
que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos.
Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos
de câncer de colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença
da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente,
para o desenvolvimento do câncer cervical uterino.
Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (subtipo e carga viral,
infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao
comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a
regressão ou a persistência da infecção e também a progressão para lesões precursoras ou
câncer.
Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros
sexuais, a multiparidade e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco
para o desenvolvimento de câncer do colo do útero.
A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV
em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa
idade a persistência é mais frequente.
PREVENÇÃO
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do
risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV).
A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através de
abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.
Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com
penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do
contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina
tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos de idade.
Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam
verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do
colo do útero.
A meta é vacinar pelo menos 80% da população alvo para alcançar o objetivo de
reduzir a incidência deste câncer nas próximas décadas no país.
A vacinação, em conjunto com o exame preventivo (Papanicolaou), se complementam
como ações de prevenção deste câncer.
Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão
realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos
do HPV.
Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a
radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do
tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de preservação da fertilidade.
TRATAMENTO
Nos estádios iniciais do câncer, os tratamentos cirúrgicos conservadores, como a
conização ou traquelectomia radical com linfadenectomia por via laparoscópica, podem ser
considerados. Para lesões invasivas pequenas, menores do que 2 cm, devem ser consideradas
as cirurgias mais conservadoras, evitando-se assim as complicações e morbidades provocadas
por cirurgias mais radicais.
Para os estádios IB2 e IIA volumosos (lesões maiores do que 4cm), IIB, IIIA, IIIB e IVA, as
evidências científicas atuais orientam para tratamento quimioterápico combinado com
radioterapia.
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/progra
ma_nacional_controle_cancer_colo_utero/cuidados_paliativos
PRÓSTATA
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do
abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de
maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto.
A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na
bexiga é eliminada.
A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides,
liberado durante o ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás
apenas do câncer de pele não-melanoma).
Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em
homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em
comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que
cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente
justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos
sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros
órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva
cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a
ameaçar a saúde do homem.
Estimativa de novos casos: 68.800 (2014)
Número de mortes: 13.772(2013 - SIM)
Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta
médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
PREVENÇÃO
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais
integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco
de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis.
Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no
mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o
consumo de álcool e não fumar.
A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a
incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se
ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores
genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas
famílias.
SINTOMAS
Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa.
Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são
semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de
urinar mais vezes durante o dia ou a noite).
Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave,
infecção generalizada ou insuficiência renal.
TRATAMENTO
Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em
algumas situações especiais) podem ser oferecidos.
Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com
tratamento hormonal têm sido utilizados.
Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do
corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após
discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico.
DETECÇÃO PRECOCE
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um
câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas
que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas
sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento).
A decisão do uso do rastreamento do câncer de próstata por meio da realização de
exames de rotina (geralmente toque retal e dosagem de PSA) em homens sem sinais e
sintomas sugestivos de câncer de próstata, como estratégia de saúde pública, deve se basear
em evidências científicas de qualidade sobre possíveis benefícios e danos associados a essa
intervenção.
Por existirem evidências científicas de boa qualidade de que o rastreamento do câncer
de próstata produz mais dano do que benefício, o Instituto Nacional de Câncer mantém a
recomendação de que não se organizem programas de rastreamento para o câncer da
próstata e que homens que demandam espontaneamente a realização de exames de
rastreamento sejam informados por seus médicos sobre os riscos e provável ausência de
benefícios associados a esta prática.
DIAGNÓSTICO
Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do
antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência
da doença.
Nesses casos, é indicada a ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se
disponível). O resultado da ultrassonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de
biópsia prostática transretal.
O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido
obtido pela biópsia da próstata.
O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de
Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua
tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o
paciente.
SISTEMATIZAÇÃO
É necessário sistematizar as bases diagnósticas do câncer, objetivando a avaliação da
lesão inicial e a pesquisa de metástases.
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata
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