LIVRO DE RESUMOS DO XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPA - 2012: ISSN 2176-1213. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE AMAZÔNICA DOCUMENTOS JESUÍTICOS INÉDITOS NO SÉCULO XVII CONFORME Jaison Soares BATISTA (Bolsista PIBIC/PADRC) - [email protected] Curso de História, Faculdade de História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Prof. Dr. Karl Heinz ARENZ (Orientador) - [email protected] Curso de História, Faculdade de História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. A pesquisa sobre a formação da sociedade colonial na Amazônia partiu de documentos inéditos escritos pelo padre luxemburguês João Felipe Bettendorff (1625-1698), tendo como enfoque os anos 1670, década marcada tanto por uma grave crise econômica quanto por uma incerteza no que tange à legislação indigenista. Diferente da historiografia tradicional acerca da Companhia de Jesus na Amazônia no século XVII que geralmente tende a realçar o antagonismo entre colonos e jesuítas – com o padre Antônio Vieira como principal protagonista –, buscou-se aplicar como pressuposto a complexidade das relações sociais entre os principais agentes em um período de “agonia”. Este termo aparece repetidas vezes cartas da autoria de Bettendorff, escritas na referida década em sua função de superior da Missão do Maranhão. Sua tradução e interpretação permitiram fazer uma leitura diversificada da situação. Foi enfocado, no período da bolsa, o Catalogus de 1671, arquivado no Archivum Romanum Societatis Iesu. O documento que fornece, em estilo de estatística, uma visão geral da missão, apontando, sobretudo, as dificuldades internas. Fica claro que os missionários não são somente evangelizadores altamente motivados constituindo um grupo coeso, mas também pessoas afligidas pela falta de pessoal efetivo (missionários e educadores) e doenças, além de evocar a grande diversidade de origens culturais e nacionais. Sem fazer uma análise aprofundada da crise econômica envolvente que atingiu o mundo colonial, o autor do Catalogus realça a extrema fragilidade sentida por todos os grupos em busca de novas afirmações num clima de entrechoques e conivências, rupturas e continuidades. O estudo nos permitiu assim, por meio da análise do referido documento, adentrar numa fase de transição decisiva – porém pouco contemplada pela historiografia – da sociedade colonial da Amazônia, fase esta marcada por complexas rearticulações das relações entre os diferentes agentes sociais. Palavras chave: Amazônia Colonial, Jesuítas, Crise Titulo do projeto do orientador: A FUNDAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA MISSÃO DO MARANHÃO DA COMPANHIA DE JESUS NO SÉCULO XVII. Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq: Grande-área: Ciências Humanas Área: História Sub-área: História Colonial