Reportagem TVI: há petróleo em Portugal. Saiba onde

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Reportagem TVI: há petróleo em Portugal. Saiba onde
Há empresas que procuram incessantemente, mas a produção ainda não justifica
Por: Redacção / Pedro Bello Moraes | 1- 11- 2010 12: 33
Há petróleo em Portugal. Mas até hoje a quantidade de crude encontrada não justificou a produção. A
descoberta seria uma boa notícia já que o país importa anualmente 90% por cento da energia que consome.
Para já descobrimos petróleo... na TVI.
É uma garrafinha de crude vintage «made in Portugal». Pertence ao editor de economia, Paulo Almoster:
«Tenho esta garrafa de petróleo há mais de vinte anos. É uma relíquia, porque muitas vezes pensa-se que
não há petróleo em Portugal, mas esta é a prova que existe. É um elemento que me acompanha, porque não é
todos os dias que se põe as mãos em Petróleo».
No rótulo estão bem identificadas a data e a origem da descoberta: 1 de Agosto de 1989, Torres Vedras. A
1989 não é possível voltar mas até Torres Vedras podemos ir. No caso vamos atrás de Vítor Napoleão, um
agricultor a quem se aplica bem a pergunta: e se em vez de água um furo lhe oferecesse petróleo?
«Já íamos em 50 metros de perfuração, o que nos estava a dar como indicação que a água estava já aparecer,
mas o que apareceu foi uma massa escura e a cheirar a petróleo. Não disse a ninguém, porque tinha havido
perfurações na região e era já normalíssimo», conta. Já para o engenheiro de petróleos Fernando Barata
Alves fala-se de algo surpreendente: «Não conhecia essa história, mas nos anos 80 estive ao pé de um furo
da Petrogal em Torres Vedras e havia alguns barris, mas era muito pouco».
Barris insuficientes
As peças douradas mostram a ligação ao ouro negro. Mestre em Engenharia de Petróleos, Fernando Barata
Alves faz parte da Partex, da Fundação Calouste Gulbenkian, que tem uma das quatro licenças atribuídas
pelo estado para prospeção de petróleo em território nacional. Três operam no mar, as chamadas offshore. A
saber: na bacia de Peniche está o consórcio Petrobrás/Galp/Partex; na bacia do Alentejo actua a parceria
Galp/Petrobrás; e por último a bacia do Algarve está adjudicada à Repsol e aos irlandeses RWE DEA. Falta
uma e é onshore, ou seja, em terra. A licença pertence à norte-americana Mohave e abrange uma área que
vai do cabo Mondego até Torres Vedras, passando por Alenquer.
«Dava-nos imenso jeito que houvesse petróleo», reconhece o presidente da câmara de Alenquer, Jorge Riso.
Uma hipótese que ganhou força até Dezembro do ano passado, quando num descampado da Serra da Galega
esteve montado um enorme estaleiro, com uma enorme torre vinda da China, no valor de um milhão de
euros, várias máquinas e homens. «Acredito que no subsolo haja petróleo com capacidade para ser
explorado», diz o autarca.
Alenquer até tem petróleo mas não o suficiente para justificar um investimento de milhões. O ouro negro
parece estar no subsolo de Torres Vedras, onde tem sido investida a maior fatia dos 40 milhões de euros
gastos pela «Oil & Gas corporation», sediada no Texas, nos Estados Unidos. «Nós planeámos começar a
furar entre o último quarto de 2010 e o último quarto de 2011», assegura Patrick Monteleone, presidente da
«Mohave Oil & Gas».
Em Portugal desde o princípio dos anos 90 do século passado a Mohave já investiu 40 milhões de euros em
busca de petróleo, mas até hoje nada. «Encontrámos gás e petróleo, mas a quantidade foi de cinco a dez
barris por dia. Nós procuramos em Portugal quantidades muito maiores», reconhece Monteleone.
A dependência externa de crude atinge os 80 a 90 por cento, por ano. Para já, o petróleo vai chegando a
Portugal de barco. Depois há o sonho, alimentado por escassos decilitros de petróleo sugado das entranhas
do país, e fechado na garrafinha, já lá vão vinte anos.
Este trabalho “jornalístico” mostra bem o lobbing que há uns anos existe nos bastidores da indústria do
petróleo. Jornalistas, engenheiros, investidores todos querem que Portugal tenha Petróleo.
O mar e as serras em Portugal são locais de exploração de petróleo e gás natural, e como já vimos pelas
barragens, todos os “grandes homens” as trocam por petróleo.
Todos contentes com o ouro negro, um milagre para a economia nacional, o que não é bem verdade, porque
se desde os anos 80 ou mesmo desde 2007 onde milhões foram injetados nos cofres do estado não nos
salvou da crise e da Troika. Os senhores da Troika são os que mais tem a ganhar coma extração de gás
natural em Portugal. Pagamos o que não devemos, deixamos as suas empresas investir e fazemos os
trabalhos que nos trarão doenças.
Até os autarcas sabem que existe petróleo, os jornalistas gritam Amen, os colaboradores das empresas de
petróleo esfregam as mãos.
Continuam a fazer crer que nada de mal fazem, e que nem há a certeza. Despedem porque não sabem se vão
conseguir pagar, mas investem milhões sem saberem se vão recuperar o dinheiro, estão a enganar as
populações. O negocio do Gás é um assunto mundial, e uma muleta da Europa. Portugal no sob solo é
parecido com o do Canadá onde se extraem o petróleo tar sands.
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