Transtornos relacionados ao uso de substâncias

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11/4/2011
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Dr. Arthur Guerra de Andrade
Professor Associado do Departamento de Psiquiatria, FMUSP
Professor Titular de Psiquiatria e Psicologia Médica, Faculdade de Medicina do ABC
(Slide 1)
I.
Introdução
A. Tópicos a serem abordados (Slide 2)
1. Uso de drogas
2. Critérios diagnósticos
3. Principais substâncias
4. Outras substâncias
B. Drogas (Slide 3)
1. Definição1:
a. Medicina: qq subst q previne ou cura doenças ou ↑ o bem-estar
b. Farmacol: qq agente quím que altera processos bioquímicos/fisiológicos
c. Geral: produtos químicos, psicotrópicos ou psicoativos, de origem natural
ou laboratorial, que produzem efeitos sobre o Sist Nerv Central (SNC) e
resultam em alterações na mente, corpo e/ou comportamento
2. Conceitos (Slide 4)
a. Subst psicoativa: atua no SNC alterando o de vigília e sensopercepção
b. Subst psicotrópica: além do efeito psicoativo → pode levar à dependência
c. Nem toda subst psicoativa tem potencial de causar dependência
3. Classificação das drogas segundo efeitos no SNC (tabela) (Slide 5)
a. Estimulantes
1’. Anfetaminas e derivados: Hipofagin®, Moderex®, Pervetin®
2’. Cocaína, crack/merla
3’. Cafeína
4’. Nicotina
b. Depressoras
1’. Álcool
2’. Sedativos ou barbitúricos: Gardenal®, Tonopan®, Nembutal®
3’. Tranq ou benzodiazepínicos (bdz): Diazepan®, Diempax®, Valium®
4’. Opióides
a’. Substâncias naturais, semi-sintéticas ou sintéticas2
b’. Interagem com recept opioides → analgesia
c’. Ópio, heroína, morfina, Dolantina®, Metadona®, Buprenorfina®
5’. Solventes ou inalantes: “loló”, cola, tiner, gasolina, lança-perfume
c. Perturbadoras
1’. Maconha - derivada da Cannabis (Δ-9 THC)
2’. LSD (dietilamida do ácido lisérgico)
3’. Chá de ayahuasca (DMT)
4’. Mescalina - derivada do cacto peiote (Lophophora williamsii)
5’. Psilocibina - presente no cogumelo Psilocybe cubensis
6’. Ecstasy (3,4-MDMA)
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7’. Anticolinérgicos naturais e sintéticos
a’. Inibem a produção da acetilcolina
b’. Princípio ativo: atropina e escopolamina
c’. Ex Datura stramonium L (“chá de lírio”), Artane®, Akineton®
4. Outras classificações
a. Lícitas x ilícitas
1’. Lícitas
a’. Comercializadas de forma legal
b’. Podem ou não estar submetidas a algum tipo de restrição:
i. Ex: álcool → venda proibida a < de 18 anos
ii. Medic adquiridos com prescrição médica especial
2’. Ilícitas
a’. Proibidas por lei
b’. Sujeito a mudanças históricas/cult. Ex: legalizar a maconha?
i. Argumentos a favor:
i`. Liberdade/direitos do indivíduo e não do Estado
ii`. Crime associado ao uso ilegal da substância
iii`. ↑ corrupção social
iv`. Nível mais impuro da droga no mercado negro
v`. Dificuld/ de buscar ajuda, uma vez que é ilegal
ii. Argumentos contra:
i`. ↑ no número de usuários, principalmente jovens
ii`. ↑ no nível global de prejuízos
iii`. ↑ complicações na escola/trabalho
iv`. Possível ↑ na criminalidade menos violenta
v`. ↓ preços e ↑ disponibilidade = ↑ problemas
vi`. Tendência mundial de proibir ou ↑ controle álc/tab
b. Leves x pesadas: atualmente em desuso
c. Com potencial de abuso x sem pot ab: dep da atuação nos sistemas3
1’. Dopaminérgico
2’. Opioide endógeno
3’. GABAérgico
5. O sistema de recompensa (dopaminérgico) (Slide 6)
a. Sist límbico → rel c/ sensação de prazer (circ de recompensa cerebral)
b. Circuito (através de neurônios dopaminérgicos): área tegmentar central
→ núcleo accumbens → córtex pré-frontal
c. Drogas: ativ motora/sensit, equilíb, julgam/, memória, comport emocional
6. Vias de ativação do sistema de recompensa
a. Drogas de abuso atuam direta ou indiretamente no circ de recompensa
b. Elas estimulam os neurônios e ↑ prod, lib ou inib da recapt da dopamina
c. Isso causa ↑ quantidade de dopamina na fenda sinaptica
C. Etiologia da dependência → multifatorial (Slide 7)
1. Fatores sociodemográficos
a. Demográficos (gênero, renda familiar, idade)
b. Cultura (religião, política das drogas no país)
c. Ambiente familiar
d. Pressão de grupo
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e. Acesso
2. Biológicos/comorbidades
a. Herança familiar
b. Personalidade
c. Psicopatologia (ex: TDAH, depressão)
3. Efeitos farmacológicos da droga: efeitos fisiológicos/biológicos no organismo
D. Epidemiologia no Brasil - uso na vida de qq droga, exceto álcool e tabaco: (Slide 8)
1. População geral4: ∼23%
2. Ensino fundamental e médio5: ∼26%
3. Universitários6: ∼49%
4. USP7: ∼44%
5. USP-biológicas7: ∼41%
II. Diagnóstico
A. Tópicos a serem abordados (Slide 9)
1. Uso de drogas 
2. Critérios diagnósticos
3. Principais substâncias
4. Outras substâncias
B. Critérios diagnósticos (Slide 10)
1. Abstinência
a. Álcool: ausência de uso/uso de menos de 12 doses na vida
b. Drogas: ausência de uso na vida
2. Uso
a. Experimental
b. Esporádico
c. Frequente
d. Freq/pesado
3. Abuso
4. Dependência
C. Diretrizes diagnósticas (Slide 11)
1. Manual Diagn e Estatístico de Transt Mentais (DSM-IV-TR), 20028
2. Classificação Estat Intern de Doenças e Probl Rel à Saúde (CID-10), 19939
3. Concordância do diagnóstico entre eles é de 80%10
4. CID-10 (Slide 12)
a. Transtornos mentais e comport devidos ao uso de substância psicoativa
1’. Intoxicação aguda
2’. Uso nocivo para a saúde = abuso (DSM-IV-TR)
3’. Síndrome de dependência
4’. Síndrome (estado) de abstinência
5’. Síndrome de abstinência com delirium
6’. Transtorno psicótico
7’. Síndrome amnésica
8’. Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
9’. Outros transtornos mentais ou comportamentais
10’. Transtorno mental ou comportamental não especificado
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5. DSM-IV-TR
a. Transtornos por uso de substância
1’. Abuso
2’. Dependência
b. Transtornos induzidos por substância
1’. Intoxicação
2’. Abstinência
3’. Delirium
4’. Demência persistente
5’. Transtorno amnéstico persistente
6’. Transtorno psicótico
7’. Transtorno de humor
8’. Transtorno de ansiedade
9’. Disfunção sexual
10’. Transtorno do sono
6. Uso nocivo (CID-10) (Slide 13)
a. Uso claramente responsável por dano físico ou psicológico
b. A natureza do dano é claramente identificável
c. Uso persiste por pelo menos um mês ou repetido nos últimos 12 meses
d. Não satisfaz critérios para dependência
7. Abuso (DSM-IV)
a. Um ou + dos seguintes ocorrendo em 12 meses, sem critérios p depend:
1’. Uso recorrente resultando em fracasso nas obrigações
importantes
2’. Uso recorrente em situações que representam perigo físico
3’. Problemas legais recorrentes relacionados à substância
4’. Uso continuado, apesar de problemas sociais ou interpessoais
8. Dependência definida pelo CID-10 (Slide 13)
a. 3 ou +, ocorrendo por pelo menos 1 mês ou de forma repetida em 12
meses:
1’. Forte desejo ou compulsão para consumir a substância
2’. Incapacidade de controlar o início, término ou níveis de uso
3’. Abstinência ocorre quando o uso é interrompido ou reduzido
4’. Evidência de tolerância: ↑ doses para alcançar mesmos efeitos
5’. Abandono progressivo de prazeres/interesses ou de atividades
6’. Uso persistente, a despeito de consequências nocivas
9. Dependência definida pelo DSM-IV
a. 3 ou + recorrentes em 12 meses:
1’. Tolerância: ↑ qtdd p obter mesmo efeito ou mesma qtdd < efeito
2’. Abstinência: sint psicológicos e autonômicos na ausência da
droga
3’. A substância é consumida em > quantidades ou + tempo
4’. Insucesso em ↓ ou controlar o uso
5’. Muito tempo é gasto na obtenção, utilização ou recuperação
6’. Repertório reduzido
7’. Uso contínuo, apesar de problema físico ou psicológico
10. Diagnóstico diferencial (importante) (Slide 14)
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a. Ep maníaco, ep psicót agudo, transt bipolar, transt de humor
b. 30 dias de abstinência para diagnóstico diferencial
III. Principais substâncias
A. Tópicos a serem abordados (Slide 15)
1. Introdução sobre o uso de drogas 
2. Critérios diagnósticos 
3. Principais substâncias
4. Outras substâncias
B. Principais substâncias (Slide 16)
1. Álcool
2. Tabaco
3. Maconha
4. Cocaína
C. Álcool
1. Iniciação e continuação do beber
a. Fatores sociodemográficos (familiares, sociais, culturais, etc.)
b. Personalidade/temperamento e diferenças inatas
c. Efeitos farmacológicos/biológicos do etanol
2. Epidemiologia no Brasil (Slide 17)
a. Uso na vida
1’. População geral4: 75%
2’. Ensino fundamental e médio5: ∼61%
3’. Universitários6: ∼86%
4’. USP7: ∼93%
5’. USP-Biológicas7: 95%
b. Abuso/dependência
1’. População geral11: 3% abuso e 9% dependência
2’. Região Met de São Paulo12: 10% abuso e ∼4% dependência
3. Prevalências de uso e transtornos relacionados na Região Metr de SP
a. 1º uso para uso regular: 66%
b. Uso regular para abuso: 19%
c. Abuso para dependência: 34%
d. Remissão da dependência= 73%, do abuso= 59%
4. Diagnóstico
a. Uso de questionários10(Slide 18):
1’. CAGE13: 4 quest → "cut-down", "annoyed", "guilty" e "eye-opener"
a’. Sentiu que deveria ↓ a qtidd ou parar de beber?
b’. Pessoas o(a) aborrecem porque criticam seu consumo?
c’. Sente-se chateado(a) consigo mesmo(a)?
d’. Costuma beber pela manhã para ↓ nervosismo ou ressaca?
b. Hemograma (valores de corte sugeridos para uso pesado) (Slide 19)
1’. Gama-glutamiltransferase (GGT) >35 u/L
2’. Transferrina carboidrato-deficiente (CDT) >20 G/L ou >2,6%
3’. Aminotransferase da alanina (TGP/ALT) >67 u/L
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4’. Aminotransferase do aspartato (TGO/AST) >65 u/L
5. Intoxicação aguda: concentr de álc no sangue (g/100 ml) e efeitos 15 (Slide 20)
a. 0,01 - 0,05:
1’. ↑ ritmo cardíaco e respiratório
2’. ↓ funções de vários centros nervosos
3’. Comportamento incoerente ao executar tarefas
4’. ↓ capacidade de discernimento e perda da inibição
5’. Leve sensação de euforia, relaxamento e prazer
b. 0,06 - 0,10:
1’. Entorpecimento fisiológico de quase todos os sistemas
2’. ↓ atenção e vigília, reflexos lentos, dif coord e ↓ força muscular
3’. ↓ capacidade de tomar decisões racionais ou de discernimento
4’. Sensação crescente de ansiedade e depressão
5’. ↓ paciência
c. 0,10 - 0,15
1’. Reflexos consideravelmente mais lentos
2’. Problemas de equilíbrio e de movimento
3’. Alteração de algumas funções visuais
4’. Fala arrastada
5’. Vômito, sobretudo se esta alcoolemia for atingida rapidamente
d. 0,16 - 0,29
1’. Transtornos graves dos sentidos, inclusive ↓ consciência
2’. Alterações graves da coordenação motora, cambalear e cair
e. 0,30 - 0,39
1’. Letargia profunda
2’. Perda de consciência
3’. Estado de sedação comparável ao de uma anestesia cirúrgica
4’. Morte (em muitos casos)
f. A partir de 0,40
1’. Inconsciência
2’. Parada respiratória
3’. Morte, em geral provocada por insuficiência respiratória
6. Intoxicação patológica (Slide 21)
a. Avaliar:
1` Traumatismo cranioencefálico (TCE)
2` Infecções
3` Distúrbios hidroeletrolíticos
4` Metabólicos
7. Síndrome de Abstinência alcoólica - SAA16 (Slide 22)
a. Gravidd e duraç variam após ↓ ou ø do consumo de álc em dependentes
b. 4 estágios (o indivíduo pode ou não passar por todos eles)
1’. Hiperatividade autonômica (HA)
a’. Pico ∼ 24 a 48 horas
b’. ↓ da sensopercepção
c’. Tremores
d’. Sudorese
e’. Ansiedade
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f’. Agitação
g’. Insônia
h’. Náuseas, vômitos, diminuição do apetite
i’. ↑ da circulação de catecolaminas
j’. Sint regridem em 1 a 2 d. ∼ 25% evoluem para estágio + grave
2’. Alucinações ou ilusões transitórias geralmente de natureza visual
3’. Excitação neuronal
a’. Convulsões tônico-clônicas generaliz: ∼ 10% dos pacientes
b’. 12 a 48 horas após ↓ da concentração alcoólica plasmática
c’. As convulsões são geralmente únicas e curtas
4’. Delirium tremens (Slide 23)
a’. ∼5% dos alcoolistas
b’. Geralmente ocorre de 48 a 72 horas, mas cessa em 4 a 5 dias
c’. História de ∼ 5 anos de ingestão exc de álcool e ↓ estado geral
d’. ↓ nível de consciência (desorientação, alteração da atenção)
e’. Hiperatividade autonômica (hipertensão, taquicardia)
f’. Alterações da sensopercep (alucinações auditivas ou visuais)
g’. Convulsões
h’. Febre
c. Fatores relacionados:
1’. Infecções
2’. Desnutrição
3’. Encefalopatia de Wernicke
4’. Distúrbios metabólicos
5’. Hipoglicemia
6’. TCE
d. Tratamento em regime de internação
e. Mortalidade: ∼ 15% dos casos (colapso respiratório ou cardiovascular)
8. Tratamento (Slide 24)
a. Depende do padrão de consumo + problemas:
1’. Se abstinente: não incentive a começar
2’. Uso moderado: pode continuar bebendo assim, mas explicar
riscos
3’. Bebedores perigosos: intervenção breve
b. Intervenção breve (Slide 25)
1’. Público-alvo: médicos de cuidados primários
2’. Eficácia: pacientes não dependentes de álcool
3’. Meta: beber moderado, não abstinência
4’. 4 sessões ou menos (apenas alguns minutos). Etapas: FACT
(“Feedback”, “Advice”, “Commitment”, “Tracking”)
a’. Devolutiva: hábitos de consumo/achados físicos e laboratoriais
b’. Aconselhe ↓ consumo. Educação sobre moderação/metas
c’. Compromisso: responsabili// do paciente / oport de mudança
d’. Acompanhamento: telefonemas, visitas e exames laboratoriais
c. Critérios de abuso/dependência: procurar um especialista
D. Principais substâncias (Slide 26)
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1. Álcool 
2. Tabaco
3. Maconha
4. Cocaína
E. Tabaco
1. Apresentação (Slide 27)
a. > 1 bilhão de fumantes em todo o mundo17
b. ↑ em regiões em desenvolvimento (ex: China, Índia, América do Sul)
c. Epidemiologia no Brasil (Slide 28)
1’. ∼17 % de tabagistas, equivalente a 25 milhões de pessoas18
2’. ∼34% destes fumam de 15 a 24 cigarros por dia18
3’. Uso na vida
a’. População geral4: 44%
b’. Ensino fundamental e médio5: ∼17%
b’. Universitários6: ∼47%
c’. USP: ∼52%
d’. USP-Biológicas: 47%
4’. Uso no último ano
a’. População geral4: ∼19%
b’. Ensino fundamental e médio5: ∼10%
c’. Universitários6: ∼28%
d’. USP7: ∼24%
e’. USP-Biológicas7: ∼21%
2. Morbidade e mortalidade
a. Mortalidade: cada cigarro tira 7 minutos da sua vida19
1’. > de 5 milhões de pessoas no mundo, por ano20
2’. 60 mil mortes prematuras em não-fumantes (usuários passivos)20
3’. Brasil: ∼200 mil mortes por ano21
b. Cerca de 4.700 substâncias tóxicas, 60 cancerígenas21
c. Fator de risco para + 50 tipos de doenças21
1’. Responsável por 90% dos cânceres de língua19
2’. 75% das bronquites crônicas e efisema19
3’. 25% dos casos de doença isquêmica do coração19
3. Avaliação
a. Fagerstrom Test for Nicotine Dependence (FTND)22
1’. Urgência para restaurar os níveis de nicotina
2’. Padrões de consumo
b. Nicotine Dependence Syndrome Scale (NDSS)23
1’. Motivação (fissura, compulsão subjetiva)
2’. Repertório (preferência por fumar a fazer outra atividade)
3’. Tolerância
4’. Continuidade/Frequência de uso
5’. Estereotipia (invariância de fumar)
4. Tratamentos (Slide 29)
a. Reposição de Nicotina (ex: chiclete e adesivo)24
b. Medicamentos21
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1’. Bupropiona (Zyban®, Bup®, Wellbutrin®)
2’. Vereniclina (Champix®)
3’. Nortriptilina
c. Terapia cognitivo-comportamental (TCC) 21
d. Mais de um tratamento pode ser utilizado
F. Principais substâncias (Slide 30)
1. Álcool 
2. Tabaco 
3. Maconha
4. Cocaína
G. Maconha: (Slide 31)
1. Princípio ativo: Delta-9-tetrahidrocanabinol (Δ-9-THC) → Cannabis sativa
2. Receptores presentes no córtex, hipocampo, cerebelo e gânglios basais
3. Recept canabinóides (CB1, CB2) localizam-se nos neurônios opióides
4. Ação indireta nos neurônios dopaminérgicos: interação com o sistema opioide
5. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 32)
a. População geral4: ∼9%
b. Ensino fundamental e médio5: ∼6%
c. Universitários6: ∼26%
d. USP7: ∼34%
e. USP-Biológicas7: ∼30%
6. Sintomas de intoxicação (Slide 33)
a. Hiperemia conjuntival
b. Boca seca, sedação
c. Confusão
d. Alteração de atenção e memória de fixação
e. Lentificação ou agitação psicomotora
f. Incoord motora → alterações de sensopercepção (visuais e táteis)
g. ↑ apetite
h. Sintomas paranóides e ataques de pânico podem estar presentes
7. Complicações do uso (Slide 34)
a. Dependência
b. Ataques de pânico
c. Quadros depressivos e esquizofreniformes
d. Baixa toxicidade: não há relatos de morte por overdose
8. Síndrome amotivacional (Slide 35)
a. Apatia
b. ↓ capacidade de realização
c. ↓ energia e motivação
d. ↓ capacidade cognitiva
9. Tratamento
a. Psicoterápico
1’. Terapia comportamental
2’. Terapia motivacional
3’. Técnicas mistas
b. Farmacológico → ineficaz:
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1’. Bupropiona piora sintomas de abstinência25
2’. Nefazodona melhora alguns sintomas de abstinência26
3’. Divalproato piora sintomas do humor na abstinência27
H. Principais substâncias (Slide 36)
1. Álcool 
2. Tabaco 
3. Maconha 
4. Cocaína
I. Cocaína
1. Apresentação (Slide 37)
a. Folhas da Erythroxylum coca
b. Vias de adm: cheirada, injetada e ingerida (pó), ou fumada (crack/merla)
c. Duração dos efeitos depende da via de administração
2. Crack (forma fumada da cocaína) confere: (Slide 38)
a. Alto potencial de abuso: efeitos mais rápidos, > tolerância e adaptação
b. Maior velocidade de eliminação
c. Uso repetitivo para obtenção do efeito
3. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 39)
a. Cocaína
1’. População geral4: ∼3%
2’. Ensino fundamental e médio5: ∼3%
3’. Universitários6: ∼8%
4’. USP7: ∼7%
5’. USP-biológicas7: ∼3%
b. Crack
1’. População geral4: ∼1%
2’. Ensino fundamental e médio5: ∼1%
3’. Universitários6: ∼1%
4’. USP7: ∼1%
5’. USP-biológicas7: ∼1%
c. As mulheres aderiram ao uso de crack (prostituição)
d. O uso tem se estendido a outras classes socioeconômicas
e. Outras modalidades de uso: USO CONTROLADO?
4. Efeitos29 (Slide 40)
a. Físicos
1’. Cardiovasculares
a’. ↑ da freq cardíaca
b’. Cardiomiopatia dilatada
c’. Hipertensão arterial
d’. Arritmias
2’. Neurológicos
a’. AVC
b’. Cefaléia
c’. Vasculite
3’. Doenças
a’. HIV
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b’. Hepatite
b. Psiquiátricos
1’. Ansiedade
2’. Depressão
3’. Psicoses
5. Tratamento
a. TCC
b. Farmacológico
1’. Naltrexona (Révia®)
2’. Topiramato (Topamax®)
3’. IRSS: Fluoxetina (Prozac®)
4’. Vacina (? Aprov FDA 2015?)
IV. Outras substâncias
A. Tópicos a serem abordados (Slide 41)
1. Introdução sobre o uso de drogas 
2. Critérios diagnósticos 
3. Principais substâncias 
4. Outras substâncias
B. Outras substâncias (Slide 42)
1. Anfetaminas
2. Ecstasy
3. Anabolizantes
4. Heroína
5. Inalantes
6. Alucinógenos
C. Anfetaminas 30
1. Apresentação (Slide 43)
a. Ex: anfetamina, dexanfetamina, metanfetamina, fenfluramina
b. Ação no SNC: ↑ concentrações extracelulares de DA e noradrenalina
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 44)
a. População geral4: ∼3%
b. Ensino fundamental e médio5: ∼2%
c. Universitários6: ∼14%
c. USP7: ∼9%
d. USP-Biológicas7: ∼10%
e. Maiores prevalências em mulheres6
3. Efeitos31 (Slide 45)
a. Físicos
1’. Abulia
2’. Pressão alta
3’. Complicações cardiovasculares (arritmia, AVC)
4’. Distúrbios do sono
5’. Perda de apetite
b. Psiquiátricos
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1’. Paranóia
2’. Sintomas de abstinência (depressão, fadiga)
D. Outras substâncias (Slide 46)
1. Anfetaminas
2. Ecstasy
3. Anabolizantes
4. Heroína
5. Inalantes
6. Alucinógenos
E. Ecstasy = MDMA
1. Apresentação (Slide 47)
a. 3,4-metilenodioximetanfetamina
b. Derivado da anfetamina, c/ propriedades alucinógenas e estimulantes32
c. MDMA contém variações e possivelm/ outras substâncias
1’. Metanfetamina
2’. Cafeína
3’. Dextrometorfano
4’. Efedrina
5’. Cocaína
d. ↑ e prolonga a ação da serotonina33
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 48)
a. Ensino fundamental e médio5: ∼1%
b. Universitários6: ∼8%
c. USP7: ∼7%
d. USP-Biológicas7: ∼6%
3. Efeitos (Slide 49)
a. Físicos
1’. ↑ pressão arterial
2’. ↑ batimento cardíaco
3’. ↑ temperatura
4’. ↑ tremor
5’. Ranger dos dentes
6’. Hipotermia
b. Psiquiátricos:
1’. Confusão
2’. Depressão
3’. Problemas de sono
4’. Ansiedade
5’. Paranóia
a. Outros efeitos
1’. Energia
2’. Euforia
3’. Impulsividade
b. Efeitos severos raros (Slide 50)
1’. Hipotermia severa
2’. Rabdomiólise
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3’. Falência múltipla de órgãos (rim, fígado)
4’. Epilepsia
5’. Infarto cerebral ou hemorragia intracraniana
6’. Morte
4. Riscos associados (Slide 51)
a. Impulsividade
b. Comportamentos sexuais
1’. ↑ número de parceiros
2’. ↓ uso de contraceptivos
5. Perfil do usuário de ecstasy (Slide 52)
a. Idades entre 18 e 25 anos
b. Universitário
c. Usuário de múltiplas drogas
d. Frequenta festas raves
F. Outras substâncias (Slide 53)
1. Anfetaminas 
2. Ecstasy 
3. Anabolizantes
4. Heroína
5. Inalantes
6. Alucinógenos
G. Anabolizantes24
1. Apresentação (Slide 54)
a. Variantes sintéticos da testosterona
b. Podem ser prescritos para o tratamento de deficiências hormonais
c. Uso abusivo: tentativa de melhorar o desempenho e/ou aparência física
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 55)
a. População geral4: ∼1%
b. Ensino fundamental e médio5: ∼1%
c. Universitários6: ∼4%
d. USP7: ∼1%
e. USP-Biológicas7: 0,3%
3. Efeitos (Slide 56)
a. Físicos
1’. ↑ muscular
2’. Icterícia
3’. Retenção de líquidos
4’. ↑ pressão arterial
5’. ↑ do “mal colesterol”
b. Psiquiátricos
1’. Dependência
2’. Disfunção psiquiátrica
3’. Alterações no humor
4’. Sintomas maníacos
5’. Irritabilidade/agressividade
4. Efeitos específicos (Slide 57)
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a.
b.
c.
d.
e.
f.
Dano hepático/renal
Danos cardíacos
Icterícia
↑ PA
Retenção hídrica
♂
1’. Infertilidade
2’. Calvície
3’. Desenvolv de mamas
4’. ↑ risco câncer de próstata
g. ♀
1’. ↑ de pelos faciais
2’. Calvície
3’. Mudanças ou cessação da menstruação
h. Adolescentes: atraso no crescimento, puberdade acelerada
H. Outras substâncias (Slide 58)
1. Anfetaminas 
2. Ecstasy 
3. Anabolizantes 
4. Opioides
5. Inalantes
6. Alucinógenos: LSD
I. Opioides 34
1. Apresentação (Slide 59)
a. Analgésico
b. Ex: morfina, codeína, oxicodona
c. Algumas subst são utilizadas para alívio da tosse e diarréia (ex: codeína)
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 60)
a. População geral4: ∼1%
b. Universitários6: ∼6%
c. USP7: ∼1%
d. USP-Biológicas7: ∼2%
3. Efeitos (Slide 61)
a. Físicos
1’. ↓ dor
2’. Sonolência
3’. Náusea
4’. Euforia
5’. Overdose
b. Psiquiátricos
1’. Tolerância
2’. Dependência
3’. Problemas respiratórios
4. Tratamento (Slide 62)
a. TCC
b. Farmacológico35
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J.
K.
L.
M.
1’. Terapia de substituição com metadona
2’. Naltrexona (Révia®)
3’. Bupropiona (Zyban®, Bup®, Wellbutrin®)
c. Mais de um tratamento pode ser utilizado
Outras substâncias (Slide 63)
1. Anfetaminas 
2. Ecstasy 
3. Anabolizantes 
4. Opioides 
5. Inalantes
6. Alucinógenos
Inalantes36
1. Apresentação (Slide 64)
a. Inalado pelo nariz ou pela boca
b. Efeitos + rápidos = ↑ consumo
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 65)
a. População geral4: 6%
b. Ensino fundamental e médio5: ∼9%
c. Universitários6: ∼20%,
d. USP7: ∼19%
e. USP-Biológicas7: ∼20%
3. Efeitos ∼ aos do álcool (Slide 66)
a. Fala arrastada
b. Falta de coordenação
c. Euforia
d. Tontura
e. Vertigens
f. Alucinações e delírios
4. Consequências (Slide 66)
a. Hipóxia, asfixia
b. Danos no SNC
c. Parada cardíaca (morte súbita)
Outras substâncias (Slide 67)
1. Anfetaminas 
2. Ecstasy 
3. Anabolizantes 
4. Opioides 
5. Inalantes 
6. Alucinógenos
Alucinógenos37
1. Apresentação (Slide 68)
a. Classificados como substâncias alcaloides
b. Mimetiza efeitos da serotonina
c. Ex: LSD, peiote, psilocibina,fenciclidina (“pó de anjo”)
d. Não é considerada uma droga que leva à depend, mas produz tolerância
2. Epidemiologia no Brasil (uso na vida) (Slide 69)
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a. População geral4: ∼1%
b. Ensino fundamental e médio (LSD)5: ∼1%
c. Universitários6: ∼8%, na vida
d. USP7: ∼9%
e. USP-Biológicas7: ∼6%38
3. Efeitos (Slide 70)
a. Físicos
1’. Pupilas dilatadas e tremores
2’. ↑ temperatura corporal
3’. ↑ frequência cardíaca e pressão arterial
4’. Sudorese
b. Psiquiátricos
1’. Distorções na percepção e realidade
2’. Delírios
3’. Oscilações emocionais
4’. “Flashbacks”
c. Dependem da quantidade utilizada
1’. Não tem potencial ou causa dependência
2’. Prejuízos agudos
d. Duram ∼ 12h
4. Possíveis efeitos físicos do LSD (Slide 71)
a. Sistêmico
1’. Hipotermia
2’. Febre
b. Boca: produção de saliva
c. Mandíbula: tensionamento
d. Sangue: nível ↑açúcar
e. Músculo
1’. Hiperreflexia
2’. Tremores
3’. Fraqueza
f. Crânio: lesão cerebral
g. Pupila: dilatação
h. Membranas mucosas: produção de muco
i. Pele
1’. Arrepios
2’. Transpiração
3’. Parestesia
j. Coração: ↓ frequencia cardíaca
k. Gástrico: Náusea
V. Conclusões
A. Drogas mais usadas no Brasil (gráfico) (Slide 72)
1. População geral4
a. Álcool: ∼75%
b. Tabaco: 44%
c. Maconha: ∼9%
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B.
C.
D.
E.
d. Cocaína: ∼3%
e. Inalantes: ∼6%
f. Alucinógenos: ∼1%
g. Tranquilizantes: ∼6%
h. Anfetaminas: ∼3%
2. Universitários6
a. Álcool: ∼86%
b. Tabaco: ∼47%
c. Maconha: ∼26%
d. Cocaína: ∼8%
e. Inalantes: ∼20%
f. Alucinógenos: ∼8%
g. Tranquilizantes: ∼12%
h. Anfetaminas: ∼14%
3. USP7:
a. Álcool: ∼93%
b. Tabaco: ∼52%
c. Maconha: ∼34%
d. Cocaína: ∼8%
e. Inalantes: ∼19%
f. Alucinógenos: ∼9%
g. Tranquilizantes: ∼8%
h. Anfetaminas: ∼9%
Uso de álcool e crack são atuais problemas de saúde pública (Slide 73)
Existe tratamento
Índice de sucesso é semelhante ao de outras doenças crônicas
Comparação com outras doenças crônicas39
1. Dependência química: 40% a 60%
2. Diabetes tipo I: 30% a 50%
3. Hipertensão: 50% a 60%
4. Asma: 60% a 80%
Referências
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