Marcelo Eduardo Freres Stipp

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VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física
II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física
Universidade de Coimbra, Maio de 2010
DESASTRES CLIMÁTICOS E IMPACTOS CLIMÁTICOS NA REGIÃO
METROPOLITANA DE LONDRINA / PARANÁ / BRASIL
Marcelo Eduardo Freres Stipp 1
INTRODUÇÃO
Indubitavelmente o clima é o fator configurador da paisagem, e sua incidência
sobre as atividades humanas é de suma importância para os dias atuais.
As redes espaciais resultantes da relação sociedade e natureza se afirmam como
principal elo das alterações climáticas.
A Geografia não dissocia os aspectos culturais dos naturais e nisso reside sua
singularidade. Analisa a ecosfera em seus cinco componentes: atmosfera, litosfera,
hidrosfera, biosfera e antroposfera, as quais se encontram em permanente processo
interativo (CONTI, 1998).
A dinâmica atmosférica é objeto específico da investigação da Climatologia, pois
esta interfere em processos Geomorfológicos, hidrológicos e em toda biodiversidade.
Seus fenômenos são regidos por leis físicas, porém suas conseqüências na superfície
terrestre são imprevisíveis.
Sistematicamente a Climatologia deve contribuir para o domínio científico, sobre o
ambiente e a sua integração com os demais aspectos do meio natural. Estudos
atualizados investigam os mecanismos e as influências naturais e antrópicas, aplicando
seus conhecimentos à gestão e planejamento dos recursos naturais em suas múltiplas
manifestações.
Nas cidades de pequeno e médio porte, tem sido aplicados estudos de ordem
climatológica e análises integradas a outras áreas do conhecimento, moldes sugeridos
por autores, como MENDONÇA (2000) e TARIFA (2002), cujos resultados são
estimuladores, principalmente pela possibilidade oferecida de se ter um conhecimento
integrado e interativo da estrutura das unidades climáticas e dos processos
geográficos.
Inadequado seria esquecer, de ressaltar a dificuldade para estudá-lo já que o clima
é bastante dinâmico, complexo e abstrato, daí, não podendo ser simplificado em
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Professor Doutor do Curso de Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Cornélio
Procópio, e do Curso de Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Campus Londrina, Paraná, Brasil. e-mail: [email protected]
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valores exatos, de maneira simplista e generalizada, acrescenta-se a tudo isso a
inexatidão de definir o clima de uma área e suas correlações e desastres.
Este estudo tem o enfoque holístico-sistêmico que conduzirá ao conhecimento das
interações de interdependências existentes entre os componentes climáticos e
ambientais que integram a paisagem da área. Componentes estes que formam os
sistemas naturais, funcionam harmonicamente através de câmbios de energias, de
modo que qualquer modificação introduzida em um deles reflete-se direta ou
indiretamente nos demais, perturbando o equilíbrio do conjunto.
Essas alterações podem ser de gêneses naturais e antrópicas quando provocadas
pelo homem por meio da degradação da vegetação, dos solos, do relevo, da
impermeabilização, da poluição hídrica e atmosférica, resultando graves impactos
negativos de caráter sócio-ambientais.
Para embasar a pesquisa aplicada neste trabalho seguiu-se a linha de TRICART
(1977) Unidades Climáticas Urbanas. Essas Unidades podem ser consideradas como
“homogêneas” para cada dimensão das relações entre os controles climáticos urbanos
(uso do solo, fluxo de veículos, densidade populacional, densidade das edificações,
orientação e altura das edificações, áreas verdes, represas, parques e emissão de
poluentes) e os atributos (temperatura da superfície do ar, umidade, insolação,
radiação solar, qualidade do ar, pluviosidade e ventilação). As dimensões dessas
unidades formam uma “rede” de relações que é definida pelo autor como
Ecodinâmica,
Dessa forma, o método proposto para esse trabalho consiste em integrar, cruzar e
analisar os Planos de Informações Temáticos, fundamentais para estudos do clima
urbano. Além das análises previstas, as determinações de aptidão de desastres
climáticos e o redirecionamento e critérios para o uso adequado do solo urbano.
O objetivo geral deste trabalho se constituiu na realização de uma análise com
enfoque holístico-sistêmico do conjunto de componentes climáticos e ambientais, para
identificar a capacidade de suporte das unidades ecodinâmicas e definir as
potencialidades e limitações.
Quanto às especificidades pode-se resumir entre as principais que foram realizadas
as seguintes:
Caracterização da área de estudos, nos seus atributos fisiográficos e
socioeconômicos;
Reinterpretação e interpretação das informações temáticas disponíveis
(cartas climáticas, uso da terra e fitogeográficas);
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Elaboração da base cartográficas nas escalas 1:250.000 e 1:50.000,
sobre as imagens de satélites com a finalidade de atualizar as cartas temáticas;
Classificação, de acordo com o grau de vulnerabilidade, de cada unidade
territorial, baseado nos processos dos impactos climáticos;
Elaboração da carta de vulnerabilidade climática a partir de um banco
de dados contendo as informações básicas do meio físico e do uso do solo;
Elaborar o documento síntese cartográfico e textual com as proposições
para o Ordenamento Territorial, instrumento que subsidiará o relatório final.
PROBLEMATIZAÇÃO
A área desta pesquisa é integrante da Região Sul do Brasil e em sua maior parte, no
Planalto Meridional Brasileiro. É caracterizada por relevo, ondulado e aplainado,
apresentando topos na parte oeste e diminuindo a altitude para o leste devido à
queda do relevo em direção ao rio Tibagi, que corre no sentido sul-norte e deságua no
rio Paranapanema, sendo que o município de Londrina se localiza na margem esquerda
daquele. Possui abundante drenagem, era recoberta por exuberante floresta e detinha
um solo rico em nutrientes: Latossolo Vermelho (“Terra Roxa”) proveniente da
decomposição da rocha basáltica.
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Figura 1. Localização da Área em Estudo. (Org.: STIPP, 2010).
O clima da região se apresenta com temperaturas amenas a elevadas e chuvas
principalmente no verão (24ºC), condições essas que facilitaram a expansão da cultura
cafeeira nos anos 60.
Suas matas foram inteiramente devastadas e sucedidas a perder de vistas, pelos
cafezais nas décadas de 60/70 e pelo soja, na década de 90.
Devido ao desenvolvimento da agricultura regional e acelerada urbanização, a área
do município de Londrina se encontra recoberta por extensos campos de cultivos
temporários ou perenes e a presença da mata pluvial tropical e subtropical, formação
típica da região, é muito pouco expressiva. Tais fatores tornaram-se agravantes na
formação de vendavais que assolam a área urbana.
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Conforme estudo feito por Mendonça (1995) constatou-se que a área urbana de
Londrina está sujeita a fortes vendavais, por ser uma região de instabilidade de massas
e devido ao franco desenvolvimento de edificações e o desmatamento.
Sendo um território de grande desenvolvimento urbano, nos últimos anos a área
urbana de Londrina vem sofrendo com a ação de fortes ventos e espaços de
desconforto térmico, o que acarreta problemas materiais e de saúde que afetam
diretamente a população.
REFERENCIAL TEÓRICO
O clima urbano é um sistema que abrange o clima de um dado espaço terrestre e
sua urbanização. É um mesoclima que está incluído no macroclima e que sofre, na
proximidade do solo, influências microclimáticas derivadas dos espaços urbanos. Por
outro lado, a cidade deve ser considerada parte integral do espaço regional, assim
como suas contradições internas. Deve-se analisar as variações do ambiente urbano,
nos vários níveis, tais como nos bairros, ruas, casas, ambientes internos. A ação
ecológica natural, associada aos fenômenos urbanos, constitui o conjunto complexo de
inter-relações que produzem o clima urbano (LOMBARDO,1985).
O que se verifica dessa passagem transcrita é que a cidade não só é a forma mais
radical de transformação da natureza, como também é a modificadora das condições
climáticas e ambientais da área. Vale dizer que surge assim, um novo ambiente,
totalmente alterado pelo homem, não só no plano da morfologia urbana, mas também
na criação de um novo clima específico da cidade.
Contemporaneamente o clima urbano é um dos campos da climatologia mais
estudado, pois nele se revelam os principais desastres climáticos (vendavais,
enchentes, etc.) e constitui um excelente laboratório, onde se pode utilizar de
materiais simples para a verificação das alterações dos sistemas mais complexos
desencadeados pela ação humana.
Inadequado seria esquecer também, que tais sistemas desencadeados pela ação do
homem vêm causando alterações sensíveis não somente ao aparecimento das “ilhas
de calor” enfatizadas por Lombardo (1985), mas também prejuízos à saúde do homem
(problemas do coração, circulação e respiratório). Vale dizer que a flora e a fauna,
quando não são exóticas ao ambiente tendem a adaptar-se ao calor dos centros
urbanos.
Cumpre examinar nesse passo, que um dos temas mais relevantes do estudo do
clima urbano são as ilhas de calor, áreas alteradas pelo balanço de energia devido às
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edificações, que eleva a temperatura local diferente das áreas circunvizinhas e que
propicia uma circulação própria.
Importante também ressaltar no estudo do clima urbano e ilhas de calor a
amplitude térmica, onde as principais diferenças térmicas nas áreas urbanas aparecem
com tempo anticiclonal, caracterizado pela alta pressão do ar, com o céu aberto e
ensolarado, sem o aparecimento de nuvens, que permite uma elevada insolação e
rápido resfriamento noturno. Com o tempo ciclonal, caracterizado por baixa pressão,
com o céu nublado ou com precipitações, acorre o contrário.
Das variáveis climáticas associadas aos tipos de tempo, é o vento que mais
influencia a ilha de calor. Esta influência se manifesta pelo enfraquecimento da ilha de
calor e diminuição do aquecimento na direção de onde sopra o vento.
A intensidade da ilha de calor é diretamente proporcional a sua população e
inversamente proporcional à velocidade do vento.
O padrão de circulação característico das cidades agrava o problema da poluição,
não só pela direção convergente dos ventos decorrente das diferenças barométricas,
como pelo estabelecimento de uma camada de inversão.
A modificação das correntes de vento na cidade deve ser analisada também com o
tipo de tempo, a posição orográfica, a estrutura das construções e o sítio urbano. As
cidades, em época de calmaria, recebem ventos de periferia em direção ao centro
aumentando assim a concentração de poluentes no ar.
MÉTODO
Os procedimentos metodológicos que serão aplicados neste estudo foi proposto
por Crepani et al. (2001), desenvolvido sob a Teoria Ecodinâmica de Tricart (1977), e,
associada à proposta de Monteiro S.C.U. (1976), na dimensão da Teoria do Sistema.
Os procedimentos metodológicos foram divididos em três fases:
Na 1ª fase foi elaborada a caracterização da paisagem natural, para determinação
do perfil fisiográfico, implementando assim o acervo cartográfico da área em estudo;
Campanhas de campo e Confecção da Cartografia temática da área (Hipsometria,
Hidrografia e Urbanização)
A 2ª fase se prendeu a identificação da estrutura dinâmica dos espaços
diferenciados para a definição do Sistema Clima Urbano; Levantamento do padrão de
ocupação da área em estudo e dos principais aspectos integrados à paisagem;
Identificação dos principais fluxos climáticos naturais: Direção dos Ventos de
superfície, temperaturas médias e pluviosidade em estações de verão e inverno.
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Na 3ª fase realizou-se a integração parcial dos dados levantados, a redação do
relatório preliminar e a elaboração da Carta Síntese climática da área urbana de
Londrina/PR. Carta de Desastres Climáticos e Impactos.
Todo este procedimento metodológico resultou em propostas para amenizar os
impactos climáticos causados na área urbana de Londrina/PR.
RESULTADOS PARCIAIS
O levantamento bibliográfico específico da área a região Metropolitana de
Londrina/ PR mostrou alguns dados importantes que permitiram chegar a algumas
conclusões:
Segundo a classificação de Köppen (AYOADE, 1986), o clima é do tipo CFa, ou seja,
clima subtropical úmido, com chuvas em todas as estações, podendo ocorrer secas no
inverno. Sendo a temperatura média do mês mais quente, superior a 29º C, e do mês
mais frio, inferior a 10º C. De acordo com o IAPAR – Instituto Agronômico do
Paraná(1978), a região apresenta verão quente e inverno ameno, com índices de
umidades relativa do ar em torno de 76,6% no verão e 67, 6% no inverno, e com
umidade relativa média de ano situada em 67,0%.
De acordo com Nimer (1989), como caracterização climática a área de estudo pode
ser considerada como uma zona de embates de massas Tropicais, Equatorial e Polares,
onde esses embates geram elevadas amplitudes barométricas, resultando na
ocorrência de fortes vendavais e tempestades. A direção predominante dos ventos é
de NE - E - SE, originados pela alta pressão dos centros do Atlântico e Pacífico.
Em dias propícios à ocorrência de geadas, revelam a direção dos ventos que
acompanham a entrada de anticiclones polares, com direção predominante SW e W.
A média da precipitação pluviométrica anual é de 1.291,10mm, sendo Janeiro,
fevereiro e junho, os meses mais chuvosos. Agosto, novembro e dezembro os meses
mais secos.
O sistema hidrográfico do Paraná, pela declividade do relevo em direção a Oeste,
em sua grande maioria drena neste sentido, formando a Bacia do Paraná que, por sua
vez, interliga a Bacia do Prata.
Entretanto, o subsistema hidrográfico do Município corre no sentido
predominantemente de Oeste para Leste, uma vez que o relevo está genericamente
inclinado da região de Londrina para o Rio Tibagi, que tem o sentido Sul-Norte,
desaguando no Rio Paranapanema, um dos tributários do Rio Paraná. Os principais rios
do Município são Cambé, Cambezinho, Cafezal, Quati, Lindóia, Jacutinga,
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Apucaraninha, Apertados, Três Bocas, Marrecas, Taquara e Tibagi contribuem para o
significativo potencial hídrico do município, com destaque para este último com uma
extensão aproximada de 69,25 km dentro do município. O aproveitamento do Rio
Tibagi é ainda muito pequeno a considerar-se sua capacidade hidrelétrica, avaliada em
1.500 Mw, porém, sua exploração é limitada apenas a uma usina com potência
superior a 20 Mw (Usina Hidrelétrica Presidente Vargas). Esta carência se deve a uma
polêmica estabelecida pela política de produção de energia elétrica dominante no país
que contraria muitos pesquisadores, que atualmente lutam por uma mudança do
modelo vigente.
O município possui poucas áreas remanescentes da formação vegetal natural (mata
pluvial tropical e subtropical) mata exuberante que recobria a região de Londrina.
Atualmente a mata dos Godoy (Reserva Florestal Estadual), Mata Doralice e Reserva
Indígena do Apucaraninha são as formações florestais que ainda detêm uma variedade
de gêneros e espécies de vegetação que se encontrava na região há mais de 60 anos.
Apesar do desmatamento verificado no município de Londrina, existem outras
poucas áreas com vegetação natural (como o Parque Arthur Thomaz e o Parque
Daisaku Ikeda) e algumas RPPNs em propriedades particulares que respeitam a
legislação ambiental estadual e federal, isto é, conservam 20% de matas em suas
terras.
Os embates temporais que ocorrem nessa região geram elevadas amplitudes
barométricas, resultando na ocorrência de fortes vendavais e tempestades que têm
causado inúmeros desastres climáticos. Este trabalho sugeriu algumas propostas de
mitigação para esses impactos ambientais, tais como implementação de quebra ventos
(plantações de algumas espécies vegetais capazes de suportar vendavais), alteração do
plano de expansão urbana da cidade, entre outras.
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Figura 2. Carta dos Pontos de Destruição dos Vendavais. (Org.: STIPP, 2010).
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Bibliografia
AYOADE, J.O. 1986, Introdução à climatologia para os Trópicos. Trad. por Maria Juraci
Zani dos Santos. São Paulo: DIFEL, 332p.
CONTI, J. B. 1998, Clima e Meio Ambiente. Meio Ambiente. Ed. Atual.
CREPANII E., et al 2001, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Aplicados ao
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EMBRAPA. 2006, Sistema brasileiro de classificação de solos. 2º Ed. Rio de Janeiro:
EMBRAPA SOLOS.
FUNDAÇÃO INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. 1978, Cartas climáticas básicas do
Estado do Paraná. Londrina, IAPAR, 41 p. ilust.
LOMBARDO, M. A. 1985, Mudanças Climáticas recentes e a ação antrópica. Revista do
Departamento de Geografia. São Paulo: USP
MENDONÇA, F. 2000, Geografia Física: ciência humana? São Paulo: Editora Contexto,
78p.
MENDONÇA, F. A. 1995, O clima e o planejamento urbano de cidades de porte médio e
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MONTEIRO, C. A. 1976, Teoria e Clima Urbano. São Paulo: Ed. IG-USP, São Paulo, 241p.
NIMER, E. 1989, Climatologia do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: IBGE: Departamento de
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