STC 7 Célula Interrupção voluntária da gravidez Interrupção voluntária da gravidez é a interrupção provocada de uma gravidez por opção própria antes do final do seu desenvolvimento normal. Hoje a interrupção voluntária da gravidez é legal desde que os motivos apresentados estejam enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que estão oficialmente reconhecidos para o efeito. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida voluntariamente . A distância afectiva do casal e o desconhecimento de alternativas à “Interrupção Voluntária de Gravidez” (I.V.G) são as principais causas do aborto. O afastamento psicológico ou físico do casal, a pressão ou desconfiança em relação à família da adolescente grávida, o medo dos juízos pela sua gravidez enquanto solteira, a pressão no seu trabalho, a influência dos amigos ou do ginecologista ao detectar uma má-formação, a falta de informação sobre outras alternativas e sobre as graves sequelas do aborto são os motivos pelos quais as adolescentes e jovens optam por abortar. Em Portugal, a interrupção da gravidez por opção da mulher pode ser efectuada até às primeiras 10 semanas de gravidez, Paula Rosa STC 7 calculadas, através de uma ecografia, a partir da data da última menstruação. Como proceder, no caso de uma gravidez indesejada: 1. Confirmação da gravidez através de um teste de gravidez 2. Consulta prévia 3. Escolha o local: publico ou privado 4. Escolha do tipo de interrupção. 5. Consulta de Controlo - em que se certificarão de que todo o conteúdo uterino foi expulso e que está "limpo". 6. Consulta médica de planeamento familiar, onde avaliará o método contraceptivo que utilizar (se utiliza) e o que deverá utilizar, de acordo com a sua situação e necessidades. Paula Rosa STC 7 7. Logo após a interrupção da gravidez pode engravidar de novo. Assim, será necessário iniciar de imediato um método contraceptivo. Existem dois métodos para interromper a gravidez: método cirúrgico e método medicamentoso. Ambos podem ser feitos sem que seja, para isso, necessário ser internada. O método mais simples e recorrente é o medicamentoso, mas pode escolher qual o método para interromper a gravidez e deve comunicá-lo na consulta prévia. Interrupção Medicamentosa da Gravidez é a mais comum, normalmente recorre-se a uma interrupção medicamentosa da gravidez, em vez de cirúrgica. A IVG por meio medicamentoso é a única que pode ser feita até às 10 semanas. A interrupção medicamentosa da gravidez consiste na administração de fármacos, cuja acção interrompe a gravidez. A interrupção cirúrgica da gravidez consiste na remoção do conteúdo uterino por Aspiração ou Dilatação e Curetagem. Esta intervenção poderá ser feita com anestesia local ou geral e tem uma duração de poucos minutos.. No caso de ter que recorrer a uma interrupção cirúrgica da gravidez, será necessária hospitalização, mas que dura, normalmente, apenas uma manhã ou uma tarde. Normalmente, após uma interrupção cirúrgica da gravidez, não há necessidade da mulher ser observada novamente. Paula Rosa STC 7 Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes. Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio. Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado, deve contactar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção. Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do ZT em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental. Microscópio Paula Rosa STC 7 O microscópio óptico é um instrumento indispensável aos trabalhos laboratoriais que envolvam o estudo da célula. Ao fornecer imagens ampliadas de grande precisão, torna possível a observação de estruturas invisíveis à vista desarmada. Para uma rentabilização das suas potencialidades torna-se absolutamente essencial conhecer a sua funcionamento. Componentes e funções do microscópio Paula Rosa constituição e STC 7 Componentes Mêcanicos: Pé ou base – serve de apoio dos componentes restantes do microscópio. Coluna ou Braço – fixo à base, serve de suporte a outros elementos. Mesa ou Platina – onde se fixa a preparação que será observada; tem uma janela por onde passam os raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a preparação. Tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior. Revólver ou Óptico– peça giratória portadora de objectivas de diferentes ampliações. Parafuso macrométrico – a sua rotação é responsável por movimentos verticais da platina, rápidos e de grande amplitude. Parafuso micrométrico – a sua rotação é responsável por movimentos verticais da platina, lentos e de pequena amplitude, permitem aperfeiçoar a focagem. Comando de Charriot - Movimenta a lâmina de um lado para o outro, permitindo uma análise da lâmina como um todo. Objetivas - Sistemas ópticos contruídos com 4 a 6 ou mais lentes superpostas. Oculares - São compostas de duas lentes que aumentam a imagem formada pela objetiva e corrigem possíveis aberrações ópticas. Condensador - Tem por objetivo prover o preparo com uma iluminação uniforme. Diafragma - Reduz ou aumenta a área iluminada ao nível da preparação. Componentes Ópticos: Paula Rosa STC 7 Condensador – conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e espalham regularmente a luz emitida pela fonte luminosa sobre o campo de visão do microscópio. Diafragma – é constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do centro através de uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do microscópio. Objetivas – permitem ampliar a imagem do objeto 10x, 40x, 50x, 90x ou 100x. * As objectivas de 10x, 40x e 50x são designadas objectivas secas pois entre a preparação e a objectiva existe somente ar. * As objectivas de 90x e 100x são designadas objectivas de imersão, uma vez que, para utiliza-las é necessário colocar uma gota de óleo de imersão entre elas e a preparação, o qual, por ter um índice de refracção semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe luminoso para fora da objetiva. Oculares – sistema de lentes que permite ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos olhos do observador. As oculares mais utilizadas são as de ampliação 10x, mas nos microscópios binoculares também existem oculares de 12,5, 8x e 6x. Fonte luminosa – a mais utilizada atualmente é a luz artificial, fornecida por uma lâmpada de tungstenio ou de halogeneo, incluída no aparelho juntamente com um interruptor com reostato, que permite regular a intensidade da luz emitida. Organização Celular Paula Rosa STC 7 A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, comportando-se como unidade independente, mesmo nos organismos multicelulares. Apesar desta universalidade de estrutura e função, há diversidade no tamanho, forma e grau de complexidade. Algumas células possuem uma estrutura muito simples, mas a maioria apresenta uma maior complexidade. As células mais simples possuem um número muito reduzido de organitos e não têm sequer um núcleo organizado, individualizado do citoplasma por um invólucro — são as células procarióticas. As células mais complexas possuem núcleo organizado e individualizado do citoplasma por um invólucro e numerosos organitos — são as células eucarióticas. Os seres constituídos por células procarióticas chamam-se procariontes; incluem bactérias e algumas algas primitivas (algas azuis). Os seres constituídos por células eucarióticas chamam-se eucariontes e incluem os restantes seres vivos. Características procarióticas Paula Rosa das Células eucarióticas e Células STC 7 Tamanho da célula Cerca de 40 μm de diâmetro; em regra 1000 a 10 000 vezes o volume da célula procariótica. Diâmetro médio 0,5 – 5 μm Parede Celular Presente nas plantas e fungos. É rígida e formada por celulose nas plantas e por quitina nos fungos. Rígida constituída por polissacarídeos com aminoácidos. Material genético Possuem verdadeiro núcleo que contém um ou mais nucléolos. Não existe invólucro nuclear, nem nucléolo. O material nuclear está em contacto directo com o citoplasma e constitui o nucleóide. Organelos Muitos organelos membranares como mitocôndrias, retículo, complexo de Golgi. Ausência de organelos com membranas. Contêm muitos ribossomas que têm menores dimensões que os das células eucarióticas. Estruturas respiratórias Hialoplasma e mitocôndrias. Hialoplasma e membrana plasmática. Fotossíntese Paula Rosa STC 7 Ocorre em cloroplastos com uma estrutura membranar complexa. Sem cloroplastos. Tem lugar, por exemplo, em lamelas fotossintéticas. Flagelos Organelos locomotores complexos, rodeados por membrana plasmática Organelos locomotores simples, não incluídos na membrana plasmática. Diferenças comparativas entre Células Eucarióticas Animais e Vegetais Apesar de em todas as células eucarióticas existir uma estrutura básica semelhante, há algumas diferenças entre a célula animal e a célula vegetal. Estrutura Célula animal • Parede Celular - Ausente • Centríolos - Presentes (em regra) • Plastos - Ausentes • Vacúolos - Presentes, são pequenos e temporários Estrutura Célula vegetal • Parede Celular Presente Paula Rosa STC 7 • Centríolos Ausentes (nas plantas superiores) • Plastos Presentes • Vacúolos Presentes, as dimensões aumentam com a idade da célula e o número diminui. Paula Rosa