Novos mísseis russos baseados em ferrovias para aumentar seu

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Novos mísseis russos baseados
em ferrovias para aumentar
seu potencial nuclear
A mídia russa tem divulgado,que o país está desenvolvendo um
sistema de combate de mísseis ferroviários (SCMF) de nova
geração. O protótipo desse sistema poderá ser produzido em
2020. Além da Rússia, também a Índia está desenvolvendo
sistemas ferroviários.
Os novos sistemas não terão nada em comum com os sistemas
Molodets com mísseis RT-23 criados pela URSS; eles serão,
provavelmente, muito mais leves que os mísseis RT-23. Se o
programa for executado, a sua contribuição para o equilíbrio
nuclear entre a Rússia e os EUA será potencialmente mais
elevada que na altura da realização do programa Molodets. O
sistema soviético, apesar do seu enorme poder de ataque, tinha
uma série de defeitos insolúveis que limitavam a possibilidade
da sua utilização. Com o fim de sua fabricação, a limitação da
distancia de patrulhamento e, por fim, os acordos START II em
2005 foram medidas que teriam de ser realizadas mesmo se que
não tivesse havido acordo com os norte-americanos.
O principal problema do sistema Molodets era a utilização do
enorme míssil RT-23UTTKh com um peso de quase 105 toneladas.
Isso resultou no aumento de peso da composição ferroviária
utilizada para ser a base do sistema. Apesar de a composição
se poder se deslocar nas ferrovias de uso comum, ela
danificava a via, o que mais tarde até provocou
descarrilamentos de trens “civis” que lá circulavam. Isso
levou à limitação dos trajetos de patrulhamento do sistema em
tempo de paz.
Outro problema do sistema, depois do desmembramento da URSS,
era a montagem dos mísseis RT-23UTTKh e o fabricação de seus
dois primeiros estágios na Ucrânia. Assim, depois do fim da
URSS, os sistemas só podiam ser utilizados até esgotar o tempo
de serviço dos motores com combustível sólido dos mísseis. Os
prazos de garantia de armazenagem desses mísseis, e que era de
15 anos, terminaram em 2005.
Com todos os seus defeitos, os sistemas ferroviários
soviéticos eram um objeto de especial preocupação pelos EUA.
Quando comparado com um míssil intercontinental móvel
transportado sobre rodas, o sistema ferroviário tem uma
autonomia muito superior. Um sistema com lançador sobre rodas
tem zonas especialmente preparadas de patrulhamento
operacional situadas perto da sua base, enquanto um SCMF pode
se deslocar por todo o sistema ferroviário do país e efetuar
lançamentos de mísseis a partir de qualquer ponto da ferrovia.
A detecção do SCMF é extremamente difícil porque ele é
camuflado como vagões e locomotivas de um trem de mercadorias
normal. Resolvendo o problema do excesso de peso e a
utilização de um míssil mais compacto aumentará adicionalmente
a dificuldade de detecção do sistema.
Além da Rússia, também a Índia está desenvolvendo seus
sistemas ferroviários. Foram projetados lançadores
ferroviários para os mísseis Agni I, Agni II, assim como para
o recente Agni V. A China não está desenvolvendo esse tipo de
sistemas tendo apostado nos sistemas móveis sobre rodas. Mas
se sabe que a China está desenvolvendo um novo míssil
intercontinental a combustível sólido, que será mais pesado
que os existentes DF-31 e DF-31A, e que poderá transportar
ogivas múltiplas. Um míssil desses poderia equipar um sistema
ferroviário para aumentar as suas possibilidades de sobreviver
a um primeiro ataque inimigo. A China possui uma rede de
estradas de ferro enorme e em constante modernização, o que
permite garantir a ocultação e o deslocamento de um sistema
desse tipo.
Fonte : Voz da Russia
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