Update 2014 Mesotelioma

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Update:
Mesotelioma Pleural
Carolina Kawamura Haddad
Oncologista
g
clínica
Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes
Hospitais São José e São Joaquim da Beneficência Portuguesa de São Paulo
11 04 2014
11.04.2014
Introdução
• Mesotelioma: neoplasia que se origina de células mesoteliais da pleura, peritôneo e pericárdio.
• 80% origem pleural
• Prognóstico:
Pacientes não tratados: SG 4‐13 meses
Pacientes tratados: SG 6‐18 meses
Espectro clínico: indolência  altamente agressiva
Espectro clínico: indolência 
altamente agressiva
Epidemiologia
<1% das neoplasias malignas
Incidência: 3300 casos/ano nos EUA
Incidência: 3300 casos/ano nos EUA
4‐5 homens / 1 mulher
Exposição ocupacional (asbesto) – 70‐80%
Somente 10% dos expostos ao asbesto
Somente 10% dos expostos ao asbesto desenvolvem mesotelioma
• Longo período de latência (15 a >50 anos)
• Pico de exposição ao asbesto na déc. 30 a 70
Pico de exposição ao asbesto na déc. 30 a 70
•
•
•
•
•
Fatores de risco
• Asbesto: fibra natural de silicato Mg (80% dos casos)
(
)
‐ construção civil, naval, automobilística, material para vedação; familiares dos operários
familiares dos operários
‐ tipo anfibólio (fibras mais finas e longas): maior risco
Ação sinérgica exposição asbesto + tabagismo  60x mais risco de 60x mais risco de
• Ação sinérgica exposição asbesto + tabagismo 
CA de pulmão
Fatores de risco
• Irradiação:
‐ Radioterapia supra‐diafragmática (linfoma, mama, testículo)
‐ Usina nuclear (exposição ocupacional)
‐ Thorotrast (dióxido de Throrium)
• Oncovírus SV‐40
• Genético: inativação da BAP‐1 ou BRCA‐1 associated p
protein‐1 ‐ mesotelioma maligno, melanoma cutâneo (tumor de Spitz atípico), melanoma uveal e outros
p
p ),
Caso Clínico
• W.M., 55 anos, masculino, tabagista 10 anos/maço.
• Trabalhou na construção civil
• Várias idas ao PS por dispnéia e tosse seca persistente. Tratado com antibióticos, sem melhora.
persistente. Tratado com antibióticos, sem melhora.
• Rx mostrou derrame pleural D. • Realizada toracocentese. Reali ada toracocentese
• Citologia oncótica: positiva para células malignas. Adenocarcinoma de pulmão TTF1+, CK7+, CK20 neg. Pesquisa de mutação do EGFR: ausência de mutação. Caso Clínico
Caso Clínico
• Submetido a VATS com biópsia pleural.
• AP inicial: sugeriu adenocarcinoma de pulmão, TTF1 neg, CK7 +, CDX2 neg, CK20 neg, Ki67 60%
Caso Clínico
• Submetido a VATS com biópsia pleural.
• AP inicial: sugeriu adenocarcinoma de pulmão, TTF1 neg, CK7 +, CDX2 neg, CK20 neg, Ki67 60%
Ampliado painel imunohistoquímico:
• Ampliado painel imunohistoquímico:
AE1/AE3 + difusamente; Calretinina +; WT‐1+ ; BER EP4 neg Mesotelina + Desmina neg Bcl 2 +
BER‐EP4 neg; Mesotelina +; Desmina neg; Bcl‐2 +; CD99 +; CD34 neg.
Conclusão: mesotelioma maligno bifásico
Quadro clínico
• Doença avançada
‐ dor torácica
‐ tosse
‐ dispnéia
‐ fadiga, perda de peso
fadiga perda de peso
• Sd. paraneoplásicas:
‐ CIVD
tromboflebite
‐ tromboflebite migratória
‐ hipoglicemia
‐ hipercalcemia
Achados radiológicos
• Derrame pleural unilateral e sem desvio do mediastino
*bilateral é raro (5%)
espessamento pleural
• espessamento pleural difuso ou nodular (94%)
• extensão para fissuras extensão para fissuras
interlobares
• Raro: tumor multinodular Raro tumor multinodular
sem derrame, pneumotórax
Diagnóstico
• Citologia
Citologia e Bx pleural: sensibilidade 40%
e Bx pleural: sensibilidade 40%
• Biópsia por agulha guiada por TC: sensibilidade 60‐80%
• Toracoscopia: sensibilidade próximo de 100%
Toracoscopia: sensibilidade próximo de 100%
Cancer 72:389, 1993
Agarwal et al. Radiology 241(2):589, 2006
Considerar RT profilática local para evitar implante
no trajeto dos orifícios e incisões cirúrgicas.
Desafio Diagnóstico
•
•
•
•
Suspeita CLÍNICA de mesotelioma
Representatividade da biópsia
Interagir com patologista
Interagir com patologista
Diferenciais: Desafio Diagnóstico
•
•
•
•
Suspeita CLÍNICA de mesotelioma
Representatividade da biópsia
Interagir com patologista
Interagir com patologista
Diferenciais: adenocarcinoma de pulmão
metástase
mesotelioma
empiema (bacteriano, TB)
Tipos histológicos
• Epitelial (+ comum e melhor prognóstico)
– Padrão papilar, acinar/glandular, adenomatóide, epitelióide
– Diferenciais: tumores sólidos (adenocarcinoma)
• Sarcomatóide
– Diferenciais: carcinoma sarcomatóides, sarcomas (fibrossarcomas), hemangiopericitomas
• Misto
– Diferenciais: sarcomas sinoviais
*amostragem
Imunohistoquímica
• MESOTELIOMA
–
–
–
–
–
–
–
Calretinina
D2‐40 (Podoplanina)
WT1
Vimentina
CK5/6
Mesotelina
HBME (Ac anti célula
HBME (Ac anti‐célula mesotelial)
• CA PULMÃO (ADENOCA)
‐ TTF‐1
TTF 1
‐ CK7
‐ CEA
‐ MOC‐31
‐ BG8
‐ B72.3
B72 3
‐ Ber‐EP4
‐ CD15
Diagnóstico: padrão-ouro
• Microscopia eletrônica
Diagnóstico e Estadiamento
TC tórax com contraste:
• Derrame pleural unilateral (74%)
• Espessamento pleural (92%)
• Calcificações pleurais (20%)
Calcificações pleurais (20%)
• Espessamento pleural circunferencial e espessamento pleural >1 cm 
t l
l >1
 alta sensibilidade e lt
ibilid d
especificidade
Kawashima et al. Roentgenol. 1990;155:965-969.
Estadiamento: TC tórax
T1
T2
T4
Diagnóstico e Estadiamento
RM tórax:
tó
ressecabilidade
bilid d
– Envolvimento da parede torácica e diafragma
– Invasão do mediastino
– Pobre correlação entre tamanho do LN e ç
envolvimento neoplásico
Heelan et al. Am J Roentgenol. 1999;172(4):1039-47.
Diagnóstico e Estadiamento
• PET-CT
– Doença à distância (up‐staging)
ç
( p
g g)
– MDACC: 11/29 pacientes Erasmus et al. J Thorac Cardiovasc Surg, 2005
– Mayo Clinic: 14/35 pacientes Wilcox et al. Clin Lung Cancer, 2009
• Baixa sensibilidade para avaliação LNs mediastinais
p
ç
Flores et al. J Thorac Cardiovasc Surg, 2003
Schneider et al. J Thorac Cardiovasc Surg, 2000
Pilling et al. Thorac Cardiovasc Surg, 2010 Estadiamento invasivo
Mediastinoscopia:
• Cadeias paratraqueais e subcarinal
Cadeias paratraqueais e subcarinal
Schounik et al.
MEDIASTINOSCOPIA
TC TÓRAX
SENSIBILIDADE
80%
60%
ESPECIFICIDADE
100%
71%
ACURÁCIA
93%
67%
Ann Thorac Surg, 2003
• Pilling
Pilling et al.: n=55 pacientes submetidos a cirurgia radical
et al : n=55 pacientes submetidos a cirurgia radical
77 LN (‐)  16,9 mm (4‐55 mm)
22 LN (+)  15,2 mm (6‐30 mm)
22 LN (+) 
15 2 mm (6 30 mm)
Eur J Cardiothorac Surg, 2004
Estadiamento invasivo
Mediastinoscopia:
– Cadeias paratraqueais e subcarinal
– Outras cadeias: papel do EUS/EBUS?
Laparoscopia:
– Especialmente se TC tórax sugere invasão do di f
diafragma
Estadiamento: UICC/AJCC e IMIG
T1: envolvimento pleural exclusivo
T1a: tumor limitado à pleura parietal ipsilateral, podendo incluir a pleura mediastinal e a pleura diafragmática, e sem envolvimento da pleura visceral
p
p
p
p
p
T1b: tumor limitado à pleura parietal ipsilateral, podendo incluir a pleura mediastinal e a pleura diafragmática, com envolvimento da pleura visceral;
T2: pleura + diafragma ou pulmão adjacente
T2: pleura + diafragma ou pulmão adjacente
tumor envolvendo cada uma das superfícies pleurais ipsilaterais (parietal, mediastinal, diafragmática e visceral) e pelo menos um dos seguintes achados:
‐ invasão do diafragma /
e/ou
‐ invasão do parênquima pulmonar adjacente
Estadiamento: UICC/AJCC
/
e IMIG
T3: tumor localmente avançado
mas potencialmente ressecável
mas potencialmente ressecável
tumor envolvendo cada uma das superfícies pleurais (parietal, mediastinal, p
p
(p
,
,
diafragmática e visceral) e pelo menos um dos seguintes achados:
‐ envolvimento da fáscia endotorácica e/ou
/
‐ extensão até a gordura mediastinal
e/ou
‐ foco de tumor solitário se estendendo à parede torácica e completamente ressecável ou envolvimento não transmural do pericárdio.
ressecável ou envolvimento não transmural do pericárdio.
Estadiamento: UICC/AJCC
/
e IMIG
T4: tumor localmente avançado/irressecável
Tumor envolvendo qualquer uma das superfícies pleurais ipsilaterais (parietal, •
•
•
•
•
•
mediastinal, diafragmática e visceral) e pelo menos um dos seguintes achados: massas multifocais na parede torácica ou extensão difusa para a parede torácica
qualquer envolvimento de costela
l
l i
t d
t l
extensão transdiafragmática do tumor para o peritônio
extensão direta do tumor para órgão(s) mediastinal(is)
extensão direta do tumor para órgão(s) mediastinal(is)
extensão direta para a pleura contralateral, ou coluna ou superfície interna do pericárdio
derrame pericárdico com citologia positiva, ou tumor envolvendo miocárdio. Estadiamento: UICC/AJCC
/
e IMIG
N0: linfonodos regionais sem metástases
N1: linfonodos broncopulmonares ipsilaterais ou hilares
N2: linfonodos subcarinais ou mediastinais ipsilaterais incluindo cadeia mamária interna ipsilateral e
incluindo cadeia mamária interna ipsilateral e linfonodos peridiafragmáticos
N3: linfonodos mediastinais ou da cadeia mamária
N3: linfonodos mediastinais ou da cadeia mamária interna contralaterais, ou linfonodos supraclaviculares ipsilaterais ou contralaterais
ipsilaterais ou contralaterais. Estadiamento: TNM
IA: T1aN0M0; IB: T1bN0M0; II: T2N0M0;
III T3N0 2M0 T1‐3N1M0, T1‐3N2M0; III: T3N0‐2M0,
T1 3N1M0 T1 3N2M0
IV: T4qqNM0, qqTN3M0, qqTqqNM1.
Estadiamento: TNM
IA: T1aN0M0; IB: T1bN0M0; Cirurgia  QT+RT  QT
II: T2N0M0;
QT indução  cirurgia  RT
QT paliativa
III T3N0 2M0 T1‐3N1M0, T1‐3N2M0; III: T3N0‐2M0,
T1 3N1M0 T1 3N2M0
Cirurgia paliativa
IV: T4qqNM0, qqTN3M0, qqTqqNM1.
QT paliativa
Ci
Cirurgia
i paliativa
li i
Plano de Tratamento
PACIENTE É
CANDIDATO
A CIRURGIA?
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR
NÃO
SIM
SUPORTE PALIATIVO:
‐Pleurodese
‐Pleurectomia/Decorticação
/
ç
‐RT/QT
‐Analgesia
TRATAMENTO MULTIMODAL
-Cirurgia
Radioterapia
-Radioterapia
-Quimioterapia
Candidatos a cirurgia
OBJETIVOS DO TRATAMENTO:
1‐ Citorredução (R0/R1): ressecção macroscópica completa
2‐ Erradicação de doença microscópica Erradicação de doença microscópica
(TRATAMENTO ADJUVANTE – QT E/OU RT)
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR:
TRATAMENTO MULTIMODAL
Cirurgia: qual o melhor paciente?
OBJETIVO: RESSECÇÃO MACROSCÓPICA COMPLETA
Critérios de seleção Critérios
de seleção ‐ clínicos:
 Bom performance status
 Estadio inicial
Estadio inicial*
 Função cardiorrespiratória adequada
Cirurgia: qual o melhor paciente?
OBJETIVO: RESSECÇÃO MACROSCÓPICA COMPLETA
Adequado estadiamento:
 PET
PET‐CT
CT, RM tórax
RM tórax
 Estadiamento invasivo com mediastinoscopia e laparoscopia
p
p
Cirurgia: qual o melhor paciente?
OBJETIVO: RESSECÇÃO MACROSCÓPICA COMPLETA
Fatores de pior prognóstico:
CALGB
EORTC
Envolvimento pleural
Baixo PS
DHL >500 UI
Leucocitose
Baixo PS
Baixo PS
Sexo masculino
Sexo masculino
Plaq >400.000
Sarcomatóide
Não epitelial
≥75 anos
Dor torácica
Herndon et al. Chest 1998.
Curran et al. J Clin Oncol 1998.
Qual o melhor tratamento cirúrgico?
Modalidade
Sobrevida mediana
Pleuropneumonectomia
14 meses
Pleurectomia + Decorticação
10 meses
Não ressecção
Não ressecção
7 meses
7 meses
Rusch, VW et al. J Thorac Cardiovasc Surg 102:1, 1991
Cirurgia
Pneumonectomia extrapleural
Ressecção en bloc de:
‐ Pleura parietal (+ mediastinal)
‐ Pericárdio
‐ Pulmão
‐ Diafragma
Cirurgia
Decorticação e Pleurectomia
Citorredução:
‐ Pleura parietal
‐ Pleura visceral
l
l
‐ Diafragma?
‐ Pericárdio?
Cirurgia
D
Decorticação
ti ã e Pleurectomia
Pl
t i
•





Conceito heterogêneo entre instituições e cirurgiões
Conceito
heterogêneo entre instituições e cirurgiões
Pesquisa multinacional de cirurgiões (IASLC e Mesothelioma Domain):
95% concordaram que o conceito era heterogêneo
Necessidade de diferenciar D/P paliativa
Objetivo: ressecção macroscópica completa (88%)
72% consideraram D/P como ressecção da pleural parietal + pleura visceral
64% descreveram como “D/P radical” o procedimento que envolvia ressecção do diafragma e/ou pericárdio.
l i
ã d di f
/
i á di
Rice, D. et al. J Thorac Oncol 2011; 6:1304
Mesothelioma Staging Project
• P/D estendida:
Pleurectomia parietal + visceral + diafragma e/ou pericárdio com Pleurectomia
parietal + visceral + diafragma e/ou pericárdio com
ressecção macroscópica completa
Mesothelioma Staging Project
• P/D:
Pleurectomia parietal + visceral com
Pleurectomia
parietal + visceral com
ressecção macroscópica completa *
*sem necessidade de ressecar diafragma e/ou pericárdio
id d d
di f
/
i á di
Mesothelioma Staging Project
• Pleurectomia parcial:
Pleurectomia parietal e/ou visceral parcial com
Pleurectomia
parietal e/ou visceral parcial com
intuito paliativo ou diagnóstico
*d
*doença macroscópica
ó i
Mesothelioma Staging Project
• O que é RESSECÇÃO MACROSCÓPICA COMPLETA???
Ã
Ó
‐ “cirurgia que não deixa evidência de doença g q
ç
visível ou palpável (R0/R1)”
‐ “doença
doença residual ≤1 cm
residual ≤1 cm3”
‐ “doença residual ≤5 mm em qualquer sítio intratorácico”
‐”tumor residual mínimo ou microscópico <5 mm”
p
Lang-Lazdunski et al. J Thorac Oncol 2012
Richards et al. J Clin Oncol 2006
Pass et al. Ann Surg Oncol 1997
Rusch et al. J Clin Oncol 1994
Mesothelioma Staging Project
• Como medir doença residual?
ç p g
‐ correlação prognóstica?
‐ escore?
• Amostragem linfonodal: existe padronização?
‐ mapa das cadeias linfonodais para mesotelioma?
número de LNs?
‐ número de LNs?
Mesotelioma:
Drenagem linfática
• Estadiamento linfonodal: importante fator prognóstico
[Sugarbaker et al. J Thorac Cardiovasc Surg 1999]
• Drenagem linfática é complexa
• Para tumores pleurais, as estações N2 extrapleurais podem ser p
,
ç
p
p
a 1ª estação de drenagem.
• N1 = N2 ?
Ambos são estadio III.
Mesotelioma:
Drenagem linfática
•
•
•
•
•
Série retrospectiva – MSKCC (1990‐2005)
N=348 pacientes submetidos a cirurgia
N=348 pacientes submetidos a cirurgia
SG mediana = 15 meses; SG em 5 anos = 13%
SG N0/N1 = 19 meses
SG N0/N1 = 19 meses
SG N2 (N1+ ou N1‐) = 10 meses
Flores et al. J Thorac Cardiovasc Surg 136(3):605, 2008
Mesotelioma pleural:
Qual o melhor tratamento cirúrgico?
Dificuldades:
Doença rara
• Doença rara
• Literatura baseada em séries retrospectivas e séries prospectivas individuais
prospectivas individuais
• Viés de seleção de pacientes
• Comparação inter‐estudos
g
g
• Heterogeneidade dos conceitos entre cirurgiões e instituições
Padronização do tratamento cirúrgico
• Padronização do tratamento cirúrgico
•
Morbidade perioperatória: 60%
•
Mortalidade: 3,4%
Sugarbaker et al. J Thorac Cardiovasc Surg, 2004
Pneumonectomia Extrapleural
• Série retrospectiva: 636 pacientes submetidos a PEP
Pacientes vivos em 3 anos: n=117 (18%)
‐ SG mediana: 59 meses
67% Estadio III e 7% Estadio IV (AJCC/UICC)
‐ 67% Estadio III e 7% Estadio IV (AJCC/UICC)
• Análise univariada:
‐ idade ≤56 anos (p=0,0005)
(p ,
)
‐ sexo feminino (p=0,0007)
‐ histologia epitelial (p<0,0001)
‐ hemograma normal (p=0,0001)
hemograma normal (p=0 0001)
Sugarbaker et al. Eur J Cardiothorac Surg, 2011
Pneumonectomia Extrapleural
• Série retrospectiva: 62 pacientes submetidos a PEP
‐ Complicações pós‐op maiores: 35%
‐ Mais comum em PEP à D (54% vs 21%)
Mortalidade perioperatória: 6,5%
‐ Mortalidade perioperatória: 6,5%
• Análise multivariada:
‐ transfusão sangüínea (hemáceas) >4 unidades (p=0,01)
(p , )
‐ PEP à D (p=0,01)
De Perrot et al. Ann Thorac Surg, 2008
MARS: Mesothelioma And Radical Surgery trial
Estudo piloto: feasibility trial – CIRURGIA (PEP) x NÃO PEP
N=50 pacientes (7 estadio I), randomizados após QT indução
Sobrevida Global mediana
Mortalidade (30 dias) = 10,5%
no grupo submetido à PEP
“These data, although limited, suggest that ,
g
, gg
radical surgery in the form of EPP within trimodal therapy offers no benefit and possibly harms patients.”
Lancet Oncol, 2011
MARS: Mesothelioma And Radical Surgery trial
•
•
•
•
•
•
•
CRÍTICAS:
Í
Estudo negativo: feasibility trial (PEP vs não‐PEP)
Poder estatístico nulo: <10% da amostra necessária
Poder estatístico nulo: <10% da amostra necessária
Assiduidade do protocolo foi baixa:
‐ 6/26 pacientes do grupo NÃO‐PEP  submetidos a cirurgia fora de protocolo.
‐ apenas 16/24 pacientes do grupo PEP realmente foram submetidos a cirurgia (PEP)
cirurgia (PEP).
Controle de qualidade da cirurgia não foi reportado.
Randomização aconteceu após QT de indução (timing?)
Taxas de morbidade e mortalidade acima dos controles históricos.
Não foram reportados estadiamento e tipo histológico dos pacientes submetidos a cirurgia
submetidos a cirurgia.
Lancet Oncol, 2011
PEP x P/D
• Experiência do MSKCC (n=663)
• Mortalidade operatória: 7% (EPP) x 4% (P/D) *Estadio I/II  SG 19 x 23 meses
Flores, RM et al. J Thorac Cardiovasc Surg 2008
Revisão Sistemática: PEP x P/D
• N=1145 pacientes
PEP
P/D
p
n
632
513
Mortalidade
perioperatóri
a
6,8%
2,9%
0,02
Morbidade
62%
27,9%
<0,0001
SG*
12‐22 meses
13‐29 meses
*Definição de SG
Viés de seleção: histologia, estadiamento (T, N)
de seleção: histologia estadiamento (T N)
**Viés
Cao et al. Lung Cancer, 2014
RADIOTERAPIA
Pós‐PEP
ós
Pós‐D/P
Profilática para a parede torácica
Profilática para a parede torácica (pós procedimento)
Recorrência locorregional:
Papel da radioterapia adjuvante
Baldini et al. Ann Thorac Surg 63:334, 1997
RT pós D/P
/
• Experiência MSKCC: 123 pacientes pós D/P
• 123 pacientes receberam RT externa (<42Gy)
123 pacientes receberam RT externa (<42Gy)
• 54 pacientes receberam Braquiterapia intra‐
operatória + RT externa
• SG
SG=13,5
13,5 meses
meses
• Controle local em 1 ano: 42%
• 2 óbitos por toxicidade grau 5 relacionada a RT
ób
d d
l
d
Gupta et al. Int J Radiat Oncol Biol Phys 63(4): 1045, 2005
Radioterapia adjuvante
• Série de casos: MSKCC
• 57 pacientes operados receberam IMRT (54Gy)
57 pacientes operados receberam IMRT (54Gy)
(PEP=54 e D/P=3)
• Padrão de recorrência:
Local de recorrência
n
Locorregional apenas
2
Distância apenas
Distância apenas
30
Locorregional + Distância
5
Rusch et al. J Thorac Cardiovasc Surg 122(4):788, 2001
RT pós PEP
• Série de casos: 100 pacientes submetidos a PEP
• 63 pacientes operados receberam IMRT (54Gy)
63 pacientes operados receberam IMRT (54Gy)
• Padrão de recorrência:
Local de recorrência
%
Locorregional apenas
5%
Distância apenas
54%
Locorregional + Distância
13%
Rice et al. Ann Thorac Surg 84:1685, 2007
RT pré-operatória: estudo piloto
• SMART: Surgery for Mesothelioma After Radiation Therapy
N 25 T1
N=25
T1-3N0M0
3N0M0
RADIOTERAPIA
(IMRT)
25 Gy em 5 frações
25
Gy em 5 frações
durante 1 semana
+Boost 5Gy nas
áreas de risco
1 SEMANA
N 25
N=25
N 13
N=13
CIRURGIA
(PEP)
QUIMIOTERAPIA
(CDDP/PEM)
Somente nos ypN2
Somente nos ypN2
Mortalidade perioperatória=0
Morbidade perioperatória G3: 13/25
Morbidade perioperatória G3: 13/25
1 morte relacionada a toxicidade do tto (empiema)
SG em 3 anos = 84% no subtipo epitelióide
Cho et al. J Thorac Oncol, 2014
Tratamento trimodal
• N = 35 pacientes (ressecção macroscópica completa em 51%)
Pleurectomia
Radical
CDDP 75 mg/m
g/ 2 + Pemetrexede 500 mg/m
g/ 2
a cada 21 dias x 4 ciclos
RT adjuvante (concomitante à QT)
após 4‐6 semanas da cirurgia
•
•
•
•
Sobrevida mediana: 30 meses
SG (1 ano): 69%
SG (3 anos): 31%
Fatores de pior prognóstico: ressecção incompleta, histologia não epitelial, metástases linfonodais.
Bolukbas et al. Lung Cancer, 2011
CDDP/Pemetrexede
X 4 ciclos
Cirurgia (EPP)
N=77
N
77
N=54
N
54
T1-3
N0-2
Taxa de resposta: 32,5%
pCR: 3/54 p
p
pacientes
RT adjuvante
N=40
N
40
SG: 29,1 meses
) 61,2%
,
SG ((2 anos):
Esquemas de QT paliativa
• Fase II
• Maioria primeira linha
Maioria primeira linha
Esquema
Taxa de
resposta
SG
(meses)
Chahinian, 1993
CDDP + Mitomicina/Doxo
26%/14%
7,7/8,8
Ardizzoni, 1991
CDDP+Doxo
25%
10
CDDP+Epi
19%
13,3
MTX+Vimblastina +/‐ CDDP
53%
14
CDDP Mi
CDDP+Mitomicina+Vimblastina
i i
Vi bl i
20%
‐
CDDP + Gencitabina
47,6%
17,3
Favaretto, 2003
Favaretto, 2003
Carboplatina + Gencitabina
Carboplatina + Gencitabina
26%
16,5
Schutte, 2006
Oxaliplatina e Gencitabina
40%
13
Autor
Berghmans, 2005
Hunt, 1996
Middl
Middleton, 1998
1998
Nowak , 2002
• Fase III, pacientes não cirúrgicos
Fase III pacientes não cirúrgicos
CDDP
CDDP/Pem
p
SG
9,3 meses
12,1 meses
0,020
SLP
39
3,9 meses
57
5,7 meses
0 001
0,001
TR
16,7%
41,3%
<0,0001
J Clin Oncol, 2003
Tratamento de segunda linha
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Platina/Gemzar
Platina/Pemetrexede
Vinorelbine
Vinorelbine/Gemzar
– Taxas de resposta 10‐20%
Taxas de resposta 10 20%
Zucali et al, Lung Cancer 2012
Zucali et al, Lung Cancer 2013
Mesotelioma: vias moleculares
Zucali et al. Canc Treat Rev, 2011
Zucali et al. Canc Treat Rev, 2011
Estudos negativos:
CDDP/Pemetrexede/Bevacizumabe ((fase II))
Talidomida (2ª linha/manutenção)
Axitinib (fase II)
Kelly et al. Lung Cancer, 2011
Ceresoli et al.
al Br J Cancer
Cancer, 2013
Bans et al. ASCO 2011
Buikhuisen et al. ASCO 2013
Take‐home Messages
• Espessamento pleural: importante fazer a hipótese diagnóstica e interação com patologista para ampliação do painel IHQ com marcadores específicos (Calretinina e Podoplanina)
marcadores específicos (Calretinina e Podoplanina).
• Possíveis candidatos à cirurgia devem ser estadiados g
(
,
,
p , p
p )
agressivamente (PET‐CT, RM, mediastinoscopia, laparoscopia).
• Cirurgia citorredutora está indicada quando é possível antecipar ressecção macroscópica completa.
• Escolha da cirurgia (PEP ou P/D) depende das características clínicas do paciente, e do julgamento e experiência da equipe cirúrgica.
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• PEP só deve ser realizada com centros com grande experiência, devido a sua alta morbidade perioperatória
devido a sua alta morbidade perioperatória.
Take‐home Messages
• Todos os pacientes com mesotelioma devem ser avaliados no contexto multidisciplinar, envolvendo cirurgia, radioterapia e oncologia clínica
oncologia clínica.
• Tratamento multimodal – objetivos:
ressecção macroscópica completa (tratamento cirúrgico)
‐ ressecção macroscópica completa (tratamento cirúrgico)
‐ controle de doença microscópica (tratamento adjuvante: QT, RT)
CDDP/Pemetrexede é o esquema padrão de QT.
• CDDP/Pemetrexede é o esquema padrão de QT.
• Tratamento bem‐sucedido depende de adequada seleção de: paciente + equipe médica + centro experiente
Obrigada!
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