Dança 22 e 23 Novembro ’08 Feminine De Paulo Ribeiro © José Alfredo Direcção e coreografia Paulo Ribeiro Textos Fragmentos de O Livro do Desassossego, Ode Marítima e outras obras de Fernando Pessoa Tradução e consultoria Richard Zenith Intérpretes Elisabeth Lambeck, Erika Guastamacchia, Leonor Keil, Margarida Gonçalves, São Castro Música original Nuno Rebelo (excepto Stir it up de Bob Marley, remix de Nuno Rebelo, e Torture never stops de Frank Zappa) Voz feminina Cathrin Loerke Voz masculina Richard Zenith Textos Fernando Pessoa (originalmente escritos em inglês, seleccionados por Richard Zenith) Figurinos Ana Luena Assistência ao guarda-roupa Isabel Pereira Costureiras Maria Eduarda Rodrigues, Celeste Marinho, Virgínia Pereira Iluminação Nuno Meira Montagem e operação de luz Cristóvão Cunha Assistente do coreógrafo Pieter Michael Dietz Registo e edição de vídeo Yann Thual, Videomatriz Fotografia José Alfredo Imagem e design gráfico Cathrin Loerke Design e Produção Gráfica DPX / Nuno Rodrigues Co-produção Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, IGAEM – Centro Coreográfico Galego Produção Companhia Paulo Ribeiro Parceiros Teatro Nacional de S. João, Biarritz Culture, Festival Le Temps d’Aimer, Teatro Viriato, Teatro Municipal da Guarda, Teatro Virgínia, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Aveirense, Teatro Municipal de Bragança, New Moves, Festival New Territories Agradecimentos Companhia Clara Andermatt, Carlos Almeida / Anjos Urbanos Sáb 22 (21h30), Dom 23 (16h00) de Novembro Grande Auditório · Duração aproximada: 1h15 · M12 Porque sou tão infeliz? Porque sou o que não devo ser. Porque metade de mim não está irmanada com a outra metade. A conquista de uma é a derrota da outra. Fernando Pessoa Cinco mulheres e Fernando Pessoa. Um Pessoa no feminino e de saltos altos. As palavras do poeta desafiam as delas, que se deixam perder pelas suas próprias narrativas. A poética do movimento feminino percorre a peça, misturada com o ardor colocado em cada gesto. Neste universo pessoano elas preocupam‑se com o cabelo, usam saltos altos, desdenham do homem e dançam com os corpos que transpiram sensualidade. O movimento é contido, escorreito e desagua num prazer prolongado. E este espaço de sensações é apenas interrompido pela força maior do coreógrafo, de brincar com as suas criações, de as colocar a rir de si próprias. Feminine explora o imaginário pessoano, desta vez, a partir do olhar de cinco mulheres, quatro intérpretes de dança e uma actriz. Depois de Masculine, que estreou no ano passado, Paulo Ribeiro descobre um Pessoa no feminino, explorando mais uma vez as diferentes qualidades das intérpretes. A bola de futebol deu lugar aos saltos altos e a energia masculina ao belo estético, que emociona, que marca e não passa. © José Alfredo Após uma vasta carreira como intérprete, Paulo Ribeiro foi co-fundador da companhia Stridanse, que o levou à participação em diversos concursos, obtendo, em 1984, o prémio de Humor e, em 1985, o 2º prémio de Dança Contemporânea, ambos no Concurso Volinine. De regresso a Portugal, em 1988, começa por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian, tendo recebido neste período o Prémio Revelação do jornal Sete, em 1988, pela obra Taquicardia. A sua carreira de coreógrafo expande‑se no plano internacional, a partir de 1991, com a criação de obras para companhias de renome: Nederlands Dans Theater II, Nederlands Dans Theater III, Grand Théâtre de Genève, Centre Chorégraphique de Nevers e Ballet de Lorraine. Em 1994, Paulo Ribeiro foi galardoado, com o Prémio Acarte / Maria Madalena de Azeredo Perdigão pela obra Dançar Cabo Verde, encomenda de Lisboa 94 – Capital Europeia de Cultura, realizada conjuntamente com Clara Andermatt. E em 1995, funda a Companhia Paulo Ribeiro, subsidiada pelo Ministério da Cultura, para a qual tem vindo, regularmente, a criar trabalhos onde tem desenvolvido melhor a sua linguagem pessoal como coreógrafo. A obra Rumor de Deuses foi distinguida, em 1996, com os prémios de Circulação Nacional e Circulação Internacional no âmbito do concurso Mudanças 96 (Portugal), e ainda, no âmbito dos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine Saint-Denis (França), com os prémios: Prix d’Auteur, New Coreography Award e o Prix d’Interpretation Collective. Em acumulação com o trabalho na sua companhia, Paulo Ribeiro desempenhou, entre 1998 e 2003, o cargo de Director-geral e de Programação do Teatro Viriato / CRAE (Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras). Neste período obteve o Prémio Almada (1999) do Instituto Português das Artes do Espectáculo e o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa (2000). Em 2005, viria a reocupar este mesmo cargo, após a extinção do Ballet Gulbenkian que dirigiu entre 2003 e 2005, tendo nesse período recebido o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa Portuguesa (2005) pelo trabalho desenvolvido com esta companhia. Em 2008, participou ainda como coreógrafo na produção Evil Machines de Terry Jones para o Teatro Municipal São Luiz. Forsythe, Neel Verdoorn, Ton Simons e Jose Navas. Em 2005 colaborou com a Compagnia Michele Pogliani (Itália) e, em 2006, com o Dansgroup Krisztina De Chatel (Holanda). Em 2007 integrou as produções Cry Love e Skin de Nanine Linning (Holanda). Fonte pelo Instituto Português das Artes do Espectáculo. Desde 2003, é a responsável pelo desenvolvimento de projectos de âmbito pedagógico, nomeadamente pela dinamização do Lugar Presente em Viseu. Elisabeth Lambeck Licenciada pela Fontys Dance Academy na Holanda em 2000. Trabalhou como freelancer em várias companhias, nomeadamente Conny Jansen Danst, The Silence, Small Neptunes Dance Company e ainda no musical Romeo and Juliet. Em 2005 integrou o elenco do Dance Theatre Nurnberg na Alemanha onde trabalhou com vários coreógrafos, tais como Jorma Elo, Stain Celis, André Gingras, Rui Horta e Daniela Kurz (Directora Artística). Em 2007 vem para Portugal para trabalhar com Rui Horta na produção Scope. Erika Aguastamacchia Formou-se em 2007 na Rotterdam Dance Academy (Holanda), onde dançou coreografias de William Leonor Keil Nasceu em Lisboa em 1973. Iniciou os seus estudos em Dança na Escola de Dança de Maputo (Moçambique) concluindo a sua formação na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Como intérprete de Dança destaca a sua colaboração com Joana Providência, Madalena Vitorino, Marta Lapa, João Fiadeiro, Paulo Ribeiro, Francisco Camacho, José Wallenstein, Cláudio Hochman, Javier de Frutos, John Mowat e Companhia TPO (Itália). No âmbito do seu trabalho com a Companhia Paulo Ribeiro, da qual é intérprete regular desde 1995, foi-lhe atribuída uma Menção Honrosa pela sua interpretação na obra Rumor de Deuses nos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine Saint Denis, 1996 e em 1999 foi-lhe atribuído o prémio Revelação – José Ribeiro da Margarida Gonçalves Nasceu no Porto onde frequentou o curso Teatro / Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo. Frequentou o curso sobre a técnica de Clown na École Philipe Gaulier em Londres. Trabalhou com Joana Providência, Alan Richardson, Peta Lilly, José Carretas, André Riot Sarcey, Kuniaki Ida, Marcos Barbosa, José Wallenstein, António Capelo, António Fonseca, Joaquim Benite, Rogério de Carvalho, John Mowat, entre outros. São Castro Nasceu em 1976. Iniciou a sua formação em dança no BalletTeatro Escola Profissional do Porto. Concluiu a Licenciatura na Escola Superior de Dança em 2002. Entre 2001 e 2004 integrou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo e em 2004/05 foi bailarina do Ballet Gulbenkian. Trabalhou com Benvindo Fonseca na Companhia Lisboa Ballet Contemporâneo e fez parte do elenco do projecto Delicado de Sofia Silva em 2007. Ainda nesse ano, integra a Companhia Rui Lopes Graça no projecto Arte da Fuga. Criou trabalhos coreográficos para a Companhia de Dança do Algarve e para a Escola de Dança do Conservatório Nacional. Nuno Rebelo Abandonando desde logo a carreira de arquitecto cuja licenciatura concluiu, dedica-se desde os anos 1980 à música, integrando várias formações pop / rock com destaque para o grupo Mler ife Dada, que formou e dirigiu. Nos anos 90, distancia-se do universo pop e inicia uma intensa colaboração com cineastas, encenadores e coreógrafos. Compôs nessa década algumas músicas de funções institucionais como o hino da Expo’98, a música para o Pavilhão da Utopia na Expo’98 e para o espectáculo de luz e fogo de artifício que marcou a abertura de Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura. Como guitarrista, o seu percurso levou-o à guitarra eléctrica preparada, tendo então evoluído no sentido de uma linguagem própria que aos poucos vai pondo de parte a preparação do instrumento. Como improvisador, tem-se afirmado internacionalmente como um dos mais talentosos guitarristas experimentais de Portugal, tocando frequentemente além fronteiras com músicos e bailarinos de renome. Em 1993 começou a aplicar à guitarra portuguesa as técnicas até então desenvolvidas na guitarra eléctrica, baptizando-a de guitarra portuguesa mutante, pesquisa que deu origem a diversos projectos e que continua a desenvolver. Mais recentemente incluiu no seu raio de acção aquilo a que chama de música visual, quer importando para o campo musical alguma da experiência adquirida na área da performance, quer utilizando o vídeo como fonte sonora, quer através de instalações musicais de carácter mais escultórico. Tem leccionado em diversos países workshops sobre vários temas no contexto da improvisação. Para mais informação sobre os vários projectos que desenvolve actualmente, consulte: www.nunorebelo.com Ana Luena Nascida em Luanda em 1974, completou a sua formação na ACE – Academia Contemporânea do Espectáculo em 1995, ano em que iniciou a sua actividade como cenógrafa, figurinista e posteriormente como encenadora. Frequentou, em 2007, o curso de encenação de Ópera da Fundação Calouste Gulbenkian. É membro fundador do Teatro Bruto, onde desempenha funções de direcção artística. Colabora com a Casa da Música desde 2001, como assistente e criadora na área dos figurinos e cenografia em várias óperas. Desenhou figurinos para vários encenadores, entre os quais André Riot Sarcey, Antoine Gindt, António Fonseca, José Carretas, João Garcia Miguel, José Wallenstein, Ricardo Pais e Rogério de Carvalho. Encenou também várias peças, sendo a mais recente Nenhures, de Daniel Jonas, para o Teatro Bruto. Nuno Meira Nasceu em 1967. Tem trabalhado com diversos criadores das áreas do teatro e da dança, com particular destaque para Ana Luísa Guimarães, António Lago, Diogo Infante, João Cardoso, João Pedro Vaz, Manuel Sardinha, Marco Martins, Nuno Carinhas, Paulo Ribeiro e Ricardo Pais. Foi sócio fundador do Teatro Só e do Cão Danado e Companhia. É também colaborador regular da Companhia Paulo Ribeiro desde 2001 e da ASSéDIO, assegurando o desenho de luz de quase todos os seus espectáculos. Foi distinguido, em 2004, com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte. Próximo espectáculo Cinanima Datas de digressão 2008 5 e 6 de Setembro – Teatro Nacional São João, Porto 14 de Setembro – Festival Le Temps d’Aimer, Biarritz / França 10 e 11 de Outubro – Teatro Viriato, Viseu 25 de Outubro – Teatro Municipal de Almada 8 de Novembro – Teatro Municipal da Guarda 20 de Novembro – Teatro Jofre, Ferrol / Galiza 22 e 23 de Novembro – Grande Auditório da Culturgest, Lisboa 29 de Novembro – Teatro Virgínia, Torres Novas 6 de Dezembro – Teatro Ribeiro da Conceição, Lamego 13 de Dezembro – Centro Cultural Vila Flor, Guimarães 20 de Dezembro – Auditório de Galícia, Santiago de Compostela / Galiza 2009 18 de Janeiro – Teatro José Lúcio de Silva, Leiria 30 de Janeiro – Teatro Aveirense, Aveiro 7 de Fevereiro – Teatro Municipal de Bragança 14 de Fevereiro – Teatro Municipal de Faro 28 de Fevereiro – Festival New Territories – Tramway, Glasgow / Escócia 20 de Março – Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz 3 de Abril – Teatro Rosalia de Castro, La Coruña / Espanha 8 de Abril – Teatro Viriato, Viseu Cartaz do festival © João Machado Dança Dom 23 de Novembro Grande Auditório · 21h30 Entrada gratuita Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes da sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa. O Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação é o mais importante festival de cinema de animação português. Realiza-se em Espinho desde 1976, tendo este ano a sua 32ª edição, o que o torna um dos mais antigos festivais deste tipo de cinema em todo o mundo. É organizado pela Cooperativa NASCENTE e pela Câmara de Espinho. Para além das secções não competitivas, tem duas secções competitivas principais. A Secção Internacional abrange as categorias de Curtas-metragens, Médias-metragens, Longas-metragens, Primeiro Filme ou Filme de Estudos, Séries, Publicidade e Informação. Na Competição Nacional há dois concursos: Prémio António Gaio / Prémio FNAC, para o melhor filme português em competição e Prémio Jovem Cineasta Português. Para além dos prémios relativos a cada categoria, existem vários outros como, por exemplo, o Grande Prémio Cinanima 2008 / Caixa Geral de Depósitos para o melhor filme do Festival, o Prémio Especial do Júri / Prémio Cidade de Espinho ou o Prémio José Abel. À semelhança do que vem acontecendo desde há uns anos, a Culturgest tem o prazer de se associar ao Cinanima projectando uma selecção de filmes premiados feita pela organização do Festival. Os portadores de bilhete para o espectáculo têm acesso ao parque de estacionamento da Caixa Geral de Depósitos. Conselho de Administração Presidente António Maldonado Gonelha Administradores Miguel Lobo Antunes Margarida Ferraz Assessores Dança Gil Mendo Teatro Francisco Frazão Arte Contemporânea Miguel Wandschneider Serviço Educativo Raquel Ribeiro dos Santos Ana Feteira Monteiro estagiária Direcção de Produção Margarida Mota Produção e Secretariado Patrícia Blázquez Mariana Cardoso de Lemos Jorge Epifânio Exposições Coordenação de Produção Mário Valente Produção e Montagem António Sequeira Lopes Produção Paula Tavares dos Santos Montagem Fernando Teixeira Culturgest Porto Susana Sameiro Comunicação Filipe Folhadela Moreira Ana Raquel Abelha estagiária Publicações Marta Cardoso Rosário Sousa Machado Maria Ana Freitas Actividades Comerciais Catarina Carmona Serviços Administrativos e Financeiros Cristina Ribeiro Paulo Silva Direcção Técnica Eugénio Sena Frente de Casa Rute Sousa Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Paula Pires Tavares Recepção Teresa Figueiredo Sofia Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha Colecção de Arte da Caixa Geral de Depósitos Isabel Corte-Real Valter Manhoso Direcção de Cena e Luzes Horácio Fernandes Assistente de direcção cenotécnica José Manuel Rodrigues Audiovisuais Américo Firmino chefe de imagem Paulo Abrantes chefe de áudio Tiago Bernardo Iluminação de Cena Fernando Ricardo chefe Nuno Alves Maquinaria de Cena José Luís Pereira chefe Alcino Ferreira Técnico Auxiliar Álvaro Coelho Culturgest, uma casa do mundo Edifício Sede da CGD Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa, Piso 1 Tel: 21 790 51 55 · Fax: 21 848 39 03 [email protected] · www.culturgest.pt