GEOGRAFIA E PLANEJAMENTO REGIONAL José Alguns economistas alcança lugar de destaque gion~is (1). Sua posiçio constituir na ciincia na formulação de vanguarda que melhor ço. Ao mesmo tempo, perfeiçoando no estudo xistência há mais de unidades o geógrafo procura gráfico com todos cos, bióticos guir os espaços qualquer to, que a supremacia grau de civilização sim, um espaço predomlnio que pode estar dos elementos sificadas mo~~~a e Fegião de, envolvendo (1) 3ILHORST, * passou Distingue, para no enta~ advérn de de seu habltan território. As . de amplo naturais. dos estudos sobre de áreas Tais regiões, de acordo polarizada tenham as regiões, ao reconhecimento Nos últimos foram anos, class! com suas as expressões que sejam fisi ~tradi região divulgadas resultantes l~ diveE com seus atributos vão sendo mais das e ho ace! anti desaparecido. enquanto variados distin base e não da quantidade porém geQ fIsi a naturais, h\llOanaS predominantes, Assim, raro os fatores cedo sejam desfrutar tas, sem que tal fato revele gas, ou que estas o espaço ocupado ficadas por nomes variados, ções ou tendências. muito Continentes. cos ou as atividades sem entendê-la, pelo a Geografia nos vários 1n se distribuem A coerência vou naturalmente em planejamento sobre a natureza e cultura tes ou de comunidades e- e explicar o território. humana vem se aa program~ dos domlnios sobre se do espa reconhece que o constituem, Desde humanizados de a organização técnicos compreender os elementos entendimento ao fato e há muito ou região ou humanos. deve-se re diferenciadas. enquanto antes Geografia de 150 anos a Geografia espaciais plano que a Leite* dos planejamentos define das regiões P6r isso, sistem em sua !egião reconhecem Ferrari os espaços do ambiente, os de ordem ~ f1sica, homogêneos em toda ~ sua biogeografica consid~ complexida e humana, co 1975, p.17. Professor Assistente nal do Departamento - UNESP - Campus de Doutor da Cadeira de Geografia de Geografia Humana e Regional Pre~idente Prudente. Regio do IPEA 1 I I mo se distribuem e se entrosam seifu~-se essencialmente .; ~ !'-•.• nos fatores ':~ micos entre i em que os nficleos urbanos, giram em'torno ou nacionais. de astros maiores, Alicerçados -atração pode influenciar res regionais em melhoria do, ao mesmo são espacos " semelhança de dinâ- sat~lites, no caso os polosregionais o espaço que o rodeia, de atividade~ de vida, reformando os planejado que ou de J.mpliquem aperfeiçoag tempo, as já existentes. O poder do Estado sobre de promover nova regionalização do-se quase sempre espontaneamente, pos, de forma natural, ~al pode tornar-se nova arrumação do espaço. do espaço. regionais Embora é, isto Neste e comunicação já existentes os polos a regionalização, voluntária. urbana i~"~~transporte funções humanos. b~ no fato de que o polo regional tratam de dotá-Ias de condições si, os polarizados p~ verifica~ através dos tem sob o incentivo caso, o Estado est~ dirige a Basta que crie infra-estrut~ e estimule em centros certas previamente Também ai, na regionalização como, negar que a Geografi.a terá papel atividades e escolhidos. do espaço, não há de destaque. ;, - ' Outrossim, uma prática que frequéntemente e ne ,,...:~.. nos planejamentos regionais di'z'respei to a delim.! gligenciada tação da região objeto do pla~o. ao ge6grafo a t~refa, quer seja polarizada. se trate No primeiro dos os componentes Também do meio caso, neste mister de região caberia homogênea quer levará em consideração (os tipos de vegetação t~ natural, formas de relevo, solos, atividades humanas, ete.). No segu~ do, verificará as áreas de influência dos centros locais ou regionais demarcando assim o espaço Não se entende, çio de Stõhr, segundo a qual de um exercício acadêmico" que em determinados pode existir espaços o sentimento cido como consciência humana, pr6prios e solidariedade (2) STOHR, 1975,p. pois, o significado "delimitar geográficos, há muito da relação regional. afirrn~ além se reconhece habitados, homem-meio a mais perfeita com o estabelecimento da não vai quando oriundo 01 - 09. regiões (2). Sobretudo regional, ecologia que lhes pertence. conh~ expressão de padrões da culturais ; Outros portância profissionais, do território ao'planejamento ~2~8nte de sua delimitaçio. to de sIntese planejamento constitui regional, e compreensivo" elaborar "O espaço o objeto (3). No entanto, bons estudos concahido ninguém nha afirmações fia nos planejamentos so País grupos reconhecendo regionais, de planejamento melhor do que o geógr~ para enten é "a Geografia a (4). Conquanto difícil que não contam de diagn5sticos. o p~estígio é não amplo condições ou bem cuidados é a técnica" como esta, conce! principal portanto, No dizer de Lord Scott, cia da qual o planejamento e, conseque!! sob o e 05 métodos apresentado, regionais regional a im de refel:ência mais as técnicas regiões, reconhecem e o resultado em seu marco fo terá o conhecimento, der e delimitar contudo, ciên se da te Geogr~ ver-se em nos com um só grafo. Por paradoxal órgãos criados existentes, ligados snb a inspiração que possa parecer, a planejamentos de Christaller fos, a quem coube a proposiçio vimento regional, em busca questio ra. dos desequilíbr~os inicial os próprios regionais, e Losch, da teoria foram dois do do caminho para a soluçio regionais, surgidos geógr~ desenvol da grave após a 11 Guer Da mesma forma, observa-se, por vezes, que téE nicas e métodos próprios da Geografia vão sendo utilizados por outros profissionais. Geografia, que lhe deram o status de ciência ser descobertos embutidos etapas do planejamento Até mesmo em outros (3) MATTOS, Auda, envolvem aut6noma, vocãbulos, descritivo - enfoque positivo - enfoque normativo operacional 1977, p. 31. 1963, p. 54. (5) JELVES, ,197'7, (Palestra) ecohomista quatro - enfoque .- enfoque (4) GOTTMAN, princípios da podem representando regional. Segundo Jayme fases do planejamento os grandes da CEPAL, (5) as atividades: 78 o ri:::;a:.da pri.2!(~.Lro enfoque cuida da descrição e aprofundada espacial, o S~~ }.Jl:', a~s sua organização, enfaqu~ positivo COE,o deveriam e, sobretudo, das at.!, t:endc.em vista inter-relação e procura de5cri~as, enquanto situaç5es ',:;,:;/c~rifica:c meio geográfico m::lc desenvolvidas, Vi.~:i''::'·.:·;:, econômicas tri~aiç~o ","o pormeno descobrir ~ atividade sua dis tendên i cau as normativa ser as ativid.;;;.des econômicas e sociais. Igualmente procuraria saber qual seria a situação g ti::::-c acordo CC)'11 as "regIas de uego" poli tico e econômico. :~e j Fir:.:tlmente, o enfoque operacional trataria Óo "modus di", de como atuar a fim de se transformar COlíl os objetivos iJ. Sêrem que correspo~dem mais são que a aplicação Geografia;científica§ operag de acordo alcançados. Ora, os dois primeiros pc~itivo) a região enfoques, ao diagn6stico (descritivo da região, de dois dos princípios correspondentes e nada básicos da a: ~ - extensão, atrav~s ficos devem ser não só descritos delimitados no espaço; do qual os estudos geogr~ localizados e mas sobretudo - causalidade, segundo o qua~ o ge6g~afo nece~ sita bus~ar as causas dos fatos descritos e localizados, prg curando ainda as consequências futuras de sua ocorrência. o c0nv~nient~mente próprio enfoque desenvolvido ar:"'2.1ogia I que completa normativo não poderia sem o emprego o trip~ básico Embarcl o ge6grafo possa ~, em geral, seguida grupos de planejamento f~Jqu&ncia, na elaboração participar das de estudos da d~agnose multidisciplinares. os levantamen~os d j componentes fu está ausente geogr~fica efetuados Contudo, fisicos da região, sobretudo dess~s grupos de trabalho. Assim, Boisier prop5eo clarameg sentirá regionais pelos com certa os quando seguinte etapas espacial desprezam da geográfica. apontadas, é justamente no diagnóstico, que envolve t2 os princIpias de extensão e causalidade, onde se mai.S à vontade. A metodologi~ ser do princIpio da ciência i estudos o esquema geógr~ a ser seguido na confecção do diagnóstico - descriçio (vilas, cidades, (6): das unidades estados, etc.) individu~is e anilise de seu débase funcionamen to dinâmico; - descr,ição do sistema tanto no âmbito de atividades ,,'humanas urba.no como·.rural; - descriçio e anilise das redes de - des~rição do sistema transporte e comunicaçoesi ao desenvolvimento ligado regional. Observe-se pois, a.nálise dos, a.spectos físicos revelar administrati.vo preciosos elementos ° descuido com a descrição do terri tório, naturais como: os quais poderiam tipos de solo!$" de clima, de relevo, 'minerais componentes do subsolo, etc. Mattos, cepalino, indica outro economista plano deestl.ldo bast<ipte t~sado na,{Geografia Regional o território e um (7): natural - ocupa'çi1be equipamento do território - distribuição territorial dos recu!isos - distribuição territorial e huma nos da estrutura características produtiva - organização e estrutura administrativa do território - estrutura e funcionamento espacial do siste ma econômico. Neste território caso, deu-se a importância necessária ao físico. Portanto 1 no momento em que se regulamenta a i~ PFofissão de geógrafo no Brasil, é chegado o tempo de se cluir este profissional nos órgãos de planejamentos regionais ou nacionais. duais devem Igualmente incluí-Ia rá útil na feitura as Secretarias em suas equipes, dos diagnósticos Finalmente, a própria (6) BOISIER, 1975~ p. 46 - 7. (7) MATTOS, 1977, ,p. 50 - 1. de Planejamento pois, com certeza, Esta se territoriais. lei que regulamenta a profissão cia: de geógrafo determina como sendo de sua I - Reconhecimentos, e pesquisas de caráter tropogeográfico rais e especiais da Geografia, geográficas ra fins de planejamento regional necessárias: e caracterização sos naturais e organização e solução, em escala atinentes aos na recur do País; das condições hidrológicas fluviais; planejamentos cial em escala regional de mercado aos e intercâmbio comer e inter-regional; f) na caracterização geográfica e problemas g) na política na, imigração com vistas geo-humano, geral e regional; e) na pesquisa e colonização çao de regiões de velho destinados ecológica e etológica da conexos; de povoamento, de regiões migração inteE novas ou de revaloriza povoamento; h) no estudo conômicos p~ físico-espacial; de problemas d) no zoneamento paisagem ge regiões e zonas geoeconômicas, c) na interpretação das bacias de = an que se fizerem naturais ou local, biogeográfico, nos campos b) no equacionamento cional, estudos e as realizadas a) na delimitação e sUb-regiões levantamentos, físico~geográfico, e geoeconômico compe'tê.!!. físico-cultural ao planejamento i) na estruturação dos setores geo~ da produção; ou reestruturação dos siste mas de circulação; j) no estudo e geoeconômicas dos núcleos e planejamento urbanos 1) no aproveitamento, vaçao dos recursos naturais; m) no levantamento solução rar que as Universidades grafos desenvolvimento e mapeamento idôneos e preseE destinados da União, à dos Es- e dos Municípios. Reconhecido e programas físicas e rurais; dos problemas regionais; n) na divisão administrativa tados, dos Territórios ciplinas das bases o valor da Geografia, procurem dos cursos adequar destinados e de boa categoria. é de se esp~ os currículos, à formação de di~ geó 81 REFERÊNCIAS BER1~ARDES, co, 10. Ni Rio BOISIER, de Janeiro, ris, ~_~m ~~_ • set. Geogrãfi 1967. out. planificación mimeog., 1975. Pa- 1963. R G. io Jos~ M. i J 3n e de J. A. Carlos Wa 1 ter Z <l h 3 r, Instrumentos (C0nferência), . i r o, ~y r _f~~-.9~~~ n e j r e g o n é1 1. _cj_~~ ILPES, de Boletim l' e:>J'~_~e __~_~~eographi~. Jos MATTOS, c técnicas J. HILHORST, nal. y planejamento. 200: 66-70, IBGE, CEPAL mimeog., JELVES, e ~~todos Santiago, GOTPfAN, nes Geografia Sergio. nal. S l' OHR, BIBLIOGRÁFICAS A. San en Chile. de an;lise do planejamento __~~ __~,=-~_e_12-':<?}_,:_L r.1 e a_me ~~ BrasÍlia, • n~ o_~e.h~ 0- 1977. de. t i a g o, .1-1 ] 975 CE P AL e I L P E S, i 3_ Santiago. CEPAL e t o dolo g a p a r } mim c o g " a deI i _~~c~ó. 112} e lLPES, 1 97 7 • fi de mi~~og., Ias 5e g 1975. 1- o