INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ COMISSÃO COORDENADORA DE CONCURSOS CONCURSO PÚBLICO – TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – EDITAL 12/DGP-IFCE/2010 CARGO: TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ÁREA QUÍMICA LÍNGUA PORTUGUESA FELICIDADE CLANDESTINA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima, era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás, escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima das minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte, eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte, fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para os meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez, nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte, lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes, ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser”. Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para mais tarde ter o susto de o ter. Horas depois, abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei mais ainda indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes, sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante. LISPECTOR, Clarice.“Felicidade Clandestina”. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 01. O conto Felicidade Clandestina: A) foi produzido com o intuito de não causar impacto no leitor, uma vez que teve como foco o público infanto-juvenil. B) tem como narradora uma adolescente, razão por que a trama é leve e superficial. C) não exige do leitor nenhuma capacidade de abstração. D) apresenta uma trama simples, descomprometida com processos interiores de relação do ser consigo mesmo e com o mundo. E) tem na sua narradora um exemplo de alguém que expõe a si e a sua antagonista, dando ao leitor amplas possibilidades de análise do comportamento de ambas. 02. O adjetivo clandestina corresponde semanticamente a: A) proibida por lei. C) difícil de ser alcançada. E) acessível a poucos. B) imprópria para menores. D) desfrutada às ocultas. 03. Acerca do cartão-postal de que fala a narradora, é correto o que se afirma em: A) Era escolhido com esmero, no intuito de agradar as destinatárias. B) Expressava o elevado grau de estima e consideração da menina pelas colegas. C) Nada tinha de original. D) Era o que de melhor a menina tinha para oferecer. E) Demonstrava o interesse da menina de divulgar as belezas de Recife. 04. O que levou a filha do dono da livraria a “jogar” com a colega foi: A) um mecanismo psicológico de natureza doentia. B) o zelo excessivo que ela tinha pelo livro. C) tão-somente o interesse de fazer uma brincadeira com a colega. D) o fato de ela ser obediente aos pais, de quem recebera ordem para não emprestar o livro. E) o acanhamento de revelar que não sabia onde o livro estava guardado. 05. A expressão “... literalmente correndo...” (linha 19) corresponde a: A) quase correndo. B) sempre correndo. C) até correndo. D) mais ou menos correndo. E) correndo mesmo. 06. A expressão “... pouco elucidativas.” (linha 39) empresta ao substantivo palavras o atributo de: A) praticamente incompreensíveis. B) absolutamente sem nexo. C) absurdamente mentirosas. D) totalmente obscuras. E) altamente enigmáticas. 07. As aspas que emolduram o sintagma “dia seguinte” (linha 29) foram empregadas: A) pelo fato de a expressão ter sido repetida várias vezes no texto. B) para dar à expressão um caráter explicativo. C) como forma de assinalar uma ironia. D) com o intuito de pôr a expressão em evidência. E) para marcar a transcrição de uma fala. 08. A palavra “Mal...” (linha 28) só não preenche a lacuna da opção: A) A menina saiu correndo, ___________ recebeu o livro. B) A dona do livro demonstrou um ___________ comportamento. C) Quando __________ orientado, o jovem pratica atos levianos. D) A inveja faz ___________ aos próprios invejosos. E) As histórias da dona do livro eram sempre ________ contadas. 09. A consoante z, a exemplo do que ocorre em “horrorizada” (linha 43), está presente nas palavras: A) catequi___ado, inferni___ado, amorti___ado B) catali__ado, vi__ado, bati__ado C) pesqui___ado, canali___ado, improvi___ado D) sinteti___ado, hifeni___ado, desavi___ado E) atra___ado, parali___ado, pre___ado 10. “A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu.” (linhas 39 e 40). O trecho acima foi redigido de outra maneira e permaneceu com o mesmo sentido em: A) A senhora, à proporção que achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo, mais procurava entender. B) A senhora, embora achasse cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo, como mãe boa, procurava entender. C) A senhora, para quem era cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo, como mãe boa, afinal, entendeu. D) Enquanto a senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo, como mãe boa, procurava entender. E) A senhora, porque achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo, como mãe boa, afinal, entendeu. 11. O acento indicativo de crase empregado na expressão “... à sua casa...” (linha 19) é facultativo. Esse fato linguístico se repete na opção: A) A dona do livro agia sempre às ocultas. B) Quanto à crueldade da dona do livro, só é possível considerá-la absurda. C) A garota foi várias vezes até à casa da dona do livro. D) A menina conseguiu o livro à força de muita insistência. E) A mãe da menina ruiva ficou assustada assistindo àquela cena. 12. Os números que ocupam o lugar de uma vírgula no texto a seguir estão na sequência: O comportamento da dona do livro (1) tal como foi narrado (2) leva o leitor a uma dedução (3) ninguém conhece ninguém. Certo é que os seres humanos são imprevisíveis (4) uns se encaminham sempre para o bem (5) outros insistem em aderir ao mal (6) ainda que disfarçadamente. A) 1-2-4 B) 1-2-6 C) 2-3-5 D) 3-5-6 E) 1-2-5 13. Assinale a opção incorreta quanto à correlação entre as formas verbais. A) Se a dona do livro se aborrecesse, poderia mandar a menina embora. B) Se a mãe da menina não descobre a tempo o que estava acontecendo, a situação ia ficar insustentável. C) Quem visse o olhar de piedade da dona do livro, jamais a reconheceria como perversa. D) Faltava quem soubesse mensurar o grau de crueldade da dona do livro. E) A mãe da dona do livro não supunha que a sua filha seja tão cruel. 14. No texto, aparecem as expressões “... do Recife...” (linha 5) e “... de Recife...” (linhas 23 e 45). Isso significa que Recife tanto aceita o artigo como o dispensa, o que também ocorre com o topônimo: A) Crato B) Belém C) São Paulo D) Porto Alegre E) Petrópolis 15. “Comigo” (linha 10), mim e me são as formas oblíquas do pronome reto eu. Marque a opção correta com relação ao emprego do eu e do mim. A) Aquele livro é para mim, sempre que puder, ler com atenção. B) É mais fácil para eu emprestar um livro do que para aquela menina egoísta. C) A mãe da menina disse que era para mim ficar com o livro por tempo indeterminado. D) A menina loura disse à dona do livro: entre eu e você, nunca haverá uma forte amizade. E) Para eu aceitar certas desculpas sem reagir, preciso fazer um esforço enorme. 16. A autora, levando em conta as peculiaridades da língua falada, pôs na boca da narradora uma impropriedade referente à colocação pronominal. Em vez de “... o ter.” (linha 53), a norma culta recomenda que se escreva tê-lo. Identifique a opção correta quanto à colocação do pronome: A) Depois que a menina recebeu o livro, se encaminhou para casa. B) Para a menina, tudo parecia bem até que viu-se enganada. C) A mãe da menina me ficou olhando, sem querer aceitar a verdade. D) Quando encontrou-se diante da mãe da menina, a narradora ficou desapontada. E) As amigas da menina tinham prevenido-a das trapaças da dona do livro. 17. Há um erro de regência em: A) A menina estava apta a ler o livro de Monteiro Lobato. B) A dona do livro estava sempre alheia para o desejo da colega. C) O comportamento da dona do livro era incompatível com o da sua mãe. D) A mãe não estava atenta ao comportamento da filha. E) O comportamento da menina era passível de reprovação. 18. Considerando as regras de concordância nominal, marque a opção em que as duas formas entre parêntese completam corretamente o enunciado: A) A dona do livro demonstrou atitudes e hábitos _______________. (duvidosos/ duvidosas) B) Para não emprestar o livro, a menina usava vocabulário e justificativa __________________. ( vazios/vazias) C) A obra As reinações de Narizinho tem despertado o interesse de grupos e pessoas linguisticamente __________________ (diferenciados/diferenciadas) D) A mãe fez à filha crítica e objeções _____________. (justificados/justificadas) E) A proeza de conseguir ler o livro foi uma consequência do desejo e persistência _______________. (empregados/empregadas) 19. Uma das normas abaixo não se refere ao OFÍCIO: A) É usado para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da administração. B) Os fechos do documento são “Respeitosamente” e “Atenciosamente”, conforme o caso. C) A assinatura deve ser acompanhada da indicação do nome e do cargo do emitente. D) O local e a data devem ser alinhados à esquerda. E) O formato é sempre o mesmo, independentemente da esfera administrativa. 20. Redigido sempre em terceira pessoa, o documento que só tem dois parágrafos, o primeiro contendo a identificação de quem o subscreve, bem como a explicitação do direito ou concessão solicitados, e o segundo, apenas a forma terminal, em uma ou duas linhas, recebe o nome de: A) recurso. B) representação. C) petição. D) pedido de reconsideração. E) requerimento. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 21. Em um laboratório foram realizados os seguintes experimentos: A) Aqueceu-se cuidadosamente um sólido branco que originou outro sólido branco e um gás que condensou parcialmente em um líquido incolor; B) Um sólido cinza escuro foi aquecido cuidadosamente e deu origem a um vapor púrpura. O sólido desapareceu sem deixar resíduos. C) Um só produto sólido branco foi formado partindo de dois gases incolores, amoníaco e cloreto de hidrogênio. Aquecendo-se o sólido obtiveram-se novamente os dois gases. Podemos afirmar corretamente que houve formação de compostos no(s) seguinte(s) experimento(s): A) A, B e C. B) A e B. C) A e C. D) B e C. E) B. 22. Associe: a) Precisão b) exatidão c) erro sistemático ( ( ( ( ( ) medida de reprodutibilidade de um método. ) medida de quanto um resultado está próximo do valor verdadeiro. ) decorre de um vício no processo de medidas. ) pode ser expresso pelo desvio padrão de um conjunto de medidas. ) afeta o resultado sempre na mesma direção. A sequência correta é A) b, a, c, b. C) c, a, b, a. E) b, c, a, c. B) a, b, a, c. D) a, b, c, a. 23. Sobre dados experimentais é correto afirmar que A) todas as medidas experimentais apresentam muitos erros. B) o erro devido ao limite de precisão do instrumento pode ser evitado. C) resultados experimentais têm, obrigatoriamente que ser escritos com dois algarismos significativos. D) a notação exponencial é muito utilizada em ciência experimentais porque permite escrever os resultados como o número correto de algarismos significativos. E) o erro de medida é consequência de muitos fatores que variam muito, mas raramente incluem o limite de precisão do instrumento ou método utilizado. 24. O peso de uma amostra líquida é determinado subtraindo o peso do recipiente vazio do peso de recipiente com o líquido. Supondo que o peso do recipiente é 61±1g e o peso do recipiente com o líquido é 406±1g. Com base nessas informações podemos afirmar corretamente que o peso do líquido e o erro máximo no peso causado pelos erros em cada uma das pesagens pode ser expresso por A) 345±2g. B) 347±2g. C) 345±1g. D) 343±1g. E) 347±1g e 343±1g. 25. Pesou-se um frasco contendo tetracloreto de carbono gasoso a determinada temperatura e pressão. Esvaziou-se o frasco e, em seguida encheu-o com gás oxigênio nas mesmas condições de temperatura e pressão. O peso do vapor do tetracloreto de carbono é aproximadamente: (Dados: C, MM = 12g/mol; O, MM = 16g/mol; Cl, MM = 35,5g/mol). A) o mesmo do oxigênio. B) metade do peso do oxigênio. C) um quinto do peso do oxigênio. D) duas vezes maior que o peso do oxigênio. E) cinco vezes maior que o peso do oxigênio. o o 26. Se 100ml de um gás a 10 C for aquecido até 20 C, mantendo constante a pressão e o número de mols do gás, o volume final do gás será A) 50 Ml B) 93 mL C) 103 mL D) 353 mL E) 375 mL 27. Um padrão primário é um composto com pureza suficiente para permitir a preparação de uma solução padrão mediante a pesagem direta da quantidade da substância, seguida pela diluição até um volume definido de solução. Um padrão primário deve atender as seguintes condições, exceto: A) deve ser fácil de obter, difícil de purificar, de secar e fácil de preservar em estado puro. B) deve permanecer inalterada ao ar durante a pesagem; C) deve ser facilmente solúvel nas condições em que será empregada. D) deve reagir de forma estequiometrica e praticamente instantânea. E) deve ter uma massa molecular relativa elevada, a fim de que os erros de pesagem possam ser desprazíveis. 28. Em relação às balanças analíticas é falso afirmar: A) A calibração de uma balança analítica envolve o uso de uma massa-padrão e ajuste da corrente de forma que o pesopadrão seja exibido no mostrador. B) As balanças eletrônicas geralmente realizam um controle automático de tara que leva o mostrador à leitura igual a zero sem um recipiente sobre o prato. C) uma balança analítica é um instrumento usado na determinação de massas com uma capacidade máxima que varia de 5 1 g até alguns quilogramas, com uma precisão de pelo menos 1 parte em 10 em sua capacidade máxima. D) As balanças analíticas mais comumente encontradas (macrobalanças) têm uma capacidade máxima que varia entre 160 e 200 g. Com essas balanças, as medidas podem ser feitas com um desvio-padrão de 0,1 mg. E) Uma balança microanalítica apresenta a carga máxima de 1 a 3 g e tem precisão de 0,001 mg, ou 1 mg. 29. Associe: (1) métodos gravimétricos ( ) (2) método volumétrico ( ) (3) métodos eletroanalíticos ( ) (4) métodos espectroscópicos ( ) A sequência correta é A) 1, 2, 3, 4. C) 3, 1, 4, 2. E) 2, 3, 1, 4. envolvem a medida de alguma propriedade elétrica, como o potencial, corrente, resistência e quantidade de carga elétrica. determinam a massa do analito ou de algum composto quimicamente a ele relacionado. baseiam-se na medida da interação entre a radiação eletromagnética e os átomos ou as moléculas do analito, ou ainda a produção de radiação pelo analito. mede-se o volume da solução contendo reagente em quantidade suficiente para reagir com todo analito presente. B) 2, 1, 4, 3. D) 4, 2, 3, 1. 30. No rótulo de um frasco de ácido clorídrico lê-se as seguintes informações: título percentual em massa igual a 36,5%; densidade 1,18 g/L. De acordo com as informações podemos afirmar corretamente que a concentração inicial do ácido é: (Dados: H = 1 g/mol; Cl = 35,5 g/mol) A) 7,8 mol/L. B) 8,7 mol/L. C) 10,8 mol/L. D) 11,8 mol/L. E) 12,8 mol/L. 31. 150 mL de ácido clorídrico de concentração desconhecida são misturados a 350 mL de concentração 2M, resultando uma solução 2,9M. A concentração inicial do ácido em mol/L é: A) 2 mol/L. B) 4 mol/L. C) 5 mol/L. D) 6,8 mol/L. E) 7,2 mol/L. 32. Acerca de equilíbrio químico é incorreto afirmar que A) grau de equilíbrio (α) é o quociente entre a quantidade de um reagente, em mols, que reagiu, até o equilíbrio, e a quantidade inicial de mols desse reagente. B) equilíbrio químico é o estado no qual as velocidades das reações direta e inversa se igualam. C) grau de equilíbrio (α) próximo de 1 (um) indica que, no equilíbrio, sobram apenas pequena quantidade de reagente, enquanto se formam grandes quantidades de produtos. D) grau de equilíbrio (α) próximo de zero indica que, no equilíbrio, não sobram quantidades de reagentes, e a formação de produtos é pequena. E) constante de equilíbro em função das concentrações (mol/L) é o produto das concentrações dos produtos da reação dividido pelo produto das concentrações dos ragentes, todas elevadas a expoentes iguais, aos seus coeficientes na equação química considerada. 33. Assinale a afirmação falsa. A) A concentração de uma solução é a quantidade de soluto presente numa dada quantidade de solução. B) O procedimento para preparar uma solução menos concentrada a partir de uma solução mais concentrada é denominado diluição. C) Numa titulação, uma solução de concentração exatamente conhecida é adicionada gradualmente a outra solução de concentração desconhecida, até que a reação química entre as duas soluções esteja completa. D) Análise gravimétrica é uma técnica que permite determinar a identidade de um composto ou a concentração de uma solução por medição de massa. E) Adicionando um solvente a uma solução diminui-se a concentração da solução alterando o número total de mols do soluto presente na solução. 34. A soma dos coeficientes que fazem o balanceamento dos reagentes da reação MnO4 + SO3 + H Mn igual a A) 8. B) 10. C) 11. D) 13. E) 23. - -2 + +2 -2 + SO4 + H2O é 35. Coloque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações. ( ) Uma propriedade física de uma substância é uma característica que não podemos observar ou medir sem mudar a identidade dessa substância. ( ) Uma propriedade intensiva independe da massa da amostra. ( ) Uma propriedade extensiva é uma propriedade que depende da massa da amostra. ( ) A massa é uma propriedade intensiva, mas a temperatura é extensiva. ( ) Uma propriedade química refere-se à capacidade de uma substância de transformar-se em outra substância. A sequência correta é A) F, V, V, F, V. C) F, F, F, V, V. E) V, F, F, F, V. B) V, V, F, F, F. D) F, V, F, V, F. 36. Com base nos conceitos elementares de química é incorreto afirmar que A) uma substância é uma forma simples e pura da matéria. B) toda matéria é feita de várias combinações de formas simples da matéria chamadas elementos. C) um composto é uma substância eletricamente neutra formada por dois ou mais elementos diferentes cujas moléculas estão em uma proporção definida. D) uma molécula é um grupo discreto de átomos ligados em um arranjo específico. E) as misturas apresentam as propriedades de seus constituintes e nisso elas diferem dos compostos. 37. Relativo às técnicas de separação de mistura, podemos afirmar corretamente que A) a filtração utiliza como princípio as diferenças de densidade entre os componentes da mistura. B) a decantação ocorre devido à diferença de solubilidade entre os componentes de uma mistura. C) a cromatografia usa a capacidade diferente das substâncias de se adsorver, ou grudar-se às superfícies. D) a destilação utiliza as diferenças de pontos de fusão para separar as misturas. E) a separação de misturas aproveita as semelhanças das propriedade físicas dos componentes. 38. É falso afirmar: A) um soluto pode existir como íon ou como molécula. B) um eletrólito forte é uma substância que forma uma solução na qual o soluto está quase totalmente como íons. C) quase todos os compostos iônicos solúveis são eletrólitos fortes. D) uma solução em água de um eletrólito fraco é formada por íons hidratados livres para se mover. E) somente uma fração pequena de moléculas do soluto em soluções de eletrólitos fracos está presente como íons. 39. Não podemos afirmar corretamente que A) o rendimento teórico de um produto é a quantidade máxima que pode ser esperada com base na estequiometria de uma reação química. B) o rendimento percentual é a percentagem do rendimento teórico que foi realmente atingido. C) o rendimento teórico deve ser calculado a partir do reagente limitante. D) o rendimento percentual é a fração do rendimento teórico determinada pela relação: (rendimento teórico/rendimento real)x100. E) o reagente limitante determina o rendimento máximo do produto de uma reação. 40. Associe: a) processo de oxidação b) processo de redução A sequência correta é A) b, a, a, b, b. C) a, b, a, b, a. E) b, b, a, a, a. ( ) aumento do número de oxidação de um átomo. ( ( ( ( ) ganho de elétrons por um átomo. ) diminuição do número de oxidação de um átomo. ) perda de elétrons de um átomo. ) em termos de oxigênio – ganho de oxigênio. B) a, b, b, a, a. D) b, a, b, a, b. 41. O histórico do desvio padrão do teor de cloro ativo em uma determinada marca de água sanitária é 0,15%. Considerando o parâmetro t de Student igual a 2, para que o resultado da análise encerre um erro de, no máximo, 0,1% em relação à média do teor de cloro ativo em todo o lote, a primeira estimativa do número de amostras que devem ser retiradas, deve ser igual a A) 15 B) 10 C) 9 D) 20 E) 5 42. A sensibilidade de um espectrofotômetro para um determinado analito é definida pelo A) coeficiente angular da curva de calibração. B) desvio padrão das leituras do branco. C) coeficiente de correlação da curva de calibração. D) número de casas decimais do display. E) coeficiente linear da curva de calibração. 43. O íon nitrato pode ser quantitativamente determinado por espectrofotometria de absorção molecular, no comprimento de onda 220 nm. Com respeito a essa mensuração, é incorreto afirmar que A) ela obedece à lei de Beer. B) ela acontece na região ultravioleta do espectro eletromagnético. C) para ela, deve ser utilizada uma cubeta de quartzo. D) o espectrofotômetro deve operar com a lâmpada de deutério. E) para ela, deve ser utilizada uma cubeta de vidro. 44. É uma característica incompatível com um sistema de produção de água de alta pureza: A) cloreto menor que 1ppb. -1 B) condutividade maior que 1µS.cm . C) absorbância (254nm / caminho óptico de 1cm) menor que 0,001. D) COT menor que 10 ppb. E) resistividade maior que 18MΩ.cm. 45. Uma curva de calibração, para análise de ferro total em água, deverá ser construída a partir de uma solução de trabalho de 10 ppm, de modo que o volume desta a ser tomado, seja dez vezes o valor do padrão a ser preparado. Para atender a essa condição, a capacidade (em mL) dos balões volumétricos que o analista deverá usar deve ser igual a A) 25. B) 50. C) 100. D) 200. E) 250. 46. Na titulação de 20,00 mL de uma solução de NaOH com uma solução de HCl, ambas 0,1mol/L, verifica-se que o indicador fenolftaleína muda de coloração quando são adicionados 20,02 mL do ácido. Podemos concluir que o erro de titulação é igual a A) 0,1%. B) 0,2%. C) -0,1%. D) -0,2%. E) 0,5%. 47. A determinação de cloreto (M = 35,5 g/mol) em água de abastecimento pode ser efetuada tomando-se 50 mL da amostra e titulando-a com solução de AgNO3 0,0141 mol/L, usando-se K2CrO4 como indicador. Para saber o teor de cloreto (em ppm) na amostra, o analista deverá multiplicar o volume obtido na titulação por A) 5. B) 10. C) 20. D) 25. E) 50. 48. Assinale a opção que contém o extintor menos adequado para combater um principio de incêndio provocado por solventes inflamáveis. A) CO2. B) Pó químico. C) Espuma. D) Água pressurizada. E) Combinação CO2 + Espuma. 49. O volume (em mL) de uma solução concentrada de HCl (38%p/p, d = 1,2 g/mL) que deve ser tomado para preparar 1L de solução 1,25M é A) 10. B) 20. C) 50. D) 100. E) 200. 50. O técnico de um laboratório foi incumbido de preparar uma encubadora para determinação de DBO em efluentes. De o acordo com o Standard Methods, a temperatura de incubação das amostras deve se situar na faixa de 20 ± 1,0 C. Desejao se que o erro de medição seja inferior a 1/3 da tolerância do processo. As incertezas (em C) de cinco termômetros são apresentadas nas opções abaixo. A única que atende a essa condição, implicando menor custo é A) 0,01. B) 0,05. C) 0,10. D) 0,50. E) 1,00. 51. Em um tampão de fosfato (pH = 7,0), o ácido e a base conjugada são, respectivamente, as espécies: -2 -7 -13 (Constantes de ionização do H3PO4 – K1 = 10 , K2 = 10 , K3 = 10 ) 2A) H2PO4 e HPO4 . B) H3PO4 e H2PO4 . 323C) PO4 e H3PO4. D) HPO4 e PO4 . E) H2PO4 e H3PO4. 52. Uma solução apresenta transmitância de T. Se sua concentração for triplicada, a nova transmitância medida em condições de reprodutibilidade será A) T. T . 3 1/3 C) T . D) 3T. 3 E) T . B) 53. As tubulações de água e GLP devem ser identificadas em um laboratório, respectivamente, com as cores: A) azul e vermelho. B) verde e amarelo. C) amarelo e verde. D) vermelho e azul. E) azul e cinza. 54. Em um laboratório especializado em análises ambientais, a análise de fluoreto é realizada por potenciometria, com um eletrodo íon-seletivo. Visando a aumentar a exatidão do ensaio, um analista resolveu adotar em amostras de água bruta, um procedimento alternativo para minimizar o máximo possível os efeitos da matriz. É mais adequada ao referido propósito a A) execução de um ensaio em branco. B) curva de calibração convencional. C) comparação com outro método (SPADNS, por exemplo). D) adição padrão. E) determinação do fator de recuperação. 55. O termo que expressa o grau de concordância entre os resultados obtidos por medições sucessivas em um mesmo mensurando, sob condições idênticas é A) repetitividade. B) linearidade. C) rastreabilidade. D) limite de quantificação. E) reprodutibilidade. 56. Em uma análise quantitativa, é imprescindível que seja separado por filtração à pressão deduzida, o precipitado: A) BaSO4. B) Fe(OH)3.. C) AgCl. D) CaC2O4. E) H2SiO3. 57. Não é compatível com os princípios da química verde A) reduzir a toxicidade de reagentes e produtos. B) otimizar o uso de energia. C) monitorar e controlar processos em tempo real. D) planejar experimentos levando em conta a economia de átomos. E) priorizar o tratamento de resíduos. - 58. O NaCN é utilizado como agente mascarante em titulações com EDTA, todavia, devido à sua toxicidade, o CN representa um risco químico, devendo ser adequadamente tratado antes de ser descartado. Encontramos uma substância apropriada para neutralizar esse resíduo em A) H2SO4. B) K2Cr2O7. C) FeSO4.7H2O. D) Pb(C2H3O2)2. E) NaHSO3. 59. Ao realizar uma análise de DQO, um analista obteve os seguintes resultados em mgO 2/L: 144,2 – 144,4 – 144,4 – 144,6 155,0. Uma vez que ficou em dúvida quanto ao último resultado, para verificar se o valor 155,0 deve compor a média ou ser rejeitado, deverá aplicar o teste A) F. B) t. C) Q. D) Z. 2 E) X . + + 60. Um técnico de laboratório foi incumbido de especificar um equipamento para analisar Na e K em amostras de água engarrafada. O técnico encontrará a menor relação custo/benefício no A) fotômetro de chama. B) cromatógrafo de íons. C) espectrofotômetro de Absorção atômica. D) espectrofotômetro de absorção molecular. E) cromatógrafo à gás.